F.C.E. - U.N.P.S.J.
NÚCLEO TEMÁTICO V: PROBLEMA ANTROPOLÓGICO
Quem sou eu? Como sou?
OBJETIVO
Revalorizar o homem como criador de sua própria existência e único
responsável pelo seu projeto de vida.
DIAGRAMA
O FENÔMENO HUMANO
O QUE É O HOMEM?
VIDA HUMANA E EXISTÊNCIA
DIMENSÕES FUNDAMENTAIS DA EXISTÊNCIA
FRONTEIRAS DA EXISTÊNCIA
DIGNIDADE HUMANA
Y GLOBALIZAÇÃO
ATUALIDADE E URGÊNCIA DO PROBLEMA:
O que é o ser humano? Esta pergunta que é central na Antropologia
Filosófica, se relaciona de forma direta com o tema do significado e o
propósito da vida humana. Como todas as perguntas filosóficas, recebeu
uma pluralidade de respostas diferentes, várias delas antitéticas. Essas
diversas respostas, a seu turno, estão implicitamente incorporadas a
A Filosofia 1
UNIDADE V: OProblema Antropológico
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modos de vida e se relacionam com práticas educativas de certo tipo e com
determinadas organizações socio-políticas, o que permite admitir de
imediato o importante que pode ser explicitá-las para refletir sobre
elas e submetê-las à nossa análise crítica.
O que é o homem? Quem sou eu? Qual é o sentido da existência?
humana? São perguntas que em todas as épocas e em todos os níveis de
cultura, sob formas e medidas diversas, os inseparáveis companheiros de viagem
do homem. Hoje se colocam com maior urgência à consciência de todos que
quer viver sua existência de uma maneira verdadeiramente humana.
À primeira vista, dá a impressão de que a humanidade no momento presente
da história está mais madura para dar uma resposta a essas interrogações
que em tempos passados. De fato, nunca foi tão amplo e tão
especializado como hoje o desenvolvimento das ciências do homem: biologia,
fisiologia, sociologia, economia, política. Cada um desses campos do
conhecimento organiza um vasto setor de conhecimentos concretos e precisos
sobre o homem.
Em concomitância com a explosão técnica e científica da humanidade surge
um difuso interrogante sobre o significado do humano. Muitos continuam
sonhando com o progresso do conhecimento científico que gerarão
automaticamente uma existência melhor. Por outro lado, também aumenta o
número de pessoas que se distanciam da fé absoluta das
ciências; estão convencidos de que há no homem certos problemas que
jamais poderão se compreender e muito menos se resolver através de mudanças
externos e materiais.
Sobretudo se comprova que o aumento vertiginoso dos conhecimentos
técnicos e analíticos da existência humana e o progressivo perder-se por entre
os labirintos das especializações vêm acompanhados de um crescimento
incerteza quanto ao que constitui o ser profundo e último do homem.
Talvez estejamos assistindo atualmente à mais ampla crise de identidade que
nunca o homem atravessou uma crise em que se coloca em discussão ou
ficam marginalizados muitos dos fundamentos seculares da existência.
Martín Heidegger, filósofo alemão existencialista do século XX, escreveu em seu
obra "Kant e o Problema da Metafísica" "Nenhuma época soube
conquistar tantos e tão variados conhecimentos sobre o homem como a
nossa...No entanto, nenhuma época conheceu o homem tão pouco quanto a
nossa. Em nenhuma época o homem se tornou tão problemático como na
nossa
A mesma ideia, em termos mais ou menos idênticos, Gabriel Marcel, filósofo
francês do século XX, diz que o homem contemporâneo já não sabe mais quem
é e para que existe.
Neste contexto de perda de identidade, de incerteza e desconcerto
a respeito da imagem do homem, a reflexão filosófica, crítica e sistemática, se
converte-se em uma das tarefas mais urgentes do nosso tempo.
A reflexão antropológica sistemática e iluminação da existência humana,
neste momento de sua história, constituirão então um verdadeiro serviço ao
homem.
GÊNESIS DO PROBLEMA FILOSÓFICO DO HOMEM
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UNIDADE V: OProblema Antropológico
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As interrogações sobre a essência do homem e sobre o significado do seu
existência, tanto hoje como no passado, não nasce em primeiro lugar de uma
curiosidade científica voltada para o aumento do saber, os problemas
antropológicos se impõem por si mesmos, irrompem na existência e se
planteiam por seu próprio peso.
Não é em primeiro lugar o homem que suscita problemas; mas sim é o
próprio homem aquele que se torna problemático devido à vida e à condição em
que vive.
A existência, ao se tornar problemática, requer uma resposta e obriga a tomar
posições. E isso não ocorre de forma esporádica, para algum que outro
privilegiado senão comumente –pelo menos de certo modo– na vida de cada
homem disponível e desejoso de autenticidade.
A antropologia filosófica não cria nem inventa os problemas do homem. Ela o...
encontra, os reconhece, os assume, os examina criticamente. E tenta,
fatigosamente, dar uma resposta que possa iluminar a problemática concreta
e existencial.
A problemática antropológica se apresenta na vida concreta de maneiras muito
distintas. Quizás seja possível agrupá-las em torno a esses três temas:
admiração e maravilha, frustração e desilusão, experiência do negativo.
a- Admiração e maravilha. A reflexão sobre as dimensões
fundamentais do homem podem fazer da maravilha e da
admiração diante do Universo ou diante do homem e suas criações:
admiração diante da coragem que conquista a natureza, as montanhas, os
mares, diante do gênio artístico que se expressa na música, na poesia, a
dança, a pintura. Admiração diante do sentimento da amizade e do
amor, de uma nobre ação, do sacrifício da própria vida por uma grande
causa. Maravilha diante do valor e do mistério que se revela na existência
humana e busca do centro misterioso de tamanha grandeza que faz
do homem um ser humano.
b- Frustração e desilusão. Na maior parte das vezes, a problemática
antropológica não surge diante de uma contemplação serena. Muitos
homens vivem absortos em suas empresas externas ou na
superficialidade de uma vida de massa que se mostra pouco inclinada a
reflexão. Somente entram dentro de si no choque com a realidade,
isto é, na experiência da frustração, do fracasso ou da derrota,
um acidente de trânsito, a guerra, o genocídio, os campos de
concentração nos arranca cruelmente da dispersão para nos colocar
frente ao problema do significado fundamental da nossa própria
existência. Santo Agostinho disse em Confissões, Livro IV "me converti para
eu mesmo em um grave problema.
c- Pelo negativo e o vazio. Muitos homens tentam uma abordagem
da vida em conformidade com uma filosofia ou uma visão de mundo e do
homem sem levar em conta as dimensões profundas e pessoais do
homem. Isso se verifica especialmente nas culturas industrializadas e
globalizadas. O homem vive alienado, como um número no meio de uma
grande massa impessoal que a explora sem levar em conta seus problemas
pessoais. Ou corre atrás de valores enganosos, orquestrados por
a publicidade, esquecendo-se dos verdadeiros problemas, mas chega o
momento em que se afunda deixando aparecer o vazio e o nada.
A Filosofia 3
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Albert Camus (romancista francês do século XX) nos deu uma descrição
impressionante quando nos fala do homem moderno preso entre os
engrenagens da vida moderna e super racionalizada: "levantar-se, bonde,
trabalho, comer, bonde, trabalho, segunda-feira, terça-feira, quarta-feira...”; de repente tudo
se derrumba, se revela em toda a sua crueza o absurdo e o vazio de
semejante existência. Um dia surge o porquê, o começar, isso é o
importante. O cansaço está no final dos atos de uma vida mecânica
mas inaugura ao mesmo tempo o movimento da consciência. Daí o
interrogante fundamental vale a pena viver?. Julgar se a vida merece ser
vivida ou não é responder à questão final da filosofia.” (O mito de Sísifo.
Paris. 1965).
O homem não vive apenas de economia, política e tensões sociais.
A experiência do vazio do nada não é mais do que um modo negativo de
protesta e repulsa de uma civilização que deveria servir ao homem, mas
que o afoga em suas aspirações mais profundas e pessoais.
Atividade:
A partir dos três temas da antropologia filosófica:
-Busque exemplos atuais de cada uma das perspectivas
Explique como cada um dos exemplos influencia na vida cotidiana de
as pessoas e que estados físicos, anímicos ou espirituais geram.
De que perspectiva você abordou a questão antropológica de
quem sou eu e o que sou?
AS RAÍZES MAIS PROFUNDAS DO PROBLEMA ANTROPOLÓGICO
A problemática antropológica parece estar sustentada principalmente por certas
experiências e instâncias específicas: por uma liberdade que busca ser ela
mesma e não pode se isentar da própria responsabilidade; pelas relações
com as outras pessoas.
a-Liberdade de realizar. As perguntas fundamentais do homem parecem
nascer do fato de que o homem não existe como um cachorro ou uma pedra, mas sim
como sujeito pessoal, isto é, como alguém que é capaz de dizer eu, tu,
nós, isto é, de refletir, de tomar distância em relação às coisas, de
dar-se conta, embora não plenamente, de sua própria condição humana. Seu
a existência não se desdobra segundo os ritmos da natureza. Ele se dá conta de
que vive e de que está na impossibilidade de se livrar dessa tarefa de viver.
O homem deve assumir sua existência como um “pro-jeto”: caminho para a
realização de sua existência, por conseguinte, no centro encontra-se a
experiência de uma liberdade que precisa se tornar plenamente livre, que tem
que compreender a si mesma, seu ser e seu destino. Poderia dizer que a
a antropologia nasce de uma liberdade inquieta e necessitada, necessariamente
responsável por si mesma e por sua própria existência, mas ao mesmo tempo
ansiosa para compreender a si mesma e descobrir o caminho que deve
recorrer. Liberdade inevitável, mas incerta, ameaçada no mundo e exposta
à traição de si mesma.
Viver a própria vida como "vida humana" –e não como um ente mais– significa
viver isso na presença destas interrogações. Não mostrar nenhuma sensibilidade ou
A Filosofia 4
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interesse por eles seria sinal de uma profunda alienação e de uma imensa falta
de autenticidade.
A grandeza do homem consistirá não apenas em confiar em si mesmo e em seus
forças próprias, mas na opção de se inserir na verdade, sob a proteção do
Sabedoria e em coerência com ela, compreenderá a realização plena de sua
liberdade, sua chamada ao amor como realização suprema de si mesmo,
conservando-a em seu coração para compartilhá-la com toda a humanidade. Desde
esta perspectiva a filosofia está chamada a realizar sua contribuição racional e crítica
para favorecer o propiciar a compreensão do homem como uma totalidade.
b- A convivência com os outros. Os problemas antropológicos têm um
elemento comunitário e social. Nascem especificamente no espaço dos
vínculos que nos unem com os outros homens no mundo, no trabalho, em
a dor, na alegria do amor, da amizade, nos conflitos que dividem os
homens e na esperança que os une. Ser homem significa 'ser-com-os-'
demás” e esse caráter de “abertura”. Reconhecer esse caráter do homem
supõe visualizar no ser humano as dimensões pessoais, éticas e
religiosas. O encontro com o outro constitui um dinamismo concreto que abre
o homem à transcendência e à esperança religiosa. A relação com o outro
se caracteriza pela imediata: o outro (o tu) está imediatamente presente,
não há intermediários no encontro, o tu, ao contrário da coisa, não aparece
jamais como submetido ao eu ou dependente do eu, portanto está subtraído
fundamentalmente ao modelo dono-escravo. Isso supõe para Buber a
exclusão de todo domínio do eu sobre o tu por isso a relação entre as
as personas não precisam inicialmente ter um caráter conflitante, mas sim se dá no
espaço interpessoal. A verdadeira realidade, o verdadeiro ser, não é mais a
subjetividade senão o encontro das pessoas: o intersubjetivo que se
constitui em mim e em você. Esta realidade interpessoal não está separada de Deus
criador que dá o ser ao homem, por isso o encontro com o tu é também um
caminho para Deus. A relação interpessoal está ligada à relação com o Tu
absoluto. Não se pode dispor do tu porque o outro “nunca é objeto”.
O outro está ali não porque eu o tenha pensado, o outro irrompe na minha existência,
se impõe por si mesmo, se mostra por sua própria luz como o ser que não é
constituído por minha razão. Não posso deixar de reconhecer sua presença. Assim
pois, a epifania do rosto, a presença imediata simbolizada pela nudez
do rosto do outro se impõe por sua própria força e não pode se separar nem
dissociar-se da dimensão ética.
A desnudez do rosto é também a presença de um ser indigente e
necessitado neste mundo. A nudez do rosto é toda a humanidade e
simboliza a condição humana como tal; é a presença exigente que afeta
à existência e eleva as relações interpessoais da única esfera
intimista e privada. É preciso reconhecer o outro no mundo. A dimensão
divina se abre a partir do rosto humano.
atividade
A partir do texto de Martín Buber do Diário La Nación "O homem dialógico" :
-Apontar três reflexões que evidenciem a importância da
liberdade na realização do ser humano.
A Filosofia 5
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A partir da guerra entre os Estados Unidos e o Iraque, indique como o poder político
e econômico violou a liberdade humana e a concepção do outro como 'um
tú
CORNELIUS CASTORIADIS. CAPÍTULO VI: O AVANÇO DA
INSIGNIFICÂNCIA
1- Que relação estabelece o filósofo entre filosofia e política?
2- Qual deve ser o papel dos intelectuais nesta época?
3- Quais são as características que o filósofo atribui a esses tempos que
vivemos?
4- Explicar por que o filósofo diz que nesta época "o cidadão está sem
bússola
5- Qual é a especificidade da civilização ocidental e em que consiste?
6- Qual é a dificuldade que o filósofo encontra para sair de a
descomposição em que nos coloca?
7- Por que dirá que sair da decomposição é uma tarefa de todos?
GLOBALIZAÇÃO, MERCADOS E DIREITOS HUMANOS
Lic. María Cristina Roth
Desde o início, o capitalismo se revela como um modo de produção internacional,
rebasando fronteiras geográficas, históricas, culturais e sociais. Sempre cobriu,
deslocou, dissolveu ou inventou fronteiras. Em sua marcha pela geografia e pela história influenciou
nos designs dos mapas do mundo; com os desenvolvimentos da acumulação
originária, o mercantilismo, a transnacionalização e o globalismo.
O mundo continua povoado por múltiplas e distintas formas culturais, línguas,
tradições e que o curso da história da globalização do capitalismo, muito de
o que encontra pelo caminho, o altera, tensiona, modifica, anula, transfigura.
No capitalismo, as forças produtivas, sempre compreendidas como forças
sociais, estão o tempo todo em interação dinâmica. A competição entre
os capitais, a busca de novos processos produtivos, a conquista de outros
os mercados provocam a dinamização das forças produtivas. Na medida em que se
agilizam e se liberam as forças produtivas, junto com as relações de produção e
demarcam as condições de liberdade e igualdade dos proprietários do capital e
força de trabalho.
Desde o século XVI ao XXI, as empresas e as corporações se multiplicam. Neste
Sentido, o capitalismo entra decisivamente no design e redesign do mapa do
mundo. Desde essa perspectiva, o modo capitalista de produção pode ser visto
como um todo complexo, desigual, contraditório, dinâmico, uma totalidade aberta ou
propriamente histórica; no sentido em que se transforma ou expande, entra em crise e
retoma sua expansão, de maneira errática, mas progressiva, com frequência inexorável.
A Filosofia 6
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À medida que o capitalismo se desenvolve, pela dinamização e generalização de
as forças produtivas e das relações de produção, o capital adquire mais
relevância. Nesse sentido, a globalização do capitalismo pode ser vista como
produto e condição do capital em geral, no qual se realizam e multiplicam. O
poder real está nos mercados financeiros.
Pode-se dizer que a dinâmica da produção ampliada do capital, em todo o
O mundo tem propiciado uma acentuada concentração do poder econômico, o que
agrava a questão social.
A globalização reaviva a controvérsia "mercado" ou "planejamento" nos setores
produtivos, as economias nacionais, os blocos regionais e a economia mundial
como um todo. O planejamento está presente nas grandes corporações
transnacionais, os maiores beneficiários da liberalização e generalização dos
mercados, são especialistas em planejamento: Tudo é planejado com rigor e
sistematização levando em conta as diversidades e potencialidades dos
mercados, as particularidades dos regimes políticos nacionais, os padrões, os
valores socio-culturais dos diferentes grupos sociais. Cabe destacar que os
as corporações mobilizam ativamente todos os recursos intelectuais, científicos e
técnicos necessários para aperfeiçoar suas planificações.
Desafios do modelo global:
Segundo o pensamento único que se pretendeu impor hegemônico e
globalmente a partir da última década do século passado, os países periféricos e
subdesenvolvidos se encontram quase impossibilitados de empreender uma estratégia de
desenvolvimento nacional e decidir sobre seu próprio destino, isso em virtude de que as
principais transações econômicas e as grandes decisões de investimento e de
a produção está nas mãos das megacorporações que operam em escala global.
Foi nos países da América Latina onde esse pensamento se desenvolveu mais, com
a consequente subordinção de suas economias e desenvolvimento ao modelo global
prevalecente, instrumentando políticas que geraram, para várias dessas nações,
violência social, esvaziamento patrimonial, desmantelamento da estrutura
tecnológica e produtiva, até a perda de sua soberania política. De fato, esta
postura ideológica fundada no mais cru pragmatismo, os Estados nacionais
gozam de uma soberania limitada e dependente, não têm autonomia decisional e
estão subordinados aos centros de poder mundial, que são liderados por uma elite
tecnocrática e financeira motivada por interesses econômicos exclusivos e excludentes.
Frente a dita postura, surge como alternativa saber se inserir inteligentemente.
no mundo global a partir de uma estratégia de desenvolvimento sustentada na própria
identidade nacional, em uma firme vontade de ser, valorizando e potencializando os
recursos próprios e o mercado interno em estreita ligação com o contexto externo,
tudo isso com uma forte ligação e sentido de pertencimento à região e com o devido
respeito pela própria cultura e tradição, por serem esses valores essenciais à identidade
nacional.
São várias as formas de enjaulamento que se desenvolvem e multiplicam com a
globalização. Enquanto transforma continuamente as condições sociais de vida de
os países onde está enraizada, surgem, paralelamente, formas sociais
inovadoras, até deslumbrantes, também se desenvolvem aquelas que limitam, inibem ou
enajenan. Estas podem ser totalmente novas ou aumentar as pré-existentes, que
podem recriá-las ou agravá-las. Nesses casos, as limitações se agravam ou até as
mutilações que dizem respeito aos indivíduos e às nações.
Sabiamente afirmou João Paulo II, na ONU em 1995 "Devemos governar com
inteligência os vertiginosos processos de mudança que vive hoje o mundo por efeito de
a globalização da economia. As novas realidades impactam os processos
produtivo, como a globalização das finanças, da economia, do comércio e do
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UNIDADE V: OProblema Antropológico
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trabalho, não devem jamais violar a dignidade e a centralidade da pessoa, nem a liberdade e
a democracia dos povos.
O Papa transformou-se em uma requisição contra os piores efeitos do irremediável
processo de globalização dos mercados e a favor de uma anistia ou, pelo menos,
redução substancial da dívida dos países pobres.
Afoito pela situação da América Latina, disse: "expresso minha solidariedade a todos os
que sofrem porque lhes falta trabalho, ou ganham salários insuficientes ou pela indigência de
bens materiais. Tenho bem presente, em meu espírito, as populações obrigadas a
uma pobreza que ofende a dignidade, impedindo-os de compartilhar os bens da terra e
obrigando-se a nutrir-se com o que cai da mesa dos ricos" (1)
Consequentemente, deveríamos todos agir para que o sistema econômico no qual
vivemos no perturbe o orden fundamental da prioridade do trabalho sobre o capital e
do bem comum sobre o bem privado.
Com homens sem consciência, pode-se viajar no mesmo trem, sentar para comer na
mesma mesa, ler os mesmos livros; isso, no entanto, ainda não é solidariedade. Nem
cada "nós", nem cada "juntos" são ainda solidariedade. A autêntica solidariedade, é
a das consciências: o que é compreensível, pois ser solidários com o homem
significa poder contar sempre com ele, e contar com o homem é acreditar que nele há
algo permanente que nunca defrauda. A consciência é aquilo que é
permanentemente no homem, que não é causa de desengano. Mas para isso é
era necessária uma coisa: querer possuir consciência. Isso é triste, porque às vezes nos
mostra que o homem tem o poder de destruir em si mesmo aquilo que determina
sua essência de homem.
A ética da solidariedade se desenvolve e se manifesta em um sistema social concreto,
em um tempo e lugar determinados. A solidariedade é solidariedade com os homens. É
por conseguinte, um fenômeno social, que traz certas consequências. A solidariedade
é a consciência e o que estimula seu nascimento no grito do homem maltratado por
outro homem. A solidariedade estabelece vínculos singulares entre os homens: o
homem se une a outro homem para auxiliar quem precisa de ajuda. Eu estou contigo,
tu estás comigo, estamos juntos por ele.... O que vem primeiro? O nós ou o “por ele”?
Uma comunidade de solidariedade se diferencia das outras pelo fato de que nela
está antes o "por ele" e depois o "nós". Antes de tudo, está ferido e seu grito.
Depois, atende-se a consciência que é capaz de ouvir e entender esse grito.
Sólo neste momento nasce a comunidade.
O humanismo em vias de desaparecimento?
Devemos ter em mente que o homem vale pelo que é, não pelo que tem.
o homem é um ser único e irrepetível e em cada homem se encontra a humanidade
presente. O homem é também um ser social, daí termos um destino comum.
Urge restabelecer uma cultura de solidariedade, a partir de uma perspectiva do saber que não
se esgote nos fragmentos. Os problemas essenciais nunca são fragmentários. As
especializações tecnocientíficas se encerram em si mesmas, sem permitir sua
integração ao contexto, sem se abrir para a problemática global. O homem se perde nos
labirintos das especializações e isso vem acompanhado de um crescente
incerteza em relação ao que constitui seu ser profundo e último.
Mas às nossas costas, enquanto assim argumentamos e moralizamos, sussurram-se
problemas capitais que, por enquanto, preferimos não ouvir.
A pergunta é óbvia: sociedades moralmente fraturadas, podem corrigir isso?
atroz anomalia e começar a se comportar da mesma maneira na esfera pública e
no privado? Parece que sim. Não se trata de criar mais leis e ampliar as prisões. O
o cambio começa a ocorrer de cima para baixo, quando um grupo chega ao poder
decidido a frear a corrupção com seu próprio exemplo, e instala uma total transparência
nos atos da administração pública, com constante prestação de contas à
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cidadania. Em pouco tempo ocorre uma inversão das relações de poder e os
cidadãos descobrem que funcionários e políticos não devem ser outra coisa que
temerosos e servidores públicos. Já não podem fazer o que lhe dá na cabeça. Estão
sujeitos às regras e vivem sob o olhar atento da cidadania.
O que é exatamente um ser humano? O que significa o conceito de humanidade? "A
possibilidade de uma existência que promova a dignidade e a criatividade da pessoa
humana e a capacidade de responder à sua própria vocação, para viver conforme a
valores, em gerar um maior espaço de liberdade para poder fazer uso desses
opções e participar assim das decisões que afetam sua própria vida e existência
Esta nova "presença" do rosto humano do homem, torna possível pensar que o
mal-estar que o homem experimenta hoje, seus medos, suas angústias, tem suas raízes
na incerteza moral, nessa desamparo do “ser”, no fato de que já não sente a
moral como sua casa, porque a casa se encheu de múltiplas vozes.....
Hoje, e é preciso dizer sem rodeios, na América Latina e na Argentina, tem
lugar uma luta sem trégua contra a sobrevivência da ética. E o cenário central de
essa luta é política. Urge moralizar o exercício do poder político, acentuando a
sensibilidade social. Trata-se de decidir se a vida humana é um valor transcendente ou se,
em relação a ela, tudo se resume a atribuir-lhe um 'valor de troca'.
Neste universo em que a cultura e a economia, sentidos, signos, práticas e
valores se encontram disociados, já não são possíveis mediações sociais e, sobretudo
políticas; nem parece que restem possibilidades de diálogo entre as culturas.
Neste vazio social e político, as culturas e sua diversidade não podem ser recriadas
sino pelo empenho prodigado por algum indivíduo ou grupo para voltar a encontrar seu
própria autonomia, sua própria capacidade de associar valores e práticas, a participação
no mundo das técnicas e dos mercados e a conservação da própria identidade
e memória cultural.
O essencial é reconhecer que a função da política, o que a torna democrática,
é tornar possível o diálogo entre as culturas. Segundo alguns, esse diálogo não tem
mais necessidade do que de liberdade, segundo outros pressupõe antes de tudo, que cada indivíduo
se constituam como ator e sujeito, colocando em relação entre si ação e valores. Ambos
coincidem na necessidade de defender nas condições sociais concretas, do
direito de cada indivíduo e de cada coletividade agir conforme à sua própria
liberdade e no respeito pela liberdade alheia. Cada indivíduo tem o direito de
conjugar, de articular, na própria experiência de vida pessoal e coletiva, a
participação no mundo dos mercados e das técnicas com uma identidade cultural
particular. Não é a inspiração universal de uma cultura que deve ser reconhecida, mas sim
a vontade de individuação de todos aqueles que buscam reunificar o que nosso
mundo, globalizado na economia e fragmentado na cultura, tende cada vez com
maior força a separar.
Hoje a globalização alimentaria uma promessa maior. As distâncias espaciais e as
diversidades temporais foram, em seu momento, abolidas para que a magia da
comunicação daria um passo a mais e distinto A possibilidade de que a própria identidade –
individual, regional ou nacional – integra uma identidade plural muito mais vasta, uma
verdadeira mundialização. Mas o homem continua sendo um estrangeiro em sua própria
terra..... Só saberemos o que somos quando, tendo um arco de solidariedade
com a última criatura da Terra - distante, diferente, hostil - a temos incorporado
ao nosso ser.
A uma sabedoria da disjunção é preferível a da conjunção, a de uma
complementação entre civilizações distintas. Este processo já está em marcha. Se o
pode perceber na arte, na ciência, na filosofia nos organismos não governamentais,
em todas as formas de vida que se abrem ao outro, ao distante, ao planetário.
Em muitos aspectos, a globalização deu a esse processo um impulso poderoso, mas não
deve ceder à sua tentação demoníaca: a de se tornar na ideologia de uma certa
vontade de domínio.
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A ordem das nações da América do Sul foi conquistada à custa da dor e do
sofrimento humano; floresceram os excluídos e os marginalizados, os expulsos do
sistema começaram a habitá-lo... Hoje a grande nostalgia nesses países, não é por isso
que se foi, senão pelo que nunca tivemos: um mundo mais rico no plano
convivencial.
As novas modalidades de globalização, por enquanto, não promovem a
espírito cooperativo, não alientam a justiça, buscam a uniformidade sem sensibilidade para
os matizes, para o diverso.
A dinâmica deste conflito de interesses obedece a uma lógica unidimensional, um
enfrentamento em que a vontade de poder de cada indivíduo não conhece outro limite
que a vontade de poder que se opõe. Neste jogo, cada poder tenta chegar ao
extremo de seu poder.
Como aponta Hannah Arendt, a política aparece como o motor autoalimentado de
um processo que não tem fim nem objetivo, mas sim a acumulação ilimitada de poder. O poder
aparece como único conteúdo da política.
A crise da política, no entanto, não significa mais do que a crise da própria.
sociedade. Em vez de um espaço político, lugar de solidariedade compartilhada, não há senão
percepções dominantes, tão efêmeras quanto os interesses que as manipulam. “A
atomização e homogeneização ao mesmo tempo. Uma sociedade que se fragmenta até
o infinito sem memória nem solidariedade, uma sociedade que só recupera sua unidade na
sucissão de imagens que os meios lhe devolvem de si mesma a cada semana. Uma
sociedade sem cidadãos, e, portanto, uma não-sociedade. Alguém pode se fazer a
pergunta Qual é a função do Estado em um mundo globalizado? O Estado está
respondendo ou não à sua razão de ser?
Também Edgar Morin apontou o retrocesso da vida democrática: “Quando
maior é a dimensão técnica que os problemas adquirem, tanto mais escapam a
competência dos cidadãos em benefício dos especialistas. Quanto mais políticos se
os problemas da civilização voltam, tanto menos os políticos são capazes de
integrá-los em sua linguagem e em seus programas” (4)
O império sem centro, ao dominar sem polos de poder, não encontra verdadeiros
resistências. Este império gera conformismo. Por isso temos a sensação de não
haber sido nunca “tan livres”. Os homens desta era afundados em um profundo
sonho, estão sujeitos, não por pesadas correntes, mas por mil fios finos que são
quase invisíveis, até o ponto que apenas sentem sua eficaz presença as poucas
individualidades que ainda têm memória de outra era.
Por isso, o princípio organizador das sociedades deve ser o Estado, que deve
promover uma política integradora, com uma projeção ética, talvez, isso nunca seja
possível, mas é absolutamente indispensável tentar, afinal, a história
do homem é mais reveladora por sua comovente perseverança do que por suas
triunfos. Será necessário buscar formas histórico-práticas mais idôneas para que a
a solidariedade não deve ficar apenas em uma enunciação de princípio, mas se transformar em
vida vivida.
NOTAS
(1) Diário “Clarín” suplemento Zona 7/5/2000
(2) Informe sobre Desenvolvimento Humano PNUD 2001
(3) Guéhnno, J.M. “O fim da democracia”. Barcelona. Paidos 1995. Pag. 46
(4) Morin, Edgar: “Tierra pátria” Buenos Aires. Nova Visão 1993. pag.95
BIBLIOGRAFÍA
Relatório sobre o Desenvolvimento Humano. PNUD 2001
A Filosofia 10
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F.C.E. - U.N.P.S.J.B
Ferrer, Aldo, “O capitalismo Argentino” Revista FIDE N· 238- 1998
Sen, Amartya: “Liberdade e Desenvolvimento” Planeta 2000
João Paulo II: 'Os direitos dos povos e das nações' ONU 1995.
João Paulo II: "Encíclicas Centésimus Annus e Sollicitudo Rei Socialis"
Chomsky, Noam. “A Sociedade Global” Editorial Coleção Política. 1999
Iannini, Octavio. “Teorias da Globalização” editores Siglo XXI. 1999
Touraine, Alan: “Igualdade e Diversidade” Fundo de Cultura Económica. 1999
Apel, K.O. e outros "Razão, Ética e Política" O Conflito das sociedades modernas
Antrhopos Barcelona 1987.
Regnasco, María Josefina “O Império sem Centro” Editorial Biblos. 2001.
Cara e Contracara
Russell, Bertrand: “Sociedade humana: ética e política” Atalaya. Barcelona 1999
O FENÔMENO DA GLOBALIZAÇÃO
Não existe uma única definição do que significa globalização, é uma
categoria social recente e controversa cujo significado não está apenas em
continuo processo de formação, mas varia profundamente de acordo com a
postura teórica que a defina.
Podemos distinguir duas grandes posturas teóricas: aquelas que colocam o
acento no aspecto econômico e situam sua origem no século XVI, com o
nascimento da sociedade capitalista e sua posterior expansão em busca de
mercados; e as teorias que concedem mais peso às suas dimensões
comunicacionais e culturais, situando sua origem em meados do século XX com
a chamada revolução informática.
Em geral, ambas as posturas coincidem em:
que a queda do socialismo real na Europa Oriental (1989/91) possibilitou a
consolidação da globalização, abrindo um espaço geográfico sem
precedentes incorporando a sua égide inclusive países com uma organização
económica e social distinta da capitalista.
-que a vertiginosa mundialização dos fluxos financeiros se realiza graças a
instrumentos e veículos distintos dos tradicionais.
A seguir, reproduzimos dois fragmentos representativos de uma e
outra postura teórica. A primeira citação, que reflete a importância do aspecto
econômico e, ao mesmo tempo, as raízes antigas da globalização, é de Karl Marx e
foi escrita há 150 anos no Manifesto do Partido Comunista e cuja
A atualidade é surpreendente: "Impulsionada pela necessidade de dar cada vez
maior saída para seus produtos, a burguesia percorre o mundo inteiro (...)
Mediante a exploração do mercado mundial, a burguesia deu um caráter
cosmopolita à produção e ao consumo de todos os países. (...) As
indústrias nacionais antigas foram destruídas e estão se destruindo
continuamente. São suplantadas por indústrias que já não empregam matérias
matérias-primas indígenas, senão matérias-primas vindas das regiões mais distantes do
mundo e cujos produtos não são apenas consumidos no próprio país, mas em todos
as partes do globo.
A segunda citação é de García Canclini, autor que, embora reconheça as
dimensões complexas que intervêm no fenômeno da globalização
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(econômicas, financeiras e comunicacionais), centra suas análises nos
processos interculturais: "Os processos globais estão se constituindo por
circulação mais fluida de capitais, bens e mensagens, mas também de
pessoas que se deslocam entre países como imigrantes, turistas, executivos,
estudantes, profissionais, com frequentes idas e voltas, mantendo vínculos
assíduos entre sociedades de origem e de itinerância, que não eram possíveis até
meados do século XX. Incorporar este aspecto à teoria da globalização,
é reconhecer, por assim dizer, o suporte humano deste processo, sem o qual se
cai na redução dos movimentos econômicos a fluxos anônimos.
Bibliografia:
-García Canclini, N., (ano) A Globalização imaginada, Paidos
-Chomsky, N. e Dieterich, H., (1996), A sociedade Global, Bs.As., Liberarte
Bibliografia complementar:
-Amin, S., 1999,O Capitalismo na Era da Globalização,Barcelona,
Paidos
-Giddens, A., (1997), Consequências da modernidade, Madrid, Aliança
Nota: Centrando a leitura no capítulo 2, A Globalização: objeto cultural não
identificado, na bibliografia de García Canclini; e no capítulo 2,
Globalização, educação e democracia na América Latina, na bibliografia
Atividade :
Questionário
-Descreva a origem da globalização segundo a postura economicista e a
postura culturalista.
1) Estabeleça a relação entre globalização e revolução informática.
2) Por que a globalização implica uma tensão entre "o local" e o
global
3) Que relação pode ser estabelecida entre globalização e Estado-Nação?
4) Descreva os efeitos da globalização nos Estados Hemegônicos e
nos Estados Terceiro-Mundistas.
5) Como está composto o Estado Global, e de que modo intervém em
a economia, a política e a cultura em geral?
6) A partir de que fato histórico político se consolida o processo
globalizador? Por quê?
7) Que importância García Canclini atribui ao fato de incorporar o
estudo da circulação de pessoas no fenômeno de
globalização?
8) Por que García Canclini inclui "o imaginário" na definição do
global? De que modo o faz?
Ato de expandir as operações de uma empresa além das fronteiras nacionais, buscando oportunidades em diferentes países.
globalização
-Busque cinco exemplos de como o processo de globalização impactou na
realidade econômica e social da Argentina, fundamentalmente fazendo
referência às economias regionais.
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A dívida ética da Argentina globalizada
1-Qual é o duplo jogo de normas em que os homens se socializam?
Quais outros fatores conflitam?
2-Como Enrique Marí explica que a “razão moderna” incorporou o moral ao seu
filosofia?
3- O que acontece com esta filosofia em nosso tempo e por quê?
4- Quais são as consequências em um país como a Argentina?
5- O sistema jurídico é independente da ordem dominante? Fundamente sua resposta.
resposta.
6-Qual é a dívida ética da Argentina globalizada?
Atividades integradoras
A formação da ética do trabalho e a derivação para a estética do consumo
na sociedade produtora e consumidora.
Buscar artigos que descrevam os novos trabalhos surgidos em nosso país
em virtude da crise econômica e analisar as consequências
Qual é a importância do reconhecimento do ponto no mundo globalizado?
de vista do outro e, em especial, o vínculo do trabalho, à luz da Encíclica
Laborem exercens
Então, o sentido do trabalho nos remete à pergunta antropológica.
sobre seu impacto em toda a vida? Considere os exemplos e situações
planteadas intelectualmente neste século referidas pelo autor e aplicadas a
leitura da Encíclica Laborem Exercens, principalmente na falta de confiança do
ordem espontânea do mercado e as alternativas, incluindo as disposições
mentais.
Descreva as lógicas inerentes às trajetórias profissionais
hiperpersonalizadas ou desintegradas e seu impacto sobre os grupos
sociais. Determine o risco e o papel do Estado e as novas
responsabilidades que surgem nessa lógica das relações.
Tempo estimado: 3 semanas
Inclui a leitura crítica da bibliografia e a conceptualização para
a partir dos textos obrigatórios.
Bibliografia
* Buber, Martín, “O que é o homem”. Breviários do Fundo de Cultura
Económica. Segunda parte: os esforços da nossa época.
Lipovetsky, Gilles. "A era do vazio". Anagrama, 1995. Capítulo 3 e 4.
* Ortega y Gasset, José. “O homem e a gente”. Revista de Ocidente. Capítulo
1-Ensimismamento e alteração.
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* Carpio, Adolfo. “Princípios de Filosofia”. Capítulo 14: Heidegger e Capítulo 15:
O homem e a filosofia.
* Huntington e Herrison. “A cultura é o que importa”. Planeta. 2000.
* Catoriadis, Cornelius. "O avanço da insignificância". Capítulo 6.
•Arendt, Hanna. “A condição humana”. Piados.
•Encíclica Laborem exercens. Carta encíclica sobre o trabalho humano.
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