Abílio José Horera
Adija Chaibo Custodio
Bernabé Orquestra
Ermelindo José
Fernando Cássimo Issa
Luís Jorge
Sumadji Mário Aide
FRASES COMPLEXAS
COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
Licenciatura em Psicologia
Universidade Rovuma
Instituto Superior Desenvolvimento Rural e Biociências
Niassa, 2025
Abílio José Horera
Adija Chaibo Custodio
Bernabé Orquestra
Ermelindo José
Fernando Cássimo Issa
Luís Jorge
Sumadji Mário Aide
FRASES COMPLEXAS
COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
O trabalho de investigação científica, a
ser entregue no Departamento Educação
de Psicologia, para fins avaliativos na
cadeira de Técnicas de Expressão e
Comunicação de Língua Portuguesa
leccionada pelo Docente: Msc. António
Cuatuacha
Universidade Rovuma
Instituto Superior de Desenvolvimento Rural e Biociências
Niassa, 2025
Índice
1. Introdução................................................................................................................ .4
1.1 Frases complexas........................................................................................................5
1.2 Diferença entre coordenação e subordinação.................................................................5
2.1 Coordenação..................................................................................... ...............................6
2.2 Subordinação.................................................................................... ...............................6
Subordinação ................................................................................................................. .7
3.1 Orações subordinadas substântivas...................................................................................8
Orações subordinadas substantivas.........................................................................................9
3.2 Orações subordinadas adjectivas……………………………………………………….10
3.3 Orações subordinadas adverbiais.....................................................................................10
Orações subordinadas adverbiais............................................................................................11
Conclusão...............................................................................................................................12
Bibliografia.............................................................................................................................13
Introdução
O presente trabalho, pertencente a cadeira de Técnicas de Expressão, cujo tema aborda sobre
as frases complexas, coordenação e subordinação tem como principal finalidade analisar as
frases.
Não obstante, ao longo do trabalho iremos trazer alguns exemplos retirados de textos por nós
seleccionados, para que haja melhor compreensão dos assuntos que iremos abordar.
Mas dentro do contexto dissemos que as frases complexas eram aquelas que são constituída por
duas ou mais orações. Neste caso apresenta, portanto, mais do que um predicado e muitas vezes
mais do que um sujeito. A frase complexa é constituída por duas ou mais frases simples
(orações) que estão ligadas entre si por dois processos: Coordenação ou Subordinação. Logo
na coordenação as orações são unidas sem que uma dependa da outra sintaticamente. Na
subordinação uma oração depende sintaticamente da outra, isto é, há uma oração principal, que
é incompleta sintaticamente.
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1.1 Frases complexas
Frase complexa é aquela que é constituída por duas ou mais orações. Apresenta, portanto,
mais do que um predicado e muitas vezes mais do que um sujeito. A frase complexa é
constituída por duas ou mais frases simples (orações) que estão ligadas entre si por dois
processos: Coordenação ou Subordinação.
Ex.: Os meus pais oferecem-me muitos livros porque eu gosto muito de ler.
Frase complexa ( dois verbos conjugados)
Entre estas duas orações não há uma relação de dependência . Uma não está dependente da
outra para ter sentido próprio. Elas estão ligadas através de uma ou mais palavras a que
chamamos conjunção. Assim, e de acordo com a relação que estabelecem através da conjunção,
as orações coordenadas dividem-se em: Copulativas, Adversativas, Disjuntivas Conclusivas e
Explicativas.
Há duas maneiras de organizar as orações na frase complexa: a coordenação e a
subordinação.
1.2 Diferença entre coordenação e subordinação
Frase: todo enunciado que apresenta um significado completo. No texto, começa na letra
maiúscula e termina no ponto. Uma frase pode ou não ter verbo.
Oração: cada verbo de uma frase determina uma oração.
Período: toda frase com verbo é também um período. O período é simples quando apresenta
apenas um verbo e é composto quando apresenta mais de um verbo.
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Para se formar um período composto é preciso unir uma oração a outra. Para isso, podemos
usar dois processos sintáticos: a coordenação e a subordinação.
2.1 Coordenação
Na coordenação as orações são unidas sem que uma dependa da outra sintaticamente, isto é,
são orações independentes (completas sintaticamente) que vêm ligadas por conjunções ou
simplesmente justapostas sem qualquer conectivo.
(oração coordenada) + (oração coordenada)
Ex: Escrevi uma carta e a enviei para meu amor.
Escrevi uma carta = oração coordenada assindética
(assindética pois não tem conjunção)
e a enviei para meu amor = oração coordenada sindética
(sindética pois tem a conjunção e)
Escrevi uma carta é uma oração completa sintaticamente, pois apresenta um verbo transitivo
direto (escrevi), um sujeito oculto (eu) e um objeto direto (uma carta) que completa a
transitividade do verbo.
E a enviei para meu amor é uma oração completa sintaticamente, pois apresenta um verbo
transitivo direto e indireto (enviei), um sujeito oculto (eu) e os objetos direto (a) e indireto (para
meu amor) exigidos pela transitividade do verbo.
2.2 Subordinação
Na subordinação uma oração depende sintaticamente da outra, isto é, há uma oração principal,
que é incompleta sintaticamente, e há uma oração subordinada, que se liga à oração principal
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completando-a, ou seja, a oração subordinada funciona como o termo que falta para completar
sintaticamente a oração principal.
(oração principal) + (oração subordinada)
Ex: A mulher esperou que seu filho voltasse.
A mulher esperou = oração principal
que seu filho voltasse = oração subordinada.
A mulher esperou é uma oração incompleta sintaticamente, pois apresenta um verbo transitivo
direto (esperou), um sujeito (a mulher), mas falta o objeto direto obrigatoriamente exigido pelo
verbo transitivo direto.
que seu filho voltasse é uma oração que funciona no período como o objeto direto da oração
principal. Veja: se perguntarmos ao verbo da oração principal: ESPEROU O QUÊ? Resposta: que
seu filho voltasse. A resposta para essa pergunta é denominada objecto directo, logo a oração
subordinada apresenta a função de um objecto directo e completa, sintaticamente, a oração
principal.
(oração subordinada) + (oração principal)
Ex: Quando o dia amanhecer, vou à praia.
Quando o dia amanhecer = oração subordinada
vou à praia = oração principal.
Vou à praia é uma oração composta por um verbo intransitivo que seleciona um adjunto
adverbial de lugar (à praia) e, de acordo com o contexto, seleciona também um adjunto
adverbial de tempo que falta nesta oração.
Quando o dia amanhecer é uma oração subordinada que apresenta a função de um adjunto
adverbial, isto é, trata-se de uma oração que expressa a circunstância de tempo, completando
sintaticamente a oração principal.
(oração principal) + (oração subordinada) +
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(continuação da oração principal)
Ex: Uma pessoa que comete tal brutalidade não merece perdão.
Uma pessoa não merece perdão = oração principal
que comete tal brutalidade = oração subordinada
Uma pessoa não merece perdão é uma oração que apresenta um verbo transitivo directo
(merece), um sujeito (uma pessoa) e um objecto directo (perdão). Parece ser uma oração
completa sintaticamente, porém o sujeito dessa oração não é apenas a expressão uma pessoa,
mas há um adjunto adnominal, isto é, um termo que caracteriza essa pessoa, que não está
presente na oração principal.
Que comete tal brutalidade é uma oração subordinada que funciona no período como adjunto
adnominal, fazendo referência ao núcleo do sujeito, caracterizando-o.
Como já vimos, a oração subordinada sempre funciona no período como um termo da oração.
Podemos, então, listar os seguintes termos:
Sujeito
Objecto direto
Objecto indireto
Complemento nominal
Predicativo do sujeito
Aposto
Adjunto adnominal
Adjunto adverbial
Cada um desses termos pode se apresentar, no período, em forma de oração subordinada.
Assim, os tipos de orações subordinadas são divididos em três:
3.1 Orações subordinadas substântivas
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São aquelas que exercem sentido dentro dos substantivos (subjectiva, objectiva directa,
objectiva indirecta, apositiva, completiva nominal e predicativa), iniciam sempre por
conjunções integrantes (que e se). Neste caso, a oração será subordinada substantiva quando
tiver função sintática de: sujeito, objecto directo, objecto indireto, complemento nominal,
predicativo do sujeito e aposto.Uma oração subordinada substantiva pode ser:
Subjectiva: contribui função de sujeito do verbo da oração principal.
Exemplo 1: "É provável que ele chegue ainda hoje".
Exemplo 2: "Perguntou-se que tipo de pessoa faria uma coisa dessas.
Pode ser também quando a oração principal começa com verbo de ligação;
Objectiva Directa: exercem função de objecto directo (não possui preposição).
Exemplo: "Desejo que todos venham" (quem deseja, deseja algo, alguma coisa);
Objectiva Indirecta: exercem função de objecto indirecto (possui preposição
obrigatória, que vem depois de um verbo).
Exemplo: "Necessitamos de que todos nos ajudem" (quem necessita, necessita de algo, de
alguma coisa ou de alguém);
Predicativa: exerce função de predicativo.
Exemplo: Meu desejo era (verbo de ligação) que me dessem uma bicicleta
Pode ser também quando a oração principal termina com verbo de ligação;
Completiva Nominal: exercem função de complemento nominal de um nome da
oração principal.
Exemplo: "Tenho esperança de que ele ganhe a vaga";
Apositiva: exercem função de aposto.
Exemplo: "Desejo-te uma coisa: que sejas muito feliz"
Não precisa ter necessariamente dois pontos (:) ou ponto e vírgula (;).
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Dessa maneira, todas as orações subordinadas substantivas podem ser trocadas por isso, disso
ou nisso. Veja os exemplos:
Precisamos de que você faça a cena com a actriz. = Precisamos disso. (disso: completiva
nominal ou objectiva indirecta).
Quero que venha para a guerra. = Quero isso. (isso: subjectiva, objectiva directa, predicativa)
Fiquei pensando que valia a pena. = Fiquei pensando nisso. (nisso: completiva nominal ou
objectiva indirecta).
3.2 Orações subordinadas adjectivas
A oração será subordinada adjectiva quando tiver função sintática de: adjunto adnominal.
3.3 Orações subordinadas adverbiais
São introduzidas por conjunção subordinativa (excepto a conjunção integrante) e funcionam
como adjunto adverbial da oração principal.
Dividem-se em:
Causais: exprimem a causa do facto que ocorreu na oração principal. Iniciadas, principalmente.
Ex. Já que está chovendo
Vamos dormir. Segundo ex. A menina chorou porque apanhou da mãe
Principais conjunções: porque, visto que, já que, uma vez que, como que, como:
Comparativas: representam o segundo termo de uma comparação. Ex.: Essa mulher fala como
um papagaio.
Obs. Essa conjunção comparativa como é muito usada num recurso linguístico, de estilística,
uma figura de linguagem chamada comparação ou símile, tais construções diferem-se duma
"figura-mãe" a metáfora, mas essa figura é desprovida da conjunção como.
Principais conjunções: que, do que, como, assim como, (tanto) quanto.
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Concessivas: indica uma concessão ou permissão entre as orações. Ex. Embora chova, vou à
praia.
Principais conjunções: embora, a menos que, ainda que, posto que, conquanto, mesmo que, se
bem que, por mais que, apesar de que.
Condicionais: expressa uma condição. Ex. Se chover, não irei à praia.
Principais conjunções: se, salvo se, desde que, excepto, caso, desde, contando que, sem que, a
menos que.
Conformativas: exprimem acordo, concordância de um facto com o outro. Ex.: Cada um colhe
conforme semeia.
Principais conjunções: como, consoante, segundo, conforme.
Consecutivas: traduzem a consequência ou o efeito do que se declara na oração principal. Ex.
Falei tanto, que fiquei rouco.
Principais conjunções: que (precedida de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que.
Finais: exprimem finalidade. Ex. Todos estudam para que possam vencer.
Principais conjunções: para que, a fim de que, que.
Temporais: indicam circunstância de tempo Ex. Logo que chegou, sentou-se no sofá.
Principais conjunções: quando, antes que, assim que, logo que, até que, depois que, mal,
apenas, enquanto.
Proporcionais: expressa proporção entre as orações. Ex. O trânsito piorava à medida que a
chuva aumentava.
Principais conjunções: à medida que, quanto mais. Mais, à proporção que, ao passo que, quanto
mais.
A oração será subordinada adverbial quando tiver função sintática de: adjunto adverbial.
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Conclusão
O presente trabalho tem como base ao estudos das palavras complexas, onde destacamos o
estudo de coordenação e subordinação. Dentro do tema nos tivemos de averiguar sobre as
palavras complexas que são palavras constituída por duas ou mais orações. Apresentando
assim, mais do que um predicado e muitas vezes mais do que um sujeito. Mas na integra os
campos semanticos de uma palavra designa um conjunto de palavras que representam um
campo conceptual comum devido as relações semanticas que estabelecem entre si, ou seja pelas
relações de sentido exixtentes entre elas.
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Bibliografia
Celso cunha, Nova gramatica do português
Bechara, Evanildo. Moderna gramática portuguesa; São Paulo. Editora Lucerna; 2001. 37ª
edição.
Maria Teresa Serafini…como se faz um trabalho esclar
Cunha, Celso, Cintra, Lindley e Eduardo Dourado Nova Gramática do Português
Contemporâneo; São Paulo. Editora Nova Fronteira; 2011. 2ª edição, 31ª reimpressão.
Rosenthal, Marcelo. Gramática para concursos; São Paulo. Editora Campus; 3ª edição ISBN:
9788535234251
Gramática de Reflexão; Pag 98, cap 13
MENEGHETTI, Antonio. Dicionário de Ontopsicologia. 2 ed. rev. Recanto Maestro:
Ontopsicologica ed., 2008. ISBN 978-85-88381-41-4.
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