Guião Metodológico de Matemática para 8 Classe - Prof. Olívio Mendonça
Guião Metodológico de Matemática para 8 Classe - Prof. Olívio Mendonça
CADERNO de APOIO ao
PROFESSOR – 8ª Classe
Guião Metodológico de
Apresentação
O Papel do Professor de Matemática
O Caderno de Apoio e o Planejamento do Professor
Propostas para tornar a aprendizagem da Matemática mais interessante e agradável aos alunos
O plano de aula - estruturação
Obejectivos Gerais e Específicos da Matemática na 8ª Classe
Plano temático detalhado
A planificação da aula tendo em conta o conteúdo
Actividades Propostas
Apresentação
Caros colegas: A nossa experiência como professores, acompanhada a capacitação contínua que temos vindo a
desenvolver ao longo dos últimos anos (seminários, treinamentos pedagógicos, pesquisa e investigação
científica), contribuiu para a elaboração desse caderno. Nesse caderno, destaco as seguintes características:
1. Simplicidade: É de fácil compreensão e análise por parte do professor para o nível etário a que se destina
e favorece o trabalho autónomo do mesmo.
2. Acessibilidade: Tem em conta a diversidade de fontes de aquisição de conteúdos e o facto de todos
necessitarem de conhecer e compreender a cada vez mais Matemática.
3. Modernidade: Está de acordo com as diretrizes do programa vigente (Programa de Matemática 7ª
Classes/ INIDE – 2019) e com a visão atual do ensino de Matemática.
Os conteúdos aqui apresentado, para além de serem recolhidos nos debates e discussões em treinamentos
pedagógicos, foram pesquisados e desenvolvidos a partir de várias outras fontes, dando sustentabilidade e um
rígor científica que justificasse a exigência do público-alvo, seguindo o plano temático da classe.
Assim como o nome diz, “CADERNO DE APOIO”, o professor deverá usá-lo especificamente como um material
didático de apoio aos fundamentos já existentes. Muitos dos temas foram desenvolvidos de forma diferente
daquele que o professor habituou, e talvez alguns conceitos irão se divergir com o seu, mas apenas analise esse
recurso como uma ferramenta que poderá vir aumentar sua argumentação.
A elabração do Caderno de Apoio ao Professor tem necessariamente como matriz o Programa da disciplina. Nele
estão enunciados os objectivos e as metas que se pretendem atingir e os conteúdos a tratar.
O manual aborda de forma sistemática e detalhada todos os conteúdos que são objectos de ensino definidos na
componente de Matemática do Programa de Matemática para a 7ª classe. O nível de profundamento está de
acordo as metas curriculares. Além de abordagem proporcionada e pelas ilustrações que o acompanham, sugere
– se um conjunto diversificado de actividades que permitirão alcançar as finalidades e os objectivos gerais de
aprendizagem, e metas curriculares previstas para a disciplina.
O manual, está escrito numa linguagem rigorosa, mas ao mesmo tempo acessível. Escrever textos de Matemática
numa linguagem rigorosa, mas pedagogicamente adequada aos alunos do Ensino Secundário, é uma tarefa
difícil, mas que penso ter conseguido.
A metodologia utilizada no presente caderno foi estritamente realizada através de pesquisa bibliográfica, onde
procurou-se demonstrar teorias e conceitos desenvolvidos por alguns dos mais importantes autores, que muito
colaboraram, através dos anos, com ideias, estudos e trabalhos dos mais variados, e que apresentam
mecanismos de poder de transformação do ensino metódico da matemática, levando-o a ser algo mais
agradável e interessante.
Esta finalidade deve ser entendida como incluindo o desenvolvimento nos alunos da:
Esta finalidade deve ser entendida como incluindo o desenvolvimento nos alunos de:
Este caderno fornece informações e recursos complementares para ajudar o professor de Matemática que
trabalha com a 8ª classe. O Cardeno de Apoio ao professor inclui:
Sendo os conteúdos as matérias do ensino – aprendizagem, eles são os meios com os quais se pretende atingir
os objectivos. No contexto de uma visão mais promissora sobre os conteúdos, Coll (1997) propõe que os
conteúdos sejam classificados em três tipos de acordo com aquilo que os alunos devem Saber, Fazer e Ser. Ele
definiu – os como “conceituais, procedimentais e atitudinais”.
A maneira de ensiná-los e a maneira de aprendê-los partilham muitas semelhanças, pois quando aprendemos
fazemo-lo de uma maneira total, utilizando a cognição, os movimentos do corpo e as emoções. Por isso, essa
forma de abordar os conteúdos tira a carga da associação dos conteúdos com as disciplinas e enfatiza mais a
natureza deles:
a) Os conteúdos conceituais estão relacionados com factos, conceitos e princípios. O que o aluno deve
aprender e conhecer enquanto conceito. Ex.: Aprender o que são números primos;
c) Os conteúdos atitudinais envolvem os valores, atitudes e normas que influem nas relações e nas
interacções do ambiente ou do contexto escolar. Valores são conteúdos que se expressam pelos
princípios e pelas ideias éticas que temos a respeito da conduta humana. O que o aluno deve aprender
a ser. Ex: Aprender a importância do estudo dos números inteiros.
Em suma, os conteúdos a serem levados na sala de aula, devem obedecer esses três aspectos referenciados
acima. Deve haver esse cuidado na sua selecção.
A avaliação tem a função de fornecer aos alunos e professores informações sobre o desenvolvimento das
capacidades e competências exigidas socialmente, bem como auxiliar os professores a identificar os objetivos
atingidos, com vistas a reconhecer a capacidade matemática dos alunos. Cabe também à avaliação informar como
está ocorrendo a aprendizagem: os conhecimentos adquiridos, os raciocínios desenvolvidos, os hábitos e valores
incorporados, o domínio de certas estratégias, para que o professor possa propor revisões e reelaborações de
conceitos e procedimentos ainda parcialmente consolidados.
Se os conteúdos estão dimensionados em conceitos, procedimentos e atitudes, cada uma dessas dimensões
pode ser avaliada por diferentes estratégias. A avaliação de conceitos é feita por meio de atividades voltadas à
compreensão de definições, ao reconhecimento de hierarquias, ao estabelecimento de relações e de critérios
para fazer classificações e também à resolução de situações de aplicação envolvendo conceitos.
A avaliação de procedimentos implica reconhecer como eles são construídos e utilizados. A avaliação de atitudes
pode ser feita pela observação do professor e pela realização de autoavaliações.
Embora a avaliação esteja intimamente relacionada aos objetivos visados, estes nem sempre se realizam
plenamente para todos os alunos. Por isso, critérios de avaliação devem ser elaborados com a função de indicar
as expectativas de aprendizagem possíveis de serem desenvolvidas pelos estudantes, ao final de cada ciclo.
Ao final de cada unidade, são propostas questões para avaliar os conhecimentos matemáticos, considerando o
conjunto das atividades desenvolvidas na unidade. Elas são apresentadas na forma testes. A proposição de testes
tem como objetivo principal preparar os alunos para os vários tipos de avaliações externas a que são submetidos,
atualmente, nos sistemas educacional. No entanto, é necessário fazer observações com regularidade e registrá-
las, tendo como referência, por exemplo:
As respostas dos alunos, quando eles manifestam de forma implícita ou explícita suas certezas, dúvidas e
erros;
As observações das atitudes, ações e discussões efetuadas durante as tarefas individuais, em duplas, em
grupos ou com a classe toda;
A análise de tarefas, individuais e em grupo, feitas em classe e em casa, de provas e trabalhos extraclasse.
Esses registros devem orientar o planejamento de novas atividades e também subsidiar a avaliação dos resultados
de aprendizagem por todos os envolvidos (estudantes e professor). Uma sugestão é que, ao final de cada
unidade, os alunos, individualmente, retomem os tópicos e as anotações desenvolvidos naquela unidade. Eles
podem elaborar comentários orais ou escritos e outras formas de registrar o que puderam constatar sobre o
próprio processo de aprendizagem. Com relação aos registros do professor, a elaboração de fichas de
observação de desempenho em Matemática é muito importante.
Seu Comportamento
Nº DE FALTAS
CONTACTO DO TOTAL
Género
1ª Semana
2ª Semana
3ª Semana
4ª Semana
Nº ENCARREGADO DE
É assíduo
(MAC)
É pontual
MÉDIA 2
MÉDIA 1
NOME DO ALUNO EDUCAÇÃO Nº___
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
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16
17
a) – Mau (Progride pouco) – 0,2 valores Assiste as aulas e, e contribui quase com alguma frequência para um bom ambiente na
Revela, com muita frequência, comportamentos e atitudes inadequados. sala de aula.
Quase sempre não assiste as aulas e, quando assiste contribui sempre para um mau
ambiente na sala de aula. d) Bom (Progride rápido e seguramente) – 0, 8 valores
Revela, quase sempre, comportamentos e atitudes adequadas.
b) Medíocre (Progride insuficientemente) – 0,4 valores Assiste as aulas e, contribui com frequência para um bom ambiente na sala de aula.
Revela, com alguma frequência, comportamento e atitudes inadequados.
Algumas vezes não assiste as aulas e, quando assiste contribui algumas vezes para um e) Muito Bom (Progride rápidamente e co segurança) – 1 valores
mau ambiente na sala de aula. Revela sempre comportamentos e atitudes adequadas e influencia os (as) colegas no
mesmo sentido.
c) Suficiente (Progride suficientemente) – 0,6 valores Assiste sempre as aulas e, contribui sempre para um bom ambiente na sala de aula.
Revela, quase com frequência, comportamentos e atitudes adequadas.
1. Gostar de Matemática, compreendendo o papel de sua disciplina como uma linguagem que complementa a
língua materna, enriquecendo as formas de expressão para todos os cidadãos, e munindo a ciência de
instrumentos fundamentais para seu desenvolvimento;
2. Conhecer os conteúdos matemáticos com uma profundidade e um discernimento que lhe possibilite
apresentá-los como meios para a realização dos projectos dos alunos, não tratando os conteúdos como um
fim em si mesmo, nem vendo os alunos como futuros matemáticos, ou professores de matemática, mas sim
como cidadãos que aspiram a uma boa formação pessoal;
3. Saber criar centros de interesse para os alunos, explorando situações de aprendizagem em torno das quais
organizará os conteúdos a serem ensinados, a partir dos universos da arte, da cultura, da ciência, da tecnologia
ou do trabalho, levando em consideração o contexto social da escola;
4. Saber mediar conflitos de interesse, dando a palavra aos alunos e buscando aproximar seus interesses, às
vezes difusos, daqueles que estão presentes no planeamento escolar;
5. Ser capaz de identificar as ideias fundamentais presentes em cada conteúdo que ensina, uma vez que tais
ideias ajudam a articular internamente os diversos temas da matemática, e a aproximar a matemática das outras
disciplinas;
6. Ser capaz de mapear os diversos conteúdos relevantes, sabendo articulá-los de modo a oferecer aos alunos
uma visão panorâmica dos mesmos, plena de significações tanto para a vida quotidiana quanto para uma
formação cultural mais rica;
7. Saber escolher uma escala adequada em cada turma, em cada situação concreta, para apresentar os conteúdos
que considera relevantes, não subestimando a capacidade de os alunos aprenderem, nem tratando os temas
com excesso de pormenores, de interesse apenas de especialistas;
8. Ser capaz de construir relações significativas entre os conteúdos apresentados aos alunos e os temas
presentes em múltiplos contextos, incluindo-se os conteúdos de outras disciplinas, favorecendo, assim, a
interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade;
9. Saber construir narrativas que articulem os diversos elementos presentes nos conteúdos ensinados,
inspirando-se na História da Matemática para articular ideias e enredos por meio dos quais ascendemos da
efemeridade das informações isoladas à estabilidade do conhecimento organizado;
10. Ser capaz de alimentar permanentemente os interesses dos alunos, estimulando a investigação e a capacidade
de pesquisar, de fazer perguntas, bem como de orientar e depurar interesses menos relevantes, assumindo,
com tolerância, a responsabilidade inerente à função que exerce.
É notório que a Matemática, ao longo dos anos, foi e ainda é concebida com muita resistência e temor, por
grande parte dos alunos, nos mais diferentes graus de ensino, ou seja, desde o início do primário, até mesmo
ao ensino superior.
O ensino-aprendizagem dessa importante disciplina vem sendo muito questionado, ultimamente, sendo
demasiado urgente que se adotem práticas e metodologias que possam modificar essa realidade, transformando
o ensino e o aprendizado dessa disciplina, tornando-a, assim, mais aceitável, compreensível e agradável aos
alunos.
Sabe-se que a típica aula de Matemática, até ao I ciclo, ainda é uma aula expositiva, em
que o professor passa para o quadro aquilo que ele julgar importante. Os alunos
acreditam que a aprendizagem se dá através de um acúmulo de fórmulas e algoritmos,
nada podendo gerar e criar, tornando o papel da disciplina passivo e desinteressante.
Todos os professores de Matemática, sem exceção, deveriam, primeiramente compreender e colocar em prática,
junto aos seus alunos, conceitos de aprendizagem desenvolvidos por Piaget (1975). Segundo essa teoria, o
processo cognitivo inteligente é composto por duas palavras: aprendizagem e desenvolvimento.
Segundo Macedo (1994, apud PIAGET,1975), a aprendizagem refere-se à aquisição de uma resposta particular,
aprendida em função da experiência, obtida de forma sistemática ou não. Enquanto que o desenvolvimento seria
uma aprendizagem de fato, sendo este o responsável pela formação dos conhecimentos.
Segundo Gardner (2000), cada pessoa é um sujeito ímpar com forças cognitivas diferentes. Cada indivíduo
aprende de forma e estilos diferentes do outro, mesmo que sejam ambos oriundos de uma mesma sociedade
ou meio cultural. Ele afirma que as inteligências não mudam com a idade humana, mas sim com a experiência
como sendo um atributo ou faculdade do indivíduo. Segundo ele, as inteligências não nascem prontas nos
indivíduos, ainda que uns possam apresentar níveis mais elevados do que outros nesta ou naquela inteligência.
Em seu conceito a inteligência lógico – matemática nada mais é do que a habilidade para explorar relações,
categorias e padrões, através da manipulação de objetos ou símbolos, e para experimentar de forma controlada;
é a habilidade para lidar com séries de raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los. Assim, o indivíduo
Ao longo dos anos, os alunos são avaliados de várias formas e nota-se, claramente, uma perda constante, no
rendimento, entendimento e fixação dos conceitos matemáticos.
De acordo com os programas curriculares, a finalidade do ensino da Matemática, até ao I ciclo, visando à
construção da cidadania, indicam como principais objetivos levar o aluno a:
Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo à sua
volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula o
interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver
problemas;
Segundo Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa bibliográfica é o levantamento de toda a bibliografia já publicada,
em formas de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. Pode-se, aí, incluir, também, a pesquisa
realizada por meios eletrônicos, como, por exemplo, a internet. A sua finalidade é fazer com que o pesquisador
Domínios de Aprendizagem: A aprendizagem pode se dar em três domínios diferentes, como apresenta De
Aquino (2007):
a) Físico: Ligado aos 5 sentidos, visão, audição, tato, paladar e olfato. O ser humano escolhe uma maneira
preferencial para processá – las apesar de usar todos os sentindos para aprender.
b) Cognitivo: Relacionado a como a pessoa pensa. Embora todos usem o pensamento para aprender, para
alguns o processamento da informação coletada pode ser mais físico ou emocional. Uma pessoa com
predominância mental no processo de aprendizagem dará ênfases a resolução de problemas e outras
atividades cognitivas.
c) Emocional: Refere – se a forma como o indivíduo se sente em termos psicológicos e fisiológicos. Existem
fatores internos que influenciam a capacidade de aprender, por exemplo, fome, sede, doença e outros fatores
psicológicos internos. Também existem fatores externos, por exemplo, conforto ambiental, temperatura,
luminosidade, barulho e fatores psicolígicos externos.
Estilos de Aprendizagem: São as competências pessoais dos alunos para processar informações em um ambiente
de aprendizado. Os estilos são um meio pelo qual as pessoas coletam e selecionam informações para depois
processá – las e usam significados, valores, habilidades e estratégias para solucionar problemas, tomar decisões
e criar novos significados (De Aquino, 2007,p.44).
FELDER propõe que existem quatro dimensões de estilos de aprendizagem e, também, estilos de ensinar
correspondentes. São elas: percepção, recepção, processamento e compreensão.
a) Percepção: Uma pessoa com estilo intuitivo percebe melhor as informações quando apresentadas na forma
de ideias, memórias ou possibilidades, de maneira abstrata. Uma pessoa com estilo sensorial percebe melhor
as informações quando apresentadas na forma de algo que pode ser visto, ouvido ou tocado, de maneira
concreta.
Estilo de Ensinar: Para cada estilo de perceber, receber, processar e compreender uma informação,
transformando –a em conhecimento, exixte um conjunto mais adequado de características correspondentes para
ensinar.
a) Correspondência: Quem ensina, em geral, define, apresenta, ajuda no processamento e na compreensação
de uma informação em seu próprio estilo de aprendizagem. Uma pessoa cujo estilo de recepção da
informação seja verbal tenderá a ensinar nesse estilo.
b) Adequação: Um educando com determinado estilo de aprendizagem terá melhores resultados se o ensino
for feito no estilo correspondente. Cabe ao professor atentar para adequar os estilos de ensinar aos estilos
de aprendizagem dos seus alunos e não apenas aos seus próprios estilos de aprendizagem (BRAATHEN,
2013).
c) Favorecimento: As aulas expositivas puras, em geral, favorecem os alunos intuitivos, verbais e sequencias e
não favorecem nem os ativs nem os reflexivos, pois não fornecem atividades e não deixam tempo para
pensar, respectivamente.
d) Desencontro: Existem algumas consequências, que BRAATHEN (2013) menciona quando existe o
desencontro entre os estilos de aprendizagem e os estilos de ensinar, que afetam tanto o professor quanto
o aluno. O aluno pode ficar entediado, desatento, agitado na sala de aula, desanimado com o tema ou com
Uma das propostas para tornar a aprendizaem da matemática mais interessante é a RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS.
A Resolução de Problemas é um método eficaz para desenvolver o raciocínio e para motivar os alunos para o
estudo da Matemática. Segundo Lupinacci e Botin (2004), o processo ensino e aprendizagem dessa disciplina
pode ser desenvolvido através de desafios e da aplicação de problemas interessantes, que possam ser explorados
e não apenas resolvidos.
Se a real pretensão é tornar a Matemática útil e prazerosa, acredita-se que a resolução de problemas, uma das
tendências da educação matemática, seja um excelente caminho para que esse objetivo seja alcançado.
Os Parâmetros Curriculares, consideram que a resolução de problemas, como eixo organizador do processo de
ensino e aprendizagem de Matemática, pode ser fundamentada nos seguintes princípios:
O problema certamente não é um exercício em que o aluno aplica, de forma quase mecânica, uma fórmula
ou um processo operatório. Só há problema se o aluno for levado a interpretar o enunciado da questão
que lhe é posta e a estruturar a situação que lhe é apresentada;
Aproximações sucessivas de um conceito são construídas para resolver um certo tipo de problema;
Num outro momento, o aluno utiliza o que aprendeu para resolver outros, o que exige transferências,
retificações, rupturas, segundo um processo análogo ao que se pode observar na História da Matemática;
Polya (1957) foi o primeiro matemático a apresentar uma heurística de resolução de problemas específica para a
matemática. Por isso, ele é considerado uma referência no assunto, uma vez que suas ideias representam uma
grande inovação em relação às ideias de resolução de problemas existentes até então.
Em seu livro intitulado "How To Solve It", Polya estabeleceu um método sistemático de resolução de problemas
em quatro passos:
Pretende-se que os alunos aprendam a valorizar a Matemática, sentindo-se seguros em fazer Matemática e em
resolver problemas de todas as categorias.
A resolução de problemas é a razão principal de se aprender e ensinar Matemática. É por meio dessa prática que
se inicia o aluno no exercício de pensar matematicamente. Resolver problemas é o processo de reorganizar
conceitos e habilidades, aplicando-os a uma nova situação, atendendo a um objetivo. Ao resolver problemas, o
aluno desenvolve determinadas estratégias que, em geral, aplicam-se a um grande número de situações.
Ensinar a resolver problemas requer que o professor coloque os alunos frente a diferentes situações. Ele deve
encorajá-los a pensar por si mesmos, a levantarem suas próprias hipóteses, e as testá-las, a discutirem com
seus colegas como e por que determinada estratégia pode ou não resolver o problema.
É importante, também, que o professor considere dois fatores que desempenham papel fundamental na resolução
de problemas: os conceitos e as habilidades do aluno para encontrar a solução. Esses fatores são construídos
de acordo com o repertório de problemas previamente resolvidos, daí a importância dos alunos resolverem uma
variedade de problemas.
Ao propor essas questões, o professor deve estar atento aos problemas matemáticos que não têm como objetivo
encontrar uma resposta numérica, mesmo que se encontre essa resposta, é apenas um ponto intermediário
nesse processo. Assim, é essencial uma interpretação ou uma análise da questão a ser resolvida.
Às vezes, um problema requer simplesmente que o aluno desenvolva um sistema de organização de dados, de
uma forma adequada ou que se traduza uma situação matemática em uma linguagem mecânica eficiente. Ou,
então, o problema exige que se crie uma unidade de medida ou um instrumento de maior precisão do que os
fornecidos pelos modelos usuais de medida.
O plano de aula é um documento feito pelo professor contendo o tema da aula, o objectivo dela, a
metodologia, formas de avaliação, referências bibliográficas e outras informações. Este documento pode ser
o diferencial entre uma boa aula e uma aula ruim, afinal, quando mais planejamento, melhor a chance de
você alcançar o objectivo proposto com a aula. É aí que esse documento será muito útil.
O plano de aula não serve apenas ao aluno, mas também é muito útil ao professor. Além de ser
extremamente importante na hora de guiar o aprendizado dos estudantes, o ato de elaborar esse plano leva
o professor à reflexão e à pesquisa também. Estar preparado é sempre a melhor forma de evitar problemas,
ou seja, se a aula é o momento de aprendizado do aluno, a elaboração do plano de aula pode ser
considerado o momento de aprendizagem do professor.
Clareza e objetividade;
Atualização do plano periodicamente;
Conhecimento dos recursos disponíveis da escola;
Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado;
Articulação entre a teoria e a prática;
Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de ensino-
aprendizagem;
Sistematização das atividades de acordo com o tempo disponível (dimensione o tempo/carga horária,
segundo cada etapa da aula/atividade);
Flexibilidade frente a situações imprevistas;
Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre outros;
Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes.
Ao elaborar o plano, faça um diagnóstico inicial, respondendo a questões:
Para quem vou ensinar? Quem são os alunos? Quais as características (faixa etária, grau de maturidade,
conhecimentos prévios, habilidades adquiridas, contexto social em que vivem (alunos trabalhadores
com múltiplas jornadas de trabalho)).
Por que ensinar? Quais os objetivos da educação e da escola? Do módulo ou da aula? Quais a
competências a serem desenvolvidas? Na educação, segundo Ferraz, 2010, decidir e definir os objetivos
de aprendizagem significa estruturar, de forma consciente, o processo educacional para propiciar
mudanças de pensamentos, ações e condutas. Essa estruturação resulta do planejamento diretamente
relacionado à seleção de conteúdos, de procedimentos, de atividades, de recursos disponíveis, de
OUTRAS CONSIDERAÇÕES
1. Funções didáticas
Entende-se por funções didáticas as etapas, elementos do processo de ensino que tem carácter geral e
necessário. São eles:
b) Motivação.
É criar uma contradição entre os conhecimentos que possuem os alunos e os que necessitam
para enfrentar o novo conteúdo. Com relação aos objectivos instrutivos se pode dizer que é criar
uma contradição entre o poder e o saber. É despertar o interesse de resolver essa contradição;
se não se criar a contradição, não há motivação.
A motivação pode ser:
a) Intra motivação: É a contradição que se cria com aspectos próprios da disciplina
b) Extra motivação: É quando a contradição se cria mediante situação da vida.
Fixação e Controlo
Consolidar constituem o sistema de actividades que se realiza no processo de ensino com o objectivo de
assegurar e garantir a assimilação sólida, consciente e duradoura dos conhecimentos, o desenvolvimento
das habilidades e hábitos dos alunos, assim como a reafirmação das formas de conduta e as convicções.
As actividades devem partir sempre do mais simples ao mais complexo.
a) Mediante essa actividade se comprovam os resultados da aulas sobre a base das exigências
apresentadas no plano de aula.
b) Determina a eficiência da aula, porque reve a qualidade dos conhecimentos, habilidades e hábitos
formativo alcançados no PEA.
Fica claro que, as duas primeiras etapas (asseguramento do nível de partida até tratamento da nova matéria)
garantem que os alunos adquiram o primeiro nível de assinilação, ou de reprodução.
A última (controlo e avaliação) supõe o uso das novas condições dos conhecimentos e habilidades
adquiridas, que iniciam aos alunos nas actividades criadora e contribuem ao desenvolvimento desta.
Assunto:
Tipo de Aula
Característica da aula
2. Análise/Aplicação:
3. Síntese/Avaliação:
Conteúdo Em anexo
Os meios com os quais se pretende atingir os Referências bibliográficas:
objectivos (Conceituais, procedimentais e
atitudinais)
Princípios Didácticos
Referem – se a natureza da matéria (conteúdo)
Meios de Ensino
Materias didático usado na sala de aula pelo
professor de modo a facilitar a assimilação e
percepção por parte dos alunos.
Motivação
Situação problemática que irá nortear a aula. Criar
uma contradição entre os conhecimentos que os
alunos possuem e os que necessitam para
enfrentar o novo conteúdo.
PLANIFICAÇÃO DA AULA
TENDO EM CONTA OS
CONTEÚDOS
Conteúdo:
Notação Científica
Potência de expoente inteiro negativo 𝑎−𝑛
Potência de base 10 de expoente inteiro negativo
Objectivos específicos:
Reconhecer a Notação Científica;
Reconhecer a Potência de expoente inteiro negativo 𝑎−𝑛 ;
Identificar a notação científica de potência de base 10;
Calcular o valor de uma potência de expoente inteiro negativo;
Comparar potências;
Representar um número natural na forma de um polinómio nas potências de base 10;
Resolver problemas que envolvam Potência de base 10 de expoente inteiro negativo;
Pré – requisitos:
Os alunos já devem estar familiarizados com:
Potência em Q – Propriedades
Leitura os números decimais
Duração: 6 à 8 aulas
Sugere-se que o professor comece a aula fornecendo a turma algumas medidas notáveis, cujos valores
correspondentes sejam muito grandes ou muito pequenos, como por exemplo:
A distância média entre a terra e o sol é cerca de 150 000 000 de quilómetros.
O raio do átomo de hidrogénio é de 0,0529 nanômetros.
Peça se possível que os alunos escrevam essas medidas em metro.
deverá apresentar as seguintes respostas:
Explique para eles que o expoente da base corresponde ao número de casas que a vírgula desloca do número
original para o escrito de forma compacta, fazendo as seguintes considerações:
Após mostrar que é possível escrever tais números de uma maneira mais compacta o professor então deve explicar
para os alunos o conceito de notação científica e justificar que é uma maneira de representar um número muito
grande ou muito pequeno de uma forma mais compacta e mais compreensiva.
Em seguida, define notação científica e peça ao alunos para escrever as medidas acima usando notação
científica.
Ex.: a) 150 000 000 000𝑚 = 1,5. 1011 𝑚
b) 0,0000000000529 𝑚 = 5,29. 10−11 𝑚
Em seguida, o professor deverá pedir aos alunos que escrevam varios outros números em notação científica.
A partir desses conceitos todos, o professor estará em condições de entrar nas operações, começando com a
comparação e, em seguida adição e subtracção e posteriomente a e multiplicação e divisão.
A multiplicação e a divisão pode ser dada antes da adição e subtracção (irrelevante). Quando trabalhar na adição
e subtracção, use a recta para ilustrar melhor a deslocação da vírgula.
Avaliação
Além dos exercícios ja propostos durante a aula que servirão para avaliar se os alunos assimilaram o conteúdo,
o professor ainda poderá fornecer outros valores de medidas muito grandes e muito pequenos, pedir que
escrevam cada medida em notação científica e vice versa.
A avaliação deverá ser feita através de observação durante todo processo nas actividades propostas, de modo
contínuo e sistemático, podendo adotar também como critério para avaliação:
Nota: A potência de um número pode ser definida como o produto de factores iguais. Assim, a multiplicação
sucessiva de um mesmo número varias vezes resulta em uma potência e ela pode ser representada por 𝒂𝒏 , sendo
que 𝑛 ∈ 𝑁.
Qualquer que seja o expoente, se a base for zero, o resultado será zero.
a) 08 = 0
Propriedades de potência
1. Propriedade: Um produto de potências de mesma base pode ser escrito na forma de uma única potência. Para
isso, conservamos a base e adicionamos os expoentes.
𝒂𝒎 × 𝒂𝒏 = 𝒂𝒎+𝒏 , sendo 𝑎 ≠ 0
Exemplos:
a) 35 × 32 = 35+2 = 37
4 2 4 4 3 4 2+1+3 4 6
b) ( ) × ( ) × ( ) = ( ) =( )
7 7 7 7 7
Exemplos:
3. Propriedade: Uma potência de uma potência pode ser escrita na forma de uma única potência. Para isso,
conservamos a base inicial e multiplicamos os expoentes.
(𝒂𝒎 )𝒏 = 𝒂𝒎×𝒏 , com 𝒂 ≠ 𝟎
Exemplos:
a) (62 )3 = 62×3 = 66
5
1 4 1 4×5 1 9
b) [( ) ] = ( ) =( )
2 2 2
4. Propriedade: Para elevarmos um produto de dois ou mais números racionais a um expoente, podemos elevar
cada fator a esse expoente.
(𝒂 × 𝒃)𝒏 = 𝒂𝒏 × 𝒃𝒏
Exemplos:
a) (3 × 8)3 = 33 × 83
1 1 2 1 2 1 2
b) [( ) × ( )] = ( ) × ( )
3 2 3 2
Observação: Essa mesma propriedade pode ser aplicada quando temos um quociente.
Exemplos:
a) (7 ÷ 6)5 = 75 ÷ 65
2 2 2
2 2 1 3 2 2 1 3 2 4 1 6
b) [( ) ÷ ( ) ] = [( ) ] ÷ [( ) ] = ( ) ÷ ( )
3 4 3 4 3 4
Nota: Uma potência de base dez é um número cuja base é 10 elevada a (𝑛), um expoente inteiro, 𝒏 ≠ 𝟎. A
potência de base 10 de expoente inteiro positivo, resulta no algarismo 1, seguido de 𝒏 zeros quanto o valor do
expoente.
10𝑛 = 1000 … 0
𝒏 zeros
Exemplo:
a) 105 = 100 000 → Zeros a direita de 1 (expoente positivo igual a quantidade de zeros).
No caso em que o expoente tenha sinal negativo, a generalização para as potências de base 10 é feita da seguinte
𝟏
forma: (𝟏𝟎−𝒏 = 𝟏𝟎𝒏 ). Neste caso, a potência resulta no algarismo 1, precedido de 𝒏 zeros quanto o valor do
expoente.
1 1
a) 10−4 = = = 0,0001 → Zeros a esquerda de 1 (expoente negativo igual a quantidade de zeros).
104 10 000
𝟏
b) = 10−3 = 0,001
𝟏𝟎𝟑
Obs1: Qualquer número que é antecedido de zero (números decimais) ou sucedido de zero (números inteiros),
pode ser escrito usando a potência de base 10. Para tal, esse número deverá ser multiplicado por uma potência
de base 10, cuja quantidade de zeros será igual a quantidade de algarismos decimal desse número no caso dos
números decimais.
a) 0,00043 = 43 × 0,00001
= 43 × 10−5
2
b) = 0,0000002
10000000
= 2 × 0,0000001
= 2 × 10−7
Obs2: Para alterar o expoente sem mudar o valor da potência, multiplicamos a potência por 1 e movemos sua
vírgula conforme a mudança do expoente. Se for positivo, deslocamos a vírgula para a esquerda (aumentamos
“zeros”) e, se for negativo, deslocamos a vírgula para a direita (diminuimos “zero”).
Exemplos:
a) Transforme a potência 103 em uma potência de expoente 6, sem alterar seu valor.
Resolução: 103 = 1. 103 = 0,001. 106 , nesse caso, aumentamos 3 unidades ao expoente da potência
103 , pois que a vírgula situada a direita de 1, moveu – se para a esquerda, aumentando três zeros para
igual à 6 sem alterar seu valor: 0,001. 106 = 10−3 . 106 = 103
b) Transforme a potência 105 em uma potência de expoente 3, sem alterar seu valor.
Resolução: 105 = 1. 105 = 100. 103 , nesse caso, diminuimos 2 unidades ao expoente da potência
105 , pois que a vírgula situada a direita de 1, moveu – se para a direita, aumentando dois zeros para igual
à 5 sem alterar seu valor: 100. 103 = 102 . 103 = 105
3. Em cada uma das potências abaixo, aumente e diminue 4 unidades sem alterar o seu valor:
a) 10−4 =
b) 7. 105 =
c) 52. 10−2 =
d) 23,5. 102 =
Notação Científica
Nota: A notação científica é uma forma de escrever números muito grandes ou muito pequenos usando a potência
de base 10. Um número está escrito em Notação Científica se obedecer a forma 𝒂. 𝟏𝟎𝒏 , em que 𝒂 representa a
mantissa ou coeficiente e 𝒂 é um número em módulo maior ou igual a 1 e menor que 10 (1 ≤ |𝑎| < 10) e, 𝒏
representa o expoente ou ordem de grandeza ( 𝑛 ∈ 𝑍).
A mantissa ou coeficiente, é obtida ao posicionar a vírgula à direita do primeiro algarismo significativo do número.
Assim, a mantissa dos números:
a) 0,000045 é 4,5, pois que, quatro é o primeiro algarismo significativo do número 0,000045.
b) 3256565 é 3,256565. Pelo arredondamento temos: ≅ 3,3.
c) 0,00000003 é 3. Isso acontece porque 3,0 = 3.
Obs1: Para escrever um número em notação científica, devemos primeiramente encontrar a mantissa desse número
e em seguida, escrever a potência de base 10, em que 𝒏 representará o número de casas decimais que andaremos
com a vírgula até ao algarismo significativo, para a esquerda ou para a direita.
Se nos deslocarmos para a esquerda com a vírgula, o expoente será negativo e igual ao número de casas
decimais que andamos ou deslocamos.
Exemplos:
a) 0,00023 = 2,3. 10−4 b) 0,05. 10−3 = 5. 10−2 . 10−3
= 5. 10−2−3
= 5. 10−5
Se nos deslocarmos para a direita com a vírgula, o expoente será positivo e igual ao número de casas decimais
que andamos ou deslocamos.
Exemplos:
Nota2:
As potências de base 10 de expoente inteiro negativo, podem ser transformadas em um número decimal. Para
transformar as potências de base 10 de expoente inteiro negativo em números decimais, basta desfazer a potência
de base 10, usando os procedimentos da potência de base 10 de expoente inteiro negativo e multiplicá – la pelo
coeficiente da base 10, usando os argumentos do deslocamento da vírgula.
Exemplos:
1 𝟏,𝟑×𝟏𝟎 13
a) −1,3. 10−2 = −1,3 × =− =− = |−𝟎, 𝟎𝟏𝟑| = 0,013
100 𝟏𝟎𝟎×𝟏𝟎 1000
A mantissa é um número em módulo
Comparação de potências
Nota: Uma das formas de comparar duas potências, é escrevé –las primeiramente em notação cintéfica para
facilitar a operação. Assim, ao comparar duas potências devemos ter em conta o seguinte:
1) Entre dois números escritos em notação científica é maior o número cujo a potência de base 10 tiver
maior expoente (ordem da grandeza).
Exemplos:
a) 3,1. 103 < 1,1. 104
b) 8,23. 10−2 > 9,45. 10−12
2) Se as potências de base 10 tiverem o mesmo expoente, é maior o número cujo a sua mantissa é maior.
Exemplos:
a) 8,13. 103 > 7,41. 103
b) 5,3. 10−4 < 6,134. 10−4
Nota: A adição e subtração com potências (notação científica) só pode ser realizada quando se tem expoentes
iguais. Conserva – se a potência indicada e adiciona – se (ou subtrai – se) os valores que antecedem a
potência.
Exemplos:
a) 9 × 107 − 3 × 107 = (9 − 3) × 107 = 6. 107
b) 2,3 × 10−4 + 1,4 × 10−4 = (2,3 + 1,4) × 10−4 = 3,7. 10−4
Observação:
No caso em que as potências não apresentam os mesmos expoentes, é necessário
primeiramente igualar os expoentes. Nesse caso usaremos o argumento anterior de
transformar uma potência de base 10 em um expoente que pretendemos.
Exemplo:
a) 9 × 105 + 3 × 107 = 0,09 × 107 + 3 × 107 = 3,09. 107 ou
9 × 105 + 3 × 107 = 9 × 105 + 300 × 105 = 309. 105
= 3,09. 107
Nota: Efectua – se a multiplicação ou a divisão entre os números que antecedem a potência e também
multiplicam – se ou divide – se as potências de base, aplicando as regras de potências da mesma base na
multiplicação ou na divisão.
Exemplo:
a) 9. 105 × 3. 103 = 27. 105+3 = 27. 108
b) 14. 10−7 ÷ 2 × 104 = 7. 10−7−4 = 7. 10−11
Actividades de Consolidação
3. Um livro de Matemática tem 800 páginas e 4,0 cm de espessura. A espessura de uma folha do livro vale,
em milímetros:
a) 2,5.10
b) 5.10
c) 1.10
d) 1,5.10
e) 2.10
5. Um ano – luz é a distância que a luz percorre em um ano. Considerando que, aproximadamente, a
velocidade da luz é de trezentos milhoes de metros por segundo e um ano tem trinta e dois milhões de
segundo, devemos multiplicar trezentos milhões por trinta e dois milhões para obter o valor do ano – luz
em metros. Efectue esta operação em notação científica.
6. A massa do planeta Júpter é de 1,9 × 1027 𝑘𝑔, e a massa do sol é de 1,9891 × 1030 𝑘𝑔. Calcule, em
notação científica:
a) A soma das duas massas
b) Aproximadamente, quantas vezes o sol é mais massivo que Júpter.
7. Considerando que cada aula dura 45 minutos, determine o intervalo de tempo de duas aulas seguidas,
expressas em segundo. Faça em notação científica.
Conteúdo:
Monómios e Polinómios;
Adição de Monómios e Polinómios;
Simplificação de expressões com parênteses;
Multiplicação de Monómios e Polinómios;
Casos notáveis da multiplicação de binómios;
Divisão de Monómios e Polinómios;
Decomposição de Polinómios em factores.
Duração: 14 aulas
Objectivos específicos:
Definir Monómios e Polinómios;
Identificar Monómios e polinómio;
Identificar o grau de um monômio e polinómio
Reconhecer Adição de Monómios e Polinómios;
Simplificar expressões com potência;
Reconhecer os casos notáveis da multiplicação de binómios;
Aplicar os casos notáveis da multiplicação de binómios na simplificação de expressões
com polinómios.
Multiplicar monômio e Polinómio;
Efectuar operações de monômios e polinómios;
Reconhecer a Divisão de Monómios e Polinómios;
Reconhecer a Decomposição de Polinómios em factores;
Compreender a Decomposição de Polinómios em factores;
Resolver problemas que envolvam Operações com polinómios;
Aplicar a fórmula do quadrado do binómio e da diferença de quadrado.
Professor, inicie a aula colocando no quadro duas figuras; um quadrado e um rectângulo e suas respectivas
medidas. Por exemplo:
2 2
2 3
Faça lembrar ao aluno o cálculo do perímetro de um quadrado e de um rectângulo ( a soma de todos os lados
da figura) e a apartir daí, pedir para calcular o perímetro das figuras. Certamente na primeira o aluno obterá
com ajuda do professor caso seja necessário 4 (2 + 2) e na segunda figura 5 (2 + 3).
𝒙 𝒙
Peça novamente que os alunos calculem o perímetro das figuras, colhe todas informações possíveis dos
alunos. No final os rsultados serão: 2𝑥 𝑒 𝑥 + 𝑦.
Faça menção do coeficiente das variáveis 𝑥 𝑒 𝑦, no caso o número 1.
Como podemos chamar as expressoões que são formadas por um número e uma letra?
E, se tiver mais de uma expressão, como chamaria a expressão?
Com essa ferramenta, o professor poderá definir monómios e polinómios, enfatizar os componentes de um
monómio, e as diferentes forma de representar os polinómios (monómios, binómios, trinómios e polinómios).
2x 2𝑥 2 𝑦
3x𝑦 3
Nessa actividade, o professor pode trabalhar com as figuras do exemplos anteriores para melhor compreensão
dos alunos.
Professor, ao falar dos casos notáveis da multiplicação, começa por multiplicar dois polinómios iguais. Por
exemplo:
a) (𝑥 + 2)(𝑥 + 2) = 𝑥 (𝑥 + 2) + 2(𝑥 + 2)
= 𝑥 2 + 2𝑥 + 2𝑥 + 4
= 𝑥 2 + 4𝑥 + 4
b) (𝑥 − 2)(𝑥 − 2) = 𝑥 (𝑥 − 2) − 2(𝑥 − 2)
= 𝑥 2 − 2𝑥 − 2𝑥 + 4
= 𝑥 2 − 4𝑥 + 4
X 1
Faça com que o aluno perceba a diferença na resolução dessa multiplicação e por si mesmo descobrir que esse
método é o mais rápido e fácil de interpretar. Explica ao aluno sobre os casos da multiplicação (quadrado do
binómio e diferença de quadrados).
Crie actividades e de preferença aquelas usadas na multiplicação de polinómios, com essa nova ferramenta
(casos notáveis). O professor poderá ainda criar actividades partindo de figuras como a do exemplo anterior,
permitindo ao aluno ter uma percepção melhor.
Avaliação
Além dos exercícios ja propostos durante a aula que servirão para avaliar se os alunos assimilaram o conteúdo,
o professor ainda poderá fornecer outros relacionados ao tema. A avaliação deverá ser feita através de observação
durante todo processo nas actividades propostas, de modo contínuo e sistemático, podendo adotar também
como critério para avaliação:
Monômios
Definição: Monômios ou termos algébricos são expressões algébricas que possuem a operação de multiplicação
entre números e letras. As letras das expressões algébricas são chamadas de variáveis e apresentam somente
expoentes naturais (No).
Exemplos de monômios:
a) 𝑥
b) 2𝑥
c) −3𝑥𝑦 4
d) 2
Observação:
As expressões algébricas que possuem variável no denominador, não são consideradas
monômios. Essas expressões denominam-se fracções algébricas, que pelo processo de
simplificação, em alguns casos, podem ser transformadas em monômios. Assim, não podem
ser consideradas monômios as expressões seguintes:
Exemplos:
2 2𝑥𝑦 4𝑚4 𝑛
a) 2𝑥 −3 = b) c) = 4𝑚4 . 𝑛. 𝑛−3 = 4𝑚4 𝑛−2
𝑥3 4𝑎 𝑛3
2𝑎4 𝑏
d) = 2𝑎4 . 𝑎−3 . 𝑏 = 2𝑎. 𝑏 → Neste caso, pelo processo de simplificação, a
𝑎3
expressão é considerada como monômio.
Parte do monômio
Um monómio é formado por número que chamamos de parte numérica ou coeficiente numérico do monômio,
e variável ou multiplicação de variáveis (inclusive seus expoentes) que chamamos de parte literal.
Exemplos:
a) 𝟐𝒙: 2 é a parte numérica ou coeficiente.
𝒙 é a parte literal.
𝟏 1
d) : é a parte numérica ou coeficiente.
𝟑 3
Obs: não há parte literal, logo é nula (pode ser qualquer variável de expoente 0).
Grau de um monômio
b) 2x 2 → gr(M) = 2
c) 3 → gr(M) = 0
Obs.: Os monômios de grau nulo, são aqueles que não possuem parte literal, como do exemplo da alínea c), o
seu grau é zero, pois que qualquer parte literal que este monômio tiver possuirá expoente nulo (𝑎0 ).
1. Um doce custa 𝑥 kuanzas. Malaquias comprou 5 desses doces. Qual é o monômio que representa a quantia
que Malaquias pagou pelos doces?
2. O preço de um litro de gasolina, em Novembro de 2022, era 140 kuanzas. Se tivesses que comprar 𝑛 litros
de gasolina para colocar no tanque do carro de seu pai, qual é o monômio que representa a quantia que
voce teria de pagar?
3. Uma empresa tem y funcionários em cada filial. Se essa empresa tiver 𝑛 filiais, qual o monômio que
representa o número de funcionários dessa empresa?
2𝑥 𝑥 4 𝑦 6 3𝑥−3 4𝑥 4 𝑦 3 𝑥
4. Entre as expressões algébricas: ; 1,7𝑎3 𝑏; 𝑥 3 𝑦 −2 ; ; ;− ; ; 𝑥 + 2𝑦, identifique:
3 𝑥5 𝑦 5 2 2𝑦 2 𝑦
a) Os que representam monômios.
b) Os que não representam um monômio.
c) Os que representam uma fração algébrica.
d) Identifique os coeficientes e as partes literais de cada monômio.
1
5. Entre os monômios 5𝑎3 𝑏; −2𝑥𝑦 4 ; 𝑥𝑦 2 ; −6𝑚2 𝑛2 , quais são os que apresentam grau 4.
2
𝑥5 𝑦 4𝑧 3
6. Qual é o grau dos monômios 10𝑎3 𝑥 3 𝑦 e
4𝑥 3 𝑦 2
8. Qual deve ser o valor do expoente n para que o monômio −3𝑚3 𝑛𝑎 𝑦 seja do 13º grau?
10. De acordo com o grau, escreve os monòmios 7𝑎2 , −8𝑎4 , 10𝑎, 5, −6𝑎3 na ordem decrescente.
Adição de Monômios
Nota: Dois monômios só podem ser somado algebricamente se forem semelhantes. Monômios ou termos
algébricos que apresentam a mesma parte literal, chamam-se monômios ou termos semelhantes.
Exemplos:
A adição desses monômios deve ser feita da seguinte maneira: somar os seus coeficientes e conservar a parte
literal.
Exemplos:
2 7 2 7 4 7
b) 𝑥3𝑦 − 𝑥3𝑦 = ( − ) 𝑥 3 𝑦 = ( − ) 𝑥 3 𝑦 = −3𝑥 3 𝑦
3 6 3(2) 6(1) 6 6
Observação:
Nota: O resultado que se obtém quando substituimos as variáveis de uma determinada expressão algébrica por
números, chamamos de valor númerico da expressão algébrica.
Para obter o valor numérico de uma expressão algébrica, procedemos da seguinte maneira:
Actividades Propostas
1 2
1. Dentre os monômios 3𝑥 2 𝑦, − 𝑥 2 , 4𝑥𝑦, 𝑥 2 𝑦, 3𝑥 2 𝑒 − 𝑥𝑦, destaque os que são semelhantes a:
2 5
a) 𝑥 𝑦 2
b) 𝑥𝑦
c) 𝑥 2
2 1 1
4. Dada a expressão algébrica 𝑎𝑏2 − 𝑎𝑏2 + 𝑎𝑏2 + 𝑎𝑏2 , pede – se:
3 3 2
a) A forma mais simples de escrever essa expressão
b) O valor numérico quando 𝑎 = −1 𝑒 𝑏 = −6
c) O valor numérico quando 𝑎 = 0,4 𝑒 𝑏 = −0,2
1 3 1 2
8. Dada a expressão algébrica 𝑥 2 𝑦 − ( 𝑥 2 𝑦 + 𝑥 2 𝑦) + (𝑥 2 𝑦 + 𝑥 2 𝑦 − 𝑥 2 𝑦), pede – se:
2 4 10 5
a) A forma mais simples de escrever essa expressão
b) O valor numérico da expressão mais simples quando 𝑥 = 𝑦 = −2
9. Um sorvete custa y kuanzas. Andréia comprou 2 sorvetes, joana comprou 5 sorvetes e Luísa comprou 3
sorvete. Qual é o monômio que representa a quantia que as três gastaram juntas?
Polinômios
Definção: Uma expressão algébrica está reduzido quando não possui termos semelhantes, e a operação de somar
os termos semelhantes chama – se redução de expressão algébrica, transformando – a em soma algébrica de
monômios irredutíveis. A essa soma de monômios irredutível, chamamos de Polinômios.
Assim, os polinómios de acordo ao número de termos, podem ser classificados em monômio, binômio, trinômio
ou simplemente polinômios.
Ex.: a) 6𝑦 − 4 − 3𝑦 + 4 = 6𝑦 − 3𝑦 − 4 + 4
= 3𝑦 (apenas um termo – monômio)
b) −4𝑎 + 5𝑏 + 6𝑎 − 4𝑏 = −4𝑎 + 6𝑎 + 5𝑏 − 4𝑏
= 2𝑎 + 𝑏 (dois termos – binômio)
Observação: Um polinômio reduzido com mais de três termos, não tem nome particular.
Polinômios completos: Quando a ordem dos seus expoêntes for decrescente e não faltar nenhum expoente
na sequência.
Ex.: a) 3𝑥 5 + 2𝑥 4 − 𝑥 3 + 12𝑥 2 + 5𝑥 − 2
Para completar devemos acrescentar termos de coeficiente zero com a ordem da sequência do expoente em
falta: 3𝑥 3 + 𝟎𝒙𝟐 + 5𝑥 − 2
Nota: O grau de um polinômio reduzido é dado pelo seu termo (monômio) de maior grau cujo coeficiente é
diferente de zero. O coeficiente do monômio que determina o grau do polinômio é chamado coeficiente
dominante.
Quando o polinómio possui somente uma variável, seu grau é dado pelo maior valor que o expoente da
variável assume.
Ex.:
a) 2𝑥 2 + 3𝑥 → Polinómio do 2º grau
b) 3𝑎 + 4 + 5𝑎3 → Polinómio do 3º grau
Quando o polinômio possui mais do que uma variável, para saber o seu grau devemos somar os expoentes
de cada monômio. O monômio de maior grau determinará o grau do polinômio.
Ex.:
a) 10𝑥 4 𝑦 − 3𝑦𝑧 2 + 5𝑥 3 𝑧 3 − 9𝑥 2 𝑦 5 → Polinômio do 7º grau (coeficiente dominante é −9)
10𝑥 4 𝑦 → gr (M) = 4 + 1 = 5
−3𝑦𝑧 2 → gr (M) = 1 + 2 = 3
5𝑥 3 𝑧 3 → gr (M) = 3 + 3 = 6
−𝟗𝒙𝟐 𝒚𝟓 → gr (M) = 𝟐 + 𝟓 = 𝟕
Se o polinômio apresentar termos semelhantes, ao determinar o seu grau, devemos primeiramente reduzi-
lo e, em seguida, determinar o grau do polinómio reduzido.
2 1 1 𝟐 1 1
Ex.: a) 3 𝑎𝑥𝑏 2 − 2 𝑎2 𝑦𝑏 + 52𝑎𝑏 + 3 𝑎𝑥𝑏 2 + 0,5𝑎2 𝑦𝑏 = 𝟑 𝑎𝑥𝑏 2 + 3 𝑎𝑥𝑏 2 − 2 𝑎2 𝑦𝑏 + 0,5𝑎2 𝑦𝑏 + 52𝑎𝑏
2 1 1
= (3 + 3) 𝑎𝑥𝑏 2 + (− 2 + 0,5) 𝑎2 𝑦𝑏 + 52𝑎𝑏
= 𝑎𝑥𝑏 2 + 52𝑎𝑏 → O gr(P) = 4
1 2 1 5
2. Escreve a forma reduzida do polinômio 𝑎 + 2𝑏 − 𝑎𝑏 − 𝑏 + 𝑎𝑏 + 𝑎
2 3 4 6
6. Determine o grau dos polinômios abaixo e indica o coeficiente dominante em cada caso:
a) 10𝑥 6 − 0,75𝑧 3 − 9𝑥 4 𝑧 3 + 𝑥 3 𝑦 6 =
4 1 3
b) −0,005𝑚𝑛4 𝑝2 − 7 𝑎2 𝑏3 𝑐 + 0,5𝑥𝑦 5 + 3 𝑎𝑏3 𝑐 + 0,5𝑚𝑛4 𝑝2 + 5 𝑥𝑦 5 =
Adição de Polinômios
Nota: O procedimento utilizado na adição e subtração de polinômios envolve técnicas de redução de termos
semelhantes, operações envolvendo sinais iguais e diferentes. Para somar dois polinômios, devemos eliminar
primeiramente os parênteses (aplicando a regra dos sinais) e em seguida, somar os coeficientes dos termos
semelhantes.
Ex.:
a) (𝑥 2 − 3𝑥 − 1) + (−3𝑥 2 + 8𝑥 − 6) = 𝑥 2 − 3𝑥 − 1 − 3𝑥 2 + 8𝑥 − 6
= 𝑥 2 − 3𝑥 2 − 3𝑥 + 8𝑥 − 1 − 6
= −2𝑥 2 + 5𝑥 − 7
Observação: No caso de existirem para além dos parênteses, colchetes e/ou chavetas, a eliminação dos mesmos
deverá ser feita seguindo a ordem dos símbolos (parênteses, colchetes e chavetas), seguindo sempre o
procedimento da regras de sinal.
Resolução:
Há três formas diferentes para podemos adicionar esses polinômios:
Exercícios Propostos
1. Observe a figura abaixo no qual estão indicadas as medidas dos seus lados:
2. Ana comprou 2 lapiséiras e 5 canetas, enquanto Roberto comprou 3 lapiséiras e 2 canetas. Nessas
condições, responda:
a) Qual o polinômio que representa a quantia que Ana gastou?
b) Qual o polinômio que representa a quantia que Roberto gastou?
c) Se cada lapiséira custa 150kz e cada caneta, 200kz, quanto Ana gastou e quanto Roberto gastou?
3. Em uma partida de basquete, Rui fez 𝑥 arremessos a cesta e acertou 60% desses arremessos menos
1. Paulino também fez 𝑥 arremessos e acertou 40% mais 2. Nessas condições, e recordando que
60% = 0,6 e 40% = 0,4, escreva o polinômio que representa:
a) A quantidade de arremessos que Rui acertou
b) A quantidade de arremessos que Paulino acertou
c) A quantidade de arremessos que os dois acertaram juntos
d) A diferença entre os arremessos que Rui acertou e os arremessos que Paulino acertou.
5. Calcule:
a) 4yx − 7xy =
b) 0,5m + 12m =
c) 26,1ab3 − 1,4ab3 =
3 2 a2
d) a + =
2 2
e) 13a2 − ab2 + 7ab − 14a2 b + ab − 21ab2 =
f) (13𝑥 + 75𝑦) + (𝑦 − 13𝑥) =
g) (12,4𝑥 − 46𝑦) − (1,48 − 1,3𝑥 + 1,89𝑦) =
h) 5a − [3b + (4a − 3b)] =
i) −[(x 2 − 3y) + 2y] − [(x − 4) − (3x 2 + x) + 6] =
5
j) − p − [−(2s + 4p) + (3s − 3p)] =
2
k) 2r − {3s − [t − (3r − 2s) − t] − 3s} =
1 1
l) 8b + {3a − [5b − ( m − 2a)] − m} − 4m =
4 4
m) 6a − [2a + 3ab − (5a + 2ab)] + 3a =
2 2
7. Determine a soma dos polinômios 5𝑎𝑚 + 2𝑎𝑛 − 7𝑚𝑝 com o polinômio 2𝑎𝑚 − 9𝑎𝑛 + 5𝑚𝑝. Do
resultado, subtraia 𝑎𝑚 − 𝑎𝑛 − 𝑚𝑝. Que polinômio você obtém?
Nota: Para multiplicar monômios não é necessário que eles sejam semelhantes, basta multiplicar os coeficientes
e multiplicar as partes literais sendo que, quando multiplicarmos as partes literais devemos aplicar a propriedade
de potência da multiplicação com bases iguais caso existam variáveis iguais. As variáveis diferentes, multiplicam
– se entre si.
Ex.: a) 𝑥 (𝑥 + 3) = 𝑥 2 + 3𝑥
b) −2𝑥 (3 − 𝑥 − 𝑥 2 ) = −6𝑥 + 2𝑥 2 + 2𝑥 3
c) (3𝑥𝑦 + 2𝑥). 5𝑥 = 15𝑥 2 𝑦 + 10𝑥 2
2. Multiplicação de binômios
A multiplicação de binômio, aplica – se novamente a propriedade distributiva. Cada termo do primeiro
binômio, vai multiplicar por todos os termos do outro binômio, transformando numa multiplicação de
monômio por polinômio.
Ex.:
1. (𝑎 + 1)(𝑎 + 1)
(𝐚 ± 𝐛)𝟐 → Binómios iguais (Quadrado do binómio)
(𝑎 − 1)(𝑎 − 1)
1. Quadrado do binómio
O quadrado do binómio (produto de dois binómios iguais) é dado pela soma ou diferença do quadrado
do primeiro termo com o dobro do produto do primeiro termo com o segundo mais o quadrado do
segundo termo, ou seja:
+(a + b)2 = a2 + 2ab + b2 → Quadrado da soma
(𝐚 ± 𝐛)𝟐 = 𝐚𝟐 ± 𝟐𝐚𝐛 + 𝐛𝟐 +
+(a − b)2 = a2 − 2ab + b2 → Quadrado da diferença
+
Ex.: 1. Aplicando os casos notáveis, multiplica
+ os seguintes binômios:
+
a) (𝑥 + 3)(𝑥 + 3) = 𝑥 2 ++ 2. 𝑥. 3 + 32
= 𝑥 2 ++ 6𝑥 + 9
+
+
b) (2 − 𝑎)2 = 22 − 2.2. 𝑎 + 𝑎2
+
= 4 − 4𝑎 + 𝑎2
+
+
+
Demostração geométrica do quadrado da soma
+
a2 = (a − b)2 + 2b(𝑎 − 𝑏) + b2
a2 = (a − b)2 + 2ab − 2b2 + b2
a2 = (a − b)2 + 2ab − b2
a2 − 2ab + b2 = (a − b)2
Ex.:
a) (𝑥 − 2)(𝑥 + 2) = 𝑥 2 − 22
= 𝑥2 − 4
e) (3 − 2𝑥)(𝑥 2 − 5𝑥 − 2)
3 3
f) (5𝑥 + 2) (5𝑥 − 2)
1 1
g) (𝑥 − 2) (𝑥 − 2)
1
b) (20𝑎4 𝑏2 ) ÷ (−5𝑎𝑏) = 20𝑎4 𝑏2 × ( )
−5𝑎𝑏
20𝑎4 𝑏2
=
−5𝑎𝑏
= −4. 𝑎4−1 . 𝑏2−1 = −4𝑎2 𝑏 → monômio
Nota: Para efectuar a divisão de um polinômio por um monômio devemos dividir cada termo do polinômio pelo
monômio divisor, ou seja, multiplicar o polinômio pelo reciproco de monômio aplicando em seguida a
propriedade distributiva da multiplicação.
Ex.:
1
a) (10𝑥 4 𝑦 + 6𝑥𝑦 2 + 2𝑥 2 𝑦) ÷ (2𝑥𝑦) = (10𝑥 4 𝑦 + 6𝑥𝑦 2 + 2𝑥 2 𝑦) × ( )
2𝑥𝑦
𝑥3 1 1
= ( 2 × 2𝑥) − (2𝑥 × 2𝑥)
𝑥2
= −1
4
Nota: Um dos métodos mais comuns para a divisão de polinômios é o método da chave, semelhante ao método
da divisão de números inteiros (algarito da divisão).
Divider um polinômio P(x) por um polinômio D(x) , significa encontrar um polinômio Q (x) (quociente) e um
polinômio R (x) (resto) da seguinte maneira:
− Q (x) (𝑞𝑢𝑜𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒)
R (x) (𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜)
Passos a seguir:
1. Escrever os polinômios tanto o dividendo como o divisor em ordem decrescente dos seus expoentes
e completá-los quando necessário, com o termo de coeficiente zero.
2. Dividir o termo de maior grau do dividendo pelo termo de maior grau do divisor, obtendo o 1º termo
do coeficiente.
3. Multiplicar o termo obtido (quociente) por todos os termos do divisor e adicionar o produto assim
obtido com os sinais trocados aos termos de igual grau do dividendo.
4. Se o resto parcial ainda não apresenta grau menor do que o divisor então repetimos o processo até
obter um termo cujo grau é menor.
5. Verificação: P(x) = D(x) . Q (x) + R (x)
Exemplo:
1) Resolve:
a) 𝑎7 ÷ 𝑎3 =
b) 𝑡 4 ÷ 𝑡 4 =
c) (−32𝑥 4 ) ÷ (−8𝑥) =
d) (9𝑦 6 ) ÷ (−3𝑦 3 ) =
2 4
e) ( 𝑎4 𝑥 3 ) ÷ ( 𝑎𝑥 2 ) =
7 7
f) (2𝑥𝑦 4)
÷ (−0,5𝑦 2 ) =
5 1
g) (− 𝑎𝑛6 ) ÷ (− 𝑎𝑛5 ) =
9 8
1
h) ( 𝑚𝑥 2 ) ÷ (2𝑥) =
4
2) Por qual monômio você deve dividir 20𝑥 2 𝑦 3 para obter 5𝑥𝑦 2 ?
4) Ao efetuar a divisão de (−10𝑥 3 𝑦) por (−2𝑥𝑦), um aluno deu como resposta o monômio 5𝑥 3 . A
resposta está certa ou errada?
5) Carlinhos dividiu a soma (2𝑥 6 + 𝑥 6 ) pelo monômio (−𝑥 3 ) e deu como resposta o monômio −3𝑥 3 .
A resposta de Carlinhos está certa ou errada?
6) Calcule:
a) (−28x 4 + 8x 2 ) ÷ (4x 2 ) =
1 5 1
b) ( a4 b4 − a3 b3 ) ÷ (− a2 b2 ) =
5 8 2
10) O polinômio 3𝑥 3 - 2𝑥 2 − 41𝑥 + 60 tem três fatores. Dois deles são os polinômios 𝑥 − 3 e 𝑥 + 4.
a) Qual é o terceiro fator?
b) Qual o valor numérico do polinômio dado quando 𝑥 = 10?
Nota: Decompor um polinômio em factores (fatorização) significa transformar a soma irredutível de monômios
num produto de factores. Existem diferentes tipos de fatorização ou decomposição em fatores, e para cada um
deles, há técnicas específicas:
Usamos este tipo de decomposição quando existir um factor que se repete em todos os termos do polinômio.
Este factor que pode conter números e letras (monômio), será colocado na frente do parêntese. Dentro dos
parênteses fica o resultado da divisão de cada termo do polinômio pelo factor comum.
O factor comum é encontrado pela determinação do mdc dos coeficientes de cada termo do polinômio, e no
caso da parte literal, o factor comum em evidência será aquele que tiver menor expoente.
Usamos este tipo de decomposição quando existir um factor comum a cada dois termos. Para isso, devemos
identificar os termos que devem ser agrupados, podendo ser o 1º termo com o 2º termo e o 3º termo com
o 4º termo ou, 1º termo com o 3º termo e o 2º termo com o 4º termo e evidenciar o fator comum em cada
agrupamento. O resultado obtido será um polinómio que ainda possuí factor comum, devemos colocar esse
factor comum em evidência novamente.
Observação: Podemos ainda usar a decomposição por agrupamento para factorizar trinômios. Para estes
polinômios, devemos recorrer ao Produto de Stevin, também conhecido como Soma e Produto, que afirma
que, polinômios do tipo 𝑎𝑥 2 + 𝑆𝑥 + 𝑃, onde 𝑆 = 𝑎 + 𝑏 e 𝑃 = 𝑎. 𝑏, pode ser escrito como:
(𝑥 + 𝑎)(𝑥 + 𝑏).
Esse procedimento consiste em desfazer o termo médio em soma de duas parcelas, transformando a
expressão em um polinômio com quatro termos, da seguinte forma:
Usamos essa decomposição quando o polinômio for um trinômio quadrado perfeito. Trinómio quadrado
perfeito é uma expressão algébrica que possuí três termos em que o primeiro termo e o último termos,
resultam da multiplicação de um mesmo número duas vezes (quadrados perfeitos), sendo que, o termo do
meio deve ser o dobro do produtos de cada um dos factores dos dois termos que formam o quadrado
perfeito: ( 𝒂𝟐 + 𝟐𝒂𝒃 + 𝒃𝟐 ).
tipo (𝑎 ± 𝑏)2 . Assim, a decomposição do trinômio quadrado perfeito será: 𝑎2 ± 2𝑎𝑏 + 𝑏2 = (𝑎 ± 𝑏)2
Exemplo: Factoriza o seguinte polinômio: 𝑥 2 + 6𝑥 + 9
Diferença de dois quadrados: Para decompor polinômios do tipo 𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 , usamos o produto notável da
soma pela diferença. Assim a decomposição de polinômios desse tipo será: 𝑎2 − 𝑏2 = (𝑎 + 𝑏)(𝑎 − 𝑏)
Solução: Primeiro devemos encontrar os números que ao quadrado resultam nos quadrados perfeitos.
9𝑥 2 = (3𝑥)2 e 25 = 52
Em seguida, escrever o produto da soma de cada um dos valores encontrados pela diferença
desses valores e, a factrização será: 𝟗𝒙𝟐 − 𝟐𝟓 = (3𝑥 + 5)(3𝑥 − 5)
b) 21ab3 + 42ab2
c) 6a2 + 12ab
d) 15x 2 − 5x 3 − 20x
e) 9z − 18
5) Um polinômio P de grau 3 e variável 𝑥 foi dividido por um polinômio M de grau 2 e variável 𝑥. Dê pelo menos
um exemplo para P e M, de modo que:
a) O resto da divisão de P por M seja igual a zero.
b) O quociente da divisão de P por M seja igual a 𝑥.
6) Adriana decidiu colocar um tapete em seu consultório que mede 4,5m por 3,5m. O preço do metro quadrado
do tapete é de 1400kz. Quanto Adriana vai pagar?
8) Considere 𝑥 um número racional qualquer, 𝑦 um número racional diferente de zero e 𝑛 um número inteiro.
Represente por meio de expressões algébricas:
a) O tríplo de 𝑥
b) 5 a mais do que 𝑦
c) O antecessor de 𝑥
d) A soma do quadrado de 𝑥 com o dobro de 𝑦
e) O inverso de 𝑦
f) O oposto do quadrado de 𝑥
g) O dobro do sucessor de 𝑛
h) O sucessor do dobro de 𝑛
i) A metade da diferença entre 𝑥 e o triplo de 𝑦
j) O quadrúplo de 𝑥
5
k) Os da soma de 𝑥 com 3
6
l) A diferença entre 𝑥 e o seu inverso
9) Em uma partida de ténis, Rui fez 𝑥 saques e acertou 60% desses saques meos 1. Paulino fez também 𝑥 saques
e acertou 40% mais 2. Escreve o polinômio que representa:
a) A quantidade de saques que Rui acertou
b) A quantidade de saques que Paulino acertou
c) A quantidade de saques que os dois acertaram juntos
d) A diferença entre os saques que Rui acertou e os saques que Paulino acertou.
O aluno deverá saber reconhecer a incógnita e os símbolos matemáticos, numa dada situação, para
representar diferentes problemas. Justamente com os símbolos matemáticos, ele deverá reconhecer e/ou
diferenciar os sentidos que as diversas operações apresentam, por exemplo:
Adição: juntar, acrescentar.
Subtracção: resto, a mais ou a menos, etc.
Multiplicação: juntar parcelas iguais, dobro, etc.
Divisão: partilhar, dividir, agrupar, etc.
Estratégias de ensino
Essa colecção é composta por aulas que privilegiam o uso de problemas como recurso para construir conceitos
relativos ao tema. Na 1ª aula, utiliza a história da matemática como recurso para que os alunos, conhecendo a
origem da equação do 1º grau, percebam que as equações surgiram a partir da necessidade da resolução de
problemas de forma mais ágil e eficaz.
Professor, para realizar essa atividade é necessário que os alunos já tenham conhecimento sobre o que são
equações. Para isso, você pode introduzir o assunto com alguns problemas, por exemplo, “um número somando
12 é igual a 25. Que númeroé esse?”. “ Que número que multiplicado por 6 dá 126?”. Questione-lhe quais seriam
esses números, e como eles resolveram.
Peça aos alunos que escrevam os problemas propostos usando apenas números, o sinal da operação, o sinal
de igual e símbolos para representar o número desconhecido. Escreva no quadro as diferentes representações
dos alunos e negocie um único símbolo, de preferencia o “x” para que possam usar no recurso que será sugerido
a seguir.
Depois diga-lhes que isso pode ser escrito de uma forma matemática, que são as equações e como traduzir
esses problemas em equações: "𝑥 + 12 = 25" e "6𝑥 = 126".
Relacione, então as equações com a balança de dois pratos, onde o sinal seria o equilíbrio; e o primeiro e o
segundo membro da equação são os pratos respectivamente.
A aula 4 tem como objectivo desenvolver a habilidade do cálculo mental a partir de substituição numéricas em
expressões dadas.
Na aula 5 utiliza um problema para a investigação de estratégias para a resolução de equação do primeiro grau.
Em seguida, objectivam apresentar actividades que buscam explorar problemas contextualizados envolvendo
equações.
Avaliação
Você pode usar como avaliação a participação nas atividades, as contribuições dadas, os procedimentos
utilizados para a resolução. Valorize os procedimentos correctos mesmo que errem o resultado final.
Nota: As equações são sentenças matemáticas que traduzem a ideia de equilíbrio, exprimindo assim uma relação
de igualdade entre números desconhecidos e números conhecidos. A palavra equação tem o prefixo equa, que
em latin quer dizer “igual”.
Definição: Chama-se equação do 1º grau à uma incógnita uma igualdade em que aparece uma incógnita de grau
1 e, a sua forma geral é 𝒂𝒙 = 𝒃, onde 𝒂 e 𝒃 são números conhecidos e 𝒂 ≠ 𝟎. Dizemos que uma equação
possui grau 1, ou é do primeiro grau, quando não existe produto entre incógnitas nelas. Além disso, dizemos
que uma equação possui apenas uma incógnita quando a incógnita que aparece nela é representada apenas por
uma letra distinta.
Exemplos:
a) 2𝑥 + 4 = 8
b) 4𝑥 = 18 − 2𝑥
c) 3(𝑥 − 2) = 1,3
A letra 𝒙 é a incógnita da equação. A palavra incógnita significa “desconhecido”. Todos os termos que estão
antes do sinal de igualdade (lado esquerdo) denomina – se 1º membro, e os termos que ficam depois do sinal
(lado direito), 2º membro. Os termos sem variável, denominam – se termos independentes.
Nota: As equações são uma das várias formas de tradução e interpretação de problemas do cotidiano. Para além
de saber interpretar da linguagem comum à linguagem matemática, mais importante na tradução de um problema
por meio de uma equação, é saber deduzir a incógnita para forma a equação, e para o efeito devemos:
Identificar qual será a incógnita, ou seja, saber o que o problema quer descobrir;
Identificar as operações envolvidas;
Montar a equação.
O João disse a Maria: “Pensei num número. Dois terços desse número é iguais à terça parte da soma
desse número com quatro. Em que número pensei?”.
𝑥 𝑥+4
Interpretação: “𝑥” será o número que João pensou, então a equação ficará assim: =
2 3
2. Equações impossíveis: Aquelas que possuem como solução o conjunto vazio, ou seja, não admitem
soluções alguma.
Exemplo:
a) 𝒙 + 𝟏𝟎 = 𝒙 + 𝟕 (Repare que não há nenhum valor que colocado no lugar de 𝑥, transforme
a igualdade numa sentença verdadeira).
Exercícios de Consolidação
3) Substitui nas equações a variável 𝑥 por 3 e diz se é solução ou não em cada caso:
a) 5x + 2 = 17
b) 5x + 2 + x = 20
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Entender o conceito e a importância das equações literais para a formação dos alunos;
Situar-se no processo de ensino e aprendizagem das equações literais;
Reconhecer e solucionar problemas aplicados modelados por equações literais;
Equações literais
Definição: As Equações Literais são equações (expressões ou fórmulas) que possuem, além da variável (ou
incógnita) em questão, coeficientes (ou parâmetros) representados de forma genérica por letras, e, por isso
recebem o nome de Literais.
a) 3𝒙 + 3𝑚 = 𝑥 + 9𝑚
b) 𝑆 = 𝑆0 + 𝑣𝑡 → Posição final de um móvel em função do tempo em movimento uniforme.
ℎ 8
c) =
𝑚 5
(𝐵+𝑏).ℎ
d) 𝐴 = → Àrea do trapézio
2
Esse processo de resolução de uma dada fórmula para uma dada letra que representa
a variável, considerando as outras letras como representantes de constantes (valores
conhecidos) é chamado de Resolução de Equações Literais. Em uma linguagem mais
simbólica, elas podem ser entendidas também como “receitas” matemáticas para se
encontrar o valor numérico de uma variável em função de quantidade(s) dada(s).
Além disso, os alunos podem checar diversas informações que estão implícitas na
situação pela análise das relações entre as quantidades envolvidas e entender
completamente o problema de forma lógica e crítica, o que seria difícil de se obter
apenas com quantidades dadas numericamente.
Nota: Para manter a igualdade de uma expressão algébrica, devemos operar tanto no primeiro como no segundo
membro, ou seja, realizar a mesma operação no primeiro membro e no segundo membro. Essa ideia recebe o
nome de princípio da equivalência.
O princípio da equivalência é utilizado para determinar o valor da incógnita da equação, ou seja, determinar a
raiz ou solução da equação.
Este princípio é utilizado quando existir no membro esquerdo um termo que esteja a adicionar ou a subtrair o
termo que tiver variável, ou ainda, se existir um termo com variável no membro direito a adicionar ou a subtrair
o termo sem variável. Nesse caso, adicionamos ou subtraimos cada membro da equação pelo simétrico desse
número, obtemos uma outra equação equivalênte a equação dada.
Exemplo:
a) 𝑥 + 4 = 7/−4
𝑥+4−4=7−4
𝑥+0=3
𝑥=3
b) 3𝑥 − 8 = −2 + 2𝑥/+8
3𝑥 = 6 + 2𝑥/−2𝑥
𝑥=6
Regra da adição: Numa equação, podemos mudar um termo de um membro para o outro se lhe trocarmos o
sinal, obtemos uma equação equivalênte a dada. Ainda assim, e de forma sub-entendida, estamos aplicando os
princípios de equivalência.
Exemplo:
a) 𝑥 + 4 = 7 b) 3𝑥 − 8 = −2 + 2𝑥
𝑥 =7−4 3𝑥 − 2𝑥 = −2 + 8
𝑥=3 𝑥=6
Este princípio é utilizado quando a variável estiver a ser multiplicada ou dividida por um número quelaque. Neste
caso, para deixar a variável sozinha, multiplicamos cada termo da equação pelo recíproco desse número, no caso
em que esse número esteja a multiplicar a variável. No caso em que esse número esteja a dividir a variável,
multiplicamos cada termo da equação por esse mesmo número, obtemos uma equação equivalente a dada.
Exemplo:
1. Resolve a equação 7𝑥 − 4 = 5 − 2𝑥 aplicando os princípios de equivalência:
Obs1: Para comprovar a solução, é sempre importante fazer a verificação, nesse caso, substituir na equação
original o valor da incógnita de maneira a encontrar o membro esquerdo igual ao membro direito.
7𝑥 − 4 = 5 − 2𝑥
7.1 − 4 = 5 − 2.1
7−4=5−2
3=3
ME = MD C. S = {1}
Obs2: Se o sinal da variável for negativo, devemos multiplicar a expressão toda por (−1) para eliminá – lo.
Exemplo:
8 − 𝑥 = −3 +8 princípio aditivo Verificação
8 − 8 − 𝑥 = −3 − 8 𝑥 + 2 = −3 + 2𝑥
−𝑥 = −11/. (−1) 5 + 2 = −3 + 2.5
𝑥 = 11 7 = −3 + 10
7=7
ME = MD C. S = {11}
EXEMPLOS E APLICAÇÕES
Nos exemplos a seguir, note que os passos sugeridos na seção anterior são explicitados durante a resolução de
cada questão para facilitar o entendimento do aluno.
Exemplo 1: Em uma balança, de um lado foram colocados 7 limões e 8 maçãs e do outro 25 limões e 2 maçãs,
de modo que os pratos da balança ficaram em equilíbrio. Pergunta-se: o peso de uma maçã equivale ao peso de
quantos limões?
Resolução:
Passo 1: O problema pede para que seja estabelecida a equivalência de pesos entre maças e limões.
Passo 2: As maçãs serão representadas pela letra “𝑚” e os limões pela letra “𝑙”.
Passo 3: Como os pratos estão em equilíbrio temos a seguinte equação:
8𝑚 + 7𝑙 = 2𝑚 + 25𝑙/−7𝑙
8𝑚 = 2𝑚 + 18𝑙/−2𝑚
6𝑚 = 18𝑙/÷ 6
1𝑚 = 3𝑙
Assim concluímos que o peso de uma maçã equivale ao peso de três limões.
Exemplo 2: Em uma superfície em forma de trapézio, a base maior é o triplo da menor. Sabendo que sua área
mede 100𝑚2 , calcule a medida de sua altura.
Resolução:
Passo 1: A base menor será representada pela letra 𝒃, a base maior por 𝟑𝒃, já que essa medida equivale a
três vezes a medida da base menor. Por sua vez, a altura será representada pela letra 𝒉:
(𝐵+𝑏).ℎ
𝐴=
2
(3𝑏+𝑏).ℎ
100 =
2
200 = 4𝑏ℎ
200
ℎ=
4𝑏
50
Assim concluímos que: ℎ =
𝑏
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣𝑡/−𝑣𝑡
−𝑣𝑡 + 𝑆 = 𝑆0 /. (−1)
𝑣𝑡 − 𝑆 = −𝑆0 /+𝑆
𝑣𝑡 = 𝑆 − 𝑆0 /÷ 𝑣
𝑆−𝑆0 235−15
𝑡= =
𝑣 𝑣
220
𝑡=
𝑣
Outras actividades
1. Roberta é quatro anos mais velha que Bárbara. A soma das idades das duas é 44. Determine a idade de
Roberta e Bárbara.
Solução 𝑥 + 𝑦 = 44
𝑥 → representa a Roberta 𝑦 + 4 + 𝑦 = 44
𝑦 → representa a Bárbara 2𝑦 = 40
𝑦 = 20, logo:
𝑦 + 4 → idade da Roberta
𝑥 + 𝑦 = 44 → idade das duas 𝑥 =𝑦+4
𝑥 = 20 + 4
𝑥 = 24
R: Bárbara tem 20 anos. Como Roberta é 4 anos mais velha, entao ela tem 24 anos.
5. Sabendo que o Victor tem uma coleção de pintura e que tem o dobro dos quadros do António mais
o quádruplo dos que tem o Nuno. Reprsentando por 𝑎, 𝑏 e 𝑐 o número de quadros do Victor, do
António e do Nuno, respectivamente, escreve:
a) Uma equação que relaciona 𝑎, 𝑏 e 𝑐.
b) O número de quadros do António, em função do número de quadros do Victor e do Nuno.
7. Traduza cada frase a seguir para a linguagem matemática equivalente. Em cada caso, represente pela
letra 𝑥 a quantidade que se quer determinar:
a) Duas vezes a soma de um número com 5 é igual a 30.
b) A soma de duas vezes um número com 5 é igual a 30.
c) Quatro vezes a diferença entre um número e 5 é igual a 24.
d) A diferença de quatro vezes um número com 5 é igual a 24.
e) A soma de duas vezes um número inteiro com três vezes o seu sucessor é igual a 48.
f) A soma de quatro vezes um número inteiro ímpar com duas vezes o próximo número inteiro
ímpar é igual a 46.
g) Solucione as equações montadas.
Unidade temática Sub - unidade temática Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
Os alunos devem ser capazes de: O aluno: horária
FUNÇÕES NOÇÃO DE Definir Função por uma expressão Noção de correspondência; Resolve problemas
CORRESPONDÊNCIA algébrica; Conceito de função; práticos da vida que
Distinguir tipos de funções; Representação de funções envolvem funções
Determinar funções; através de tabelas; apresentando o seu
Representar funções através de tabelas; Função definida por uma raciocínio de forma
Representar gráficos com funções; expressão analítica; lógica em diferentes 12
Interpretar informações apresentadas em A proporcionalidade directa situações de Aulas
tabelas; como função x →kx comunicação.
Determinar o valor da constante de Gráfico de função x →kx Interpretação de forma
proporcionalidade; Gráfico de função x →kx+b crítica a solução de um
Exemplificar a representação de função problema, no contexto
definida por uma expressão analítica; das funções.
Conteúdo:
Noção de correspondência.
Conceito de função.
Representação de funções através de tabelas.
Função definida por uma expressão analítica.
A proporcionalidade directa como função 𝑥 → 𝑘𝑥
Noção de conjunto;
Construção de uma sequência numérica;
Noções de proporção.
Estratégias de ensino
O preço que se paga por uma ligação telefônica é dado em função do tempo que se fala ao telefone.
O consumo de combustível de um veículo é dado em função de um percurso
percorrido.
Esse é o momento que os alunos têm o primeiro contato com as funções, um contato que deve iniciar-se
pela compreensão do significado e pela percepção da interdependência entre duas grandezas, pois essas são
questões muito mais relevantes que as definições formais e abstratas. A construção do conceito de função é
um processo demorado, e o nível de compreensão varia de um aluno para outro.
Esse conhecimento é possível graças a um procedimento que está muito presente em vários conceitos da
Matemática, e que recebeu o nome de correspondência biunívoca. A mesma consiste em atribuir a cada
objeto de um conjunto um objeto do outro conjunto, e continuar assim até que um ou ambos os conjuntos
se esgotem.
A técnica de contagem, em muitos povos primitivos, se reduzia precisamente a tais associações de idéias.
Eles registram o número de suas ovelhas ou de seus soldados por meio de incisões feitas num pedaço de
madeira ou por meio de pedras empilhadas. A origem da palavra "cálculo", ou seja, em latim calculus, significa
pedra.
A correspondência biunívoca resume-se numa operação de "fazer corresponder". Pode-se dizer que a
contagem se realiza fazendo corresponder a cada objeto da coleção (conjunto), um número que pertence à
sucessão natural: 1, 2, 3, 4, 5, ...
A gente aponta para um elemento qualquer e diz: um; aponta para outro e diz: dois; e assim sucessivamente
até esgotar os elementos da coleção; se o último número pronunciado for nove, dizemos que a coleção tem
nove elementos e é um conjunto finito. Portanto se alguém te perguntar o que é contar? Diga-lhe: Contar é
estabelecer uma correspondência Biunívoca ok?
Antes de ser apresentada em linguagem matemática, a ideia de função precisa ser trabalhada de forma intuitiva
através de uma relação entre dois conjuntos. Um exemplo prático é a relação existente em um posto de
gasolina entre a quantidade de litros de gasolina e o preço a pagar.
Para iniciar o assunto, leve os alunos à refelexao sobre o significado da palavra “função”. Dê-lhes a
oportunidade para dizerem o que pensam sobre o significado desta palavra. Leve os alunos a compreender
que a palavra função demostra relação (correspondência) entre dois factos ou duas coisas.
Em seguida, coloque no quadro dois conjuntos representados por diagrama e peça aos alunos que façam a
devida correspondência (ligação). No primeiro coloque: maçã, camisola, cavalo. No segundo coloque: animal,
fruta, vestuário e, abra um debate em relação a isso antes de questionar: “ O que pensaram ao fazer a
correspondência? Qual o critério que utilizaram?”. Observe se todos chegaram a resposta esperada, caso
necessário, discuta com eles as respostas divergentes. Convide os alunos a fazerem outros exemplos
apresentados, todos os elementos do primeiro conjunto.
Professor, aproveite a actividade, para construir, com seus alunos, o significado da palavra “correspondência”.
Partindo de situações problemáticas e próximas da realidade dos alunos, o professor deverá subsidiar a
compreensão e o significado de uma relação de interdependência entre duas grandezas (quando uma
grandeza varia. A outra também varia segundo uma lei). No caso da função afim, essa variação mantém uma
proporcionalidade.
O conceito de proporcionalidade está presente no cotidiano de qualquer pessoa em diversas situações. A
proporcionalidade é essencial para o aprendizado de muitos conteúdos, tanto nas diversas dimenssões da
matemática, como nas aolicações desse conceito à geografia, física, química, etc.
O objectivo dessa aula é, através de actividades, fazer com que o aluno perceba situações que envolvam ou
não, grandezas proporcionais. Para tanto é necessário que o aluno compreenda o conceito de grandeza e
saiba manipular medidas de uma grandeza.
Professor, proponha as actividades que se seguem e deixe que os alunos resolvam com os conhecimentos
adqueridos tanto na vida escolar, quanto em situações do dia-a-dia. Peça que os mesmos registrem o seu
raciocínio e, em seguida, discuta com a turma as diversas formas de resolução encontradas.
“Compre aqui na promoção, um pacote de amendoin por 1000 kz. Levando dois
pacotes , você paga 1500 kz e, na compra de três pacotes, só paga 1800 kz”.
Peça para os alunos analisarem essa situação, e questione se, nesse caso, podemos dizer que as grandezas,
quantidades de pacote e preço, são proporcionais.
Os quocientes entre o número de pacotes de amendoim e o preço pago por pacote não são constante, logo
as grandezas não são proporcionais. Coclua então, com a participação dos alunos, que nessa situação o
quociente não é constante. As duas grandezas (quantidade de pacotes e preço) não são proporcionais.
Noção de correspondência
Suponha que se deseje analisar a variação de temperatura, durante sete dias, em uma determinada região.
Após a medição das temperaturas, registrou-se a temperatura média diária, em cada um dos sete dias,
obtendo a seguinte tabela:
Em termos matemáticos, podemos dizer que estabelecemos uma relação do conjunto de dias da semana
𝐴 = {1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º} no conjunto das medidas das temperaturas 𝐵 =
{18°𝐶, 19°𝐶, 16°𝐶, 13°𝐶, 15°𝐶}.
Associamos a cada dia da semana, a temperatura média correspondente. Em outras palavras, dizemos que
estabelecemos uma correspondência entre o onjunto A e o conjunto B.
Nota: Uma correspondência é uma relação lógica entre dois ou mais objectos (coisas). Podemos representar
essa relação de diferentes maneiras, uma delas é através do diagrama de flechas ou setas.
Em matemática, uma função representa a dependência de certa quantidade (variável) em relação a outra.
Considere dois conjuntos não – vazios 𝐴 e 𝐵 e uma lei 𝑓 que associa a cada elemento 𝑥 de 𝐴 um único
elemento 𝑦 de 𝐵. Temos então uma função 𝑓 de 𝐴 em 𝐵.
Assim, podemos definir a função como uma regra que associa a cada valor de entrada um único resultado de
saída, denominado valor da função. A entrada é chamada de variável independente e a saída, de variável
dependente. O conjunto de todos os números de entrada é chamado de domínio da função e o conjunto de
todos os números de saída é chamado de imagem da função.
Exemplo:
Numa função, o conjunto A (primeiro) é o conjunto de partida, que representa o domínio da função (𝐷𝑓 ). Os
seus elementos são chamados de objecto. O conjunto B (segundo) é o conjunto de chegada, que representa
o contradomínio da função (𝐶𝐷𝑓 ). Os elementos do contradomínio que se relacionam com os elementos do
conjunto A, são chamados de imagem (𝐼𝑚 ). Assim, tanto o domínio, contradomínio e a imagem da função,
são elementos de uma função.
Tipos de funções
5) Verifique em cada caso, se o esquema define ou não uma função de A em B, e nos casos em que
define uma função, diga que tipo de função se trata:
Toda função é definida por uma regra. Na matemática, esta regra pode ser definida por uma expressão em
que o valor de entrada é representado por uma variável ou incógnita. Como exemplo, considere a regra que
associa a um número o dobro do seu valor. Esta regra pode ser representada, matematicamente, como:
𝑓(𝑥) = 2𝑥
O símbolo 𝑓(𝑥) indica que a variável da função é representada pela letra 𝑥. Pode-se ainda representar a função
usando outra incógnita ou variável, diferente daquela usada na expressão que define a regra pela qual se
calcula o valor da função. No exemplo anterior pode-se, alternativamente, usar 𝑦 = 2𝑥 ao invés de 𝑓(𝑥) =
2𝑥. Desta maneira, pode-se estabelecer, a cada valor de 𝑥, um valor para a função 𝑓(𝑥), como a seguir:
𝑓(1) = 2.1 = 2
𝑓(2) = 2.2 = 4
𝑓(3,5) = 2. (3,5) = 7
Por exemplo, em uma padaria, um pão custa 50 kuanzas, quer dizer que 1 × 50 = 50. Se comprarmos dois
pães, pagaremos 100 kuanzas porque, 2 × 50 = 100.
Para encontrar o valor total de dinheiro gasto, multiplicamos o número de pães que levamos por 50 kz.
Portanto, a regra nesse caso é que pegamos o valor de 𝒙 (o número de pães comprado) e o multiplicamos
por 50 para obter 𝒚 (o montante total de dinheiro gasto).
Observações:
A incógnita ou variável usada na expressão que define a representação matemática da função é
conhecida como variável independente, pois a ela pode-se atribuir um valor qualquer, sem que ele
dependa de qualquer resultado calculado anteriormente. Na expressão 𝑦 = 2𝑥, a variável
independente é o 𝑥.
A variável dependente é aquela que simboliza o valor da função para cada dado de entrada. É chamada
de variável dependente, pois seu valor depende do atribuído a variável independente. Na expressão
𝑦 = 2𝑥, a variável dependente é o 𝑦.
Numa função definida por uma expressão analítica é estabelecida uma relação entre domínio e imagem. O
domínio (a variável independente) é caracterizada por 𝒙, e a imagem (a variável dependente) por 𝒚 ou 𝒇(𝒙) .
O Domínio de uma função corresponde ao conjunto de valores da variável dependente para os quais a
função é definida. Para as funções 𝑓(𝑥) = 2𝑥 o domínio corresponde a todo o conjunto de números,
pois para qualquer valor de 𝑥 estas funções são definidas.
A imagem de uma função é definida como o conjunto de todos os valores que a função pode assumir,
considerando-se todos os valores possíveis da variável independente (ao conjunto de todos os valores
possíveis da variável independente denomina-se domínio da função).
Considere, por exemplo, a função 𝑓(𝑥) = 2𝑥, em que a variável independente pode assumir qualquer valor
no conjunto dos números reais (ou seja, o seu domínio é todo o conjunto dos números racionais). A variável
dependente 𝑦, obtida pela regra que define o seu valor como sendo igual ao dobro do valor da variável
independente, só terá valores reais não negativos.
A expressão analítica representa a regra que define a função e é dada por: 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 + 𝒃, sendo que 𝒂 e
𝒃 são números racionais e 𝑎 ≠ 0, chamamos de Função afim ou função do 1º grau.
Observação: Na função 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 + 𝒃, quando 𝒃 = 𝟎, temos que: 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙. A função é chamada de
função linear.
Exemplos:
Nota: A tabela é uma forma simples de representar uma função, pois apenas mostra as correspondências
entre os objectos e imagens. Para criar uma tabela de funções, é necessário primeiro a expressão algébrica
que representa a função função.
Construção da tabela:
1. Seja a função definida por 𝑦 = 50𝑥, temos:
Na primeira linha da tabela (vertical), listamos os valores de 𝑥, e na segunda linha da tabela, listamos os
valores correspondentes de 𝑦 de acordo com a regra da função.
Às vezes, as tabelas de funções são exibidas usando colunas em vez de linhas. Quando este for o caso, a
primeira coluna exibe os valores de 𝑥 e a segunda coluna exibe os valores 𝑦.
5) Um operário ganha 2 000kz por dia de trabalho. Analisando essa ocorrência, podemos estar diante
de uma função? Caso seja, represente através de uma tabela com os valores correspondentes ao 2º,
3º, 4º 5º e 6º dia de trabalho.
Nota: O gráfico de uma função é uma recta que se obtém a partir de duas rectas perpendiculares (abcissas e
ordenadas), onde os objectos correspondem às abcissas (𝑥) e as imagens correspondem às ordenadas (𝑦).
Logo, para determinar as correspondências, usam – se os pares ordenados, onde 𝑃 = (𝑥; 𝑦). O gráfico será
construído em um sistema de coordenadas chamado Plano cartesiano.
Para construir um gráfico, é necessário escolher valores para a variável 𝒙. Esses valores serão substituídos
na lei de formação da função para que o valor correspondente de 𝒚 seja determinado, bem como o par
oredenado. Cada elemento 𝒙 da função deve ser inserido no eixo horizontal (abcissas) e os elementos 𝒚 são
posicionados no eixo vertical (ordenadas). Os possíveis valor de 𝒙 formam o conjunto Domínio, enquanto
que o conjunto dos valores assumidos por 𝒚, formam o conjunto imagem, formando assim o ponto 𝑃 =
(𝑥; 𝑦).
𝒚=𝒙+𝟏
𝒙 𝒚 (𝒙; 𝒚) Obs: Como o gráfico de uma
𝟎 𝑦 =0+1→𝑦 =1 (0; 1) função do 1º grau é uma recta,
𝟏 𝑦 =1+1→𝑦 =2 (1; 2) basta localizar dois dos seus
𝟐 𝑦 =2+1→𝑦 =3 (2; 3) pontos para tracá – lo.
−𝟏 𝑦 = −1 + 1 → 𝑦 = 0 (−1; 0)
−𝟐 𝑦 = −2 + 1 → 𝑦 = −1 (−2; −1)
2. Encontrar os pares oredenados no plano cartesiano: Colocando cada um desses pares ordenados no plano
cartesiano, para encontrar os pontos e em seguida, ligar os pontos – Traçar o gráfico da função.
Observações:
O Gráficos da função afim 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 + 𝒃, é uma reta que corta o eixo das abcissas e das ordenadas,
o coeficiente 𝒂 de 𝑥 (coeficiente angular), representa a inclinação da reta em relação ao eixo 𝑂𝑥. O
termo independente 𝒃 (coeficiente linear), representa o ponto onde a reta corta o eixo 𝑂𝑦.
O Gráficos da função linear 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙, é uma reta inclinada que passa pela origem (0; 0).
Quando uma função afim apresenta o coeficiente angular igual a zero 𝒂 = 𝟎 a função será chamada
de função constante. Neste caso, o seu gráfico será uma recta paralela ao eixo 𝑂𝑥.
Ex.: 𝑓(𝑥) = 5
Solução: 𝑓(𝑥) = 2𝑥 − 4
0 = 2𝑥 − 4
2𝑥 − 4 = 0/+4
2𝑥 = 4/÷ 2
𝑥=2 → Para que a imagem seja zero, a variável independente 𝑥 = 2
Exercícios Propostos
1. Seja a função dada pela lei de formação 𝑓(𝑥) = 3𝑥 − 1, de domínio 𝐷𝑓 = {−3; 0; 2; 5}:
a) Classifique a função.
b) Representa graficamente.
c) A função é crescente ou decrescente? Justifique
d) Qual é o conjunto imagem dessa função?
e) Determine o zero da função.
Nota: Para entendermos a definição de proporcionalidade é necessário ter em conta alguns conceitos:
𝑥
Razão: A razão significa o quociente ou a divisão entre dois números 𝑥 e 𝑦, com y ≠ 0. Indica-se: ou
𝑦
𝑥 ∶ 𝑦 e lê-se: 𝑥 para 𝑦. O numerador (𝑥) é denominado antecedente e o denominador (𝑦) é
denominado consequente.
Exemplos:
2. Numa partida de futebol entre Angola e Nigéria, havia 80.000 espectadores, sendo 50.000 angolanos
e 30.000 nigerianos. Podemos dizer que a razão entre o número de nigerianos e o número de
30 000 3
angolanos é = , o que significa que para cada 3 nigerianos há 5 angolanos assistindo à esta
50 000 5
partida.
3. Em uma empresa de seguros de automóveis, 150 novos seguros são feitos por mês e 30 sinistros
são registrados no mesmo período. Deseja-se saber qual a razão de sinistros desta empresa com
relação ao número de seguros feitos no mesmo período.
Resolução: Para descobrirmos a razão de sinistros desta empresa com relação ao número de seguros
30 1
feitos no mesmo período, fazemos: = , o que significa que a empresa registra 1 sinistro para
150 5
cada 5 automóveis segurados no período estudado.
4. Numa determinada provincia do interior de Angola, foi realizada uma pesquisa sobre o número de
leitores que leem regularmente determinados jornais. A província tem cerca de 200.000 habitantes,
sendo que 2.000 pessoas leem o Jornal 𝑥, 8.000 leem o Jornal 𝑦 e 190.000 não leem
nenhum jornal. Pergunta-se:
c) Qual a razão entre o número de leitores do Jornal 𝑦 com relação ao do Jornal 𝑥?
d) Qual a razão de habitantes da cidade que têm o hábito de ler jornal?
Resolução:
a) Para se descobrir a razão entre o número de leitores do Jornal 𝑦 com relação ao do Jornal 𝑥,
8000
basta fazer o quociente entre os dois valores, ou seja: = 4. Isso significa que o jornal 𝑦 tem
2000
4 vezes mais leitores do que o Jornal 𝑥.
Proporção: Chama-se proporção à igualdade entre duas razões. Ou seja, quando duas razões têm como
resultado um mesmo decimal, dizemos que elas formam uma proporção. De um modo genérico,
𝑎 𝑐
representa-se uma proporção por uma das formas: = (b ≠ 0 e d ≠ 0).
𝑏 𝑑
Observação: Uma proporção representa uma equivalência entre duas fracções.
Os números que se escrevem numa proporção são denominados termos, os quais recebem nomes
especiais: o primeiro e o último termo a e d recebem o nome de extremos e os outros dois b e c recebem
o nome de meios.
Nota: Em toda proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos: 𝑎 × 𝑏 = 𝑐 × 𝑑.
6 9
Observe a proporção = e examine o que ocorre com os produtos dos termos do mesmo nome.
8 12
Se numa proporção, três termos forem conhecidos e um desconhecido pode-se determina-lo aplicando
a propriedade fundamental das proporções (regra de três simples).
Exemplo:
𝑎 3 3 𝑥
a) Na proporção 2 = 6 , Determine o valor de b) Determinar o valor de x na proporção 5
=7
“a”. 3 𝑥
=7 3×7=5×𝑥
𝑎 3 5
= 𝑎×6=3×2 21
2 6 𝑥= 5
6
𝑎= 𝑥 = 4,2
6
𝑎=1
1) Na escolha de um profissional para ocupar o cargo de gerente de marketing de uma grande empresa, o
setor de Recursos Humanos contou com um processo seletivo composto de 3 fases. Na primeira fase
4
deste processo, sabe-se que a razão entre o número de homens e o número de mulheres era 6. Se o total
de inscritos era 2.400 pessoas, determine:
a) O número de mulheres que participaram da seleção;
3
b) A razão entre o número de aprovados e o número total de inscritos, sabendo que 12 dos homens
12
foram aprovados e 20 das mulheres não foram aprovadas.
2) Uma empresa quer dividir uma parte de seus lucros, mais precisamente 120.000,00 kz, com 3 gerentes.
O critério utilizado para fazer a divisão será proporcional ao tempo de serviço de cada um na empresa. O
gerente 𝑥 trabalha na empresa há 12 anos, o gerente 𝑦 trabalha há 5 anos e o gerente 𝑧 há 3 anos.
a) Quanto cada um deve receber?
3) Numa propaganda de supermercado, um anúncio dizia: “Leve 3 cremes dentais e pague 2”. Se
um freguês resolve levar 15 cremes dentais, por quantos ele, efetivamente, pagou?
4) Determine dois números positivos, x e y, sabendo que a razão entre eles é 5/4 e a diferença
dos seus quadrados é 81.
5) A razão das idades de duas pessoas é 2/3. Achar estas idades sabendo que sua soma é 35
anos.
6) Três pessoas (A, B e C) formaram uma sociedade. O sócio A investiu 600.000,00 kz, o B investiu
900.000,00 kz e o sócio C investiu 300.000,00 kz. No final de um ano, registraram um lucro
líquido de 3600.000,00 kz e querem reparti-lo de forma proporcional ao investimento inicial de cada um.
a) Quanto deve receber cada sócio?
b) O que este valor representa em relação ao investimento inicial de cada sócio?
Nota: Duas grandezas 𝒙 e 𝒚 são directamente proporcionais quando a razão (divisão) entre 𝒙 e 𝒚 sempre dá
𝑦
o mesmo resultado, ou seja, é constante = 𝑘. Este valor 𝑘 é denominado constante de proporção e indica
𝑥
o quanto 𝑦 (o numerador) é maior ou menor que 𝑥 (o denominador).
Em outras palavras, dizemos que duas grandezas são directamente proporcionais quando a medida em que
uma aumenta, a outra também aumenta na mesma proporção (se dobrar, a outra também dobra); quando
uma diminui, a outra também diminui na mesma proporção, e para analisar se as grandezas são proporcionais
ou não, é bastante comum a utilização da razão.
𝑥 𝑦
Obs.: Se é constante, então também é constante. Entretanto, se a razão for invertida a constante de
𝑦 𝑥
proporção também inverte.
Exemplo:
x 2 4 6
y 1 2 3
4. Observe as tabelas:
a) Completa a tabela
b) Averigua se alguma das tabelas traduz uma situação de proporcionalidade directa e, em caso
afirmativo, indica a constante de proporcionalidade e o que representa.
c) Representa a função graficamente.
Nota: Para construir um gráfico de proporcionalidade directa precisamos de duas grandezas directamente
proporcionais. Assim, podemos construir uma tabela com os respectivos valores das duas grandezas
seguindo os seguintes passos:
Traçam-se dois eixos perpendiculares com a mesma origem;
Graduam-se os eixos, neste caso, registam-se no eixo horizontal a primeira grandeza da tabela e
no eixo vertical, a segunda grandeza;
Cada ponto obtém-se pela intersecção de uma recta vertical e uma horizontal.
Obs: Uma função de proporcionalidade directa 𝒚 = 𝒌𝒙 é representada graficamente por uma recta que passa
pela origem.
Tempo (minutos) 𝑥 2 4 6 8 10
Distância (km) 𝑦 3 6 9 12 15
Solução:
y 3
a) k = = = 1,5
x 2
y 6
k = = = 1,5
x 4
y 9
k = = = 1,5
x 6
b) y = kx → y = 1,5x
Tempo (minutos) 𝑥 1 2 3 4 5
Distância (km) 𝑦 2 3 4 5 6
Obs: Repare que nessa função a constante 𝑘 não se obtém pela divisão das duas grandezas, logo não é uma
função de proporcionalidade direita. Outro facto é que, nessa função o gráfico não passa pela origem.
Assim, a função do tipo 𝑦 = 𝑘𝑥 + 𝑏, não é uma função de proporcionalidade direita, o seu gráfico é uma
recta que não passa pela origem.
Exercícios de aplicação
1. Das expressões dadas, indica as que representam uma proporcionalidade directa e representa-as
graficamente:
a) 𝑥. 𝑦 = 4 d) 𝑦 =
2
𝑥+1
b) 𝑦 + 3𝑥 = 0 e) 𝑦 − 2𝑥 =0
𝑥
c) 𝑦 = f) 𝑦 = 4𝑥
2
Número de bilhete 𝑥 1 2 3 4 5
Preço (Kuanza ) 𝑦 80 160 240 320 400
a) Indica o gráfico que representa uma função de proporcionalidade direita e explica porquê.
b) Constrói a tabela correspondente à função de proporcionalidade direita.
c) Indica a sua expressão algébrica.
Unidade temática Sub - unidade temática Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
Os alunos devem ser capazes de: O aluno: horária
GEOMETRIA SEMELHANÇAS DE Distinguir a ampliação e redução Ampliação e redução de Resolve problemas
POLÍGONOS de figuras. figuras práticos da vida que
Identificar a razão de Razão de semelhança envolvem polígonos
semelhança. Noção de Polígono e perpendicularidade
Definir polígonos semelhantes. semelhante apresentando o seu 10
Distinguir os critérios de Semelhança de triângulos raciocínio de forma Aulas
semelhanças de triângulos Critérios de semelhanças lógica em diferentes
Comparar a razão entre Razão entre Perímetros de situações de
perímetros de triângulos triângulos semelhantes comunicação.
semelhantes.
PERPENDICULARIDADE Relacionar a perpendicularidade Perpendicularidade entre
entre a recta e plano. recta e plano.
6 Aulas
Aprofundar a perpendicularidade Perpendicularidade de dois
de dois plano. planos
Sugestões metodológicas
Nas primeiras actividades de composição a apresentar, poderá recordar exemplos que se podem recortar. Pode
decompor-se um triângulo noutros triângulos. Construir um paralelogramo equivalente a um triângulo, um
trapézio e relacionar as fórmulas das áreas.
O Teorema de Pitágoras pode verificar-se partindo da decomposição do quadrado. É oportuno neste momento
o uso de termos como: hipótese, tese, teorema e demostração.
A perpendicularidade entre rectas e planos e entre planos pode introduzir-se a partir do exemplo de uma sala,
uma mesa com pernas prismáticas, etc.
Os critérios de semelhança de triângulos também serão dados de forma intuitiva, com base na construção. Da
semelhança de triângulos podem tirar conclusões sobre o paralelismo.
As propriedades das translações serão verificadas experimentalmente e usadas para relacionar figuras entre si.
O conceito de vector surgirá naturalmente quando se pretende uma translação de uma figura sem apoio de
uma quadrícula.
Obs.: O Teorema de Pitágoras mantém-se na 8ª Classe, pois irá só ser trabalhado sobre a raiz de quadrados
perfeitos.
Semelhanças de Polígonos
Nota: Duas figuras são semelhantes quando têm a mesma forma, ou seja, quando uma delas resulta de uma
ampliação ou redução da outra. Isso acontece quando existe um número positivo r > 0 e uma correspondência
biunívoca entre elas, tais que quando um par de pontos na primeira figura corresponde a um par de pontos na
segunda figura, então a distância entre o par de pontos na segunda figura e a distância entre o par de pontos
na primeira figura é igual a 𝒓 (razão de semelhança).
Observação:
Numa redução, a razão de semelhança é menor que 1 (𝑘 < 1).
Os dois quadrados representados acima são semelhantes. O quadrado B é uma ampliação do quadrado A.
A medida dos lados do quadrado B é o dobro da medida dos lados do quadrado A.
Se dividirmos o comprimento do lado do quadrado B pelo comprimento do lado do quadrado A
4
teremos: = 2 → O número 2 é a razão de semelhança na ampliação.
2
Nota: Para determinar a razão de semelhança entre duas figuras semelhantes, temos que:
Identificar qual das figuras é a original e qual a ser transformada;
Conhecer o comprimento dos seus lados correspondentes.
Actividades
Dois rectângulos são semelhantes. O primeiro deles mede 10 centímetros de largura
por 8 centímetros de comprimento. O segundo rectângulo mede 20 centímetros de
largura por 16 centímetros de comprimento. Qual é a razão de semelhança das figuras?
Resolução:
20
𝑟= =2
10
16
𝑟= = 2. A razão de semelhança é 2
8
a) Podemos afirmar que o retângulo ABCD é a ampliação do retângulo EFGH? Justifique a sua resposta.
b) O retângulo EFGH é uma redução do retângulo ABCD? Justifique.
c) Determine a razão de semelhança
Polígonos semelhantes
Nota: Os polígonos são figuras planas e fechadas constituídas por segmentos de reta, chamados de lados. Em
um polígono podemos identificar os seguintes elementos: vértices, lados, ângulos internos, ângulos externos,
diagonais. O triângulo é o único dos polígonos que não possui diagonal.
De acordo com a aquantidade de lados que formam os polígonos, estas figuras possuem nomes e formatos
diferentes. Uma característica importante para reconhecer um polígono é saber que seus segmentos de reta
nunca se cruzam.
Nota: Dizemos que dois polígonos são semelhantes quando apresentam o mesmo número de lados, possuem
ângulos internos correspondentes e, além disso, têm lados correspondentes proporcionais, ou seja, as razões
entre os lados correspondentes de dois polígonos precisam ser iguais para que eles sejam semelhantes.
Propriedades
A semelhança entre dois polígonos não é válida apenas para seus lados e ângulos. Ela também pode envolver
seu perímetro. È isso que garante a propriedade a seguir:
1. Dados dois polígonos semelhantes, a razão entre seus perímetros é igual à razão entre as medidas de dois
lados semelhantes quaisquer.
Desta forma, as medidas dos perímetros de dois polígonos semelhantes são proporcionais aos lados desse
polígono.
Exemplo: Se temos um quadrado de lado 2 e outro quadrado de lado 3, sabemos que a razão de semelhança
3
é igual a 𝑘 = = 1,5. O perímetro destes quadrados vale:
2
𝑝1 = 4. 𝑎
𝑝1 = 4.2 = 8
𝑝2 = 4. 𝑎
𝑝2 = 4.3 = 12
𝑝2 𝐺𝐻 12 3
= → = = 1,5
𝑝1 𝐶𝐷 8 2
c)
Semelhança de triângulos
Nota: A semelhança de triângulos consiste, de modo geral, na proporção entre dois ou mais triângulos, ou
seja, são proporcionais se, e somente se, todos os seus lados e ângulos internos forem proporcionais ao outro
triângulo.
A fim de facilitar o processo, ou seja, não é necessário verificar as seis condições para determinar a semelhança
entre triângulos, precisamos apenas estudar os casos de semelhança nos quais é necessário verificar somente
três desses elementos:
̂ ̂
{𝐴 ≡ 𝐴´ ↔ 𝐴𝐶𝐵~𝐴´𝐶´𝐵´
𝐶̂ ≡ 𝐶̂ ´
𝐴𝐵 𝐴𝐶
=
{𝐴´𝐵´ 𝐴´𝐶´ ↔ 𝐴𝐶𝐵~𝐴´𝐶´𝐵´
𝐴̂ ≡ 𝐴̂´
A condição para que esses dois triângulos sejam semelhantes é que a razão entre 𝐴𝐵 e 𝐴´𝐵´seja igual à
razão entre os lados 𝐴𝐶 e 𝐴´𝐶´, ou seja, que os lados sejam proporcionais. Além disso, o ângulo
̂
compreendido entre esses lados deve ser igual: 𝐴̂ = 𝐴´
Neste caso, para que os triângulos sejam semelhantes, os lados correspondentes devem ser iguais.
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐴𝐶
= = ↔ 𝐴𝐶𝐵~𝐴´𝐶´𝐵´
𝐴´𝐵´ 𝐵´𝐶´ 𝐴´𝐶´
2
1. A razão de semelhança entre os triângulos 𝑀𝑁𝑃 e 𝑅𝑆𝑇 abaixo é de .
3
a) Determina a medida de 𝑅𝑆.
5. Calcule a razão de semelhança entre o triângulo 𝐴𝐵𝐶 e o triângulo 𝑀𝑁𝑃; depois, determine a
medida do lado 𝑁𝑃.
6. Na imagem a seguir, é possível perceber dois triângulos que partilham partes de dois lados. Sabendo
que os segmentos 𝐵𝐴 e 𝐷𝐸 são parelelos, qual a medida de 𝑥?
Tema 3: Geometria
Subtema 3.1: Semelhanças de Polígonos
Assunto: Razão entre Perímetros de triângulos semelhantes.
Os triângulos acima são semelhantes pois seus ângulos possuem as mesmas medidas. O perímetro de 𝑃1 de
𝐴𝐵𝐶 pode ser calculado:
𝑃1 = 11 + 7 + 10
𝑃1 = 28
Por outro lado, o perímetro 𝑃2 de 𝐷𝐸𝐹 não pode ser calculado directamente. Entretanto, ele segue a proporção
linear encontrada nas razões entre os lados. Portanto, podemos escrever e resolver a seguinte equação:
7 28
=
5 𝑃2
7𝑃2 = 28 × 5
140
𝑃2 =
7
𝑃2 = 20
Desta maneira, mesmo sem saber as medidas dos lados 𝐷𝐹 e 𝐸𝐹 é possível calcular o perímetro de 𝐷𝐸𝐹.
Exemplo:
Considere os triângulos a seguir. Sabendo que eles são semelhantes, determine os valores de 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐. O
perímetro do triângulo maior é igual a 84𝑐𝑚.
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐴𝐶
= =
𝐴´𝐵´ 𝐵´𝐶´ 𝐴´𝐶´
𝑎 𝑏 𝑐
= = =𝑘
7 9 5 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 84
𝑎
= 𝑘 → 𝑎 = 7𝑘 7𝑘 + 9𝑘 + 5𝑘 = 84
7
𝑏
21𝑘 = 84
= 𝑘 → 𝑏 = 9𝑘 𝑘=4
9
𝑐
= 𝑘 → 𝑐 = 5𝑘
5
Exercício Proposto
Nota: Dentre as posições relativas entre planos e rectas, destaca-se a perpendicularidade que assume
algumas características que a difere das outras posições. Assim temos:
Perpendicularidade entre rectas
Duas rectas distintas pertencentes ao mesmo plano ou não serão perpendiculares se formarem um
ângulo recto no seu ponto de encontro.
C U
A D
B C
8. Comenta as frases.
A: Uma recta perpendicular a um plano se for perpendicular a uma recta do plano que passa pelo
seu pé.
B: Para que uma recta seja perpendicular a um plano basta que seja perpendicular a duas rectas
concorrentes desse plano que passa pelo seu pé.
Unidade temática Sub - unidade temática Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
Os alunos devem ser capazes de: O aluno: horária
GEOMETRIA DECOMPOSIÇÃO DE Decompor polígono em triângulos e Decomposição de um Resolve problemas
FIGURAS quadriláteros. polígono em triângulos e práticos da vida que
Decompor um triângulo por uma quadriláteros. envolvem teorema de
mediana. Decomposição de um Pitágoras
Decompor um triângulo rectângulo pela triângulo por uma mediana apresentando o seu 10
altura relativa à hipotenusa. Decomposição de um raciocínio de forma Aulas
Aplicar a equivalência de Polígono. Área triângulo rectângulo pela lógica em diferentes
do trapézio. altura relativa à hipotenusa situações de
Equivalência de Polígono. comunicação.
Área do trapézio.
GRUPO DO TEOREMA Demonstrar o teorema das alturas. Teorema das alturas
DE PITÁGORAS. Demonstrar o teorema dos catetos. (Demonstração);
Demonstrar o teorema das hipotenusas. Teorema dos catetos
6 Aulas
(demonstração);
Teorema da hipotenusa
(demonstração).
Nota: Dado um polígono qualquer, seja ele regular ou irregular, é fácil observar que o podemos decompor em
triângulo e em quadrilátero. Também é fácil observar que essa decomposição não tem de ser única, é necessário
encontrar uma decomposição que torne mais simples os cálculos.
Normalmente relacionado com este assunto é habitual colocar-se o problema de calcular a área de uma figura
da qual não possuímos nenhuma fórmula directa de o fazer. Então recorremos a decomposição de figuras com
o objectivo de decompor a figura em triângulo e quadrilátero dos quais conhecemos as respectivas áreas. A
soma destas áreas será igual à área total da figura inicial.
Ex.: 1. O Sr. Carlos proprietário de vários lotes de terreno para moradias, precisa de saber a área de um dos
lotes para poder vender. O lote tem a forma da figura do exemplo acima.
a) Como ajudaríamos o Sr. Carlos a determinar a área deste terreno com essa forma de um polígono
irregular?
Devemos decompor a figura em triângulo e quadrilátero, para facilitar os cálculos e calcular a
área de cada figura. A área total será a soma de todas as áreas das figuras:
Exercícios Propostos
2. Calcule a medida da área do pentágono na figura a seguir, considerando as medidas que formam
colocadas nela.
Tema 3: Geometria
Subtema 3.3: Decomposição de figuras
Assunto: Decomposição de um triângulo por uma mediana.
Nota: Mediana de um triângulo é o segmento de recta que se obtém unindo um vértice de um triângulo ao ponto
médio do lado oposto a esse vértice.
Se num triângulo qualquer traçamos uma mediana, obtemos dois triângulos que são equivalentes, ou
seja, que têm a mesma área.
Num triângulo qualquer podemos encontrar três medianas. O ponto de intersecção dessas medianas é
chamado de Baricentro (centro de gravidade) do triângulo.
Not𝐚𝟏 : Dois (2) triângulos que se obtêm pela decomposição de um triângulo por uma mediana, são
geometricamente iguais quando, o triângulo a decompor seja isósceles. Neste caso temos que a altura do
triângulo coincide com a mediana e o ponto médio está no lado que tem comprimento diferente dos outros dois,
que são iguais.
Not𝐚𝟐 : Seis (6) triângulos que se obtêm pela decomposição de um triângulo pelas suas três medianas, são
geometricamente iguais quando, o triângulo a decompor seja mesmo equilátero. Os seis (6) triângulos obtidos
serão rectangulares.
4 cm
A C
M
20 cm
1. Observa o triângulo acima [𝐴𝐶𝐵 ] tal que [𝐵𝑀] é uma das suas medianas.
a) Justifica que ̅̅̅̅̅ 𝑀𝐶 .
𝐴𝑀 = ̅̅̅̅̅
b) Determina a área dos triângulos [𝐴𝑀𝐵] e [𝐵𝑀𝐶 ] obtidos após divisão pela mediana [𝐵𝑀] do
triângulo [𝐴𝐶𝐵].
c) Os triângulos [𝐴𝑀𝐵] e [𝐵𝑀𝐶 ] são equivalentes? Fundamenta a tua resposta.
Nota: Num triângulo rectângulo, ao maior lado opõe-se o maior ângulo e ao menor lado opõe-se o menor ângulo.
Assim, num triângulo rectângulo hã sempre um lado maior que os outros dois. A esse lado, o que se opõe ao
ângulo recto, chama-se hipotenusa e aos outros dois chama-se catetos.
Hipotenusa
Cateto
Cateto
Nota: Num triângulo rectângulo, a altura relativa à hipotenusa divide-o em dois triângulos rectângulos
semelhantes entre si e semelhantes ao triângulo inicial.
B C
a) A altura [𝐴𝑃] referente à hipotenusa [𝐵𝐶 ], decompõe o triângulo [𝐴𝐵𝐶 ] em dois triângulos.
Resolução:
A A A
B P C B P P C
Por esta razão, o triângulo [𝐴𝐵𝐶 ] ~[𝐴𝐵𝑃] (o símbolo ~ lê-se semelhante a).
Da mesma forma se pode concluir que [𝐴𝐵𝐶 ] ~[𝐴𝑃𝐶 ], logo os três triângulos são semelhantes entre si.
A A
c h h b
B P P C
´ ´
𝑐 𝑐
A semelhança entre estes triângulos vai permitir-nos estabelecer relações entre as medidas dos lados.
Assim temos as seguintes relações:
As Razão entre as hipotenusas é igual as razões entre os catetos menores e por sua vez igual as razões entre os
̅̅̅̅
𝐴𝐵 ̅̅̅̅
𝐵𝑃 ̅̅̅̅
𝐴𝑃
catetos maiores, ou seja: ̅̅̅̅ = ̅̅̅̅ = ̅̅̅̅
𝐴𝐶 𝐴𝑃 𝑃𝐶
Exercícios propostos
1. Considera os triângulos rectângulos seguintes:
A B c C
c
a a b a c
b
b
Obs: Podemos concluir que essas figuras são equivalentes, pois apresentam a mesma área.
Área do trapézio
O trapézio é um quadrilátero que possui dois lados e duas bases paralelas, sendo que uma é maior e outra
menor. É considerado um quadrilátero notável, de forma que a soma de seus ângulos internos corresponde a
𝐵+𝑏
360°. Para calcular a área do trapézio utilizamos a seguinte fórmula: 𝐴 = ×ℎ
2
Onde:
A: área da figura
B: base maior
B: base menor
h: altura
Exercícios Propostos
1. Calcule a área do trapézio de altura 5cm e bases de 8cm e 3cm.
2. Determine a medida da base menor de um trapézio de 100𝑐𝑚2 de área, 10cm de altura e base maior de
15cm.
3. Qual a altura de um trapézio com área de 50𝑐𝑚2 , base maior de 6cm e menor de 4cm?
Teorema de Pitágoras
O Teorema de Pitágoras está relacionado com o comprimento dos lados do triângulo rectângulo.
O enunciado desse teorema é: “Em todo triângulo rectângulo, a soma dos quadrados de seus catetos corresponde
ao quadrado de sua hipotenusa”. Conforme o enunciado temos: 𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐 2 .
Sendo que:
𝐚: hipotenusa
𝐛: cateto
𝐜: cateto
A hipotenusa é o lado maior de um triângulo rectângulo e o lado oposto ao ângulo recto. Os outros dois
lados são os catetos. O ângulo formado por esses dois lados tem medida igual a 90° (ângulo recta).
De acordo com o ângulo de referência, o cateto poderá ser chamado de cateto adjacente (quando está junto
ao ângulo) ou cateto oposto (contrário a este ângulo).
Demostração:
Há várias maneiras de demostrar esse teorema, aqui vamos ilustrar apenas um.
Observa a figura:
Exercícios propostos
1. De um triângulo rectângulo sabe-se que um dos seus catetos mede 3 cm e o outro 4 cm.
a) Calcula o comprimento da hipotenusa.
b) O lado de um quadrado mede 16 cm. Qual é o comprimento da sua diagonal?
Nota: Um lugar geométrico é um conjunto de pontos do plano ou do espaço que têm uma ou mais propriedades
em comum.
Mediatriz de um segmento de recta [𝑨𝑩] é o lugar geométrico dos pontos que estão a mesma distância de
A e de B.
Isso significa que qualquer ponto escolhido da mediatriz irá estar a mesma distância das extremidades do
segmento de recta que a motivou.
O segmento de recta 𝐴𝐵 tem ponto médio 𝑀, uma vez que a distância desse ponto às extremindades 𝐴 e 𝐵 é
a mesma 𝐴𝑀 = 𝐵𝑀. Além disso, decorre que a mediatiz 𝑚 é perpendicular a ̅̅̅̅ 𝐴𝐵 em 𝑀.
Qualquer ponto de 𝑚 sempre será equidistante das extremidades 𝐴 e 𝐵.
Exercícios propostos
Circunferência e círculo
A circunferência é um conjunto de pontos pertencentes ao plano que, dado um ponto fixo C, possuem a
mesma distância até o ponto C. Em outras palavras, dada a distância “r” e o ponto fixo C, qualquer ponto A
que possui a distância de A até C igual a r é um ponto pertencente a circunferência.
Nota: Circunferência é o lugar geométrico dos pontos do plano que estão à mesma distância (raio) de um
ponto fixo (centro). A circunferência pode ser considerada como uma linha curva fechada, onde a distância
entre a extremidade e qualquer ponto da mesma possui medida igual.
Obs: O ponto C é o centro da circunferência, ele não pertence a circunferência, pois a circunferência é apenas
o círculo verde. O ponto A, por sua vez, pertence a circunferência.
Nota: Círculo é o conjunto de pontos resultantes da união entre uma circunferência e seus pontos internos.
Em outras palavras, o círculo é a área cuja fronteira é uma circunferência.
Desta maneira, a diferença fundamental entre círculo e circunferência é que o círculo é toda a área interna da
circunferência. Já a circunferência é apenas o contorno de um círculo.
Cordas: Qualquer segmento que liga dois pontos pertencentes a uma circunferência é chamado de Corda.
Desta maneira, as cordas, em uns círculos, podem ser compreendidas como segmentos de recta que
ligam dois pontos distintos de sua borda.
IV. Tendo em vista os elementos de uma circunferência, que são outras figuras geométricas que fazem
parte de sua estrutura e de suas propriedades, assinale a alternativa certa:
a) O raio de uma circunferência é duas vezes seu diâmetro.
b) Uma corda é um segmento de recta que liga o centro de uma circunferência a qualquer um de
seus pontos.
c) O raio de uma circunferência é uma corda que liga dois pontos quaisquer pertencentes a ela.
d) O diâmetro de uma circunferência é uma de suas cordas.
Nota: Translação é o movimento que um objecto realiza de um ponto a outro. É o deslocamento paralelo,
em linha recta na mesma direcção e no mesmo sentido, de um objecto ou figura.
Exemplos de movimentos de translações:
Uma criança a brincar um escorrega;
Uma gaveta a deslizar sobre calhas;
Um elevador a deslocar-se de um piso para o outro.
Uma translação é uma transformação geométrica em que todos os pontos da figura original sofrem o mesmo
deslocamento por um movimento horizontal e outro vertical.
Na figura acima, pode-se observar que um mesmo elemento se desloca numa determinada direcção e sempre
paralelo a si próprio, isto é, sem nunca rodar.
Como obter a imagem de uma figura por uma translação
1º Passo: A partir de cada um dos vértices do triângulo, com régua e esquadro, traçam-se paralelas com a
direcção do vector dado.
2º Passo: Abre-se o compasso com comprimento igual ao vector dado e marcam-se as imagens dos
vértices, respeitando o sentido indicado pelo vector.
Tema 3: Geometria
Subtema 3.7: Vectores
Assunto: Noção de vector.
Composição de translações.
Adição de vectores.
O vector 𝑉
⃗ que tem a sua origem no ponto A e termina em B representa-se por ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 (lê-se vector AB), tem
direcção oblíqua, sentido de A para B e comprimento de 3 unidades.
Vectores opostos: Vectores que possuem o mesmo módulo e direcção, porém com sentidos
contrários.
Regra do triângulo
1. Junte os vectores, um pela origem, outro pela extremidade (ponta);
2. Adicione o vector resultante.
Exercícios Propostos
Unidade temática Sub - unidade temática Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
Os alunos devem ser capazes de: O aluno: horária
ESTATÍSTICA ORGANIZAÇÃO E Representar os dados num Polígonos de frequência; Interpreta e valoriza
REPRESENTAÇÃO polígono de frequência; Pictograma. informações estatísticas da
8 Aulas
DE DADOS Reconhecer o pictograma. vida representadas em
Construir o Pictograma. gráficos ou tabelas, tirando
INTERPRETAÇÃO DE Interpretar as informações, em Interpretação de conclusões para
INFORMAÇÃO tabelas, gráficos e pictograma informações, em tabelas, compreender diferentes
gráficos e pictograma. fenómenos da sociedade e
da natureza.
Apresenta conclusões sobre
6 Aulas
diferentes fenómenos
naturais, sociais a partir da
interpretação de
informações representadas
em tabelas e gráficos
Polígono de frequência
Nota: O polígono de frequência é um gráfico em linhas, cujas frequências são marcadas sobre as
perpendiculares ao eixo horizontal e erguidas a partir dos pontos médios (xi) de cada intervalo de classe.
Em outras palavras, as junções são formadas pelo ponto médio da classe na vertical, com a frequência da
classe na horizontal.
Na hora de construir um polígono de frequência, se por acaso na parte inferior o limite for de 02 e o limite
superior de intervalo for de 10, então esse polígono de frequência deverá ser encerrado em 01 e 11.
Os polígonos devem ser fechados nas duas extremidades já que a área sob a curva é que representa todos
os dados. O ponto que tiver mais altura num polígono de frequência representa a maior frequência, ao passo
que a área abaixo da curva inclui a totalidade dos dados existentes.
Nota: Para obtermos um polígono, devemos ligar os extremos de cada linha obtida aos pontos médios da
classe anterior, bem como ao ponto médio posterior à última classe da distribuição.
Para determinar pontos médios, devemos ter em conta os seguintes elementos:
Classe: Nº de linhas dos dados agrupados em intervalos;
Limites de classes: são os extremos de cada classe ( inferior 𝒍 𝒊 e superior 𝑳 𝐢 );
𝒍𝒊 +𝑳𝒊
Ponto médio: é o ponto que divide o intervalo de classe em duas partes iguais → 𝒙𝒊 =
𝟐
Exemplo:
As notas obtidas por 30 alunos numa classe foram:
1; 2; 3; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 8; 2; 3; 4; 8; 9; 7; 6; 5; 6; 7; 10; 10; 9; 8; 7; 6; 5; 4; 5; 6.
a) Construa uma distribuição de frequência absoluta com intervalos de classe com 5 classes.
b) Qual o limite inferior da 2º classe e o limite superior da 3ª classe?
c) Desenha um polígono de frequência.
Classe Notas obtidas (𝒙) Frequência absoluta Frequência relatica Frequência relativa (%)
1 𝟏⊢𝟑 3 3 ÷ 30 = 0,1 10%
2 𝟑⊢𝟓 6 6 ÷ 30 = 0,2 20,5%
3 𝟓⊢𝟕 9 9 ÷ 30 = 0,3 30%
4 𝟕⊢𝟗 8 8 ÷ 30 = 0,27 27%
5 𝟗 ⊢ 𝟏𝟏 4 4 ÷ 30 = 0,13 13%
Total 30 30 ÷ 30 = 1 100%
𝒍𝒊 +𝑳𝒊 𝟏+𝟑 𝟒
1ª classe: 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐 → 𝒙𝒊 = 2 (2; 3)
𝒍𝒊 +𝑳𝒊 𝟑+𝟓 𝟖
2ª classe: 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐 → 𝒙𝒊 = 4 (4; 6)
𝒍𝒊 +𝑳𝒊 𝟓+𝟕 𝟏𝟐
3ª classe: 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 6 (6; 9)
𝒍𝒊 +𝑳𝒊 𝟕+𝟗 𝟏𝟔
4ª classe: 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 8 (8; 8)
𝒍𝒊 +𝑳𝒊 𝟗+𝟏𝟏 𝟐𝟎
5ª classe: 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 𝟐
→ 𝒙𝒊 = 10 (10; 4)
Polígono de Frequência
10
8
Frequência
0
2 4 6 8 10
Notas obtidas pelos alunos
Pictogramas
Os pictogramas são símbolos gráficos que representam uma imagem ou ideia. São considerados menos
abstractos e, por essa razão, com mais poder comunicacional junto de um público com baixa literacia visual
ou com pouco tempo para interpretar um gráfico mais complexo.
Construção de pictograma
Os pictogramas estatísticos mais comuns associam uma forma à variável representada e variações
proporcionais no tamanho dessa forma para reflectir diferentes valores assumidos pela variável.
Regras fundamentais para sua construção de um gráfico pictórico:
Os símbolos devem explicar-se por si próprio;
As quantidades maiores são indicadas por meio de um número de símbolos, mas não por um
símbolo maior;
Os símbolos comparam quantidades aproximadas, mas não detalhes minuciosos;
Os gráficos pictóricos só devem ser usados para comparações, nunca para afirmações isoladas.
1. O gráfico seguinte mostra quantos ratos um agricultor encontrou na sua quinta em 5 dias.
a) Em que dia encontrou o mesmo número de ratos que na quarta-feira e quinta- feira (juntos)?
b) Quantos ratos encontraram na segunda-feira?
2. A cantina de uma escola seleccionou 50 alunos ao acaso e verificou o número de vezes por semana que
eles compravam lanches, obtendo os seguintes resultados:
0; 2; 2; 4; 3; 2; 2; 1; 1; 2; 1;0;1;1;1;1;1;1;2;2;2;3;2;2;2;0;2;2;1;1;0;2;0;2;2;2;2;2;2;2;2;2;2;2;1;2;5;4.
Tema 3: Estatística
Subtema 4.2: Interpretação de Informação
Assunto: Interpretação de informações em tabelas, gráficos e pictograma
Interpretação da informação
Para organizar os dados estatísticos podem utilizar-se tabelas e gráficos. Os gráficos podem ser de barras,
circulares, linhas, etc. Exemplo:
1. Durante o mês de Fevereiro foram vendidas várias camisolas na loja da Dona Rita. A tabela de
frequências abaixo ilustra o número de vendas.
Cor Frequência absoluta Frequência relativa
Azul 13 0,26
Preto 3 0,06
Branco 7 0,14
Verde 6 0,12
Vermelho 12 0,24
Amarelo 9 0,18
Total 50 1
A partir da tabela de frequências podem ser construídos vários gráficos para representar a informação.
Azul
Preto
Branco
Verde
Vermelho
Amarelo
= 2 Camisolas
o A unidade gráfica (neste caso as camisolas) é uma figura alusiva ao tema em estudo.