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ECOLOGIA Tabuada

O documento aborda a ecologia como uma ciência fundamental para entender as relações entre organismos e seu ambiente, destacando sua evolução histórica e conceitos teóricos. Ele explora a importância dos ecossistemas, ciclos biogeoquímicos, biodiversidade e interações sociais na conservação ambiental, com foco em casos práticos em Moçambique. A pesquisa enfatiza a necessidade de uma abordagem interdisciplinar para enfrentar desafios ambientais contemporâneos, como mudanças climáticas e perda de biodiversidade.

Enviado por

Wilson
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ECOLOGIA Tabuada

O documento aborda a ecologia como uma ciência fundamental para entender as relações entre organismos e seu ambiente, destacando sua evolução histórica e conceitos teóricos. Ele explora a importância dos ecossistemas, ciclos biogeoquímicos, biodiversidade e interações sociais na conservação ambiental, com foco em casos práticos em Moçambique. A pesquisa enfatiza a necessidade de uma abordagem interdisciplinar para enfrentar desafios ambientais contemporâneos, como mudanças climáticas e perda de biodiversidade.

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Índice

Introdução ................................................................................................................................... 1

Objectivo .................................................................................................................................... 1

Metodologia ................................................................................................................................ 2

Evolução histórica da Ecologia .................................................................................................. 3

Conceitos fundamentais e enquadramento teórico ..................................................................... 4

Níveis de organização e propriedades emergentes ................................................................. 4

Fatores limitantes, tolerância e nicho ..................................................................................... 4

Hipóteses estruturantes em ecologia ...................................................................................... 4

Sistemas socioecológicos e governança ................................................................................. 5

Fluxo de energia e ciclos biogeoquímicos.................................................................................. 6

Fluxo de energia e teias tróficas ............................................................................................. 6

Ciclo da água .......................................................................................................................... 6

Ciclo do carbono e alterações climáticas ................................................................................ 6

Ciclos do azoto, fósforo e enxofre .......................................................................................... 6

Ecossistemas, biomas e biodiversidade ...................................................................................... 8

Estrutura e função dos ecossistemas....................................................................................... 8

Biomas globais e africanos ..................................................................................................... 8

Biodiversidade: métricas, padrões e tendências ..................................................................... 8

Marcos globais de política para biodiversidade ..................................................................... 8

Ecologia de comunidades e sucessão ecológica ....................................................................... 11

1
Interações bióticas e estrutura de comunidades .................................................................... 11

Sucessão primária e secundária ............................................................................................ 11

Sucessão em ecossistemas moçambicanos ........................................................................... 11

Ilhas, fragmentação e metacomunidades .............................................................................. 11

Perturbações, regime de fogo e resiliência ............................................................................... 13

Conceito de resiliência e limiares ......................................................................................... 13

Ciclones tropicais e cheias na África Austral ....................................................................... 13

Fogo, savanas e mosaicos ..................................................................................................... 13

Restauração ecológica e “build back better” ........................................................................ 13

Poluição ambiental, mudanças climáticas e riscos compostos ................................................. 15

Poluição: nutrientes, químicos e plástico ............................................................................. 15

Alterações climáticas: evidência e projeções ....................................................................... 15

“Emissions Gap” e as trajetórias globais .............................................................................. 15

Natureza como solução climática ......................................................................................... 15

Ecossistemas costeiros de Moçambique: mangais, ervas marinhas e recifes ........................... 16

Mangais: funções, pressões e recuperação ........................................................................... 16

Ervas marinhas e dugongos no Arquipélago de Bazaruto .................................................... 16

Estuários e qualidade da água ............................................................................................... 16

Sazonalidade e pulsos de recursos ........................................................................................ 17

Reintroduções, predadores e “landscape of fear” ................................................................. 17

Gestão adaptativa baseada em evidências ............................................................................ 17

2
Agricultura, pesca e segurança alimentar sob mudança global ................................................ 18

Agricultura tropical: intensificação sustentável ................................................................... 18

Pesca e aquacultura: tendências globais e implicações locais .............................................. 18

Florestas e biodiversidade: estado e inovação ...................................................................... 18

Educação ambiental, políticas e governança multiescala ......................................................... 19

Educação ambiental crítica e contextos locais ..................................................................... 19

Políticas nacionais e acordos internacionais ......................................................................... 19

Financiamento, transparência e justiça ambiental ................................................................ 19

Estudos de caso aprofundados .................................................................................................. 20

Restauração da Gorongosa: ciência, sociedade e resultados ................................................ 20

Ciclone Idai e mangais de Sofala: impacto e recuperação ................................................... 20

Bazaruto e o último reduto de dugongos no Índico Ocidental ............................................. 20

Perspetivas integradas: biodiversidade, clima e sociedade ...................................................... 21

Sinergias e trade-offs ............................................................................................................ 21

Roteiros para Moçambique ................................................................................................... 21

Considerações Finais ................................................................................................................ 22

Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 23

3
Introdução

A ecologia é uma ciência integradora que estuda as relações entre organismos vivos e o ambiente
físico-químico que os sustenta. O termo foi cunhado por Ernst Haeckel em 1869, a partir das
palavras gregas oikos (casa) e logos (estudo), significando literalmente o “estudo da casa” da vida
(HANAZAKI et al., 2013, p. 14).

Desde os primeiros naturalistas, como Aristóteles e Teofrasto, passando por Darwin e Wallace, até
autores modernos como Odum e Krebs, a ecologia consolidou-se como ciência central para
compreender a distribuição e abundância dos organismos, bem como o funcionamento dos
ecossistemas.

No contexto actual, marcado pela perda de biodiversidade, alterações climáticas e degradação dos
ecossistemas, a ecologia não é apenas uma ciência descritiva, mas também aplicada, servindo de
base para políticas de conservação e uso sustentável dos recursos.

Objectivo

Geral

❖ Analisar a ecologia como ciência fundamental para a compreensão dos ecossistemas e a


promoção da sustentabilidade ambiental.

Específicos

❖ Contextualizar a evolução histórica da ecologia;

❖ Explicar os conceitos fundamentais e níveis de organização;

❖ Analisar ecossistemas, ciclos biogeoquímicos e fluxo de energia;

❖ Discutir as interações interespecíficas e ecologia humana;

1
❖ Relacionar ecologia e conservação, com exemplos práticos em Moçambique.

Metodologia

A investigação foi realizada através de pesquisa bibliográfica em livros, artigos científicos e


relatórios técnicos. As principais referências incluem Odum (2004), Ricklefs (2010), Begon,
Townsend e Harper (2007) e Hanazaki et al. (2013). O método de análise foi qualitativo, com foco
na síntese crítica e na articulação entre teoria e casos concretos.

2
Evolução histórica da Ecologia

A ecologia consolidou-se como ciência a partir de observações naturalistas que remontam à


Antiguidade, mas só ganhou estatuto teórico próprio entre o final do século XIX e o início do século
XX. Com Ernst Haeckel, em 1869, o termo “ecologia” passou a designar o estudo das relações dos
organismos com o ambiente (abiótico e biótico) abrindo espaço para uma agenda de investigação
que ultrapassava a mera descrição da natureza para enfatizar processos e interações. O século XIX
foi fértil em sínteses biogeográficas (Humboldt) e em inferências evolutivas (Darwin), que
prepararam o terreno para compreender padrões de distribuição e adaptação das espécies. No início
do século XX, trabalhos de Elton (1927) sobre nichos e cadeias alimentares e de Tansley (1935)
sobre “ecossistema” sedimentaram um vocabulário conceptual que continua operativo.

A partir de meados do século XX, a visão sistémica proposta por Eugene Odum integrou fluxos de
energia, ciclos de matéria e organização trófica, permitindo tratar os ecossistemas como unidades
analíticas com entradas, saídas e retroalimentações (ODUM, 2004). Em paralelo, a ecologia de
populações e comunidades, impulsionada pela teoria demográfica, pelo desenvolvimento de
modelos de competição e predação e pela biogeografia de ilhas, refinou a forma de medir
abundâncias, distribuição espacial e estabilidade. Na viragem do século XXI, a ecologia tornou-se
inevitavelmente interdisciplinar, articulando-se com genética, climatologia, geografia, economia
ecológica e ciências sociais. A crise ambiental global (perda de biodiversidade, alterações
climáticas, poluição) reposicionou a ecologia no centro do debate público e das políticas, exigindo
ciência aplicada, mas ancorada em teoria robusta (BEGON; TOWNSEND; HARPER, 2007;
RICKLEFS, 2010).

No contexto africano, a ecologia como prática científica ganhou impulso com a criação e gestão de
áreas de conservação e com a necessidade de conciliar usos tradicionais com conservação, tema
que hoje estrutura programas como os da Gorongosa, em Moçambique, que combinam
investigação, co-gestão e desenvolvimento local (PRINGLE, 2017).

3
Conceitos fundamentais e enquadramento teórico

Níveis de organização e propriedades emergentes

O estudo ecológico organiza-se em níveis hierárquicos (indivíduos, populações, comunidades,


ecossistemas e biosfera) nos quais surgem propriedades emergentes. A termorregulação e o
orçamento energético são relevantes ao nível do indivíduo; taxas de natalidade, mortalidade e
crescimento importam às populações; riqueza, equitabilidade e teias tróficas caracterizam
comunidades; balanços de energia e matéria definem ecossistemas; e fluxos globais de carbono e
água articulam a biosfera (HANAZAKI et al., 2013). A passagem de um nível a outro implica
reconhecer que métricas e processos mudam de escala e exigem métodos distintos (p. ex., modelos
matriciais demográficos para populações vs. balanços de massa para ecossistemas).

Fatores limitantes, tolerância e nicho

A Lei do Mínimo de Liebig e a Lei da Tolerância de Shelford estabelecem que o desempenho de


uma espécie é condicionado tanto pela escassez como pelo excesso de fatores abióticos (humidade,
temperatura, salinidade), com janelas ótimas e limites de tolerância. Hutchinson (1957) redefiniu
o nicho como um hipervolume de n dimensões, cada qual correspondendo a um fator ambiental. O
nicho fundamental descreve as condições em que a espécie pode persistir; o nicho realizado resulta
da interseção desse espaço com interações bióticas (competição, predação, mutualismo) e com a
história de perturbações. Em mangais, por exemplo, espécies arbóreas como Rhizophora
mucronata e Avicennia marina exibem tolerâncias diferenciadas a salinidade e inundação, o que
estrutura a zonagem típica desses ecossistemas costeiros.

Hipóteses estruturantes em ecologia

A literatura consolidou hipóteses com poder explicativo: (i) a hipótese do distúrbio intermédio
propõe que níveis moderados de perturbação maximizam a diversidade ao impedir dominâncias
competitivas; (ii) a hipótese da produtividade-diversidade sugere relações unimodais entre
produtividade e riqueza; (iii) a hipótese do inimigo natural prevê que inimigos (predadores,
parasitas) promovem coexistência; e (iv) a hipótese da facilitação na sucessão prevê que espécies
pioneiras modificam o ambiente, permitindo o estabelecimento de tardias. Estas hipóteses não são

4
universais, mas são úteis como guias para perguntar e testar, especialmente em sistemas tropicais
africanos, onde o regime de fogo e as cheias modulam fortemente a estrutura comunitária.

Sistemas socioecológicos e governança

A ecologia contemporânea reconhece que sistemas ecológicos e sociais são coproduzidos e


interdependentes. Conceitos como serviços ecossistémicos, resiliência e governança policêntrica
ajudam a compreender como decisões locais (p. ex., abertura de canais de drenagem em mangais)
acumulam consequências sistémicas (salinização, subsidência, perda de pesca artesanal). Em
Moçambique, onde uma parte significativa dos meios de vida depende de recursos naturais,
abordagens socioecológicas são cruciais para alinhar conservação e bem-estar.

5
Fluxo de energia e ciclos biogeoquímicos

Fluxo de energia e teias tróficas

A energia solar, captada por produtores autotróficos, flui pelos níveis tróficos com perdas
inevitáveis por entropia; a eficiência de transferência situa-se tipicamente em torno de 10% entre
níveis, justificando pirâmides de energia sempre eretas (ODUM, 2004). Em savanas, a
variabilidade sazonal da produção primária líquida é elevada, conduzindo a pulsos de recursos que
regulam reprodução, migrações e interações. Em sistemas costeiros tropicais, como bancos de
ervas marinhas no Arquipélago de Bazaruto, a elevada produtividade suporta herbívoros de grande
porte (dugongo) e redes alimentares onde detritos e decompositores desempenham papel central.

Ciclo da água

O ciclo hidrológico liga precipitação, evapotranspiração, escoamento e infiltração. A cobertura


vegetal controla a partição entre escoamento superficial e recarga, enquanto alterações de uso do
solo e barramentos modificam regimes de cheias. Em bacias como a do Púnguè e do Zambeze, a
conversão de matas para agricultura e a expansão urbana alteram picos de cheia e aumentam a
exportação de sedimentos, com impactos a jusante nos estuários e mangais (HANAZAKI et al.,
2013).

Ciclo do carbono e alterações climáticas

O ciclo do carbono é fortemente antropizado pela queima de combustíveis fósseis e pela


desflorestação. O Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) sintetiza
evidências de aquecimento inequívoco, com impactos já observáveis em todas as regiões e
sistemas, e realça a interdependência entre clima, biodiversidade e sociedades humanas. O
Relatório de Síntese do AR6 (2023) conclui que a janela para limitar o aquecimento a 1,5 °C é
estreita e requer reduções rápidas e profundas nas emissões em todos os setores e regiões.

Ciclos do azoto, fósforo e enxofre

O azoto depende de fixação biológica e industrial (Haber-Bosch); o uso intensivo de fertilizantes e


a deposição atmosférica promovem eutrofização e anoxia costeira. O fósforo, sem fase gasosa
significativa, é mobilizado por intemperismo e uso agrícola, acumulando-se em solos tropicais e
em sedimentos; a mineração de fosfatos e a exportação via erosão aceleram a sua ciclagem para
6
compartimentos aquáticos. O enxofre, libertado pela combustão de fósseis, está ligado a chuva
ácida e acidificação de solos sensíveis. A gestão de nutrientes em bacias a montante é determinante
para a saúde de recifes e mangais a jusante.

7
Ecossistemas, biomas e biodiversidade

Estrutura e função dos ecossistemas

Ecossistemas incluem componentes bióticos (produtores, consumidores, decompositores) e


abióticos (água, luz, nutrientes), conectados por processos (produção primária, respiração,
decomposição, herbivoria) e por fluxos (energia, matéria). Nessa perspetiva, lagos, savanas, recifes
e mangais partilham princípios gerais, apesar de diferenças de composição. A qualidade do
“ambiente físico”, p. ex., regime hídrico, granulometria de sedimentos — condiciona fortemente a
estrutura trófica e os serviços que emergem (ODUM, 2004).

Biomas globais e africanos

Os biomas distribuem-se segundo gradientes climáticos e edáficos. Em África Austral, destacam-


se savanas e miombos, que combinam sazonalidade hídrica e regime de fogo frequente; no litoral
moçambicano, recifes de coral, ervas marinhas e mangais formam um contínuo costeiro de elevada
produtividade e importância socioeconómica. Em planaltos e montanhas (p. ex., Serra da
Gorongosa), florestas montanas e matas húmidas servem como refúgios de biodiversidade e fontes
de água.

Biodiversidade: métricas, padrões e tendências

A biodiversidade mede-se por riqueza, equitabilidade e diversidade funcional/filogenética; padrões


clássicos incluem o gradiente latitudinal (maior riqueza nos trópicos) e a relação área-espécies.
Globalmente, a avaliação IPBES (2019) encontrou evidências de declínio sem precedentes na
natureza, com cerca de um milhão de espécies ameaçadas de extinção caso as tendências não se
revertam, e sublinhou os motores diretos de perda: alterações no uso da terra e do mar, exploração
direta, alterações climáticas, poluição e espécies invasoras.

Marcos globais de política para biodiversidade

O Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal (2022) estabelece 4 metas para 2050 e


23 alvos para 2030, incluindo proteger efetivamente pelo menos 30% de terras, águas interiores e
áreas marinhas (“30x30”), restaurar 30% dos ecossistemas degradados, reduzir pela metade a
introdução de invasoras e reorientar subsídios prejudiciais à biodiversidade em pelo menos 500 mil

8
milhões USD/ano. Estes compromissos fornecem direção política e catalisam financiamento e
monitoria, sendo pertinentes para países megadiversos e costeiros como Moçambique.

9
Ecologia humana, serviços ecossistémicos e sustentabilidade

A ecologia humana examina como populações humanas, cultura e tecnologia modelam e são
modeladas pelos ecossistemas. Serviços ecossistémicos, de provisão (pescas, lenha), regulação
(proteção costeira por mangais), suporte (ciclagem de nutrientes) e culturais (turismo, valores
espirituais), dependem de funções ecológicas que, se degradadas, comprometem meios de vida e
resiliência. Em Moçambique, a pesca artesanal, a agricultura de sequeiro e a dependência de
biomassa energética tornam comunidades vulneráveis a perturbações ambientais. A integração
entre conservação e desenvolvimento (educação, saúde, alternativas de rendimento) é, por isso, um
requisito e não um “extra”, como demonstram as abordagens de co-gestão e investimento social na
Gorongosa (PRINGLE, 2017; ver também relatos e inventários científicos recentes do parque).

10
Ecologia de comunidades e sucessão ecológica

Interações bióticas e estrutura de comunidades

Comunidades são estruturadas por interações de competição, predação, herbivoria e mutualismos.


Teias tróficas reais exibem omnivoria, redundância e modularidade; a estabilidade depende tanto
de propriedades de nós (espécies-chave, “apex predators”) como da arquitetura da rede. A remoção
de predadores de topo pode desencadear cascatas tróficas; inversamente, a sua reintrodução pode
restaurar funções perdidas.

Sucessão primária e secundária

A sucessão descreve mudanças previsíveis na composição e função após perturbações. Na sucessão


primária, colonização ocorre em substratos nus (p. ex., dunas costeiras recentes), enquanto na
secundária há legados bióticos e edáficos (bancos de sementes, nutrientes). A teoria contemporânea
combina mecanismos de facilitação, tolerância e inibição: pioneiras modificam microambientes
(sombreamento, matéria orgânica), permitindo espécies tardias; mas também podem excluir
competidores por sombreamento ou alelopatia.

Sucessão em ecossistemas moçambicanos

Nos mangais da Zambézia e Sofala, após eventos extremos ou corte excessivo, Avicennia tende a
colonizar bancos de lama expostos; com estabilização de sedimentos e alteração da
microtopografia, Rhizophora pode tornar-se dominante. Em savanas do Niassa, a exclusão do fogo
favorece o adensamento de arbustos e a transição para estado lenhoso, alterando a disponibilidade
de alimento para herbívoros. Na Gorongosa, a reintrodução de predadores e a recuperação de
grandes herbívoros têm reconfigurado padrões de herbivoria e uso do habitat, influenciando a
sucessão de gramíneas e moitas nas zonas de várzea.

Ilhas, fragmentação e metacomunidades

A biogeografia de ilhas e a teoria de metacomunidades oferecem molduras para entender


colonização-extinção em paisagens fragmentadas. Na faixa costeira, recifes e bancos de ervas
marinhas funcionam como “ilhas” conectadas por dispersão larvar; a conectividade hidrodinâmica
condiciona diversidade local e recuperação após branqueamento ou tempestades. Em mosaicos

11
agrícolas, remanescentes de floresta e corredores ripários mantêm fluxo de espécies e serviços
(polinização, controle biológico).

12
Perturbações, regime de fogo e resiliência

Conceito de resiliência e limiares

Resiliência ecológica, na tradição de Holling, é a capacidade de um sistema absorver perturbações


e reorganizar-se mantendo funções, estruturas e retroalimentações. Sistemas sujeitos a pulsos
(ciclones, cheias) e pressões crónicas (poluição, sobre-extração) podem cruzar limiares que
conduzem a estados alternativos — p. ex., recife coralino para domínio de macroalgas; lago de
águas claras para eutrófico turvo.

Ciclones tropicais e cheias na África Austral

Eventos como o ciclone Idai (2019) criam danos imediatos e impactos prolongados em vegetação,
solos e sistemas costeiros. Análises multitemporais com imagens de satélite na Sofala
documentaram perdas significativas de cobertura vegetal e alterações no uso/cobertura do solo,
com gradientes de dano associados à proximidade da trajetória do ciclone. Para mangais de Beira,
Dondo e Búzi, estimativas indicam milhares de hectares afetados, com mortalidade que pode
continuar anos após o evento devido a mudanças na hidrodinâmica e sedimentação. Estes
resultados informam prioridades de restauração e desenhos de infraestruturas costeiras resilientes.

Fogo, savanas e mosaicos

Em savanas tropicais, o fogo sazonal é força estruturante. Regimes de fogo (frequência,


intensidade, sazonalidade) modulam a coexistência de gramíneas C4 e lenhosas, a disponibilidade
de nutrientes e o habitat para herbívoros. A supressão total do fogo pode levar ao adensamento
lenhoso; a queima excessiva, à degradação e perda de carbono no solo. Maneio adaptativo com
queimas prescritas é prática baseada em evidências para sustentar mosaicos biodiversos e reduzir
incêndios catastróficos.

Restauração ecológica e “build back better”

Após perturbações, estratégias de restauração variam de intervenções passivas (exclusão de


pressões) a ativas (plantios, reconfiguração hidrológica). No pós-guerra em Moçambique, a
Gorongosa ilustra uma restauração baseada em ciência e inclusão social: reintroduções faunísticas,
controlo de caça furtiva, reconexão hidrológica e investimentos em educação e saúde como parte

13
de uma abordagem de paisagem. Relatos recentes documentam inventários, contagens aéreas e
descobertas científicas que consolidam o parque como laboratório vivo de restauração.

14
Poluição ambiental, mudanças climáticas e riscos compostos

Poluição: nutrientes, químicos e plástico

Efluentes urbanos e agrícolas elevam cargas de azoto e fósforo, promovendo eutrofização em


estuários e zonas costeiras; hipoxia prejudica crustáceos e peixes, com impactos diretos na pesca
artesanal. Metais pesados e pesticidas bioacumulam-se, afetando níveis tróficos superiores. O
plástico (de macro a micro e nanoplástico) adquire relevância em praias e zonas de ressaca; a
ingestão por tartarugas e aves marinhas está bem documentada globalmente.

Alterações climáticas: evidência e projeções

O IPCC (AR6) confirma que as alterações climáticas já provocam eventos extremos mais
frequentes e intensos; a adaptação tem limites e a redução rápida das emissões é condição para
manter opções de desenvolvimento. A Síntese de 2023 reforça que cada fracção de grau importa e
que medidas de mitigação de baixo custo existem, mas requerem alinhamento político e
institucional.

“Emissions Gap” e as trajetórias globais

Os Relatórios “Emissions Gap” do PNUMA mostram que as contribuições nacionalmente


determinadas (NDCs) atuais não colocam o mundo numa trajetória compatível com 1,5 °C. A
edição de 2024 sublinha a urgência de reforçar metas e implementação antes do próximo ciclo de
NDCs, com destaque para a descarbonização acelerada de energia, indústria e transportes e para a
eliminação de subsídios a fósseis. Estas análises são relevantes para países em desenvolvimento
altamente expostos a riscos climáticos, como Moçambique.

Natureza como solução climática

Soluções baseadas na natureza (conservar, gerir de forma sustentável e restaurar ecossistemas)


podem contribuir significativamente para mitigação e adaptação, desde que adicionais, verificáveis
e socialmente justas. Mangais moçambicanos, que ocupam centenas de milhares de hectares,
armazenam carbono azul substancial e protegem comunidades costeiras contra tempestades e
erosão; a sua proteção e restauração apresentam co-benefícios climáticos e de biodiversidade.

15
Ecossistemas costeiros de Moçambique: mangais, ervas marinhas e recifes

Mangais: funções, pressões e recuperação

Mangais fornecem berçário para peixes e crustáceos, exportam detritos, sequestram carbono e
protegem o litoral. Em Moçambique, ocupam extensa faixa costeira, com concentrações em Sofala
e Zambézia. A gestão enfrenta desafios: corte para lenha e estacas, expansão urbana e salinização.
Estudos recentes destacam que o país figura entre os 15 com maior extensão de mangais no mundo,
o segundo em África, e que eventos extremos podem causar mortalidade em massa, como
documentado recentemente na Baía de Maputo após uma tempestade severa. Tais evidências
justificam planos nacionais de gestão e restauração com base em risco (zonas prioritárias,
reconexão hidrológica, viveiros nativos).

Ervas marinhas e dugongos no Arquipélago de Bazaruto

Pradarias de seagrass sustentam cadeias tróficas costeiras e estabilizam sedimentos. Em Bazaruto


persiste a última população viável de dugongos no Oceano Índico Ocidental — um património
biológico de valor inestimável. Contagens aéreas e avaliações independentes estimam algumas
centenas de indivíduos, tornando a área prioridade crítica de conservação. A gestão adaptativa
requer proteção de “hotspots” de alimentação, mitigação de colisões com embarcações, controlo
de redes de emalhar e envolvimento de pescadores artesanais.

Estuários e qualidade da água

Estuários de grande bacia (Zambeze, Púnguè, Save) acumulam pressões cumulativas a montante
(sedimentos, nutrientes, agroquímicos) que interagem com marés e salinidade. Programas de
monitoria de longo prazo (nutrientes, clorofila-a, oxigénio dissolvido) são essenciais para orientar
outorgas de uso da água e licenciamento industrial, evitando colapsos de pesca estuarina e
mortalidade de mangais por hipersalinização.

16
Produção primária, teias tróficas e dinâmica trófica em savanas e planícies aluviais

Sazonalidade e pulsos de recursos

Nas planícies aluviais da Gorongosa, o pulso anual de cheias do Urema estrutura ciclos fenológicos
de gramíneas e a disponibilidade de forragem. Grandes herbívoros ajustam movimentos e
reprodução a esta sazonalidade; predadores respondem às variações de densidade e agregação de
presas. A interrupção do pulso (p. ex., barragens a montante) altera produtividade e distribuição de
habitats, com efeitos em cascata.

Reintroduções, predadores e “landscape of fear”

Após a guerra civil, a reintrodução de herbívoros e de carnívoros de topo (p. ex., cães-selvagens,
leões) restabeleceu interações perdidas e promoveu efeitos comportamentais nas presas (evitação
espacial e temporal), influenciando a estrutura de vegetação por via indireta. Relatos recentes sobre
a recuperação da Gorongosa documentam a combinação de ciência, reintroduções, fiscalização e
desenvolvimento comunitário como fatores de sucesso com reconhecimento internacional.

Gestão adaptativa baseada em evidências

Ajustar quotas de turismo, percursos, queimas prescritas e controlo de invasoras requer dados:
contagens aéreas padronizadas, fototrampeamento, telemetria e parcelas permanentes. A
transparência e a participação comunitária reforçam a legitimidade e a eficácia das medidas,
reduzindo conflitos e ampliando benefícios.

17
Agricultura, pesca e segurança alimentar sob mudança global

Agricultura tropical: intensificação sustentável

A expansão agrícola sem salvaguardas conduz a desflorestação, fragmentação e emissões.


Estratégias de intensificação sustentável incluem rotação de culturas, integração agroflorestal,
fertilização de precisão, conservação de solos e rega eficiente. No corredor da Beira e no vale do
Zambeze, iniciativas de extensão rural podem reduzir queimas, conservar matéria orgânica e
diminuir erosão, com ganhos de produtividade e serviços ecossistémicos.

Pesca e aquacultura: tendências globais e implicações locais

Relatórios recentes da FAO indicam que a produção aquícola atingiu patamar recorde e, pela
primeira vez, superou a pesca extrativa em volume de animais aquáticos; globalmente, a produção
(pesca + aquacultura) alcançou novo máximo em 2022. Estes números ilustram oportunidades e
riscos: a aquacultura pode aliviar pressão sobre estoques selvagens, desde que acompanhada por
normas ambientais e sanitárias, rastreabilidade e inclusão de pequenos produtores. Na costa
moçambicana, a diversificação para aquacultura de bivalves e macroalgas, com baixos inputs, pode
gerar renda e serviços (sequestro de carbono, melhoria de qualidade de água), desde que bem
zonada e regulada.

Florestas e biodiversidade: estado e inovação

As florestas tropicais fornecem produtos madeireiros e não madeireiros, regulação climática e


habitat para espécies endémicas. A FAO tem sublinhado inovação setorial (tracing, finanças
verdes, bioeconomia circular) como vetores para conciliar produção e conservação, enquanto dados
de monitoria global apontam perdas crescentes por incêndios e secas extremas em anos recentes,
reforçando a necessidade de gestão ativa do risco. Para Moçambique, a valorização de produtos
florestais não madeireiros e certificação comunitária podem ancorar estratégias de redução de
pobreza.

18
Educação ambiental, políticas e governança multiescala

Educação ambiental crítica e contextos locais

Educação ambiental eficaz vai além de campanhas pontuais: deve ser dialógica, culturalmente
situada e orientada para problemas concretos. Em comunidades costeiras, atividades como
monitoria participativa de mangais, viveiros de Rhizophora e mapeamento de áreas de pesca com
pescadores artesanais geram conhecimento aplicado e corresponsabilização. Escolas parceiras de
parques (modelo Gorongosa) integram ciências, cidadania e práticas de conservação.

Políticas nacionais e acordos internacionais

Instrumentos como a Lei do Ambiente e políticas setoriais de florestas e pescas definem


enquadramentos; contudo, a implementação depende de capacidade institucional, financiamento e
fiscalização. No plano internacional, a convergência entre o Quadro de Biodiversidade (CBD), o
Acordo de Paris (clima) e os ODS exige planeamento integrado: metas “30x30”, NDCs ambiciosas
e investimento em adaptação com base em ecossistemas, priorizando territórios vulneráveis e
comunidades dependentes de recursos naturais.

Financiamento, transparência e justiça ambiental

Os desafios de financiamento (biodiversidade e clima) pedem mecanismos híbridos: fundos


públicos, dívida-por-natureza, mercados de carbono com integridade, e pagamentos por serviços
ecossistémicos. Transparência, salvaguardas sociais e repartição justa de benefícios são condições
para legitimar arranjos e evitar “greenwashing”.

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Estudos de caso aprofundados

Restauração da Gorongosa: ciência, sociedade e resultados

Após quase duas décadas de co-gestão, a Gorongosa tornou-se referência internacional de


restauração e conservação inclusiva. Além de reintroduções e proteção, investiu-se em ciência
aplicada (Laboratório de Biodiversidade), educação (escolas, formação de raparigas), saúde
comunitária e cadeias de valor (café de sombra na Serra, mel, horticultura). Avaliações recentes
destacam a documentação de milhares de espécies, algumas novas para a ciência, e a recuperação
de populações de grandes mamíferos. O reconhecimento internacional (prémios de conservação)
espelha resultados ecológicos e sociais.

Ciclone Idai e mangais de Sofala: impacto e recuperação

O Idai revelou a função protetora dos mangais (onde preservados, reduziram energia de onda e
erosão) e a sua vulnerabilidade a perturbações hidrológicas e de sedimentos. Mapeamentos pós-
evento e estimativas setoriais forneceram uma base para planos de restauro (plantios dirigidos e,
sobretudo, reconexão hidrológica). Uma política pública eficaz deve priorizar corredores
hidrossedimentares, controlar aterros e dragagens e integrar comunidades em esquemas de co-
gestão.

Bazaruto e o último reduto de dugongos no Índico Ocidental

A coexistência entre conservação e pesca artesanal requer regras co-desenhadas: zonas de exclusão
de redes de emalhar em prados de seagrass, rotas de navegação para reduzir colisões, fiscalização
participativa e alternativas de rendimento. Evidências de que Bazaruto detém a última população
viável regional de dugongos reforçam a urgência de medidas robustas e investimento em monitoria
contínua.

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Perspetivas integradas: biodiversidade, clima e sociedade

Sinergias e trade-offs

Mitigação climática baseada em natureza (p. ex., mangais) pode gerar co-benefícios de
biodiversidade e proteção costeira, mas também trade-offs se mal localizada (monoculturas
exóticas, deslocamentos). A avaliação multicritério (carbono, biodiversidade, água, justiça social)
deve orientar decisões. O Quadro de Biodiversidade e os relatórios do IPCC e IPBES convergem
na mensagem: é preciso transformar sistemas de produção e consumo, e fazê-lo de forma justa.

Roteiros para Moçambique

Um roteiro factível combina: (i) conservação e restauro de mangais e ervas marinhas; (ii) gestão
adaptativa de savanas (fogo e herbívoros); (iii) agricultura de conservação e agrofloresta; (iv)
aquacultura de baixo impacto; (v) expansão de áreas de conservação eficazes sob “30x30”; (vi)
ciência aberta e monitoria cidadã; e (vii) financiamento inovador com salvaguardas. Estas linhas
alinham ganhos ecológicos com metas de desenvolvimento e resiliência climática, aproveitando
compromissos globais e experiências locais de sucesso.

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Considerações Finais

A ecologia é uma ciência de síntese que articula conhecimentos biológicos, físicos e sociais. Desde
Haeckel até os estudos modernos de Odum e Krebs, a ecologia ampliou-se, passando de ciência
descritiva a ferramenta estratégica de conservação.

A análise desenvolvida demonstra que compreender os fluxos de energia, os ciclos de nutrientes,


as interações ecológicas e os impactos humanos é fundamental para promover sociedades
sustentáveis.

Em Moçambique, a conservação da Gorongosa e de áreas marinhas protegidas ilustra que é


possível recuperar ecossistemas degradados. Contudo, persistem desafios relacionados à pobreza,
crescimento populacional e mudanças climáticas.

A integração entre ciência, políticas públicas e educação ambiental é, portanto, o caminho para
garantir o equilíbrio ecológico e a qualidade de vida das gerações futuras.

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