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Questionário de Processo Penal Tema 1 e 2

O documento resume os principais conceitos do processo penal, incluindo sua definição, objetivos, fontes, diferenças com o processo civil, e os sistemas acusatório e inquisitorial. Explica que o processo penal é o conjunto de normas que regulam a investigação, identificação e eventual punição de condutas delitivas. Tem como objetivo estabelecer os processos para aplicar corretamente o código penal a cada caso particular. A Venezuela adotou um sistema misto que incorpora elementos dos sistemas acusatório e inquisitorial.
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Questionário de Processo Penal Tema 1 e 2

O documento resume os principais conceitos do processo penal, incluindo sua definição, objetivos, fontes, diferenças com o processo civil, e os sistemas acusatório e inquisitorial. Explica que o processo penal é o conjunto de normas que regulam a investigação, identificação e eventual punição de condutas delitivas. Tem como objetivo estabelecer os processos para aplicar corretamente o código penal a cada caso particular. A Venezuela adotou um sistema misto que incorpora elementos dos sistemas acusatório e inquisitorial.
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QUESTIONÁRIO DE PROCESSO PENAL

Professor: Pedro Natera

TEMA N° 1

Processo penal: sequência ou série de atos que se desenrolam progressivamente com o objetivo de resolver mediante um
juízo da autoridade o conflito submetido à sua decisão, também podemos defini-la como o procedimento de
caráter jurídico que se realiza para que um órgão estatal aplique uma lei de direito penal em um caso específico, as
as ações que se desenvolvem no âmbito desses processos estão voltadas para a pesquisa, a identificação e o
eventual castigo daquelas condutas que estão tipificadas como delitos pelo código penal.

Também se ocupa da concorrência e a regula, assim como a atividade dos juízes, assim mesmo materializa a lei de
fundo na sentença, também existem um conjunto de normas que regulam o processo desde o início até a finalização
do processo, tem a função de investigar, identificar e sancionar, se necessário, as condutas que constituem
delitos avaliando as circunstâncias particulares de cada caso concreto, o processo penal (norma adjetiva) é criado por
a correta aplicação do código penal (norma substancial) que contém os tipos penais sem uma norma processual seria
impossível a aplicação do código penal.

É aquela disciplina jurídica encarregada de prover conhecimentos teóricos, práticos e técnicos necessários para
compreender e aplicar as normas jurídicas processuais penais destinadas a regular o início, desenvolvimento e culminação de
um processo penal, em síntese, é o conjunto de normas jurídicas que regulam o desenvolvimento do processo penal.

Objeto: levar a cabo a finalidade retributiva e a ressocialização, e em menor medida preventiva, o objeto principal é
estabelecer os processos para a correta aplicação do que está estabelecido na norma substancial (código penal) uma vez que sem uma
A norma adjetiva (código processual penal) tornaria impossível a aplicação das normas substantivas.

Fontes: A fonte principal da lei é a fonte imediata e suprema (a constituição), os tratados internacionais, a
código processual penal, as normas reitoras, a jurisprudência é uma fonte mediata que o congresso sempre leva em consideração
estetpo de jurisprudencia ao modificar ou promulgar uma lei penal ou quando se modifica o código processual
penal (o poder legislativo ao sancionar uma lei toma a jurisprudência como fonte mediata para essa norma)
penal).

Fonte secundária: a doutrina.

O costume: não se vê na Venezuela.

Diferença entre o Processo Penal e o Processo Civil:

No que diz respeito à norma: P.C: Estuda o conjunto de normas jurídicas relativas à pessoa, à família, ao patrimônio.
obrigações e contratos. Nela é permitida a interpretação da norma jurídica e a aplicação da analogia.
Estuda o conjunto de normas jurídicas relativas à prevenção do delito e à sanção de fatos puníveis, assim como a
administração da justiça criminal e as medidas de segurança, não são permitidas interpretações da lei pois é de
caráter restritivo em sua aplicação e não admite aplicação de analogia.

Em relação às penas: P.C: São aplicadas penas pecuniárias estimáveis em dinheiro líquido e exigível. Nunca gera pena
de prisão. (ninguém pode ser preso por dívidas). P.P: Estabelecem-se penas corporais e não corporais, sendo a corporal a
utilizada em geral que são as penas de prisão, já que na Venezuela não se aplicam as não corporais que são penas
de presídio.

Em relação ao tempo: P.C: É regido por um princípio de fracionamento que se caracteriza porque os diferentes atos
processuais são realizados em intervalos mais ou menos prolongados. P.P: Regido pelo princípio da concentração que
estabelece que um determinado julgamento deve ser realizado dentro do menor tempo possível e em caso dos debates
esses devem ser concluídos no mesmo dia e, se não for possível, deve-se continuar e finalizar dentro do menor número de dias
consecutivos possíveis. Exemplo, um tribunal ao iniciar um julgamento deve realizar o debate no mesmo dia, caso contrário, não pode
fazer, então continua no dia seguinte. Outro exemplo se for necessária a presença de um testemunho essencial para esclarecer
os fatos ou algum especialista e não foi possível localizar o tribunal pode suspender por um prazo não superior a 15 dias e o dia
16 deve reponerse a causa, se no dia 16 não se continuou o julgamento este deve ser iniciado totalmente desde o princípio.

Quanto aos prazos: P.C: Os dias são contados pelo despacho que presta o tribunal, salvo os dias que devem ser
contados por sentença os quais são dias contínuos. (os prazos são contados através dos dias de despacho
ditados pelo tribunal). P.P: São computados por dias contínuos, todos os dias são úteis neste processo porque
têm audiência todos os dias.

Quanto à composição dos tribunais: P.C: Eles são compostos por uma única instância que conhece de tudo o que
júri em todas as suas etapas. P.P: Composição dos tribunais penais. Estes são compostos por tribunais de
primeira instância e cada um tem funções específicas. Tribunais de controle, tribunais de julgamento e de execução.

Em relação à forma de levar o processo: P.C: Inicia-se com uma demanda por meio de uma queixa escrita que é um
documento no qual o autor ou reclamante submete sua intenção ao juiz e pede uma sentença favorável.
excepcionalmente são utilizados meios orais)P.P:É netamente oral salvo aquelas disposições em um mesmo código
onde são necessários atos escritos, tais como os atos conclusivos, os atos conclusivos são 3.

P.P: Tem 4 fases: fase de investigação (preparatória), fase intermediária, fase de julgamento e fase de execução. Uma vez
culminada a primeira fase (preparatória) o fiscal deve dar conclusão a um ato que se denomina ato conclusivo.
1º ato conclusivo: se há elementos suficientes para determinar que é autor ou participante de um fato punível, apresenta
o ato conclusivo de acusação e esse é o que vai dar início à fase intermediária do julgamento o 2º ato conclusivo é o
sobreseimento e o 3º é o arquivamento fiscal.

Quanto ao início: P.C: Regido pelo princípio dispositivo, isso significa que as partes devem apresentar a iniciativa
impulso e a renúncia dos atos processuais. P.P: Inicia-se de ofício, que é quando o estado tem conhecimento por
algum meio da comissão de algum fato punível perseguível de ofício de ação pública, pode ser através de
denúncia perante um órgão policial ou o ministério público pode ser verbal ou escrita, ou através de queixa que é apresentada perante
um juiz de controle de forma escrita.

Os Sistemas Acusatório e Inquisitorial: O sistema inquisitivo: até a data funcionou em vários países que têm
como raízes jurídicas o Direito Romano Germânico.

Historicamente nasce conhecendo-se como a Inquisição e ganha forma com o Direito Canônico (Direito da igreja)
católica) criada na Idade Média que se espalhou por toda a Europa. O estado e a igreja eram um só e juntos
regulavam o homem naquela época.

Durante a Inquisição, os hereges eram considerados inimigos do estado e da igreja, como se fossem criminosos.
públicos os terroristas que se opunham à ordem estabelecida, o estado os acusava e julgava, daí parte o sistema
jurídico da atualidade. Sendo Roma o berço da igreja católica e partindo dessas normas foi-se criando o
Direito em muitos países.

Nasce do termo processual inquirir, era uma maneira de iniciar o processo penal que consiste na investigação.
que se iniciava à pessoa processada ocorria sem que existisse acusação ou denúncia, apenas bastavam rumores para
a pessoa por uma ou várias pessoas.

Na Venezuela existe um sistema inquisitorial pelo qual o juiz era quem investigava, acusava e sentenciava, mas se
deixou para trás e mudou para um sistema misto onde está o sistema acusatório e foi retirada aquela autoridade que o juiz tinha.

O sistema acusatório: Foi o primeiro sistema que apareceu no povo hebreu, onde existe a liberdade de acusação.
para qualquer cidadão agraviado ou não, e o acusado comparecia de forma pessoal e livre ao processo. Nasceu para
impedir o abuso do estado contra os cidadãos.

Neste Sistema, o processo era composto por três fases: Ação, Defesa e Decisão.
O Sistema Acusatório se caracterizava pelo predomínio da oralidade, onde o Juiz não agia de ofício, mas sim a
instância de uma das partes acusadoras que era quem tinha a carga de investigar e provar os fatos que imputava.
Toda pessoa se presumía inocente até que se provasse o contrário (Princípio da Presunção de Inocência).

O sistema misto ou eclético: A Venezuela adotou este método porque tomou o mais importante de ambos os sistemas.
(inquisitivo e acusatório) do inquisitivo foi tomada a parte escrita (atos conclusivos, acusação a contestação da
acusação) do acusatório se tomou a oralidade e se retirou o poder que o juiz tinha. Hoje em dia na Venezuela o juiz
sencillamente é um árbitro que vai decidir com base no que as partes interpuserem.

TEMA N° 2

Princípios fundamentais: derivam do artigo 49 da Constituição da República Bolivariana da Venezuela:

1° Direito à defesa e se desenvolve no direito que todas as pessoas têm à assistência jurídica em todo o
processo em que foi indicado como autor ou participante de um fato punível, isso engloba o acesso que tem a
persona à justiça de forma expedita e imediata e se constituí como um direito que não pode ser violado em
nenhum estado ou grau do processo, se violados, ficam anulados todos os atos que tenham derivado disso. A
a pessoa tem direito à defesa privada ou pública e a acessar de maneira expedita os meios de prova por
cargos que lhe sejam imputados pelo ministério público. (se uma pessoa for surpreendida em flagrante por algum órgão policial
esta deve ser colocada à disposição do ministério público em um prazo de 12 horas para que posteriormente o promotor
presente em um lapso de 36 horas diante do tribunal de controle e isso dá as 48 horas que estabelece a lei para tal
processo, então o promotor do ministério público deve imputar à pessoa de forma formal perante esse tribunal por
comissão desse ato punível na qual a defesa deve estar presente. (todas as provas que tenham sido obtidas de
forma ilegal mediante tortura nenhum juiz pode validá-la para tomar uma decisão). Dentro deste princípio também
Está o direito que tem toda pessoa declarada culpada de recorrer da sentença do julgamento sob os termos que
estabelece o código orgânico processual penal, no entanto, existem decisões que não são recorríveis, por exemplo, uma pessoa que está
sob uma medida de privação judicial preventiva de liberdade, solicita a mudança para liberdade, mas o juiz considera que não
han valido las circunstancias de la medida y la niega esa negatva ese fallo del tribunal no es recurrible.

2° A presunção de inocência consiste na não atribuição de culpabilidade à pessoa imputada pela prática de um
ato punível como culpável sem que haja existido um processo penal com sentença definitivamente firme.

3° Toda pessoa tem o direito de ser ouvida em qualquer tipo de processo, com as devidas garantias e dentro do prazo
razoável determinado legalmente, por um tribunal competente, independente e imparcial estabelecido com
anterioridade. Quem não fala espanhol ou não pode se comunicar verbalmente tem direito a um intérprete. Isso
será segundo o estabelecido no C.O.P.P exemplo na preparatória o imputado pode comparecer as vezes que quiser para
rendir declaração e a mesma deve ser tomada. Na fase intermediária (preliminar) o imputado vai declarar, mas esta será
tomada solo em dita audiência e em fase de julgamento pode declarar uma vez que as partes tenham exposto.

4° Toda pessoa tem o direito de ser julgada por seus juízes naturais nas jurisdições ordinárias ou especiais, com
as garantias estabelecidas nesta Constituição e na lei. Nenhuma pessoa poderá ser submetida a julgamento sem conhecer a
identidade de quem a julga, nem poderá ser processada por tribunais de exceção ou por comissões criadas para tal efeito.

5° Nenhuma pessoa poderá ser obrigada a confessar-se culpada ou a declarar contra si mesma, seu cônjuge, companheiro ou
concubina, o parente dentro do quarto grau de consanguinidade e segundo de afinidade. A confissão somente será
válida se for feita sem coação de nenhuma natureza. se uma pessoa é apresentada diante de um tribunal, pode recusar-se a
declarar parcial ou completamente em silêncio, isso não pode ser feito pelos testemunhas de um delito, pois, se afirmar o falso,
nega o que é certo ou omite parcial ou totalmente o que sabe incorre no crime de falso testemunho.

6° Nenhuma pessoa poderá ser sancionada por atos ou omissões que não tenham sido previstos como crimes, infrações ou
infracoes em leis preexistentes. É conhecido como o princípio nullum crimen nulla poena sine lege (não há crime nem
pena se não está prevista na lei) e se uma pessoa comete um delito tipificado como crime e posteriormente há uma
A reforma da lei ou outra lei revoga esse delito, a pessoa deve ser liberada imediatamente graças ao princípio
in dubio pro reo que é tudo aquilo que favorece o réu, já que é a única forma na qual a lei tem efeito e
caráter retroativo só quando beneficia o réu.

7° Nenhuma pessoa poderá ser submetida a julgamento pelos mesmos fatos pelos quais já tenha sido julgada.
anteriormente. O princípio de non bis in idem.

8° Toda pessoa poderá solicitar do Estado o restabelecimento ou reparação da situação jurídica lesada por erro
judicial, retardo ou omissão injustificados. Fica salvo o direito da parte particular de exigir a responsabilidade
pessoal do magistrado ou da magistrada, do juiz ou da juíza; e o direito do Estado de agir contra estes ou estas.

Princípios fundamentais do processo penal: C.O.P.P.

Artigo 1. Julgamento prévio e devido processo.Ninguém poderá ser condenado sem um julgamento prévio, oral e público, realizado sem
dilatações indevidas, perante um juiz ou tribunal imparcial, de acordo com as disposições deste Código e com salvaguarda de
todos os direitos e garantias do devido processo, consagrados na Constituição da República Bolivariana de
Venezuela, as leis, os tratados, convenções e acordos internacionais assinados pela República.

Artigo 2. Exercício da Jurisdição. O poder de administrar justiça penal emana dos cidadãos e é ministrado
em nome da República, por autoridade da lei. Cabe aos tribunais julgar e executar, ou fazer executar o
julgado.

Artigo 3. Participação cidadã. Os cidadãos participarão da administração da justiça penal de acordo com o
previsto neste Código.

Artigo 4. Autonomia e independência dos juízes. No exercício de suas funções, os juízes são autônomos e
independentes dos órgãos do Poder Público e só devem obediência à lei e ao direito. Em caso de interferência
No exercício de suas funções, os juízes deverão informar ao Tribunal Supremo de Justiça sobre os fatos que afetem.
sua independência, a fim de fazê-la cessar. Fala-nos sobre o princípio da separação dos poderes.

Artigo 5. Autoridade do Juiz. Os juízes cumprir e fazer cumprir as sentenças e despachos proferidos no exercício de seus
atribuições legais.

Para o melhor cumprimento das funções dos juízes e tribunais, as demais autoridades da República estão
obrigadas a prestar a colaboração que lhes solicitarem.

Em caso de desobediência, o juiz tomará as medidas e ações que considerar necessárias, conforme a lei, para fazer
respeitar e cumprir suas decisões, respeitando o devido processo.

Artigo 6. Obrigação de decidir. Os juízes não poderão se abstener de decidir sob o pretexto de silêncio, contradição,
deficiência, escuridão ou ambiguidade nos termos das leis, nem atrasar indevidamente alguma decisão. Se o
haverão, incorrerão em negação de justiça. (se não o fizerem, incorrerão na violação da delegação de justiça)

Artigo 7. Juiz natural. Toda pessoa deve ser julgada pelos seus juízes naturais e, em consequência, ninguém pode ser
processado nem julgado por juízes ou tribunais ad hoc. O poder de aplicar a lei nos processos penais cabe,
exclusivamente, aos juízes e tribunais ordinários ou especializados estabelecidos pelas leis, anterior ao fato
objeto do processo.

Artigo 8. Presunção de inocência. Qualquer um a quem se impute a comissão de um fato punível tem direito a
que se lhe presuma inocente e a que se lhe trate como tal, enquanto não se estabelecer sua culpabilidade mediante sentença
firme. (a pessoa que tem o ônus da prova é a que imputa, por isso deve provar que o imputado é culpado do
feito

Artigo 9. Afirmação da liberdade. As disposições deste Código que autorizam preventivamente a privação ou
a restrição da liberdade ou de outros direitos do acusado, ou o seu exercício, têm caráter excepcional, só poderão ser
interpretadas restritivamente, e sua aplicação deve ser proporcional à pena ou medida de segurança que possa ser
imposta.
As únicas medidas preventivas contra o imputado são aquelas que este Código autoriza conforme à Constituição de
a República Bolivariana da Venezuela.

Artigo 10. Respeito à dignidade humana. No processo penal, toda pessoa deve ser tratada com o devido respeito.
a dignidade inerente ao ser humano, com proteção dos direitos que dela decorrem, e poderá exigir da autoridade
que lhe requer a sua comparecência o direito de estar acompanhada de um advogado de sua confiança.

O advogado requisitado, nesta circunstância, só poderá intervir para garantir o cumprimento do previsto no
artigo 1 deste Código.

Artigo 11. Titularidade da ação penal. Ius Puniendi A ação penal cabe ao Estado através do Ministério
Público, quem está obrigado a exercê-la, salvo as exceções legais. (apenas delitos de ação pública)

Artigo 12. Defesa e igualdade entre as partes. A defesa é um direito inviolável em todo estado e grau do
processo.

Corresponde aos juízes garantir isso sem preferências nem desigualdades. Os juízes profissionais e demais funcionários
judiciais não poderão manter, direta ou indiretamente, nenhuma classe de comunicação com alguma das partes ou seus
advogados, sobre os assuntos submetidos ao seu conhecimento, salvo com a presença de todas elas.

Artigo 13. Finalidade do processo. O processo deve estabelecer a verdade dos fatos por meio de vias jurídicas, e a justiça.
Na aplicação do direito, e a esta finalidade deverá atentar-se o Juiz ao adotar sua decisão.

Artigo 14. Oralidade. O julgamento será oral e somente serão apreciadas as provas incorporadas na audiência, conforme a
disposições deste Código.

Artigo 15. Publicidade. O julgamento oral ocorrerá de forma pública. Salvo as decisões legais. (o tribunal pode fechar
as portas do julgamento quando se trata da integridade de crianças e adolescentes, quando se trata de algum segredo de
estado o segredo de uma empresa)

Artigo 16. Imediatação. Os juízes que devem proferir a sentença devem presenciar, ininterruptamente, o
debate e a incorporação das provas das quais obtêm sua convicção.

Artigo 17. Concentração. Iniciado o debate, este deve concluir no mesmo dia. Se isso não for possível, continuará
durante o menor número de dias consecutivos. (princípio de concentração)

Artigo 18. Contradição. O processo terá caráter contraditório. (as partes podem opor-se a tudo aquilo que
pode influenciar em uma decisão final

Artigo 19. Controle da constitucionalidade. Compete aos juízes zelar pela integridade da Constituição
República. Quando a lei cuja aplicação for solicitada colidir com ela, os tribunais deverão atender à norma
inconstitucional. (efeito de inconstitucionalidade)

Artigo 20. Única persecução. Non bis in ídem. Ninguém deve ser processado penalmente mais de uma vez pelo mesmo.
feito. No entanto, será admissível uma nova perseguição penal:

1. Quando a primeira foi tentada perante um tribunal incompetente, que por esse motivo concluiu o procedimento;
exemplo um fiscal do ministério público interpõe uma acusação que não tem competência pelo território, o tribunal
desestimar essa acusação e vai arquivar a causa por meio do sobrestamento temporário, uma vez que de acordo com
este artigo pode tentar uma nova ação penal. (se não for acusado novamente dentro do prazo estabelecido)
sobreseimento para de temporal a definitivo

2. Quando a primeira foi rejeitada por defeitos em sua promoção ou em seu exercício. Quando tem algum defeito de
forma e não pode ser corrigido na audiência, o tribunal desestima e estabelece um prazo prudencial.
Artigo 21. Coisa julgada. Concluído o julgamento por sentença definitiva, não poderá ser reaberto, exceto no caso de revisão
conforme o previsto neste Código.

Artigo 22. Apreciação das provas. As provas serão apreciadas pelo tribunal segundo a sã crítica observando as
regras da lógica, os conhecimentos científicos e os máximos da experiência.

Artigo 23. Proteção das vítimas. As vítimas de crimes têm o direito de acessar os órgãos de
administração da justiça penal de forma gratuita, expedita, sem delongas indevidas ou formalismos inúteis, sem
menosprezo dos direitos dos imputados ou acusados. A proteção da vítima e a reparação do dano a que
têm direito serão também objetos do processo penal. Os funcionários que não processarem as denúncias das
víctmas de forma oportuna y diligente, y que de qualquer forma afete seu direito de acesso à justiça, serão
credores das sanções que lhes forem atribuídas pelo respectivo Código de Conduta que deverá ser elaborado para tal efeito, e
quaisquer outros instrumentos legais.

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