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Bíblia e A Maçonaria

Este documento resume a história e o conteúdo da Bíblia. Explica que a Bíblia é composta pelo Antigo e Novo Testamento, os quais contêm diferentes livros escritos por diversos autores em diferentes épocas e lugares. Também analisa as diferenças entre as versões católica e protestante em termos dos livros considerados canônicos. Finalmente, enfatiza que a Bíblia deve ser entendida no contexto histórico e cultural em que foi escrita e não como uma verdade científica.
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Bíblia e A Maçonaria

Este documento resume a história e o conteúdo da Bíblia. Explica que a Bíblia é composta pelo Antigo e Novo Testamento, os quais contêm diferentes livros escritos por diversos autores em diferentes épocas e lugares. Também analisa as diferenças entre as versões católica e protestante em termos dos livros considerados canônicos. Finalmente, enfatiza que a Bíblia deve ser entendida no contexto histórico e cultural em que foi escrita e não como uma verdade científica.
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A∴ L

∴ D∴G∴A∴D∴U S∴ T ∴ U

R∴L∴S Tolerância Num.5 O∴de Hermosillo, Sonora,

Sexta-feira, 08 de abril de 2022 E∴ V

V∴M

Sujeito à sua consideração, o seguinte traçado

O qual é denominado:

A BÍBLIA, sua história, a razão de seu uso na Loja

O traçado que vamos desenvolver contém uma série de diferentes conceitos e ideias que se tem
gerado sobre o denominado "livro sagrado", do qual se derivam a grande maioria dos preceitos e
normas que regem o comportamento moral da sociedade atual, mas que igualmente têm
servido de base para o desenvolvimento dos diferentes conceitos que se têm sobre espiritualidade,
e os alicerces do pensamento humano moderno e a imagem que se construiu sobre isso
o Grande Arquiteto do Universo.

Quando se fala deste "livro sagrado", normalmente se concebe com um halo sobrenatural,
misterioso e pouco científico, pelo que, em consequência, serão abordadas as diferentes concepções
desenvolvidas sobre a bíblia, sua organização, as diferentes versões que existem dela e a
razões pelas quais essas diferenças existiram, assim como também se buscará dar um sentido
humano ao que está escrito nela, contextualizando seu conteúdo em parâmetros como o tempo,
os costumes e o sentido histórico (se isso se aplica) pelo qual foi escrito.

Na última parte deste traçado, será abordada a importância com a qual a Bíblia foi revestida.
como fonte do espiritualismo maçônico e fonte inagotável de luz, fazendo da mesma maneira
ênfase no simbolismo que existe em torno da Bíblia e como ela se transforma em um
símbolo da vontade inata do homem, diante das forças que não consegue entender e que exerce uma
ação decisiva sobre tudo o que foi criado e sobre o próprio homem.

Iniciaremos este traçado, analisando a origem da palavra "BÍBLIA", a qual tem sua origem em
palavra grega "Biblos", que se traduz como livros, latinizando o termo se traduziría como
"biblioteca", termo que se refere ao espaço físico onde se guardam uma série de livros ou uma
coleção destes. Uma interpretação literal, resume-se como a "BÍBLIA", é uma coleção de
livros classificados em duas seções, "velho testamento" e "novo testamento", os quais por sua
conteúdo e espiritualidade manifesta são denominados como 'livros inspirados', 'sagradas escrituras'
a "palavra de Deus", uma vez que as associações religiosas que se agrupam em torno delas,
asseguram conter os desígnios de Deus para com os homens, a fim de manifestar-lhes sua vontade e
indicar-lhes os preceitos que devem ser observados para estar perto de sua presença.

O Antigo Testamento está escrito em hebraico, com alguns trechos em aramaico, exceto os livros.
em grego, denominados estes últimos deuterocanônicos. Ao texto hebraico chama-se massorético
(os massoretas eram sábios judeus que a partir do século VII a.C. colocaram vogais para facilitar a
leitura em hebraico, que assim como o árabe é escrita apenas com consoantes).

O Antigo Testamento foi transcrito para o grego no século III a.C., em Alexandria, esta tradução se
denominou Satelita, devido aos 70 sábios que traduziram os textos do pentateuco do hebraico para
grego. O novo testamento foi escrito integralmente em grego, que era considerada como língua
comum.

A Bíblia dos tempos modernos, com seu conteúdo e cânones, foi apresentada à
Cristandade como “livros inspirados”, no ano de 382 d.c. no concílio ecumênico de Roma,
quando a Igreja Católica junto com o papa Damaso I instituíram o cânone bíblico com a lista de livros
do Novo Testamento e dos livros do Antigo Testamento, esta versão foi traduzida para o latim por
Jerônimo (conhecido como a Vulgata), contendo 73 livros, declarando-se dogma no concílio
de Trento; no entanto, após o cisma de Lutero, as igrejas cristãs surgidas a partir disso
cisma, adotaram a versão de Reina Valera como "livro inspirado" que contém 66 livros.

A versão da bíblia autorizada pela igreja católica no concílio de Roma, continha livros
inspirados no hebraico, aramaico, que eram as línguas nativas do povo de Israel, mas
além disso, tinham livros em grego, que segundo a tradição judia e católica foram escritos em os
tempos em que o povo de Israel viveu fora de suas terras, seja em escravidão ou desterro; por
outro lado a tradução adotada pelas igrejas dissidentes, (versão de Casiodoro Reina e Cipriano
Valera) em 1602, aceita como livros inspirados 66 textos, os quais foram escritos em aramaico e
Hebreu.

Os 7 livros não considerados como inspirados pela Reina Valera são denominados
deuterocanônicos" e os 66 livros aceites por ambas as igrejas são denominados "proto
canônicos”, os livros deuterocanônicos são; Tobias, Judite, Ester, I e II dos Macabeus, Sabedoria,
Eclesiástico e Baruc, enquanto os protocanônicos são, o pentateuco, Josué, Juízes, Reis,
Crônicas, Profetas Maiores, Profetas Menores, Salmos, Provérbios, Eclesiastes ou Sirac, cantar
dos cânticos, Lamentações, evangelhos sinópticos, evangélicos didáticos, atos dos
apóstoles, cartas paulinas, cartas de Pedro o Juan y apocalipse.

A bíblia relata a história da relação do povo de Israel com seu Deus (Javé ou Yahvé), por
para entender e compreender os ensinamentos escritos na bíblia, deve-se limitar a palavra
escrita à condição humana, o gênero literário em que foi escrito, o tempo, a cultura e a
ensino, pelo que a bíblia se agrupa da seguinte maneira:

- Pentateuco, onde se encontram em Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio;


o primeiro deste listado, em seus primeiros 10 capítulos relata a origem da criação em
um sentido literário metafórico, enquanto o restante do primeiro livro (gênesis) relata a
história da origem do povo de Israel, a partir de Abraão, em Ur, o segundo deles,
narra a escravidão do povo de Deus no Egito e sua libertação e peregrinação pelo deserto
enquanto Levítico marca os ensinamentos aos filhos de Levi, sumos sacerdotes e reflete
as leis e tradições do povo Judeu, enquanto o livro de Números reflete as
estatísticas durante a peregrinação e primeiros tempos do povo de Israel
Deuteronômio contém os ensinamentos de Moisés no deserto de Moab, antes de chegar
a terra prometida.
- Juízes e Reis. Marcar a história de Israel no tempo em que foi governada por Juízes e
Reis, destacando Samuel, Saul, David e Salomão.
- Profetas Maiores, Aqui estão os ensinamentos de Zacarias, Jeremias, Isaías, Daniel,
y Baruc.
- Profetas menores. Aqui se encontram os ensinamentos de Oséias, Joel, Amós, Obadias,
Jonás, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
- Além disso, no Antigo Testamento encontram-se Eclesiástico, Eclesiastes, Lamentações,
cântico dos cânticos, provérbios e salmos.

Novo testamento contém:

- Evangelhos didáticos: João


- Evangelhos Sinópticos Mateus, Marcos e Lucas
- Atos dos Apóstolos.
- Cartas Paulinas, narram os viagens de Paulo, levando a palavra de Jesus, a Tessalônica,
Éfeso, Corinto, Roma, Galícia e Filipos, assim como as cartas ao seu amigo Filemon, Timóteo e
Tito.
- Cartas de Pedro
- Apocalipse ou Revelação, que contém as visões do apóstolo João na ilha de Patmos,
sobre o final de lostempos.

Os Estudos da Bíblia geraram algumas controvérsias entre os homens, como é o uso


do nome do arquiteto do Universo, enquanto os católicos o chamam de Yahvé,
Os cristãos católicos o denominam Jeová, no entanto, não há certeza sobre o nome do
altíssimo, pois para os antigos era anátema escrever ou dizer o nome do senhor, por isso não há
evidência escrita, a diferença reside na interpretação que foi dada ao tetragrama sagrado
encontrado na estela da Mesa, escrita no ano de 804 a.c. onde aparecem os seguintes
signos, iodo‫)י‬, ele (‫)ה‬, waw (‫ )ו‬e ele (‫)ה‬, os quais, não levam letras vocais e pela sua interpretação
pode ser "j" ou "Y", já que não há certeza de sua pronúncia.

Tetragrama sagrado escrito em fenício, aramaico antigo e hebraico

A bíblia, como foi explicado, é um compêndio de diferentes livros e estilos de escrita, mas sem
embargo em ela se tem considerado se encontra a "verdade espiritual e de fé", não uma "verdade
científica”, por isso, ao lê-la e estudá-la, devem ser considerados os seguintes aspectos:

A bíblia foi publicada em mais de 1200 idiomas e dialetos, portanto está limitada a
as condições particulares de cada língua escrita, sua gramática e semântica particular de
cada uma delas.
2. Sua autoria é muito diversa, foram conhecidos mais de 40 autores, entre os quais se destacam

reis, como David e Salomão, príncipes egípcios como; Moisés, autor do


pentateuco, líderes militares como Josué, sacerdotes, como Samuel, profetas, tais como
Isaías, Jeremías, Malaquias, Daniel, Zacarias, entre outros, pescadores como João, autor do
evangelho do mesmo nome e o apocalipse, e Pedro, cobradores de impostos, como
Mateus, Médicos, como Lucas, e doutores da Lei, como Saulo de Tarso.
3. A bíblia foi escrita em lugares muito diversos, Israel, Judeia, Roma, a ilha de Patmos,
Babilônia, Pérsia, Samaria, deserto do Sinai, entre muitos outros lugares.
Foi escrito em um período superior a 1500 anos, desde a escrita do Pentateuco por volta de
de 1500 a.C. até 95 d.C., quando João escreveu o evangelho do mesmo nome e o livro
das revelações ou apocalipse.
5. Os gêneros literários da Bíblia são muito diversos, que vão desde os relatos
metafóricos (primeiros 10 capítulos do Gênesis), textos históricos, como são, os livros
dos juízes, reis, Macabeus, livros jurídicos, como é Deuteronômio, Levítico, assim
como estatísticos como o livro de Números, tem poesia, como são os livros de,
Salmos, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Eclesiástico e Provérbios, têm textos de
amonestations como a carta de Filemón, exortações como são as cartas
Paulinas aos Gálatas, Filipenses, Colossenses e Romanos, a carta a Pedro, contém
além de documentos biográficos como os livros de Jonas, Esdras, Ester e Rute.
6. Foi escrita em 3 idiomas diferentes, hebraico, aramaico e grego.

Para aqueles para quem a Bíblia é a base da fé, a autoria dela se fundamenta no que foi escrito por
Timóteo, "Toda escritura é inspirada por Deus, e é útil para ensinamento, para repreensão,
correção, imposição de justiça a fim de que o homem de Deus seja perfeito, estando bem
preparado para toda boa obra” (2ª. Tim. 3, 16).

Para as sociedades maçônicas, ao longo dos anos, a Bíblia se constituiu não apenas em um
referente de fé e espiritualidade, senão que é a pedra angular onde se forjam seus princípios e
dogmas, nesta parte do traçado, será exposto como esta pedra angular nos permitiu a
sociedades maçónicas de homens livres e de bem.

Para iniciar esta parte deste traçado, permitimo-nos citar a resposta de Albert Einstein quando
se eu perguntasse "se acreditava em Deus", sua resposta a essa pergunta foi: "Sim, porque acreditar me faz"

humano”, esta frase encerra a importância e relevância do desenvolvimento da fé no homem e em


a sociedade, as lojas maçônicas, conscientes da importância da fé, assumiram a bíblia
como seu centro e seu coração.
A razão pela qual a Bíblia se afirmou como a pedra angular das lojas maçônicas, se
encontre como este texto sagrado, conseguiu sair avante aos exacerbados e implacáveis
embestidas das quais foi objeto, onde de diferentes formas e estilos seus detratores têm
plagado sua verdade com falsos e imorais fatos e é essencialmente a essência deste majestoso
livro o que foi derrubado como muros diante do som das trompetas, todos esses ataques,
pois é sua história, sua filosofia de fazer o bem e sua elevada moral o que lhe permitiu
continuar a sua luz cintilante, ser o farol que orienta a consciência humana, traçando-lhe um
caminho reto, cheio de verdade, virtude e de ciência divina.

As sociedades e lojas maçônicas souberam identificar na Bíblia o nascimento de uma cama


perene de dogmas de fé, que foram adotados pelos homens, nos diferentes confins e
diversas características sociais. É esta luz inesgotável da presença do arquiteto do Universo
em seus textos e por trás deles, o que derivou nas diferentes expressões religiosas, que em
diferentes ocasiões foram fonte de controvérsias e geraram diferentes polêmicas entre o
escrito e o sentido humano de sua interpretação; o qual em diversas ocasiões foi caprichoso e
com um interesse marcado tendencioso pelos interesses particulares e mesquinhos, mas ainda assim com todas

essas atrocidades que foram feitas alçando seu conteúdo, puderam extinguir a
magnificência de sua luz, levando além da razão, a verdade e a vida virtuosa que nela se
proclama, pelo qual para as lojas maçônicas foram constituídas, como foi mencionado
anteriormente, na pedra angular de seus exercícios e na guia mais pura e livre que pode
conduzir os homens por caminhos retos e cumprir seus deveres com os homens.

A arquitetura dos exercícios maçônicos está sustentada pela palavra escrita nos
textos da Bíblia e seus simbolismos e essência de seu pensar e agir estão imersos na
presença de sinais e símbolos bíblicos, que são ensinados ao aprendiz desde sua iniciação e o silêncio
imposto como disciplina do aprendizado.

O andaime maçônico nasce desde que ao aprendiz se sussurra ao ouvido a palavra sagrada, que não
pode-se escrever, pronunciar ou evocar, e que se refere aos textos escritos nas colunas do
templo de Salomão, e referido em diversas ocasiões nos textos bíblicos (Ruth 2 -4, Deu. 25:5 -
10, Rth 4: 1- 8, 1 R ey 7, 15 -22; 2 Cron 3,17).

A arquitetura dos templos maçônicos evoca a distribuição do mítico templo de Salomão.


descritos no livro dos Reis e no segundo livro das Crônicas, onde se descreve a presença de
duas colunas magníficas, com o nome de Jakim e da palavra sagrada dos aprendizes não se
devem escrever ou pronunciar, as quais foram construídas por mandato do próprio rei
Salomão, e mesmo nas lojas azuis, as colunas têm os nomes J e B, em referência a João
o batista, personagem transcendental nas culturas judeu-cristãs, emanadas da Bíblia.

Dentro das sociedades maçônicas, o uso de instrumentos de construção como elementos


simbólicos e representativos dos ritos maçônicos são também uma evocation dos “textos
sagrados”, como se explica a continuação:

No livro do profeta Amós, pastor de bois e coletor de frutos silvestres, considerado um dos
os doze profetas menores, que condenaram a corrupção e a injustiça social, dizem que Deus tem
colocou um prumo de pedreiro no meio de seu povo Israel (Amós 7, 7 -8), assim os israelitas
construirão seus muros espirituais seguindo a verticalidade da lei de Deus; esta citação é
amplamente utilizado nos rituais maçônicos, particularmente no rito escocês antigo e no rito
de York, particularmente na cerimônia de concessão do segundo grau "Companheiro", e
cuja ferramenta é a prumo. Por outro lado, se busca na Bíblia, referência ao prumo de
pedreiro, você encontrará diferentes citações, entre as quais estão:

- estenderei sobre Jerusalém o cordel de Samaria e o prumo da casa de Acabe e


limpar Jerusalém (2ª rei 21,13)
- Mais o pelicano e o ouriço a possuirão, a coruja e o corvo habitarão nela, Deus
estenderá sobre ela o cordel da desolação e a prumada do vazio (Isaías 34:11)
- Portanto, assim disse Jeová (Yavé): eu me voltarei para Jerusalém com compaixão; nela
será edificada minha casa, diz o Senhor dos exércitos, e a prumo será esticada sobre
Jerusalém (Zacarias 1:16)
- Porque, quem desprezou o dia das pequenas começos? Alegraram-se e
verão o prumo na mão de Zorobabel (Zacarias 4:10)

Da mesma forma, como se utiliza o símbolo da prumo nos rituais maçônicos e se encontra
como tem sido amplamente referenciado nos textos bíblicos, assim também a pedra símbolo de
a semente maçonica no aprendiz está referida nos textos bíblicos, particularmente
no livro de Deuteronômio 27, 5 -6, onde se diz que o altar de sacrifícios de Israel deve ser
construído com doze pedras brutas, ou sem labrar, sem polir, não tocadas por ferramentas de ferro.
Neste sentido e referido a este texto, se observamos a arquitetura e distribuição dos templos
masónicos, poderemos distinguir que justo no lado meridional de cada templo se apresenta uma
pedra bruta aos pés do assento do segundo vigilante e é instruído ao aprendiz que esta deverá
ser devastada e polida com a ajuda do martelo e do cinzel, os quais são entregues a ela em sua
cerimônia de iniciação e da mesma forma, ao lado do assento do primeiro vigilante, vê-se um prumo
pendurando com um triângulo que serve de nível.

Se aprofundando no estudo da geometria e arquitetura dos templos maçônicos, teremos


de reparar nas características do altar central maçônico ou Ara de juramentos é uma referência
direta do altar descrito no livro do Êxodo (30, 1-2), que indica que o altar dos perfumes
dentro do tabernáculo de Deus deve haver um móvel ou Altar de cubo duplo ou de base quadrada e com
o dobro de alto que de largo.

Momentos de transcendência para qualquer maçom são os rituais de iniciação e de


otorgamento de graus, os quais estão imersos em simbolismos e em cada palavra sagrada, as
quais são os referentes de suas tarefas e obrigações dentro das atividades da loja, cada uma
de estas palavras são tiradas dos textos bíblicos, como são do livro de Rute, para o
aprendiz, para o grau de mestre faz referência da mesma forma ao livro de Rute, mas com o
nome do grande sacerdote, enquanto que para o segundo grau se refere como palavra sagrada
assumida dos fatos descritos no livro dos juízes (12, 5-6), e assim todas as demais palavras
sagradas são alusão de textos bíblicos. As formas e medidas do sagrado templo estão referidas ao
majestoso templo do rei Salomão, descrito no livro de Crônicas (3, 3)

A presença da bíblia nas sociedades maçônicas tem sido determinante para seu progresso e
conservação de sua tarefa primordial, "forjar homens livres e de bem" onde o conteúdo e
a presença das tábuas da lei entregues a Moisés se erige como fundamentos desta nobre
tarefa, já que não permitem render culto ou presbicia à mentra, honra como princípio a quem
nos deram a vida, nosso pai e nossa mãe, respeita a dignidade do homem, e assenta os
princípios elementares da moral, buscando a humanidade mais justa e a construção de um
templo com pedras humanas fundidas no amor fraternal e de frente para o infinito e eterno, como
nós o observamos em todos os templos maçônicos em sua abóbada celeste.

O sentido e vocação de construtores das sociedades maçônicas não representam um sentido


material e vano, encontra-se gravado em múltiplos capítulos bíblicos, cheios de simbolismo e
mensagem, Pedro, era considerada como a pedra angular da igreja, designado pelo mesmo
Jesus, no trecho do evangelho de Mateus (16, 18-19), onde se diz: "E eu, por minha vez, te digo que você
tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Hades não prevalecerão contra
ela. Atarei as chaves do Reino dos Céus; e o que atares na terra ficará atado no céu.
céus, e o que desatares na terra ficará desatado nos céus.”, enquanto que em Gálatas (2,9),
Pablo, reconhece a Juan, e Santiago, o Maior, além de Pedro, como as três colunas em que se
assentava a Igreja primitiva, a qual o próprio apóstolo reconhece como coluna e baluarte de
verdade (Santiago 3:15).

Este sentido edificador e construtivista se marca na mesma presença de Jesus, ao qual Paulo
reconhece como a "Pedra Viva", (1 Pe 2, 4-6) e o próprio Jesus Cristo fala de que seu corpo é um
templo (João 2, 19 -21), neste mesmo sentido Paulo nos diz em sua primeira carta aos Coríntios
(3, 16 -17), que cada discípulo de Jesus em um templo do Espírito Santo.

O conceito de Deus como arquiteto do universo é usado pelo próprio Paulo em sua carta aos
hebreus (11, 10), onde ele escreve: "A cidade que tem fundamentos cujo arquiteto e construtor
é Deus”, esteto de discursos com sentido maçônico, são frequentes em Paulo, como o reflete a
Assim, já não sois estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e
membros da família de Deus, EDIFICADOS SOBRE O FUNDAMENTO DOS APOSTOLOS E
PROFETAS, SENDO A PEDRA ANGULAR PRINCIPAL JESUS CRISTO EM QUEM TUDO O
EDIFÍCIO, BEM COORDENADO, VAI CRESCENDO PARA SER TEMPLO SANTO NO SENHOR, EM QUEM
VÓS TAMBÉM SOIS JUNTAMENTE EDIFICADOS PARA MORADA DE DEUS NO ESPÍRITO.
(Efésios 2,19-22).

Outro aspecto onde se pode ver a presença de 'textos sagrados', nas lojas maçônicas, se
distingue nos ateliês maçônicos onde ao lado do venerável mestre pode-se observar um
sol dourado e uma lua branca e entre os dois símbolos encontra-se um grande triângulo com um olho ao
centro, esses símbolos estão no livro do Gênesis, quando se descreve o sonho de José, filho
de Jacó (Gênesis 37, 9 -10).

A maneira de conclusão, podemos afirmar que a união existente entre as sociedades


masónicas, independente do rito ao qual pertençam, se encontram unidas intimamente a
os conteúdos dos textos bíblicos, erguendo o conteúdo deles como um estandarte moral
e étco do atual dos irmãos maçons e se constitui em um guia e cajado de seu caminhar
como seres humanos livres e de bem, uma vez que constitui a semente do seu pensar e agir. Para um
irmão maçon, o estudo e a compreensão da verdade da fé contida nos textos sagrados, é
a seiva que corre entre as veias de sua verdade e oferece a floração de sua natureza humana
com uma grata e viva chama de divindade em seu interior.
Os textos bíblicos e seu conteúdo analisados e fielmente estudados à luz da verdade
produzem no interior das lojas que impera "a tolerância", ou seja, que todos tenhamos o
mesmo direito a expressar nossa opinião e respeitar nossa profissão de fé, desde que
que não sejam prejudiciais à humanidade e nocivas à humildade. O conhecimento da verdade
proclamada nos textos bíblicos favorece os homens livres e de boas costumes.

V∴M∴yQQ∴HH Espero que este traçado tenha sido para seu crescimento e edificante para seu
alma e espírito, assim como para a glória do Nosso Grande Arquiteto do Universo.

Saudações fraternais.

É quanto:

M∴M∴

Daniel Zaragoza Ortega

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