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Guião Metodológico de Matemática para 8 Classe - Prof. Olívio Mendonça

Este é um guião metodológico de matemática.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Uma das características do Caderno de apoio é a explicitação

da relação entre as diferentes atividades e as expectativas de


aprendizagem que se pretende alcançar. Essa explicitação é
fundamental para que o professor, sabendo aonde quer
chegar, planeje o desenvolvimento de cada atividade ou
sequência de atividades, buscando coerência entre o que
deseja atingir e o que de fato acontece na sala de aula,
introduzindo ajustes necessários.

CADERNO de APOIO ao
PROFESSOR – 8ª Classe

Guião Metodológico de

 Apresentação
 O Papel do Professor de Matemática
 O Caderno de Apoio e o Planejamento do Professor
 Propostas para tornar a aprendizagem da Matemática mais interessante e agradável aos alunos
 O plano de aula - estruturação
 Obejectivos Gerais e Específicos da Matemática na 8ª Classe
 Plano temático detalhado
 A planificação da aula tendo em conta o conteúdo
 Actividades Propostas

Prof. Olívio Mendonça - 2020

PROF. OLÍVIO MENDONÇA 1


CADERNO de APOIO ao PROFESSOR – 8ª Classe
Guião Metodológico de Matemática

Apresentação

Caros colegas: A nossa experiência como professores, acompanhada a capacitação contínua que temos vindo a
desenvolver ao longo dos últimos anos (seminários, treinamentos pedagógicos, pesquisa e investigação
científica), contribuiu para a elaboração desse caderno. Nesse caderno, destaco as seguintes características:

1. Simplicidade: É de fácil compreensão e análise por parte do professor para o nível etário a que se destina
e favorece o trabalho autónomo do mesmo.
2. Acessibilidade: Tem em conta a diversidade de fontes de aquisição de conteúdos e o facto de todos
necessitarem de conhecer e compreender a cada vez mais Matemática.
3. Modernidade: Está de acordo com as diretrizes do programa vigente (Programa de Matemática 7ª
Classes/ INIDE – 2019) e com a visão atual do ensino de Matemática.

Os conteúdos aqui apresentado, para além de serem recolhidos nos debates e discussões em treinamentos
pedagógicos, foram pesquisados e desenvolvidos a partir de várias outras fontes, dando sustentabilidade e um
rígor científica que justificasse a exigência do público-alvo, seguindo o plano temático da classe.

Assim como o nome diz, “CADERNO DE APOIO”, o professor deverá usá-lo especificamente como um material
didático de apoio aos fundamentos já existentes. Muitos dos temas foram desenvolvidos de forma diferente
daquele que o professor habituou, e talvez alguns conceitos irão se divergir com o seu, mas apenas analise esse
recurso como uma ferramenta que poderá vir aumentar sua argumentação.

A elabração do Caderno de Apoio ao Professor tem necessariamente como matriz o Programa da disciplina. Nele
estão enunciados os objectivos e as metas que se pretendem atingir e os conteúdos a tratar.

O manual aborda de forma sistemática e detalhada todos os conteúdos que são objectos de ensino definidos na
componente de Matemática do Programa de Matemática para a 7ª classe. O nível de profundamento está de
acordo as metas curriculares. Além de abordagem proporcionada e pelas ilustrações que o acompanham, sugere
– se um conjunto diversificado de actividades que permitirão alcançar as finalidades e os objectivos gerais de
aprendizagem, e metas curriculares previstas para a disciplina.

O manual, está escrito numa linguagem rigorosa, mas ao mesmo tempo acessível. Escrever textos de Matemática
numa linguagem rigorosa, mas pedagogicamente adequada aos alunos do Ensino Secundário, é uma tarefa
difícil, mas que penso ter conseguido.

A metodologia utilizada no presente caderno foi estritamente realizada através de pesquisa bibliográfica, onde
procurou-se demonstrar teorias e conceitos desenvolvidos por alguns dos mais importantes autores, que muito
colaboraram, através dos anos, com ideias, estudos e trabalhos dos mais variados, e que apresentam
mecanismos de poder de transformação do ensino metódico da matemática, levando-o a ser algo mais
agradável e interessante.

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CADERNO de APOIO ao PROFESSOR – 8ª Classe
Guião Metodológico de Matemática

O papel do Professor de Matemática


O processo de ensino-Aprendizagem deve estar no aluno, de forma que este seja encarado como um participante
activo na construção dos conhecimentos matemáticos na sala de aulas e fora dela. Uma das tarefas do professor
é organizar os meios necessários e criar um ambiente favorável à aprendizagem, tendo em conta as seguintes
finalidades:

a) Promover a aquisição de informação, conhecimento e experiência em Matemática e o desenvolvimento da


capacidade da sua integração e mobilização em contextos diversificados.

Esta finalidade deve ser entendida como incluindo o desenvolvimento nos alunos da:

 Compreensão de conceitos, relações, métodos e procedimentos matemáticos e da capacidade de os


utilizar na análise, interpretação e resolução de situações em contexto matemático e não matemático;
 Capacidade de analisar informação e de resolver e formular problemas, incluindo os que envolvem
processos de modelação matemática; capacidade de abstracção e generalização e de compreender e
elaborar argumentações matemáticas e raciocínios lógicos;
 Capacidade de comunicar em Matemática, oralmente e por escrito, descrevendo, explicando e
justificando as suas ideias, procedimentos e raciocínios, bem como os resultados e conclusões a que
chega.

b) Desenvolver atitudes positivas face à Matemática e a capacidade de apreciar esta ciência.

Esta finalidade deve ser entendida como incluindo o desenvolvimento nos alunos de:

 Autoconfiança nos seus conhecimentos e capacidades matemáticas, e autonomia e desembaraço na sua


utilização;
 À vontade e segurança em lidar com situações que envolvam Matemática na vida escolar, corrente, ou
profissional;
 Interesse pela Matemática e em partilhar aspectos da sua experiência nesta ciência;
 Compreensão da Matemática como elemento da cultura humana, incluindo aspectos da sua história;
 Capacidade de reconhecer e valorizar o papel da Matemática nos vários sectores da vida social e em
particular no desenvolvimento tecnológico e científico;
 Capacidade de apreciar aspectos estéticos da Matemática.

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CADERNO de APOIO ao PROFESSOR – 8ª Classe
Guião Metodológico de Matemática
O Caderno de Apoio ao Professor e o Planejamento do Professor

Este caderno fornece informações e recursos complementares para ajudar o professor de Matemática que
trabalha com a 8ª classe. O Cardeno de Apoio ao professor inclui:

 Os conteúdos e metas curriculares da componente de Matemática, orientações e sugestões da


componente de Matemática do programa;
 Informação complementar sobre a abordagem de alguns conteúdos;
 Bibliografia selecionada, assim como um conjunto de endereços da internet.

Sendo os conteúdos as matérias do ensino – aprendizagem, eles são os meios com os quais se pretende atingir
os objectivos. No contexto de uma visão mais promissora sobre os conteúdos, Coll (1997) propõe que os
conteúdos sejam classificados em três tipos de acordo com aquilo que os alunos devem Saber, Fazer e Ser. Ele
definiu – os como “conceituais, procedimentais e atitudinais”.
A maneira de ensiná-los e a maneira de aprendê-los partilham muitas semelhanças, pois quando aprendemos
fazemo-lo de uma maneira total, utilizando a cognição, os movimentos do corpo e as emoções. Por isso, essa
forma de abordar os conteúdos tira a carga da associação dos conteúdos com as disciplinas e enfatiza mais a
natureza deles:

a) Os conteúdos conceituais estão relacionados com factos, conceitos e princípios. O que o aluno deve
aprender e conhecer enquanto conceito. Ex.: Aprender o que são números primos;

b) Os conteúdos procedimentais referem-se ao conjunto de acções ordenadas destinadas à obtenção de


um fim, para que se atinja um objectivo. O que o aluno deve aprender a fazer. Ex: Aprender a resolver
equações de segundo grau;

c) Os conteúdos atitudinais envolvem os valores, atitudes e normas que influem nas relações e nas
interacções do ambiente ou do contexto escolar. Valores são conteúdos que se expressam pelos
princípios e pelas ideias éticas que temos a respeito da conduta humana. O que o aluno deve aprender
a ser. Ex: Aprender a importância do estudo dos números inteiros.
Em suma, os conteúdos a serem levados na sala de aula, devem obedecer esses três aspectos referenciados
acima. Deve haver esse cuidado na sua selecção.

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CADERNO de APOIO ao PROFESSOR – 8ª Classe
Guião Metodológico de Matemática
AVALIAÇÃO

A avaliação tem a função de fornecer aos alunos e professores informações sobre o desenvolvimento das
capacidades e competências exigidas socialmente, bem como auxiliar os professores a identificar os objetivos
atingidos, com vistas a reconhecer a capacidade matemática dos alunos. Cabe também à avaliação informar como
está ocorrendo a aprendizagem: os conhecimentos adquiridos, os raciocínios desenvolvidos, os hábitos e valores
incorporados, o domínio de certas estratégias, para que o professor possa propor revisões e reelaborações de
conceitos e procedimentos ainda parcialmente consolidados.

Se os conteúdos estão dimensionados em conceitos, procedimentos e atitudes, cada uma dessas dimensões
pode ser avaliada por diferentes estratégias. A avaliação de conceitos é feita por meio de atividades voltadas à
compreensão de definições, ao reconhecimento de hierarquias, ao estabelecimento de relações e de critérios
para fazer classificações e também à resolução de situações de aplicação envolvendo conceitos.

A avaliação de procedimentos implica reconhecer como eles são construídos e utilizados. A avaliação de atitudes
pode ser feita pela observação do professor e pela realização de autoavaliações.

Embora a avaliação esteja intimamente relacionada aos objetivos visados, estes nem sempre se realizam
plenamente para todos os alunos. Por isso, critérios de avaliação devem ser elaborados com a função de indicar
as expectativas de aprendizagem possíveis de serem desenvolvidas pelos estudantes, ao final de cada ciclo.

Alguns procedimentos para coletar dados

Ao final de cada unidade, são propostas questões para avaliar os conhecimentos matemáticos, considerando o
conjunto das atividades desenvolvidas na unidade. Elas são apresentadas na forma testes. A proposição de testes
tem como objetivo principal preparar os alunos para os vários tipos de avaliações externas a que são submetidos,
atualmente, nos sistemas educacional. No entanto, é necessário fazer observações com regularidade e registrá-
las, tendo como referência, por exemplo:

 As respostas dos alunos, quando eles manifestam de forma implícita ou explícita suas certezas, dúvidas e
erros;
 As observações das atitudes, ações e discussões efetuadas durante as tarefas individuais, em duplas, em
grupos ou com a classe toda;
 A análise de tarefas, individuais e em grupo, feitas em classe e em casa, de provas e trabalhos extraclasse.

Esses registros devem orientar o planejamento de novas atividades e também subsidiar a avaliação dos resultados
de aprendizagem por todos os envolvidos (estudantes e professor). Uma sugestão é que, ao final de cada
unidade, os alunos, individualmente, retomem os tópicos e as anotações desenvolvidos naquela unidade. Eles
podem elaborar comentários orais ou escritos e outras formas de registrar o que puderam constatar sobre o
próprio processo de aprendizagem. Com relação aos registros do professor, a elaboração de fichas de
observação de desempenho em Matemática é muito importante.

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FICHA DE AVALIAÇÕES CONTÍNUAS REFERENTE AO ___ TRIMESTRE DO ANO LECTIVO 20___/20_____ DO MÊS DE :__________________________
CADERNO de DA TURMA:
APOIO ao ___________________
PROFESSOR – 8ª Classe
Guião Metodológico
NOME DO(A) PROFESSOR(A):_____________________________________________ DISCIPLINA: ___________________________________ PERÍODO: MANHÃ de Matemática
TARDE
AVALIAÇÃO DO ASPECTO AFETIVO AVALIAÇÃO DO ASPECTO COGNITICO -
(Ver classificação no verso da folha) CONTEÚDO (1 − 5)

Participação na aula com

ambiente na sala de aula


contribui para um bom
perguntas e respostas
Faz as tarefas de casa

Seu Comportamento

Nº DE FALTAS
CONTACTO DO TOTAL

Género

1ª Semana

2ª Semana

3ª Semana

4ª Semana
Nº ENCARREGADO DE

É assíduo
(MAC)

É pontual

MÉDIA 2
MÉDIA 1
NOME DO ALUNO EDUCAÇÃO Nº___

01
02
03
04
05
06
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 MAC 1 = (MÉDIA 1 + MÉDIA 2) × 2
 Conteúdo da 1ª Semana: ________________________________________________
 MÉDIA 1 = Soma de todos os aspectos afetivos:
________________________________________________
Some todos os pontinhos e divide pelo número total de aulas dada no mês para encontrar
 Conteúdo da 2ª Semana: ________________________________________________
o valor de cada item (os pontinhos são assinalados em uma lista a parte, contendo os itens:
________________________________________________
assiduidade, pontualidade, realização das tarefa e a participação nas aulas.
 Conteúdo da 3ª Semana: ________________________________________________
 MÉDIA 2 = Razão entre a soma das avaliações do conteúdo pelo número total de avaliações.
________________________________________________
Obs: Os aspectos afetivos devem ser preenchidos no final do mês.
 Conteúdo da 4ª Semana: ________________________________________________
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________________________________________________
Os itens de avaliação do comportamento, se encontram na folha da Mini Pauta da turma.
MINI PAUTA DA TURMA
Nº NOME COMPLETO DO ALUNO NOTA DA ROVA DO ROFESSOR – NPP NOTA DA PROVA TRIMESTRAL CADERNO
– NPT de APOIO aoDOPROFESSOR
MÉDIA TRIMESTRE – –MT_
8ª Classe
MAC
NOTA MAU MED. SUF BOM MBOM NOTA MAU MED. SUF BOM MBOM NOTAGuião
MAUMetodológico
MED. SUF deBOMMatemática
MBOM
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 𝐌𝐀𝐂 = (MAC 1 + MAC2 + MAC3) ÷ 3  Total de Alunos Avaliados: MF ____ F ____
 𝐌𝐓 = (MAC + NPP + NPT) ÷ 3  Total de Alunos desistidos e transferidos: MF ____ F ____
Preencha os intens Mau, Mediócre, Suficiente, Bom e Muito Bom com X, conforme a nota:  Mau: MF ____ F ____
 Mau: 0 − 4  Mediócre: MF ____ F ____
 Mediócre: 5 − 9  Sufuciente: MF ____ F ____
 Suficiente: 10 − 13  Bom: MF ____ F ____
 Bom: 14 − 17  Muito Bom: MF ____ F ____
 Muito Bom: 18 − 20  Total de Alunos com negativas: MF ____ F ____
 Total de Alunos com positivas: MF ____ F ____
Classificação do Comportamento de 0 – 1: Existe uma subdivisão por níveis de cumprimento dos objectivos, de acordo com o perfil e em relação ao saber-ser que a seguir se apresentam:

a) – Mau (Progride pouco) – 0,2 valores  Assiste as aulas e, e contribui quase com alguma frequência para um bom ambiente na
 Revela, com muita frequência, comportamentos e atitudes inadequados. sala de aula.
 Quase sempre não assiste as aulas e, quando assiste contribui sempre para um mau
ambiente na sala de aula. d) Bom (Progride rápido e seguramente) – 0, 8 valores
 Revela, quase sempre, comportamentos e atitudes adequadas.
b) Medíocre (Progride insuficientemente) – 0,4 valores  Assiste as aulas e, contribui com frequência para um bom ambiente na sala de aula.
 Revela, com alguma frequência, comportamento e atitudes inadequados.
 Algumas vezes não assiste as aulas e, quando assiste contribui algumas vezes para um e) Muito Bom (Progride rápidamente e co segurança) – 1 valores
mau ambiente na sala de aula.  Revela sempre comportamentos e atitudes adequadas e influencia os (as) colegas no
mesmo sentido.
c) Suficiente (Progride suficientemente) – 0,6 valores  Assiste sempre as aulas e, contribui sempre para um bom ambiente na sala de aula.
 Revela, quase com frequência, comportamentos e atitudes adequadas.

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O professor de Matemática deve apresentar o seguinte perfil:

1. Gostar de Matemática, compreendendo o papel de sua disciplina como uma linguagem que complementa a
língua materna, enriquecendo as formas de expressão para todos os cidadãos, e munindo a ciência de
instrumentos fundamentais para seu desenvolvimento;
2. Conhecer os conteúdos matemáticos com uma profundidade e um discernimento que lhe possibilite
apresentá-los como meios para a realização dos projectos dos alunos, não tratando os conteúdos como um
fim em si mesmo, nem vendo os alunos como futuros matemáticos, ou professores de matemática, mas sim
como cidadãos que aspiram a uma boa formação pessoal;
3. Saber criar centros de interesse para os alunos, explorando situações de aprendizagem em torno das quais
organizará os conteúdos a serem ensinados, a partir dos universos da arte, da cultura, da ciência, da tecnologia
ou do trabalho, levando em consideração o contexto social da escola;
4. Saber mediar conflitos de interesse, dando a palavra aos alunos e buscando aproximar seus interesses, às
vezes difusos, daqueles que estão presentes no planeamento escolar;
5. Ser capaz de identificar as ideias fundamentais presentes em cada conteúdo que ensina, uma vez que tais
ideias ajudam a articular internamente os diversos temas da matemática, e a aproximar a matemática das outras
disciplinas;
6. Ser capaz de mapear os diversos conteúdos relevantes, sabendo articulá-los de modo a oferecer aos alunos
uma visão panorâmica dos mesmos, plena de significações tanto para a vida quotidiana quanto para uma
formação cultural mais rica;
7. Saber escolher uma escala adequada em cada turma, em cada situação concreta, para apresentar os conteúdos
que considera relevantes, não subestimando a capacidade de os alunos aprenderem, nem tratando os temas
com excesso de pormenores, de interesse apenas de especialistas;
8. Ser capaz de construir relações significativas entre os conteúdos apresentados aos alunos e os temas
presentes em múltiplos contextos, incluindo-se os conteúdos de outras disciplinas, favorecendo, assim, a
interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade;
9. Saber construir narrativas que articulem os diversos elementos presentes nos conteúdos ensinados,
inspirando-se na História da Matemática para articular ideias e enredos por meio dos quais ascendemos da
efemeridade das informações isoladas à estabilidade do conhecimento organizado;
10. Ser capaz de alimentar permanentemente os interesses dos alunos, estimulando a investigação e a capacidade
de pesquisar, de fazer perguntas, bem como de orientar e depurar interesses menos relevantes, assumindo,
com tolerância, a responsabilidade inerente à função que exerce.

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PROPOSTAS PARA TORNAR A APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA


MAIS INTERESSANTE E AGRADÁVEL AOS ALUNOS

É notório que a Matemática, ao longo dos anos, foi e ainda é concebida com muita resistência e temor, por
grande parte dos alunos, nos mais diferentes graus de ensino, ou seja, desde o início do primário, até mesmo
ao ensino superior.

O ensino-aprendizagem dessa importante disciplina vem sendo muito questionado, ultimamente, sendo
demasiado urgente que se adotem práticas e metodologias que possam modificar essa realidade, transformando
o ensino e o aprendizado dessa disciplina, tornando-a, assim, mais aceitável, compreensível e agradável aos
alunos.

Nesse sentido, afirma D'AMBRÓSIO, 1989, p. 15:

Sabe-se que a típica aula de Matemática, até ao I ciclo, ainda é uma aula expositiva, em
que o professor passa para o quadro aquilo que ele julgar importante. Os alunos
acreditam que a aprendizagem se dá através de um acúmulo de fórmulas e algoritmos,
nada podendo gerar e criar, tornando o papel da disciplina passivo e desinteressante.

Todos os professores de Matemática, sem exceção, deveriam, primeiramente compreender e colocar em prática,
junto aos seus alunos, conceitos de aprendizagem desenvolvidos por Piaget (1975). Segundo essa teoria, o
processo cognitivo inteligente é composto por duas palavras: aprendizagem e desenvolvimento.

Segundo Macedo (1994, apud PIAGET,1975), a aprendizagem refere-se à aquisição de uma resposta particular,
aprendida em função da experiência, obtida de forma sistemática ou não. Enquanto que o desenvolvimento seria
uma aprendizagem de fato, sendo este o responsável pela formação dos conhecimentos.

Segundo Gardner (2000), cada pessoa é um sujeito ímpar com forças cognitivas diferentes. Cada indivíduo
aprende de forma e estilos diferentes do outro, mesmo que sejam ambos oriundos de uma mesma sociedade
ou meio cultural. Ele afirma que as inteligências não mudam com a idade humana, mas sim com a experiência
como sendo um atributo ou faculdade do indivíduo. Segundo ele, as inteligências não nascem prontas nos
indivíduos, ainda que uns possam apresentar níveis mais elevados do que outros nesta ou naquela inteligência.

Em seu conceito a inteligência lógico – matemática nada mais é do que a habilidade para explorar relações,
categorias e padrões, através da manipulação de objetos ou símbolos, e para experimentar de forma controlada;
é a habilidade para lidar com séries de raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los. Assim, o indivíduo

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que apresenta especial aptidão nesta inteligência demonstra facilidade para contar e fazer cálculos matemáticos
e para criar notações práticas de seu raciocínio.

Ao longo dos anos, os alunos são avaliados de várias formas e nota-se, claramente, uma perda constante, no
rendimento, entendimento e fixação dos conceitos matemáticos.

De acordo com os programas curriculares, a finalidade do ensino da Matemática, até ao I ciclo, visando à
construção da cidadania, indicam como principais objetivos levar o aluno a:

 Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo à sua
volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula o
interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver
problemas;

 Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las criticamente;


 Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de
raciocínio e processos, como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa, e utilizando conceitos e
procedimentos matemáticos;
 Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e
argumentar sobre suas conjecturas;
 Fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações
matemáticas;
 Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto-
estima e a perseverança na busca de soluções;
 Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca de soluções para
problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto,
respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

O professor deve ser orientador, mediador e organizador no processo de ensino-aprendizagem, respeitando as


diferenças existentes entre os alunos e mostrando-lhes que para cada problema poderá haver mais de uma forma
de solução.
Ao agir dessa forma, despertará muito mais o interesse no aprendizado da Matemática e cada vez mais, a cada
desafio, poderá verificar que a forma trivial de ensino dessa disciplina ficou num lugar do passado, trazendo para
dentro da sala-de- aula uma nova metodologia, mais prazerosa, interessante e agradável a todo o grupo.

Segundo Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa bibliográfica é o levantamento de toda a bibliografia já publicada,
em formas de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. Pode-se, aí, incluir, também, a pesquisa
realizada por meios eletrônicos, como, por exemplo, a internet. A sua finalidade é fazer com que o pesquisador

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entre em contato direto com todo o material escrito sobre um determinado assunto, auxiliando-o na análise de
suas pesquisas ou na manipulação de suas informações. Ela pode ser considerada como o primeiro passo de
toda a pesquisa científica.

DOMÍNO E ESTILOS DE APRENDIZAGENS

Domínios de Aprendizagem: A aprendizagem pode se dar em três domínios diferentes, como apresenta De
Aquino (2007):
a) Físico: Ligado aos 5 sentidos, visão, audição, tato, paladar e olfato. O ser humano escolhe uma maneira
preferencial para processá – las apesar de usar todos os sentindos para aprender.
b) Cognitivo: Relacionado a como a pessoa pensa. Embora todos usem o pensamento para aprender, para
alguns o processamento da informação coletada pode ser mais físico ou emocional. Uma pessoa com
predominância mental no processo de aprendizagem dará ênfases a resolução de problemas e outras
atividades cognitivas.
c) Emocional: Refere – se a forma como o indivíduo se sente em termos psicológicos e fisiológicos. Existem
fatores internos que influenciam a capacidade de aprender, por exemplo, fome, sede, doença e outros fatores
psicológicos internos. Também existem fatores externos, por exemplo, conforto ambiental, temperatura,
luminosidade, barulho e fatores psicolígicos externos.

Estilos de Aprendizagem: São as competências pessoais dos alunos para processar informações em um ambiente
de aprendizado. Os estilos são um meio pelo qual as pessoas coletam e selecionam informações para depois
processá – las e usam significados, valores, habilidades e estratégias para solucionar problemas, tomar decisões
e criar novos significados (De Aquino, 2007,p.44).
FELDER propõe que existem quatro dimensões de estilos de aprendizagem e, também, estilos de ensinar
correspondentes. São elas: percepção, recepção, processamento e compreensão.
a) Percepção: Uma pessoa com estilo intuitivo percebe melhor as informações quando apresentadas na forma
de ideias, memórias ou possibilidades, de maneira abstrata. Uma pessoa com estilo sensorial percebe melhor
as informações quando apresentadas na forma de algo que pode ser visto, ouvido ou tocado, de maneira
concreta.

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b) Recepção: Uma pessoa com estilo visual tende a receber melhor informações apresentadas na forma de
ilustrações, gráficos, diagramas ou demonstrações. Já uma pessoa com estilo verbal, recebe melhor
informações apresentadas na forma escrita (incluindo a escrita no quadro) ou falada. Existem, ainda, outras
facilidade para perceber informações que chegam por outros sentidos, como sons não verbais, gosto, toque
ou cheiro.
c) Processamento: Uma pessoa com estilo ativo tende a processar as informações enquanto está fazendo aluma
coisa de maneira ativa, se beneficia de uma aula mais participativa. Já o aprendiz reflexivo tende a processar
melhor a informação de modo mais introspectivo, mais passivo, precisa de tempo para pensar sobre a
informação recebida.
d) Compreensão: Uma pessoa com estilo sequencial aprende melhor quando o faz um passo de cada vez. Já a
pessoa global tende a compreender melhor quando as informações se apresentam em randes aglomerados
interconectados, mostrando a visão de conjuntos e as metas, antes de entrar em detalhes.

Estilo de Ensinar: Para cada estilo de perceber, receber, processar e compreender uma informação,
transformando –a em conhecimento, exixte um conjunto mais adequado de características correspondentes para
ensinar.
a) Correspondência: Quem ensina, em geral, define, apresenta, ajuda no processamento e na compreensação
de uma informação em seu próprio estilo de aprendizagem. Uma pessoa cujo estilo de recepção da
informação seja verbal tenderá a ensinar nesse estilo.
b) Adequação: Um educando com determinado estilo de aprendizagem terá melhores resultados se o ensino
for feito no estilo correspondente. Cabe ao professor atentar para adequar os estilos de ensinar aos estilos
de aprendizagem dos seus alunos e não apenas aos seus próprios estilos de aprendizagem (BRAATHEN,
2013).
c) Favorecimento: As aulas expositivas puras, em geral, favorecem os alunos intuitivos, verbais e sequencias e
não favorecem nem os ativs nem os reflexivos, pois não fornecem atividades e não deixam tempo para
pensar, respectivamente.
d) Desencontro: Existem algumas consequências, que BRAATHEN (2013) menciona quando existe o
desencontro entre os estilos de aprendizagem e os estilos de ensinar, que afetam tanto o professor quanto
o aluno. O aluno pode ficar entediado, desatento, agitado na sala de aula, desanimado com o tema ou com

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ele mesmo. O professor pode ficar defensivo ou hostil, se questionado sobre a própria competência para
ensinar.
e) Diversificação: O ideal será diversificar a aula para atender aos diferentes estilos de aprendizagem dos alunos
e, ao mesmo tempo, auxiliar o desenvolvimento de habilidades relacionadas a estilos de aprendizagem não
predominantes no aluno.
f) Informação: Outra estratégia para melhoria da aprendizagem é ajudar o aluno a identificar e melhor aproveitar
o seu estilo de aprendizagem.

Uma das propostas para tornar a aprendizaem da matemática mais interessante é a RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS.

A Resolução de Problemas é um método eficaz para desenvolver o raciocínio e para motivar os alunos para o
estudo da Matemática. Segundo Lupinacci e Botin (2004), o processo ensino e aprendizagem dessa disciplina
pode ser desenvolvido através de desafios e da aplicação de problemas interessantes, que possam ser explorados
e não apenas resolvidos.

Se a real pretensão é tornar a Matemática útil e prazerosa, acredita-se que a resolução de problemas, uma das
tendências da educação matemática, seja um excelente caminho para que esse objetivo seja alcançado.

Os Parâmetros Curriculares, consideram que a resolução de problemas, como eixo organizador do processo de
ensino e aprendizagem de Matemática, pode ser fundamentada nos seguintes princípios:

 A situação-problema é o ponto de partida da atividade matemática e não a definição. No processo de


ensino e aprendizagem, conceitos, ideias e métodos matemáticos devem ser abordados mediante a
exploração de problemas, ou seja, de situações em que os alunos precisem desenvolver algum tipo de
estratégia para resolvê-las;

 O problema certamente não é um exercício em que o aluno aplica, de forma quase mecânica, uma fórmula
ou um processo operatório. Só há problema se o aluno for levado a interpretar o enunciado da questão
que lhe é posta e a estruturar a situação que lhe é apresentada;
 Aproximações sucessivas de um conceito são construídas para resolver um certo tipo de problema;
 Num outro momento, o aluno utiliza o que aprendeu para resolver outros, o que exige transferências,
retificações, rupturas, segundo um processo análogo ao que se pode observar na História da Matemática;

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 Um conceito matemático se constrói articulado com outros conceitos, por meio de uma série de
retificações e generalizações. Assim, pode-se afirmar que o aluno constrói um campo de conceitos que
toma sentido num campo de problemas, e não um conceito isolado em resposta a um problema particular;
 A resolução de problemas não é uma atividade para ser desenvolvida em paralelo ou como aplicação da
aprendizagem, mas uma orientação para a aprendizagem, pois proporciona o contexto em que se pode
apreender conceitos, procedimentos e atitudes matemáticas.

Segundo Dante (2003):

Situações-problema são problemas de aplicação que retratam situações reais do dia-


a-dia e que exigem o uso da Matemática para serem resolvidos. Através de conceitos,
técnicas e procedimentos matemáticos procura-se matematizar uma situação real,
organizando os dados em tabelas, traçando gráficos, fazendo operações, etc. Em geral,
são problemas que exigem pesquisa e levantamento de dados. Podem ser
apresentados em forma de projetos a serem desenvolvidos usando conhecimentos e
princípios de outras áreas que não a Matemática, desde que a resposta se relacione a
algo que desperte interesse. (DANTE, 2003, p. 20)

Para Krulik e Rudnik (1993):

Problema é uma situação, quantitativa ou outra, com a qual se confronta um indivíduo


ou grupo, na procura de uma solução, para a qual não tem prontamente resposta. Estes
autores distinguem ainda entre questão (uma situação que apela à capacidade de
memória), exercício (uma situação em que é necessário treinar ou reforçar algoritmos
já aprendidos) e problema (onde é necessário raciocinar e sintetizar o que já foi
aprendido). De fato, uma mesma situação poderá representar um exercício para uns e
um problema para outros. Da mesma forma, o que poderá ser um problema para um
indivíduo numa fase de aprendizagem, poderá passar a um exercício numa fase
posterior. (KRULIK; RUDNIK, 1993)

Polya (1957) foi o primeiro matemático a apresentar uma heurística de resolução de problemas específica para a
matemática. Por isso, ele é considerado uma referência no assunto, uma vez que suas ideias representam uma
grande inovação em relação às ideias de resolução de problemas existentes até então.
Em seu livro intitulado "How To Solve It", Polya estabeleceu um método sistemático de resolução de problemas
em quatro passos:

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 Compreender o problema;
 Estabelecer um plano de resolução;
 Executar o plano;
 Analisar a solução obtida e elaborar a resposta.

Pretende-se que os alunos aprendam a valorizar a Matemática, sentindo-se seguros em fazer Matemática e em
resolver problemas de todas as categorias.

A resolução de problemas é a razão principal de se aprender e ensinar Matemática. É por meio dessa prática que
se inicia o aluno no exercício de pensar matematicamente. Resolver problemas é o processo de reorganizar
conceitos e habilidades, aplicando-os a uma nova situação, atendendo a um objetivo. Ao resolver problemas, o
aluno desenvolve determinadas estratégias que, em geral, aplicam-se a um grande número de situações.

Ensinar a resolver problemas requer que o professor coloque os alunos frente a diferentes situações. Ele deve
encorajá-los a pensar por si mesmos, a levantarem suas próprias hipóteses, e as testá-las, a discutirem com
seus colegas como e por que determinada estratégia pode ou não resolver o problema.

É importante, também, que o professor considere dois fatores que desempenham papel fundamental na resolução
de problemas: os conceitos e as habilidades do aluno para encontrar a solução. Esses fatores são construídos
de acordo com o repertório de problemas previamente resolvidos, daí a importância dos alunos resolverem uma
variedade de problemas.

Ao propor essas questões, o professor deve estar atento aos problemas matemáticos que não têm como objetivo
encontrar uma resposta numérica, mesmo que se encontre essa resposta, é apenas um ponto intermediário
nesse processo. Assim, é essencial uma interpretação ou uma análise da questão a ser resolvida.

Às vezes, um problema requer simplesmente que o aluno desenvolva um sistema de organização de dados, de
uma forma adequada ou que se traduza uma situação matemática em uma linguagem mecânica eficiente. Ou,
então, o problema exige que se crie uma unidade de medida ou um instrumento de maior precisão do que os
fornecidos pelos modelos usuais de medida.

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O PLANO DE AULAS

O plano de aula é um documento feito pelo professor contendo o tema da aula, o objectivo dela, a
metodologia, formas de avaliação, referências bibliográficas e outras informações. Este documento pode ser
o diferencial entre uma boa aula e uma aula ruim, afinal, quando mais planejamento, melhor a chance de
você alcançar o objectivo proposto com a aula. É aí que esse documento será muito útil.

Qual é a importância de um plano de aula?

O plano de aula não serve apenas ao aluno, mas também é muito útil ao professor. Além de ser
extremamente importante na hora de guiar o aprendizado dos estudantes, o ato de elaborar esse plano leva
o professor à reflexão e à pesquisa também. Estar preparado é sempre a melhor forma de evitar problemas,
ou seja, se a aula é o momento de aprendizado do aluno, a elaboração do plano de aula pode ser
considerado o momento de aprendizagem do professor.

Na elaboração do plano de aula devemos nos atentar para:

 Clareza e objetividade;
 Atualização do plano periodicamente;
 Conhecimento dos recursos disponíveis da escola;
 Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado;
 Articulação entre a teoria e a prática;
 Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de ensino-
aprendizagem;
 Sistematização das atividades de acordo com o tempo disponível (dimensione o tempo/carga horária,
segundo cada etapa da aula/atividade);
 Flexibilidade frente a situações imprevistas;
 Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre outros;
 Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes.
Ao elaborar o plano, faça um diagnóstico inicial, respondendo a questões:

 Para quem vou ensinar? Quem são os alunos? Quais as características (faixa etária, grau de maturidade,
conhecimentos prévios, habilidades adquiridas, contexto social em que vivem (alunos trabalhadores
com múltiplas jornadas de trabalho)).
 Por que ensinar? Quais os objetivos da educação e da escola? Do módulo ou da aula? Quais a
competências a serem desenvolvidas? Na educação, segundo Ferraz, 2010, decidir e definir os objetivos
de aprendizagem significa estruturar, de forma consciente, o processo educacional para propiciar
mudanças de pensamentos, ações e condutas. Essa estruturação resulta do planejamento diretamente
relacionado à seleção de conteúdos, de procedimentos, de atividades, de recursos disponíveis, de

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estratégias, de instrumentos de avaliação e da metodologia a ser adotada no processo educativo,
alinhados à formação das competências, de acordo com o perfil profissional delineado pela escola.
 O que ensinar? Qual o conteúdo requerido, selecionado? Como integrar conteúdos e outras áreas do
saber (temas transversais, interdisciplinaridade).
 Como ensinar? Quais os recursos didáticos disponíveis? Outros podem ser providenciados/
construídos? Qual o período da aula (matutino, vespertino, noturno)? Como aproveitar os
conhecimentos e experiências prévias? Quais estratégias utilizar?
 Como verificar a aprendizagem? Como acompanhar o processo educativo? Quais os critérios para definir
o sistema de avaliação? Quais os métodos e tipos de instrumentos de avaliação? Há coerência entre os
métodos de avaliação e os objetivos delineados? Consideram os resultados a serem alcançados?

OUTRAS CONSIDERAÇÕES

1. Funções didáticas
Entende-se por funções didáticas as etapas, elementos do processo de ensino que tem carácter geral e
necessário. São eles:

 Preparação da nova matéria;


a) Asseguramento do nivel de partida ou condições prévias.
É uma actividade que influencia consideravelmente nos resultados da aprendizagem dos alunos.
Os conhecimentos e habilidades que possuem os alunos e que são necessários para a
assimilação do novo conteúdo, são trazidos aqui. Isso se activa antes do novo conteúdo.
O professor deve determinar as condições que possuem os alunos para assimilar o novo
conteúdo, entre elas:
I. As condições precisas para a assimilação da disciplina.
Ex.: As técnicas e métodos de trabalho da matéria, a atitude para sua aprendizagem.
(diagnóstico).
I. As condições dos conhecimentos, capacidades e habilidades que são imprescindível
para o tratamento da unidade ou tema. (diagnóstico).

b) Motivação.
É criar uma contradição entre os conhecimentos que possuem os alunos e os que necessitam
para enfrentar o novo conteúdo. Com relação aos objectivos instrutivos se pode dizer que é criar
uma contradição entre o poder e o saber. É despertar o interesse de resolver essa contradição;
se não se criar a contradição, não há motivação.
A motivação pode ser:
a) Intra motivação: É a contradição que se cria com aspectos próprios da disciplina
b) Extra motivação: É quando a contradição se cria mediante situação da vida.

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c) Orientação aos objectivos da aula.


É um momento muito vinculado com a motivação, é muito breve. Deve expressar – se de maneira
clara e precisa o que queremos trabalhar na classe, a finalidade é a sua utilidade. Não deve
adiantar-se o conteúdo, não utilizar palavras incompreensíveis.

 Tratamento da nova matéria


Está determinado em primeiro lugar por objectivos. Estes determinarão os níveis de exigência. O docente
deve ter presente a princípio o seguinte:
 Domínio pleno da matéria;
 Seleção, dosificação e ordenamento da matéria;
 Determinação das actividades que será realizada de forma tal que garantem a participação activa e
criadora na aprendizagem;
 Seleção dos meios de ensino, dos métodos e das formas de control que conduzirão no cumprimento
dos objectivos.

 Fixação e Controlo
Consolidar constituem o sistema de actividades que se realiza no processo de ensino com o objectivo de
assegurar e garantir a assimilação sólida, consciente e duradoura dos conhecimentos, o desenvolvimento
das habilidades e hábitos dos alunos, assim como a reafirmação das formas de conduta e as convicções.
As actividades devem partir sempre do mais simples ao mais complexo.

a) Mediante essa actividade se comprovam os resultados da aulas sobre a base das exigências
apresentadas no plano de aula.
b) Determina a eficiência da aula, porque reve a qualidade dos conhecimentos, habilidades e hábitos
formativo alcançados no PEA.
Fica claro que, as duas primeiras etapas (asseguramento do nível de partida até tratamento da nova matéria)
garantem que os alunos adquiram o primeiro nível de assinilação, ou de reprodução.

A última (controlo e avaliação) supõe o uso das novas condições dos conhecimentos e habilidades
adquiridas, que iniciam aos alunos nas actividades criadora e contribuem ao desenvolvimento desta.

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PLANO DE AULA Nº____ Guião Metodológico de Matemática

Identificação Nome do Professor:


Informações Nome do Colégio:
Disciplina:
Classe: Turma: Nº de Alunos:
Período/Sala:
Tempo lectivo: Duração da aula:
Data:
Nº da Lição:
Unidade Temática Nº___ Tema:
O que será abordado na aula, detalhado
específicamente em conteúdo
Subtema:

Assunto:

Tipo de Aula 
Característica da aula

Objectivos Específicos 1. Conhecimento/Compreensão:


Referem-se a tudo que o aluno aprenderá a fazer
com o uso das suas capacidades cognitvas

2. Análise/Aplicação:

3. Síntese/Avaliação:

Conteúdo Em anexo
Os meios com os quais se pretende atingir os Referências bibliográficas:
objectivos (Conceituais, procedimentais e
atitudinais)

Princípios Didácticos
Referem – se a natureza da matéria (conteúdo)

Meios de Ensino
Materias didático usado na sala de aula pelo
professor de modo a facilitar a assimilação e
percepção por parte dos alunos.

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Guião Metodológico de Matemática
Asseguramento ao Nível de Partida Rever conhecimentos sobre:
 Saudação, verificação do estado da sala
(organização e higiene), chamada.
 Buscar os conhecimento prévio de
sustentação do novo conhecimento.

Motivação
Situação problemática que irá nortear a aula. Criar
uma contradição entre os conhecimentos que os
alunos possuem e os que necessitam para
enfrentar o novo conteúdo.

Orientação aos Objectivos da Aula Hoje iremos aprender à:


Dar a conhecer aos alunos os objectivos da aula. É
um momento vinculado a motivação.

Métodos e Procedimentos Método a ser usado:


(Estratégia de Ensino) Procedimentos em relação ao método:
Articulação do método na sala de aula; estratégias
a ser usada na sala de aula
Estratégia de ensino:

Avaliação A avaliação irá decorrer mediante:


 Averiguação real da assimilação do conteúdo por
parte do aluno.
 Comprovação dos resultados da aula sobre a base
das exigências apresentadas no plano de aula.
 Determinação da eficiencia da aula, pois reve a
qualidade dos conhecimentos, habilidades e
hábitos formativos a serem alcançados no
processo.

Possíveis erros dos alunos


Os erros que os alunos poderão cometer nessa aula

Como superá – los


Vias de solução

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Tema 1: Números e operações
Objectivos Gerais:
 Conhecer a notação científica de potências;  Compreender Adição de Monómios e polinómios
 Compreender o uso de potências na aplicação à notação científica;  Conhecer as expressões com potência;
 Compreender as potências de expoente inteiro de um número;  Compreender os casos notáveis da multiplicação de binómios
 Conhecer os elementos que compõem uma equação;  Conhecer as regras de Multiplicação de monômio e Polinómio;
 Conhecer Monómios e Polinómios;  Conhecer as regras de operações de monômios e polinómios;
 Conhecer o grau de um monômio e polinómio  Compreender as equações do 1.º grau a uma incógnita.

PLANO TEMÁTICO DETALHADO


Unidade temática Sub - Unidade temática Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
Os alunos devem ser capazes de: O aluno: horária
 Tema 1: Números e  Subtema 1.1:  Reconhecer a Notação Científica;  Notação Científica;  Relaciona os diferentes 18 Aulas
operações Potências  Reconhecer a Potência de expoente inteiro  Potência de expoente inteiro negativo domínios numéricos de
negativo 𝑎−𝑛 ; 𝑎−𝑛 ; matemática.
 Identificar a notação científica de potência de  Potência de base 10 de expoente
base 10; inteiro negativo.  Usa estratégias
 Calcular o valor de uma potência de expoente diversificadas na resolução
inteiro negativo; de exercícios e problemas
 Comparar potências; práticos em R, com rigor,
 Representar um número natural na forma de persistência e de forma
um polinómio nas potências de base 10; independente e coletiva.
 Resolver problemas que envolvam Potência
de base 10 de expoente inteiro negativo.
 Subtema 1.2:  Definir Monómios e Polinómios;  Monómios e Polinómio 
Operações com  Identificar Monómios e polinómio;
polinómios  Identificar o grau de um monômio e
polinómio;
 Reconhecer Adição de Monómios e  Adição de Monómios e Polinómios;
Polinómios;
 Simplificar expressões com potência;  Simplificação de expressões com
parênteses;

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 Reconhecer os casos notáveis da  Multiplicação de Monómios e
multiplicação de binómios; Polinómios;
 Aplicar os casos notáveis da multiplicação de  Casos notáveis da multiplicação de
binómios na simplificação de expressões binómios;
com polinómios.
 Multiplicar monômio e Polinómio;
 Efectuar operações de monômios e
polinómios;
 Reconhecer a Divisão de Monómios e  Divisão de Monómios e Polinómios;
Polinómios;  Decomposição de Polinómios em
 Reconhecer a Decomposição de Polinómios factores.
em factores;
 Compreender a Decomposição de
Polinómios em factores;
 Resolver problemas que envolvam Operações
com polinómios;
 Aplicar a fórmula do quadrado do binómio e
da diferença de quadrado.
 Subtema 1.3:  Reconhecer as equações do 1.º grau;  Introdução sobre equações do 1.º 
Equações do 1.º  Traduzir um problema por meio de uma grau;
grau a uma equação;  Equações literais;
incógnita  Reconhecer as Equações literais;  Princípios de equivalência;
 Reconhecer os princípios de equivalência;  Resolução de equação do 1º grau;
 Resolver problemas que envolvem equações  Resolução de problemas que envolvem
do 1º grau. equações do 1º grau.

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PLANIFICAÇÃO DA AULA
TENDO EM CONTA OS
CONTEÚDOS

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Tema 1: Números e operações
Subtema 1.1: Potências
Objectivos Gerais:
 Conhecer a notação científica de potências;
 Compreender o uso de potências na aplicação à notação científica;
 Compreender as potências de expoente inteiro de um número.

Conteúdo:
 Notação Científica
 Potência de expoente inteiro negativo 𝑎−𝑛
 Potência de base 10 de expoente inteiro negativo

Objectivos específicos:
 Reconhecer a Notação Científica;
 Reconhecer a Potência de expoente inteiro negativo 𝑎−𝑛 ;
 Identificar a notação científica de potência de base 10;
 Calcular o valor de uma potência de expoente inteiro negativo;
 Comparar potências;
 Representar um número natural na forma de um polinómio nas potências de base 10;
 Resolver problemas que envolvam Potência de base 10 de expoente inteiro negativo;
Pré – requisitos:
 Os alunos já devem estar familiarizados com:
 Potência em Q – Propriedades
 Leitura os números decimais

Duração: 6 à 8 aulas

Estratégias e recursos da aula

Sugere-se que o professor comece a aula fornecendo a turma algumas medidas notáveis, cujos valores
correspondentes sejam muito grandes ou muito pequenos, como por exemplo:

 A distância média entre a terra e o sol é cerca de 150 000 000 de quilómetros.
 O raio do átomo de hidrogénio é de 0,0529 nanômetros.
Peça se possível que os alunos escrevam essas medidas em metro.
deverá apresentar as seguintes respostas:

 Distancia média entre a terra e o sol: 150 000 000 000 m;


 Raio do hidrogénio: 0,0000000000529 m.

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Escreve os números assim de maneira tão estensão, incluindo todos os algarismos é a maneira mais comum,
quando operamos com números menores ou maiores. Em seguida, peça que escrevam aquelas medidas usando
potência de base 10 e após um curto intervalo de tempo, 2 a 3 minutos, corrija as respostas, sempre arguindo os
alunos para que sigam a sequência do raciocínio.

Explique para eles que o expoente da base corresponde ao número de casas que a vírgula desloca do número
original para o escrito de forma compacta, fazendo as seguintes considerações:

1. Se o deslocamento da vírgula for para a esquerda, o expoente será positivo.


2. Se o deslocamento da vírgula for para a direita, o expoente será negativo.
Obs.: Quando se trata de um número inteiro, sem vírgula, considera-se a vírgula após o último algarismo.
Ex.:
a) 150 000 000 000𝑚 = 15. 1010 𝑚
b) 0,0000000000529 𝑚 = 529. 10−13 𝑚

Após mostrar que é possível escrever tais números de uma maneira mais compacta o professor então deve explicar
para os alunos o conceito de notação científica e justificar que é uma maneira de representar um número muito
grande ou muito pequeno de uma forma mais compacta e mais compreensiva.

Em seguida, define notação científica e peça ao alunos para escrever as medidas acima usando notação
científica.
Ex.: a) 150 000 000 000𝑚 = 1,5. 1011 𝑚
b) 0,0000000000529 𝑚 = 5,29. 10−11 𝑚

Em seguida, o professor deverá pedir aos alunos que escrevam varios outros números em notação científica.

A partir desses conceitos todos, o professor estará em condições de entrar nas operações, começando com a
comparação e, em seguida adição e subtracção e posteriomente a e multiplicação e divisão.
A multiplicação e a divisão pode ser dada antes da adição e subtracção (irrelevante). Quando trabalhar na adição
e subtracção, use a recta para ilustrar melhor a deslocação da vírgula.

Avaliação

Além dos exercícios ja propostos durante a aula que servirão para avaliar se os alunos assimilaram o conteúdo,
o professor ainda poderá fornecer outros valores de medidas muito grandes e muito pequenos, pedir que
escrevam cada medida em notação científica e vice versa.

A avaliação deverá ser feita através de observação durante todo processo nas actividades propostas, de modo
contínuo e sistemático, podendo adotar também como critério para avaliação:

1. O envolvimento e o interesse do aluno ao fazerem as actividades;


2. A participação coloborativa de cada aluno nas discussões e abordagem da aula.

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Tema 1: Números e operações
Subtema 1.1: Potências
Assunto: Potência de um número

Nota: A potência de um número pode ser definida como o produto de factores iguais. Assim, a multiplicação
sucessiva de um mesmo número varias vezes resulta em uma potência e ela pode ser representada por 𝒂𝒏 , sendo
que 𝑛 ∈ 𝑁.

Exemplo: a) 2 × 2 × 2 = 8 → 8 é uma potência e pode ser escrito como: 8 = 23


b) 2 × 3 × 3 = 18 → 18 não é uma potência, pois não é produto de factores iguais.
Observação:
 Todo número diferente de zero e elevado a zero é um.
a) 20 = 1
b) (154)0 = 1

 Todo número diferente de zero e elevado a 1, será o próprio número.


a) 41 = 4
b) 131 = 13

 Qualquer que seja o expoente, se a base for zero, o resultado será zero.
a) 08 = 0

Propriedades de potência

1. Propriedade: Um produto de potências de mesma base pode ser escrito na forma de uma única potência. Para
isso, conservamos a base e adicionamos os expoentes.
𝒂𝒎 × 𝒂𝒏 = 𝒂𝒎+𝒏 , sendo 𝑎 ≠ 0

Exemplos:
a) 35 × 32 = 35+2 = 37
4 2 4 4 3 4 2+1+3 4 6
b) ( ) × ( ) × ( ) = ( ) =( )
7 7 7 7 7

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2. Propriedade: Um quociente de potências de mesma base, onde o expoente do dividendo é maior ou iual ao
expoente do divisor, pode ser escrito na forma de uma única potência. Para isso, conservamos a base e
subtraimos os expoentes.
𝒂𝒎 ÷ 𝒂𝒏 = 𝒂𝒎−𝒏 , com 𝑎 ≠ 0 𝑒 𝑚 ≥ 𝑛

Exemplos:

a) 109 ÷ 104 = 109−4 = 105


3 4 3 4 3 4−4 3 0
b) ( ) ÷ ( ) = ( ) =( )
4 4 4 4

c) (2,3)6 ÷ (2,3)5 = (2,3)6−5 = (2,3)1 = 2,3

3. Propriedade: Uma potência de uma potência pode ser escrita na forma de uma única potência. Para isso,
conservamos a base inicial e multiplicamos os expoentes.
(𝒂𝒎 )𝒏 = 𝒂𝒎×𝒏 , com 𝒂 ≠ 𝟎

Exemplos:
a) (62 )3 = 62×3 = 66
5
1 4 1 4×5 1 9
b) [( ) ] = ( ) =( )
2 2 2

4. Propriedade: Para elevarmos um produto de dois ou mais números racionais a um expoente, podemos elevar
cada fator a esse expoente.
(𝒂 × 𝒃)𝒏 = 𝒂𝒏 × 𝒃𝒏
Exemplos:
a) (3 × 8)3 = 33 × 83
1 1 2 1 2 1 2
b) [( ) × ( )] = ( ) × ( )
3 2 3 2

Observação: Essa mesma propriedade pode ser aplicada quando temos um quociente.

Exemplos:
a) (7 ÷ 6)5 = 75 ÷ 65
2 2 2
2 2 1 3 2 2 1 3 2 4 1 6
b) [( ) ÷ ( ) ] = [( ) ] ÷ [( ) ] = ( ) ÷ ( )
3 4 3 4 3 4

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Fixação

1. Aplicando as propriedades de potência, transforme em uma única potência:


a) 74 × 73 =
b) (132 )4 =
c) 104 × 103 × 102 =
d) 810 ÷ 810 =
e) 𝑎12 × 𝑎2 × 𝑎20 =
f) (0,6)15 ÷ (0,6)7 =
3
3 3
g) [( ) ] =
4
7 23 7 18
h) ( ) ÷( ) =
9 9

2. Sabendo que 𝑎 = 213 , 𝑏 = 27 , 𝑐 = 25 , determine na forma de potência:


a) 𝑎 × 𝑏 =
b) 𝑏 ÷ 𝑐 =
c) 𝑎 × 𝑐 =
d) 𝑎 ÷ 𝑏 =
e) 𝑎2 =
f) 𝑏3 =
g) 𝑎 × 𝑏 × 𝑐 =

3. Transforme as seguintes expressões num produto ou num quociente de potências:


a) (7 × 9)2 =
b) (5 × 10 × 3)3 =
c) (23 × 3)4 =
d) (35 ÷ 52 )2 =
e) [(0,6) × (1,1)]4 =
3
1 3 1 2
f) [( ) × ( ) ] =
2 3
g) (𝑥 ÷ 𝑦
7 4 )2
=

4. Sabendo que 𝑎 × 𝑏 = 6, calcule o valor de:


a) 𝑎2 × 𝑏2 =
b) 𝑎3 × 𝑏3 =

5. Se 𝑎2 × 𝑏2 = 49, qual é o valor de 𝑎 × 𝑏?

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Tema 1: Números e operações
Subtema 1.1: Potências
Assunto: Potência de base 10

Potência de base 10 de expoente inteiro positivo

Nota: Uma potência de base dez é um número cuja base é 10 elevada a (𝑛), um expoente inteiro, 𝒏 ≠ 𝟎. A
potência de base 10 de expoente inteiro positivo, resulta no algarismo 1, seguido de 𝒏 zeros quanto o valor do
expoente.

10𝑛 = 1000 … 0

𝒏 zeros

Exemplo:

a) 105 = 100 000 → Zeros a direita de 1 (expoente positivo igual a quantidade de zeros).

Potência de base 10 de expoente inteiro negativo

No caso em que o expoente tenha sinal negativo, a generalização para as potências de base 10 é feita da seguinte
𝟏
forma: (𝟏𝟎−𝒏 = 𝟏𝟎𝒏 ). Neste caso, a potência resulta no algarismo 1, precedido de 𝒏 zeros quanto o valor do
expoente.
1 1
a) 10−4 = = = 0,0001 → Zeros a esquerda de 1 (expoente negativo igual a quantidade de zeros).
104 10 000
𝟏
b) = 10−3 = 0,001
𝟏𝟎𝟑

Obs1: Qualquer número que é antecedido de zero (números decimais) ou sucedido de zero (números inteiros),
pode ser escrito usando a potência de base 10. Para tal, esse número deverá ser multiplicado por uma potência
de base 10, cuja quantidade de zeros será igual a quantidade de algarismos decimal desse número no caso dos
números decimais.

a) 0,00043 = 43 × 0,00001
= 43 × 10−5

2
b) = 0,0000002
10000000
= 2 × 0,0000001
= 2 × 10−7

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Para os números inteiros sucedidos de zeros, basta multiplicar por esse número sem os zeros, uma potência de
base 10, cujo a quantidade de zeros é igual a quantidade de zeros desse número.

a) 3 000 000 = 3 × 1 000 000


= 3 × 106

Obs2: Para alterar o expoente sem mudar o valor da potência, multiplicamos a potência por 1 e movemos sua
vírgula conforme a mudança do expoente. Se for positivo, deslocamos a vírgula para a esquerda (aumentamos
“zeros”) e, se for negativo, deslocamos a vírgula para a direita (diminuimos “zero”).

Exemplos:

a) Transforme a potência 103 em uma potência de expoente 6, sem alterar seu valor.

Resolução: 103 = 1. 103 = 0,001. 106 , nesse caso, aumentamos 3 unidades ao expoente da potência
103 , pois que a vírgula situada a direita de 1, moveu – se para a esquerda, aumentando três zeros para
igual à 6 sem alterar seu valor: 0,001. 106 = 10−3 . 106 = 103

b) Transforme a potência 105 em uma potência de expoente 3, sem alterar seu valor.

Resolução: 105 = 1. 105 = 100. 103 , nesse caso, diminuimos 2 unidades ao expoente da potência
105 , pois que a vírgula situada a direita de 1, moveu – se para a direita, aumentando dois zeros para igual
à 5 sem alterar seu valor: 100. 103 = 102 . 103 = 105

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Actividades de Consolidação

1. Escreve os seguintes números usando a potência de base 10:


a) 1 000 000
b) 523 000 000
c) 1
d) −0,00 00022
e) 0,00 000 000 041
f) 42,70000000

2. Determine o valor das seguintes potência:


a) 105 =
b) 10−4 =
c) 7. 105 =
d) 11. 10−5 =
e) 23,5. 102 =
f) 0,2. 10−3 =
g) 5514,14. 10−3 =
h) 52. 10−2 =

3. Em cada uma das potências abaixo, aumente e diminue 4 unidades sem alterar o seu valor:
a) 10−4 =
b) 7. 105 =
c) 52. 10−2 =
d) 23,5. 102 =

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Tema 1: Números e operações
Subtema 1.1: Potências
Assunto: Notação Científica

Notação Científica

Nota: A notação científica é uma forma de escrever números muito grandes ou muito pequenos usando a potência
de base 10. Um número está escrito em Notação Científica se obedecer a forma 𝒂. 𝟏𝟎𝒏 , em que 𝒂 representa a
mantissa ou coeficiente e 𝒂 é um número em módulo maior ou igual a 1 e menor que 10 (1 ≤ |𝑎| < 10) e, 𝒏
representa o expoente ou ordem de grandeza ( 𝑛 ∈ 𝑍).

Expoente ou ordem de grandeza


𝒂. 𝟏𝟎𝒏 Base 10
Mantissa ou coeficiente

A mantissa ou coeficiente, é obtida ao posicionar a vírgula à direita do primeiro algarismo significativo do número.
Assim, a mantissa dos números:

a) 0,000045 é 4,5, pois que, quatro é o primeiro algarismo significativo do número 0,000045.
b) 3256565 é 3,256565. Pelo arredondamento temos: ≅ 3,3.
c) 0,00000003 é 3. Isso acontece porque 3,0 = 3.

Obs1: Para escrever um número em notação científica, devemos primeiramente encontrar a mantissa desse número
e em seguida, escrever a potência de base 10, em que 𝒏 representará o número de casas decimais que andaremos
com a vírgula até ao algarismo significativo, para a esquerda ou para a direita.

 Se nos deslocarmos para a esquerda com a vírgula, o expoente será negativo e igual ao número de casas
decimais que andamos ou deslocamos.
Exemplos:
a) 0,00023 = 2,3. 10−4 b) 0,05. 10−3 = 5. 10−2 . 10−3
= 5. 10−2−3
= 5. 10−5

 Se nos deslocarmos para a direita com a vírgula, o expoente será positivo e igual ao número de casas decimais
que andamos ou deslocamos.
Exemplos:

a) 230000000 = 2,3. 108

b) 12,5. 102 = 1,25.10. 102


= 1,25. 101+2
= 1,25. 103 ≅ 1,3. 103

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Guião Metodológico de Matemática
Nota1:
As potências de base 10 de expoente inteiro positivo, podem ser transformadas em um número inteiro. Para
transformar as potências de base 10 de expoente inteiro positivo em números inteiros, basta desfazer a potência
de base 10 e multiplicá – la pelo coeficiente da base 10, usando os argumentos do deslocamento da vírgula.
Exemplos:

a) 92,36. 103 = 92,36 × 1 000 = 92360

b) 0,26. 102 = 0,26 × 100 = 26

Nota2:
As potências de base 10 de expoente inteiro negativo, podem ser transformadas em um número decimal. Para
transformar as potências de base 10 de expoente inteiro negativo em números decimais, basta desfazer a potência
de base 10, usando os procedimentos da potência de base 10 de expoente inteiro negativo e multiplicá – la pelo
coeficiente da base 10, usando os argumentos do deslocamento da vírgula.
Exemplos:
1 𝟏,𝟑×𝟏𝟎 13
a) −1,3. 10−2 = −1,3 × =− =− = |−𝟎, 𝟎𝟏𝟑| = 0,013
100 𝟏𝟎𝟎×𝟏𝟎 1000
A mantissa é um número em módulo

Neste caso, como o numerador é um número decimal não


nulo, multiplicamos cada termo da fração por 10, que
representa a parte decimal do numerador para eliminar a
vírgula e facilitar os cálculos.

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Actividades de Consolidação

1. Escreve em notação científica os seguintes números:


a) 0,000002 =
b) 45000000000000 =
c) −0,00000030045 =
d) 42,13. 10−6 =
e) −42,13. 106 =
f) 0,004. 10−3 =
g) 8923,245 =
2075
h)
4

2. Transforme as seguintes potências de base 10 abaixo em números decimais e inteiros:


a) 4,213. 102 =
b) 9. 10−2 =
c) 9,524. 105 =
d) 3,2458. 10−1 =
e) −2,13. 10−4 =
f) 3,2. 102 =

3. Qual é a relacão existente entre a notação científica e a potência de base 10?


a) Como defines potência de base 10?
b) Como defines notação científica?

4. Aplicando as regras de potências, resolve:


1 2 1 5
a) ( ) ÷ ( ) =
3 3
b) −5
3 ×3 = 3

c) 10−7 × 104 ÷ 103 =


d) (0,5)−2 =
e) 22 ÷ 26 =

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Tema 1: Números e operações
Subtema 1.1: Potências
Assunto: Comparação e Operaões com potências de base 10

Comparação de potências

Nota: Uma das formas de comparar duas potências, é escrevé –las primeiramente em notação cintéfica para
facilitar a operação. Assim, ao comparar duas potências devemos ter em conta o seguinte:

1) Entre dois números escritos em notação científica é maior o número cujo a potência de base 10 tiver
maior expoente (ordem da grandeza).
Exemplos:
a) 3,1. 103 < 1,1. 104
b) 8,23. 10−2 > 9,45. 10−12

2) Se as potências de base 10 tiverem o mesmo expoente, é maior o número cujo a sua mantissa é maior.
Exemplos:
a) 8,13. 103 > 7,41. 103
b) 5,3. 10−4 < 6,134. 10−4

Adição e subtração de números escritos em notação científica

Nota: A adição e subtração com potências (notação científica) só pode ser realizada quando se tem expoentes
iguais. Conserva – se a potência indicada e adiciona – se (ou subtrai – se) os valores que antecedem a
potência.
Exemplos:
a) 9 × 107 − 3 × 107 = (9 − 3) × 107 = 6. 107
b) 2,3 × 10−4 + 1,4 × 10−4 = (2,3 + 1,4) × 10−4 = 3,7. 10−4

Observação:
 No caso em que as potências não apresentam os mesmos expoentes, é necessário
primeiramente igualar os expoentes. Nesse caso usaremos o argumento anterior de
transformar uma potência de base 10 em um expoente que pretendemos.
Exemplo:
a) 9 × 105 + 3 × 107 = 0,09 × 107 + 3 × 107 = 3,09. 107 ou
9 × 105 + 3 × 107 = 9 × 105 + 300 × 105 = 309. 105
= 3,09. 107

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Multiplicação e divisão de potências (notação científica)

Nota: Efectua – se a multiplicação ou a divisão entre os números que antecedem a potência e também
multiplicam – se ou divide – se as potências de base, aplicando as regras de potências da mesma base na
multiplicação ou na divisão.
Exemplo:
a) 9. 105 × 3. 103 = 27. 105+3 = 27. 108
b) 14. 10−7 ÷ 2 × 104 = 7. 10−7−4 = 7. 10−11

Actividades de Consolidação

1. Escreve os números em notação científica e compara usando os sinais de <, >, =:


a) 43,6. 102 e 2,4. 106
b) 0,0278 e 12. 10−3
c) 27500000000000000000 e 15. 1017
d) 6,72. 102 e 672
e) 3. 10−8 e 0,00003. 10−3

2. Efectue as operações com as potências de base 10:


a) 1,2.106 × 106
b) 3.1027 ÷ 4.1012
c) 9.106 + 3,5. 106
d) 14.104 − 6.106

3. Um livro de Matemática tem 800 páginas e 4,0 cm de espessura. A espessura de uma folha do livro vale,
em milímetros:
a) 2,5.10
b) 5.10
c) 1.10
d) 1,5.10
e) 2.10

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4. A nossa galáxia, a Via Láctea, contém cerca de 400 bilhões de estrelas. Suponha que 0,05% dessas
estrelas possuam um sistema planetário onde exista um planeta semelhante à terra.
a) Qual é o número de planetas semelhantes à Terra, na Via Láctea?
(Lembre – se que para achar o valor percentual de um determinado número, basta dividir esse número por 100).

5. Um ano – luz é a distância que a luz percorre em um ano. Considerando que, aproximadamente, a
velocidade da luz é de trezentos milhoes de metros por segundo e um ano tem trinta e dois milhões de
segundo, devemos multiplicar trezentos milhões por trinta e dois milhões para obter o valor do ano – luz
em metros. Efectue esta operação em notação científica.

6. A massa do planeta Júpter é de 1,9 × 1027 𝑘𝑔, e a massa do sol é de 1,9891 × 1030 𝑘𝑔. Calcule, em
notação científica:
a) A soma das duas massas
b) Aproximadamente, quantas vezes o sol é mais massivo que Júpter.

7. Considerando que cada aula dura 45 minutos, determine o intervalo de tempo de duas aulas seguidas,
expressas em segundo. Faça em notação científica.

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Tema 1: Números e operações
Subtema 1.2: Operações com polinômios
Objectivos Gerais:
 Conhecer os elementos que compõem uma equação;
 Conhecer Monómios e Polinómios;
 Conhecer o grau de um monómio e polinómio
 Compreender Adição de Monómios e polinómios
 Conhecer as expressões com potência;
 Compreender os casos notáveis da multiplicação de binómios
 Conhecer as regras de Multiplicação de monómio e Polinómio;
 Conhecer as regras de operações de monómios e polinómios.

Conteúdo:
 Monómios e Polinómios;
 Adição de Monómios e Polinómios;
 Simplificação de expressões com parênteses;
 Multiplicação de Monómios e Polinómios;
 Casos notáveis da multiplicação de binómios;
 Divisão de Monómios e Polinómios;
 Decomposição de Polinómios em factores.

Duração: 14 aulas
Objectivos específicos:
 Definir Monómios e Polinómios;
 Identificar Monómios e polinómio;
 Identificar o grau de um monômio e polinómio
 Reconhecer Adição de Monómios e Polinómios;
 Simplificar expressões com potência;
 Reconhecer os casos notáveis da multiplicação de binómios;
 Aplicar os casos notáveis da multiplicação de binómios na simplificação de expressões
com polinómios.
 Multiplicar monômio e Polinómio;
 Efectuar operações de monômios e polinómios;
 Reconhecer a Divisão de Monómios e Polinómios;
 Reconhecer a Decomposição de Polinómios em factores;
 Compreender a Decomposição de Polinómios em factores;
 Resolver problemas que envolvam Operações com polinómios;
 Aplicar a fórmula do quadrado do binómio e da diferença de quadrado.

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Pré – requisitos:
 Os alunos já devem estar familiarizados com:
 Expressões com variáveis;
 Propriedades e potências;
 Algorito da divisão;

Estratégias e recursos da aula

Professor, inicie a aula colocando no quadro duas figuras; um quadrado e um rectângulo e suas respectivas
medidas. Por exemplo:

2 2

2 3

Faça lembrar ao aluno o cálculo do perímetro de um quadrado e de um rectângulo ( a soma de todos os lados
da figura) e a apartir daí, pedir para calcular o perímetro das figuras. Certamente na primeira o aluno obterá
com ajuda do professor caso seja necessário 4 (2 + 2) e na segunda figura 5 (2 + 3).

Em seguida, coloque questões como:

 Quanto daria duas maças mais duas maçãs?


 Quanto daria duas maçãs mais duas bananas?
A partir daí o professor poderá explicar aos alunos que não é possivel adicionar objectos diferentes. E
aproveite escrever em linguagem matemática as questões que foram colocadas:

 2 maçãs + 2 maçãs = 4 maçãs


 2 maçãs + 2 bananas = ?
Busque em seguida, o primeiro exemplo, mas coloque variáveis invés dos numeros;

𝒙 𝒙

Peça novamente que os alunos calculem o perímetro das figuras, colhe todas informações possíveis dos
alunos. No final os rsultados serão: 2𝑥 𝑒 𝑥 + 𝑦.
Faça menção do coeficiente das variáveis 𝑥 𝑒 𝑦, no caso o número 1.

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Destaque os resultados 𝟐𝒙 𝑒 𝒙 + 𝒚 e questione:

 Como podemos chamar as expressoões que são formadas por um número e uma letra?
 E, se tiver mais de uma expressão, como chamaria a expressão?
Com essa ferramenta, o professor poderá definir monómios e polinómios, enfatizar os componentes de um
monómio, e as diferentes forma de representar os polinómios (monómios, binómios, trinómios e polinómios).

Busque outro exemplo como:

2x 2𝑥 2 𝑦

3x𝑦 3

Calcule o perímetro das figuras.

Na actividade, os resultados serão: 𝟒𝒙 e 𝟐𝒙𝟐 𝒚 + 𝟑𝒙𝒚𝟑 .


Coloque questões como:

 Qual é o expoente da primeira expressão? Qual é o expoente da segunda expressão?


O professor deverá explore as sugestões dos alunos, e em seguida, o professor deve introduzir a noção de
grau de um monómio e de um polinómio e como determiná-lo.

Em relação as operações de adição e subtracção, busque os exemplos relacionados ao cálculo do perímetro de


um quadrado ou de um rectângulo. Quando operar com a multiplicação, faz menção ao cálculo da área de um
rectângulo, triângulo ou quadrado, lembrando ao aluno que àrea do quadrado ou retângulo é igual ao
cumprimento vezes a altura, e, do triângulo será cumprimento vezes a altura na razão de 2.

Nessa actividade, o professor pode trabalhar com as figuras do exemplos anteriores para melhor compreensão
dos alunos.

Professor, ao falar dos casos notáveis da multiplicação, começa por multiplicar dois polinómios iguais. Por
exemplo:

a) (𝑥 + 2)(𝑥 + 2) = 𝑥 (𝑥 + 2) + 2(𝑥 + 2)
= 𝑥 2 + 2𝑥 + 2𝑥 + 4
= 𝑥 2 + 4𝑥 + 4

b) (𝑥 − 2)(𝑥 − 2) = 𝑥 (𝑥 − 2) − 2(𝑥 − 2)
= 𝑥 2 − 2𝑥 − 2𝑥 + 4
= 𝑥 2 − 4𝑥 + 4

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c) (𝑥 + 2)(𝑥 − 2) = 𝑥 (𝑥 − 2) + 2(𝑥 − 2)
= 𝑥 2 − 2𝑥 + 2𝑥 − 4
= 𝑥2 − 4
Em seguida, peça aos alunos que calculem a área do quadrado, lembrando aos alunos que para a área do
quadrado da figura será igual a soma de todas as áreas da figura.

X 1

No quadrado amarelo, a área será 𝑥 2


No quadrado verde, a área será 2.1. 𝑥
No quadrado azul, a área será 1.
𝑥2
X A área total será 𝑥 2 + 2𝑥 + 1

Simbolicamente podemos escrever que:


(𝑥 ± 1)2 = 𝑥 2 ± 2𝑥 + 1
1
12
Obs.: Na figura, o professor devera destacar as setas azuis e verde, para poder explicar aos alunos em relação
ao quadrado da soma e da diferença.

Faça com que o aluno perceba a diferença na resolução dessa multiplicação e por si mesmo descobrir que esse
método é o mais rápido e fácil de interpretar. Explica ao aluno sobre os casos da multiplicação (quadrado do
binómio e diferença de quadrados).

Crie actividades e de preferença aquelas usadas na multiplicação de polinómios, com essa nova ferramenta
(casos notáveis). O professor poderá ainda criar actividades partindo de figuras como a do exemplo anterior,
permitindo ao aluno ter uma percepção melhor.

Avaliação

Além dos exercícios ja propostos durante a aula que servirão para avaliar se os alunos assimilaram o conteúdo,
o professor ainda poderá fornecer outros relacionados ao tema. A avaliação deverá ser feita através de observação
durante todo processo nas actividades propostas, de modo contínuo e sistemático, podendo adotar também
como critério para avaliação:

1. O envolvimento e o interesse do aluno ao fazerem as actividades;


2. A participação coloborativa de cada aluno nas discussões e abordagem da aula.

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Tema 1: Números e operações
Subtema 1.2: Operações com polinômios
Assunto: Monómios. Grau de um monômio

Monômios
Definição: Monômios ou termos algébricos são expressões algébricas que possuem a operação de multiplicação
entre números e letras. As letras das expressões algébricas são chamadas de variáveis e apresentam somente
expoentes naturais (No).
Exemplos de monômios:
a) 𝑥
b) 2𝑥
c) −3𝑥𝑦 4
d) 2

Observação:
 As expressões algébricas que possuem variável no denominador, não são consideradas
monômios. Essas expressões denominam-se fracções algébricas, que pelo processo de
simplificação, em alguns casos, podem ser transformadas em monômios. Assim, não podem
ser consideradas monômios as expressões seguintes:
Exemplos:
2 2𝑥𝑦 4𝑚4 𝑛
a) 2𝑥 −3 = b) c) = 4𝑚4 . 𝑛. 𝑛−3 = 4𝑚4 𝑛−2
𝑥3 4𝑎 𝑛3

2𝑎4 𝑏
d) = 2𝑎4 . 𝑎−3 . 𝑏 = 2𝑎. 𝑏 → Neste caso, pelo processo de simplificação, a
𝑎3
expressão é considerada como monômio.

Parte do monômio
Um monómio é formado por número que chamamos de parte numérica ou coeficiente numérico do monômio,
e variável ou multiplicação de variáveis (inclusive seus expoentes) que chamamos de parte literal.
Exemplos:
a) 𝟐𝒙: 2 é a parte numérica ou coeficiente.
𝒙 é a parte literal.

b) −𝟑𝒙𝒚𝟒 : -3 é a parte numérica ou coeficiente.


𝒙𝒚𝟒 é a parte literal.

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c) 𝐚𝐛𝟐 : 1 é a parte numérica ou coeficiente.


𝐚𝐛𝟐 é a parte literal.

𝟏 1
d) : é a parte numérica ou coeficiente.
𝟑 3
Obs: não há parte literal, logo é nula (pode ser qualquer variável de expoente 0).

Grau de um monômio

Nota: O grau de um monômio pode ser identificado de duas maneiras:

I. Pela soma sucessiva dos expoentes da parte literal.


Ex.:
a) 2x 2 y 5 z o grau do monómio é 2 + 5 + 1 = 8 e, escrevemos abreviadamente:
2x 2 y 5 z → gr(M) = 2 + 5 + 1 = 8

b) 2x 2 → gr(M) = 2

c) 3 → gr(M) = 0

II. Em relação a uma das variáveis, isto é, a variável de maior expoente.


Ex.:
a) 𝑥 2 𝑦 em relação a 𝑥 o monômio é do 2º grau , e em relação a 𝑦, o monômio é do 1º grau.

Obs.: Os monômios de grau nulo, são aqueles que não possuem parte literal, como do exemplo da alínea c), o
seu grau é zero, pois que qualquer parte literal que este monômio tiver possuirá expoente nulo (𝑎0 ).

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Fixação

1. Um doce custa 𝑥 kuanzas. Malaquias comprou 5 desses doces. Qual é o monômio que representa a quantia
que Malaquias pagou pelos doces?

2. O preço de um litro de gasolina, em Novembro de 2022, era 140 kuanzas. Se tivesses que comprar 𝑛 litros
de gasolina para colocar no tanque do carro de seu pai, qual é o monômio que representa a quantia que
voce teria de pagar?

3. Uma empresa tem y funcionários em cada filial. Se essa empresa tiver 𝑛 filiais, qual o monômio que
representa o número de funcionários dessa empresa?

2𝑥 𝑥 4 𝑦 6 3𝑥−3 4𝑥 4 𝑦 3 𝑥
4. Entre as expressões algébricas: ; 1,7𝑎3 𝑏; 𝑥 3 𝑦 −2 ; ; ;− ; ; 𝑥 + 2𝑦, identifique:
3 𝑥5 𝑦 5 2 2𝑦 2 𝑦
a) Os que representam monômios.
b) Os que não representam um monômio.
c) Os que representam uma fração algébrica.
d) Identifique os coeficientes e as partes literais de cada monômio.

1
5. Entre os monômios 5𝑎3 𝑏; −2𝑥𝑦 4 ; 𝑥𝑦 2 ; −6𝑚2 𝑛2 , quais são os que apresentam grau 4.
2

𝑥5 𝑦 4𝑧 3
6. Qual é o grau dos monômios 10𝑎3 𝑥 3 𝑦 e
4𝑥 3 𝑦 2

7. Em relação a variável 𝑥, de que grau é o monômio: 2x 2 y 5 z

8. Qual deve ser o valor do expoente n para que o monômio −3𝑚3 𝑛𝑎 𝑦 seja do 13º grau?

9. Dentre os monômios 2𝑥 3 , −7𝑥 2 𝑦 5 , 𝑥 6 , 9𝑥 4 , 12𝑥 2 , qual é o monômio de maior grau?

10. De acordo com o grau, escreve os monòmios 7𝑎2 , −8𝑎4 , 10𝑎, 5, −6𝑎3 na ordem decrescente.

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Tema 1: Números e operações
Subtema 1.2: Operações com polinômios
Assunto: Adição de Monômios

Adição de Monômios
Nota: Dois monômios só podem ser somado algebricamente se forem semelhantes. Monômios ou termos
algébricos que apresentam a mesma parte literal, chamam-se monômios ou termos semelhantes.
Exemplos:

a) 5𝑥 𝑒 42𝑥 são termos semelhantes: parte literal (𝑥)


b) 7ab2 e 20ab2 (ab2 ): parte literal (ab2 )
c) 2𝑥 2 e 3𝑥 Não são termos semelhantes.

A adição desses monômios deve ser feita da seguinte maneira: somar os seus coeficientes e conservar a parte
literal.
Exemplos:

a) 2𝑥 + 10𝑥 = (2 + 10)𝑥 = 12𝑥

2 7 2 7 4 7
b) 𝑥3𝑦 − 𝑥3𝑦 = ( − ) 𝑥 3 𝑦 = ( − ) 𝑥 3 𝑦 = −3𝑥 3 𝑦
3 6 3(2) 6(1) 6 6

c) 5,7𝑎2 + 1,9𝑎2 − 6,2𝑎2 = 7,6𝑎2 − 6,2𝑎2 = 1,4𝑎2

Observação:

 Caso os monómios não sejam semelhantes não há soma.


Exemplo:
a) 2𝑥 + 3𝑦 = 2𝑥 + 3𝑦

Valor numérico de uma expressão algébrica

Nota: O resultado que se obtém quando substituimos as variáveis de uma determinada expressão algébrica por
números, chamamos de valor númerico da expressão algébrica.

Para obter o valor numérico de uma expressão algébrica, procedemos da seguinte maneira:

1. Substituir as letras pelos números dados;


2. Efectuar as operações indicadas para encontrar o valor numérico.

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Exemplos:

1. Determine o valor numérico das seguintes expressões sendo que: x = 2, a = 1,4 e b = −3


a) 2𝑥 2 𝑏 = 2. 22 . (−3)
= 2.4. (−3)
= −24

b) b) x 3 − 7a + b = (2)3 − 7.1,4 + (−3)


= 8 − 9,8 − 3
= −1,8 − 3
= −4,8

Actividades Propostas
1 2
1. Dentre os monômios 3𝑥 2 𝑦, − 𝑥 2 , 4𝑥𝑦, 𝑥 2 𝑦, 3𝑥 2 𝑒 − 𝑥𝑦, destaque os que são semelhantes a:
2 5
a) 𝑥 𝑦 2

b) 𝑥𝑦
c) 𝑥 2

2. Efetue as adições algébricas:


a) 𝑎2 + 6𝑎2 − 2𝑎2 =
3
b) 𝑥𝑦 − 𝑥𝑦 =
5
c) 0,7𝑥 𝑦 + 3,1𝑥 2 𝑦 =
2

d) 10𝑏𝑐 − 12𝑏𝑐 + 7𝑏𝑐 − 3𝑏𝑐 =


1 4 5
e) 𝑥2𝑦3 + 𝑥2𝑦3 − 𝑥2𝑦3 =
3 9 6
3
f) 4,2𝑎𝑏 + 𝑎𝑏 − 5,1𝑎𝑏 =
2

3. É dada a expressão 2𝑥 3 𝑦 2 + 5𝑥 3 𝑦 2 − 10𝑥 3 𝑦 2 + 𝑥 3 𝑦 2 .


a) Qual a forma mais simples de escrever essa expressão?
b) Qual é o valor numérico da expressão, quando 𝑥 = 5 𝑒 𝑦 = −3

2 1 1
4. Dada a expressão algébrica 𝑎𝑏2 − 𝑎𝑏2 + 𝑎𝑏2 + 𝑎𝑏2 , pede – se:
3 3 2
a) A forma mais simples de escrever essa expressão
b) O valor numérico quando 𝑎 = −1 𝑒 𝑏 = −6
c) O valor numérico quando 𝑎 = 0,4 𝑒 𝑏 = −0,2

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5. Qual é o monômio que devemos adicionar a 5𝑥 2 𝑦 2 para obtermos 9𝑥 2 𝑦 2 ?

6. Determine o monômio que adicionado a −2𝑎𝑥 dá:


a) 0
b) −4𝑎𝑥
c) 𝑎𝑥
d) 5𝑎𝑥

7. Simplifique cada uma das seguintes expressões algébricas:


a) 7𝑥 − (−2𝑥 + 𝑥) + (−3𝑥 + 5𝑥) =
b) 5𝑦 2 − (−4𝑦 2 + 7𝑦 2 ) + (−𝑦 2 + 9𝑦 2 − 11𝑦 2 ) =
c) 10𝑎𝑏−[3𝑎𝑏 − (𝑎𝑏 + 2𝑎𝑏 − 5𝑎𝑏) − 8𝑎𝑏] =

1 3 1 2
8. Dada a expressão algébrica 𝑥 2 𝑦 − ( 𝑥 2 𝑦 + 𝑥 2 𝑦) + (𝑥 2 𝑦 + 𝑥 2 𝑦 − 𝑥 2 𝑦), pede – se:
2 4 10 5
a) A forma mais simples de escrever essa expressão
b) O valor numérico da expressão mais simples quando 𝑥 = 𝑦 = −2

9. Um sorvete custa y kuanzas. Andréia comprou 2 sorvetes, joana comprou 5 sorvetes e Luísa comprou 3
sorvete. Qual é o monômio que representa a quantia que as três gastaram juntas?

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Tema 1: Números e operações
Subtema 1.2: Operações com polinômios
Assunto: Polinômios. Grau de um polinômio.

Polinômios
Definção: Uma expressão algébrica está reduzido quando não possui termos semelhantes, e a operação de somar
os termos semelhantes chama – se redução de expressão algébrica, transformando – a em soma algébrica de
monômios irredutíveis. A essa soma de monômios irredutível, chamamos de Polinômios.
Assim, os polinómios de acordo ao número de termos, podem ser classificados em monômio, binômio, trinômio
ou simplemente polinômios.
Ex.: a) 6𝑦 − 4 − 3𝑦 + 4 = 6𝑦 − 3𝑦 − 4 + 4
= 3𝑦 (apenas um termo – monômio)

b) −4𝑎 + 5𝑏 + 6𝑎 − 4𝑏 = −4𝑎 + 6𝑎 + 5𝑏 − 4𝑏
= 2𝑎 + 𝑏 (dois termos – binômio)

c) 15𝑦 − 4𝑧 + 12𝑦 + 𝑧 + 2 = 15𝑦 + 12𝑦 − 4𝑧 + 𝑧 + 2


= (15 + 12)𝑦 − (4 + 1)𝑧 + 2
= 27𝑦 − 5𝑧 + 2( três termos – trinômio

Observação: Um polinômio reduzido com mais de três termos, não tem nome particular.

Nota: Os polinômios podem ser de dois tipos: Completos ou Incompletos.

 Polinômios completos: Quando a ordem dos seus expoêntes for decrescente e não faltar nenhum expoente
na sequência.
Ex.: a) 3𝑥 5 + 2𝑥 4 − 𝑥 3 + 12𝑥 2 + 5𝑥 − 2

 Polinômios incompletos: Quando faltar algum número na sua sequência de expoentes.


Ex.: a) 3𝑥 3 + 5𝑥 − 2

Para completar devemos acrescentar termos de coeficiente zero com a ordem da sequência do expoente em
falta: 3𝑥 3 + 𝟎𝒙𝟐 + 5𝑥 − 2

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Grau de um polinômio

Nota: O grau de um polinômio reduzido é dado pelo seu termo (monômio) de maior grau cujo coeficiente é
diferente de zero. O coeficiente do monômio que determina o grau do polinômio é chamado coeficiente
dominante.

 Quando o polinómio possui somente uma variável, seu grau é dado pelo maior valor que o expoente da
variável assume.
Ex.:
a) 2𝑥 2 + 3𝑥 → Polinómio do 2º grau
b) 3𝑎 + 4 + 5𝑎3 → Polinómio do 3º grau

 Quando o polinômio possui mais do que uma variável, para saber o seu grau devemos somar os expoentes
de cada monômio. O monômio de maior grau determinará o grau do polinômio.
Ex.:
a) 10𝑥 4 𝑦 − 3𝑦𝑧 2 + 5𝑥 3 𝑧 3 − 9𝑥 2 𝑦 5 → Polinômio do 7º grau (coeficiente dominante é −9)
 10𝑥 4 𝑦 → gr (M) = 4 + 1 = 5
 −3𝑦𝑧 2 → gr (M) = 1 + 2 = 3
 5𝑥 3 𝑧 3 → gr (M) = 3 + 3 = 6
 −𝟗𝒙𝟐 𝒚𝟓 → gr (M) = 𝟐 + 𝟓 = 𝟕

 Se o polinômio apresentar termos semelhantes, ao determinar o seu grau, devemos primeiramente reduzi-
lo e, em seguida, determinar o grau do polinómio reduzido.
2 1 1 𝟐 1 1
Ex.: a) 3 𝑎𝑥𝑏 2 − 2 𝑎2 𝑦𝑏 + 52𝑎𝑏 + 3 𝑎𝑥𝑏 2 + 0,5𝑎2 𝑦𝑏 = 𝟑 𝑎𝑥𝑏 2 + 3 𝑎𝑥𝑏 2 − 2 𝑎2 𝑦𝑏 + 0,5𝑎2 𝑦𝑏 + 52𝑎𝑏
2 1 1
= (3 + 3) 𝑎𝑥𝑏 2 + (− 2 + 0,5) 𝑎2 𝑦𝑏 + 52𝑎𝑏
= 𝑎𝑥𝑏 2 + 52𝑎𝑏 → O gr(P) = 4

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Fixação
1. Dado polinômio: 𝑥 2 − 𝑎𝑥 + 3𝑥 2 − 𝑎2 + 4𝑎𝑥 − 2𝑥 2 − 𝑎2 , pede – se:
a) A forma reduzida desse polinômio
b) Identifica como binômio ou trinômio
c) O valor numérico para 𝑥 = 3 e 𝑎 = −3

1 2 1 5
2. Escreve a forma reduzida do polinômio 𝑎 + 2𝑏 − 𝑎𝑏 − 𝑏 + 𝑎𝑏 + 𝑎
2 3 4 6

3. Qual é a forma reduzida de cada um dos seguintes polinômios:


a) 7𝑎2 − (5𝑎2 − 9𝑎 + 2) + (−2𝑎 + 𝑎2 − 1) =
b) 8𝑎𝑏 − (𝑎 + 7𝑏 − 5) + (−5𝑎𝑏 + 2 − 𝑏) − (−4𝑎 − 2𝑎𝑏 + 6𝑏) =
c) 5𝑎 + 3𝑏 − [5𝑎 − (𝑎 − 4𝑏) − 𝑏] =

4. Entre os polinômios 2𝑎𝑥, 𝑥 3 − 𝑥 2 + 𝑥 − 1, 𝑎2 − 𝑏2 , 𝑥 + 2𝑥, 𝑎2 + 𝑏2 − 2𝑎𝑏 − 2𝑏𝑐, identifique os


que são:
a) Binômios
b) Trinômios

5. Classifique as seguintes expressões em monômios, binômios, trinômios e polinômios:


a) 12𝑎 + 9 − 13𝑎 − 9 =
b) −23𝑥 + 2𝑦 − 3𝑦 + 4 − 2𝑥 =
2 3 𝑥3
c) 𝑦2 − 7 − 𝑦2 + 4 − + 𝑦2 =
3 4 7
d) 1,23𝑚𝑛 − 4,01 − 𝑛𝑚 + 8,3𝑚𝑛 − 12,7𝑚 + 4𝑛 − 18𝑛𝑚 + 4,02 =

6. Determine o grau dos polinômios abaixo e indica o coeficiente dominante em cada caso:
a) 10𝑥 6 − 0,75𝑧 3 − 9𝑥 4 𝑧 3 + 𝑥 3 𝑦 6 =
4 1 3
b) −0,005𝑚𝑛4 𝑝2 − 7 𝑎2 𝑏3 𝑐 + 0,5𝑥𝑦 5 + 3 𝑎𝑏3 𝑐 + 0,5𝑚𝑛4 𝑝2 + 5 𝑥𝑦 5 =

7. Qual é o rau do polinômio 𝑎𝑥 2 − 𝑏𝑥 3 + 2𝑎4 𝑏𝑥, em relação a variável 𝑥?

8. O polinômio 𝑥 3 − 1 é completo ou incompleto? Se for incompleto, escreve – o na forma geral.

9. Considere o polinômio 𝑥 4 − 10𝑥 3 + 9 e responda:


a) De que grau é esse polinômio?
b) O polinômio é completo ou incompleto?
c) Se for incompleto, escreva a forma geral do polinômio.

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Tema 1: Números e operações
Subtema 1.2: Operações com polinômios
Assunto: Adição algébrica de polinômios

Adição de Polinômios

Nota: O procedimento utilizado na adição e subtração de polinômios envolve técnicas de redução de termos
semelhantes, operações envolvendo sinais iguais e diferentes. Para somar dois polinômios, devemos eliminar
primeiramente os parênteses (aplicando a regra dos sinais) e em seguida, somar os coeficientes dos termos
semelhantes.
Ex.:
a) (𝑥 2 − 3𝑥 − 1) + (−3𝑥 2 + 8𝑥 − 6) = 𝑥 2 − 3𝑥 − 1 − 3𝑥 2 + 8𝑥 − 6
= 𝑥 2 − 3𝑥 2 − 3𝑥 + 8𝑥 − 1 − 6
= −2𝑥 2 + 5𝑥 − 7

b) (−7𝑥 3 + 5𝑥 2 𝑦 − 𝑥𝑦 + 4𝑦) − (−2𝑥 2 𝑦 + 8𝑥𝑦 − 7𝑦) = −7𝑥 3 + 5𝑥 2 𝑦 − 𝑥𝑦 + 4𝑦 + 2𝑥 2 𝑦 − 8𝑥𝑦 + 7𝑦


= −7𝑥 3 + 5𝑥 2 𝑦 + 2𝑥 2 𝑦 − 𝑥𝑦 − 8𝑥𝑦 + 4𝑦 + 7𝑦
= −7𝑥 3 + 7𝑥 2 𝑦 − 9𝑥𝑦 + 11𝑦

Observação: No caso de existirem para além dos parênteses, colchetes e/ou chavetas, a eliminação dos mesmos
deverá ser feita seguindo a ordem dos símbolos (parênteses, colchetes e chavetas), seguindo sempre o
procedimento da regras de sinal.

Ex.: 1. Adicione os seguintes polinômios:


a) 2x − {2 + [−2x − (2y + 3) − 2y] − y} =

Resolução:
Há três formas diferentes para podemos adicionar esses polinômios:

 Começar pela eliminação dos parênteses (em ordem aos parênteses):


2x − {2 + [−2x − (2y + 3) − 2y] − y} = 2x − {2 + [−2x − 2y − 3 − 2y] − y}
= 2x − {2 − 2x − 2y − 3 − 2y − y}
= 2x − 2 + 2x + 2y + 3 + 2y + y
= 2x + 2x + 2y + 2y + y − 2 + 3
= 4x + 5y + 1

 Começar pela eliminação das chavetas (em ordem as chavetas):


2x − {2 + [−2x − (2y + 3) − 2y] − y} = 2x − 2 − [−2x − (2y + 3) − 2y] + y
= 2x − 2 + 2y + (2y + 3) + 2y + y
= 2x − 2 + 2x + 2y + 3 + 2y + y
= 2x + 2x + 2y + 2y + y − 2 + 3
= 4𝑥 + 5𝑦 + 1

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 Começar pela eliminação das colchetes (em ordem as colchetes):


a) 2x − {2 + [−2x − (2y + 3) − 2y] − y} = 2x − {2 − 2x − (2𝑦 + 3) − 2y − y}
= 2x − 2 + 2x + (2y + 3) + 2y + y
= 2x − 2 + 2x + 2y + 3 + 2y + y
= 2x + 2x + 2y + 2y + y − 2 + 3
= 4𝑥 + 5𝑦 + 1

Exercícios Propostos

1. Observe a figura abaixo no qual estão indicadas as medidas dos seus lados:

a) Qual é o polinômio escrito na forma reduzida, que representa o perímetro da figura?


b) Quando 𝑥 = −2,5, qual o valor numérico do polinômio que você obtém?

2. Ana comprou 2 lapiséiras e 5 canetas, enquanto Roberto comprou 3 lapiséiras e 2 canetas. Nessas
condições, responda:
a) Qual o polinômio que representa a quantia que Ana gastou?
b) Qual o polinômio que representa a quantia que Roberto gastou?
c) Se cada lapiséira custa 150kz e cada caneta, 200kz, quanto Ana gastou e quanto Roberto gastou?

3. Em uma partida de basquete, Rui fez 𝑥 arremessos a cesta e acertou 60% desses arremessos menos
1. Paulino também fez 𝑥 arremessos e acertou 40% mais 2. Nessas condições, e recordando que
60% = 0,6 e 40% = 0,4, escreva o polinômio que representa:
a) A quantidade de arremessos que Rui acertou
b) A quantidade de arremessos que Paulino acertou
c) A quantidade de arremessos que os dois acertaram juntos
d) A diferença entre os arremessos que Rui acertou e os arremessos que Paulino acertou.

4. Sendo 𝐴 = 3𝑥 2 − 𝑎𝑥 + 2𝑎2 e 𝐵 = 4𝑥 2 + 2𝑎𝑥 − 𝑎2 , calcule:


a) 𝐴 + 𝐵 =
b) 𝐴 − 𝐵 =

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5. Calcule:
a) 4yx − 7xy =
b) 0,5m + 12m =
c) 26,1ab3 − 1,4ab3 =
3 2 a2
d) a + =
2 2
e) 13a2 − ab2 + 7ab − 14a2 b + ab − 21ab2 =
f) (13𝑥 + 75𝑦) + (𝑦 − 13𝑥) =
g) (12,4𝑥 − 46𝑦) − (1,48 − 1,3𝑥 + 1,89𝑦) =
h) 5a − [3b + (4a − 3b)] =
i) −[(x 2 − 3y) + 2y] − [(x − 4) − (3x 2 + x) + 6] =
5
j) − p − [−(2s + 4p) + (3s − 3p)] =
2
k) 2r − {3s − [t − (3r − 2s) − t] − 3s} =
1 1
l) 8b + {3a − [5b − ( m − 2a)] − m} − 4m =
4 4
m) 6a − [2a + 3ab − (5a + 2ab)] + 3a =
2 2

6. Dados 𝑃 = 𝑥 2 + 𝑎2 − 2𝑎𝑥 e 𝑄 = 2𝑥 2 + 5𝑎𝑥 + 3𝑎2 , determine:


a) 𝑃 + 𝑄 e seu valor numérico para 𝑎 = 10 e 𝑥 = −4
1 1
b) 𝑃 − 𝑄 e seu valor numérico para 𝑎 = − e 𝑥 =
2 4

7. Determine a soma dos polinômios 5𝑎𝑚 + 2𝑎𝑛 − 7𝑚𝑝 com o polinômio 2𝑎𝑚 − 9𝑎𝑛 + 5𝑚𝑝. Do
resultado, subtraia 𝑎𝑚 − 𝑎𝑛 − 𝑚𝑝. Que polinômio você obtém?

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Tema 1: Números e operações
Subtema 1.2: Operações com polinômios
Assunto: Multiplicação de Monômios e Polinômios.

Multiplicação de Monômios e Polinômios

Nota: Para multiplicar monômios não é necessário que eles sejam semelhantes, basta multiplicar os coeficientes
e multiplicar as partes literais sendo que, quando multiplicarmos as partes literais devemos aplicar a propriedade
de potência da multiplicação com bases iguais caso existam variáveis iguais. As variáveis diferentes, multiplicam
– se entre si.

Ex.: a) 3𝑎2 𝑏 × 5𝑎𝑏2 = 15𝑎2+1 𝑏1+2 b) 2𝑥𝑦 2 × 3𝑥 = 6𝑥 2 𝑦 2


= 15𝑎3 𝑏3

Nota: A multiplicação de polinômio é feita da seguinte maneira:

1. Multiplicação de monômio por um polinômio


A multiplicação de um monómio por um polinómio é feita multiplicando o monômio por todos os termos do
polinômio aplicando a propriedade distributiva da multiplicação em relação a soma. A ordem dos factores é
irrelevante, o procedimento será sempre o mesmo.

Ex.: a) 𝑥 (𝑥 + 3) = 𝑥 2 + 3𝑥
b) −2𝑥 (3 − 𝑥 − 𝑥 2 ) = −6𝑥 + 2𝑥 2 + 2𝑥 3
c) (3𝑥𝑦 + 2𝑥). 5𝑥 = 15𝑥 2 𝑦 + 10𝑥 2

2. Multiplicação de binômios
A multiplicação de binômio, aplica – se novamente a propriedade distributiva. Cada termo do primeiro
binômio, vai multiplicar por todos os termos do outro binômio, transformando numa multiplicação de
monômio por polinômio.
Ex.:

a) (x + 2)(x + 3) = x(x + 2) + 2(x + 3) b) (2 − a)(3 + a) = 2(3 + a) − a(3 + a)


= x 2 + 2x + 2x + 6 = 6 + 2a − 3a − a2
= x 2 + 4x + 6 = −a2 − a + 6

2.1. Casos notáveis da multiplicação de binômios


Chama-se caso notável da multiplicação de dois binômios ao produto de dois binómios iguais ou
produto de dois binómios conjugados.

1. (𝑎 + 1)(𝑎 + 1)
(𝐚 ± 𝐛)𝟐 → Binómios iguais (Quadrado do binómio)
(𝑎 − 1)(𝑎 − 1)

2. (𝑎 + 1)(𝑎 − 1) 𝐚𝟐 − 𝐛𝟐 → Binómios conjugados (Diferença de quadrados).

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1. Quadrado do binómio
O quadrado do binómio (produto de dois binómios iguais) é dado pela soma ou diferença do quadrado
do primeiro termo com o dobro do produto do primeiro termo com o segundo mais o quadrado do
segundo termo, ou seja:
+(a + b)2 = a2 + 2ab + b2 → Quadrado da soma
(𝐚 ± 𝐛)𝟐 = 𝐚𝟐 ± 𝟐𝐚𝐛 + 𝐛𝟐 +
+(a − b)2 = a2 − 2ab + b2 → Quadrado da diferença
+
Ex.: 1. Aplicando os casos notáveis, multiplica
+ os seguintes binômios:
+
a) (𝑥 + 3)(𝑥 + 3) = 𝑥 2 ++ 2. 𝑥. 3 + 32
= 𝑥 2 ++ 6𝑥 + 9
+
+
b) (2 − 𝑎)2 = 22 − 2.2. 𝑎 + 𝑎2
+
= 4 − 4𝑎 + 𝑎2
+
+
+
Demostração geométrica do quadrado da soma
+

Calculando a área do quadrado maior temos:


𝐴 = (𝑎 + 𝑏)2 → quadrado maior
𝐴 = 𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏2
Onde :
 𝑎2 → quadrado de lado 𝒂
 2𝑎𝑏 → o dobro do rectângulo 𝒂𝒃
 𝑎2 → quadrado de lado 𝒃

Demostração geométrica do quadrado da diferença

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a2 = (a − b)2 + 2b(𝑎 − 𝑏) + b2
a2 = (a − b)2 + 2ab − 2b2 + b2
a2 = (a − b)2 + 2ab − b2
a2 − 2ab + b2 = (a − b)2

2. Diferença de quadrados ou o produto da soma pela diferença;


A diferença de quadrados (produto de dois binómios conjugados) é dada pela diferença do quadrado do
primeiro termo com o quadrado do segundo termo. (𝐚 − 𝐛)(𝐚 + 𝐛) = 𝐚𝟐 − 𝐛𝟐

Ex.:
a) (𝑥 − 2)(𝑥 + 2) = 𝑥 2 − 22
= 𝑥2 − 4

2.1. Demostração geométrica da diferença de quadrados


Na figura temos:

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Exercícios propostos

1) Qual é o polinômio reduzido expresso por: 𝑎(𝑎2 − 𝑎𝑏 + 𝑏2 ) + 𝑏(𝑎2 − 𝑎𝑏 + 𝑏2 )?

2) Escreva a forma reduzida dos polinômios:


a) 2𝑏𝑥 (1 − 𝑎) + 2𝑥 (𝑎 − 𝑏 − 𝑐 ) − 2𝑥(𝑎 − 𝑐 )
b) 3𝑎(2𝑎 − 𝑏) − [𝑎(6𝑎 − 3𝑏) − 𝑏(3𝑎 − 5𝑏)]
1
c) Determine o valor numerico dos polinômios reduzidos quando 𝑎 = 0,6, 𝑏 = −2 e 𝑐 =
3

3) Multiplica os seguintes polinómios:


a) (𝑦 + 1)(1 − 𝑦)
b) (𝑦 2 + 𝑦 − 1)(1 − 𝑦)
c) (2𝑎 + 3𝑏)(1 + 𝑏 + 𝑎)
1
d) (2𝑥 + 5) (𝑥 + 3)

e) (3 − 2𝑥)(𝑥 2 − 5𝑥 − 2)
3 3
f) (5𝑥 + 2) (5𝑥 − 2)
1 1
g) (𝑥 − 2) (𝑥 − 2)

h) (2𝑥 + 3𝑦)(2𝑥 − 3𝑦)

4) Efectua as seguintes multiplicações aplicando os casos notáveis;


a) (x + 3)(x + 3)
3 3
b) (x + 2) (x − 2)
c) (p + 4)2
d) (a − 2)2
e) (t − 4)2 + (4t − 6)
f) (3 − x)2 − (x − 7)
2 2
g) (5 y + 1)
1 1
h) (4 − x 2 ) (4 + x 2 )
i) 3(x − 1)2
j) (4x 2 − 3)2 − 9(1 − x)2

5) Se x − y = 7 e x. y = 3, qual seria a soma de:


a) 𝒙𝟐 + 𝒚𝟐

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Tema: Números e operações
Subtema 1.2: Operações com polinômios
Sumário: Divisão de Monómios e Polinômios.

Divisão de Monómios e Polinômios


Nota: Para dividir dois monômios, basta dividir as partes numéricas entre si e, em seguida, aplicar a propriedade
de potência da divisão com base iguais nas partes literais. O produto nem sempre será um monômio.
Exemplos:
1
a) 4𝑦 5 ÷ 2𝑦 2 = 4𝑦 5 ×
2𝑦 2
4𝑦 5
= = 2𝑦 5−2
2𝑦 2
= 2𝑦 → monômio
3

1
b) (20𝑎4 𝑏2 ) ÷ (−5𝑎𝑏) = 20𝑎4 𝑏2 × ( )
−5𝑎𝑏
20𝑎4 𝑏2
=
−5𝑎𝑏
= −4. 𝑎4−1 . 𝑏2−1 = −4𝑎2 𝑏 → monômio

c) (15𝑥 3 𝑦 2 ) ÷ (5𝑥 5 ) = (15 ÷ 5). (𝑥 3 ÷ 𝑥 5 ). (𝑦 2 ÷ 𝑦 0 )


= 3𝑥 −2 𝑦 2 → O resultado dessa divisão é uma fração algébrica. Portanto,
nem sempre a divisão de um monômio por outro monômio
vai resultar em um monômio.

Nota: Para efectuar a divisão de um polinômio por um monômio devemos dividir cada termo do polinômio pelo
monômio divisor, ou seja, multiplicar o polinômio pelo reciproco de monômio aplicando em seguida a
propriedade distributiva da multiplicação.
Ex.:
1
a) (10𝑥 4 𝑦 + 6𝑥𝑦 2 + 2𝑥 2 𝑦) ÷ (2𝑥𝑦) = (10𝑥 4 𝑦 + 6𝑥𝑦 2 + 2𝑥 2 𝑦) × ( )
2𝑥𝑦

10𝑥 4 𝑦+6𝑥𝑦 2 +2𝑥 2 𝑦


=
2𝑥𝑦
10𝑥 4 𝑦 6𝑥𝑦 2 2𝑥 2 𝑦
= + +
2𝑥𝑦 2𝑥𝑦 2𝑥𝑦
= 5𝑥 3 + 3𝑦 + 𝑥
𝑥3 𝑥3 1
b) ( 2 − 2𝑥) ÷ 2𝑥 = ( 2 − 2𝑥) × 2𝑥

𝑥3 1 1
= ( 2 × 2𝑥) − (2𝑥 × 2𝑥)
𝑥2
= −1
4

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Guião Metodológico de Matemática
Divisão de um polinômio por um polinômio (método da chave)

Nota: Um dos métodos mais comuns para a divisão de polinômios é o método da chave, semelhante ao método
da divisão de números inteiros (algarito da divisão).

Divider um polinômio P(x) por um polinômio D(x) , significa encontrar um polinômio Q (x) (quociente) e um
polinômio R (x) (resto) da seguinte maneira:

P(x) (𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜) D(x) (𝑑𝑖𝑣𝑖𝑠𝑜𝑟)

− Q (x) (𝑞𝑢𝑜𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒)

R (x) (𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜)

Isso significa que: P(x) = D(x) . Q (x) + R (x)

Passos a seguir:

1. Escrever os polinômios tanto o dividendo como o divisor em ordem decrescente dos seus expoentes
e completá-los quando necessário, com o termo de coeficiente zero.
2. Dividir o termo de maior grau do dividendo pelo termo de maior grau do divisor, obtendo o 1º termo
do coeficiente.
3. Multiplicar o termo obtido (quociente) por todos os termos do divisor e adicionar o produto assim
obtido com os sinais trocados aos termos de igual grau do dividendo.
4. Se o resto parcial ainda não apresenta grau menor do que o divisor então repetimos o processo até
obter um termo cujo grau é menor.
5. Verificação: P(x) = D(x) . Q (x) + R (x)

Exemplo:

1. Determina o quociente de:


a) P(x) = 4x 3 + 2x 2 − x por B(x) = x − 1
4𝑥 3 + 2𝑥 2 − 𝑥 𝑥−1
3 2
−4𝑥 + 4𝑥 4𝑥 2 + 6𝑥 + 5
0 + 6𝑥 2 − 𝑥 Quociente
2
− 6𝑥 + 6𝑥
0 + 5𝑥 Verificação
− 5𝑥 + 5 P(x) = B(x) × Q(x) + R (x)
0+ 5 P(x) = (x − 1)(4x 2 + 6x + 5) + 5
Resto P(x) = x(4x 2 + 6x + 5) − (4x 2 + 6x + 5) + 5
P(x) = 4x 3 + 6x 2 + 5x − 4x 2 − 6x − 5 + 5
P(x) = 4x 3 + 2x 2 − x

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Guião Metodológico de Matemática
Exercícios propostos

1) Resolve:
a) 𝑎7 ÷ 𝑎3 =
b) 𝑡 4 ÷ 𝑡 4 =
c) (−32𝑥 4 ) ÷ (−8𝑥) =
d) (9𝑦 6 ) ÷ (−3𝑦 3 ) =
2 4
e) ( 𝑎4 𝑥 3 ) ÷ ( 𝑎𝑥 2 ) =
7 7
f) (2𝑥𝑦 4)
÷ (−0,5𝑦 2 ) =
5 1
g) (− 𝑎𝑛6 ) ÷ (− 𝑎𝑛5 ) =
9 8
1
h) ( 𝑚𝑥 2 ) ÷ (2𝑥) =
4

2) Por qual monômio você deve dividir 20𝑥 2 𝑦 3 para obter 5𝑥𝑦 2 ?

3) Divida 30𝑎7 𝑥 3 por 6𝑎4 𝑥 2 . Ao resultado, adicine (−6𝑎3 𝑥).


a) Qual é o monômio que você vai obter?

4) Ao efetuar a divisão de (−10𝑥 3 𝑦) por (−2𝑥𝑦), um aluno deu como resposta o monômio 5𝑥 3 . A
resposta está certa ou errada?

5) Carlinhos dividiu a soma (2𝑥 6 + 𝑥 6 ) pelo monômio (−𝑥 3 ) e deu como resposta o monômio −3𝑥 3 .
A resposta de Carlinhos está certa ou errada?

6) Calcule:
a) (−28x 4 + 8x 2 ) ÷ (4x 2 ) =
1 5 1
b) ( a4 b4 − a3 b3 ) ÷ (− a2 b2 ) =
5 8 2

7) Considere o polinômio P(x) = x 3 + 2x 2 − 5x − 3.


a) Qual será o valor da expressão 2𝑥. P(x) ?
b) Se 𝑥 for 2, qual será o valor da expressão?

8) Divida o polinômio 6𝑥 2 + 13𝑥 − 5 por 3𝑥 − 1 e determine o valor numérico do quociente quando


1
𝑥=− .
2

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Guião Metodológico de Matemática

9) Determine o polinômio que dividido por 2𝑥 + 3 tem quociente 𝑥 − 1 e resto 6.

10) O polinômio 3𝑥 3 - 2𝑥 2 − 41𝑥 + 60 tem três fatores. Dois deles são os polinômios 𝑥 − 3 e 𝑥 + 4.
a) Qual é o terceiro fator?
b) Qual o valor numérico do polinômio dado quando 𝑥 = 10?

11) Dividindo – se um polinômio 𝑃 por 𝑥 2 − 1, vamos obter quociente 𝑥 + 2 e resto 𝑥 − 3. Qual é o


quociente do polinômio 𝑃 por 𝑥 − 2?

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Guião Metodológico de Matemática
Tema: Números e operações
Subtema 1.2: Operações com polinômios
Sumário: Decomposição de Polinômios em factores.
(Pondo em evidência o factor comum e por agrupamento).

Nota: Decompor um polinômio em factores (fatorização) significa transformar a soma irredutível de monômios
num produto de factores. Existem diferentes tipos de fatorização ou decomposição em fatores, e para cada um
deles, há técnicas específicas:

1) Decomposição de polinômios pondo em evidência o factor comum.

Usamos este tipo de decomposição quando existir um factor que se repete em todos os termos do polinômio.
Este factor que pode conter números e letras (monômio), será colocado na frente do parêntese. Dentro dos
parênteses fica o resultado da divisão de cada termo do polinômio pelo factor comum.

O factor comum é encontrado pela determinação do mdc dos coeficientes de cada termo do polinômio, e no
caso da parte literal, o factor comum em evidência será aquele que tiver menor expoente.

Exemplo: Transforme a soma em um produto de fatores:


2𝑎3 2a2 b 6a
a) 2𝑎3 + 2a2 b + 6a = 2a ( + + ) 2; 6 2
2a 2a 2 1; 3 3
2
= 2a(a + ab + 3) 1; 1 𝑚𝑑𝑐 = 2

9𝑎3 𝑏 18𝑎2 𝑏3 6𝑎𝑏


b) −9𝑎3 𝑏 − 18𝑎2 𝑏3 + 6𝑎𝑏 = 3𝑎𝑏 ( + + ) 9; 18; 6 2
3𝑎𝑏 3𝑎𝑏 3𝑎𝑏
2 2 9; 9; 3 3
= 3𝑎𝑏(−3𝑎 − 6𝑎𝑏 + 2) 3; 3; 1 3
1; 1; 1 𝑚𝑑𝑐 = 3

2) Decomposição de polinômios por agrupamento

Usamos este tipo de decomposição quando existir um factor comum a cada dois termos. Para isso, devemos
identificar os termos que devem ser agrupados, podendo ser o 1º termo com o 2º termo e o 3º termo com
o 4º termo ou, 1º termo com o 3º termo e o 2º termo com o 4º termo e evidenciar o fator comum em cada
agrupamento. O resultado obtido será um polinómio que ainda possuí factor comum, devemos colocar esse
factor comum em evidência novamente.

Exemplo: Transforme a soma em um produto de fatores:

a) 2𝑥 2 + 4𝑥 + 6𝑥 + 12 = (2𝑥 2 + 4𝑥) + (6𝑥 + 12) 2𝑥 2 + 4𝑥 + 6𝑥 + 12 = (2𝑥 2 + 6𝑥) + (4𝑥 + 12)


= 2𝑥(𝑥 + 2) + 6(𝑥 + 2) = 2𝑥(𝑥 + 3) + 4(𝑥 + 3)
= (𝑥 + 2)(2𝑥 + 6) ou = (𝑥 + 3)(2𝑥 + 4)

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b) 𝑦 2 + 3𝑦 − 7𝑦 − 21 = (𝑦 2 + 3𝑦) − (7𝑦 + 21) 𝑦 2 + 3𝑦 − 7𝑦 − 21 = (𝑦 2 + 3𝑦) − (7𝑦 + 21)


= 𝑦(𝑦 + 3) − 7(𝑦 + 3) = 𝑦(𝑦 + 3) − 7(𝑦 + 3)
= (𝑦 + 3)(𝑦 − 7) ou = (𝑦 + 3)(𝑦 − 7)

Observação: Podemos ainda usar a decomposição por agrupamento para factorizar trinômios. Para estes
polinômios, devemos recorrer ao Produto de Stevin, também conhecido como Soma e Produto, que afirma
que, polinômios do tipo 𝑎𝑥 2 + 𝑆𝑥 + 𝑃, onde 𝑆 = 𝑎 + 𝑏 e 𝑃 = 𝑎. 𝑏, pode ser escrito como:
(𝑥 + 𝑎)(𝑥 + 𝑏).

Esse procedimento consiste em desfazer o termo médio em soma de duas parcelas, transformando a
expressão em um polinômio com quatro termos, da seguinte forma:

 Determinar o produto de 𝒂 e 𝒄 da expressão 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 e, desfazar esse produto em dois factores


cujo a soma resulta em 𝒃;
 Substituir esses factores pelo termo médio e aplicar a decomposição por agrupamento de modo a
encontrar factores iguais que será evidenciado.

Exemplo: Transforme o trinômio em um produto de dois fatores: 4𝑥 2 + 25𝑥 − 21 = 0


1 × 84
2 × 42
𝑎. 𝑐 = 4. (−21) = −84 { → para que a soma dê 25, os factores serão – 𝟑 e 𝟐𝟖
𝟑 × 𝟐𝟖
4 × 21
logo: 25𝑥 = 28𝑥 − 3𝑥
4𝑥 2 + 𝟐𝟖𝒙 − 𝟑𝒙 − 21 = 0
(4𝑥 2 + 28𝑥) + (−3𝑥 − 21) = 0
4𝑥(𝑥 + 7) − 3(𝑥 + 7) = 0
(𝑥 + 7)(4𝑥 − 3) = 0

3) Decomposição de um polinômio usando os Casos notáveis

Usamos essa decomposição quando o polinômio for um trinômio quadrado perfeito. Trinómio quadrado
perfeito é uma expressão algébrica que possuí três termos em que o primeiro termo e o último termos,
resultam da multiplicação de um mesmo número duas vezes (quadrados perfeitos), sendo que, o termo do
meio deve ser o dobro do produtos de cada um dos factores dos dois termos que formam o quadrado
perfeito: ( 𝒂𝟐 + 𝟐𝒂𝒃 + 𝒃𝟐 ).

Como: 𝑎2 = 𝑎. 𝑎; 𝑏2 = 𝑏. 𝑏 e, 2. 𝑎. 𝑏 = 2𝑎𝑏, então 𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏2 é um trinômio quadrado perfeito

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Os trinômios quadrados perfeitos 𝒂 + 𝟐𝒂𝒃 + 𝒃 e 𝒂 − 𝟐𝒂𝒃 + 𝒃𝟐 , resultam do produto notável do
𝟐 𝟐 𝟐

tipo (𝑎 ± 𝑏)2 . Assim, a decomposição do trinômio quadrado perfeito será: 𝑎2 ± 2𝑎𝑏 + 𝑏2 = (𝑎 ± 𝑏)2
Exemplo: Factoriza o seguinte polinômio: 𝑥 2 + 6𝑥 + 9

Solução: Primeiro devemos identificar se o polinômio é quadrado perfeito:


𝑥 2 = 𝑥. 𝑥; 9 = 3.3 e 2.3. 𝑥 = 6𝑥
Como o valor encontrado é igual ao termo médio, o polinômio é quadrado perfeito e, a
factrização será: 𝑥 2 + 6𝑥 + 9 = (𝑥 + 3)2 .

Diferença de dois quadrados: Para decompor polinômios do tipo 𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 , usamos o produto notável da
soma pela diferença. Assim a decomposição de polinômios desse tipo será: 𝑎2 − 𝑏2 = (𝑎 + 𝑏)(𝑎 − 𝑏)

Exemplo: Factoriza o seguinte polinômio: 𝟗𝒙𝟐 − 𝟐𝟓

Solução: Primeiro devemos encontrar os números que ao quadrado resultam nos quadrados perfeitos.
9𝑥 2 = (3𝑥)2 e 25 = 52
Em seguida, escrever o produto da soma de cada um dos valores encontrados pela diferença
desses valores e, a factrização será: 𝟗𝒙𝟐 − 𝟐𝟓 = (3𝑥 + 5)(3𝑥 − 5)

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Actividades Propostas

1) Durante a resolução de um problema de Matemática, o professor realizou a seguinte fatorização:


𝑥 2 − 4 = (𝑥 + 2)(𝑥 − 2).
a) Que tipo de decomposição se trata?

2) Evidenciando o factor comum, decompõe os seguintes expressões:


a) 18𝑥 4 + 12𝑥 2 + 10𝑥

b) 21ab3 + 42ab2
c) 6a2 + 12ab
d) 15x 2 − 5x 3 − 20x
e) 9z − 18

3) Factoriza os seguintes polinômios:

a) 9b4 c − 3b3 cd − 6bc + 12b2


b) xy + 4y + 5x + 20
c) ac + ad + bc + bd
d) xy − 4x + 3y − 12

4) Factoriza os seguintes polinômios:


a) 9 − (3x − 1)2 i) (5x + 1)2 − 16
j) 4m2 − 49
b) 2𝑥𝑦 − 4𝑥 + 3𝑥𝑦 − 6𝑥 + 4𝑥𝑦 − 8𝑥 16
k) 4x 2 −
9
c) 9x 2 + 9 + 18x l) 𝑥 2 + 3𝑥 − 4
d) x 2 + 2x + 1 36
m) x 2 −
e) 15x 3 + 20x 2 + 5x 49
16
f) (x + 2)2 − 4 n) 4x − 2
9
g) 9x 2 − 25 x2
o) 100 −
h) 16x 2 − 40x + 25 25
p) 4a2 − 81b2

5) Um polinômio P de grau 3 e variável 𝑥 foi dividido por um polinômio M de grau 2 e variável 𝑥. Dê pelo menos
um exemplo para P e M, de modo que:
a) O resto da divisão de P por M seja igual a zero.
b) O quociente da divisão de P por M seja igual a 𝑥.

6) Adriana decidiu colocar um tapete em seu consultório que mede 4,5m por 3,5m. O preço do metro quadrado
do tapete é de 1400kz. Quanto Adriana vai pagar?

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Guião Metodológico de Matemática
7) Dado um quadrado qualquer de lado 𝑥 − 2𝑦:
a) Calcule a área representada por esse quadrado
b) O resultado encontrado, representa de um caso notável? Justifique a tua resposta.

8) Considere 𝑥 um número racional qualquer, 𝑦 um número racional diferente de zero e 𝑛 um número inteiro.
Represente por meio de expressões algébricas:
a) O tríplo de 𝑥
b) 5 a mais do que 𝑦
c) O antecessor de 𝑥
d) A soma do quadrado de 𝑥 com o dobro de 𝑦
e) O inverso de 𝑦
f) O oposto do quadrado de 𝑥
g) O dobro do sucessor de 𝑛
h) O sucessor do dobro de 𝑛
i) A metade da diferença entre 𝑥 e o triplo de 𝑦
j) O quadrúplo de 𝑥
5
k) Os da soma de 𝑥 com 3
6
l) A diferença entre 𝑥 e o seu inverso

9) Em uma partida de ténis, Rui fez 𝑥 saques e acertou 60% desses saques meos 1. Paulino fez também 𝑥 saques
e acertou 40% mais 2. Escreve o polinômio que representa:
a) A quantidade de saques que Rui acertou
b) A quantidade de saques que Paulino acertou
c) A quantidade de saques que os dois acertaram juntos
d) A diferença entre os saques que Rui acertou e os saques que Paulino acertou.

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Guião Metodológico de Matemática
Tema: Números e operações
Subtema 1.3: Equações do 1.º grau a uma incógnita
Assunto: Introdução sobre equações do 1.º grau

O que o aluno poderá aprender com esta aula

 Identificar os elementos que constituem uma equação.


 Relacionar o conteúdo a problemas do cotidiano e em situações interdisciplinares.
 Utilizar símbolos matemáticos para representar problemas do cotidiano em situações
interdisciplinares.
Duração: 6 aulas de 45 minutos.

Conhecimento prévios trabalhados pelo professor com o aluno

 O aluno deverá saber reconhecer a incógnita e os símbolos matemáticos, numa dada situação, para
representar diferentes problemas. Justamente com os símbolos matemáticos, ele deverá reconhecer e/ou
diferenciar os sentidos que as diversas operações apresentam, por exemplo:
 Adição: juntar, acrescentar.
 Subtracção: resto, a mais ou a menos, etc.
 Multiplicação: juntar parcelas iguais, dobro, etc.
 Divisão: partilhar, dividir, agrupar, etc.
Estratégias de ensino

Essa colecção é composta por aulas que privilegiam o uso de problemas como recurso para construir conceitos
relativos ao tema. Na 1ª aula, utiliza a história da matemática como recurso para que os alunos, conhecendo a
origem da equação do 1º grau, percebam que as equações surgiram a partir da necessidade da resolução de
problemas de forma mais ágil e eficaz.

Professor, para realizar essa atividade é necessário que os alunos já tenham conhecimento sobre o que são
equações. Para isso, você pode introduzir o assunto com alguns problemas, por exemplo, “um número somando
12 é igual a 25. Que númeroé esse?”. “ Que número que multiplicado por 6 dá 126?”. Questione-lhe quais seriam
esses números, e como eles resolveram.

Peça aos alunos que escrevam os problemas propostos usando apenas números, o sinal da operação, o sinal
de igual e símbolos para representar o número desconhecido. Escreva no quadro as diferentes representações
dos alunos e negocie um único símbolo, de preferencia o “x” para que possam usar no recurso que será sugerido
a seguir.

Depois diga-lhes que isso pode ser escrito de uma forma matemática, que são as equações e como traduzir
esses problemas em equações: "𝑥 + 12 = 25" e "6𝑥 = 126".

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Guião Metodológico de Matemática
Na 2ª e 3ª aulas, utilizam o recurso da balança para associar o equilíbrio da balança ao conceito de equivalência.
Exemplifique uma balança de dois pratos, como funciona, o que acontece, caso ela esteja equilibrada, se você
retirar ou colocar algo em apenas um dos pratos. O que é necessário fazer para que ela continue em equilíbrio.

Relacione, então as equações com a balança de dois pratos, onde o sinal seria o equilíbrio; e o primeiro e o
segundo membro da equação são os pratos respectivamente.

A aula 4 tem como objectivo desenvolver a habilidade do cálculo mental a partir de substituição numéricas em
expressões dadas.

Na aula 5 utiliza um problema para a investigação de estratégias para a resolução de equação do primeiro grau.
Em seguida, objectivam apresentar actividades que buscam explorar problemas contextualizados envolvendo
equações.

Avaliação

Você pode usar como avaliação a participação nas atividades, as contribuições dadas, os procedimentos
utilizados para a resolução. Valorize os procedimentos correctos mesmo que errem o resultado final.

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Guião Metodológico de Matemática
Tema: Números e operações
Subtema 1.3: Equações do 1.º grau a uma incógnita
Assunto: Introdução sobre equações do 1.º grau

Introdução sobre equações do 1.º grau

Nota: As equações são sentenças matemáticas que traduzem a ideia de equilíbrio, exprimindo assim uma relação
de igualdade entre números desconhecidos e números conhecidos. A palavra equação tem o prefixo equa, que
em latin quer dizer “igual”.

Definição: Chama-se equação do 1º grau à uma incógnita uma igualdade em que aparece uma incógnita de grau
1 e, a sua forma geral é 𝒂𝒙 = 𝒃, onde 𝒂 e 𝒃 são números conhecidos e 𝒂 ≠ 𝟎. Dizemos que uma equação
possui grau 1, ou é do primeiro grau, quando não existe produto entre incógnitas nelas. Além disso, dizemos
que uma equação possui apenas uma incógnita quando a incógnita que aparece nela é representada apenas por
uma letra distinta.
Exemplos:
a) 2𝑥 + 4 = 8
b) 4𝑥 = 18 − 2𝑥
c) 3(𝑥 − 2) = 1,3

A letra 𝒙 é a incógnita da equação. A palavra incógnita significa “desconhecido”. Todos os termos que estão
antes do sinal de igualdade (lado esquerdo) denomina – se 1º membro, e os termos que ficam depois do sinal
(lado direito), 2º membro. Os termos sem variável, denominam – se termos independentes.

Nota: As equações são uma das várias formas de tradução e interpretação de problemas do cotidiano. Para além
de saber interpretar da linguagem comum à linguagem matemática, mais importante na tradução de um problema
por meio de uma equação, é saber deduzir a incógnita para forma a equação, e para o efeito devemos:
 Identificar qual será a incógnita, ou seja, saber o que o problema quer descobrir;
 Identificar as operações envolvidas;
 Montar a equação.

Exemplos: Traduz os seguintes problemas por meio de uma equação:


 O triplo do número de ovos vendidos na loja do Juca é igual ao quádruplo de 60.
Interpretação: “𝑥” será o número de ovos vendidos, então a equação ficará assim: 3𝑥 = 4 × 60

 O João disse a Maria: “Pensei num número. Dois terços desse número é iguais à terça parte da soma
desse número com quatro. Em que número pensei?”.
𝑥 𝑥+4
Interpretação: “𝑥” será o número que João pensou, então a equação ficará assim: =
2 3

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As equações do 1º grau podem ser classificadas como:
1. Equações possíveis e determinadas: Aquelas que admitem apenas um único valor como solução.
Exemplo:
a) 𝑥 + 30 = 50 (apenas o número 20 é admitido como solução).

2. Equações impossíveis: Aquelas que possuem como solução o conjunto vazio, ou seja, não admitem
soluções alguma.
Exemplo:
a) 𝒙 + 𝟏𝟎 = 𝒙 + 𝟕 (Repare que não há nenhum valor que colocado no lugar de 𝑥, transforme
a igualdade numa sentença verdadeira).

Exercícios de Consolidação

1) Escreves as seguintes equações na forma canônica 𝒂𝒙 + 𝒃 = 𝒄, 𝒂 ≠ 𝟎


a) 5x + 2 + x = 20 1
g) 3 (m − 2) = 2m + 2
1
X
b) =6 1
5 h) 2t − 2 = t
c) 8(x − 3) = 6(x + 6) x x
i) 2x + 2 − 2 = 6 − 2
d) 5— 5 + z − z = 0
3x+3 j) 2(d + 3) + (d − 12) = 3
e) x−3 = 2 4
5
k) 𝑥 − 1 = 5 (𝑥 + 3)
f) 3(2p + 5) − (4p + 6) = 19 3

2) Traduz as expresssões em uma equação


a) A diferença entre um número e o seu antecessor é igual ao quádruplo desse número subtraído de 10.
b) A quinta parte de um número aumentando 3 unidades é igual a 1.
c) Pensei em três números consecutivos, cuja soma deles é −72.

3) Substitui nas equações a variável 𝑥 por 3 e diz se é solução ou não em cada caso:
a) 5x + 2 = 17
b) 5x + 2 + x = 20

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Tema: Números e operações
Subtema 1.3: Equações do 1.º grau a uma incógnita
Assunto: Equações literais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Entender o conceito e a importância das equações literais para a formação dos alunos;
 Situar-se no processo de ensino e aprendizagem das equações literais;
 Reconhecer e solucionar problemas aplicados modelados por equações literais;

Equações literais

Definição: As Equações Literais são equações (expressões ou fórmulas) que possuem, além da variável (ou
incógnita) em questão, coeficientes (ou parâmetros) representados de forma genérica por letras, e, por isso
recebem o nome de Literais.

Exemplos de Equações Literais:

a) 3𝒙 + 3𝑚 = 𝑥 + 9𝑚
b) 𝑆 = 𝑆0 + 𝑣𝑡 → Posição final de um móvel em função do tempo em movimento uniforme.
ℎ 8
c) =
𝑚 5
(𝐵+𝑏).ℎ
d) 𝐴 = → Àrea do trapézio
2

Nota para o Professor:

 Esse processo de resolução de uma dada fórmula para uma dada letra que representa
a variável, considerando as outras letras como representantes de constantes (valores
conhecidos) é chamado de Resolução de Equações Literais. Em uma linguagem mais
simbólica, elas podem ser entendidas também como “receitas” matemáticas para se
encontrar o valor numérico de uma variável em função de quantidade(s) dada(s).
Além disso, os alunos podem checar diversas informações que estão implícitas na
situação pela análise das relações entre as quantidades envolvidas e entender
completamente o problema de forma lógica e crítica, o que seria difícil de se obter
apenas com quantidades dadas numericamente.

RESOLUÇÃO DE EQUAÇÃO DO 1º GRAU A UMA INCÓGNITA COM


BASE NOS PRINCÍPIOS DE EQUIVALÊNCIAS.

Nota: Para manter a igualdade de uma expressão algébrica, devemos operar tanto no primeiro como no segundo
membro, ou seja, realizar a mesma operação no primeiro membro e no segundo membro. Essa ideia recebe o
nome de princípio da equivalência.

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A ideia é que tenhamos os termos que apresentam variáveis no primeiro membro e os termos independentes,
no segundo membro de modo a facilitar a determinação da incógnita.

O princípio da equivalência é utilizado para determinar o valor da incógnita da equação, ou seja, determinar a
raiz ou solução da equação.

 Princípio aditivo da igualdade

Este princípio é utilizado quando existir no membro esquerdo um termo que esteja a adicionar ou a subtrair o
termo que tiver variável, ou ainda, se existir um termo com variável no membro direito a adicionar ou a subtrair
o termo sem variável. Nesse caso, adicionamos ou subtraimos cada membro da equação pelo simétrico desse
número, obtemos uma outra equação equivalênte a equação dada.
Exemplo:
a) 𝑥 + 4 = 7/−4
𝑥+4−4=7−4
𝑥+0=3
𝑥=3

b) 3𝑥 − 8 = −2 + 2𝑥/+8
3𝑥 = 6 + 2𝑥/−2𝑥
𝑥=6

Regra da adição: Numa equação, podemos mudar um termo de um membro para o outro se lhe trocarmos o
sinal, obtemos uma equação equivalênte a dada. Ainda assim, e de forma sub-entendida, estamos aplicando os
princípios de equivalência.
Exemplo:
a) 𝑥 + 4 = 7 b) 3𝑥 − 8 = −2 + 2𝑥
𝑥 =7−4 3𝑥 − 2𝑥 = −2 + 8
𝑥=3 𝑥=6

 Princípio multiplicativo da igualdade

Este princípio é utilizado quando a variável estiver a ser multiplicada ou dividida por um número quelaque. Neste
caso, para deixar a variável sozinha, multiplicamos cada termo da equação pelo recíproco desse número, no caso
em que esse número esteja a multiplicar a variável. No caso em que esse número esteja a dividir a variável,
multiplicamos cada termo da equação por esse mesmo número, obtemos uma equação equivalente a dada.

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Guião Metodológico de Matemática
Exemplos:
1 𝑥
a) 2𝑚 = 50/. b) = −7/.3
2 3
2𝑚 50 𝑥
= 3. = 3. (−7)
2 2 3
3𝑥
𝑚 = 25 = −21
𝑥
𝑥 = −21

Exemplo:
1. Resolve a equação 7𝑥 − 4 = 5 − 2𝑥 aplicando os princípios de equivalência:

Resolução: 7𝑥 − 4 = 5 − 2𝑥 / +4 → equivalência da adição


7𝑥 = 9 − 2𝑥 / +2𝑥 → equivalência da adição
1
9𝑥 = 9 /. → equivalência da multiplicação
9
𝑥=1

Obs1: Para comprovar a solução, é sempre importante fazer a verificação, nesse caso, substituir na equação
original o valor da incógnita de maneira a encontrar o membro esquerdo igual ao membro direito.

7𝑥 − 4 = 5 − 2𝑥
7.1 − 4 = 5 − 2.1
7−4=5−2
3=3
ME = MD C. S = {1}

Obs2: Se o sinal da variável for negativo, devemos multiplicar a expressão toda por (−1) para eliminá – lo.
Exemplo:
8 − 𝑥 = −3 +8 princípio aditivo Verificação
8 − 8 − 𝑥 = −3 − 8 𝑥 + 2 = −3 + 2𝑥
−𝑥 = −11/. (−1) 5 + 2 = −3 + 2.5
𝑥 = 11 7 = −3 + 10
7=7
ME = MD C. S = {11}

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Guião Metodológico de Matemática
RESOLUÇÃO DE EQUAÇÃO LITERAL
 1º Passo: Escolha uma letra para representar a variável desconhecida no problema (em geral, usa-se a letra
“𝑥” para representá-la).
 2º Passo: Usar todos os procedimentos da resolução de equações do 1º grau, com base nos princípios de
equivalência.

EXEMPLOS E APLICAÇÕES
Nos exemplos a seguir, note que os passos sugeridos na seção anterior são explicitados durante a resolução de
cada questão para facilitar o entendimento do aluno.

Exemplo 1: Em uma balança, de um lado foram colocados 7 limões e 8 maçãs e do outro 25 limões e 2 maçãs,
de modo que os pratos da balança ficaram em equilíbrio. Pergunta-se: o peso de uma maçã equivale ao peso de
quantos limões?

Resolução:
 Passo 1: O problema pede para que seja estabelecida a equivalência de pesos entre maças e limões.
 Passo 2: As maçãs serão representadas pela letra “𝑚” e os limões pela letra “𝑙”.
 Passo 3: Como os pratos estão em equilíbrio temos a seguinte equação:

8𝑚 + 7𝑙 = 2𝑚 + 25𝑙/−7𝑙
8𝑚 = 2𝑚 + 18𝑙/−2𝑚
6𝑚 = 18𝑙/÷ 6
1𝑚 = 3𝑙
Assim concluímos que o peso de uma maçã equivale ao peso de três limões.

Exemplo 2: Em uma superfície em forma de trapézio, a base maior é o triplo da menor. Sabendo que sua área
mede 100𝑚2 , calcule a medida de sua altura.
Resolução:
 Passo 1: A base menor será representada pela letra 𝒃, a base maior por 𝟑𝒃, já que essa medida equivale a
três vezes a medida da base menor. Por sua vez, a altura será representada pela letra 𝒉:
(𝐵+𝑏).ℎ
𝐴=
2
(3𝑏+𝑏).ℎ
100 =
2
200 = 4𝑏ℎ
200
ℎ=
4𝑏
50
Assim concluímos que: ℎ =
𝑏

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Guião Metodológico de Matemática
Exemplo 3: Em uma viagem de uma cidade para outra, um carro partiu do quilômetro 15 e encerrou a viagem
no quilômetro 235 com uma velocidade “𝑣” levando “𝑡” horas para concluí-la. Se o condutor do veículo manter
a velocidade do automóvel, em quanto tempo realizaria o mesmo percurso?
Resolução:
 Passo 1: A velocidade será representada por 𝑣 e o tempo por 𝑡 .
 Passo 2: Escrever a fórmula da posição final em Movimento Uniforme (M.U.):

𝑆 = 𝑆0 + 𝑣𝑡/−𝑣𝑡
−𝑣𝑡 + 𝑆 = 𝑆0 /. (−1)
𝑣𝑡 − 𝑆 = −𝑆0 /+𝑆
𝑣𝑡 = 𝑆 − 𝑆0 /÷ 𝑣
𝑆−𝑆0 235−15
𝑡= =
𝑣 𝑣
220
𝑡=
𝑣

Outras actividades

1. Roberta é quatro anos mais velha que Bárbara. A soma das idades das duas é 44. Determine a idade de
Roberta e Bárbara.
Solução 𝑥 + 𝑦 = 44
𝑥 → representa a Roberta 𝑦 + 4 + 𝑦 = 44
𝑦 → representa a Bárbara 2𝑦 = 40
𝑦 = 20, logo:
𝑦 + 4 → idade da Roberta
𝑥 + 𝑦 = 44 → idade das duas 𝑥 =𝑦+4
𝑥 = 20 + 4
𝑥 = 24

R: Bárbara tem 20 anos. Como Roberta é 4 anos mais velha, entao ela tem 24 anos.

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Exercícios Propostos
1. Determina o conjunto solução das seguintes equações do 1º grau;
a) 5x + 2 = 17
b) 5x + 2 + x = 20
X
c) =6
5
d) 8(x − 3) = 6(x + 6)
e) 5— 5 + z − z = 0
3x+3
f) x−3 = 5
g) 3(2p + 5) − (4p + 6) = 19
1 1
h) 3 (m − 2) = 2m + 2
1
i) 2t − 2 = t
x x
j) 2x + 2 − 2 = 6 − 2
k) 2(d + 3) + (d − 12) = 3
2 4
l) 3
𝑥 − 1 = 5 (𝑥 + 3)

2. Resolve os seguintes problemas:


a. Calcula um número em que somando ao seu dobro resulta em quinze.
b. O dobro de um número subtraindo de nove é igual ao próprio número mais quatro. Qual é
esse número.
c. O João disse a Maria: “Pensei num número. Dois terços desse número é iguais à terça parte
da soma desse número com quatro. Em que número pensei?”.
d. A diferença entre um número e o seu antecessor é igual ao quádruplo desse número subtraído
de 10. Qual é esse número?
e. A quinta parte de um número aumentando 3 unidades é igual a 1. Calcule esse número?
f. A metade de um número adicionando o triplo da oitava parte desse mesmo número resulta
em 3. Calcule esse número?

3. Encontre o valor de 𝑥 as equações literais abaixo aplicando os princípios de equivalência na sua


resolução:
a) 2𝑎𝑥 + 3𝑎 = 𝑏𝑥
b) 𝑎𝑥 − 8𝑥 = 6𝑎 + 8
c) 2𝑎𝑥 − 4𝑎𝑥 = 3𝑏 + 𝑥
5 𝑦
d) (𝑦 − 1) = + 𝑥
3 2

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4. Encontre a solução para as equações literais, na variável indicada:
a) 𝑃 = 2𝐿 + 2𝐶, em 𝐶 (Perímetro P de um terreno retangular de largura L e comprimento C).
b) 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 = 180°, em 𝐵 (Soma dos ângulos internos de um triângulo, sendo A, B e C as
medidas dos seus ângulos internos).
𝑎+𝑏
c) 𝑥 = , em 𝑎 (Média aritmética de dois números) onde 𝑥 é o valor da média, 𝑎 𝑒 𝑏 são
2
números racionais.
(𝐵+𝑏).ℎ
d) 𝐴 = , em 𝐵 (Àrea de um trapézio, onde B é a base maior, b a base menor e h é a altura).
2

5. Sabendo que o Victor tem uma coleção de pintura e que tem o dobro dos quadros do António mais
o quádruplo dos que tem o Nuno. Reprsentando por 𝑎, 𝑏 e 𝑐 o número de quadros do Victor, do
António e do Nuno, respectivamente, escreve:
a) Uma equação que relaciona 𝑎, 𝑏 e 𝑐.
b) O número de quadros do António, em função do número de quadros do Victor e do Nuno.

6. Dada a equação literal: 𝑥 + 𝑦 − 1 − 2𝑥 = 𝑦(𝑎 + 2).


a) Resolve a equação em ordem a 𝑥.
b) Determine 𝑥 se 𝑎 = 2 e 𝑦 = −3

7. Traduza cada frase a seguir para a linguagem matemática equivalente. Em cada caso, represente pela
letra 𝑥 a quantidade que se quer determinar:
a) Duas vezes a soma de um número com 5 é igual a 30.
b) A soma de duas vezes um número com 5 é igual a 30.
c) Quatro vezes a diferença entre um número e 5 é igual a 24.
d) A diferença de quatro vezes um número com 5 é igual a 24.
e) A soma de duas vezes um número inteiro com três vezes o seu sucessor é igual a 48.
f) A soma de quatro vezes um número inteiro ímpar com duas vezes o próximo número inteiro
ímpar é igual a 46.
g) Solucione as equações montadas.

8. Resolve os seguintes problemas com números inteiros:


a) Um número é cinco vezes maior do que outro. Se a soma do menor com duas vezes o maior é
45, determine esses dois números.
b) Um número é quatro vezes menor que outro. Se cinco vezes o menor número menos duas vezes
o maior é 4, determine esses dois números.
c) Um número é sete vezes menor que outro. Se quatro vezes o menor número somado com duas
vezes o maior é 62, determine esses dois números.
d) Um número é dez vezes maior que outro. Se a soma do dobro do menor número com o triplo do
maior número é 55, determine os dois números.
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e) Encontre dois números inteiros consecutivos tais que a soma do dobro do primeiro inteiro com
o triplo do segundo inteiro é 28. (Dado: Se 𝑥 é o primeiro inteiro, o próximo inteiro será
representado por 𝑥 + 1).
f) Encontre dois números inteiros impares consecutivos tais que três vezes o menor inteiro é cinco
vezes maior que o dobro do segundo. (Dado: Se 𝑥 representa o primeiro inteiro impar, o próximo
inteiro é representado por 𝑥 + 2)
g) O comprimento de um retângulo é 1 cm maior que o dobro da sua largura. Se o perímetro do
retângulo é 74 cm, encontre as dimensões do retângulo.
h) O tamanho de um retângulo é cinco metros menor que o triplo de sua largura. Se o perímetro do
retângulo é de 46 metros, quais as dimensões do retângulo?
i) A base de um triângulo isósceles é 3 cm menor que o tamanho de cada lado restante (os outros
dois lados iguais). Se o perímetro do triângulo é 36 cm, calcule as dimensões dos três lados do
triângulo.
j) Em uma festa na boate, os valores dos ingressos da entrada eram os seguintes: 8.000,00kz para
homens e 6.000,00kz para mulheres. O dono da boate contabilizou a venda de 500 ingressos e
uma arrecadação de 360.000,00kz com a venda dos ingressos. Pergunta-se: Quantos homens e
quantas mulheres haviam na festa?
k) Manuel comprou 80 peças de roupa para revender em sua loja entre camisas e bermudas. Cada
camisa lhe custou 3.500,00kz e cada bermuda custou 2.000,00 kz. Se ele pagou um total de R$
23.500,00kz na compra das roupas, quantas camisas e quantas bermudas Manuel comprou para
revender?
l) Num estacionamento há carros e motos totalizando 80 veículos. Sabendo que o número de rodas
é 220, qual a quantidade de carros e motos?

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Guião Metodológico de Matemática
Tema 2: Funções
Objectivos Gerais:
 Conhecer a noção de correspondência;
 Conhecer o conceito de função;
 Compreender a representação de funções através de tabelas;
 Conhecer o valor da constante de proporcionalidade;
 Compreender a representação de gráficos e funções.

PLANO TEMÁTICO DETALHADO - NOÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA.

Unidade temática Sub - unidade temática Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
Os alunos devem ser capazes de: O aluno: horária

 FUNÇÕES  NOÇÃO DE  Definir Função por uma expressão  Noção de correspondência;  Resolve problemas
CORRESPONDÊNCIA algébrica;  Conceito de função; práticos da vida que
 Distinguir tipos de funções;  Representação de funções envolvem funções
 Determinar funções; através de tabelas; apresentando o seu
 Representar funções através de tabelas;  Função definida por uma raciocínio de forma
 Representar gráficos com funções; expressão analítica; lógica em diferentes 12
 Interpretar informações apresentadas em  A proporcionalidade directa situações de Aulas
tabelas; como função x →kx comunicação.
 Determinar o valor da constante de  Gráfico de função x →kx  Interpretação de forma
proporcionalidade;  Gráfico de função x →kx+b crítica a solução de um
 Exemplificar a representação de função problema, no contexto
definida por uma expressão analítica; das funções.

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Tema 2: Números e operações


Subtema 2: Noção de correspondência;
Assunto: Noção de correspondência;
− Conceito de função.

Conteúdo:

 Noção de correspondência.
 Conceito de função.
 Representação de funções através de tabelas.
 Função definida por uma expressão analítica.
 A proporcionalidade directa como função 𝑥 → 𝑘𝑥

O que o aluno poderá aprender com esta aula

 Compreender o conceito de função;


 Identificar os coeficientes numéricos da função;
 Determinar domínio, contradomínio, imagem;
 Representar uma função através de um diagrama e de tabelas;
 Identificar função afim;
 Representar funções afim em um plano cartesiano.
Duração: 6 aulas de 45 minutos.

Conhecimento prévios trabalhados pelo professor com o aluno

 Noção de conjunto;
 Construção de uma sequência numérica;
 Noções de proporção.

Estratégias de ensino

 O preço que se paga por uma ligação telefônica é dado em função do tempo que se fala ao telefone.
 O consumo de combustível de um veículo é dado em função de um percurso
percorrido.

Esse é o momento que os alunos têm o primeiro contato com as funções, um contato que deve iniciar-se
pela compreensão do significado e pela percepção da interdependência entre duas grandezas, pois essas são
questões muito mais relevantes que as definições formais e abstratas. A construção do conceito de função é
um processo demorado, e o nível de compreensão varia de um aluno para outro.

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É possível conceber e comparar números sem contar e sem conhecer os números envolvidos?
Ainda que pareça estranha a pergunta, é possível chegar a uma idéia clara e lógica de número sem recorrer
a contagem. Imagine a seguinte cena: Entramos numa sala de aula, temos diante de nós dois conjuntos: o
das carteiras escolares e o dos estudantes. Sem contar, podemos assegurar se esses dois conjuntos têm ou
não igual número de elementos e, se não têm, qual é o de menor número. Com efeito, se cada cadeira está
ocupada e ninguém está de pé, sabemos sem contar que os dois conjuntos têm igual número. Se todas as
cadeiras estão ocupadas e há gente de pé na sala, sabemos sem contar que há mais estudantes que cadeiras.

Esse conhecimento é possível graças a um procedimento que está muito presente em vários conceitos da
Matemática, e que recebeu o nome de correspondência biunívoca. A mesma consiste em atribuir a cada
objeto de um conjunto um objeto do outro conjunto, e continuar assim até que um ou ambos os conjuntos
se esgotem.

A técnica de contagem, em muitos povos primitivos, se reduzia precisamente a tais associações de idéias.
Eles registram o número de suas ovelhas ou de seus soldados por meio de incisões feitas num pedaço de
madeira ou por meio de pedras empilhadas. A origem da palavra "cálculo", ou seja, em latim calculus, significa
pedra.
A correspondência biunívoca resume-se numa operação de "fazer corresponder". Pode-se dizer que a
contagem se realiza fazendo corresponder a cada objeto da coleção (conjunto), um número que pertence à
sucessão natural: 1, 2, 3, 4, 5, ...

A gente aponta para um elemento qualquer e diz: um; aponta para outro e diz: dois; e assim sucessivamente
até esgotar os elementos da coleção; se o último número pronunciado for nove, dizemos que a coleção tem
nove elementos e é um conjunto finito. Portanto se alguém te perguntar o que é contar? Diga-lhe: Contar é
estabelecer uma correspondência Biunívoca ok?

Antes de ser apresentada em linguagem matemática, a ideia de função precisa ser trabalhada de forma intuitiva
através de uma relação entre dois conjuntos. Um exemplo prático é a relação existente em um posto de
gasolina entre a quantidade de litros de gasolina e o preço a pagar.

Cada valor x de A corresponde a um único valor f(x) em B, dado pela função f.


Demonstre a linguagem existente nas funções através de gráficos envolvendo os diagramas de flecha:
domínio, contradomínio e imagem.

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Ressalte que A é o domínio, B é o contradomínio e C a imagem do conjunto A.

Elemento y de B, associado ao elemento x de A, é denominado imagem de x. É importante dizer que para


ser uma função, todos os elementos do domínio precisam estar associados a um único elemento do
contradomínio, formando a imagem.

Para iniciar o assunto, leve os alunos à refelexao sobre o significado da palavra “função”. Dê-lhes a
oportunidade para dizerem o que pensam sobre o significado desta palavra. Leve os alunos a compreender
que a palavra função demostra relação (correspondência) entre dois factos ou duas coisas.

Em seguida, coloque no quadro dois conjuntos representados por diagrama e peça aos alunos que façam a
devida correspondência (ligação). No primeiro coloque: maçã, camisola, cavalo. No segundo coloque: animal,
fruta, vestuário e, abra um debate em relação a isso antes de questionar: “ O que pensaram ao fazer a
correspondência? Qual o critério que utilizaram?”. Observe se todos chegaram a resposta esperada, caso
necessário, discuta com eles as respostas divergentes. Convide os alunos a fazerem outros exemplos
apresentados, todos os elementos do primeiro conjunto.

Professor, aproveite a actividade, para construir, com seus alunos, o significado da palavra “correspondência”.
Partindo de situações problemáticas e próximas da realidade dos alunos, o professor deverá subsidiar a
compreensão e o significado de uma relação de interdependência entre duas grandezas (quando uma
grandeza varia. A outra também varia segundo uma lei). No caso da função afim, essa variação mantém uma
proporcionalidade.
O conceito de proporcionalidade está presente no cotidiano de qualquer pessoa em diversas situações. A
proporcionalidade é essencial para o aprendizado de muitos conteúdos, tanto nas diversas dimenssões da
matemática, como nas aolicações desse conceito à geografia, física, química, etc.

O objectivo dessa aula é, através de actividades, fazer com que o aluno perceba situações que envolvam ou
não, grandezas proporcionais. Para tanto é necessário que o aluno compreenda o conceito de grandeza e
saiba manipular medidas de uma grandeza.

Professor, proponha as actividades que se seguem e deixe que os alunos resolvam com os conhecimentos
adqueridos tanto na vida escolar, quanto em situações do dia-a-dia. Peça que os mesmos registrem o seu
raciocínio e, em seguida, discuta com a turma as diversas formas de resolução encontradas.

i. Actividade: A actividade 1 tem como objectivo levar o aluno a perceber que:


 O preço de um pastel é o quociente entre o total pago e a quantidade de pastéis.
 O quociente em questão é constante.
De acordo com o preço cobrado por 1 pastel, em uma lanchonete, verifiquei que com 360 kz posso
comprar 3 desses pastéis.

a) Qual o preço a ser pago na compra de 5 pastéis?


b) Quantos pastéis posso comprar com 480 kz?

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ii. Actividade:
É comum nos depararmos com vendas do tipo:

 “Compre aqui na promoção, um pacote de amendoin por 1000 kz. Levando dois
pacotes , você paga 1500 kz e, na compra de três pacotes, só paga 1800 kz”.
Peça para os alunos analisarem essa situação, e questione se, nesse caso, podemos dizer que as grandezas,
quantidades de pacote e preço, são proporcionais.

1º caso: 1 pacote custa 1000 kz


2º caso: 1 pacote custa 1500/2= 0,75 kz
3º caso: 1 pacote custa 1800/3= 0,60 kz.

Os quocientes entre o número de pacotes de amendoim e o preço pago por pacote não são constante, logo
as grandezas não são proporcionais. Coclua então, com a participação dos alunos, que nessa situação o
quociente não é constante. As duas grandezas (quantidade de pacotes e preço) não são proporcionais.

Sugere outras actividades relacionadas ao tema.


Avaliação

Espera-se que os alunos:

 Adquiram o significado de função e identifiquem variáveis independentes e dependentes;


Identifiquem, analisem e representem graficamente uma função afim.

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Tema 2: Números e operações
Subtema 2: Noção de correspondência;
Assunto: Noção de correspondência;
− Conceito de função.

Noção de correspondência

Suponha que se deseje analisar a variação de temperatura, durante sete dias, em uma determinada região.
Após a medição das temperaturas, registrou-se a temperatura média diária, em cada um dos sete dias,
obtendo a seguinte tabela:

Dias da semana Temperaturas °𝑪


Domingo 18
2ª feira 19
3ª feira 16
4ª feira 16
5ª feira 16
6ª feira 13
Sábado 15

Em termos matemáticos, podemos dizer que estabelecemos uma relação do conjunto de dias da semana
𝐴 = {1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º} no conjunto das medidas das temperaturas 𝐵 =
{18°𝐶, 19°𝐶, 16°𝐶, 13°𝐶, 15°𝐶}.

Associamos a cada dia da semana, a temperatura média correspondente. Em outras palavras, dizemos que
estabelecemos uma correspondência entre o onjunto A e o conjunto B.

Nota: Uma correspondência é uma relação lógica entre dois ou mais objectos (coisas). Podemos representar
essa relação de diferentes maneiras, uma delas é através do diagrama de flechas ou setas.

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Função

Definição: Em uma correspondência entre um conjunto 𝐴 e um conjunto 𝐵, em que cada elemento 𝑥 do


conjunto 𝐴 se faz corresponder a um único e somente um elemento 𝑦 do conjunto 𝐵, chama-se Função.

Em matemática, uma função representa a dependência de certa quantidade (variável) em relação a outra.
Considere dois conjuntos não – vazios 𝐴 e 𝐵 e uma lei 𝑓 que associa a cada elemento 𝑥 de 𝐴 um único
elemento 𝑦 de 𝐵. Temos então uma função 𝑓 de 𝐴 em 𝐵.

Assim, podemos definir a função como uma regra que associa a cada valor de entrada um único resultado de
saída, denominado valor da função. A entrada é chamada de variável independente e a saída, de variável
dependente. O conjunto de todos os números de entrada é chamado de domínio da função e o conjunto de
todos os números de saída é chamado de imagem da função.

A notação 𝑓 ∶ 𝐴 → 𝐵 indica que 𝑓 é função de 𝐴 em 𝐵.

Exemplo:

Elementos de uma função

Numa função, o conjunto A (primeiro) é o conjunto de partida, que representa o domínio da função (𝐷𝑓 ). Os
seus elementos são chamados de objecto. O conjunto B (segundo) é o conjunto de chegada, que representa
o contradomínio da função (𝐶𝐷𝑓 ). Os elementos do contradomínio que se relacionam com os elementos do
conjunto A, são chamados de imagem (𝐼𝑚 ). Assim, tanto o domínio, contradomínio e a imagem da função,
são elementos de uma função.

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Tipos de funções

As funções podem ser classificadas em três tipos, a saber:

1. Função sobrejectora: Aquelas em que dois


ou mais elementos do domínio possuem a
mesma imagem e, a imagem e
contradomínio possuem a mesma
quantidade de elementos.

2. Função injectora: Aquelas em que existem


elementos do contradomínio que não são
imagem. Quando isso acontece, dizemos
que o contradomínio e imagem são
diferentes.

3. Função bijectora: Quando é sobrejetora e


injectora ao mesmo tempo, pois, cada
elemento 𝑥 relaciona-se a um único
elemento de 𝑓(𝑥) e o contradomínio e a
imagem possuem a mesma quantidade de
elementos.

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Exercícios propostos

1) O que há em comum entre uma correspondência e uma função?


2) O que há de diferente entre uma correspondência e uma função?
3) Considere o diagrama abaixo:

Para que seja uma função de M em N, basta:


a) Apagar a seta 1 e retirar o elemento 𝒕.
b) Apagar as setas 1 e 4 e retirar o elemento 𝒆.
c) Retirar os elementos 𝒆 e 𝒕.
d) Apagar a seta 4 e retirar o elemento 𝒆.
e) Apagar a seta 2 e retirar o elemento 𝒆.

4) Dados o diagrama abaixo, representando uma função de “A” em “B”, classifique – a:

5) Verifique em cada caso, se o esquema define ou não uma função de A em B, e nos casos em que
define uma função, diga que tipo de função se trata:

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Tema 2: Funções
Subtema 2: Noção de correspondência.
Assunto: Função definida por uma expressão algébrica.

Função definida por uma expressão algébrica

Toda função é definida por uma regra. Na matemática, esta regra pode ser definida por uma expressão em
que o valor de entrada é representado por uma variável ou incógnita. Como exemplo, considere a regra que
associa a um número o dobro do seu valor. Esta regra pode ser representada, matematicamente, como:
𝑓(𝑥) = 2𝑥

O símbolo 𝑓(𝑥) indica que a variável da função é representada pela letra 𝑥. Pode-se ainda representar a função
usando outra incógnita ou variável, diferente daquela usada na expressão que define a regra pela qual se
calcula o valor da função. No exemplo anterior pode-se, alternativamente, usar 𝑦 = 2𝑥 ao invés de 𝑓(𝑥) =
2𝑥. Desta maneira, pode-se estabelecer, a cada valor de 𝑥, um valor para a função 𝑓(𝑥), como a seguir:
 𝑓(1) = 2.1 = 2
 𝑓(2) = 2.2 = 4
 𝑓(3,5) = 2. (3,5) = 7

Por exemplo, em uma padaria, um pão custa 50 kuanzas, quer dizer que 1 × 50 = 50. Se comprarmos dois
pães, pagaremos 100 kuanzas porque, 2 × 50 = 100.

Para encontrar o valor total de dinheiro gasto, multiplicamos o número de pães que levamos por 50 kz.
Portanto, a regra nesse caso é que pegamos o valor de 𝒙 (o número de pães comprado) e o multiplicamos
por 50 para obter 𝒚 (o montante total de dinheiro gasto).

Expressão algébrica será: 𝟓𝟎. 𝒙 = 𝒚 ou 𝒚 = 𝟓𝟎. 𝒙

Observações:
 A incógnita ou variável usada na expressão que define a representação matemática da função é
conhecida como variável independente, pois a ela pode-se atribuir um valor qualquer, sem que ele
dependa de qualquer resultado calculado anteriormente. Na expressão 𝑦 = 2𝑥, a variável
independente é o 𝑥.

 A variável dependente é aquela que simboliza o valor da função para cada dado de entrada. É chamada
de variável dependente, pois seu valor depende do atribuído a variável independente. Na expressão
𝑦 = 2𝑥, a variável dependente é o 𝑦.

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Numa função definida por uma expressão analítica é estabelecida uma relação entre domínio e imagem. O
domínio (a variável independente) é caracterizada por 𝒙, e a imagem (a variável dependente) por 𝒚 ou 𝒇(𝒙) .

 O Domínio de uma função corresponde ao conjunto de valores da variável dependente para os quais a
função é definida. Para as funções 𝑓(𝑥) = 2𝑥 o domínio corresponde a todo o conjunto de números,
pois para qualquer valor de 𝑥 estas funções são definidas.

 A imagem de uma função é definida como o conjunto de todos os valores que a função pode assumir,
considerando-se todos os valores possíveis da variável independente (ao conjunto de todos os valores
possíveis da variável independente denomina-se domínio da função).

Considere, por exemplo, a função 𝑓(𝑥) = 2𝑥, em que a variável independente pode assumir qualquer valor
no conjunto dos números reais (ou seja, o seu domínio é todo o conjunto dos números racionais). A variável
dependente 𝑦, obtida pela regra que define o seu valor como sendo igual ao dobro do valor da variável
independente, só terá valores reais não negativos.

A expressão analítica representa a regra que define a função e é dada por: 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 + 𝒃, sendo que 𝒂 e
𝒃 são números racionais e 𝑎 ≠ 0, chamamos de Função afim ou função do 1º grau.

Observação: Na função 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 + 𝒃, quando 𝒃 = 𝟎, temos que: 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙. A função é chamada de
função linear.

Exemplos:

a) 𝑓(𝑥) = 3𝑥 + 2 → função afim


b) 𝑓(𝑥) = −4𝑥 → função linear

 Se 𝒂 > 𝟎, a função é crescente: a medida que os valores de 𝒙 aumentam, os valores correspondentes


em 𝒚 também aumentam.
 Se 𝒂 > 𝟎, a função é decrescente: a medida que os valores de 𝒙 aumentam, os valores correspondentes
de 𝒚 diminuem.

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Representação de funções através de tabelas

Nota: A tabela é uma forma simples de representar uma função, pois apenas mostra as correspondências
entre os objectos e imagens. Para criar uma tabela de funções, é necessário primeiro a expressão algébrica
que representa a função função.

Construção da tabela:
1. Seja a função definida por 𝑦 = 50𝑥, temos:

Na primeira linha da tabela (vertical), listamos os valores de 𝑥, e na segunda linha da tabela, listamos os
valores correspondentes de 𝑦 de acordo com a regra da função.

Quantidade de pães (𝒙) 1 2 3 4


Preço em kuanzas (𝒚) 50 100 150 200
Tabela 1 - horizontal

Às vezes, as tabelas de funções são exibidas usando colunas em vez de linhas. Quando este for o caso, a
primeira coluna exibe os valores de 𝑥 e a segunda coluna exibe os valores 𝑦.

Quantidade de pães (𝒙) Preço em kuanzas (𝒚)


1 50
2 100
3 150
4 200
Tabela 2 - vertical

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Actividades Propostas

1) Considere a função 𝑓(𝑥) = 4𝑥 + 1


a) Qual é o valor de 𝑥 para que 𝑓(𝑥) = 17?

2) Dada a função 𝑓(𝑥) = 4𝑥 + 1, determine 𝑓(2) + 𝑓(3) − 𝑓(1)

3) Quais são as imagens da função 𝑦 = (3𝑥 − 4) + 1,3 para os elementos do domínio:


𝑥 = 2, 𝑥 = 3 e 𝑥 = 4?

4) Diga se as funções abaixo são crescente ou decrescente e como se classificam:


a) 𝑦 = 3𝑥 + 2
3
b) 𝑓(𝑥) = −2𝑥 +
2
𝑥
c) 𝑦 = −
2

5) Um operário ganha 2 000kz por dia de trabalho. Analisando essa ocorrência, podemos estar diante
de uma função? Caso seja, represente através de uma tabela com os valores correspondentes ao 2º,
3º, 4º 5º e 6º dia de trabalho.

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Tema 2: Funções
Subtema 2: Noção de correspondência.
Assunto: Função definida por uma expressão analítica

Representação de Gráficos de uma função

Nota: O gráfico de uma função é uma recta que se obtém a partir de duas rectas perpendiculares (abcissas e
ordenadas), onde os objectos correspondem às abcissas (𝑥) e as imagens correspondem às ordenadas (𝑦).
Logo, para determinar as correspondências, usam – se os pares ordenados, onde 𝑃 = (𝑥; 𝑦). O gráfico será
construído em um sistema de coordenadas chamado Plano cartesiano.

Para construir um gráfico, é necessário escolher valores para a variável 𝒙. Esses valores serão substituídos
na lei de formação da função para que o valor correspondente de 𝒚 seja determinado, bem como o par
oredenado. Cada elemento 𝒙 da função deve ser inserido no eixo horizontal (abcissas) e os elementos 𝒚 são
posicionados no eixo vertical (ordenadas). Os possíveis valor de 𝒙 formam o conjunto Domínio, enquanto
que o conjunto dos valores assumidos por 𝒚, formam o conjunto imagem, formando assim o ponto 𝑃 =
(𝑥; 𝑦).

Exemplo: Considere a função 𝑦 = 𝑥 + 1.


1. Montaremos uma tabela com os valores de 𝑥 para encontrar os valores de 𝑦.

𝒚=𝒙+𝟏
𝒙 𝒚 (𝒙; 𝒚) Obs: Como o gráfico de uma
𝟎 𝑦 =0+1→𝑦 =1 (0; 1) função do 1º grau é uma recta,
𝟏 𝑦 =1+1→𝑦 =2 (1; 2) basta localizar dois dos seus
𝟐 𝑦 =2+1→𝑦 =3 (2; 3) pontos para tracá – lo.
−𝟏 𝑦 = −1 + 1 → 𝑦 = 0 (−1; 0)
−𝟐 𝑦 = −2 + 1 → 𝑦 = −1 (−2; −1)

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2. Encontrar os pares oredenados no plano cartesiano: Colocando cada um desses pares ordenados no plano
cartesiano, para encontrar os pontos e em seguida, ligar os pontos – Traçar o gráfico da função.

Observações:

 O Gráficos da função afim 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 + 𝒃, é uma reta que corta o eixo das abcissas e das ordenadas,
o coeficiente 𝒂 de 𝑥 (coeficiente angular), representa a inclinação da reta em relação ao eixo 𝑂𝑥. O
termo independente 𝒃 (coeficiente linear), representa o ponto onde a reta corta o eixo 𝑂𝑦.
 O Gráficos da função linear 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙, é uma reta inclinada que passa pela origem (0; 0).
 Quando uma função afim apresenta o coeficiente angular igual a zero 𝒂 = 𝟎 a função será chamada
de função constante. Neste caso, o seu gráfico será uma recta paralela ao eixo 𝑂𝑥.
Ex.: 𝑓(𝑥) = 5

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Nota: Designa –se por zero de uma função 𝒇, todo o valor da variável independente 𝑥 que tem por imagem
o valor zero. Por outras palavras, zero de uma função 𝑓 é todo o valor 𝑥, pertecente ao domínio dessa função,
tal que 𝑓(𝑥) = 0.

Exemplo: Determine o zero da da função 𝑓(𝑥) = 2𝑥 − 4

Solução: 𝑓(𝑥) = 2𝑥 − 4
0 = 2𝑥 − 4
2𝑥 − 4 = 0/+4
2𝑥 = 4/÷ 2
𝑥=2 → Para que a imagem seja zero, a variável independente 𝑥 = 2

Exercícios Propostos

1. Seja a função dada pela lei de formação 𝑓(𝑥) = 3𝑥 − 1, de domínio 𝐷𝑓 = {−3; 0; 2; 5}:
a) Classifique a função.
b) Representa graficamente.
c) A função é crescente ou decrescente? Justifique
d) Qual é o conjunto imagem dessa função?
e) Determine o zero da função.

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Tema 2: Funções
Subtema 2: Noção de correspondência.
Assunto: A proporcionalidade directa como função 𝑦 = 𝑘𝑥
Proporcionalidade

Nota: Para entendermos a definição de proporcionalidade é necessário ter em conta alguns conceitos:
𝑥
 Razão: A razão significa o quociente ou a divisão entre dois números 𝑥 e 𝑦, com y ≠ 0. Indica-se: ou
𝑦
𝑥 ∶ 𝑦 e lê-se: 𝑥 para 𝑦. O numerador (𝑥) é denominado antecedente e o denominador (𝑦) é
denominado consequente.

Exemplos:
2. Numa partida de futebol entre Angola e Nigéria, havia 80.000 espectadores, sendo 50.000 angolanos
e 30.000 nigerianos. Podemos dizer que a razão entre o número de nigerianos e o número de
30 000 3
angolanos é = , o que significa que para cada 3 nigerianos há 5 angolanos assistindo à esta
50 000 5
partida.

3. Em uma empresa de seguros de automóveis, 150 novos seguros são feitos por mês e 30 sinistros
são registrados no mesmo período. Deseja-se saber qual a razão de sinistros desta empresa com
relação ao número de seguros feitos no mesmo período.

Resolução: Para descobrirmos a razão de sinistros desta empresa com relação ao número de seguros
30 1
feitos no mesmo período, fazemos: = , o que significa que a empresa registra 1 sinistro para
150 5
cada 5 automóveis segurados no período estudado.

4. Numa determinada provincia do interior de Angola, foi realizada uma pesquisa sobre o número de
leitores que leem regularmente determinados jornais. A província tem cerca de 200.000 habitantes,
sendo que 2.000 pessoas leem o Jornal 𝑥, 8.000 leem o Jornal 𝑦 e 190.000 não leem
nenhum jornal. Pergunta-se:
c) Qual a razão entre o número de leitores do Jornal 𝑦 com relação ao do Jornal 𝑥?
d) Qual a razão de habitantes da cidade que têm o hábito de ler jornal?

Resolução:
a) Para se descobrir a razão entre o número de leitores do Jornal 𝑦 com relação ao do Jornal 𝑥,
8000
basta fazer o quociente entre os dois valores, ou seja: = 4. Isso significa que o jornal 𝑦 tem
2000
4 vezes mais leitores do que o Jornal 𝑥.

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10 000 1
b) A razão de habitantes da cidade que têm o hábito de ler jornal é dada por = , ou seja,
200 000 20
apenas 1 em cada 20 habitantes desta cidade tem o hábito de ler jornal.

 Proporção: Chama-se proporção à igualdade entre duas razões. Ou seja, quando duas razões têm como
resultado um mesmo decimal, dizemos que elas formam uma proporção. De um modo genérico,
𝑎 𝑐
representa-se uma proporção por uma das formas: = (b ≠ 0 e d ≠ 0).
𝑏 𝑑
Observação: Uma proporção representa uma equivalência entre duas fracções.

Os números que se escrevem numa proporção são denominados termos, os quais recebem nomes
especiais: o primeiro e o último termo a e d recebem o nome de extremos e os outros dois b e c recebem
o nome de meios.

Propriedade fundamental das proporções

Nota: Em toda proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos: 𝑎 × 𝑏 = 𝑐 × 𝑑.
6 9
Observe a proporção = e examine o que ocorre com os produtos dos termos do mesmo nome.
8 12

 Produto dos meios = 8 𝑥 9 = 72


 Produto dos extremos = 6 𝑥 12 = 72

Se numa proporção, três termos forem conhecidos e um desconhecido pode-se determina-lo aplicando
a propriedade fundamental das proporções (regra de três simples).

Exemplo:
𝑎 3 3 𝑥
a) Na proporção 2 = 6 , Determine o valor de b) Determinar o valor de x na proporção 5
=7
“a”. 3 𝑥
=7 3×7=5×𝑥
𝑎 3 5
= 𝑎×6=3×2 21
2 6 𝑥= 5
6
𝑎= 𝑥 = 4,2
6
𝑎=1

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Atividades Propostas

1) Na escolha de um profissional para ocupar o cargo de gerente de marketing de uma grande empresa, o
setor de Recursos Humanos contou com um processo seletivo composto de 3 fases. Na primeira fase
4
deste processo, sabe-se que a razão entre o número de homens e o número de mulheres era 6. Se o total
de inscritos era 2.400 pessoas, determine:
a) O número de mulheres que participaram da seleção;
3
b) A razão entre o número de aprovados e o número total de inscritos, sabendo que 12 dos homens
12
foram aprovados e 20 das mulheres não foram aprovadas.

2) Uma empresa quer dividir uma parte de seus lucros, mais precisamente 120.000,00 kz, com 3 gerentes.
O critério utilizado para fazer a divisão será proporcional ao tempo de serviço de cada um na empresa. O
gerente 𝑥 trabalha na empresa há 12 anos, o gerente 𝑦 trabalha há 5 anos e o gerente 𝑧 há 3 anos.
a) Quanto cada um deve receber?
3) Numa propaganda de supermercado, um anúncio dizia: “Leve 3 cremes dentais e pague 2”. Se
um freguês resolve levar 15 cremes dentais, por quantos ele, efetivamente, pagou?

4) Determine dois números positivos, x e y, sabendo que a razão entre eles é 5/4 e a diferença
dos seus quadrados é 81.

5) A razão das idades de duas pessoas é 2/3. Achar estas idades sabendo que sua soma é 35
anos.

6) Três pessoas (A, B e C) formaram uma sociedade. O sócio A investiu 600.000,00 kz, o B investiu
900.000,00 kz e o sócio C investiu 300.000,00 kz. No final de um ano, registraram um lucro
líquido de 3600.000,00 kz e querem reparti-lo de forma proporcional ao investimento inicial de cada um.
a) Quanto deve receber cada sócio?
b) O que este valor representa em relação ao investimento inicial de cada sócio?

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Tema 2: Funções
Subtema 2: Noção de correspondência.
Assunto: A proporcionalidade directa como função 𝑦 = 𝑘𝑥

A proporcionalidade directa como função 𝒚 = 𝒌𝒙


𝑦
Toda expressão analítica do tipo 𝑦 = 𝑘𝑥, onde 𝑘 = e 𝑘 ≠ 0 (𝑘 constante) chama-se função linear ou
𝑥
função de proporcionalidade directa e as variáveis ou grandezas 𝒙 e 𝒚 dizem-se directamente proporcionais.

Nota: Duas grandezas 𝒙 e 𝒚 são directamente proporcionais quando a razão (divisão) entre 𝒙 e 𝒚 sempre dá
𝑦
o mesmo resultado, ou seja, é constante = 𝑘. Este valor 𝑘 é denominado constante de proporção e indica
𝑥
o quanto 𝑦 (o numerador) é maior ou menor que 𝑥 (o denominador).

Em outras palavras, dizemos que duas grandezas são directamente proporcionais quando a medida em que
uma aumenta, a outra também aumenta na mesma proporção (se dobrar, a outra também dobra); quando
uma diminui, a outra também diminui na mesma proporção, e para analisar se as grandezas são proporcionais
ou não, é bastante comum a utilização da razão.
𝑥 𝑦
Obs.: Se é constante, então também é constante. Entretanto, se a razão for invertida a constante de
𝑦 𝑥
proporção também inverte.

Exemplo:

1. Observa as tabelas que se seguem:

x 2 4 6
y 1 2 3

a) Determina a constante de proporcionalidade e analise se apresenta uma situação de proporcionalidade


𝑦 1 2 3
direita. Se: 𝑘 = , temos: = 0,5; = 0,5; = 0,5. Logo, 𝒌 = 𝟎, 𝟓
𝑥 2 4 6
Como 𝑘 é uma constante e, a medida que uma variável vai aumentando, a outra aumenta na mesma
proporção, podemos afirmar que essas variáveis são directamente proporcionais.

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Exercícios propostos

1. Resolve as seguintes proporções:


𝑥 21 10 50 1 𝑥−6 5𝑥+3 −21 5 30 0,9 −18
a) = b) = c) = d) = e) = f) =
5 35 7 𝑎 7 49 10 30 𝑥+4 54 𝑥 27

2. Dada a função 𝑦 = 3𝑥:


a) Completa a tabela:
x -2 -1 0 1 2
y
b) A expressão traduz uma relação de proporcionalidade directa? Justifica.
c) Em caso afirmativo, indica a constante de proporcionalidade e representa graficamente.

3. Observa as tabelas que se seguem:


x 2 4 6 x 1 2 3
y 1 2 3 y 10 16 27

a) Indica as tabelas que representam situações de proporcionalidade directa e indica as respectivas


constantes de proporcionalidade.
b) Para as situações identificadas na alínea anterior, representa as funções de proporcionalidade
directa graficamente e através de uma expressão analítica.
Dica: Basta determinar em cada caso a constante de proporcionalidade e substituir na expressão
y = kx, para encontrar a expressão analítica.

4. Observe as tabelas:

Medida do lado de um quadrado (em cm) 1 2 5 8 ?


Perímetro do quadrado (em cm) 1 4 25 ? 100

Medida do lado de um quadrado (em cm) 1 2 5 8 ?


Perímetro do quadrado (em cm) 4 8 20 ? 40

a) Completa a tabela
b) Averigua se alguma das tabelas traduz uma situação de proporcionalidade directa e, em caso
afirmativo, indica a constante de proporcionalidade e o que representa.
c) Representa a função graficamente.

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Tema 2: Funções
Subtema 2: Noção de correspondência.
Assunto: Gráfico de função 𝑥 →𝑘𝑥
− Gráfico de função 𝑥 →𝑘𝑥 + 𝑏

Nota: Para construir um gráfico de proporcionalidade directa precisamos de duas grandezas directamente
proporcionais. Assim, podemos construir uma tabela com os respectivos valores das duas grandezas
seguindo os seguintes passos:
 Traçam-se dois eixos perpendiculares com a mesma origem;
 Graduam-se os eixos, neste caso, registam-se no eixo horizontal a primeira grandeza da tabela e
no eixo vertical, a segunda grandeza;
 Cada ponto obtém-se pela intersecção de uma recta vertical e uma horizontal.

Obs: Uma função de proporcionalidade directa 𝒚 = 𝒌𝒙 é representada graficamente por uma recta que passa
pela origem.

Ex1.: 1. Traça o gráfico da função representada na tabela abaixo.

Tempo (minutos) 𝑥 2 4 6 8 10
Distância (km) 𝑦 3 6 9 12 15

a) Determina a constante de proporcionalidade.


b) Escreve a expressão algébrica da função.

Solução:
y 3
a) k = = = 1,5
x 2
y 6
k = = = 1,5
x 4
y 9
k = = = 1,5
x 6

b) y = kx → y = 1,5x

Ex2.: 1. Traça o gráfico da função representada na tabela abaixo.


a) Escreve a expressão algébrica da função.

Tempo (minutos) 𝑥 1 2 3 4 5
Distância (km) 𝑦 2 3 4 5 6

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a) Pelos procedimentos anteriores, podemos


escrever a expressão algébrica da função
dada, buscando a sua lei de formação:
𝑦 =𝑥+1

Obs: Repare que nessa função a constante 𝑘 não se obtém pela divisão das duas grandezas, logo não é uma
função de proporcionalidade direita. Outro facto é que, nessa função o gráfico não passa pela origem.

Assim, a função do tipo 𝑦 = 𝑘𝑥 + 𝑏, não é uma função de proporcionalidade direita, o seu gráfico é uma
recta que não passa pela origem.

Exercícios de aplicação

1. Das expressões dadas, indica as que representam uma proporcionalidade directa e representa-as
graficamente:
a) 𝑥. 𝑦 = 4 d) 𝑦 =
2
𝑥+1
b) 𝑦 + 3𝑥 = 0 e) 𝑦 − 2𝑥 =0
𝑥
c) 𝑦 = f) 𝑦 = 4𝑥
2

2. Na bilheteria de um estádio de futebol está afixada a seguinte tabela de preços:

Número de bilhete 𝑥 1 2 3 4 5
Preço (Kuanza ) 𝑦 80 160 240 320 400

a) Justifica que a tabela representada uma função, indicando o domínio e o contradomínio.


b) O preço é directamente proporcional ao número de bilhetes? Justifique a tua resposta.
c) Qual é a constante de proporcionalidade directa? O que representa?
d) Quantos bilhetes se podem comprar com 640 kuanzas?
e) Qual é a variável independente? E a variável dependente?
f) Representa os dados da tabela num plano cartesiano.

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4. Num dos hotéis da cidade de Moçâmedes, existem duas modalidades para aceder à internet. No
momento da ligação, os utilizadores podem optar entre os acessos Net1 e Net2. Observe atentamente o
gráfico antes de responder às perguntas:

a) Quanto custa uma ligação de 4 horas com acesso a Net1 ?


b) O Pedro utilizou o acesso a Net2 e pagou 50 kuanzas. Durante quanto tempo esteve a navegar na
internet?
c) Qual é o acesso mais económico? Justifica a tua resposta.
d) Em qual dos acessos o preço é directamente proporcional ao tempo? Justifica a tua resposta.

5. Observa os gráficos seguintes:

a) Indica o gráfico que representa uma função de proporcionalidade direita e explica porquê.
b) Constrói a tabela correspondente à função de proporcionalidade direita.
c) Indica a sua expressão algébrica.

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Tema 3: Geometria
Objectivos Gerais:

 Conhecer a semelhança de Polígonos


 Compreender os critérios da semelhança de triângulo
 Aplicar a perpendicularidade de recta e plano
 Compreender a decomposição de figuras
 Compreender o grupo do Teorema de Pitágoras
 Conhecer os lugares geométricos.

PLANO TEMÁTICO DETALHADO - SEMELHANÇAS DE POLÍGONOS E PERPENDICULARIDADE

Unidade temática Sub - unidade temática Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
Os alunos devem ser capazes de: O aluno: horária
 GEOMETRIA  SEMELHANÇAS DE  Distinguir a ampliação e redução  Ampliação e redução de  Resolve problemas
POLÍGONOS de figuras. figuras práticos da vida que
 Identificar a razão de  Razão de semelhança envolvem polígonos
semelhança.  Noção de Polígono e perpendicularidade
 Definir polígonos semelhantes. semelhante apresentando o seu 10
 Distinguir os critérios de  Semelhança de triângulos raciocínio de forma Aulas
semelhanças de triângulos  Critérios de semelhanças lógica em diferentes
 Comparar a razão entre  Razão entre Perímetros de situações de
perímetros de triângulos triângulos semelhantes comunicação.
semelhantes.
 PERPENDICULARIDADE  Relacionar a perpendicularidade  Perpendicularidade entre
entre a recta e plano. recta e plano.
6 Aulas
 Aprofundar a perpendicularidade  Perpendicularidade de dois
de dois plano. planos

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GEOMETRIA

Sugestões metodológicas

Nas primeiras actividades de composição a apresentar, poderá recordar exemplos que se podem recortar. Pode
decompor-se um triângulo noutros triângulos. Construir um paralelogramo equivalente a um triângulo, um
trapézio e relacionar as fórmulas das áreas.
O Teorema de Pitágoras pode verificar-se partindo da decomposição do quadrado. É oportuno neste momento
o uso de termos como: hipótese, tese, teorema e demostração.
A perpendicularidade entre rectas e planos e entre planos pode introduzir-se a partir do exemplo de uma sala,
uma mesa com pernas prismáticas, etc.
Os critérios de semelhança de triângulos também serão dados de forma intuitiva, com base na construção. Da
semelhança de triângulos podem tirar conclusões sobre o paralelismo.
As propriedades das translações serão verificadas experimentalmente e usadas para relacionar figuras entre si.
O conceito de vector surgirá naturalmente quando se pretende uma translação de uma figura sem apoio de
uma quadrícula.
Obs.: O Teorema de Pitágoras mantém-se na 8ª Classe, pois irá só ser trabalhado sobre a raiz de quadrados
perfeitos.

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Tema 3: Geometria
Subtema 3.1: Semelhanças de Polígonos
Assunto: Ampliação e redução de figuras (Razão de semelhança).

Semelhanças de Polígonos

Nota: Duas figuras são semelhantes quando têm a mesma forma, ou seja, quando uma delas resulta de uma
ampliação ou redução da outra. Isso acontece quando existe um número positivo r > 0 e uma correspondência
biunívoca entre elas, tais que quando um par de pontos na primeira figura corresponde a um par de pontos na
segunda figura, então a distância entre o par de pontos na segunda figura e a distância entre o par de pontos
na primeira figura é igual a 𝒓 (razão de semelhança).

A razão de semelhança 𝒓, é igual ao quociente entre o comprimento do segmento transformado e o


comprimento do segmento original correspondente.

Observação:
 Numa redução, a razão de semelhança é menor que 1 (𝑘 < 1).

Os retângulos A e B da figura, mostra que o retângulo B é uma redução do retângulo A.


 Os lados do retângulo B têm ambos metade do comprimento dos lados do retângulo A.
 Para calcular a razão de semelhança na redução, teremos que dividir o comprimento do lado do
retângulo menor pelo correspondente do maior:
2 4
= 0,5 𝑜𝑢 = 0,5 → O número 0,5 é a razão de semelhança na redução: 𝑘 = 0,5
4 12

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 Numa ampliação a razão de semelhança é maior do que 1 (𝑘 > 1)

Os dois quadrados representados acima são semelhantes. O quadrado B é uma ampliação do quadrado A.
 A medida dos lados do quadrado B é o dobro da medida dos lados do quadrado A.
 Se dividirmos o comprimento do lado do quadrado B pelo comprimento do lado do quadrado A
4
teremos: = 2 → O número 2 é a razão de semelhança na ampliação.
2

 Entre duas figuras geometricamente iguais a razão de semelhança é igual a 1 (𝑘 = 1).

Nota: Para determinar a razão de semelhança entre duas figuras semelhantes, temos que:
 Identificar qual das figuras é a original e qual a ser transformada;
 Conhecer o comprimento dos seus lados correspondentes.

Actividades
 Dois rectângulos são semelhantes. O primeiro deles mede 10 centímetros de largura
por 8 centímetros de comprimento. O segundo rectângulo mede 20 centímetros de
largura por 16 centímetros de comprimento. Qual é a razão de semelhança das figuras?

Resolução:
20
𝑟= =2
10

16
𝑟= = 2. A razão de semelhança é 2
8

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Actividades Propostas
1. Dado retângulo ABCD abaixo, verifique quais retângulos seguintes são semelhantes a ele e se for, determine
a razão de semelhança.

2. Carla desenhou dois retângulos semelhantes:

a) Podemos afirmar que o retângulo ABCD é a ampliação do retângulo EFGH? Justifique a sua resposta.
b) O retângulo EFGH é uma redução do retângulo ABCD? Justifique.
c) Determine a razão de semelhança

PROF. OLÍVIO MENDONÇA 109


CADERNO de APOIO ao PROFESSOR – 8ª Classe
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Subtema 3.1: Semelhanças de Polígonos
Assunto: Polígonos semelhantes

Polígonos semelhantes
Nota: Os polígonos são figuras planas e fechadas constituídas por segmentos de reta, chamados de lados. Em
um polígono podemos identificar os seguintes elementos: vértices, lados, ângulos internos, ângulos externos,
diagonais. O triângulo é o único dos polígonos que não possui diagonal.

 Vértices – constituem o ponto de enccontro de dois segmentos laterais;


 Os lados – são as linhas poligonais que se encontram dois a dois em cada vértice;
 Os ângulos Internos e Externos – são formados pelo encontro de dois lados consecutivos.
 As diagonas – são segmentos de reta que unem dois vértices não consecutivos.

Figura 1 – Elementos de um polígonos

De acordo com a aquantidade de lados que formam os polígonos, estas figuras possuem nomes e formatos
diferentes. Uma característica importante para reconhecer um polígono é saber que seus segmentos de reta
nunca se cruzam.

Nota: Dizemos que dois polígonos são semelhantes quando apresentam o mesmo número de lados, possuem
ângulos internos correspondentes e, além disso, têm lados correspondentes proporcionais, ou seja, as razões
entre os lados correspondentes de dois polígonos precisam ser iguais para que eles sejam semelhantes.

Figura 2 – Polígonos semelhantes – Ângulos iguais e lados proporcionais

PROF. OLÍVIO MENDONÇA 110


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Na figura 2, os ângulos correspondentes dessas figuras são todos congruentes e a razão entre os lados
correspondentes do maior para o menor é sempre 2.

Propriedades
A semelhança entre dois polígonos não é válida apenas para seus lados e ângulos. Ela também pode envolver
seu perímetro. È isso que garante a propriedade a seguir:
1. Dados dois polígonos semelhantes, a razão entre seus perímetros é igual à razão entre as medidas de dois
lados semelhantes quaisquer.
Desta forma, as medidas dos perímetros de dois polígonos semelhantes são proporcionais aos lados desse
polígono.
Exemplo: Se temos um quadrado de lado 2 e outro quadrado de lado 3, sabemos que a razão de semelhança
3
é igual a 𝑘 = = 1,5. O perímetro destes quadrados vale:
2

𝑝1 = 4. 𝑎
𝑝1 = 4.2 = 8
𝑝2 = 4. 𝑎
𝑝2 = 4.3 = 12
𝑝2 𝐺𝐻 12 3
= → = = 1,5
𝑝1 𝐶𝐷 8 2

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Actividades Propostas:
1) Dado o retângulo ABCD abaixo, verifique quais dos retângulos seguintes são semelhantes a ele:

c)

2) Determina o valor da medida 𝑥, sabendo que os polígonos a seguir são semelhantes.


a) b)

c) Em cada caso, calcule o perímetro dos polígonos semelhantes.

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1
3) A razão dos perímetros de dois polígonos semelhantes é . Dado que o perímetro do maior é de
2
201 𝑐𝑚 e o perímetro do menor é de (4𝑥 + 21)𝑐𝑚, qual é o valor de 𝑥?

4) Tendo em conta os retângulos das seguintes figuras:

a) Indica o motivo pelo qual os retângulos A e C não são semelhantes


b) Admitindo que os retângulos A e B são semelhantes, qual é o perímetro do retângulo B?

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Tema 3: Geometria
Subtema 3.1: Semelhanças de Polígonos
Assunto: Semelhança de triângulos.
Critérios de semelhanças.

Semelhança de triângulos

Nota: A semelhança de triângulos consiste, de modo geral, na proporção entre dois ou mais triângulos, ou
seja, são proporcionais se, e somente se, todos os seus lados e ângulos internos forem proporcionais ao outro
triângulo.

A fim de facilitar o processo, ou seja, não é necessário verificar as seis condições para determinar a semelhança
entre triângulos, precisamos apenas estudar os casos de semelhança nos quais é necessário verificar somente
três desses elementos:

 Caso: ângulo - ângulo (AA)


Dois triângulos são semelhantes se dois ângulos de um triângulo são iguais a dois ângulos do outro
triângulo.

̂ ̂
{𝐴 ≡ 𝐴´ ↔ 𝐴𝐶𝐵~𝐴´𝐶´𝐵´
𝐶̂ ≡ 𝐶̂ ´

 Caso: lado - ângulo – lado (LAL)


Dois triângulos são semelhantes se dois lados são proporcionais e os ângulos entre esses lados são
congruentes, isto é, iguais.

𝐴𝐵 𝐴𝐶
=
{𝐴´𝐵´ 𝐴´𝐶´ ↔ 𝐴𝐶𝐵~𝐴´𝐶´𝐵´
𝐴̂ ≡ 𝐴̂´

A condição para que esses dois triângulos sejam semelhantes é que a razão entre 𝐴𝐵 e 𝐴´𝐵´seja igual à
razão entre os lados 𝐴𝐶 e 𝐴´𝐶´, ou seja, que os lados sejam proporcionais. Além disso, o ângulo
̂
compreendido entre esses lados deve ser igual: 𝐴̂ = 𝐴´

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 Caso: lado - lado – lado (LLL)


Dois triângulos são semelhantes se os três lados do primeiro triângulo são ordenadamente proporcionais
aos lados do segundo triângulo.

Neste caso, para que os triângulos sejam semelhantes, os lados correspondentes devem ser iguais.
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐴𝐶
= = ↔ 𝐴𝐶𝐵~𝐴´𝐶´𝐵´
𝐴´𝐵´ 𝐵´𝐶´ 𝐴´𝐶´

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Exercícios Propostos:

2
1. A razão de semelhança entre os triângulos 𝑀𝑁𝑃 e 𝑅𝑆𝑇 abaixo é de .
3
a) Determina a medida de 𝑅𝑆.

5. Calcule a razão de semelhança entre o triângulo 𝐴𝐵𝐶 e o triângulo 𝑀𝑁𝑃; depois, determine a
medida do lado 𝑁𝑃.

6. Na imagem a seguir, é possível perceber dois triângulos que partilham partes de dois lados. Sabendo
que os segmentos 𝐵𝐴 e 𝐷𝐸 são parelelos, qual a medida de 𝑥?

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Tema 3: Geometria
Subtema 3.1: Semelhanças de Polígonos
Assunto: Razão entre Perímetros de triângulos semelhantes.

Razão entre Perímetros de triângulos semelhantes


Nota: A semelhança pode ser utilizada para calcular perímetro de um triângulo:

Os triângulos acima são semelhantes pois seus ângulos possuem as mesmas medidas. O perímetro de 𝑃1 de
𝐴𝐵𝐶 pode ser calculado:
𝑃1 = 11 + 7 + 10
𝑃1 = 28
Por outro lado, o perímetro 𝑃2 de 𝐷𝐸𝐹 não pode ser calculado directamente. Entretanto, ele segue a proporção
linear encontrada nas razões entre os lados. Portanto, podemos escrever e resolver a seguinte equação:
7 28
=
5 𝑃2
7𝑃2 = 28 × 5
140
𝑃2 =
7
𝑃2 = 20
Desta maneira, mesmo sem saber as medidas dos lados 𝐷𝐹 e 𝐸𝐹 é possível calcular o perímetro de 𝐷𝐸𝐹.
Exemplo:
Considere os triângulos a seguir. Sabendo que eles são semelhantes, determine os valores de 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐. O
perímetro do triângulo maior é igual a 84𝑐𝑚.

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Resolução: Por hipótese, os triângulos são semelhantes. Podemos dizer ainda que a semelhança é pelo caso
LLL, ou seja, 𝐴𝐶𝐵~𝐴´𝐶´𝐵´, portanto:

𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐴𝐶
= =
𝐴´𝐵´ 𝐵´𝐶´ 𝐴´𝐶´
𝑎 𝑏 𝑐
= = =𝑘
7 9 5 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 84
𝑎
= 𝑘 → 𝑎 = 7𝑘 7𝑘 + 9𝑘 + 5𝑘 = 84
7
𝑏
21𝑘 = 84
= 𝑘 → 𝑏 = 9𝑘 𝑘=4
9
𝑐
= 𝑘 → 𝑐 = 5𝑘
5

Exercício Proposto

1. Na figura, os triângulo 𝐴𝐵𝐶 e 𝑀𝑁𝑃 são semelhantes.


a) Determine o perímetro de 𝑀𝑁𝑃 em centímetros.

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Tema 3: Geometria
Subtema 3.2: Perpendicularidade
Assunto: Perpendicularidade entre recta e plano
Perpendicularidade de dois planos

Nota: Dentre as posições relativas entre planos e rectas, destaca-se a perpendicularidade que assume
algumas características que a difere das outras posições. Assim temos:
 Perpendicularidade entre rectas
Duas rectas distintas pertencentes ao mesmo plano ou não serão perpendiculares se formarem um
ângulo recto no seu ponto de encontro.

 Perpendicularidade entre plano e recta


Um plano 𝛼 será perpendicular a uma recta 𝑡 se todas as rectas pertencentes a esse plano 𝛼 e
concorrentes (um único ponto em comum) a essa recta 𝑡 forem perpendiculares à recta 𝑡.

 Perpendicularidade entre planos


Dois planos serão perpendiculares se um deles contiver uma recta que seja perpendicular ao outro
plano.

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Exercícios Propostos

1. Considera o prisma triangular ao lado e indica: S L


a) Dois planos perpendiculares;
O
b) Duas rectas perpendiculares ao plano CEU.

C U

2. Observa a figura ao lado. E H

a) Justifica que a recta 𝐸 𝐴 é perpendicular ao plano 𝐴𝐵𝐶. F G


b) Indica duas rectas perpendiculares ao plano 𝐸𝐹𝐺.
c) Indica dois planos perpendiculares.

A D

B C

7. Repara nos planos 𝛼 e 𝛽.


a) Em quantas partes dividem o espaço?
b) Como se denominam essas regiões?

8. Comenta as frases.
A: Uma recta perpendicular a um plano se for perpendicular a uma recta do plano que passa pelo
seu pé.
B: Para que uma recta seja perpendicular a um plano basta que seja perpendicular a duas rectas
concorrentes desse plano que passa pelo seu pé.

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Tema 3: Geometria
Objectivos Gerais:

 Conhecer a semelhança de Polígonos  Compreender a decomposição de figuras


 Compreender os critérios da semelhança de triângulo  Compreender o grupo do Teorema de Pitágoras
 Aplicar a perpendicularidade de recta e plano  Conhecer os lugares geométricos.

PLANO TEMÁTICO DETALHADO - DECOMPOSIÇÃO DE FIGURAS E GRUPO DO TEOREMA DE PITÁGORAS.

Unidade temática Sub - unidade temática Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
Os alunos devem ser capazes de: O aluno: horária
 GEOMETRIA  DECOMPOSIÇÃO DE  Decompor polígono em triângulos e  Decomposição de um  Resolve problemas
FIGURAS quadriláteros. polígono em triângulos e práticos da vida que
 Decompor um triângulo por uma quadriláteros. envolvem teorema de
mediana.  Decomposição de um Pitágoras
 Decompor um triângulo rectângulo pela triângulo por uma mediana apresentando o seu 10
altura relativa à hipotenusa.  Decomposição de um raciocínio de forma Aulas
 Aplicar a equivalência de Polígono. Área triângulo rectângulo pela lógica em diferentes
do trapézio. altura relativa à hipotenusa situações de
 Equivalência de Polígono. comunicação.
Área do trapézio.
 GRUPO DO TEOREMA  Demonstrar o teorema das alturas.  Teorema das alturas
DE PITÁGORAS.  Demonstrar o teorema dos catetos. (Demonstração);
 Demonstrar o teorema das hipotenusas.  Teorema dos catetos
6 Aulas
(demonstração);
 Teorema da hipotenusa
(demonstração).

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Tema 3: Geometria
Subtema 3.3: Decomposição de figuras
Assunto: Decomposição de um polígono em triângulos e quadriláteros.

Decomposição de um polígono em triângulos e quadriláteros

Nota: Dado um polígono qualquer, seja ele regular ou irregular, é fácil observar que o podemos decompor em
triângulo e em quadrilátero. Também é fácil observar que essa decomposição não tem de ser única, é necessário
encontrar uma decomposição que torne mais simples os cálculos.

Normalmente relacionado com este assunto é habitual colocar-se o problema de calcular a área de uma figura
da qual não possuímos nenhuma fórmula directa de o fazer. Então recorremos a decomposição de figuras com
o objectivo de decompor a figura em triângulo e quadrilátero dos quais conhecemos as respectivas áreas. A
soma destas áreas será igual à área total da figura inicial.
Ex.: 1. O Sr. Carlos proprietário de vários lotes de terreno para moradias, precisa de saber a área de um dos
lotes para poder vender. O lote tem a forma da figura do exemplo acima.
a) Como ajudaríamos o Sr. Carlos a determinar a área deste terreno com essa forma de um polígono
irregular?
 Devemos decompor a figura em triângulo e quadrilátero, para facilitar os cálculos e calcular a
área de cada figura. A área total será a soma de todas as áreas das figuras:

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Exercícios Propostos

1. Decompõe as figuras e determina as suas áreas:


a)

2. Calcule a medida da área do pentágono na figura a seguir, considerando as medidas que formam
colocadas nela.

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Tema 3: Geometria
Subtema 3.3: Decomposição de figuras
Assunto: Decomposição de um triângulo por uma mediana.

Decomposição de um triângulo por uma mediana

Nota: Mediana de um triângulo é o segmento de recta que se obtém unindo um vértice de um triângulo ao ponto
médio do lado oposto a esse vértice.
 Se num triângulo qualquer traçamos uma mediana, obtemos dois triângulos que são equivalentes, ou
seja, que têm a mesma área.
 Num triângulo qualquer podemos encontrar três medianas. O ponto de intersecção dessas medianas é
chamado de Baricentro (centro de gravidade) do triângulo.

Not𝐚𝟏 : Dois (2) triângulos que se obtêm pela decomposição de um triângulo por uma mediana, são
geometricamente iguais quando, o triângulo a decompor seja isósceles. Neste caso temos que a altura do
triângulo coincide com a mediana e o ponto médio está no lado que tem comprimento diferente dos outros dois,
que são iguais.

Not𝐚𝟐 : Seis (6) triângulos que se obtêm pela decomposição de um triângulo pelas suas três medianas, são
geometricamente iguais quando, o triângulo a decompor seja mesmo equilátero. Os seis (6) triângulos obtidos
serão rectangulares.

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Exercícios Propostos:

4 cm

A C
M
20 cm

1. Observa o triângulo acima [𝐴𝐶𝐵 ] tal que [𝐵𝑀] é uma das suas medianas.
a) Justifica que ̅̅̅̅̅ 𝑀𝐶 .
𝐴𝑀 = ̅̅̅̅̅
b) Determina a área dos triângulos [𝐴𝑀𝐵] e [𝐵𝑀𝐶 ] obtidos após divisão pela mediana [𝐵𝑀] do
triângulo [𝐴𝐶𝐵].
c) Os triângulos [𝐴𝑀𝐵] e [𝐵𝑀𝐶 ] são equivalentes? Fundamenta a tua resposta.

2. Da figura ao lado, sabe-se que: C

 M é o ponto médio de [𝐴𝐵 ];


 N é o ponto médio de [𝐵𝐶 ];
 A área de [𝐴𝐵𝐶 ] é 60 𝑐𝑚2 N

a) Calcula a área do triângulo [𝐶𝑀𝑁]. A M B

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Tema 3: Geometria
Subtema 3.3: Decomposição de figuras
Assunto: Decomposição de um triângulo rectângulo pela altura relativa à hipotenusa.

Decomposição de um triângulo rectângulo pela altura relativa à hipotenusa

Nota: Num triângulo rectângulo, ao maior lado opõe-se o maior ângulo e ao menor lado opõe-se o menor ângulo.
Assim, num triângulo rectângulo hã sempre um lado maior que os outros dois. A esse lado, o que se opõe ao
ângulo recto, chama-se hipotenusa e aos outros dois chama-se catetos.

Hipotenusa
Cateto

Cateto

Nota: Num triângulo rectângulo, a altura relativa à hipotenusa divide-o em dois triângulos rectângulos
semelhantes entre si e semelhantes ao triângulo inicial.

Considera o triângulo [𝐴𝐵𝐶 ] rectângulo em A.


A

B C

a) A altura [𝐴𝑃] referente à hipotenusa [𝐵𝐶 ], decompõe o triângulo [𝐴𝐵𝐶 ] em dois triângulos.

Resolução:
A A A

B P C B P P C

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Comparando, por exemplo, os triângulo [𝐴𝐵𝑃] e [𝐴𝐵𝐶 ], verificamos que:

 O ângulo 𝐵 é comum aos dois triângulos;


 𝐴𝑃̂𝐵 = 𝐵𝐴̂𝐶, porque são ambos ângulos rectos;
 𝐵𝐴̂𝑃 = 𝐴𝐶̂ 𝐵.

Por esta razão, o triângulo [𝐴𝐵𝐶 ] ~[𝐴𝐵𝑃] (o símbolo ~ lê-se semelhante a).
Da mesma forma se pode concluir que [𝐴𝐵𝐶 ] ~[𝐴𝑃𝐶 ], logo os três triângulos são semelhantes entre si.

A A

c h h b

B P P C
´ ´
𝑐 𝑐

A semelhança entre estes triângulos vai permitir-nos estabelecer relações entre as medidas dos lados.
Assim temos as seguintes relações:
As Razão entre as hipotenusas é igual as razões entre os catetos menores e por sua vez igual as razões entre os
̅̅̅̅
𝐴𝐵 ̅̅̅̅
𝐵𝑃 ̅̅̅̅
𝐴𝑃
catetos maiores, ou seja: ̅̅̅̅ = ̅̅̅̅ = ̅̅̅̅
𝐴𝐶 𝐴𝑃 𝑃𝐶

Exercícios propostos
1. Considera os triângulos rectângulos seguintes:
A B c C
c
a a b a c

b
b

a) Para cada um dos triângulos, identifica os catetos e a hipotenusa.


b) Identifica as respectivas alturas.

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Tema 3: Geometria
Subtema 3.3: Decomposição de figuras

Assunto: Equivalência de Polígono. Área do trapézio.


A palavra equivalência deriva de: equi = igual + valência = valor. Em geometria, equivalência significa àrea
igual, ou seja, figuras equivalentes são aquelas que possuem a mesma área.

Obs: Podemos concluir que essas figuras são equivalentes, pois apresentam a mesma área.

Área do trapézio
O trapézio é um quadrilátero que possui dois lados e duas bases paralelas, sendo que uma é maior e outra
menor. É considerado um quadrilátero notável, de forma que a soma de seus ângulos internos corresponde a
𝐵+𝑏
360°. Para calcular a área do trapézio utilizamos a seguinte fórmula: 𝐴 = ×ℎ
2

Onde:
 A: área da figura
 B: base maior
 B: base menor
 h: altura

Exercícios Propostos
1. Calcule a área do trapézio de altura 5cm e bases de 8cm e 3cm.
2. Determine a medida da base menor de um trapézio de 100𝑐𝑚2 de área, 10cm de altura e base maior de
15cm.
3. Qual a altura de um trapézio com área de 50𝑐𝑚2 , base maior de 6cm e menor de 4cm?

PROF. OLÍVIO MENDONÇA 128


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Tema 3: Geometria
Subtema 3.4: Grupo do Teorema de Pitágoras.
Assunto: Teorema de Pitágoras (Demonstração).

Teorema de Pitágoras

O Teorema de Pitágoras está relacionado com o comprimento dos lados do triângulo rectângulo.
O enunciado desse teorema é: “Em todo triângulo rectângulo, a soma dos quadrados de seus catetos corresponde
ao quadrado de sua hipotenusa”. Conforme o enunciado temos: 𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐 2 .
Sendo que:
 𝐚: hipotenusa
 𝐛: cateto
 𝐜: cateto

 A hipotenusa é o lado maior de um triângulo rectângulo e o lado oposto ao ângulo recto. Os outros dois
lados são os catetos. O ângulo formado por esses dois lados tem medida igual a 90° (ângulo recta).
 De acordo com o ângulo de referência, o cateto poderá ser chamado de cateto adjacente (quando está junto
ao ângulo) ou cateto oposto (contrário a este ângulo).

Demostração:
Há várias maneiras de demostrar esse teorema, aqui vamos ilustrar apenas um.
Observa a figura:

Repare que cada lado do triangulo, forma um


quadrado. A àrea dos quadrados 𝒂 e 𝒃 será sempre
igual a àrea do seu lado maior 𝒄. Os lados 𝒂 e 𝒃
são chamados de catetos e o lado 𝒄, hipotenusa:
𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏2 .

PROF. OLÍVIO MENDONÇA 129


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Exercícios propostos
1. De um triângulo rectângulo sabe-se que um dos seus catetos mede 3 cm e o outro 4 cm.
a) Calcula o comprimento da hipotenusa.
b) O lado de um quadrado mede 16 cm. Qual é o comprimento da sua diagonal?

2. Determina a altura de um triângulo equilátero com 4 cm de lado.


3. O senhor Alcino precisa de uma escada para tirar o gato da vizinha do último piso de um prédio. O prédio tem
15 m de altura e a escada deve estar encostada, pelo menos, a 8 m de distância do prédio. Qual é o comprimento
que a escada deve ter?

PROF. OLÍVIO MENDONÇA 130


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Tema 3: Geometria
Subtema 3.5: Lugares Geométricos: circunferências, circulo, superfície esfera.

Mediatriz de um segmento de recta

Nota: Um lugar geométrico é um conjunto de pontos do plano ou do espaço que têm uma ou mais propriedades
em comum.
 Mediatriz de um segmento de recta [𝑨𝑩] é o lugar geométrico dos pontos que estão a mesma distância de
A e de B.
Isso significa que qualquer ponto escolhido da mediatriz irá estar a mesma distância das extremidades do
segmento de recta que a motivou.

O segmento de recta 𝐴𝐵 tem ponto médio 𝑀, uma vez que a distância desse ponto às extremindades 𝐴 e 𝐵 é
a mesma 𝐴𝑀 = 𝐵𝑀. Além disso, decorre que a mediatiz 𝑚 é perpendicular a ̅̅̅̅ 𝐴𝐵 em 𝑀.
Qualquer ponto de 𝑚 sempre será equidistante das extremidades 𝐴 e 𝐵.

Construção da mediatriz de um segmento


1º Passo: Traçar um segmento de recta 𝐴𝐵

2º passo: Colocar a ponta seca do compasso em 𝐴


ou em 𝐵, em seguida construir um arco com raio
superior a metade do comprimento de ̅̅̅̅
𝐴𝐵 .

PROF. OLÍVIO MENDONÇA 131


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3º Passo: Com a mesma abertura do compasso, 4º Passo: Delinear uma recta que passa pelas
colocar a ponta seca em outra extremidade e traça intersecções dos arcos. Esta recta é a mediatriz.
o segundo arco.

Exercícios propostos

1. Classifica as seguintes afirmações de verdadeiras ou falsas e corrige as falsas.


a) Toda recta que passa pelo ponto médio de um segmento de recta [𝐴𝐵] diz-se mediatriz de [𝐴𝐵].
b) A mediatriz de um segmento de recta [𝐴𝐵] é perpendicular a [𝐴𝐵] e passa pelo seu ponto médio.
c) A mediatriz de um segmento de recta [𝐴𝐵] é o conjunto de pontos do plano que estão
equidistantes de A e de B.
2. Construa as mediatrizes dos segmentos dados:

3. Aproveite a figura e construa o que se pede:

a) Traça a mediatriz da hipotenusa.


b) Uma recta perpendicular a 𝐵𝐶, passando por 𝑃.

PROF. OLÍVIO MENDONÇA 132


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Tema 3: Geometria
Subtema 3.5: Lugares Geométricos: circunferências, circulo, superfície esfera
Assunto: Circunferência e Círculo
Esfera.

Circunferência e círculo

A circunferência é um conjunto de pontos pertencentes ao plano que, dado um ponto fixo C, possuem a
mesma distância até o ponto C. Em outras palavras, dada a distância “r” e o ponto fixo C, qualquer ponto A
que possui a distância de A até C igual a r é um ponto pertencente a circunferência.

Nota: Circunferência é o lugar geométrico dos pontos do plano que estão à mesma distância (raio) de um
ponto fixo (centro). A circunferência pode ser considerada como uma linha curva fechada, onde a distância
entre a extremidade e qualquer ponto da mesma possui medida igual.

Obs: O ponto C é o centro da circunferência, ele não pertence a circunferência, pois a circunferência é apenas
o círculo verde. O ponto A, por sua vez, pertence a circunferência.

Nota: Círculo é o conjunto de pontos resultantes da união entre uma circunferência e seus pontos internos.
Em outras palavras, o círculo é a área cuja fronteira é uma circunferência.
Desta maneira, a diferença fundamental entre círculo e circunferência é que o círculo é toda a área interna da
circunferência. Já a circunferência é apenas o contorno de um círculo.

Obs: A circunferência é o contorno azul e o círculo é a área azul.

PROF. OLÍVIO MENDONÇA 133


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Elementos da circunferência
Os elementos da circunferência são: raio, diâmetro, corda, arco da circunferência, entre outros.
 Raio: é a distância entre um ponto de uma
circunferência e seu centro.
Dizemos que um ponto é interior a uma
circunferência quando a sua distância até o
centro é menor que o raio; o ponto é externo
quando a distância entre o centro e ele é maior
que o raio; e por fim, dizemos que um ponto
pertence a uma circunferência quando sua
distância até o centro é igual ao raio.

 Cordas: Qualquer segmento que liga dois pontos pertencentes a uma circunferência é chamado de Corda.
Desta maneira, as cordas, em uns círculos, podem ser compreendidas como segmentos de recta que
ligam dois pontos distintos de sua borda.

 Diâmetro: Quando uma corda contém o centro


da circunferência, ela também é chamada de
diâmetro. Dessa maneira, o diâmetro é a maior
corda possível em uma circunferência e sua
medida é igual a duas vezes o raio.

 Arco: Considere os pontos A e B sobre uma


circunferência. As duas partes formadas que
vão de A até B são chamadas de arcos da
circunferência.

PROF. OLÍVIO MENDONÇA 134


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Actividades propostas:
III. A respeito da definição de circunferência, assinale a alternativa correta:
a) Uma circunferência é um conjunto de raios que possuem o mesmo comprimento.
b) Uma circunferência é um conjunto de pontos formados por raios.
c) Uma circunferência é um conjunto de pontos, cuja distância até um ponto fixo C é constante.
d) A definição certa para circunferência é: uma superfície redonda que não possui início nem fim.

IV. Tendo em vista os elementos de uma circunferência, que são outras figuras geométricas que fazem
parte de sua estrutura e de suas propriedades, assinale a alternativa certa:
a) O raio de uma circunferência é duas vezes seu diâmetro.
b) Uma corda é um segmento de recta que liga o centro de uma circunferência a qualquer um de
seus pontos.
c) O raio de uma circunferência é uma corda que liga dois pontos quaisquer pertencentes a ela.
d) O diâmetro de uma circunferência é uma de suas cordas.

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CADERNO de APOIO ao PROFESSOR – 8ª Classe
Guião Metodológico de Matemática
Tema 3: Geometria
Subtema 3.6: Translações
Assunto: Introdução do conceito de translação.
Translação de um ponto

Nota: Translação é o movimento que um objecto realiza de um ponto a outro. É o deslocamento paralelo,
em linha recta na mesma direcção e no mesmo sentido, de um objecto ou figura.
Exemplos de movimentos de translações:
 Uma criança a brincar um escorrega;
 Uma gaveta a deslizar sobre calhas;
 Um elevador a deslocar-se de um piso para o outro.
Uma translação é uma transformação geométrica em que todos os pontos da figura original sofrem o mesmo
deslocamento por um movimento horizontal e outro vertical.

Na figura acima, pode-se observar que um mesmo elemento se desloca numa determinada direcção e sempre
paralelo a si próprio, isto é, sem nunca rodar.
Como obter a imagem de uma figura por uma translação
1º Passo: A partir de cada um dos vértices do triângulo, com régua e esquadro, traçam-se paralelas com a
direcção do vector dado.

2º Passo: Abre-se o compasso com comprimento igual ao vector dado e marcam-se as imagens dos
vértices, respeitando o sentido indicado pelo vector.

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3º Passo: Traçam-se os lados do novo triângulo cujos vértices são as imagens obtidas. Obtendo-se a
translação da figura original.

Propriedades das translações


 Uma translação transforma um segmento de recta num outro segmento de recta paralela e
geometricamente igual.
 Uma translação transforma um ângulo noutro ângulo geometricamente igual (com a mesma amplitude).
 Uma translação transforma uma figura noutra figura geometricamente igual.
Exercícios ao critério do professor

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Guião Metodológico de Matemática

Tema 3: Geometria
Subtema 3.7: Vectores
Assunto: Noção de vector.
Composição de translações.
Adição de vectores.

Nota: Um vector fica caracterizado por uma direcção, um sentido e um comprimento.

O vector 𝑉
⃗ que tem a sua origem no ponto A e termina em B representa-se por ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 (lê-se vector AB), tem
direcção oblíqua, sentido de A para B e comprimento de 3 unidades.

 Vectores iguais: Se tiverem o mesmo módulo, direcção e sentido.

 Vectores opostos: Vectores que possuem o mesmo módulo e direcção, porém com sentidos
contrários.

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Nota: Para adicionar dois vectores 𝐴 e 𝐵


⃗ , começa-se por desenhar um deles, de modo que a sua extremidade
coincida com a origem do segundo. O vector que se obtém unido a origem do primeiro com a extremidade
do segundo é o vector soma.
Regra do paralelogramo
1. Junte as origens dos vectores;
2. Trace uma linha paralela a cada um dos vectores, formando um paralelogramo;
3. Adicione a diagonal do paralelogramo.

Regra do triângulo
1. Junte os vectores, um pela origem, outro pela extremidade (ponta);
2. Adicione o vector resultante.

Exercícios Propostos

1. Considera os vectores representados na figura:

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Calcula:
a) 𝐴 + 𝐵
⃗ b) 𝐶 + 𝐵
⃗ c) 𝐴 + 𝐸⃗ d) 𝐷
⃗ +𝐶

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CADERNO de APOIO ao PROFESSOR – 8ª Classe
Guião Metodológico de Matemática
Tema 4: Estatística
Objectivos Gerais:
 Compreender a importância da estatística no dia-a-dia
 Conhecer a recolha e a organização de dados em tabelas
 Conhecer os tipos de gráficos.

PLANO TEMÁTICO DETALHADO - ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DE DADOS E INTERPRETAÇÃO DE INFORMAÇÃO

Unidade temática Sub - unidade temática Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
Os alunos devem ser capazes de: O aluno: horária
 ESTATÍSTICA  ORGANIZAÇÃO E  Representar os dados num  Polígonos de frequência;  Interpreta e valoriza
REPRESENTAÇÃO polígono de frequência;  Pictograma. informações estatísticas da
8 Aulas
DE DADOS  Reconhecer o pictograma. vida representadas em
 Construir o Pictograma. gráficos ou tabelas, tirando
 INTERPRETAÇÃO DE  Interpretar as informações, em  Interpretação de conclusões para
INFORMAÇÃO tabelas, gráficos e pictograma informações, em tabelas, compreender diferentes
gráficos e pictograma. fenómenos da sociedade e
da natureza.
 Apresenta conclusões sobre
6 Aulas
diferentes fenómenos
naturais, sociais a partir da
interpretação de
informações representadas
em tabelas e gráficos

PROF. OLÍVIO MENDONÇA 141


CADERNO de APOIO ao PROFESSOR – 8ª Classe
Guião Metodológico de Matemática
Tema 4: Estatística
Subtema 4.1: Organização e Representação de Dados
Assunto: Polígonos de frequência

Polígono de frequência
Nota: O polígono de frequência é um gráfico em linhas, cujas frequências são marcadas sobre as
perpendiculares ao eixo horizontal e erguidas a partir dos pontos médios (xi) de cada intervalo de classe.
Em outras palavras, as junções são formadas pelo ponto médio da classe na vertical, com a frequência da
classe na horizontal.
Na hora de construir um polígono de frequência, se por acaso na parte inferior o limite for de 02 e o limite
superior de intervalo for de 10, então esse polígono de frequência deverá ser encerrado em 01 e 11.
Os polígonos devem ser fechados nas duas extremidades já que a área sob a curva é que representa todos
os dados. O ponto que tiver mais altura num polígono de frequência representa a maior frequência, ao passo
que a área abaixo da curva inclui a totalidade dos dados existentes.
Nota: Para obtermos um polígono, devemos ligar os extremos de cada linha obtida aos pontos médios da
classe anterior, bem como ao ponto médio posterior à última classe da distribuição.
Para determinar pontos médios, devemos ter em conta os seguintes elementos:
 Classe: Nº de linhas dos dados agrupados em intervalos;
 Limites de classes: são os extremos de cada classe ( inferior 𝒍 𝒊 e superior 𝑳 𝐢 );
𝒍𝒊 +𝑳𝒊
 Ponto médio: é o ponto que divide o intervalo de classe em duas partes iguais → 𝒙𝒊 =
𝟐

Exemplo:
As notas obtidas por 30 alunos numa classe foram:
1; 2; 3; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 8; 2; 3; 4; 8; 9; 7; 6; 5; 6; 7; 10; 10; 9; 8; 7; 6; 5; 4; 5; 6.
a) Construa uma distribuição de frequência absoluta com intervalos de classe com 5 classes.
b) Qual o limite inferior da 2º classe e o limite superior da 3ª classe?
c) Desenha um polígono de frequência.
Classe Notas obtidas (𝒙) Frequência absoluta Frequência relatica Frequência relativa (%)
1 𝟏⊢𝟑 3 3 ÷ 30 = 0,1 10%
2 𝟑⊢𝟓 6 6 ÷ 30 = 0,2 20,5%
3 𝟓⊢𝟕 9 9 ÷ 30 = 0,3 30%
4 𝟕⊢𝟗 8 8 ÷ 30 = 0,27 27%
5 𝟗 ⊢ 𝟏𝟏 4 4 ÷ 30 = 0,13 13%
Total 30 30 ÷ 30 = 1 100%

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Importante: No gráfico de polígono de frequência, os pares ordenados do plano cartesiano são formados pelo
ponto médio que representa 𝑥 e pela frequência absoluta que representa 𝑦. Neste caso, devemos primeiro
𝒍𝒊 +𝑳𝒊
calcular o ponto médio de cada classe usando a fórmula: 𝒙𝒊 =
𝟐

𝒍𝒊 +𝑳𝒊 𝟏+𝟑 𝟒
1ª classe: 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐 → 𝒙𝒊 = 2 (2; 3)

𝒍𝒊 +𝑳𝒊 𝟑+𝟓 𝟖
2ª classe: 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐 → 𝒙𝒊 = 4 (4; 6)

𝒍𝒊 +𝑳𝒊 𝟓+𝟕 𝟏𝟐
3ª classe: 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 6 (6; 9)

𝒍𝒊 +𝑳𝒊 𝟕+𝟗 𝟏𝟔
4ª classe: 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 8 (8; 8)

𝒍𝒊 +𝑳𝒊 𝟗+𝟏𝟏 𝟐𝟎
5ª classe: 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 10 (10; 4)

Observação: Os números a vermelho, representam a frequência absoluta

Polígono de Frequência
10

8
Frequência

0
2 4 6 8 10
Notas obtidas pelos alunos

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Tema 4: Estatística
Subtema 4.1: Organização e Representação de Dados
Assunto: Pitogramas

Pictogramas

Os pictogramas são símbolos gráficos que representam uma imagem ou ideia. São considerados menos
abstractos e, por essa razão, com mais poder comunicacional junto de um público com baixa literacia visual
ou com pouco tempo para interpretar um gráfico mais complexo.
Construção de pictograma
Os pictogramas estatísticos mais comuns associam uma forma à variável representada e variações
proporcionais no tamanho dessa forma para reflectir diferentes valores assumidos pela variável.
Regras fundamentais para sua construção de um gráfico pictórico:
 Os símbolos devem explicar-se por si próprio;
 As quantidades maiores são indicadas por meio de um número de símbolos, mas não por um
símbolo maior;
 Os símbolos comparam quantidades aproximadas, mas não detalhes minuciosos;
 Os gráficos pictóricos só devem ser usados para comparações, nunca para afirmações isoladas.

PROF. OLÍVIO MENDONÇA 144


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Exercícios Propostos

1. O gráfico seguinte mostra quantos ratos um agricultor encontrou na sua quinta em 5 dias.

a) Em que dia encontrou o mesmo número de ratos que na quarta-feira e quinta- feira (juntos)?
b) Quantos ratos encontraram na segunda-feira?

2. A cantina de uma escola seleccionou 50 alunos ao acaso e verificou o número de vezes por semana que
eles compravam lanches, obtendo os seguintes resultados:
0; 2; 2; 4; 3; 2; 2; 1; 1; 2; 1;0;1;1;1;1;1;1;2;2;2;3;2;2;2;0;2;2;1;1;0;2;0;2;2;2;2;2;2;2;2;2;2;2;1;2;5;4.

a) Quantos alunos compram pelo menos 2 lanches por semana?


b) Construa um gráfico pictórico.

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Guião Metodológico de Matemática

Tema 3: Estatística
Subtema 4.2: Interpretação de Informação
Assunto: Interpretação de informações em tabelas, gráficos e pictograma

Interpretação da informação
Para organizar os dados estatísticos podem utilizar-se tabelas e gráficos. Os gráficos podem ser de barras,
circulares, linhas, etc. Exemplo:
1. Durante o mês de Fevereiro foram vendidas várias camisolas na loja da Dona Rita. A tabela de
frequências abaixo ilustra o número de vendas.
Cor Frequência absoluta Frequência relativa
Azul 13 0,26
Preto 3 0,06
Branco 7 0,14
Verde 6 0,12
Vermelho 12 0,24
Amarelo 9 0,18
Total 50 1

A partir da tabela de frequências podem ser construídos vários gráficos para representar a informação.

 Pictogramas (a informação é transmitida por meio de símbolos)

Camisolas de diferentes cores vendidas em Fevereiro

Azul

Preto

Branco

Verde

Vermelho

Amarelo

= 2 Camisolas

o A unidade gráfica (neste caso as camisolas) é uma figura alusiva ao tema em estudo.

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Guião Metodológico de Matemática
Fontes

 A conquista da matemática 7º ano, Giovanni Castrucci Giovanni Jr.


 13 p.; il. (Série Plano de Aula; Matemática) ISBN:
 1º Ciclo do ensino secundário – reforma educativa – Maria J. Octávio, Pedro M. Neto, Wandanda
João.
 Ensino Fundamental – Matemática. Área. Espaço e forma I. Título II. Série
 Apostila de Preparação Tecnológica Desenvolvida em conjunto com os professores do curso de
eletromecânica (Dezembro -2008), com base na apostila versão anterior (Maio-2008) e apostilas do
Senai-ES e apostila de preparação para concurso. Internet.
 Conceitos Básicos - Mariana Dias Júlia Justino - Novembro 2010. Internet.
 Ferramenta de ensino – Profa. Rosa García Márquez – Editado por Diogo Rangel e Ighor Opiliar
Mendes. Internet.
 Matemática pura – multiplicando a capacidade. Internet
 Mat.absolutamente.net
 http://informatica.terra.com.br/interna/0,,OI359546-EI1684,00.html
 Revisando Conjuntos Numéricos - Prof.ª: Aline Figueiredo Nascimento. Internet.
 www.sejaetico.com.br
 Paulo Manuel de Barros Correia Professor Auxiliar do Departamento de Matemática Escola de
Ciências e Tecnologia Universidade de Évora.
 Matemática-UEL-2010-Compiladaem25deMarçode2010. Prof
 UlyssesSodré MatemáticaEssencial: http://www.mat.uel.br/matessencial/
 www.editoraferreira.com.br
 Números Reais – GláucioTerra:

PROF. OLÍVIO MENDONÇA 147

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