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Estudo para ser realizado

em 06/12/2021
MINISTÉRIO DOS GRUPOS FAMILIARES
“Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” - Josué 24:15
Igreja Episcopal Carismática do Brasil

O NASCIMENTO DE JESUS
LUCAS 2:1-7
INTRODUÇÃO
Lucas narra o nascimento de Jesus, situando-o no contexto das profecias bíblicas e do judaísmo dos
seus dias. O “silêncio profético”, que já durava quatrocentos anos, foi rompido pelas manifestações divinas
na Judeia. A plenitude dos tempos havia chegado e o Messias agora seria revelado!
O nascimento de Jesus significava boas novas de alegria para todo o povo. Os pobres e os piedosos
seriam os primeiros a receberem a notícia. Dessa forma, Deus mostrava que a salvação, por Ele provida,
alcançaria a todos os homens.
I. O NASCIMENTO DE JESUS NO CONTEXTO PROFÉTICO
1. Poesia e profecia. No relato do nascimento de Jesus há duas belíssimas poesias conhecidas na teologia
cristã como Magnificat de Maria, a mãe de Jesus, e o Benedictus de Zacarias, o sacerdote (Lc 1.46-55,67-
79). Esses cânticos são de natureza profética e como tal contextualizam o nascimento de Cristo dentro das
promessas de Deus a seu povo. Maria, por exemplo, diz que, ao nascer Jesus, Deus estava se lembrando das
promessas feitas a Abraão (Lc 1.55). Por outro lado, Zacarias afirma da mesma forma que tal visitação era o
cumprimento do que Deus havia prometido na antiguidade aos profetas (Lc 1.70). O nascimento de Jesus não
se tratava, portanto, de um evento sem nexo com a história bíblica. Foi um fato que aconteceu na plenitude
dos tempos e testemunhou o cumprimento das promessa de Deus (Gl 4.4).
2. A restauração do Espírito profético. Já observamos que, na teologia lucana, o Espírito Santo ocupa um
lugar especial. Encontramos 17 referências ao Espírito Santo no terceiro Evangelho e 54 no livro de Atos dos
Apóstolos. Isso é significativo se levarmos em conta que Mateus fala apenas 12 vezes no Espírito Santo e
Marcos 6. Lucas focaliza o revestimento do Espírito, mostrando que o dom profético, silenciado no período
Interbíblico, foi revivificado com a vinda do Messias. Não é à toa que a maioria das referências ao Espírito,
nesse Evangelho, ocorra nos dois primeiros capítulos que relatam o nascimento de Jesus (Lc 1.41,67; 2.25-
27).
II. O ANÚNCIO DO NASCIMENTO DE JESUS
1. Zacarias e Izabel. Em sua narrativa dos fatos que precederam o anúncio do nascimento de Jesus, Lucas
diz que o sacerdote Zacarias havia entrado no “templo para ofertar incenso” (Lc 1.9). A queima do incenso
fazia parte do ritual do Templo e ocorria no período da manhã e à tarde (Êx 30.1-8; 1Rs 7.48-50). Foi
durante um desses turnos que um anjo de Deus apareceu a Zacarias para informar-lhe que a sua oração havia
sido ouvida pelo Senhor e que a sua mulher, embora já não fosse mais fértil, geraria um menino, cujo nome
seria João (Lc 1.13). João, o Batista, nasceu para ser o precursor do Messias, anunciando a sua missão. Ele
seria a “Voz do que clama no deserto” e precederia o Senhor, preparando o seu caminho (Lc 3.4,5).
2. José e Maria. Cerca de seis meses após o anúncio do nascimento de João, o Batista, o anjo Gabriel é
enviado a Nazaré, lugar onde moravam José e sua noiva, Maria. Ela era uma virgem e estava noiva de José.
O anúncio de que ela geraria um filho, sem que para isso fosse necessário haver intercurso sexual, deixou-a
apreensiva (Lc 1.34). O anjo informa-lhe que desceria sobre ela o Espírito Santo e o poder de Deus a
envolveria com a sua sombra (Lc 1.35). Aqui está o milagre da encarnação — O Filho de Deus fazendo-se
carne, a fim de que, através desse grande mistério, possamos alcançar a salvação (Jo 1.1,14).
III. O NASCIMENTO DE JESUS E OS CAMPONESES
1. A nobreza dos pobres. É um fato de fácil constatação o destaque que os pobres recebem no Evangelho de
Lucas. Quando deu início ao seu ministério, Jesus o fez dizendo as seguintes palavras: “O Espírito do Senhor
é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres” (Lc 4.18). Os pobres faziam parte das bem-
aventuranças de Jesus (Lc 6.20). Pobres são os carentes tanto de bens materiais como espirituais. No anúncio
do nascimento de Jesus, um anjo do Senhor é enviado especialmente aos camponeses pobres que
pastoreavam os seus rebanhos no campo. Jesus veio para todos, independente da condição social. O Filho de
Deus dedicou total atenção as minorias do seu tempo: as mulheres, crianças, gentios, leprosos, etc. Ele
chegou a ser chamado de amigo de publicanos e pecadores, pois estava sempre perto dos mais necessitados.
Como Igreja do Senhor, temos atendido os desvalidos em suas necessidades? Será que temos seguido o
exemplo do Salvador? Como “sal” da terra e “luz” do mundo precisamos revelar Cristo aos carentes e
necessitados, pois eles conhecerão o amor de Cristo mediante as nossas ações.
2. A realeza do Messias. A mensagem angélica anunciada aos pastores que se encontravam no campo era
que havia nascido na “cidade de Davi, [...] o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11). Lucas lembra o fato
de que Cristo nasceu em Belém, cidade de Davi, cumprindo dessa forma a profecia bíblica (Mq 5.2). Mas o
Messias não apenas nasce em Belém, cidade de Davi, Ele também possui realeza porque é da descendência
de Davi, como atesta a sua árvore genealógica (Lc 3.23-38). Mas não era só isso. Lucas também detalha
como o anjo de Deus falou da realeza do Messias aos camponeses! Ele é o Salvador, o Cristo, o Senhor (Lc
2.11). Essas palavras proferidas pelo anjo, além de mostrar a realeza do Messias, destacam também a sua
divindade. Jesus é Deus feito homem!
IV. O NASCIMENTO DE JESUS E O JUDAÍSMO
1. Judeus piedosos. Lucas mostra que o nascimento de Jesus aconteceu sob o judaísmo piedoso. Ele ocorre
dentro do contexto daqueles que alimentavam a esperança messiânica. São pessoas piedosas que aguardavam
o Messias e, quando Ele se revelou, elas prontamente o reconheceram. Primeiramente, Lucas cita Zacarias,
um sacerdote piedoso e sua esposa, Isabel. A Escritura sublinha que ambos eram justos diante de Deus e
viviam irrepreensivelmente nos preceitos e mandamentos do Senhor (Lc 1.6). Lucas apresenta também
Simeão, outro judeu piedoso de Jerusalém, e que esperava a consolação de Israel. A ele foi revelado, pelo
Espírito Santo, que não morreria antes que visse o Messias (Lc 2.25,26). Da mesma forma a profetisa Ana,
uma viúva piedosa, que continuamente orava a Deus e jejuava. Quando viu o menino Jesus, deu graças a
Deus por Ele e falava da sua missão messiânica (Lc 2.36-38).
2. Rituais sagrados. Lucas coloca o cristianismo dentro do contexto do judaísmo e não como uma seita
derivada deste. Como qualquer judeu de seu tempo, Jesus se submete aos rituais da religião judaica (Lc 2.21-
24). Como Homem Perfeito, Ele cumpriu toda a lei de Moisés.
CONCLUSÃO
Já observamos que Lucas procura situar o nascimento de Jesus dento do contexto histórico. Dessa
forma ele dá detalhes sobre fatos da história universal mostrando que Deus foi, é e continuará sendo Senhor
da História. É dentro dessa história que se cumpre as profecias. O Messias prometido, diferentemente do
Messias esperado pelos judeus, nasce em uma manjedoura e não em um palácio.
Os pobres, e não os ricos, são os convidados a participar do seu natal. A lógica do Reino de Deus se
manifesta oposta à do reino dos homens. Todos aqueles que se sentem carentes e necessitados são
convidados a participarem dele.
REFLEXÃO
Deus revelou seu amor à humanidade ao enviar a este mundo o seu filho Jesus, único caminho que
conduz à eterna presença de Deus. Jesus esclareceu isso quando Ele declarou: “Eu sou o caminho, a verdade
e a vida. Ninguém pode vir ao Pai senão por mim” (João 14:6).
ORAÇÃO
1. Por D. Paulo Garcia, sua família e seu ministério.
2. Para que Jesus nasça em nossas vidas todos os dias, assim todos os dias celebremos a sua vida, morte
e ressurreição.
LEITURA BÍBLICA DIÁRIA
terça-feira - Lc 1.55 - Deus é fiel e cumpre as suas promessas
quarta-feira - Lc 1.41 - Deus revitaliza as profecias a respeito do Messias
quinta-feira - Lc 4.18; 6.20 - Deus revela-se aos carentes e necessitados
sexta-feira - Lc 2.11 - Deus revela a realeza do Messias para toda a humanidade
sábado - Lc 2.25,26 - Deus revela-se aos piedosos e às minorias
domingo - Lc 2.36,38 - Deus revela-se aos humildes e contritos de coração

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