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Medicina Nuclear

A medicina nuclear é uma especialidade médica que utiliza materiais radioativos para diagnóstico e tratamento de doenças, empregando radioisótopos e radiofármacos. Os exames, como cintilografias e PET/CT, permitem visualizar a funcionalidade de órgãos e tecidos, sendo aplicados em diversas áreas, incluindo oncologia e cardiologia. A técnica envolve a administração de traçadores, que são eliminados pelo corpo, e a utilização de equipamentos especializados para a captura e formação de imagens.

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Medicina Nuclear

A medicina nuclear é uma especialidade médica que utiliza materiais radioativos para diagnóstico e tratamento de doenças, empregando radioisótopos e radiofármacos. Os exames, como cintilografias e PET/CT, permitem visualizar a funcionalidade de órgãos e tecidos, sendo aplicados em diversas áreas, incluindo oncologia e cardiologia. A técnica envolve a administração de traçadores, que são eliminados pelo corpo, e a utilização de equipamentos especializados para a captura e formação de imagens.

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Bruna Souza MED XXI

Biofísica
MEDICINA NUCLEAR

 É uma especialidade médica que usa pequenas quantidades de material radioativo


combinadas com medicamentos para formar imagens e tratar doenças.

CARACTERÍSTICA UTILIZADO
Radiodiagnóstico Equipamento é a fonte de radiação e se visualiza a anatomia

Medicina nuclear O paciente é a fonte de radiação e se visualiza a


funcionalidade.
Radioisótopos Substâncias utilizadas que emitem radiação, utilizados no seu
estado livre (não marcado) para a obtenção de imagens.
Um radioisótopo não marcado significa que ele está sozinho,
sem estar ligado a nenhuma outra molécula, ou seja, ele não
tem ainda um alvo específico no tecido.
Ex: Tc99m, Iodo, Tálio, Gálio, Samário;
Radiofármacos São substâncias são adicionadas aos radioisótopos. Eles
apresentam afinidades químicas por determinados órgãos do
corpo e são utilizados para transportar a substância até a
região a ser estudada.

Radioisótopos são apenas as substâncias que emitem radiação, porém quando a ela são
adicionados fármacos que “conduzem” o radioisótopo até um tecido alvo como coração,
bexiga entre outros ele vira um radiofármaco. Utilizados tanto para diagnóstico como para
terapia.

 A medicina nuclear pode ser utilizada para tratamento e diagnóstico:


o Tratamento: utiliza-se a iodoterapia (I¹³¹) para casos de câncer de tireoide ou
samário (Sm ¹5³) para casos de dor óssea devido ao tratamento paliativo.
o Diagnóstico: Como exemplo há a cintilografia óssea, miocárdio, perfusão entre
outros exemplos.

TIPOS DE CINTILOGRAFIA E SEUS OBJETIVOS

 Pulmonar: estudar a ventilação e perfusão sanguínea nos pulmões e localizar


eventuais trombos.
 Pulmonar com gálio: avaliar infecção/tumor.
 Óssea: avaliar lesões ósseas, fraturas, tumores, pesquisas a causa de dores.
 Renal: avaliar as funções dos rins e vias urinárias.
 Hepatobiliar: avaliar as funções do fígado e vesícula biliar bem como obstrução por
cálculos.
 Tireoide: avaliar função e captação dos traçadores e pesquisar nódulos.
 Miocárdio: medir a função cardíaca, estudar o músculo cardíaco ou determinar a
extensão de lesões após infarto.
Bruna Souza MED XXI
Biofísica
PROCEDIMENTO PARA REALIZAÇÃO EXAME COM MEDICINA NUCLEAR

PROCEDIMENTO

ANTES DO PROCEDIMENTO DURANTE O PROCEDIMENTO DEPOIS DO PROCEDIMENTO

- Entrevista com médico, e o - Aplica-se o traçador na veia, - Vida normal


paciente conta porque o inalado ou ingerido (oral)
- Os traçadores não fazem
profissional solicitou o exame - Após o tempo do traçador, mal nenhum e são
- Conta se há suspeita de paciente é colocado junto à eliminados pelo corpo.
gravidez ou se está câmara de radiação
- Aconselhável beber água
amamentando - Pode respirar, mas deve para acelerar o processo de
ficar imóvel. eliminação do radiofármaco.

COMPOSIÇÃO DO EQUIPAMENTO

 Gantry: permite o movimento dos detectores ao redor do paciente. Ela pode girar ou
ajustar a posição dos detectores para obter a imagem em diferentes ângulos.
 Detectores: captam a radiação emita pelos radiofármacos administrado ao paciente.
Eles transformam essa radiação em sinais elétricos que são processados para formar a
imagem.
 Mesa do paciente

IRRADIAÇÃO X CONTAMINAÇÃO

 Irradiação: não deixa resíduos radioativos no organismo nem torna o corpo


“radioativo”.
 Contaminado: é a presença física de substâncias radioativas no corpo (externa ou
interna), e por isso ela irradia continuamente.

“Ser irradiado não significa estar contaminado”

“Mas estar contaminado significa ser irradiado continuamente, enquanto houver material
radioativo presente”

DOSES EM MEDICINA NUCLEAR

 Há um limite de dose que trabalhadores e público podem ser expostos a radiação


o Limite anual para trabalhadores: 50mSv;
o Limite anual para membros do público: 1mSv;
 Para proteção há alguns procedimentos:
o Minimizar o tempo em um campo de radiação;
o Maximizar a distância da fonte de radiação;
Bruna Souza MED XXI
Biofísica
o Usar blindagem sempre que possível;

PET/CT – TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE POSITRONS

 É um exame de imagem que informa acerca do estado funcional dos órgãos;


 Utiliza radionuclídeos, como o flúor- 18, que emitem um pósitron (antimatéria do
elétron) quando ocorre sua desintegração e esse é detectado para assim formar as
imagens.
 O pósitron percorre uma pequena distância no corpo e encontra um elétron, com o qual
sofre aniquilação, liberando dois fótons de raio gama em direções opostas (180°). Os
detectores do aparelho captam esses dois fótons simultaneamente, permitindo calcular
exatamente onde ocorre a aniquilação, ou seja, onde estava o radionuclídeo. Assim, é
possível formar uma imagem funcional do metabolismo nos tecidos.
 O computador reconstrói os locais de emissão de pósitrons a partir de emissão de
pósitrons a partir das energias e direções de cada par de raios gama. Gerando, assim
imagens tridimensionais.
 Câmara de cintilação: na parte frontal, acomoda um tomógrafo computadorizado (CT)
e na parte traseira, acopla o PET
 PET é constituído por 18.400 cristais BGO, os quais detectam duas lesões a uma distância
de 4,5mm
 CT: tomografia que consegue fazer uma varredura do corpo do paciente em menos de
2 minutos, permitindo cortes com espessura mínima de 1mm

RADIONUCLÍDEOS

 Fluor-18 (FDG) análogo da glicose, utilizado para estudar o metabolismo dos órgãos e
tecidos (meia vida de 2h);
 Nitrogênio – 13: Utilizado para estudar perfusão sanguínea de um órgão.
 Oxigênio- 15: Utilizado nos estudos do cérebro.
 Rubídio – 82: Utilizado em estudos de perfusão cardíacos.

APLICAÇÕES DO EXAME PET

 PET oncológico: detecta células com alto consumo de glicose.


 PET do cérebro: avalia perfusão sanguínea e atividade de diferentes regiões do
cérbero.
 PET cardíaco: usadas para detectar áreas isquêmicas e fibrosadas;
Bruna Souza MED XXI
Biofísica
o Estudo de inervação miocárdica, miocardite, cintilografia perfusão, repouso/
estresse;
o Ventriculografia, radionuclídica de equilíbrio;

SPECT TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR EMISSÃO DE FÓTON ÚNICO

 Utiliza a gama câmara para adquirir as imagens, fornecendo dados em 2D;


 Os cortes são transversais
 No exame é injetado no paciente o radiofármaco
 Apresenta alguns componentes: colimador, cristal e fotomultiplicadores
o Colimador: permite que os raios gama viagem em direções especificas e
atinjam o detector, garantindo maior precisão na imagem. Funciona como um
filtro adicional para os fótons gama
o Cristal: receptor da radiação. Converte a radiação gama em luz visível.
o Fotomultiplicadores: multiplicam o sinal produzido pela luz incidente.

FORMAÇÃO DA IMAGEM

 Gama câmara é rotacionada em volta do paciente, capturando múltiplas imagens


bidimensionais (2D) de diferentes ângulos. Isso permite reconstruir cortes
tomográficos do corpo, semelhante aos da tomografia convencional
 Durante a rotação, a câmara registra a radiação emitida pelo radiofármaco no corpo
do paciente em vários ângulos fixos (geralmente a cada 3 a 6 graus). Esses pontos de
coleta garantem uma boa cobertura espacial para formar a imagem
 O sinal amplificado pelos fotomultiplicadores é enviado a um circuito de
posicionamento, quando a energia chega a esse circuito, ele envia a informação ao
computador da posição dela nos eixos X e Y
 Esse posicionamento (X e Y) indicará a tonalidade do pixel para formação final da
imagem
 O tempo de aquisição em cada posição pode variar entre 15 a 20 segundos,
dependendo do protocolo e da qualidade da imagem desejada.
Bruna Souza MED XXI
Biofísica

 Tempo total do exame: 15 a 20 minutos


 Máquinas mais modernas, possuem mais de uma cabeça captam maior área de
radiação simultaneamente
 As imagens podem ser pretas e brancas ou coloridas
 Resolução da imagem: 64x64 pixels ou 128x128 pixels
 Essa resolução depende:
o Energia;
o Espessura do cristal;
o Eficiência de coleta;
o Distância;
o Diâmetro dos furos do colimador

APLICAÇÕES NA MEDICINA

 É amplamente usado na medicina, pois possibilita a visualização da funcionalidade de


todos os sistemas do corpo como a perfusão do miocárdio, cintilografia óssea,
cintilografia de ventilação e de perfusão e perfusão cerebral.

DIFERENÇAS ENTRE SPECT e PET-CT

CARACTERISTICAS SPECT PET-CT


Tipo de radiação Raios gama Pósitrons (que colidem e
geram fótons gama)
Radiofármacos Radiofármacos comuns: Tc-99m, FDG com Flúor- 18
I-123
Resolução da imagem Menor resolução espacial e Alta resolução e sensibilidade
sensibilidade
Custo Mais barato e disponível Mais caro e menos disponível
Tempo do exame Mais rápido Pode levar mais tempo
Uso clínico Uso comum na cardiologia Oncologia, neurologia
Imagem Pode ser acoplado ao TC Deve ser acoplado ao TC para
imagens anatômicas precisas

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