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Domine o Mercado com
Smart Money Concepts
Uma abordagem lógica e estruturada
dos mercados internacionais
Thorin Barros
2025
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Título: Domine o Mercado com Smart Money Concepts - Uma abordagem lógica
e estruturada dos mercados internacionais
Autor: Thorin Barros
Edição: 1ª Ano: 2025
Local: Florianópolis, SC – Brasil
Coleção: Tríade do mercado Volume: 01
ISBN nº: 978-65-01-43924-2
Contato do Autor: [email protected]
Instagram: @thorinbarros
Aviso:
O autor desta obra não se responsabiliza por quaisquer perdas ou danos, sejam pessoais
ou materiais, que possam surgir do uso deste material. Investir em renda variável envolve
riscos elevados e requer conhecimento técnico. Este material não faz qualquer recomen-
dação de compra ou venda de ativos financeiros, sendo exclusivamente destinado a com-
partilhar conceitos educacionais sobre análise de mercado e estratégias de operação.
Copyright © 2025 Estácio Jussie Odisi.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/98. Nenhuma parte deste material
pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer meio, seja eletrônico, mecânico, fotográfico, gra-
vação ou outro, sem a autorização prévia do editor.
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[email protected] Prefácio
Escrever este livro foi um trabalho de paixão e dedicação, nascido do desejo de
compartilhar com outros brasileiros tudo o que aprendi sobre Smart Money Concepts
(SMC). Ao longo dos anos, essa metodologia transformou completamente minha
forma de enxergar o mercado financeiro. Ela não é apenas um conjunto de estra-
tégias; é uma visão profunda sobre como os grandes participantes do mercado —
as instituições financeiras e investidores institucionais — operam para mover os
preços e explorar a liquidez disponível.
Quero deixar claro desde o início: todos os conceitos e teorias apresentados neste
material são de autoria de Michael Huddleston, o criador do SMC. Todo o trabalho
original de Michael está disponível publicamente em seu canal no YouTube, cha-
mado "The Inner Circle Trader" (@InnerCircleTrader), onde ele compartilha gratui-
tamente todo o conhecimento e fundamentos da metodologia. Minha missão aqui
é organizar e apresentar essas ideias de maneira clara, precisa e acessível para os
brasileiros, traduzindo não apenas o conteúdo, mas também a essência de uma
metodologia que revolucionou o entendimento de muitos traders ao redor do
mundo. Este livro é um recurso cuidadosamente estruturado, pensado para servir
como guia prático e material de consulta ao longo de sua jornada no mercado
financeiro.
O conteúdo está dividido em partes e capítulos, cobrindo desde os fundamentos
do SMC até os conceitos mais avançados, proporcionando um caminho didático
e progressivo para o aprendizado. Embora este livro tenha sido projetado como
um material de consulta — onde você poderá retornar para revisar capítulos espe-
cíficos quando necessário —, aconselho que a primeira leitura seja feita na íntegra.
Isso permitirá que você compreenda a lógica por trás de cada conceito e veja como
eles se integram para formar uma abordagem consistente e poderosa.
Este livro, no entanto, não é um manual sobre como investir seu dinheiro. Ele tem
caráter estritamente educacional, apresentando a teoria e os conceitos do SMC
como uma ferramenta para compreender a lógica por trás dos movimentos do
mercado. É fundamental lembrar que decisões financeiras requerem a orientação
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[email protected] de profissionais habilitados e autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários
(CVM). Portanto, o que você encontrará aqui é um mapa para entender os merca-
dos, e não conselhos ou recomendações de investimento.
Este livro é inteiramente dedicado a técnica operacional, apresentando o SMC
como uma abordagem robusta e lógica para a análise e execução de operações.
Ele não trabalha questões de gerenciamento de risco e psicologia do trader, que
são outros dois pilares essenciais para um trader de sucesso.
Minha esperança é que este livro não apenas lhe ensine os conceitos do SMC, mas
também inspire confiança para explorar o mercado com uma mentalidade crítica
e fundamentada. Este é um material para quem deseja se aprofundar, estudar e
construir um entendimento sólido sobre como o mercado realmente funciona.
Que esta seja a primeira de muitas portas que você abrirá em sua jornada no mer-
cado financeiro. E que os conhecimentos aqui apresentados sirvam como um ali-
cerce para alcançar seus objetivos, seja como trader ou como investidor.
Boa leitura!
Thorin Barros
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[email protected] Sumário
LISTA DE ABREVIAÇÕES ........................................................................................... 7
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 9
PARTE 0. NIVELAMENTO ESSENCIAL PARA TRADING .......................................... 15
CAPÍTULO 0.1 – O MUNDO DO TRADING .................................................................... 16
CAPÍTULO 0.2 - DECIFRANDO OS GRÁFICOS ................................................................. 19
CAPÍTULO 0.3 - FERRAMENTAS E ORDENS ESSENCIAIS .................................................... 22
CAPÍTULO 0.4 - PLATAFORMAS E PRÓXIMOS PASSOS ..................................................... 25
PARTE 1. ESTRUTURAS DE MERCADO ................................................................. 28
CAPÍTULO 1 - ESTRUTURAS DE MERCADO .................................................................... 29
CAPÍTULO 2 - SWING POINTS .................................................................................... 37
CAPÍTULO 3 - STRONG E WEAK POINTS ....................................................................... 44
CAPÍTULO 4 - DISPLACEMENT ................................................................................... 48
CAPÍTULO 5 - BREAK OF STRUCTURE (BOS) ................................................................. 51
CAPÍTULO 6 - CHANGE OF CHARACTER (CHOCH).......................................................... 58
CAPÍTULO 7 - MARKET STRUCTURE SHIFT (MSS) .......................................................... 66
CAPÍTULO 8 - CHANGE IN THE STATE OF DELIVERY (CISD) ............................................... 70
CAPÍTULO 9 – OFERTA E DEMANDA ........................................................................... 75
CAPÍTULO 10 - PREMIUM AND DISCOUNT.................................................................... 80
PARTE 2. BLOCOS DE ORDENS ............................................................................. 87
CAPÍTULO 11 - ORDER BLOCK ................................................................................... 88
CAPÍTULO 12 - MITIGATION BLOCK ............................................................................ 93
CAPÍTULO 13 - BREAKER BLOCK ................................................................................ 98
CAPÍTULO 14 - VACUUM BLOCK .............................................................................. 104
CAPÍTULO 15 - PROPULSION BLOCK ......................................................................... 107
CAPÍTULO 16 - REJECTION BLOCK ............................................................................ 111
CAPÍTULO 17 - RECLAIMED ORDER BLOCK ................................................................. 115
PARTE 3. INEFICIÊNCIAS NO PREÇO ................................................................... 119
CAPÍTULO 18 - FAIR VALUE GAP (FVG) .................................................................... 120
CAPÍTULO 19 - INVERSE FAIR VALUE GAP (IFVG)........................................................ 127
CAPÍTULO 20 - BALANCED PRICE RANGE (BPR) .......................................................... 132
CAPÍTULO 21 - VOLUME IMBALANCE ........................................................................ 136
CAPÍTULO 22 - INSTITUTIONAL ORDER FLOW ENTRY DRILL (IOFED) ................................ 140
CAPÍTULO 23 - BREAKAWAY GAPS E REDELIVERED REBALANCED (RDRB) ......................... 144
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[email protected] PARTE 4. LIQUIDEZ DOS MERCADOS .................................................................. 149
CAPÍTULO 24 - INTRODUÇÃO À LIQUIDEZ ................................................................... 150
CAPÍTULO 25 - INTERNAL AND EXTERNAL RANGE LIQUIDITY ........................................... 157
CAPÍTULO 26 - HIGH & LOW RESISTANCE LIQUIDITY RUN.............................................. 163
CAPÍTULO 27 - LIQUIDITY VOID ............................................................................... 168
CAPÍTULO 28 - INDUCEMENT .................................................................................. 172
CAPÍTULO 29 - LIQUIDITY SWEEP ............................................................................. 177
PARTE 5. SMART MONEY AVANÇADO............................................................... 182
CAPÍTULO 30 - CONSEQUENT ENCROACHMENT – MEAN THRESHOLD ............................... 183
CAPÍTULO 31 – DESVIO PADRÃO - STANDARD DEVIATION ............................................. 187
CAPÍTULO 32 - PADRÃO THREE DRIVES ..................................................................... 191
CAPÍTULO 33 - CANDLE RANGE THEORY .................................................................... 195
CAPÍTULO 34 - SEEK AND DESTROY .......................................................................... 199
CAPÍTULO 35 - SMT DIVERGENCE ........................................................................... 202
CAPÍTULO 36 - INTERBANK PRICE DELIVERY ALGORITHM (IPDA) .................................... 210
PARTE 6. TEMPO E PREÇO .................................................................................. 215
CAPÍTULO 37 – KILLZONES ..................................................................................... 216
CAPÍTULO 38 - MACRO TIMES ................................................................................ 230
CAPÍTULO 39 - DAILY BIAS ..................................................................................... 234
CAPÍTULO 40 - PERFIL DA SEMANA .......................................................................... 239
CAPÍTULO 41 - HORÁRIO DO MIDNIGHT E 8:30H ........................................................ 246
CAPÍTULO 42 - CENTRAL BANK DEALERS RANGE (CBDR) .............................................. 250
CAPÍTULO 43 - NEW WEEK/DAY OPENING GAP (NWOG E NDOG) ............................... 254
CAPÍTULO 44 - CALENDÁRIO ECONÔMICO ................................................................. 257
PARTE 7. SISTEMAS DE NEGOCIAÇÕES .............................................................. 261
CAPÍTULO 45 - POWER OF 3 ................................................................................... 262
CAPÍTULO 46 - JUDAS SWING ................................................................................. 275
CAPÍTULO 47 - MARKET MAKER BUY/SELL MODEL ..................................................... 281
CAPÍTULO 48 - OTE TRADING STRATEGY ................................................................... 289
CAPÍTULO 49 - TURTLE SOUP TRADING STRATEGY ....................................................... 294
CAPÍTULO 50 – ICT 2022 TRADING MODEL .............................................................. 298
CAPÍTULO 51 - UNICORN MODEL ............................................................................ 305
CAPÍTULO 52 - SILVER BULLET STRATEGY................................................................... 308
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 312
APÊNDICE A: GUIA RÁPIDO - POR ONDE COMEÇAR A PRATICAR SMC? ............. 314
GLOSSÁRIO ......................................................................................................... 318
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[email protected] Lista de Abreviações
BB Breaker Block
BISI Buy Side Imbalance Sell Side Inefficiency (Tipo de FVG de alta)
BOS Break of Structure (Quebra de Estrutura)
BPR Balanced Price Range (Intervalo de Preço Balanceado)
BSL Buy Side Liquidity (Liquidez do Lado da Compra)
CBDR Central Bank Dealers Range
CE Consequent Encroachment (Ponto médio de um desequilíbrio)
CHOCH Change of Character (Mudança de Caráter)
CISD Change in the State of Delivery (Mudança no Estado de Entrega do Preço)
CPI Consumer Price Index (Índice de Preços ao Consumidor)
CRT Candle Range Theory (Teoria da Amplitude da Vela)
DBD Drop Base Drop (Estrutura de oferta)
DBR Drop Base Rally (Estrutura de demanda)
DOL Draw on Liquidity (Atração pela Liquidez)
DST Daylight Saving Time (Horário de Verão Americano)
DXY Índice do Dólar Americano
EDT Eastern Daylight Time (Horário de Verão do Leste dos EUA)
EQL Equal Lows (Fundos Iguais)
EQH Equal Highs (Topos Iguais)
ERL External Range Liquidity (Liquidez de Faixa Externa)
ES Símbolo comum para futuros do E-mini S&P 500
EST Eastern Standard Time (Horário Padrão do Leste dos EUA)
FOMC Federal Open Market Committee (Comitê Federal de Mercado Aberto)
FVG Fair Value Gap (Lacuna de Valor Justo)
HH Higher High (Topo Mais Alto)
HL Higher Low (Fundo Mais Alto)
HRLR High Resistance Liquidity Run (Corrida para Liquidez com Alta Resistência)
HTF Higher Time Frame (Tempo Gráfico Maior)
ICT Inner Circle Trader (Pseudônimo de Michael J. Huddleston)
IFVG Inverse Fair Value Gap (FVG Invertido)
IOFED Institutional Order Flow Entry Drill (Entrada no Fluxo de Ordens Institucionais)
IPDA Interbank Price Delivery Algorithm (Algoritmo Interbancário de Entrega de Preços)
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IRL Internal Range Liquidity (Liquidez de Faixa Interna)
LH Lower High (Topo Mais Baixo)
LL Lower Low (Fundo Mais Baixo)
LRLR Low Resistance Liquidity Run (Corrida de Liquidez com Baixa Resistência)
LTF Lower Time Frame (Tempo Gráfico Menor)
MB Mitigation Block (Bloco de Mitigação)
mBOS minor Break of Structure (Quebra de Estrutura Menor)
MMBM Market Maker Buy Model
MMSM Market Maker Sell Model
MMXM Market Maker Buy/Sell Model
MSS Market Structure Shift (Mudança na Estrutura de Mercado)
MT Mean Threshold (Ponto médio de um Order Block ou estrutura)
NDOG New Day Opening Gap (Gap de Abertura do Novo Dia)
NFP Non-farm Payroll (Relatório de Emprego dos EUA)
NQ Símbolo comum para futuros do E-mini Nasdaq 100
NWOG New Week Opening Gap (Gap de Abertura da Nova Semana)
NY New York (Fuso horário de referência)
NY KZ New York Killzone
OB Order Block (Bloco de Ordens)
OTE Optimal Trade Entry (Entrada Ótima em Trade)
PD Arrays Premium and Discount Arrays (Ferramentas em Zonas Premium/Discount)
PDH/PDL Previous Day High/Low (Máxima/Mínima do Dia Anterior)
PO3 Power of 3 (Acumulação, Manipulação, Distribuição)
POI Point of Interest (Ponto de Interesse)
PWH/PWL Previous Week High/Low (Máxima/Mínima da Semana Anterior)
RB Rejection Block (Bloco de Rejeição)
RBR Rally Base Rally (Estrutura de demanda)
RBD Rally Base Drop (Estrutura de oferta)
RDRB Redelivered Rebalanced (Reentregue Rebalanceado)
ROB Reclaimed Order Block (Bloco de Ordem Reclamado)
SIBI Sell Side Imbalance Buy Side Inefficiency (FVG de baixa)
SMC Smart Money Concepts (Conceitos de Dinheiro Inteligente)
SMT Smart Money Tools / Smart Money Technique)
SSL Sell Side Liquidity (Liquidez do Lado da Venda)
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[email protected] Introdução
O Smart Money Concepts (SMC) é uma metodologia avançada de análise de mercado
que se concentra em como as instituições financeiras – conhecidas como smart
money – movem o preço no mercado financeiro. Ao contrário de métodos tradici-
onais que muitas vezes dependem de indicadores genéricos ou padrões gráficos
simplistas, o SMC analisa as intenções e ações dos grandes participantes, como
bancos, fundos de hedge e instituições financeiras globais, que possuem recursos
e influência suficientes para moldar os movimentos do mercado.
O SMC fornece ferramentas para identificar como essas instituições criam liqui-
dez, manipulações e desequilíbrios no preço, abrindo portas para traders individu-
ais alinharem suas operações com o fluxo do capital institucional. Ele utiliza con-
ceitos de estrutura de mercado, blocos de ordens, captura de liquidez e ineficiên-
cias do preço, oferecendo uma abordagem detalhada e estratégica para antecipar
movimentos no mercado.
O SMC foi desenvolvido por Michael J. Huddleston, amplamente conhecido
como ICT (Inner Circle Trader). Michael é uma das figuras mais influentes na edu-
cação de traders, tendo dedicado décadas para entender como os mercados funci-
onam em sua essência. Ele compartilhou seus conhecimentos sobre o comporta-
mento das instituições financeiras e como essas entidades usam algoritmos para
manipular preços e obter lucros.
Huddleston destaca que o mercado não é aleatório. Ele segue padrões estruturados
baseados em liquidez e equilíbrio entre compradores e vendedores. O SMC é o
resultado de sua pesquisa aprofundada, combinando teoria e prática para capacitar
traders a entenderem o funcionamento interno do mercado.
Qual a diferença do SMC para os métodos comuns?
Enquanto muitos métodos tradicionais se baseiam em indicadores como médias
móveis, RSI ou bandas de Bollinger, o SMC ignora essas ferramentas, que muitas
vezes são atrasadas e ineficazes. Em vez disso, ele foca diretamente na ação do
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preço (price action), avaliando como as instituições manipulam os preços para criar
liquidez e induzir traders de varejo a erros.
As principais diferenças entre o SMC e os métodos comuns incluem:
1. Enfoque em Liquidez: O SMC identifica zonas onde as instituições bus-
cam liquidez, como altas e baixas anteriores, enquanto métodos tradicio-
nais ignoram esses pontos críticos.
2. Estruturas de Mercado Avançadas: Conceitos como Break of Structure
(BOS), Change of Character (CHOCH) e Market Structure Shift (MSS) permi-
tem uma leitura mais precisa do comportamento do mercado.
3. Análise Algorítmica: O SMC considera o uso de algoritmos por grandes
players, enquanto a maioria dos métodos tradicionais trata o mercado
como se fosse movido exclusivamente por oferta e demanda de varejistas.
4. Eficácia Temporal: O SMC leva em conta o impacto de horários e ses-
sões específicas, como as Killzones (zonas de alta volatilidade), enquanto
métodos comuns ignoram esses fatores temporais.
Quais são as grandes premissas do SMC?
O SMC é construído em torno de premissas fundamentais que explicam como o
mercado se move e como o smart money opera. Algumas dessas premissas incluem:
1. O Mercado é Movido pelo Smart Money
As instituições financeiras dominam o mercado, e seus movimentos criam padrões
previsíveis. O SMC busca entender e seguir essas intenções.
2. Liquidez é o Objetivo Principal
O preço sempre busca áreas de liquidez – pontos onde há uma concentração de
ordens, como stops e take profits de traders de varejo. Essas áreas são conhecidas
como "piscinas de liquidez".
3. Manipulação é Essencial
O smart money manipula o mercado para enganar traders de varejo, criando rompi-
mentos falsos (fakeouts) e movimentos rápidos para capturar ordens.
4. Equilíbrio e Desequilíbrio
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O mercado busca equilíbrio, mas opera através de desequilíbrios temporários,
como fair value gaps e lacunas de preços que precisam ser preenchidas.
5. Estruturas de Mercado Direcionam o Preço
O mercado segue padrões claros de estrutura, como tendências, mudanças de ca-
ráter e deslocamentos que indicam as intenções institucionais.
6. O Tempo é Essencial no Mercado
O preço se comporta de maneira previsível em horários específicos do dia, como
as Kill Zones (horários de maior volatilidade) e aberturas de sessões.
Aprender SMC é o bastante para ser um operador de sucesso?
Embora o Smart Money Concepts (SMC) seja uma metodologia operacional avançada
e indispensável para compreender os movimentos do mercado, ele é apenas um
dos três pilares fundamentais para o sucesso como trader. Operar com consistên-
cia e segurança exige mais do que uma boa técnica. É crucial equilibrar o SMC
com Gerenciamento de Risco e uma Psicologia de Trader bem desenvolvida.
Com o objetivo de oferecer um guia completo, a coleção 'Tríade do Mercado' foi
desenvolvida para abordar cada um destes pilares fundamentais em um volume
dedicado. Este livro que você tem em mãos foca na Técnica Operacional. Vamos
explorar brevemente cada um desses pilares:
I - Técnica Operacional
A técnica é o alicerce de qualquer trader, e o SMC representa um dos métodos
mais avançados e precisos disponíveis. Ele fornece uma estrutura clara para iden-
tificar padrões de mercado, movimentos institucionais e zonas de liquidez, permi-
tindo operar como os grandes players. Este livro é dedicado exclusivamente a ex-
plorar, ensinar e dominar o SMC. No entanto, a técnica, por si só, não é suficiente.
II - Gerenciamento de Risco
Saber quanto você está disposto a perder em cada operação é tão importante
quanto identificar as melhores entradas e saídas no mercado. O gerenciamento de
risco protege seu capital, garantindo que uma série de perdas não comprometa sua
jornada no mercado financeiro.
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É essencial que você entenda os riscos antes de consumir este livro. O mercado é
imprevisível, e mesmo com uma metodologia sólida como o SMC, perdas são ine-
vitáveis. Sem um plano de risco bem definido, qualquer estratégia pode se tornar
perigosa.
III - Psicologia e Mentalidade de Trader
Emoções como medo e ganância são inimigas frequentes dos traders. Manter a
disciplina, seguir o plano e aceitar perdas como parte do processo são habilidades
cruciais que diferenciam traders experientes dos novatos. Ter uma mentalidade
forte significa operar com clareza, mesmo em situações de pressão, e aprender
com cada experiência no mercado.
Sobre este Livro
Este volume aborda exclusivamente a Técnica Operacional com base no SMC,
sendo o primeiro pilar da nossa coleção 'Tríade do Mercado'. Ele foi pensado
para ser a base técnica para o sucesso no mercado financeiro. Os outros dois
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pilares indispensáveis, Gerenciamento de Risco e Psicologia do Trader, são
explorados em profundidade nos demais volumes da coleção, que recomendamos
fortemente para complementar seu desenvolvimento.
Antes de mergulharmos nas complexidades dos Smart Money Concepts, este livro
inicia com uma Parte 0 - Nivelamento Essencial para Trading. Esta seção foi
cuidadosamente preparada para fornecer os fundamentos básicos sobre mercados,
gráficos e ferramentas de negociação, garantindo que mesmo leitores sem experi-
ência prévia possam acompanhar o conteúdo subsequente com maior confiança.
Este livro foi estruturado para servir como um guia completo e acessível para
quem deseja dominar a metodologia Smart Money Concepts. Ele foi projetado com
o objetivo de levar o leitor, independentemente do nível de conhecimento prévio,
a um entendimento avançado da teoria e prática do SMC. Para isso, o conteúdo
está organizado da seguinte forma:
0. Nivelamento Essencial para Trading: Aborda os fundamentos indis-
pensáveis para quem está começando, incluindo o que é trading, os mer-
cados relevantes, a leitura de gráficos de velas, tempos gráficos, tipos de
ordens e os riscos envolvidos.
1. Estruturas de Mercado: Nesta primeira parte, explicamos os fundamen-
tos das estruturas de mercado, como Swing Points, Break of Structure (BOS)
e Change of Character (CHOCH). Aqui, você aprenderá a identificar os mo-
vimentos que definem a direção do mercado.
2. Blocos de Ordens: Uma análise detalhada dos diferentes tipos de order
blocks, que são zonas onde o dinheiro institucional entra no mercado. Es-
tes incluem conceitos como Breaker Blocks, Mitigation Blocks e Rejection
Blocks.
3. Ineficiências no Preço: Nesta seção, exploramos como desequilíbrios e
lacunas nos preços – como Fair Value Gaps (FVG) e Implied Fair Value
Gaps – oferecem pistas importantes para entradas e saídas de trades.
4. Liquidez dos Mercados: Aqui, abordamos como o conceito de liquidez
influencia os preços, desde Liquidity Sweeps até Inducements, permitindo que
você reconheça onde o mercado está mais vulnerável a reviravoltas.
5. Smart Money Avançado: Uma parte dedicada aos conceitos mais com-
plexos, como SMT Divergence, Market Order Flow e o algoritmo de entrega
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de preços interbancários (IPDA), essenciais para uma visão profissional
dos mercados.
6. Tempo e Preço: Esta seção conecta o tempo à ação do preço, explo-
rando Killzones, perfis semanais e o impacto de eventos macroeconômicos
no mercado.
7. Sistemas de Negociação: Encerrando o livro, apresentamos modelos
práticos de negociação baseados no SMC, como o Power of 3, Judas Swing
e a Silver Bullet Strategy. Esses sistemas foram projetados para ajudá-lo a
aplicar tudo o que aprendeu de forma prática e lucrativa.
Cada capítulo foi escrito para ser uma peça essencial do quebra-cabeça, constru-
indo conhecimento de forma progressiva e preparando você para operar com con-
fiança. À medida que avançamos, você aprenderá a pensar como um trader insti-
tucional, adotando uma abordagem lógica e analítica para cada movimento do
mercado.
Por fim, este livro não é apenas sobre ganhar dinheiro; é sobre transformar sua
visão do mercado financeiro. Ao longo desta jornada, você entenderá que o su-
cesso na negociação não é um acaso, mas o resultado de estudo, prática e disci-
plina. Seja você um iniciante curioso ou alguém buscando uma abordagem mais
sofisticada, este livro será a sua bússola no vasto oceano do mercado financeiro.
Bem-vindo ao mundo do Smart Money Concepts.
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PARTE 0.
NIVELAMENTO
ESSENCIAL PARA
TRADING
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Capítulo 0.1 – O Mundo do Trading
Se você é completamente novo no universo dos mercados financeiros, este capí-
tulo (e os próximos desta parte introdutória) foi pensado para você. Nosso obje-
tivo aqui é construir uma base sólida, apresentando o que é o trading, os principais
mercados que exploraremos ao longo deste livro, quem são os participantes que
influenciam os preços e, crucialmente, os riscos inerentes a esta atividade. Com
esta base, você estará mais preparado para mergulhar nos conceitos avançados dos
Smart Money Concepts (SMC) que começarão na Parte 1.
O Que é Trading? (Trading vs. Investimento)
Você provavelmente já ouviu falar em "investir na bolsa", geralmente associado a
comprar ações de empresas e mantê-las por muitos anos, esperando que se valo-
rizem. Isso é investimento de longo prazo. O trading, por outro lado, é uma ativi-
dade diferente.
O trading envolve a compra e venda de ativos financeiros (como moedas, índices
ou ações) em prazos mais curtos – que podem variar de segundos e minutos a dias
ou semanas. O objetivo principal não é se tornar sócio de uma empresa, mas sim
especular sobre os movimentos de preço, buscando lucrar com as variações para
cima (comprando barato e vendendo caro) ou para baixo (vendendo caro e recom-
prando barato, uma operação conhecida como "venda a descoberto" ou short sel-
ling).
Característica Trading Investimento
Objetivo Principal Lucrar com variações de preço Acumular patrimônio / Valori-
zação a longo prazo
Prazo Típico Curto/Médio Prazo Longo Prazo
Foco da Análise Movimentos de preço, Análise Fundamentos da em-
Técnica presa/ativo
Frequência Mais frequente (operações Menos frequente (posições
mais rápidas) mantidas por mais tempo)
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Este livro foca em técnicas para entender e potencialmente lucrar com essas mo-
vimentações de preço, usando a metodologia SMC.
Mercados em Foco (Forex e Índices Futuros)
Embora os conceitos SMC possam ser aplicados a diversos mercados, os exem-
plos e estratégias neste livro frequentemente se referem a dois ambientes princi-
pais, conhecidos por sua alta liquidez (veremos mais sobre liquidez na Parte 4):
1. Forex (Mercado de Câmbio): É o maior mercado financeiro do mundo,
onde moedas de diferentes países são negociadas em pares (por exemplo,
EUR/USD – Euro vs. Dólar Americano, GBP/USD – Libra Esterlina
vs. Dólar Americano). Funciona 24 horas por dia, 5 dias por semana, e
sua dinâmica é influenciada por fatores econômicos e geopolíticos globais.
2. Índices Futuros (Index Futures): São contratos que derivam de índices
de bolsas de valores. Em vez de negociar ações individuais, você negocia
o desempenho geral de um índice que representa um conjunto de ações.
Exemplos comuns que aparecerão neste livro incluem os futuros do S&P
500 (ES) e do Nasdaq 100 (NQ), ambos dos Estados Unidos. Esses mer-
cados são muito populares para day trading devido à sua volatilidade em
horários específicos.
De forma simplificada, os preços nesses mercados se movem pela interação cons-
tante entre oferta (vendedores) e demanda (compradores). Quando a demanda
supera a oferta, os preços tendem a subir; quando a oferta é maior, os preços ten-
dem a cair. A metodologia SMC, que começaremos a estudar na Parte 1, oferece
uma visão muito mais profunda e específica de como essa dinâmica realmente
ocorre, focando nas ações dos grandes participantes.
Os Jogadores do Mercado: Varejo vs. Instituições (Smart Money)
O mercado financeiro não é homogêneo; ele é composto por diferentes tipos de
participantes com capacidades e influências distintas:
• Traders de Varejo (Retail Traders): Somos nós, os participantes indi-
viduais que negociamos com nosso próprio capital, geralmente em volu-
mes menores. Usamos corretoras para acessar os mercados.
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• Instituições Financeiras (Smart Money): Este é o grupo que realmente
tem o poder de mover os preços. Inclui grandes bancos, fundos de hedge,
fundos de pensão e outros investidores institucionais que negociam volu-
mes massivos de capital. Na metodologia que estudaremos, nos referimos
a eles como Smart Money (Dinheiro Inteligente), pois suas ações são calcu-
ladas, estratégicas e deixam "pegadas" nos gráficos que podemos aprender
a identificar. Entender como o Smart Money opera é a chave dos Smart
Money Concepts.
•
A Realidade Crucial dos Riscos
Antes de prosseguir, é absolutamente fundamental reforçar um ponto crucial já
mencionado nos avisos iniciais deste livro: trading é uma atividade de alto risco. A
possibilidade de obter lucros atrai muitas pessoas, mas a realidade é que a maioria
dos que tentam negociar sem o devido preparo, disciplina e gerenciamento de risco
perdem dinheiro – muitas vezes, rapidamente.
• Risco de Perda: Você pode perder parte ou todo o capital investido.
Nunca negocie com dinheiro que você não pode se dar ao luxo de perder.
• Conhecimento é Essencial, Mas Não Garante Lucro: Este livro ofe-
rece conhecimento técnico valioso, mas dominar a técnica é apenas um
dos pilares [fonte: 60]. Sem um gerenciamento de risco rigoroso e uma
psicologia bem trabalhada (tópicos não cobertos em profundidade aqui),
a melhor técnica do mundo pode falhar.
• Volatilidade e Imprevisibilidade: Os mercados podem se mover de
forma abrupta e inesperada, especialmente durante eventos econômicos.
Não encare o trading como um caminho fácil para o enriquecimento. Ele exige
estudo sério, prática deliberada (inicialmente em ambiente simulado!), disciplina
férrea e, acima de tudo, respeito pelo risco envolvido.
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Capítulo 0.2 - Decifrando os Gráficos
No capítulo anterior, entendemos o que é o trading e conhecemos os principais
"campos de batalha" onde os preços se movem. Agora, precisamos aprender a ler
o mapa desses campos: o gráfico de preços. Este capítulo foca em dois elementos
essenciais para essa leitura: as Velas Japonesas (Candlesticks), que nos contam a
história da batalha entre compradores e vendedores em um período específico, e
os Tempos Gráficos (Timeframes), que nos permitem ver essa história sob diferen-
tes perspectivas. Dominar esses fundamentos é crucial antes de avançarmos para
as técnicas específicas dos Smart Money Concepts.
O Mapa do Mercado: O Gráfico de Preços
Imagine que você precisa navegar por um território desconhecido. Você usaria um
mapa, certo? O gráfico de preços é o mapa do trader. Ele nos mostra visualmente
como o preço de um ativo (seja um par de moedas no Forex ou um índice futuro)
se movimentou ao longo do tempo.
• O eixo vertical (para cima e para baixo) representa o Preço.
• O eixo horizontal (da esquerda para a direita) representa o Tempo.
Existem diferentes formas de visualizar essa movimentação (gráficos de linha, de
barras), mas a mais utilizada e informativa para a análise técnica moderna, e a que
usaremos extensivamente neste livro, é o gráfico de Velas Japonesas (Candles-
ticks).
Cada "vela" no gráfico representa a ação do preço dentro de um intervalo de
tempo específico (que pode ser um minuto, uma hora, um dia, etc., como veremos
adiante). Ela nos conta uma pequena história sobre a disputa entre compradores
(touros) e vendedores (ursos) naquele período.
• Anatomia de uma Vela:
o Corpo (Body): É a parte retangular e mais grossa da vela. Mostra
a diferença entre o preço de Abertura (Open) e o preço de Fe-
chamento (Close) do período.
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▪ Se o Fechamento for acima da Abertura, o corpo geral-
mente é verde (ou branco), indicando que os comprado-
res venceram a batalha naquele período (vela de alta ou
bullish).
▪ Se o Fechamento for abaixo da Abertura, o corpo geral-
mente é vermelho (ou preto), indicando que os vende-
dores venceram (vela de baixa ou bearish).
o Pavios (Wicks ou Shadows): São as linhas finas acima e abaixo
do corpo.
▪ O ponto mais alto do pavio superior marca a Máxima
(High) atingida pelo preço durante o período.
▪ O ponto mais baixo do pavio inferior marca a Mínima
(Low) atingida pelo preço durante o período.
▪ Os pavios nos mostram até onde o preço foi "explorar",
mas não conseguiu se sustentar até o fechamento. Pavios
longos podem indicar indecisão ou rejeição de certos ní-
veis de preço.
• Interpretação Básica:
o Uma vela de alta (bullish candle) indica pressão compradora
predominante naquele intervalo de tempo.
o Uma vela de baixa (bearish candle) indica pressão vendedora
predominante naquele intervalo.
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o O tamanho do corpo pode indicar a força do movimento (cor-
pos longos = movimento decisivo; corpos curtos = indecisão ou
equilíbrio).
o O tamanho dos pavios em relação ao corpo pode indicar rejei-
ção de preços ou volatilidade.
Compreender a história que cada vela conta é o primeiro passo para analisar a ação
do preço (price action), um conceito fundamental que exploraremos sob a ótica do
SMC.
A Dimensão do Tempo: Tempos Gráficos (Timeframes)
Cada vela representa um período de tempo, e a escolha desse período define o
Tempo Gráfico (Timeframe) que estamos analisando. Os timeframes são como
diferentes lentes de zoom que usamos para observar o mercado.
• O que são? São os intervalos de tempo que cada vela representa. Os mais
comuns são:
o Lower Time Frames (LTF - Tempos Gráficos Menores): M1 (1 mi-
nuto), M5 (5 minutos), M15 (15 minutos).
o Higher Time Frames (HTF - Tempos Gráficos Maiores): H1 (1
hora), H4 (4 horas), D1 (Diário), W1 (Semanal), MN1 (Mensal).
• Por que usar múltiplos Timeframes? Nenhum timeframe único conta
toda a história. A análise de múltiplos tempos gráficos é essencial:
o Higher Time Frames (HTF): Mostram o "quadro geral", a ten-
dência principal, o contexto de longo prazo. É como ver a flo-
resta inteira. São mais confiáveis para identificar a direção predo-
minante do mercado.
o Lower Time Frames (LTF): Mostram os detalhes, as flutua-
ções de curto prazo, a "ação" momento a momento. É como ob-
servar as árvores individuais. São úteis para refinar pontos de en-
trada e saída dentro do contexto maior definido pelo HTF.
o A combinação de HTF para contexto e LTF para execução é cha-
mada de Análise Top-Down, uma abordagem fundamental no
SMC.
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Capítulo 0.3 - Ferramentas e Ordens Essenciais
Nos capítulos anteriores, exploramos o que é trading, os mercados que abordare-
mos e como visualizar a ação do preço através de velas e tempos gráficos. Agora,
precisamos nos familiarizar com as ferramentas práticas e os comandos que usa-
mos para interagir com o mercado e gerenciar nossas operações. Este capítulo
cobrirá como medimos os movimentos de preço (pips), os diferentes tipos de or-
dens para entrar e sair do mercado, o conceito crucial (e perigoso) da alavancagem,
e alguns marcos gráficos básicos que servirão de fundamento antes de mergulhar-
mos na perspectiva única do SMC.
Medindo o Mercado: Pips e Tamanho da Posição (Lots)
• Pip (Percentage in Point): No mercado Forex, a menor unidade padrão
de variação no preço de um par de moedas é chamada de pip. Por exem-
plo, se o par EUR/USD se move de 1.1050 para 1.1051, ele se moveu 1
pip. Entender os pips é essencial para calcular lucros, perdas e o tamanho
dos movimentos. (Nota: Em outros mercados como índices, a unidade de
medida pode ser diferente, como "pontos" ou "ticks", mas o princípio de
medir a variação é o mesmo).
• Tamanho da Posição (Lot Size): Refere-se ao volume ou quantidade
do ativo que você está negociando. No Forex, é padronizado em lots (lo-
tes): Lote Padrão (100.000 unidades da moeda base), Mini Lote (10.000
unidades), Micro Lote (1.000 unidades). O tamanho da sua posição im-
pacta diretamente o valor financeiro de cada pip de movimento e é um
componente fundamental do gerenciamento de risco (que, lembramos,
não é o foco deste livro, mas precisa ser estudado à parte).
Executando Operações: Tipos de Ordens
Para comprar ou vender no mercado, utilizamos diferentes tipos de ordens envia-
das através da plataforma de negociação:
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• Ordem a Mercado (Market Order): É a ordem mais simples. Você
compra ou vende imediatamente, ao melhor preço disponível no mercado
naquele exato momento. É útil quando você quer entrar rapidamente, mas
o preço de execução pode variar ligeiramente (um efeito chamado slippage)
em mercados muito voláteis.
• Ordens Pendentes (Pending Orders): Estas ordens só são executadas
se o preço atingir um nível específico que você determinou previamente.
Elas permitem planejar entradas sem precisar estar monitorando o gráfico
o tempo todo. Existem dois tipos principais:
o Ordens Limit (Buy Limit, Sell Limit): Usadas para entrar no
mercado a um preço melhor que o atual. Uma Buy Limit é colocada
abaixo do preço atual (esperando comprar na baixa), e uma Sell
Limit é colocada acima do preço atual (esperando vender na alta).
São comuns em estratégias que esperam o preço retornar a um
ponto de interesse (como um Order Block ou FVG, que veremos
adiante).
o Ordens Stop de Entrada (Buy Stop, Sell Stop): Usadas para
entrar no mercado quando o preço rompe um determinado nível,
geralmente a um preço pior que o atual. Uma Buy Stop é colocada
acima do preço atual (para comprar após um rompimento de re-
sistência), e uma Sell Stop é colocada abaixo do preço atual (para
vender após um rompimento de suporte). (Não confundir com a or-
dem Stop Loss).
• Ordens de Proteção (Essenciais!): São ordens automáticas que fecham
sua posição para limitar perdas ou garantir lucros.
o Stop Loss (SL): Talvez a ordem mais importante para a sobre-
vivência no trading. É uma ordem pendente que fecha sua posição
automaticamente se o preço atingir um nível de perda pré-defi-
nido por você. Usar um Stop Loss em TODAS as operações
é fundamental para proteger seu capital.
o Take Profit (TP): É uma ordem pendente que fecha sua posição
automaticamente quando o preço atinge seu alvo de lucro pré-
definido.
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A Faca de Dois Gumes: Alavancagem (Leverage) e Margem (Mar-
gin)
Muitas corretoras oferecem alavancagem, que funciona como um "empréstimo"
permitindo que você controle uma posição muito maior do que o capital que você
tem em conta (sua margem, que é a garantia depositada). Por exemplo, com uma
alavancagem de 100:1, você pode controlar $10.000 com apenas $100 de margem.
ALERTA DE RISCO EXTREMO! A alavancagem parece atraente porque
pode amplificar seus lucros potenciais. No entanto, ela amplifica suas perdas
na mesma proporção! Usar alta alavancagem sem um entendimento profundo
dos riscos e sem um gerenciamento de risco extremamente rigoroso é a receita
mais rápida para perder todo o seu capital de trading. Muitos iniciantes são atra-
ídos pela alavancagem e acabam "quebrando a conta". Aborde a alavanca-
gem com extrema cautela e apenas após estudar e praticar exaustivamente o ge-
renciamento de risco.
Marcos Tradicionais no Gráfico (Base para SMC)
Antes de entrarmos nas ferramentas específicas do SMC, vamos revisar dois con-
ceitos clássicos da análise técnica que servem como referência básica:
• Suporte e Resistência (S/R):
o Suporte: Um nível de preço onde a queda tende a ser interrom-
pida, pois a força compradora supera a vendedora, podendo cau-
sar uma reversão para cima. Pense como um "piso" para o preço.
o Resistência: Um nível de preço onde a alta tende a ser interrom-
pida, pois a força vendedora supera a compradora, podendo cau-
sar uma reversão para baixo. Pense como um "teto" para o preço.
o (Ponte para SMC: Veremos mais tarde que essas áreas frequente-
mente coincidem com zonas onde o Smart Money acumula ou dis-
tribui ordens e onde a liquidez se concentra).
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Capítulo 0.4 - Plataformas e Próximos Passos
Chegamos ao último capítulo do nosso nivelamento essencial! Já entendemos o
que é o trading, os mercados que exploraremos, como ler a linguagem básica dos
gráficos com velas e tempos, e as ferramentas fundamentais como ordens e os
conceitos de suporte/resistência. Agora, vamos abordar brevemente onde tudo
isso acontece – as plataformas de negociação – e reforçar o passo mais crucial
antes de você pensar em aplicar qualquer estratégia com dinheiro real: a prática em
ambiente simulado. Com isso, você estará pronto para dar o próximo passo rumo
aos Smart Money Concepts.
Onde a Negociação Acontece: Plataformas de Trading
As operações de compra e venda que discutimos não são feitas no vácuo. Elas
ocorrem através de programas de computador ou aplicativos chamados platafor-
mas de negociação (trading platforms). São elas que conectam você, o trader de
varejo, ao mercado financeiro através de uma corretora (broker).
Existem diversas plataformas disponíveis, algumas que você instala no seu com-
putador (como as populares da família MetaTrader) e outras acessadas diretamente
pelo navegador de internet ou aplicativos de celular (como o TradingView, que tam-
bém é uma excelente ferramenta de análise gráfica).
Essas plataformas fornecem as ferramentas que precisamos:
• Gráficos de preços em tempo real (com velas, como vimos no Capítulo
0.2).
• Ferramentas de análise (para traçar linhas, usar indicadores como Fibona-
cci, etc.).
• Funcionalidades para enviar os diferentes tipos de ordens (a mercado,
pendentes, stop loss, take profit) que aprendemos no Capítulo 0.3.
A escolha da plataforma e da corretora é pessoal e depende das suas necessidades
e dos mercados que pretende operar. O objetivo aqui não é recomendar nenhuma,
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mas sim que você saiba que precisará de uma dessas ferramentas para analisar e
interagir com o mercado.
O Passo Essencial: Prática em Conta Demo (Paper Trading)
Este é, talvez, o conselho mais importante desta seção introdutória: NUNCA co-
mece a operar com dinheiro real sem antes praticar exaustivamente em uma Conta
Demo.
• O que é? Uma Conta Demo (ou Demo Account), também conhecida como
Paper Trading, é uma conta de simulação oferecida pela maioria das corre-
toras e plataformas. Ela funciona exatamente como uma conta real, com
gráficos e preços em tempo real, mas você opera com dinheiro virtual,
sem nenhum risco financeiro.
• Por que é CRUCIAL?
o Aprendizado Seguro: Permite que você aplique todos os concei-
tos deste livro (estruturas, blocos, liquidez, estratégias) e veja
como eles funcionam (ou não) em condições reais de mercado,
sem arriscar seu capital.
o Familiarização: Você se acostuma com a plataforma escolhida,
aprende a executar ordens corretamente e a usar as ferramentas
de análise.
o Teste de Estratégias: Você pode testar os setups do SMC, ajustar
parâmetros e ver o que funciona para o seu perfil antes de colocar
dinheiro de verdade em jogo.
o Desenvolvimento Inicial: Ajuda a começar a entender a dinâ-
mica do mercado e até mesmo os desafios psicológicos (mesmo
que de forma limitada, pois não há o peso emocional do dinheiro
real).
• Recomendação: Dedique um tempo considerável – semanas, ou mais
provavelmente, meses – praticando exclusivamente em conta demo. Seja
honesto com seus resultados simulados. A transição para a conta real só
deve ocorrer quando você tiver um entendimento sólido da metodologia,
um plano de trading definido (incluindo gerenciamento de risco!) e
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resultados consistentemente positivos (ou pelo menos compreendidos) na
conta demo. Pular esta etapa é um dos maiores erros dos iniciantes
e frequentemente leva a perdas significativas.
Preparado para o Próximo Nível: Entendendo o Smart Money
Com os conceitos básicos sobre mercados, gráficos, ferramentas, ordens e a im-
portância vital da prática em ambiente simulado, você concluiu nosso nivelamento
essencial. Você agora possui o vocabulário e o contexto mínimos para começar a
desvendar a abordagem diferenciada proposta pelos Smart Money Concepts.
Lembre-se: o objetivo deste livro é ensinar você a ler o mercado através das lentes
das grandes instituições, o chamado Smart Money. A partir da Parte 1, entraremos
de cabeça nessa metodologia, começando pelo pilar fundamental que sustenta toda
a análise SMC: a Estrutura de Mercado.
Prepare-se para ver os gráficos de uma forma completamente nova!
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PARTE 1.
ESTRUTURAS DE
MERCADO
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Capítulo 1 - Estruturas de Mercado
Se você está começando no mundo do mercado financeiro, pode estar se pergun-
tando: “O que são estruturas de mercado, afinal?” Pense no mercado como um
organismo vivo, que se movimenta de forma aparentemente caótica, mas que, na
verdade, segue padrões bem definidos. Esses padrões são o que chamamos de
estruturas de mercado.
Imagine que o mercado é como o trânsito de uma grande cidade. Apesar do mo-
vimento desordenado à primeira vista, há regras e fluxos que direcionam os carros
de um ponto a outro. No mercado financeiro, o fluxo do preço obedece a essas
estruturas, que nada mais são do que os “caminhos” que o preço percorre ao longo
do tempo.
As estruturas de mercado são compostas por três estados principais: tendência de
alta, tendência de baixa e consolidação (ou mercado de lado). Entender essas con-
dições é como aprender a decifrar um mapa: você saberá onde está o preço agora
e, mais importante, onde ele provavelmente estará no futuro.
Além disso, as estruturas de mercado são a base para a metodologia Smart Money
Concepts (SMC). Ele nos ensina que o preço se move por manipulações intencionais
feitas pelas grandes instituições financeiras. Essas manipulações seguem padrões
que podem ser identificados quando compreendemos as estruturas de mercado.
Os Três Estados do Mercado
Agora que você já entendeu o conceito geral, vamos explorar os três estados do
mercado de forma mais detalhada. Esses estados definem como o preço está se
comportando em um determinado período de tempo.
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Tendência de Alta
Uma tendência de alta é o movimento do preço que, de maneira geral, cria topos
e fundos mais altos ao longo do tempo. Imagine uma escada subindo: cada degrau
representa um fundo mais alto, enquanto o próximo topo é mais elevado que o
anterior. Isso significa que os compradores (ou "touros") estão dominando. O
preço vai formando topos e fundos ascendentes, que é um dos sinais mais claros
de que estamos em uma tendência de alta.
Esse movimento ocorre porque as instituições estão acumulando ordens de com-
pra, impulsionando o preço para cima. O Smart Money, ou dinheiro inteligente,
inicia o movimento de alta comprando grandes quantidades a preços baixos e,
depois, distribui essas ordens ao público a preços mais altos.
No mercado de alta, o preço se move em um padrão de Higher Highs (HH) e
Higher Lows (HL). Vamos traduzir:
• Higher Highs (HH): São topos mais altos. Cada topo subsequente está
acima do anterior, mostrando que o mercado tem força compradora.
• Higher Lows (HL): São fundos mais altos. Cada fundo subsequente
também está acima do anterior, confirmando que o mercado está subindo
de forma estruturada.
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A sequência de HH e HL indica que os compradores estão no controle, empur-
rando o preço para níveis cada vez mais altos. Pense em uma pessoa subindo uma
escada: cada passo (HH) é mais alto que o anterior, enquanto cada pausa (HL) é
um descanso em um nível superior ao anterior.
No SMC, uma tendência de alta é frequentemente acompanhada por quebra de
estrutura (Breaks of Structure - BOS) ascendentes, onde o preço rompe resistências,
confirmando a força dos compradores. No capítulo 5 será tratado em detalhes
como funciona o Breaks of Structure (BOS).
Tendência de Baixa
Agora, visualize a escada descendo: cada degrau é um fundo mais baixo, e os topos
também ficam mais baixos com o tempo. Isso é uma tendência de baixa.
Nesse cenário, as instituições financeiras estão manipulando o mercado para acu-
mular ordens de venda. Elas vendem grandes quantidades a preços mais altos e
depois compram de volta a preços mais baixos, lucrando com a diferença. Os ven-
dedores (ou "ursos") estão no controle, e o preço cai em busca de um novo equi-
líbrio.
Agora, imagine que a escada está invertida e você está descendo. Esse é o padrão
que vemos em uma tendência de baixa: Lower Highs (LH) e Lower Lows (LL).
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• Lower Highs (LH): São topos mais baixos. Cada topo subsequente está
abaixo do anterior, mostrando fraqueza do lado comprador.
• Lower Lows (LL): São fundos mais baixos. Cada fundo subsequente
também está abaixo do anterior, indicando que o mercado está sendo do-
minado pelos vendedores.
Esse padrão reflete um mercado onde as forças vendedoras têm o controle, em-
purrando o preço para níveis cada vez mais baixos. Assim como na tendência de
alta, no SMC, uma tendência de baixa é confirmada por Breaks of Structure (BOS)
descendentes, onde o preço rompe suportes, validando o domínio dos vendedo-
res.
Consolidação ou Mercado de Lado
Imagine agora que o mercado está parado, movendo-se em uma faixa limitada.
Isso é o que chamamos de consolidação. É como se o preço estivesse “tirando
férias”, acumulando energia para um movimento futuro, seja para cima ou para
baixo.
Durante uma consolidação, as instituições estão manipulando a liquidez interna,
buscando as ordens que estão acumuladas entre os níveis de suporte e resistência.
Quando o preço finalmente rompe a consolidação, ele geralmente faz isso com
força, resultando em uma tendência.
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O Preço é Fractal: O Que Isso Significa?
Se você já se sentiu perdido ao olhar para um gráfico de preços, não se preocupe.
É normal. Os mercados financeiros são fractais, o que significa que eles se com-
portam de maneira semelhante em diferentes escalas de tempo. É como uma ár-
vore: de longe, você vê a estrutura geral, mas conforme se aproxima, vê que cada
galho se ramifica da mesma maneira que a árvore como um todo.
Por exemplo, o que vemos em um gráfico diário pode ser identificado de forma
semelhante em um gráfico de 1 hora ou até mesmo em 5 minutos. Isso significa
que as estruturas de mercado, como tendências e consolidações, são replicáveis
em diferentes tempos gráficos.
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Essa imagem ajuda a entender visualmente que um movimento de alta em tempos
maiores, como o diário, não é composto por um único movimento direto, mas
por várias oscilações menores que podem ser exploradas nos tempos gráficos me-
nores. É como observar uma estrada reta (gráfico diário), que, ao ser ampliada,
revela curvas e desvios menores (gráfico de 15 minutos), mas que ainda levam ao
mesmo destino final.
Qual o Melhor Tempo Gráfico para Identificar a Estrutura de Mer-
cado?
Uma pergunta comum entre traders iniciantes é: qual o melhor tempo gráfico para
identificar a estrutura de mercado? A resposta é simples: não existe um único me-
lhor tempo gráfico.
A estrutura de mercado aparece em todos os tempos gráficos, e diferentes perío-
dos frequentemente exibem estruturas diferentes. É aqui que entra o conceito de
Higher Time Frame (HTF), ou tempos maiores, como os gráficos diário, semanal e
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mensal, e Lower Time Frame (LTF), ou tempos menores, como os gráficos de 1
minuto, 5 minutos e 15 minutos.
HTF (Higher Time Frame): Os Tempos Gráficos Maiores
Os HTFs são os gráficos de maior duração, como o diário (D1), o semanal (W1)
e o mensal (MN1). Eles são mais confiáveis porque representam maior volume e
participação das grandes instituições financeiras. Esses tempos maiores são consi-
derados a “fundação” da análise de mercado, pois refletem os movimentos estra-
tégicos de longo prazo realizados pelo Smart Money. Alguns traders utilizam o
tempo gráfico de 4 horas (H4) como HTF.
Os HTFs também fornecem uma estrutura de mercado mais limpa e consistente,
já que apresentam menos “ruído” (movimentos caóticos e imprevisíveis).
LTF (Lower Time Frame): Os Tempos Gráficos Menores
Os LTFs, como os gráficos de 1 minuto (M1), 5 minutos (M5) e 15 minutos (M15),
são úteis para observar movimentos rápidos do preço e encontrar pontos de en-
trada mais precisos. No entanto, esses tempos menores podem ser mais voláteis e
menos confiáveis.
Os LTFs são ideais para “refinar” suas análises feitas nos tempos maiores. Isso
significa que, depois de identificar a direção principal no HTF, você pode usar os
LTFs para encontrar os pontos de entrada com maior precisão.
Conectando os HTFs e os LTFs: A Análise Top-Down
A melhor abordagem para usar a estrutura de mercado é a análise top-down, onde
você conecta os HTFs e os LTFs em sua estratégia. Funciona assim:
1. Comece pelos HTFs (Tempos Maiores):
Determine a direção geral do mercado. Está em tendência de alta, de baixa ou em
consolidação? O gráfico diário (ou semanal) vai te mostrar isso com clareza.
2. Desça para os LTFs (Tempos Menores):
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Use gráficos de 15 minutos, 5 minutos ou até mesmo 1 minuto para encontrar os
melhores pontos de entrada e saída dentro da direção maior identificada no HTF.
Por Que as Estruturas de Mercado São a Base do Smart Money
Concepts?
O coração da metodologia Smart Money Concepts é entender como as instituições
manipulam o mercado para atingir seus objetivos. Essa manipulação acontece
sempre dentro das estruturas de mercado.
Por exemplo, quando o preço está consolidado, as instituições podem estar acu-
mulando liquidez para romper a estrutura em direção a uma tendência de alta ou
baixa. Ao aprender a identificar essas manipulações, você estará um passo à frente
do público em geral, que frequentemente cai nas armadilhas criadas pelo Smart
Money.
Prós
1. Clareza no mercado: A estrutura ajuda a identificar rapidamente se o
mercado está em alta, baixa ou consolidado.
2. Pontos de entrada e saída: Você pode identificar reversões e continui-
dades de tendência com maior precisão.
3. Confiança em suas análises: Com a prática, você começará a perceber
padrões claros nos movimentos do preço.
Contras
1. O mercado é imprevisível: O preço pode mudar de direção a qualquer
momento, mesmo seguindo uma estrutura aparente.
2. Demora para dominar: Embora os princípios pareçam simples, levará
tempo para aplicar consistentemente a análise de estrutura no mercado
real.
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Capítulo 2 - Swing Points
Os Swing Points são os pontos de inflexão do mercado, representando áreas onde
o preço muda de direção. Pense neles como “dobras” no gráfico: em um mo-
mento, o preço está subindo e, de repente, ele para e começa a cair, formando um
Swing High. Da mesma forma, o preço pode estar descendo e, em algum ponto, ele
se recupera, criando um Swing Low.
Esses pontos funcionam como “pivôs” naturais que ajudam os traders a compre-
enderem o fluxo do mercado. No contexto da metodologia Smart Money Concepts
(SMC), eles são fundamentais para interpretar as intenções do Smart Money e iden-
tificar padrões de liquidez, reversões e continuidade de tendências.
Por que os Swing Points são importantes no Smart Money Concepts?
Os Swing Points não são apenas movimentos aleatórios no mercado; eles formam a
base da estrutura de mercado. Cada Swing High e Swing Low reflete o equilíbrio
ou desequilíbrio entre compradores e vendedores: quem está no controle do preço
naquele momento?
Por exemplo:
• Um Swing High pode ser usado como referência para identificar níveis de
resistência, onde o preço pode encontrar dificuldade para continuar su-
bindo.
• Um Swing Low é útil para identificar níveis de suporte, onde o preço pode
encontrar compradores e começar a subir novamente.
No SMC, os Swing Points são peças-chave para entender o fluxo do mercado, loca-
lizar Breaks of Structure (BOS), zonas de liquidez e possíveis alvos para opera-
ções.
Swing High
Um Swing High é um ponto no gráfico onde o preço atinge um topo temporário
antes de começar a cair novamente. Em outras palavras, é como o pico de uma
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montanha – o momento em que o mercado tenta subir, mas não consegue ir além,
resultando em uma reversão para baixo.
O termo “High” (alto) é usado porque ele marca o topo de um movimento de alta,
enquanto “Swing” refere-se à mudança na direção do preço.
Como um Swing High é formado?
Um Swing High é formado por uma sequência de três velas consecutivas no grá-
fico:
1. A vela central (do meio) tem um topo mais alto do que as duas velas ao
seu lado.
2. As velas antes e depois da vela central possuem topos mais baixos, criando
uma estrutura que lembra um “pico”.
Essa formação reflete um momento de exaustão dos compradores, indicando que
o mercado não tem força suficiente para continuar subindo.
Como identificar um Swing High no gráfico?
Para identificar um Swing High no gráfico:
• Observe a formação de um topo onde a vela central seja mais alta do que
as duas velas adjacentes.
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• Confirme que o preço começa a cair após a formação desse topo.
• Verifique se o Swing High está localizado em áreas significativas, como re-
sistências, Order Blocks (OBs) ou Fair Value Gaps (FVGs), que geralmente
reforçam a validade do ponto.
Como utilizar um Swing High na análise de mercado?
Os Swing Highs são úteis para:
• Identificar resistências: Eles marcam áreas onde o preço provavel-
mente encontrará dificuldade para subir.
• Detectar alvos de liquidez: O Smart Money frequentemente manipula o
preço para romper Swing Highs e capturar ordens de venda antes de rever-
ter o movimento.
• Confirmar mudanças de tendência: Quando o preço forma um Swing
High e começa a cair, isso pode ser um indicativo de que a tendência está
mudando para uma baixa.
Swing Low
Um Swing Low é o oposto de um Swing High. Ele representa um ponto no gráfico
onde o preço atinge um fundo temporário antes de começar a subir novamente.
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Imagine um vale entre montanhas – o momento em que o mercado desce até
encontrar suporte e começa a se recuperar.
O termo “Low” (baixo) reflete o ponto mais baixo de um movimento de queda,
enquanto “Swing” indica a mudança de direção do preço.
Como um Swing Low é formado?
Assim como o Swing High, o Swing Low é formado por três velas consecutivas no
gráfico:
1. A vela central (do meio) tem um fundo mais baixo do que as duas velas
adjacentes.
2. As velas antes e depois possuem fundos mais altos, criando uma estrutura
que lembra um “vale”.
Essa formação reflete uma exaustão dos vendedores, indicando que o mercado
pode estar se preparando para uma reversão de alta.
Como identificar um Swing Low no gráfico?
Para identificar um Swing Low:
• Procure um fundo onde a vela central seja mais baixa do que as duas velas
ao lado.
• Confirme que o preço começa a subir após a formação desse fundo.
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• Verifique se o Swing Low está posicionado em áreas de suporte importan-
tes, como Order Blocks (OBs), Fair Value Gaps (FVGs) ou outros níveis
significativos.
Como utilizar um Swing Low na análise de mercado?
Os Swing Lows são úteis para:
• Identificar suportes: Eles marcam áreas onde o preço pode encontrar
força compradora para iniciar um movimento de alta.
• Identificar alvos de liquidez: O Smart Money pode manipular o preço
para romper Swing Lows e capturar ordens de compra antes de inverter o
mercado.
• Confirmar mudanças de tendência: Se o preço forma um Swing Low e
começa a subir, pode ser um sinal de que a tendência está mudando para
uma alta.
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A Relação Entre Swing Highs e Swing Lows na Estrutura de Mer-
cado
Os Swing Highs e Swing Lows funcionam como os blocos de construção da estru-
tura de mercado. Eles ajudam a definir os topos e fundos que determinam a
direção e os padrões do preço.
• Tendência de alta: É formada por Swing Lows mais altos e Swing Highs
mais altos.
• Tendência de baixa: É formada por Swing Highs mais baixos e Swing Lows
mais baixos.
A interação entre esses pontos permite identificar quando o mercado está mu-
dando de direção ou consolidando. Por isso, eles são indispensáveis para quem
deseja operar com base na metodologia Smart Money Concepts.
O que são as Subestruturas?
A subestrutura é o conjunto de movimentos menores que ocorre dentro de uma
estrutura principal de mercado. No contexto do Smart Money Concepts (SMC), a su-
bestrutura é formada pelos Swing Highs e Swing Lows mais sutis, visíveis em tempos
gráficos menores, que estão contidos dentro dos Swing Highs e Swing Lows maiores
de tempos gráficos mais altos.
Por exemplo, em um gráfico diário (HTF - Higher Time Frame), você pode identifi-
car um único Swing Low, mas ao analisar o gráfico de 15 minutos (LTF - Lower Time
Frame), verá uma sequência de pequenos topos e fundos formando a subestrutura
desse movimento maior. Em outras palavras, a subestrutura é a forma "fractal" do
mercado, onde cada movimento maior é composto por vários movimentos me-
nores.
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Compreender a subestrutura é essencial para refinar suas entradas e identificar
pontos de liquidez com maior precisão. Ela ajuda os traders a entenderem como
o preço se comporta em tempos menores dentro de uma tendência ou zona de
consolidação no tempo maior. Por exemplo, um trader que observa a subestrutura
pode identificar manipulações do Smart Money (como armadilhas de liquidez) em
tempos menores antes de o preço retomar o movimento principal. Isso significa
que a subestrutura não apenas confirma a direção da estrutura maior, mas também
oferece oportunidades valiosas para entradas e saídas estratégicas no mercado.
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Capítulo 3 - Strong e Weak Points
Diante do que você leu até agora, já notou que no mundo do trading, o mercado
é manipulado pelas grandes instituições financeiras – o Smart Money. O que talvez
você ainda não saiba é que essas instituições deixam rastros no gráfico, e parte
desses rastros estão nos chamados Strong Points (pontos fortes) e Weak Points (pon-
tos fracos).
Os Strong e Weak Points são áreas importantes no gráfico que indicam como o
mercado está se comportando. Eles ajudam a prever a direção futura do preço
com base na interação entre os altos (Highs) e baixos (Lows) formados durante os
movimentos de preço. São como sinais de trânsito no gráfico: eles te dizem se o
preço tem força para continuar na mesma direção ou se está prestes a mudar.
Weak High e Strong Low
Agora vamos explorar os conceitos de Weak High e Strong Low, que são mais rele-
vantes para identificar tendências de alta no mercado.
Weak High Strong Low
Um Weak High (alto fraco) é um topo no Um Strong Low (baixo forte) é um fundo no
gráfico que não possui força para segurar o gráfico que possui força suficiente para se-
preço. Ele é chamado de “fraco” porque gurar o preço e causar uma reversão. Ele é
será rompido em algum momento, indi- chamado de “forte” porque o preço tem di-
cando que o mercado está buscando liqui- ficuldade de rompê-lo.
dez acima desse ponto.
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Na tendência de alta, o Strong Low segura o preço enquanto os Weak Highs são
rompidos, fornecendo liquidez para o mercado continuar subindo. Essa interação
é crucial para entender como o preço se movimenta em tendências ascendentes.
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Strong High e Weak Low
A tradução de Strong High e Weak Low, é Topo forte e Fundo Fraco. Na prática,
um Strong High e Weak Low aparece em uma tendência de baixa.
Strong High Weak Low
Um Strong High (alto forte) é um topo no Um Weak Low (baixo fraco) é um fundo no
gráfico que tem força suficiente para segu- gráfico que não possui força para segurar o
rar o preço e causar uma reversão. Ele é preço. Ele é chamado de “fraco” porque
chamado de “forte” porque o preço tem será rompido em algum momento, indi-
dificuldade de superá-lo. cando que o mercado está procurando li-
quidez abaixo desse ponto.
A interação entre Strong High e Weak Low é o que impulsiona a tendência de baixa.
Um Strong High empurra o preço para baixo, enquanto os Weak Lows são rompidos,
fornecendo liquidez para o mercado continuar sua descida.
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• Se você identificar um Weak Low em uma tendência de baixa, pode se
preparar para um rompimento e procurar por oportunidades de venda
alinhadas com o movimento do Smart Money.
• Da mesma forma, ao identificar um Weak High em uma tendência de
alta, você pode esperar um rompimento e procurar oportunidades de
compra.
• Todo weak point se torna um possível alvo para o preço atingir.
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Capítulo 4 - Displacement
No contexto dos Smart Money Concepts, um Displacement, ou "Deslocamento", é um
movimento agressivo e repentino do preço em uma direção específica, geralmente
causado pela atuação massiva do Smart Money no mercado. Esse movimento se
destaca por sua intensidade, rompendo zonas importantes de suporte ou resistên-
cia e deixando sinais claros de intenção institucional.
Diferente de movimentos comuns de preço, o Displacement não é "aleatório". Ele
reflete um momento em que o Smart Money injeta grandes volumes de ordens para
manipular o mercado e direcioná-lo de acordo com seus objetivos.
Características principais de um Displacement:
• Movimento agressivo: O preço se desloca rapidamente em uma direção,
com velas longas e claras no gráfico.
• Rompe estruturas importantes: Um Displacement frequentemente
rompe Swing Highs, Swing Lows ou outras zonas-chave, como Order Blocks.
• Reflete intenção institucional: Ele é um sinal de que grandes players
estão manipulando o mercado para capturar liquidez ou iniciar uma nova
tendência.
Pense no Displacement como um carro acelerando repentinamente após uma curva.
Ele não deixa dúvidas sobre sua direção – o mesmo acontece no mercado, onde o
deslocamento deixa claro o lado dominante (compradores ou vendedores).
Por que o Smart Money cria Displacements?
1. Para capturar liquidez: Um Displacement geralmente ocorre após a cap-
tura de liquidez em zonas de suporte ou resistência, como Swing Highs ou
Swing Lows.
2. Para criar deslocamentos estruturais: Ele é usado para romper estru-
turas de mercado importantes, como Break of Structures (BOS) ou Change of
Character (CHOCH), sinalizando mudanças de tendência ou continuida-
des.
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3. Para estabelecer controle: O Smart Money usa o Displacement para assumir
o controle do mercado e definir o tom para o próximo movimento signi-
ficativo.
No contexto institucional, o Displacement é como um "cartão de visitas". Ele deixa
um rastro claro da presença do Smart Money, ajudando traders experientes a inter-
pretar a direção do mercado com maior precisão.
Como Identificar um Displacement
Identificar um Displacement no gráfico é relativamente direto, mas exige atenção
aos detalhes para diferenciar um deslocamento legítimo de movimentos comuns
do mercado.
Elementos principais de um Displacement:
1. Velas agressivas: Um Displacement é caracterizado por velas longas e im-
pulsivas, que mostram a força do movimento.
2. Rompe zonas de liquidez: Ele sempre rompe níveis importantes, como
Swing Highs, Swing Lows ou zonas de Fair Value Gap.
3. Acompanhado por ineficiências: Após um Displacement, é comum ob-
servar ineficiências, como Fair Value Gaps (FVGs), que indicam a presença
do Smart Money.
4. Mudança na dinâmica do preço: Um deslocamento verdadeiro altera a
forma como o preço se comporta, seja iniciando uma nova tendência ou
confirmando uma existente.
Exemplo prático:
• Em uma tendência de alta, o preço rompe um Swing High importante com
uma vela longa e impulsiva. Esse é um exemplo típico de Displacement.
• Em uma tendência de baixa, o preço rompe um Swing Low, deixando um
rastro claro de intenção de continuação do movimento.
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O Displacement é um dos sinais mais claros de que algo importante está acontecendo
no mercado. Ele reflete a atuação direta do Smart Money, que usa deslocamentos
para moldar a direção do preço e capturar liquidez.
Pense no Displacement como um alerta – ele indica que o mercado está sendo rees-
truturado, seja para iniciar um movimento ou para confirmar uma direção já esta-
belecida.
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Capítulo 5 - Break of Structure (BOS)
O Break of Structure (BOS) é um conceito fundamental no mercado financeiro, es-
pecialmente dentro da metodologia Smart Money Concepts (SMC). Em termos sim-
ples, ele ocorre quando o preço rompe uma estrutura anterior (um topo ou um
fundo significativo), confirmando a continuidade da tendência.
Se o mercado está em tendência de alta, um BOS acontece quando o preço rompe
um Higher High (HH) anterior, indicando que os compradores continuam no con-
trole e que o movimento bullish deve continuar. Por outro lado, em uma tendência
de baixa, o BOS ocorre quando o preço rompe um Lower Low (LL) anterior, mos-
trando que os vendedores estão mantendo a pressão no mercado.
Pense no BOS como o ato de "carimbar" a direção do mercado. Ele é um sinal
claro de que a tendência anterior ainda está forte e pode continuar se desenrolando.
Isso faz do Break of Structure uma ferramenta essencial para quem deseja operar na
direção da tendência principal.
No Smart Money Concepts, o Break of Structure é usado para identificar oportunidades
de continuidade dentro de uma tendência já estabelecida. Ele funciona como um
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guia que confirma que o preço está respeitando a estrutura do mercado, permi-
tindo que o trader planeje suas entradas com mais confiança.
O BOS ajuda a responder perguntas importantes como:
• "A tendência ainda está forte ou está perdendo força?"
• "Esse rompimento é uma oportunidade de seguir a tendência ou um sinal
de alerta?"
Diferentemente de outros rompimentos, que podem ser temporários ou falsos, o
Break of Structure indica uma intenção clara do mercado de continuar na direção
predominante.
Como Identificar um Break of Structure no Gráfico?
Um Break of Structure ocorre quando o preço rompe e fecha além de um topo ou
fundo anterior em uma tendência contínua. Aqui estão as principais características
para identificá-lo:
1. Confirmação da tendência: O BOS sempre ocorre na direção da ten-
dência predominante.
o Em uma tendência de alta, ele acontece quando o preço rompe o
Higher High (HH) anterior, indicando que os compradores conti-
nuam no controle.
o Em uma tendência de baixa, ele ocorre quando o preço rompe o
Lower Low (LL) anterior, mostrando que os vendedores ainda es-
tão dominando.
2. Fechamento do preço além do nível rompido: Não basta que o preço
toque ou ultrapasse o nível; é necessário que a vela feche acima (em uma
tendência de alta) ou abaixo (em uma tendência de baixa) do topo ou
fundo anterior.
Existem três tipos de BoS que podem ser considerados:
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Exemplos práticos de Break of Structure
Tendência de Alta:
Imagine que o mercado está subindo, formando uma sequência de Higher Highs
(HH) e Higher Lows (HL). Um Break of Structure ocorre quando o preço rompe o
último topo (HH) e fecha acima dele. Isso confirma que os compradores estão
mantendo o controle e que a tendência de alta deve continuar.
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Tendência de Baixa:
Agora, visualize o mercado em uma tendência de baixa, com Lower Highs (LH) e
Lower Lows (LL). O BOS acontece quando o preço rompe o último fundo (LL) e
fecha abaixo dele, indicando que a pressão vendedora permanece forte e a tendên-
cia de baixa deve continuar.
Fake Break of Structure (BOS)
Muitas vezes, o que parece ser um Break of Structure (BoS) pode, na verdade, ser
uma captura de liquidez. Para evitar cair na armadilha de um Fake BoS, é es-
sencial analisar o contexto e observar a estrutura de mercado no passado.
Devemos sempre verificar se há zonas de suporte ou demanda à esquerda do grá-
fico que podem segurar o preço, além de observar se houve capturas de liquidez.
Esse tipo de manipulação geralmente precede o movimento real do mercado.
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Embora esse caso ainda possa ser considerado um Break of Structure, o rompimento
ocorreu com o propósito de buscar uma região de liquidez e, só então, continuar
o fluxo principal da tendência. É por isso que entender o contexto é tão importante
para diferenciar um BoS de uma manipulação.
A importância de alinhar o BOS com os tempos gráficos
Os tempos gráficos são fundamentais para interpretar corretamente um Break of
Structure (BOS), e é aqui que também entra o conceito de mBOS (minor BOS),
ou pequena quebra de estrutura. Um BOS em tempos menores, como nos gráficos de
5 minutos ou 15 minutos, geralmente reflete uma continuidade de curto prazo,
indicando pequenos movimentos dentro de uma tendência maior. Isso é chamado
de mBOS – uma quebra de estrutura menor que ocorre dentro da subestrutura de
uma tendência maior.
Por outro lado, um BOS em tempos maiores, como no gráfico diário ou semanal,
carrega muito mais peso. Ele confirma tendências de longo prazo e geralmente
sinaliza mudanças ou continuidades significativas no mercado. É importante en-
tender que o mBOS nos tempos menores pode servir como uma "prévia" ou vali-
dação dos movimentos que ocorrerão na estrutura principal do Higher Time Frame
(HTF).
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Por isso, é essencial utilizar a análise top-down: comece analisando os HTFs para
identificar a direção geral do mercado e, em seguida, refine suas entradas nos Lower
Time Frames (LTFs). Os mBOS nos LTFs podem ser usados para encontrar pontos
de entrada mais precisos, mas sempre alinhados à tendência definida pelos BOS
dos tempos maiores. Essa abordagem garante que suas operações estejam em sin-
tonia com o fluxo institucional predominante e evita erros ao interpretar rompi-
mentos menores como mudanças estruturais significativas.
Erros comuns ao identificar um Break of Structure
Apesar de parecer simples, identificar um BOS corretamente pode ser desafiador.
Aqui estão alguns erros comuns que você deve evitar:
• Confundir o BOS com um Fakeout: Nem todo rompimento é um
Break of Structure. Certifique-se de que o preço fechou além do nível rom-
pido e que há continuidade no movimento.
• Ignorar o contexto da tendência: Um BOS só é válido se ocorrer dentro
de uma tendência clara. Rompimentos em mercados consolidados ou sem
direção podem levar a falsos sinais.
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• Usar tempos gráficos muito pequenos: Nos Lower Time Frames (LTFs),
os rompimentos são mais suscetíveis a fakeouts. Dê preferência aos Higher
Time Frames (HTFs) para confirmar o BOS.
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Capítulo 6 - Change of Character (CHOCH)
O Change of Character (CHOCH), ou “mudança de caráter”, é um conceito essencial
dentro da metodologia Smart Money Concepts (SMC). Ele representa o momento no
qual o mercado dá os primeiros sinais de que pode estar revertendo sua tendência
predominante. Em termos simples, é uma quebra de estrutura que ocorre na dire-
ção oposta à tendência anterior, indicando uma potencial transição de uma ten-
dência de alta para baixa, ou vice-versa.
Podemos pensar no CHOCH como um marco que define o ponto em que o com-
portamento do mercado muda de forma significativa. É como observar uma maré
que estava subindo e, de repente, começa a recuar. O CHOCH é essa "linha divi-
sória" entre o fluxo anterior e o início de uma nova direção.
A diferença entre CHOCH e Break of Structure (BOS)
Embora o CHOCH e o Break of Structure (BOS) envolvam o rompimento de níveis
importantes no gráfico, eles têm finalidades e significados diferentes.
• O BOS confirma a continuidade da tendência predominante. Em uma
tendência de alta, por exemplo, um BOS ocorre quando o preço rompe
um Higher High (HH), confirmando que o mercado ainda está em alta.
• O CHOCH, por outro lado, sinaliza uma mudança de tendência. Ele
ocorre quando o preço rompe um Higher Low (HL) em uma tendência de
alta (indicando uma possível reversão para baixa) ou rompe um Lower High
(LH) em uma tendência de baixa (indicando uma possível reversão para
alta).
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Em resumo, o BOS fortalece a ideia de continuidade, enquanto o CHOCH intro-
duz a possibilidade de uma inversão. No SMC, o CHOCH é frequentemente o
primeiro indício de que o Smart Money está mudando a direção do mercado.
Aspecto Break of Structure (BOS) Change of Character (CHOCH)
Definição É um padrão de continuidade de É um padrão de reversão de ten-
tendência. O preço rompe sua es- dência. O preço rompe sua estru-
trutura anterior e forma uma nova tura na direção oposta à tendência
estrutura na mesma direção. anterior.
Ocorrência Ocorre tanto em tendências de Ocorre apenas no final de uma
alta quanto de baixa, sempre que o tendência, quando o preço muda
preço continua a tendência. de direção, seja de alta para baixa
ou de baixa para alta.
Significado É importante para identificar a ten- É importante para identificar a re-
dência atual do mercado e sua versão da tendência atual do mer-
força. cado.
Características de um CHOCH
Identificar um CHOCH no gráfico requer atenção a alguns pontos fundamentais:
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1. Rompimento na direção oposta à tendência anterior: Um CHOCH
acontece quando o preço rompe um nível estrutural importante (um topo
ou fundo significativo) na direção oposta à tendência predominante.
o Em uma tendência de alta, o CHOCH ocorre quando o preço
rompe um Higher Low (HL), sinalizando fraqueza dos comprado-
res.
o Em uma tendência de baixa, o CHOCH ocorre quando o preço
rompe um Lower High (LH), mostrando que os vendedores estão
perdendo força.
2. Confirmação subsequente: Após o rompimento inicial, o preço geral-
mente forma um novo topo ou fundo na direção da mudança de caráter.
3. Contexto: O CHOCH sempre ocorre após uma tendência bem estabele-
cida. Ele não deve ser confundido com movimentos aleatórios em mer-
cados laterais ou consolidados.
Exemplos de CHOCH em tendências de alta e baixa
Em uma tendência de alta:
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Imagine um mercado bullish onde o preço está formando Higher Highs (HH) e
Higher Lows (HL). O CHOCH acontece quando o preço rompe um Higher Low,
indicando que a força dos compradores está diminuindo e os vendedores podem
estar assumindo o controle.
Em uma tendência de baixa:
Agora, pense em um mercado bearish, onde o preço está formando Lower Highs
(LH) e Lower Lows (LL). O CHOCH ocorre quando o preço rompe um Lower High,
sinalizando que a força vendedora está enfraquecendo e os compradores podem
estar prestes a mudar a direção do mercado.
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Esses exemplos mostram como o CHOCH reflete uma mudança clara no com-
portamento do mercado e por que ele é tão importante para identificar reversões.
O que é um Fake CHOCH?
Um Fake CHOCH ocorre quando o preço aparenta sinalizar uma mudança de
tendência, mas o movimento não é legítimo e acaba voltando para a direção ante-
rior. Em vez de indicar uma verdadeira reversão, o mercado apenas faz um rom-
pimento superficial, capturando liquidez em zonas estratégicas, e depois retoma a
tendência original.
Isso pode confundir traders inexperientes, levando-os a interpretar mal o mercado
e a acreditar que a tendência mudou, quando na verdade o Smart Money está mani-
pulando o preço para buscar liquidez. Um Fake CHOCH é comum em áreas onde
o preço encontra resistência ou suporte temporários, mas não possui intenção real
de iniciar uma nova tendência.
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Como Evitar Armadilhas de Falsas Mudanças de Caráter
Para diferenciar um Fake CHOCH de um CHOCH verdadeiro, é necessário estar
atento a três elementos principais:
1. O CHOCH deve ocorrer em um Ponto de Interesse (POI)
Um CHOCH válido geralmente acontece em Pontos de Interesse (POIs), como:
• Order Blocks (OBs): Áreas onde grandes instituições posicionaram suas
ordens de compra ou venda.
• Fair Value Gaps (FVGs): Zonas de desequilíbrio no preço que o mer-
cado tende a preencher.
• Zonas de suporte ou resistência chave: Níveis estruturais relevantes
no gráfico.
Se o CHOCH ocorrer em uma área aleatória sem nenhuma confluência com um
POI, é mais provável que seja um Fake CHOCH. Sempre certifique-se de que o
rompimento está alinhado a uma região onde há justificativa para o preço mudar
de direção.
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2. O rompimento deve ocorrer com o Corpo do Candle, não apenas com o
Pavio
Um dos maiores sinais de um Fake CHOCH é quando o preço apenas "toca" o
nível de estrutura com o pavio do candle, mas não fecha além desse nível. Um
CHOCH legítimo exige que o corpo do candle feche acima (em uma reversão para
alta) ou abaixo (em uma reversão para baixa) do nível rompido.
Se o preço não consegue fechar além do nível, isso pode ser apenas um teste de
liquidez, onde o mercado busca ordens acumuladas antes de continuar na direção
anterior. Por isso, fique atento ao fechamento do candle como confirmação do
rompimento.
3. Deve haver um Displacement (Deslocamento do Preço)
Outro fator crítico para validar um CHOCH é a presença de um displacement,
ou seja, um deslocamento claro e agressivo do preço após o rompimento. Esse
movimento mostra que o mercado está decidido a seguir na nova direção, indi-
cando forte presença institucional (Smart Money).
Um deslocamento ocorre quando o preço não apenas rompe um nível importante,
mas também faz isso com força, geralmente criando um movimento que se destaca
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em relação aos anteriores. Se o rompimento for fraco ou não mostrar continui-
dade, é mais provável que seja um Fake CHOCH.
Como Confirmar a Validade de um CHOCH?
Para evitar ser enganado por Fake CHOCHs, siga estas etapas:
1. Valide o Contexto: Verifique se o CHOCH está ocorrendo em um Ponto
de Interesse (POI), como um Order Block ou Fair Value Gap.
2. Espere pelo Fechamento: Certifique-se de que o rompimento foi feito
com o corpo do candle e que ele fechou além do nível de estrutura.
3. Procure por Displacement: Confirme que o rompimento foi acompa-
nhado por um movimento agressivo e claro na direção oposta. Isso indica
que o mercado realmente está mudando de tendência.
Um Fake CHOCH pode parecer um sinal de reversão, mas sem a validação correta,
é apenas uma armadilha para capturar liquidez. Veja na figura abaixo a melhor
configuração para validar um CHoCH.
Por isso, é fundamental analisar o contexto, buscar confluências com Pontos de
Interesse, e garantir que o rompimento seja acompanhado por um fechamento
claro e um deslocamento de preço. Essas práticas te protegerão de falsas reversões
e te ajudarão a identificar mudanças reais no mercado.
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Capítulo 7 - Market Structure Shift (MSS)
O Market Structure Shift (MSS), ou “mudança na estrutura de mercado”, é um dos
primeiros sinais de que o mercado pode estar revertendo sua direção. Ele sugere
que a tendência predominante – seja de alta ou de baixa – está perdendo força e
pode estar prestes a mudar. Pense no MSS como um "sinal de alerta" que indica
que o mercado está começando a demonstrar fraqueza na sua direção atual.
O MSS é como um alarme inicial que nos avisa para ficarmos atentos. No entanto,
ele não é uma confirmação absoluta de reversão; é uma pista inicial que, quando
combinada com outros fatores como displacement (deslocamento de preço) e Pontos
de Interesse (POIs), nos ajuda a entender o movimento real do mercado.
Como Identificar um Market Structure Shift (MSS)?
1. Identifique Swing Points:
o Um Swing High ocorre quando a vela central é mais alta que as
duas velas ao lado.
o Um Swing Low ocorre quando a vela central é mais baixa que as
duas velas ao lado.
2. Observe a quebra de swing:
o O MSS acontece quando o preço rompe um Swing High ou Swing
Low na direção contrária à tendência atual.
3. Confirme o deslocamento (displacement):
o O rompimento deve ser forte e claro, com velas grandes e deci-
didas.
o O preço deve romper com o corpo da vela, não apenas o pavio.
o Um bom displacement geralmente cria zonas de desequilíbrio
(Fair Value Gaps – FVGs), que servem como áreas de interesse
para entradas futuras.
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Market Structure Shift de Alta
O Market Structure Shift de Alta ocorre em uma tendência de baixa quando o mer-
cado, após formar Lower Highs e Lower Lows, rompe um Swing High relevante, indi-
cando que os compradores estão começando a assumir o controle.
• Após uma série de Lower Highs, o mercado cria um Higher High.
• O rompimento é acompanhado por deslocamento de preço e, idealmente,
ocorre em um Ponto de Interesse (como um Order Block ou FVG).
• Sinaliza o início de uma possível tendência de alta ou pelo menos uma
correção significativa dentro da estrutura maior.
Market Structure Shift de Baixa
O Market Structure Shift de Baixa ocorre em uma tendência de alta quando o mer-
cado, após formar Higher Highs e Higher Lows, rompe um Swing Low relevante, su-
gerindo que os vendedores começaram a dominar o mercado.
• Após uma série de Higher Lows, o mercado cria um Lower Low.
• O rompimento deve ser acompanhado por deslocamento de preço, de-
monstrando a intenção clara de mudança.
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• Muitas vezes, o preço busca liquidez em zonas de suporte antes de rever-
ter para baixo.
MSS vs CHOCH: Qual é a diferença?
MSS: Sinal inicial de reversão com deslocamento de preço
O Market Structure Shift (MSS) é o primeiro sinal de reversão de uma tendência.
Ele indica que o mercado começou a mostrar fraqueza em sua estrutura anterior,
sugerindo uma possível transição.
CHOCH: A mudança de caráter como confirmação da reversão
O Change of Character (CHOCH) é mais específico e atua como uma confirmação
da mudança de tendência. Enquanto o MSS pode indicar uma possível reversão,
o CHOCH ocorre em um momento em que o mercado já mostrou continuidade
na nova direção.
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Diferenças principais:
• O MSS é um sinal inicial e pode ser interpretado como o "alerta" de uma
reversão.
• O CHOCH é mais robusto e confirma a mudança de caráter no mercado
após o MSS.
O Market Structure Shift (MSS) é uma das ferramentas mais úteis para identificar
potenciais reversões no mercado. Ele fornece os primeiros sinais de que a tendên-
cia pode estar enfraquecendo, permitindo que você fique atento aos movimentos
institucionais.
No entanto, sempre busque confirmações adicionais, como deslocamento de
preço, fechamento com o corpo do candle e alinhamento com Pontos de Interesse,
para garantir que o MSS é legítimo e não apenas um falso rompimento.
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Capítulo 8 - Change in the State of Delivery (CISD)
O Change in the State of Delivery (CISD), ou “Mudança no Estado de Entrega
do Preço”, é um conceito central na metodologia Smart Money Concepts (SMC). Ele
representa o momento em que a direção em que o preço estava sendo entregue
muda. Em termos simples, se o preço estava sendo direcionado ao lado comprador
(buy-side), após um CISD, ele passa a ser direcionado ao lado vendedor (sell-side), e
vice-versa.
Podemos pensar no CISD como uma mudança na dinâmica do fluxo de ordens
no mercado. O preço, que antes estava favorecendo um grupo (como os compra-
dores), agora muda e começa a atender aos interesses opostos (como os vendedo-
res). Esse conceito reflete diretamente as intenções do Smart Money, já que as gran-
des instituições financeiras manipulam o preço para captar liquidez antes de mudar
a entrega para outra direção.
O CISD é essencial porque ajuda a identificar momentos-chave de transição no
mercado. Ele nos mostra o "ponto de inflexão" em que a entrega do preço muda,
revelando onde o Smart Money reposiciona suas ordens para buscar liquidez e im-
pulsionar o mercado na nova direção.
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Por exemplo:
• Em uma tendência de alta, o preço pode estar sendo entregue consisten-
temente ao lado comprador (buy-side), formando topos e fundos mais al-
tos. Após um CISD, o preço começa a ser direcionado ao lado vendedor
(sell-side), rompendo fundos anteriores e formando topos mais baixos.
• Essa mudança é importante porque indica que o mercado não está mais
seguindo sua dinâmica anterior e pode estar iniciando uma nova tendência
ou entrando em uma fase de redistribuição de ordens.
Como Identificar um CISD no Gráfico?
Identificar um CISD no gráfico requer atenção a alguns elementos específicos,
como o comportamento do preço antes e após a mudança de entrega. Aqui estão
os pontos principais:
CISD de Alta (Bullish CISD)
Um Bullish CISD ocorre quando o preço muda de uma entrega ao lado vendedor
(sell-side) para uma entrega ao lado comprador (buy-side). Essa transição sinaliza que
os compradores estão assumindo o controle do mercado e que o preço pode co-
meçar a formar uma tendência de alta.
Como identificar um Bullish CISD:
1. Tendência anterior: O mercado estava formando Lower Highs e Lower
Lows, indicando entrega ao lado vendedor.
2. Rompimento de um Swing High significativo: O preço rompe um
topo importante, sugerindo que os compradores estão ganhando força.
3. Deslocamento de preço (Displacement): Esse rompimento deve ser
acompanhado por um movimento agressivo e decidido para cima, indi-
cando a presença do Smart Money.
4. Nova dinâmica: Após o rompimento, o preço começa a formar Higher
Highs e Higher Lows.
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CISD de Baixa (Bearish CISD)
Um Bearish CISD ocorre quando o preço muda de uma entrega ao lado comprador
(buy-side) para uma entrega ao lado vendedor (sell-side). Essa transição indica que os
vendedores estão assumindo o controle e que o preço pode iniciar uma tendência
de baixa.
1. Tendência anterior: O mercado estava formando Higher Highs e Higher
Lows, indicando entrega ao lado comprador.
2. Rompimento de um Swing Low significativo: O preço rompe um
fundo importante, sugerindo que os vendedores estão dominando o mer-
cado.
3. Deslocamento de preço (Displacement): Esse rompimento deve ser
acompanhado por um movimento agressivo para baixo, mostrando inten-
ção clara do Smart Money.
4. Nova dinâmica: Após o rompimento, o preço começa a formar Lower
Highs e Lower Lows.
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CISD vs MSS: Entendendo as Diferenças
Embora o Change in the State of Delivery (CISD) e o Market Structure Shift (MSS) pos-
sam parecer similares, eles têm significados e aplicações diferentes no contexto da
metodologia Smart Money Concepts.
O papel do CISD na entrega do preço
O CISD está diretamente relacionado à mudança na entrega do preço, ou seja, na
transição entre o lado comprador (buy-side) e o lado vendedor (sell-side). Ele reflete
uma mudança no fluxo do mercado, onde o Smart Money ajusta suas ordens para
manipular o preço em uma nova direção.
• Foco principal: A dinâmica do movimento do preço.
• Exemplo: Em um Bullish CISD, o preço deixa de ser entregue ao lado
vendedor e começa a ser direcionado ao lado comprador.
O MSS como mudança na estrutura de mercado
O Market Structure Shift (MSS), por outro lado, é um sinal de mudança na estru-
tura de mercado. Ele indica que a sequência de topos e fundos anteriores foi
rompida, mas não necessariamente reflete uma transição completa na entrega do
preço.
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• Foco principal: A alteração na estrutura do mercado (como o rompi-
mento de Swing Highs ou Swing Lows).
• Exemplo: Um MSS pode ocorrer sem uma mudança completa na en-
trega, como em correções ou movimentos de curto prazo.
Aspecto CISD MSS
Definição Mudança na entrega do preço (de Mudança na estrutura de mer-
buy-side para sell-side ou vice- cado, indicando um possível iní-
versa). cio de reversão.
Core Focus Verifica a força de compra ou Acompanha mudanças na ten-
venda analisando se os preços es- dência principal, como a transi-
tão fechando abaixo ou acima do ção de alta para baixa.
preço de abertura.
Confirmação A mudança no momento é confir- A mudança na tendência é con-
mada quando o preço fecha abaixo firmada quando o preço rompe
da abertura de uma ou mais velas um topo ou fundo significativo.
de alta.
Timing Sinaliza mudanças mais cedo, mas Fornece confirmação mais tarde,
com maior risco de falsos sinais. mas com maior certeza, embora
isso deixar fora do movimento.
Trade-Offs Ideal para entradas rápidas, mas Mais seguro, porém pode limitar
com maior risco de erro. as oportunidades de lucro.
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Capítulo 9 – Oferta e Demanda
No mercado financeiro, o preço de qualquer ativo é determinado por um dos con-
ceitos econômicos mais básicos: oferta (supply) e demanda (demand). Essas duas
forças são como uma dança constante entre compradores e vendedores, onde cada
lado luta pelo controle.
• Demanda (Demand): Representa a força compradora, ou seja, os tra-
ders que acreditam que o preço deve subir. Eles estão dispostos a comprar
mais conforme o preço cai.
• Oferta (Supply): Representa a força vendedora, ou seja, os traders que
acreditam que o preço deve cair. Eles estão dispostos a vender mais con-
forme o preço sobe.
No contexto do Smart Money Concepts (SMC), as regiões de Supply and Demand são
zonas específicas no gráfico onde há um desequilíbrio entre essas forças. Quando
há mais compradores do que vendedores, o preço tende a subir; e quando há mais
vendedores do que compradores, o preço tende a cair.
Os movimentos do preço no mercado podem ser diretamente relacionados às re-
giões de Supply and Demand. Quando o preço chega a uma região de demanda, ele
tende a encontrar suporte e subir. Da mesma forma, quando o preço alcança uma
região de oferta, ele tende a encontrar resistência e cair.
Pense nas regiões de Supply and Demand como áreas onde o Smart Money (as insti-
tuições financeiras) posiciona grandes ordens para manipular a direção do preço.
Essas zonas refletem momentos em que o mercado está absorvendo liquidez antes
de fazer grandes movimentos direcionais.
Como Identificar Regiões de Oferta e Demanda?
Para identificar as regiões de Supply and Demand, você deve observar os seguintes
sinais no gráfico:
• Regiões de demanda: São áreas onde o preço fez uma recuperação rá-
pida após atingir um nível. Essas zonas indicam pressão compradora,
onde a demanda superou a oferta.
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• Regiões de oferta: São áreas onde o preço recuou rapidamente após atin-
gir um topo. Essas zonas indicam pressão vendedora, onde a oferta supe-
rou a demanda.
Dicas práticas:
1. Movimentos agressivos: Procure por movimentos fortes e rápidos no
preço, que geralmente deixam um "vazio" (ou Fair Value Gap) para trás.
2. Toques anteriores: Zonas que já serviram como suporte ou resistência
no passado têm maior probabilidade de serem regiões de Oferta e De-
manda.
Criação das Regiões de Supply and Demand
Para entender como essas zonas se formam, é necessário conhecer três conceitos-
chave: Rally, Base e Drop. Esses três elementos formam as bases para identificar
as estruturas que criam as regiões de Supply and Demand.
Definição dos termos: “Rally”, “Base” e “Drop”
• Rally: Representa um movimento de alta no preço, caracterizado por ve-
las consecutivas subindo.
• Drop: Representa um movimento de baixa no preço, caracterizado por
velas consecutivas descendo.
• Base: É uma área de consolidação, onde o preço faz uma pausa antes de
continuar na direção de um rally ou de um drop.
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É importante destacar que os blocos de ordens (Order Blocks) são um refinamento
dessas regiões. Eles são as áreas específicas dentro de Supply and Demand onde o
preço frequentemente reage de maneira precisa. No entanto, os blocos de ordens
serão discutidos em detalhes na Parte 2 deste livro, onde exploraremos como usá-
los para planejar operações altamente eficazes.
Rally Base Rally (RBR)
O Rally Base Rally (RBR) é uma estrutura que indica uma região de demanda.
Ele ocorre quando o preço faz um movimento de alta (rally), pausa brevemente
(base) e continua subindo (rally).
• Como identificar: Procure por uma área de consolidação entre dois mo-
vimentos de alta.
• Importância: Indica um local onde o preço encontrou compradores an-
tes de continuar subindo.
Drop Base Drop (DBD)
O Drop Base Drop (DBD) é uma estrutura que indica uma região de oferta. Ele
ocorre quando o preço faz um movimento de baixa (drop), pausa brevemente (base)
e continua caindo (drop).
• Como identificar: Procure por uma área de consolidação entre dois mo-
vimentos de baixa.
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• Importância: Indica um local onde o preço encontrou vendedores antes
de continuar caindo.
Rally Base Drop (RBD)
O Rally Base Drop (RBD) é uma estrutura híbrida que também indica uma re-
gião de oferta. Ele ocorre quando o preço faz um movimento de alta (rally), pausa
brevemente (base) e depois reverte para um movimento de baixa (drop).
• Como identificar: Procure por uma base após um movimento de alta
que precede um movimento de baixa.
• Importância: Sinaliza uma mudança de controle do lado comprador para
o vendedor.
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Drop Base Rally (DBR)
O Drop Base Rally (DBR) é uma estrutura híbrida que indica uma região de
demanda. Ele ocorre quando o preço faz um movimento de baixa (drop), pausa
brevemente (base) e depois reverte para um movimento de alta (rally).
• Como identificar: Procure por uma base após um movimento de baixa
que precede um movimento de alta.
• Importância: Sinaliza uma mudança de controle do lado vendedor para
o comprador.
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Capítulo 10 - Premium and Discount
No mercado financeiro, o conceito de Premium and Discount é usado para determi-
nar quais partes do gráfico representam zonas mais "caras" (premium) ou mais "ba-
ratas" (discount) para comprar ou vender. Imagine que você está no supermercado
comprando frutas. Se o preço de uma maçã está mais alto do que o normal, você
hesita em comprá-la – afinal, está pagando um "prêmio" (premium). Mas, se a maçã
está em promoção, você provavelmente vai querer comprá-la porque ela está em
"desconto" (discount).
No mercado, funciona exatamente da mesma forma:
• Premium (Prêmio): São as regiões "caras", onde o preço está acima do
valor justo, tornando mais interessante para vendedores posicionarem
suas ordens.
• Discount (Desconto): São as regiões "baratas", onde o preço está abaixo
do valor justo, atraindo compradores.
Os conceitos de Premium e Discount ajudam a identificar áreas no gráfico onde o
preço tem maior probabilidade de reverter ou de continuar na direção de uma
tendência.
Como identificar regiões de Premium and Discount usando o Fibonacci
Para localizar as zonas de Premium e Discount no gráfico, utilizamos a ferramenta
de Fibonacci. Aqui está o passo a passo:
1. Identifique um movimento de swing relevante no gráfico (de um fundo
até um topo ou vice-versa).
2. Aplique a ferramenta de Fibonacci nesse movimento, indo do ponto mais
baixo (fundo) ao ponto mais alto (topo) para uma tendência de alta, ou
do ponto mais alto ao mais baixo para uma tendência de baixa.
3. O nível de 50% é o divisor entre as zonas de Premium e Discount:
o Acima de 50% (Premium): Regiões caras para compras.
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o Abaixo de 50% (Discount): Regiões baratas para compras.
Essa divisão nos ajuda a avaliar onde o preço está em relação ao seu último movi-
mento. Regiões de Discount oferecem melhores oportunidades de compra, en-
quanto regiões de Premium são mais interessantes para vendas.
A zona de Premium and Discount muda após uma quebra de estrutura?
Sim, as zonas de Premium e Discount mudam sempre que ocorre uma quebra de
estrutura significativa no gráfico. Isso acontece porque a estrutura do mercado é
o que define os pontos de swing (topos e fundos) usados para calcular essas zonas.
• Em uma tendência de alta, se o preço rompe um topo anterior (Higher
High), o novo ponto mais alto se torna a referência para calcular as novas
zonas de Premium e Discount.
• Em uma tendência de baixa, quando o preço rompe um fundo anterior
(Lower Low), o novo ponto mais baixo é usado para atualizar essas zonas.
Esse ajuste constante garante que você esteja sempre operando com base nos ní-
veis mais relevantes do mercado.
O Que São PD Arrays?
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Os PD Arrays (Premium and Discount Arrays) são uma extensão do conceito de
Premium and Discount. Eles representam zonas ou ferramentas específicas dentro
dessas áreas que ajudam a identificar pontos de entrada ou saída no mercado.
PD Arrays de alta
Os PD Arrays de alta são as ferramentas ou zonas que utilizamos em uma tendên-
cia de alta para buscar oportunidades de compra. Eles estão localizados na região
de Discount do movimento. Alguns exemplos incluem:
• Order Blocks (OBs): Áreas de concentração de ordens de compra.
• Fair Value Gaps (FVGs): Zonas de desequilíbrio onde o preço pode
retornar antes de continuar subindo.
• Swing Lows: Fundos significativos que funcionam como suporte.
PD Arrays de baixa
Os PD Arrays de baixa são as ferramentas ou zonas que utilizamos em uma ten-
dência de baixa para buscar oportunidades de venda. Eles estão localizados na
região de Premium do movimento. Alguns exemplos incluem:
• Order Blocks (OBs): Áreas de concentração de ordens de venda.
• Fair Value Gaps (FVGs): Zonas de desequilíbrio onde o preço pode
retornar antes de continuar caindo.
• Swing Highs: Topos significativos que funcionam como resistência.
Como Usar os PD Arrays em um Trade?
Aqui está um passo a passo claro e detalhado para te ajudar a usar os PD Arrays
de forma eficiente e com precisão nas suas operações:
Passo 1: Identificar a Tendência do Ativo
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Antes de qualquer coisa, é essencial determinar a direção predominante da tendên-
cia no mercado.
1. Analise o movimento do preço:
o Se o preço está formando Higher Highs (HH) e Higher Lows (HL),
o mercado está em tendência de alta (bullish).
o Se o preço está formando Lower Highs (LH) e Lower Lows (LL), o
mercado está em tendência de baixa (bearish).
2. Depois de identificar a tendência principal, localize a última per-
nada a favor da tendência:
o Em uma tendência de alta, procure pela última pernada de alta
(do fundo ao topo mais recente).
o Em uma tendência de baixa, procure pela última pernada de baixa
(do topo ao fundo mais recente).
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Passo 2: Traçar a Ferramenta de Fibonacci na Última Pernada
Com a última pernada identificada, aplique a ferramenta de Fibonacci para divi-
dir o movimento em regiões de Premium e Discount:
1. Como traçar o Fibonacci?
o Para uma tendência de alta: Trace do fundo ao topo da última
pernada.
o Para uma tendência de baixa: Trace do topo ao fundo da última
pernada.
2. Interprete as regiões:
o A área acima de 50% (Premium) é cara e mais interessante para
vendas.
o A área abaixo de 50% (Discount) é barata e mais interessante
para compras.
Essas regiões te ajudam a entender onde você deve buscar por oportunidades de
negociação, sempre priorizando as áreas de maior probabilidade de reação.
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Passo 3: Buscar pelos PD Arrays na Região de Negociação
Agora que você identificou as zonas de Premium e Discount, é hora de procurar os
PD Arrays nas respectivas regiões (pontos de interesse - POI).
Bullish PD Arrays (Alta) Bearish PD Arrays (Baixa)
Bullish Fair Value Gap (BISI) Bearish Fair Value Gap (SIBI)
Bullish Order Block Bearish Order Block
Bullish Breaker Block Bearish Breaker Block
Bullish Mitigation Block Bearish Mitigation Block
Inverse Fair Value Gap Inverse Fair Value Gap
ICT NDOG (New Day Opening Gap) ICT NDOG (New Day Opening Gap)
ICT NWOG (New Week Opening Gap) ICT NWOG (New Week Opening Gap)
ICT Unicorn Model ICT Unicorn Model
Como usar essa tabela:
• Em uma tendência de alta, concentre-se nos Bullish PD Arrays localiza-
dos na zona de Discount.
• Em uma tendência de baixa, procure pelos Bearish PD Arrays localizados
na zona de Premium.
• Esses PD Arrays servem como potenciais pontos de interesse para plane-
jar sua entrada no mercado.
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Passo 4: Aguardar o Preço Chegar a um Ponto de Interesse
Após identificar os PD Arrays em sua região de negociação, o último passo é es-
perar pacientemente que o preço alcance um dos pontos marcados.
1. Monitore o comportamento do preço ao chegar no PD Array seleci-
onado:
o Observe se o preço mostra rejeição ou sinais de confirmação na
área (exemplo: padrões de velas, deslocamento claro).
o Busque por evidências de que o Smart Money está atuando nessa
região, como rompimentos agressivos ou retestes do nível.
2. Realize o trade com base no contexto:
o Em uma tendência de alta, execute compras nas regiões de Dis-
count.
o Em uma tendência de baixa, execute vendas nas regiões de Pre-
mium.
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PARTE 2.
BLOCOS DE
ORDENS
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Capítulo 11 - Order Block
O Order Block (bloco de ordens) é um dos pilares da metodologia Smart Money Con-
cepts (SMC). Ele representa uma área no gráfico onde grandes instituições finan-
ceiras, conhecidas como Smart Money, posicionaram uma grande quantidade de or-
dens de compra ou venda.
Um order block é uma zona de preço onde grandes instituições financeiras coloca-
ram muitas ordens de compra ou venda. Imagine como se fosse um "bolsão" de
ordens esperando para serem executadas. Quando o preço volta para essas zonas,
geralmente vemos uma reação, como uma pausa no movimento ou até mesmo
uma mudança de direção.
O nome "order block" vem do fato de que essas áreas representam uma concentra-
ção, um "bloco", de ordens colocadas pelos grandes players do mercado. Para con-
seguir executar grandes volumes de ordens sem mexer demais com o preço, as
instituições precisam dividi-las em partes menores, em "blocos". É como um navio
grande descarregando em um porto movimentado: precisa fazer isso aos poucos.
Essa divisão de ordens cria essas zonas importantes no gráfico.
Em termos simples, o Order Block é como uma "marca" deixada pelos grandes
players. Ele mostra onde as instituições financeiras entraram no mercado com or-
dens substanciais, criando áreas que, frequentemente, tornam-se pontos de inte-
resse para futuros movimentos do preço.
Importância dos Order Blocks
Os Blocos de Ordens estão ligados à ideia de "entrega do preço" (price delivery). O
preço não anda em linha reta, ele sobe e desce. Essa movimentação é a luta entre
compradores e vendedores. Um Bloco de Ordens é um ponto importante nessa
dança, onde o equilíbrio entre oferta e demanda pode mudar, alterando o movi-
mento do preço. É como se, ao chegar em um Bloco de Ordens, a música da
negociação mudasse.
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Um ponto chave dos Blocos de Ordens é a relação com a liquidez. As grandes
instituições buscam "liquidez" para preencher suas grandes posições. Essa liquidez
pode vir de ordens de stop loss de outros traders. Um Bloco de Ordens muitas vezes
se forma depois de uma "varredura de liquidez" (liquidity sweep). Imagine o preço
dando um pulo rápido, pegando os stops, e depois voltando. Esse pulo pode ser a
instituição buscando liquidez. O Bloco de Ordens seria a área onde as ordens fo-
ram acumuladas antes dessa volta. Entender essa busca por liquidez ajuda a en-
contrar Blocos de Ordens mais confiáveis.
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Identificando Order Blocks
Geralmente, um Bloco de Ordens é o último candle (ou alguns candles) que vai na
direção oposta ao movimento forte que acontece depois. Por exemplo, em uma
alta, um Bloco de Ordens de alta seria o último candle de baixa antes de uma alta
repentina. Em uma baixa, seria o último candle de alta antes da queda. Mas lembre-
se, é mais pelo Order Block do que só o último candle; é a zona onde as instituições
acumularam ordens antes do movimento importante, por isso ele deve ser encon-
trado em um ponto de interesse no gráfico.
Quanto maior a agressão causada, maior será sua relevância para nós. A validação
ocorre a partir do rompimento do candle (primeira imagem). Uma validação eficaz
acontece quando o preço atinge duas vezes o tamanho do candle, o que pode ser
medido utilizando a Fibonacci ou projetando algum formato gráfico.
Por outro lado, se o preço apresentar um verdadeiro desequilíbrio, isso indicará
um forte momentum, evidenciando que o preço está claramente buscando alcan-
çar determinado nível sob quaisquer condições.
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Por que os Order Blocks são essenciais?
Os Order Blocks fornecem uma visão privilegiada sobre as intenções do Smart Mo-
ney. Eles indicam:
• Áreas de liquidez: Onde grandes volumes de ordens foram executados,
deixando rastros claros no gráfico.
• Pontos de reversão ou continuidade: Zonas onde o preço provavel-
mente irá reagir no futuro, seja para continuar na direção de uma tendên-
cia ou para reverter.
• Redução de risco: Como são áreas de alta probabilidade, os Order Blocks
permitem planejar operações mais precisas, com stops curtos e alvos bem
definidos.
Os diferentes tipos de blocos de ordens
Os Order Blocks são o alicerce para uma análise mais profunda do mercado, mas
eles não são o único tipo de bloco de ordens. Existem outros blocos que derivam
desse conceito principal, e cada um deles desempenha uma função específica. Aqui
está uma visão geral:
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Tipos de blocos de ordens que serão abordados nesta parte do livro:
1. Single Candle Order Block: Um Order Block baseado em uma única
vela.
2. Vacuum Block: Representa uma área de desequilíbrio extremo no preço.
3. Propulsion Block: Indica zonas de impulso onde o preço explodiu a par-
tir de um nível específico.
4. Reclaimed Order Block: Um Order Block que foi rejeitado e reutilizado
como suporte ou resistência.
5. Rejection Block: Representa áreas onde o preço tentou, mas não conse-
guiu superar um nível.
6. Mitigation Block: Zonas onde o preço retorna para "mitigar" ou equili-
brar ordens pendentes.
7. Breaker Block: Um Order Block rompido que muda de papel, passando
de suporte para resistência (ou vice-versa).
Esses blocos serão explorados nos capítulos seguintes, mas é importante entender
que todos eles têm como base o conceito de Order Block. Eles são ramificações que
ajudam a refinar nossa análise, tornando-a ainda mais precisa.
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Capítulo 12 - Mitigation Block
Um Mitigation Block, ou "Bloco de Mitigação", é uma área no gráfico onde o preço
retorna para "mitigar" ou equilibrar ordens pendentes deixadas pelo Smart Money
durante um movimento de deslocamento. Em termos simples, é uma zona onde
o preço volta para corrigir ou ajustar um desequilíbrio criado por grandes volumes
de ordens institucionais que não foram totalmente executadas no momento do
deslocamento inicial.
O termo "mitigação" vem do fato de que essas zonas servem para "limpar" qual-
quer desequilíbrio no mercado, permitindo que o preço continue na direção pla-
nejada pelo Smart Money.
O papel do Mitigation Block no contexto do Smart Money Concepts
(SMC)
Dentro da metodologia SMC, o Mitigation Block é uma das ferramentas mais pode-
rosas para identificar a atuação institucional no mercado. Ele reflete como o Smart
Money administra suas ordens pendentes, criando zonas de alta probabilidade para
entradas ou saídas no mercado.
Funções principais do Mitigation Block:
1. Corrigir desequilíbrios: Após um deslocamento, o preço tende a voltar
para equilibrar as zonas onde a liquidez foi insuficiente.
2. Capturar liquidez: Antes de continuar o movimento principal, o preço
revisita o Mitigation Block para absorver ordens de stop loss e gerar liquidez
adicional.
3. Confirmar tendência: A reação do preço no Mitigation Block muitas vezes
confirma a direção da tendência principal.
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Importância do Mitigation Block
O Smart Money raramente executa todas as suas ordens de uma vez. Durante um
deslocamento significativo, parte das ordens institucionais pode ficar "incompleta"
– ou seja, algumas ordens são deixadas para serem mitigadas posteriormente. O
Mitigation Block reflete exatamente essas zonas de interesse, onde o preço retorna
para "finalizar o trabalho".
Para os traders, isso significa que:
• Os Mitigation Blocks são zonas de alta probabilidade. Eles indicam
pontos onde o preço provavelmente irá reagir.
• Eles ajudam a evitar armadilhas. Muitos traders comuns são "varridos"
durante a mitigação, mas entender o conceito permite operar com maior
precisão.
Como identificar um Mitigation Block
Mitigation Block de alta
Para identificar um Mitigation Block de alta no gráfico, siga os passos abaixo:
1. Localize um deslocamento de alta: Identifique um movimento agres-
sivo para cima, que indica a atuação do Smart Money.
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2. Identifique a última zona de desequilíbrio: A área de mitigação geral-
mente é a última sequência de velas de baixa antes do deslocamento.
3. Espere o retorno do preço: O preço deve voltar para a zona de mitiga-
ção antes de continuar o movimento de alta.
Critérios importantes:
• Deve haver um deslocamento claro e significativo que quebre estruturas
anteriores, como Higher Highs.
• A zona de mitigação geralmente inclui uma Fair Value Gap (FVG) ou um
desequilíbrio no gráfico.
Mitigation Block de Baixa
Para localizar um Mitigation Block de baixa no gráfico, observe os seguintes sinais:
1. Localize um deslocamento de baixa: Procure por um movimento
agressivo para baixo, indicando a atuação do Smart Money.
2. Identifique a última zona de desequilíbrio: A área de mitigação geral-
mente é a última sequência de velas de alta antes do deslocamento.
3. Espere o retorno do preço: O preço deve voltar para a zona de mitiga-
ção antes de continuar o movimento de baixa.
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Critérios importantes:
• O deslocamento inicial deve romper estruturas anteriores, como Lower
Lows.
• A zona de mitigação geralmente inclui uma Fair Value Gap (FVG) ou uma
área de desequilíbrio no gráfico.
Como usar o Mitigation Block no trade
Operar com um Mitigation Block de baixa segue os mesmos princípios, mas com
foco em vendas. Veja o passo a passo:
1. Identifique o Mitigation Block: Marque a zona de desequilíbrio deixada
pelo deslocamento de baixa.
2. Espere o preço retornar: Aguarde pacientemente que o preço volte para
testar o Mitigation Block.
3. Procure por confirmações: Observe padrões de velas ou rejeições na
zona de mitigação para confirmar a intenção do Smart Money.
4. Execute a venda: Entre na operação ao confirmar que o preço está res-
peitando o Mitigation Block.
5. Proteja-se: Posicione o stop loss acima da zona de mitigação.
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Capítulo 13 - Breaker Block
Um Breaker Block, ou "Bloco de Rompimento", é uma zona no gráfico onde o
preço rompe um Order Block que antes era considerado uma área de suporte ou
resistência, mas que, após o rompimento, muda de função e se torna uma nova
área de interesse. Essa mudança ocorre porque o preço, ao ultrapassar o Order
Block, invalida temporariamente sua função original e transforma-o em um ponto
estratégico para entrada do Smart Money.
O Breaker Block indica zonas de manipulação e controle institucional. Ele reflete
como o Smart Money utiliza rompimentos para capturar liquidez e, em seguida, uti-
liza essas mesmas zonas como pontos de suporte ou resistência.
O conceito de "rompimento institucional" no contexto do SMC
O preço nunca se move aleatoriamente no mercado financeiro – ele é manipulado
deliberadamente por grandes players, como bancos e fundos de hedge, que utili-
zam estratégias de rompimento para capturar liquidez. O Breaker Block surge como
resultado dessa manipulação:
1. Captura de liquidez: O preço inicialmente rompe um nível importante,
atraindo traders para entrar no mercado.
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2. Reversão controlada: O Smart Money então usa essa mesma zona
como ponto de entrada para empurrar o preço na direção oposta.
Pense no Breaker Block como uma "armadilha bem planejada". O mercado dá a
impressão de que o preço continuará em uma direção, apenas para revertê-lo logo
depois.
O Breaker Block é fundamental porque:
• Identifica manipulação institucional: Ele mostra como o Smart Money
usa zonas de suporte e resistência para atrair liquidez antes de impulsionar
o preço.
• Destaca pontos de reversão: Os Breaker Blocks frequentemente coinci-
dem com zonas de reversão importantes no mercado.
• Facilita operações precisas: Saber onde os Breaker Blocks estão permite
que você planeje entradas e saídas com maior confiança.
Breaker Block de Alta
Um Breaker Block de alta ocorre quando um Order Block de baixa, que original-
mente funcionava como resistência, é rompido pelo preço e, em seguida, se trans-
forma em um suporte válido. Após o rompimento, o preço frequentemente re-
torna para testar essa zona antes de continuar a subir.
Em outras palavras, o preço rompe a resistência, captura liquidez, e o Smart Money
começa a usar o Breaker Block como uma área de suporte para impulsionar o preço
para cima.
Como identificar um Breaker Block de alta
Para localizar um Breaker Block de alta no gráfico, siga estas etapas:
1. Identifique o Order Block original: Procure por uma área onde o preço
mostrou resistência no passado, como uma zona de Order Block de baixa.
2. Confirme o rompimento: O preço deve ultrapassar o Order Block, rom-
pendo a resistência com força (deslocamento).
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3. Espere o retorno: Após o rompimento, o preço geralmente retorna ao
Breaker Block, que agora serve como suporte.
4. Valide a zona: Certifique-se de que o preço respeita o Breaker Block ao
testar a área.
Critérios importantes:
• Deve haver um rompimento claro, com deslocamento significativo no
preço.
• A zona do Breaker Block é validada quando o preço volta e reage a ela
como suporte.
Breaker Block de Baixa
Um Breaker Block de baixa ocorre quando um Order Block de alta, que original-
mente funcionava como suporte, é rompido pelo preço e, em seguida, se trans-
forma em uma resistência válida. Após o rompimento, o preço frequentemente
retorna para testar essa zona antes de continuar a cair.
Em outras palavras, o preço rompe o suporte, captura liquidez, e o Smart Money
começa a usar o Breaker Block como uma área de resistência para impulsionar o
preço para baixo.
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Como identificar um Breaker Block de baixa
Para identificar um Breaker Block de baixa no gráfico, observe os seguintes sinais:
1. Identifique o Order Block original: Procure por uma área onde o preço
mostrou suporte no passado, como uma zona de Order Block de alta.
2. Confirme o rompimento: O preço deve ultrapassar o Order Block, rom-
pendo o suporte com força (deslocamento).
3. Espere o retorno: Após o rompimento, o preço geralmente retorna ao
Breaker Block, que agora serve como resistência.
4. Valide a zona: Certifique-se de que o preço respeita o Breaker Block ao
testar a área.
Critérios importantes:
• Deve haver um rompimento claro, com deslocamento significativo no
preço.
• A zona do Breaker Block é validada quando o preço volta e reage a ela
como resistência.
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Como usar um Breaker Block no trade
Aqui está um guia prático para operar com base em um Breaker Block de baixa:
1. Identifique o Breaker Block de baixa: Marque a zona de suporte rompida.
2. Espere o teste: Aguarde que o preço volte para testar o Breaker Block, que
agora funciona como resistência.
3. Procure por confirmações: Observe padrões de velas ou sinais de rejei-
ção que indiquem que o preço está respeitando o Breaker Block.
4. Execute a venda: Entre na operação ao confirmar que o preço está rea-
gindo à zona.
5. Proteja-se: Posicione o stop loss acima do Breaker Block.
Comparativo: Mitigation Block vs Breaker Block
Embora os Mitigation Blocks (MB) e os Breaker Blocks (BB) sejam conceitos funda-
mentais dentro do Smart Money Concepts (SMC), é importante entender que eles
possuem diferenças claras em sua formação, propósito e uso no mercado. Ambos
estão relacionados à atuação institucional e à manipulação de liquidez, mas cada
um apresenta características distintas que os tornam ferramentas únicas na análise
técnica.
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Critério Mitigation Block (MB) Breaker Block (BB)
O que é? O Mitigation Block é uma área no grá- O Breaker Block é um Order
fico onde o preço retorna para corrigir Block que foi rompido pelo preço
um desequilíbrio deixado pelo Smart e, posteriormente, se transforma
Money durante um deslocamento sig- em uma nova zona de suporte ou
nificativo. resistência.
Formação O Mitigation Block é formado durante O Breaker Block surge quando
um movimento agressivo, onde parte um Order Block é rompido pelo
das ordens institucionais não é com- preço, invalidando temporaria-
pletamente executada. O preço re- mente sua função original. Após
torna a essa área para "mitigar" ou o rompimento, essa zona muda
equilibrar essas ordens antes de conti- de papel, tornando-se um su-
nuar o movimento principal. porte ou resistência dependendo
da direção do rompimento.
Lógica Representa uma necessidade do Reflete a manipulação do preço
Smart Money de retornar para com- pelo Smart Money, onde o rom-
pletar ou corrigir um desequilíbrio no pimento é usado para capturar li-
mercado. quidez e, posteriormente, trans-
formar a zona rompida em uma
área ativa de suporte ou resistên-
cia.
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Capítulo 14 - Vacuum Block
Um Vacuum Block, ou "Bloco de Vácuo", é uma área claramente visível no gráfico
onde o preço realizou um movimento extremamente agressivo e abrupto, criando
um espaço vazio — um gap estrutural. Esse fenômeno ocorre, geralmente, após
eventos de alta volatilidade, como divulgações econômicas importantes ou aber-
turas de sessão, impulsionados por grandes ordens institucionais que causam des-
locamentos rápidos no preço.
Essas zonas são facilmente identificadas como regiões onde o preço não deixou
candles ou wicks, evidenciando a ausência de liquidez no movimento. Esse vazio
é, na prática, um Fair Value Gap (FVG), e o mercado tende a retornar para preen-
cher essa lacuna antes de continuar sua movimentação na direção predominante.
Visualize o mercado como um fluxo contínuo de água. Quando ocorre um gap (o
Vacuum Block), é como se o fluxo tivesse saltado uma parte do seu curso, criando
um desequilíbrio natural. Esse vazio atrai o preço de volta, à medida que o mer-
cado busca eficiência e preenchimento de liquidez.
A importância do Vacuum Block dentro dos SMC
O Vacuum Block desempenha um papel fundamental no SMC porque:
1. Identifica zonas de desequilíbrio: Ajuda a localizar áreas onde o mer-
cado está desbalanceado e tende a retornar para preencher essas lacunas.
2. Sinaliza presença institucional: Movimentos agressivos e rápidos indi-
cam a atuação do Smart Money, oferecendo pistas sobre suas intenções.
3. Fornece oportunidades de entrada e saída: O preço frequentemente
revisita essas zonas, criando pontos estratégicos para planejar operações.
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Como identificar um Vacuum Block
O Vacuum Block é uma formação no gráfico que representa um gap gerado por
eventos de alta volatilidade, como anúncios do FOMC, divulgações do NFP ou
acontecimentos geopolíticos, como conflitos e guerras. Também pode ocorrer na
abertura de uma nova semana, dia ou sessão, quando o preço abre longe do último
fechamento, criando um vazio sem negociações.
Chamamos esse fenômeno de Vacuum Block devido à ausência (vácuo) de liquidez
no intervalo do gap — ou seja, não houve ordens executadas nesse espaço, pois o
movimento de preço foi tão rápido que impediu a participação do mercado.
Como identificar:
1. Ocorrência após eventos voláteis: Observe gaps formados logo após
notícias econômicas importantes ou eventos geopolíticos.
2. Abertura longe do preço de fechamento: Quando o mercado abre sig-
nificativamente acima ou abaixo do preço anterior, deixando um vazio
visível.
3. Sem negociação no gap: O espaço é “limpo”, sem candles ou wicks
preenchendo o intervalo.
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Como operar utilizando um Vacuum Block
Operar com base em um Vacuum Block de baixa segue os mesmos princípios, mas
com foco em vendas. Veja o passo a passo:
1. Identifique o Vacuum Block: Marque a zona onde o movimento de alta
foi seguido por um deslocamento agressivo de baixa.
2. Aguarde o preço retornar: Espere pacientemente que o preço volte para
a zona do Vacuum Block.
3. Procure confirmações: Observe sinais de rejeição na zona do Vacuum
Block, como padrões de velas ou deslocamento de baixa.
4. Execute a venda: Entre na operação ao confirmar que o preço está rea-
gindo ao Vacuum Block. Posicione o stop loss acima do Vacuum Block.
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Capítulo 15 - Propulsion Block
Um Propulsion Block, ou “Bloco de Propulsão”, é uma área no gráfico que reflete a
força motriz por trás de um deslocamento explosivo no preço. É uma zona onde
o Smart Money – grandes instituições financeiras – posicionou ordens significativas
para impulsionar o preço de forma clara e decisiva.
Diferentemente de outros blocos de ordens, o Propulsion Block não apenas indica
uma área de interesse para o preço, mas também destaca o momento exato em
que o mercado foi propulsionado em direção à liquidez. Ele é uma ferramenta
poderosa para identificar movimentos institucionais e planejar operações com alta
probabilidade de sucesso.
Imagine um foguete sendo lançado: o momento de decolagem representa a força
concentrada que cria um deslocamento impressionante. No mercado financeiro, o
Propulsion Block é o equivalente a essa decolagem – é o ponto onde o preço ganha
impulso para romper estruturas, preencher lacunas e atingir níveis de liquidez.
Essas zonas têm duas funções principais:
1. Captura de liquidez: O Smart Money utiliza essas áreas para buscar or-
dens que estão acima de topos ou abaixo de fundos, aproveitando a liqui-
dez acumulada para gerar um movimento explosivo.
2. Ponto de retorno: Após o deslocamento, o preço frequentemente revi-
sita essas zonas para retestar o Propulsion Block antes de continuar na dire-
ção principal.
A importância do Propulsion Block para o SMC
No SMC, o Propulsion Block é uma ferramenta indispensável porque oferece:
• Clareza sobre a intenção institucional: Ele nos mostra onde as insti-
tuições financeiras entraram no mercado com força.
• Oportunidades estratégicas: Essas zonas são ideais para planejar entra-
das e saídas, pois indicam áreas onde o preço provavelmente reagirá.
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• Confirmação de tendência: Um deslocamento a partir de um Propulsion
Block frequentemente confirma a direção do mercado, tornando-o um ele-
mento essencial para análise estrutural.
Propulsion Block de Alta
Um Propulsion Block de alta ocorre quando o preço é propulsionado para cima a
partir de uma zona onde o Smart Money posicionou grandes ordens de compra. Ele
é caracterizado por um movimento forte e agressivo de alta, que rompe estruturas
anteriores, como topos importantes ou Swing Highs.
Para localizar um Propulsion Block de alta no gráfico, siga os seguintes passos:
1. Identifique um deslocamento de alta: Procure por uma alta explosiva
no preço, que indique a presença de grandes volumes institucionais.
2. Localize a zona de origem: O Propulsion Block será a área onde ocorreu
a última consolidação ou pausa no preço antes do movimento explosivo.
3. Confirme o rompimento: Certifique-se de que o deslocamento rompeu
estruturas anteriores, como um Higher High (HH) ou um nível importante
de resistência.
4. Marque a zona no gráfico: Desenhe o Propulsion Block com base na úl-
tima sequência de velas de baixa ou na área de consolidação que precedeu
o movimento de alta.
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Propulsion Block de Baixa
Um Propulsion Block de baixa ocorre quando o preço é propulsionado para
baixo a partir de uma zona onde o Smart Money posicionou grandes ordens de
venda. Ele é caracterizado por um movimento forte e agressivo de baixa, que
rompe estruturas anteriores, como fundos importantes ou Swing Lows.
Para identificar um Propulsion Block de baixa no gráfico, siga os passos abaixo:
1. Identifique um deslocamento de baixa: Procure por uma queda ex-
plosiva no preço, que demonstre a presença de grandes volumes institu-
cionais.
2. Localize a zona de origem: O Propulsion Block será a área onde ocorreu
a última consolidação ou pausa no preço antes do movimento explosivo
para baixo.
3. Confirme o rompimento: Certifique-se de que o deslocamento rompeu
estruturas anteriores, como um Lower Low (LL) ou um nível importante
de suporte.
4. Marque a zona no gráfico: Desenhe o Propulsion Block com base na úl-
tima sequência de velas de alta ou na área de consolidação que precedeu
o movimento de baixa.
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Como operar utilizando um Propulsion Block
Aqui está um guia prático para operar com base em um Propulsion Block de alta:
1. Marque o Propulsion Block no gráfico: Identifique a zona de origem
do deslocamento de alta e destaque-a como área de interesse.
2. Aguarde o preço retornar: Não entre imediatamente no mercado. Es-
pere que o preço volte para testar o Propulsion Block.
3. Procure por confirmações: Observe sinais de rejeição, como padrões de
velas ou deslocamentos menores indicando intenção de alta.
4. Execute a compra: Entre na operação ao confirmar que o preço está
reagindo ao Propulsion Block.
5. Proteja-se: Coloque o stop loss abaixo da zona do Propulsion Block.
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Capítulo 16 - Rejection Block
O Rejection Block (RB), ou "Bloco de Rejeição", é uma zona no gráfico onde o preço
tentou romper um nível importante, mas não conseguiu, resultando em uma rejei-
ção clara e significativa. Essas zonas representam áreas onde o mercado rejeitou
um preço, geralmente devido à falta de liquidez ou à ação deliberada do Smart
Money para manipular o preço.
Em termos simples, um Rejection Block é a "marca" deixada por uma tentativa falha
de avanço ou retração, que acaba gerando uma forte reação contrária no mercado.
Ele funciona como um sinal de que o preço não conseguiu ultrapassar aquela zona
e, muitas vezes, serve como suporte ou resistência no futuro.
No mercado financeiro, a rejeição de preços ocorre quando há uma luta intensa
entre compradores e vendedores em um nível específico. Quando o preço atinge
uma zona de rejeição, isso significa que a liquidez disponível naquela área foi ab-
sorvida e o mercado não encontrou força suficiente para continuar na mesma di-
reção.
Essas zonas são importantes porque representam áreas de decisão no mercado:
• Rejeição para cima: Indica que os vendedores assumiram o controle em
um nível alto, impedindo que o preço suba mais.
• Rejeição para baixo: Indica que os compradores assumiram o controle
em um nível baixo, impedindo que o preço caia mais.
O Smart Money muitas vezes usa essas zonas para manipular o preço, gerando mo-
vimentos falsos para capturar liquidez antes de impulsionar o preço na direção
real.
A importância do Rejection Block dentro dos Smart Money Concepts
Os Rejection Blocks são fundamentais dentro do SMC porque:
1. Identificam zonas-chave de liquidez: São áreas onde o preço encon-
trou resistência ou suporte significativo.
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2. Refletem manipulação institucional: Muitas vezes, o preço é levado a
essas zonas como parte de um plano do Smart Money para capturar li-
quidez.
3. Servem como pontos de entrada ou saída: Os Rejection Blocks oferecem
excelentes oportunidades para planejar operações de alta probabilidade.
Rejection Block de Alta
Um Rejection Block de alta ocorre quando o preço tenta romper um nível de
suporte ou um Swing Low, mas não consegue, resultando em uma rejeição clara
para cima. Essa rejeição geralmente é acompanhada por uma reversão de preço,
indicando que os compradores assumiram o controle.
Para identificar um Rejection Block de alta, siga os passos abaixo:
1. Identifique uma tentativa de rompimento: Procure por momentos em
que o preço tenta romper um fundo anterior ou nível de suporte.
2. Observe a rejeição: O preço deve mostrar sinais claros de rejeição, como
pavios longos abaixo do nível ou fechamento acima do suporte.
3. Confirmação do controle dos compradores: Após a rejeição, o preço
deve começar a se mover para cima, indicando que os compradores assu-
miram o controle.
4. Marque a zona de rejeição: A área em torno do pavio ou do nível de
suporte será o Rejection Block.
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Rejection Block de Baixa
Um Rejection Block de baixa ocorre quando o preço tenta romper um nível de
resistência ou um Swing High, mas não consegue, resultando em uma rejeição clara
para baixo. Essa rejeição geralmente é acompanhada por uma reversão de preço,
indicando que os vendedores assumiram o controle.
Para localizar um Rejection Block de baixa, observe os seguintes sinais:
1. Identifique uma tentativa de rompimento: Procure por momentos em
que o preço tenta romper um topo anterior ou nível de resistência.
2. Observe a rejeição: O preço deve mostrar sinais claros de rejeição, como
pavios longos acima do nível ou fechamento abaixo da resistência.
3. Confirmação do controle dos vendedores: Após a rejeição, o preço
deve começar a se mover para baixo, indicando que os vendedores assu-
miram o controle.
4. Marque a zona de rejeição: A área em torno do pavio ou do nível de
resistência será o Rejection Block.
Como operar utilizando um Rejection Block de baixa
Aqui está como operar com um Rejection Block de baixa:
1. Identifique o Rejection Block de baixa: Marque a zona onde ocorreu
a rejeição para cima.
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2. Espere por confirmações: Observe se o preço volta a testar a zona de
rejeição e mostra sinais de força vendedora, como padrões de velas de
baixa (estrela cadente, engolfo de baixa).
3. Execute a venda: Entre na operação quando houver confirmação de que
a zona de rejeição está sendo defendida pelos vendedores.
4. Proteja-se: Posicione o stop loss acima da zona de rejeição para limitar o
risco.
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Capítulo 17 - Reclaimed Order Block
Um Reclaimed Order Block (ROB), ou "Bloco de Ordem Reclamado", é uma zona
no gráfico que anteriormente foi invalidada ou ignorada pelo preço, mas que, pos-
teriormente, é "reclamada" e usada como uma área de interesse ativo. Em outras
palavras, o preço inicialmente rompe ou desrespeita o Order Block tradicional, mas
volta a tratá-lo como uma zona válida após um movimento de manipulação e re-
versão.
O ROB é um conceito avançado dentro do Smart Money Concepts (SMC), pois reflete
a manipulação intencional do mercado pelo Smart Money para capturar liquidez e
gerar movimentos futuros. Ele é uma combinação de manipulação, captura de liquidez
e reversão, tornando-o uma ferramenta poderosa para prever reações de preço em
pontos estratégicos.
Os Smart Money utilizam os Order Blocks como pontos estratégicos para executar
ordens massivas. No entanto, nem todos os Order Blocks são respeitados imediata-
mente. Em alguns casos, o preço rompe ou "ignora" o bloco de ordens, gerando
a impressão de que ele não é mais válido.
Porém, o rompimento de um Order Block muitas vezes faz parte de uma estratégia
para capturar a liquidez acumulada por traders que colocaram suas ordens próxi-
mas ao bloco. Após essa manipulação, o preço volta a tratar o bloco como uma
zona de suporte ou resistência válida – a qual chamamos de Reclaimed Order Block.
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A importância do ROB no contexto do SMC
O Reclaimed Order Block é essencial porque combina:
• Manipulação do preço: Captura de liquidez para remover traders do
mercado antes de realizar o movimento real.
• Confirmação institucional: Indica que o Smart Money voltou a consi-
derar o bloco de ordens como relevante.
• Alta probabilidade de reação: Oferece zonas claras para planejar entra-
das com maior precisão e confiança.
Reclaimed Order Block de Alta
Um Reclaimed Order Block de alta ocorre quando um Order Block de baixa é
rompido para capturar liquidez, mas depois é "reclamado" pelo preço e tratado
como uma zona de suporte.
Em essência, o preço inicialmente rompe o Order Block de alta para buscar ordens
de stop abaixo do bloco, mas depois retorna para respeitá-lo e continuar a subir.
Para identificar um ROB de alta, procure os seguintes critérios:
1. Rompimento inicial do bloco: O preço rompe a parte inferior do Order
Block, gerando a impressão de invalidação.
2. Captura de liquidez: Após o rompimento, o preço atinge um fundo ou
uma zona de liquidez significativa.
3. Reversão e retorno ao bloco: O preço volta ao Order Block e começa a
tratá-lo como uma zona de suporte.
4. Confirmação de alta: Após ser "reclamado", o bloco age como base para
um deslocamento de alta, rompendo estruturas ou formando Higher Highs.
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Reclaimed Order Block de Baixa
Um Reclaimed Order Block de baixa ocorre quando um Order Block de alta é
rompido para capturar liquidez, mas depois é "reclamado" pelo preço e tratado
como uma zona de resistência.
Neste caso, o preço inicialmente rompe o Order Block de baixa para buscar ordens
de stop acima do bloco, mas depois retorna para respeitá-lo e continuar a cair.
Para localizar um ROB de baixa no gráfico, observe os seguintes sinais:
1. Rompimento inicial do bloco: O preço rompe a parte superior do Order
Block, parecendo invalidá-lo.
2. Captura de liquidez: Após o rompimento, o preço atinge um topo ou
uma zona de liquidez importante.
3. Reversão e retorno ao bloco: O preço volta ao Order Block e começa a
tratá-lo como uma zona de resistência.
4. Confirmação de baixa: Após ser "reclamado", o bloco age como base
para um deslocamento de baixa, rompendo estruturas ou formando Lower
Lows.
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119
PARTE 3.
INEFICIÊNCIAS NO
PREÇO
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Capítulo 18 - Fair Value Gap (FVG)
Para entender o mercado financeiro sob a ótica do Smart Money Concepts, precisa-
mos primeiro compreender o que significa eficiência e ineficiência no preço.
Imagine que o preço no mercado é como um rio fluindo. Um rio fluido e bem
equilibrado representa um mercado eficiente, onde compradores e vendedores es-
tão em harmonia e a liquidez está equilibrada. Cada ponto no gráfico é preenchido
por negociações que equilibram a oferta e a demanda.
Por outro lado, as ineficiências no preço representam áreas onde esse fluxo é in-
terrompido ou distorcido. São zonas onde o preço se moveu tão rapidamente em
uma direção que deixou lacunas ou áreas não negociadas no gráfico. Essas lacunas
são conhecidas como gaps, ou ineficiências, e refletem momentos em que a ação
do preço não conseguiu preencher completamente todas as ordens do mercado.
Essas ineficiências são criadas por deslocamentos agressivos, geralmente causados
pela atuação do Smart Money – grandes instituições financeiras que movimentam
volumes massivos de ordens para manipular o mercado e capturar liquidez. Essas
zonas acabam funcionando como pontos de interesse futuros, pois o preço fre-
quentemente retorna para "corrigir" ou "preencher" essas áreas.
Diferença entre equilíbrio e desequilíbrio no preço
No Smart Money Concepts, é essencial diferenciar entre equilíbrio e desequilíbrio no
preço:
• Equilíbrio no preço: O mercado está em equilíbrio quando o preço se
move de forma ordenada e previsível, refletindo uma negociação balance-
ada entre compradores e vendedores. Durante períodos de equilíbrio, o
preço forma estruturas laterais ou consolidações, onde há pouca diferença
entre os níveis de oferta e demanda.
• Desequilíbrio no preço: O mercado está em desequilíbrio quando há
um movimento brusco e direcionado, causado por uma discrepância sig-
nificativa entre a oferta e a demanda. Esse desequilíbrio é frequentemente
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criado pelo Smart Money, que usa volumes massivos para deslocar o
preço rapidamente em uma direção, deixando lacunas ou gaps não preen-
chidos no gráfico.
Pense no desequilíbrio como um salto em um trampolim. Quando o preço "pula"
rapidamente de um nível para outro, ele deixa um vazio no gráfico que eventual-
mente precisará ser preenchido. Essas áreas de desequilíbrio são as zonas onde as
Fair Value Gaps (FVGs) aparecem.
Por que essas zonas são importantes?
Porque o preço sempre tende a buscar eficiência no longo prazo. As lacunas ou
ineficiências no gráfico funcionam como ímãs, atraindo o preço de volta para pre-
enchê-las. Isso ocorre porque o mercado é impulsionado por uma busca constante
por liquidez, e essas zonas representam áreas de liquidez pendente.
O Que É Uma Fair Value Gap (FVG)?
Uma Fair Value Gap (FVG), ou "Lacuna de Valor Justo", é uma estrutura formada
por três velas consecutivas no gráfico de preços. Essa lacuna reflete uma área de
ineficiência no mercado, onde o preço não negociou completamente entre a má-
xima da primeira vela e a mínima da terceira vela.
Características principais de uma Fair Value Gap:
• Três velas consecutivas: A FVG é sempre identificada dentro de um
conjunto de três velas no gráfico.
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• Lacuna entre a primeira e a terceira vela: A zona de Fair Value Gap é
o espaço entre a máxima da primeira vela e a mínima da terceira vela (em
um movimento de alta) ou entre a mínima da primeira vela e a máxima da
terceira vela (em um movimento de baixa).
• Deslocamento agressivo: A FVG surge durante movimentos rápidos e
direcionais do mercado, indicando forte presença institucional.
Pense na Fair Value Gap como uma "pegada" deixada pelo Smart Money. É como
se o mercado tivesse se movimentado tão rapidamente que não teve tempo de
preencher todas as ordens naquela área, deixando um vazio que será corrigido
posteriormente.
O significado da Fair Value Gap no Smart Money Concepts
No SMC, a Fair Value Gap tem um papel crucial porque revela momentos de ma-
nipulação e desequilíbrio causados pelo Smart Money. Essas zonas representam
áreas onde grandes volumes de ordens foram executados de forma agressiva, cri-
ando uma lacuna que atrai o preço de volta no futuro.
Por que o Smart Money cria Fair Value Gaps?
1. Captura de liquidez: Ao deslocar o preço rapidamente, o Smart Money
força os traders de varejo a saírem de suas posições, capturando suas or-
dens de stop.
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2. Movimento direcionado: A criação de uma FVG é frequentemente o
início de um movimento maior no mercado, indicando a direção do inte-
resse institucional.
3. Manipulação intencional: As Fair Value Gaps são usadas como ferra-
mentas para atrair traders para zonas específicas antes de continuar o mo-
vimento principal.
Como a Fair Value Gap funciona na prática?
Imagine que o preço subiu rapidamente, deixando uma lacuna no gráfico. Essa
lacuna representa um ponto de interesse para o Smart Money, pois reflete uma área
onde liquidez pendente ainda precisa ser preenchida. Eventualmente, o preço re-
torna para corrigir essa lacuna antes de continuar na direção predominante.
Buy Side Imbalance Sell Side Inefficiency (BISI)
O Buy Side Imbalance Sell Side Inefficiency (BISI) é um tipo de Fair Value Gap que
reflete um desequilíbrio no lado comprador do mercado. Ele ocorre quando o
preço faz um deslocamento agressivo de alta, deixando uma lacuna onde não
houve ordens suficientes no lado vendedor para equilibrar o movimento.
Ele indica um desequilíbrio onde há excesso de ordens de compra (lado compra-
dor) e insuficiência de ordens de venda (lado vendedor).
Em termos simples, um BISI representa um momento em que o preço subiu tão
rapidamente que "pulou" zonas importantes de negociação, deixando áreas abertas
entre a máxima da primeira vela e a mínima da terceira vela (em uma sequência de
três velas consecutivas).
Principais características de um BISI:
• Direção: Sempre ocorre em um movimento de alta.
• Zona de lacuna: A área entre a máxima da primeira vela e a mínima da
terceira vela é o espaço de ineficiência.
• Causa: Geralmente causado pela intervenção do Smart Money, que cria
movimentos rápidos para capturar liquidez e impulsionar o preço para
cima.
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Como identificar um BISI no gráfico
Para identificar um BISI, siga os seguintes passos:
1. Procure por deslocamentos agressivos: Encontre movimentos de alta
significativos no gráfico, especialmente aqueles que rompem estruturas
importantes, como Higher Highs (HH).
2. Identifique a estrutura de três velas: Localize a sequência de três velas
consecutivas que formam a Fair Value Gap.
3. Marque a lacuna no gráfico: A zona entre a máxima da primeira vela e
a mínima da terceira vela será o BISI.
Sell Side Imbalance Buy Side Inefficiency (SIBI)
O Sell Side Imbalance Buy Side Inefficiency (SIBI) é o oposto do BISI. Ele reflete um
desequilíbrio no lado vendedor do mercado. Um SIBI ocorre quando o preço faz
um deslocamento agressivo de baixa, criando uma lacuna onde não houve ordens
suficientes no lado comprador para equilibrar o movimento.
Ele ocorre em um deslocamento de baixa, refletindo um desequilíbrio onde há
excesso de ordens de venda (lado vendedor) e insuficiência de ordens de compra
(lado comprador).
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Em termos simples, um SIBI representa um momento em que o preço caiu tão
rapidamente que deixou zonas não negociadas entre a mínima da primeira vela e a
máxima da terceira vela (em uma sequência de três velas consecutivas).
Principais características de um SIBI:
• Direção: Sempre ocorre em um movimento de baixa.
• Zona de lacuna: A área entre a mínima da primeira vela e a máxima da
terceira vela é o espaço de ineficiência.
• Causa: Assim como o BISI, o SIBI é causado pela manipulação do Smart
Money, mas neste caso, impulsionando o preço para baixo.
Como identificar um SIBI no gráfico
Para localizar um SIBI, siga os mesmos passos usados para identificar um BISI,
mas em um movimento de baixa:
1. Procure por deslocamentos agressivos: Encontre movimentos signifi-
cativos de baixa no gráfico, especialmente aqueles que rompem estruturas
importantes, como Lower Lows (LL).
2. Identifique a estrutura de três velas: Localize a sequência de três velas
consecutivas que formam a Fair Value Gap.
3. Marque a lacuna no gráfico: A zona entre a mínima da primeira vela e
a máxima da terceira vela será o SIBI.
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Como usar uma Fair Value Gap no trade
O SIBI é ideal para planejar trades em tendências de baixa. Veja como usá-lo:
1. Identifique o SIBI: Marque a zona de lacuna no gráfico como um ponto
de interesse (POI).
2. Aguarde o retorno do preço: Assim como no BISI, o preço geralmente
volta para preencher a lacuna antes de continuar caindo.
3. Procure por confirmações: Observe padrões de rejeição, como velas de
baixa ou deslocamentos menores indicando intenção de queda.
4. Entre na operação: Entre vendido assim que houver confirmação de que
o preço está reagindo à zona do SIBI.
Dica: Use o stop loss acima da zona do SIBI.
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Capítulo 19 - Inverse Fair Value Gap (IFVG)
Uma Inverse Fair Value Gap (IFVG), ou "Lacuna de Valor Justo Inversa", é um tipo
especial de Fair Value Gap (FVG) que ocorre quando o preço ultrapassa uma zona
de lacuna previamente identificada e a transforma em um ponto de suporte ou
resistência inverso.
Em termos simples, uma IFVG surge quando o preço "preenche" uma lacuna e
vai além dela, invalidando sua função original e dando-lhe uma nova característica.
Isso acontece porque o preço não apenas retorna para corrigir a ineficiência da
lacuna, mas também a usa como base para formar um movimento na direção
oposta.
Características principais de uma IFVG:
• Reversão de função: Diferentemente de uma FVG tradicional, a IFVG
reflete a mudança de papel da lacuna – de suporte para resistência, ou de
resistência para suporte.
• Movimento além da lacuna: A IFVG só é formada quando o preço
ultrapassa a lacuna previamente existente, consolidando um movimento
inverso.
• Atuação institucional: A IFVG é resultado da manipulação do Smart
Money, que utiliza lacunas para criar liquidez antes de revertê-las a seu
favor.
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O significado da IFVG dentro dos níveis institucionais do Smart Money
No contexto do Smart Money Concepts, as Inverse Fair Value Gaps são um reflexo da
estratégia de manipulação de preço utilizada pelos grandes players do mercado.
Esses movimentos revelam a intenção institucional de criar e, posteriormente, in-
validar zonas de ineficiência.
A principal função da IFVG é capturar liquidez de traders menos experientes, que
confiam em FVGs tradicionais como zonas de suporte ou resistência permanen-
tes. Quando o preço ultrapassa essas lacunas e reverte sua função, ele valida a
IFVG como um novo ponto de interesse.
Inverse Fair Value Gap de Alta
Uma Inverse Fair Value Gap de alta ocorre quando uma lacuna previamente
considerada como resistência (uma Sell Side Imbalance Buy Side Inefficiency, ou SIBI)
é preenchida e ultrapassada pelo preço, transformando-se em um novo ponto de
suporte.
Em outras palavras, a IFVG de alta é o momento em que o preço não apenas
corrige a ineficiência existente, mas também usa a lacuna corrigida como base para
um movimento de alta contínuo.
Quando ela ocorre?
• Em tendências de alta, onde o preço busca consolidar novos Higher Highs
e Higher Lows.
• Após um movimento de retorno que "preenche" uma lacuna de baixa e a
utiliza como suporte.
Como identificar uma Inverse Fair Value Gap de alta no gráfico
Para identificar uma IFVG de alta no gráfico, siga os seguintes passos:
1. Identifique uma FVG de baixa: Procure por uma Sell Side Imbalance Buy
Side Inefficiency (SIBI) no gráfico.
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2. Observe o preenchimento da lacuna: O preço deve retornar para cor-
rigir a SIBI, preenchendo totalmente a lacuna entre a mínima da primeira
vela e a máxima da terceira vela.
3. Confirme o rompimento da lacuna: Após o preenchimento, o preço
deve ultrapassar a zona da FVG, transformando-a em suporte.
4. Valide a zona como suporte: A IFVG de alta é confirmada quando o
preço utiliza a lacuna preenchida como base para um novo movimento de
alta.
Inverse Fair Value Gap de Baixa
Uma Inverse Fair Value Gap de baixa ocorre quando uma lacuna previamente con-
siderada como suporte (uma Buy Side Imbalance Sell Side Inefficiency, ou BISI) é pre-
enchida e ultrapassada pelo preço, transformando-se em um novo ponto de resis-
tência.
Em outras palavras, a IFVG de baixa é o momento em que o preço não apenas
corrige a ineficiência existente, mas também usa a lacuna corrigida como base para
um movimento de baixa contínuo.
Quando ela ocorre?
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• Em tendências de baixa, onde o preço busca consolidar novos Lower Lows
e Lower Highs.
• Após um movimento de retorno que "preenche" uma lacuna de alta e a
utiliza como resistência.
Como identificar uma Inverse Fair Value Gap de baixa no gráfico
Para identificar uma IFVG de baixa no gráfico, siga os seguintes passos:
1. Identifique uma FVG de alta: Procure por uma Buy Side Imbalance Sell
Side Inefficiency (BISI) no gráfico.
2. Observe o preenchimento da lacuna: O preço deve retornar para cor-
rigir a BISI, preenchendo totalmente a lacuna entre a máxima da primeira
vela e a mínima da terceira vela.
3. Confirme o rompimento da lacuna: Após o preenchimento, o preço
deve ultrapassar a zona da FVG, transformando-a em resistência.
4. Valide a zona como resistência: A IFVG de baixa é confirmada quando
o preço utiliza a lacuna preenchida como base para um novo movimento
de baixa.
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Inversion Fair Value Gaps (IFVGs) mais relevantes
As Inversion Fair Value Gaps (IFVGs) mais relevantes estão diretamente ligadas a
dois fatores essenciais: captura de liquidez e momentos estratégicos de aber-
tura do mercado. A primeira ocorre quando o preço varre um nível de liquidez
significativo, criando um fair value gap que, posteriormente, pode atuar como uma
zona de interesse para o Smart Money. Já a segunda está relacionada à dinâmica das
aberturas de mercado, onde a atenção deve estar voltada ao primeiro value gap for-
mado logo após eventos específicos, como:
• Abertura das Killzones: mais evidente no mercado Forex e em índices,
mas com maior relevância para Forex.
• Abertura das 8:30 (NY Time): especialmente relevante para Forex, pois
marca a divulgação de dados econômicos nos EUA, impactando signifi-
cativamente a liquidez e o fluxo de ordens.
• Abertura das 9:30 (NY Time): momento crucial para os índices ameri-
canos, como NASDAQ e S&P 500, devido ao aumento expressivo de
volatilidade com a entrada dos grandes players institucionais na abertura
da NYSE.
Observar essas formações no contexto correto pode oferecer oportunidades es-
tratégicas para alinhamento com a intenção do mercado e possíveis reversões de
tendência.
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Capítulo 20 - Balanced Price Range (BPR)
Um Balanced Price Range (BPR), ou "Intervalo de Preço Balanceado", é uma estru-
tura do mercado que reflete um período de equilíbrio perfeito entre a oferta e a
demanda. Em termos simples, o BPR é uma área no gráfico onde o preço movi-
menta-se de forma controlada e previsível, sem deixar ineficiências ou lacunas sig-
nificativas.
Dentro do Smart Money Concepts (SMC), o BPR é criado quando há uma sobrepo-
sição perfeita entre duas ou mais Fair Value Gaps (FVGs) em sentidos opostos.
Por exemplo, uma Sell Side Imbalance Buy Side Inefficiency (SIBI) se sobrepõe a uma
Buy Side Imbalance Sell Side Inefficiency (BISI), criando uma zona onde o preço já cor-
rigiu qualquer desequilíbrio anterior.
Características principais de um Balanced Price Range:
• Equilíbrio absoluto: O preço já corrigiu completamente as ineficiências
e está em um estado de equilíbrio.
• Sobreposição de FVGs: É formada pela sobreposição entre BISI e SIBI,
indicando que a liquidez foi equilibrada.
• Zona de consolidação: Muitas vezes, o BPR reflete uma área onde o
mercado se estabilizou temporariamente, após movimentos de alta ou
baixa significativos.
Pense no Balanced Price Range como uma balança perfeitamente nivelada. Nesse
ponto, o mercado encontrou equilíbrio, indicando que a força dos compradores e
dos vendedores está igualada.
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O significado do BPR nos níveis institucionais do Smart Money
O Balanced Price Range é extremamente significativo para o Smart Money, pois indica
que o mercado está em um estado de "pausa estratégica". Após um deslocamento
agressivo em qualquer direção, o mercado tende a corrigir suas ineficiências antes
de continuar seu movimento principal.
No contexto institucional, o BPR reflete três coisas importantes:
1. Liquidez equilibrada: Toda a liquidez existente dentro da área foi cap-
turada, e não há mais lacunas ou desequilíbrios.
2. Área neutra: É uma zona de "calma" no mercado, onde o preço está se
preparando para o próximo movimento significativo.
3. Indicador de manipulação: O BPR frequentemente aparece após gran-
des deslocamentos institucionais, marcando zonas onde o Smart Money
reequilibrou o mercado para executar novas ordens.
Por que o Smart Money cria Balanced Price Ranges?
• Preparação para o próximo movimento: O preço tende a consolidar
em um BPR antes de continuar sua direção predominante.
• Zona de interesse institucional: O Balanced Price Range é uma área onde
o Smart Money pode acumular ou distribuir liquidez antes de manipular
o preço novamente.
• Redefinição do mercado: Ele indica que o mercado está "resetado" e
pronto para continuar seu ciclo natural de desequilíbrio e equilíbrio.
Como Identificar um Balanced Price Range
Identificar um Balanced Price Range no gráfico exige atenção aos detalhes e
compreensão de sua formação. Aqui estão as etapas básicas:
1. Procure por Fair Value Gaps sobrepostas: Encontre duas ou mais
FVGs (uma de alta e outra de baixa) que se cruzem no gráfico. Agora
encontre e marque a área de preço onde ambas se sobrepõem. Essa
sobreposição é a zona do BPR.
2. Confirme o equilíbrio: Certifique-se de que o preço já passou pelas zo-
nas de ineficiência e não há lacunas remanescentes na área.
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3. Valide a estrutura: Um BPR geralmente aparece em áreas próximas a
Order Blocks ou regiões de liquidez, reforçando sua importância.
Exemplo de estrutura:
• Um movimento de alta cria um BISI. Em seguida, o mercado inverte e
forma um SIBI, com as duas zonas sobrepondo-se parcialmente. Essa so-
breposição é o Balanced Price Range.
Confluências e validações institucionais
Para validar um BPR como um ponto de interesse institucional, considere as se-
guintes confluências:
• Localização: Ele deve estar próximo de zonas de liquidez importantes,
como Swing Highs ou Swing Lows.
• Deslocamento anterior: Um Balanced Price Range é frequentemente pre-
cedido por um deslocamento agressivo causado pelo Smart Money.
• Reação do preço: O preço deve mostrar respeito pela área do BPR, com
movimentos claros de rejeição ou consolidação.
Como Operar um Balanced Price Range
Operar com base em um Balanced Price Range requer paciência e estratégia.
Aqui estão as etapas para usá-lo de forma eficaz:
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1. Identifique o BPR: Marque a zona de sobreposição das FVGs no grá-
fico. Essa é a área onde o preço já corrigiu todas as ineficiências.
2. Espere pela consolidação: O preço frequentemente consolidará dentro
do BPR antes de fazer seu próximo movimento significativo.
3. Aguarde o rompimento: Após consolidar, o preço romperá o Balanced
Price Range para cima ou para baixo, seguindo a direção predominante.
4. Entre na operação após o rompimento: Utilize a direção do rompi-
mento para planejar sua entrada, sempre procurando confirmações adici-
onais, como deslocamentos menores ou padrões de velas.
Identificando movimentos futuros com base no Balanced Price Range
Um Balanced Price Range não é apenas uma ferramenta para identificar consolida-
ções, mas também um indicador poderoso para prever movimentos futuros.
• Romper para cima: Se o preço romper o BPR para cima, ele provavel-
mente continuará em direção a Higher Highs.
• Romper para baixo: Se o preço romper o BPR para baixo, ele provavel-
mente buscará Lower Lows.
• Reversões potenciais: O Balanced Price Range também pode marcar zonas
de reversão, especialmente quando está próximo de níveis institucionais,
como Order Blocks.
Dica de operação:
Use o Balanced Price Range como uma "bússola" para navegar no mercado. Ele ofe-
rece clareza sobre o estado atual do preço e pode ajudar você a evitar entrar em
operações durante períodos de consolidação, aguardando os momentos de maior
volatilidade.
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Capítulo 21 - Volume Imbalance
Um Volume Imbalance, ou "Desequilíbrio de Volume", é uma área no gráfico onde
o volume negociado no mercado não está equilibrado entre compradores e ven-
dedores. Ele ocorre quando há uma discrepância significativa na distribuição de
ordens de compra e venda, gerando uma ineficiência que pode ser observada nos
movimentos de preço.
Diferente de outras ineficiências, como a Fair Value Gap (FVG), que reflete uma
lacuna entre velas, o Volume Imbalance foca no desequilíbrio do volume dentro de
uma única vela ou em um pequeno conjunto de velas. Esse desequilíbrio é causado
principalmente pela atuação do Smart Money, que injeta grandes volumes de or-
dens para mover o mercado rapidamente em uma direção específica, criando áreas
de volume desproporcional.
Características principais de um Volume Imbalance:
• Desequilíbrio de volume: Reflete uma diferença significativa entre o nú-
mero de compradores e vendedores em um determinado ponto do grá-
fico.
• Movimento institucional: O Volume Imbalance geralmente é criado por
grandes players institucionais que manipulam o preço para capturar liqui-
dez ou criar deslocamentos rápidos.
• Área de interesse futura: Como toda ineficiência do mercado, o preço
frequentemente retorna a essas áreas para corrigir o desequilíbrio.
Pense no Volume Imbalance como uma partida de futebol desigual. Imagine que um
time entra com 11 jogadores enquanto o outro só tem 5 – claramente, o lado mais
forte domina o campo. O mesmo acontece com o mercado: quando há muito mais
volume de compra ou venda em um ponto, o mercado se desloca rapidamente,
criando um desequilíbrio visível.
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O significado do Volume Imbalance dentro dos níveis institucionais no
Smart Money Concepts
O Smart Money usa o Volume Imbalance de forma estratégica para manipular o mer-
cado. Ele é uma ferramenta poderosa para capturar liquidez, deslocar o preço e
definir novos pontos de interesse.
Por que o Smart Money cria Volume Imbalances?
• Para manipular traders de varejo: Eles usam essas áreas para confundir
traders menos experientes e criar armadilhas.
• Para reposicionar ordens: O Smart Money pode usar o retorno ao Vo-
lume Imbalance como uma oportunidade para reposicionar ou executar mais
ordens.
• Para indicar a direção do mercado: Um Volume Imbalance bem posicio-
nado pode dar pistas sobre a tendência predominante no mercado.
Como Identificar um Volume Imbalance
Identificar um Volume Imbalance exige uma análise cuidadosa do gráfico e uma boa
compreensão dos movimentos institucionais.
O desequilíbrio de volume ocorre quando há uma separação entre os corpos de
duas velas consecutivas, sem nenhum corpo sobre elas.
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Os pavios dessas velas podem se sobrepor, mas os corpos não se tocam ou se
sobrepõem. Isso indica que o algoritmo não ofereceu preço ao mercado de forma
eficiente entre esses dois pontos de preço, criando uma micro lacuna de valor
justo.
Essas lacunas podem surgir de vários fatores, como o fechamento do mercado no
fim de semana e a reabertura para uma nova semana, ou podem ser causadas por
eventos inesperados que desencadeiam um movimento rápido do mercado em
uma direção específica. O mercado tende a revisitar essas áreas, reprecificá-las.
Como usar um Volume Imbalance no trade
Operar com base em um Volume Imbalance exige paciência e a capacidade de
identificar áreas de alta probabilidade. Podemos usá-lo para entradas ou para
Alvo:
1. Entradas: Negocie-as como FVG's-Suporte e resistência após o preen-
chimento.
2. Alvo: Draw on Liquidity (DOL) - O preço é atraído pelo desequilíbrio de
volume na entrega do preço.
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Capítulo 22 - Institutional Order Flow Entry Drill
(IOFED)
O Institutional Order Flow Entry Drill (IOFED), ou "Exercício de Entrada no Fluxo
de Ordens Institucionais", é uma abordagem de execução de negociações baseada
no conceito de Fair Value Gap (FVG). O IOFED representa o ponto inicial dentro
de um FVG onde o preço pode potencialmente reverter, muitas vezes reagindo a
esse nível mesmo que seja por uma aproximação mínima, como um único pip.
Embora seja comum esperar que o preço atinja a Consequent Encroachment (o ponto
médio do Fair Value Gap) antes de iniciar uma negociação, o IOFED permite que
você capitalize os movimentos do mercado sem precisar de um "toque perfeito"
na CE. Isso é especialmente útil em situações onde o preço simplesmente reage
ao nível inicial do FVG e reverte antes de atingir seu ponto médio, o que pode
resultar em uma oportunidade perdida para aqueles que aguardam uma retração
completa.
O próprio Michael, idealizador do Smart Money Concepts, prefere usar o IOFED
como ponto de entrada, começando a construir suas posições com base nesse nível
inicial do Fair Value Gap.
IOFED de Alta
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O Bullish IOFED se forma logo após a mínima da terceira vela que cria o gap. Em
uma tendência de alta, o preço pode tocar apenas esse nível inicial do FVG e então
reverter na direção da compra. O Bullish IOFED é um sinal de que o preço encon-
trou suporte institucional e está pronto para continuar subindo.
Características principais:
• Localiza-se na base do Bullish Fair Value Gap.
• Indica uma possível reversão para o lado comprador.
• Ideal para construir posições em uma tendência de alta.
IOFED de Baixa
O Bearish IOFED começa logo após a máxima da terceira vela que forma o gap.
Em uma tendência de baixa, o preço pode tocar apenas esse nível inicial do FVG
e reverter na direção da venda, indicando que o mercado encontrou resistência
institucional.
Características principais:
• Localiza-se no topo do Bearish Fair Value Gap.
• Indica uma possível reversão para o lado vendedor.
• Ideal para construir posições em uma tendência de baixa.
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Como usar o IOFED no trade
Para operar com base no Institutional Order Flow Entry Drill (IOFED), é necessário
seguir alguns passos que envolvem alinhamento com o contexto do mercado e o
uso de confluências. Aqui está um guia simplificado:
1. Defina o viés de mercado: Antes de tudo, é fundamental identificar o
viés diário correto. Verifique se o preço está em uma zona de Premium ou
Discount em um Higher Time Frame (HTF), como o gráfico diário ou de 4
horas.
2. Identifique o PD Array em Higher Time Frame: Certifique-se de que
o preço tocou algum PD Array (como um Order Block ou Fair Value Gap)
em uma Higher Time Frame.
3. Procure por uma mudança estrutural em Lower Time Frames: Uma
vez que o preço atinge uma zona de interesse em Higher Time Frames, ob-
serve uma mudança na estrutura de mercado em Lower Time Frames (como
5 minutos). Busque por sinais de deslocamento ou rompimentos que in-
diquem uma reversão ou continuidade.
4. Encontre o Fair Value Gap e o IOFED: Quando o deslocamento ocor-
rer, marque o Fair Value Gap resultante. Use o IOFED (o nível inicial do
gap) como ponto de entrada.
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5. Construa suas posições a partir do IOFED: Comece a construir suas
posições no nível inicial do FVG. Isso garante que você não perderá a
oportunidade, mesmo que o preço não atinja a Consequent Encroachment (ver
capítulo 30).
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Capítulo 23 - Breakaway Gaps e Redelivered Re-
balanced (RDRB)
Os conceitos de Breakaway Gaps e Redelivered Rebalanced (RDRB) são essenciais no
estudo das ineficiências de preço dentro da metodologia Smart Money Concepts
(SMC). Ambos refletem a atuação do Smart Money, seja ao criar deslocamentos
agressivos no preço ou ao equilibrar zonas estratégicas do mercado antes de avan-
çar em uma direção definida.
Enquanto os Breakaway Gaps representam lacunas no gráfico que indicam mudan-
ças significativas no sentimento do mercado e deslocamentos poderosos, o RDRB
descreve um intervalo de preço equilibrado que foi revisitado para capturar liqui-
dez ou fortalecer uma estrutura de preço antes de uma nova movimentação.
Esses dois conceitos, embora diferentes em suas funções, são frequentemente in-
terligados no mercado, proporcionando pistas claras da intenção institucional. En-
tender como identificá-los e utilizá-los oferece uma vantagem significativa para os
traders que buscam interpretar o mercado como um profissional.
O Que é um Breakaway Gap?
Um Breakaway Gap é uma lacuna na ação do preço que ocorre após um período de
consolidação. Ele sinaliza uma mudança importante no sentimento do mercado e
frequentemente marca o início de uma nova tendência – seja de alta ou de baixa.
Dentro do Smart Money Concepts, o Breakaway Gap é essencialmente um Fair Value
Gap (FVG) que permanece não mitigado, ou seja, o preço não retorna para preen-
cher essa lacuna após o deslocamento inicial.
Esse tipo de gap é chamado de Breakaway porque, após romper um Swing High ou
Swing Low, o preço simplesmente se afasta, movendo-se com força em uma direção
sem revisitar a área do gap.
Características Principais:
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1. Lacuna não mitigada: O preço não retorna para preencher o gap criado
pelo deslocamento.
2. Força direcional: Reflete um movimento agressivo impulsionado por
grandes players institucionais.
Breakaway Gap de Alta
Um Breakaway Gap de Alta ocorre em tendências de alta, após o preço romper um
Swing High com um movimento impulsivo para cima. Ele é essencialmente um Buy
Side Imbalance Sell Side Inefficiency (BISI) que permanece não mitigado, sinalizando
que o preço continuará subindo sem retornar ao gap.
Razões para um Bullish Breakaway Gap:
• Breaker Block: Quando o preço rompe um Swing High e forma um Brea-
ker Block, essa estrutura pode impedir que o preço retorne ao BISI.
• Inverse Fair Value Gap (IFVG): Um Bearish FVG rompido que se
transforma em um Bullish IFVG pode atuar como suporte e evitar que o
preço volte ao BISI.
• Balanced Price Range (BPR): A sobreposição de dois FVGs pode criar
uma zona de equilíbrio que impede o retorno do preço.
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Breakaway Gap de Baixa
Um Breakaway Gap de Baixa ocorre em tendências de baixa, após o preço romper
um Swing Low com um deslocamento agressivo para baixo. Ele é essencialmente
um Sell Side Imbalance Buy Side Inefficiency (SIBI) que permanece não mitigado, indi-
cando que o preço continuará caindo sem retornar ao gap.
Razões para um Bearish Breakaway Gap:
• Breaker Block: Quando o preço rompe um Swing Low e forma um Brea-
ker Block, ele pode impedir que o preço retorne ao SIBI.
• Inverse Fair Value Gap (IFVG): Um Bullish FVG rompido que se trans-
forma em um Bearish IFVG pode atuar como resistência.
• Balanced Price Range (BPR): A sobreposição de dois FVGs pode criar
uma zona de equilíbrio que impede o retorno do preço.
O Que é o Redelivered Rebalanced (RDRB)?
O Redelivered Rebalanced (RDRB) refere-se a uma faixa de preço que já passou por
ciclos de pressão de compra e venda, alcançando um estado temporário de equilí-
brio antes de ser revisitada pelo preço. Diferente do Breakaway Gap, o RDRB não
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envolve uma lacuna não mitigada, mas sim uma área de equilíbrio revisitada para
capturar liquidez ou reposicionar ordens institucionais.
Um RDRB reflete a interação entre compradores e vendedores em uma zona es-
pecífica, criando uma base sólida para o próximo movimento do mercado.
Redelivered Rebalanced de Alta
Um Redelivered Rebalanced otimista (de alta) é uma parte específica da ação do preço
que segue um padrão de entrega distinto: movimento para cima (compra), seguido
por um movimento para baixo (venda), e, finalmente, um novo movimento para
cima (compra). Este ciclo de pressão alternada reflete a interação do Smart Money,
equilibrando ordens institucionais antes de iniciar um deslocamento definitivo.
Resumidamente, um RDRB otimista pode ser descrito como:
"O preço foi entregue PARA CIMA, PARA BAIXO e PARA CIMA NOVA-
MENTE."
Essa sequência representa a forma como o mercado estabiliza as forças institucio-
nais em uma direção otimista, criando um ponto de partida para movimentos as-
cendentes significativos.
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Redelivered Rebalanced de Baixa
Da mesma forma, um Redelivered Rebalanced de baixa segue um padrão oposto: o
preço inicialmente se move para baixo (venda), depois para cima (compra), e, por
fim, retorna para baixo (venda). Esse padrão reflete um ciclo de equilíbrio onde o
mercado alterna forças institucionais para criar um ponto de entrega final no lado
vendedor.
Para simplificar, um RDRB de baixa pode ser descrito como:
"O preço foi entregue PARA BAIXO, PARA CIMA e PARA BAIXO NOVA-
MENTE."
Esse tipo de faixa equilibrada simboliza a interação do Smart Money ao redistribuir
liquidez e estabilizar o mercado antes de uma continuação descendente.
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PARTE 4.
LIQUIDEZ DOS
MERCADOS
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Capítulo 24 - Introdução à Liquidez
Liquidez é um conceito fundamental em qualquer mercado financeiro, e no con-
texto da metodologia Smart Money Concepts (SMC), ela tem uma importância ainda
maior. Mas o que exatamente é liquidez? De forma simples, liquidez é a facilidade
com que um ativo pode ser comprado ou vendido no mercado, sem que isso afete
muito o seu preço. Se você tem um ativo altamente líquido, como o dólar ou as
ações de grandes empresas, pode comprar ou vender esse ativo rapidamente e ao
preço desejado.
Se, por outro lado, você estiver lidando com ativos de baixa liquidez, como ações
de empresas pequenas ou certos produtos de nicho, pode ser mais difícil negociar
rapidamente, ou o preço pode oscilar drasticamente quando alguém tenta vender
ou comprar.
Liquidez no Mercado Financeiro: O que Isso Significa para Traders e Insti-
tuições
No mercado financeiro, liquidez é a chave para manter as negociações funcio-
nando suavemente. Para os traders, especialmente os iniciantes, entender a liqui-
dez pode ser a diferença entre um trade bem-sucedido e uma perda inesperada.
Vamos imaginar que você decidiu comprar uma ação que, por algum motivo, não
tem muita negociação. Quando você tenta vender essa ação, pode não haver mui-
tos compradores dispostos a pagar o preço que você quer. Esse é um exemplo de
baixa liquidez.
Agora, imagine que você está negociando um ativo que é amplamente negociado,
como o euro ou o índice S&P 500. Nesses casos, há sempre uma grande quanti-
dade de compradores e vendedores dispostos a negociar. A liquidez aqui é alta, o
que torna mais fácil comprar e vender sem causar grandes alterações no preço.
As grandes instituições financeiras, como bancos e fundos de hedge, também pre-
cisam de liquidez para realizar grandes transações sem influenciar os preços de
mercado. Elas têm muito mais poder para negociar grandes volumes de ativos
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devido à quantidade de capital que controlam, mas a liquidez ainda é fundamental
para garantir que essas grandes ordens não desestabilizem o mercado.
Por que as Grandes Instituições Precisam de Liquidez
As grandes instituições financeiras, como os bancos e fundos de investimento,
precisam de liquidez principalmente por um motivo: movimentar grandes quantias
de capital de forma rápida e eficiente. Quando uma instituição decide fazer uma
transação grande, ela precisa ter certeza de que o ativo que está comprando ou
vendendo pode ser liquidado rapidamente, sem que o preço do ativo se mova
muito contra ela.
Além disso, essas instituições usam liquidez para entrar e sair rapidamente de po-
sições, aproveitando oportunidades de mercado. Portanto, a liquidez é essencial
não apenas para garantir a execução das ordens, mas também para minimizar os
custos de transação. Quando uma grande instituição negocia um ativo com pouca
liquidez, ela pode sofrer grandes custos de deslizamento, o que significa que o
preço no qual a ordem é executada pode ser muito diferente daquele que estava
disponível no momento da ordem. E claro, isso afeta a rentabilidade da transação.
O que é um Liquidity Pool?
Agora, entrando na metodologia Smart Money Concepts, falamos sobre um con-
ceito fundamental: o Liquidity Pool (ou Poço de Liquidez). Essencialmente, um Li-
quidity Pool é uma área no mercado onde há uma grande quantidade de ordens
pendentes, tanto de compra quanto de venda. Essas ordens acumuladas geram
uma grande quantidade de liquidez. Em termos simples, é um "ponto de encontro"
para compradores e vendedores.
Para os traders que usam a metodologia Smart Money, entender onde esses pools
de liquidez estão localizados é essencial. O Smart Money, ou seja, as grandes insti-
tuições e os formadores de mercado, sabem exatamente onde essas grandes con-
centrações de ordens estão. Isso lhes permite manipular o preço do ativo em dire-
ção a essas áreas para coletar a liquidez.
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Imagine que você está olhando para um gráfico de preços. As áreas de liquidez
podem estar em torno de pontos-chave, como zonas de suporte e resistência. Es-
ses pontos são onde os traders geralmente colocam suas ordens de stop ou limite.
O Smart Money, sabendo disso, empurra o preço para essas áreas, com o objetivo
de ativar essas ordens. Ao fazer isso, eles coletam a liquidez desses traders e podem
então mudar a direção do preço, frequentemente fazendo o preço voltar rapida-
mente para onde estava antes.
No mundo real, um Liquidity Pool pode ser uma área onde o preço está congestio-
nado, acumulando ordens de compra e venda. Como um trader iniciante, entender
como esses pools funcionam é crucial, porque as grandes instituições usam esses
pools para manipular o mercado e criar liquidez.
Exemplos de Como um Liquidity Pool Afeta o Mercado
Exemplo prático: imagine que o preço de um par de moedas está se aproximando
de um nível de resistência importante. Muitos traders de varejo provavelmente
colocaram ordens de venda nesse nível, acreditando que o preço não conseguiria
ultrapassá-lo. O Smart Money, ciente dessas ordens, pode empurrar o preço acima
dessa resistência para pegar a liquidez das ordens de venda. Assim que as ordens
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são ativadas, o preço geralmente reverte para a direção original, e o Smart Money
coleta os lucros.
Esses movimentos são muitas vezes rápidos e inesperados, e é por isso que enten-
der como identificar onde essas áreas de liquidez estão localizadas pode melhorar
significativamente suas negociações.
Tipos de Liquidez
No contexto da metodologia Smart Money Concepts, entender os diferentes tipos
de liquidez é uma parte crucial para identificar onde os grandes players estão po-
sicionados no mercado. A liquidez não é a mesma em todos os períodos de tempo
ou em todos os pontos do gráfico, e é exatamente isso que define o comporta-
mento do mercado.
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Vamos explorar os sete tipos de liquidez que você precisa dominar:
Tipo de Liquidez Descrição Resumida Aplicação
Liquidez Maior Máximas e mínimas de sessões (gráficos Zonas de reversão e alvos
D1+). Alta concentração de ordens. principais.
Liquidez Média Máximas e mínimas em M15–H1. Movi- Reversões e continuida-
mentos rápidos e locais. des com risco reduzido.
Liquidez Menor Presentes em M1–M5. Volatilidade rá- Scalping após grandes co-
pida após liquidez maior ser tomada. letas.
EQL/EQH Suporte/resistência com toques repeti- Coleta de liquidez antes
(Mín/Máx Iguais) dos. Áreas visadas para caçar stops. de expansão de preço.
Swing Points Pontos de reversão acentuada no preço Prever movimentos após
(swing highs/lows). coleta de liquidez.
Faixa Mercado preso entre extremos. Liqui- Rompimentos visam cap-
(Lateralização) dez nas bordas. turar essa liquidez.
Linha de Stops acumulados atrás da linha. Preço Previsão de quebras de
Tendência testa antes de continuar ou inverter. estrutura ou continui-
dade.
Liquidez do Lado da Compra e Venda (Buy and Sell Side Liquidity)
A liquidez do lado da compra e venda, também conhecida como Buy and Sell
Side Liquidity (BSL/SSL), refere-se às áreas do gráfico onde as ordens de com-
pra e venda estão concentradas, geralmente nos pontos de suporte e resistência.
Essencialmente, essas são áreas onde os traders colocam suas ordens de stop, acre-
ditando que o preço irá se comportar de determinada maneira.
Os formadores de mercado sabem exatamente onde essas ordens estão, e ao mo-
ver o preço em direção a essas zonas, eles são capazes de coletar liquidez. O con-
ceito de BSL/SSL é crucial para quem deseja entender o movimento dos grandes
players no mercado, já que eles controlam a liquidez e manipularão o preço para
alcançar essas áreas.
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Histórico da Estratégia de Negociação BSL/SSL
A liquidez BSL/SSL não surge do nada. Ela se forma quando os formadores de
mercado colocam ordens em níveis significativos, principalmente em prazos mais
altos (gráficos diários, semanais e mensais). A estratégia de BSL/SSL está no co-
ração da negociação Smart Money: grandes investidores compram a preços baixos
e vendem a preços altos, utilizando a liquidez acumulada em pontos estratégicos.
O preço geralmente se move para essas áreas de liquidez em busca das ordens de
stop, e isso é muitas vezes uma armadilha para os traders de varejo. Quando o
preço toca essas áreas e ativa as ordens de stop, ele pode reverter rapidamente,
pegando os traders despreparados que estavam aguardando a continuação do mo-
vimento. Quando isso ocorre, o preço retorna ao bloco de ordens significativo,
onde os formadores de mercado podem continuar seu movimento, aproveitando
a liquidez que foi coletada.
A Importância da Liquidez BSL/SSL para Traders
Compreender a liquidez do lado da compra e venda permite que você tenha um
viés mais preciso sobre o movimento do mercado. Quando o preço se aproxima
dessas zonas de liquidez, você pode antecipar se o mercado continuará em direção
à liquidez ou se haverá uma reversão.
Os traders de varejo podem, por exemplo, ajustar sua estratégia para entrar no
mercado quando o preço se mover na direção oposta, após ter coletado a liquidez
do lado da compra ou venda. Assim, a negociação BSL/SSL é uma ferramenta
essencial para identificar oportunidades e evitar ser pego nas armadilhas de mer-
cado.
“Se você não vê a liquidez, você será a liquidez!”
Draw on Liquidity (DOL)
O conceito de Draw on Liquidity (DOL) refere-se ao movimento do mercado em
direção a pools de liquidez, que são níveis onde há uma concentração significativa
de ordens pendentes, como stop-loss ou buy stops. Identificar o DOL é essencial para
entender para onde o preço provavelmente irá em busca de liquidez.
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Como identificar o Draw on Liquidity?
Para day traders, os níveis de DOL frequentemente incluem:
• PWH/PWL: Máximas e mínimas da semana anterior.
• PDH/PDL: Máximas e mínimas do dia anterior.
• Máximas e mínimas das sessões de Ásia, Londres ou Nova York.
• EQH/EQL: Máximas e mínimas iguais, que representam grandes pools
de liquidez.
Esses níveis são alvos frequentes para instituições financeiras, que buscam explo-
rar a liquidez acumulada nesses pontos para gerar movimentos no mercado.
EQH/EQL são de particular interesse porque funcionam como ímãs para o
preço. As instituições costumam direcionar o mercado para romper esses níveis e
capturar a liquidez dos traders de varejo que posicionaram suas ordens nesses pon-
tos.
Como encontrar o próximo Draw on Liquidity?
O preço está constantemente em um dos dois estados:
1. Reequilíbrio: O mercado busca zonas de preço onde há desequilíbrio.
2. Busca por liquidez: O mercado se move em direção a níveis onde há
concentração de ordens pendentes.
Passos para identificar o próximo DOL:
1. Observe o deslocamento do preço (displacement): Movimentos
agressivos indicam a busca por um próximo nível de liquidez.
2. Analise a reação em um PD Array: Ferramentas como zonas de prê-
mio/desconto podem indicar se o preço já foi reequilibrado ou ainda
busca esse ponto.
3. Marque suas zonas de liquidez e PD Arrays: Identifique áreas de Fair
Value Gap, blocos de ordens e desequilíbrios para antecipar o próximo
movimento do mercado.
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Capítulo 25 - Internal and External Range Liqui-
dity
A análise de liquidez no mercado pode ser compreendida por meio de duas cate-
gorias principais: Internal Range Liquidity (IRL) e External Range Liquidity
(ERL). Entender como o preço interage entre essas faixas ajuda a prever os mo-
vimentos do mercado, já que ele está constantemente alternando entre equilibrar
desequilíbrios internos e buscar liquidez externa.
1. Liquidez de Faixa Externa (ERL)
A ERL representa pools de liquidez localizados fora de uma faixa de preço defi-
nida, como mínimas ou máximas anteriores. Por exemplo:
o Mínimas ou máximas semanais (PWH/PWL).
o Mínimas ou máximas diárias (PDH/PDL).
o Máximas e mínimas iguais (EQH/EQL).
Essas zonas são alvos clássicos do fluxo de ordens institucionais. Se o preço está
em uma tendência de baixa e a ERL é encontrada abaixo de uma mínima antiga, o
preço tende a ser atraído para essa área.
2. Liquidez de Faixa Interna (IRL)
A IRL representa os pools de liquidez localizados dentro de uma faixa de preço,
como:
o Fair Value Gaps (FVGs).
o Blocos de Ordens (Order Blocks).
o Desequilíbrios de volume (Volume Imbalances).
Essas referências internas são utilizadas pelos traders para identificar oportunida-
des de entrada e saída enquanto o preço se move em direção à liquidez externa.
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O Fluxo do Preço: De Externo para Interno e Vice-Versa
O preço alterna constantemente entre buscar liquidez externa e reequilibrar dese-
quilíbrios internos. Esse ciclo pode ser descrito da seguinte maneira:
1. De Externo para Interno:
Após o preço buscar e liquidar uma zona de ERL, ele frequentemente se move
para reequilibrar uma zona interna, como um FVG.
2. De Interno para Externo:
Após reequilibrar uma área de IRL, o preço retorna para buscar a próxima zona
de ERL, como uma mínima ou máxima antiga.
Essa alternância é o motor dos movimentos do mercado, oferecendo um mapa
claro do comportamento do preço em diferentes timeframes.
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Determinando a Próxima Direção do Preço
Para entender se o preço continuará subindo ou descendo após interagir com IRL
ou ERL, considere os seguintes fatores:
1. Fluxo de Ordens de Timeframes Maiores (HTF):
O contexto geral do mercado em timeframes como diário ou semanal ajuda a de-
terminar a direção predominante do preço.
2. Deslocamento (Displacement):
Um deslocamento claro após atingir um ponto de IRL ou ERL é um forte indica-
dor da intenção do mercado.
o Um deslocamento para cima sugere que o preço buscará liquidez
acima, como Buy Side Liquidity (BSL).
o Um deslocamento para baixo indica que o preço buscará zonas
de Sell Side Liquidity (SSL).
3. Força ou Fraqueza das Velas:
Velas grandes e envolventes geralmente sinalizam continuidade na direção do des-
locamento. Por outro lado, velas fracas, com pavios longos e corpos pequenos,
sugerem indecisão ou reversão.
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Estratégia para Identificar e Operar com IRL e ERL
1. Identifique as Zonas Externas (ERL):
Marque máximas e mínimas antigas nos gráficos, como as máximas e mínimas
diárias ou semanais.
2. Procure Zonas Internas (IRL):
Identifique FVGs, blocos de ordens ou desequilíbrios de volume dentro da faixa
definida pelas zonas externas.
3. Aguarde Confirmação:
Após o preço alcançar uma zona de IRL ou ERL, observe deslocamentos claros e
quebras de estrutura para confirmar a direção do movimento.
4. Alinhe com o Fluxo Institucional:
Certifique-se de que o movimento está alinhado com o fluxo de ordens de time-
frames maiores, aumentando a probabilidade de sucesso no trade.
Exemplo
Agora eu tenho uma pergunta para você: com base no diagrama abaixo, para onde
você acha que o preço irá em seguida?
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O que podemos observar? O preço está oscilando para cima e para baixo, e, como
mencionamos anteriormente, houve uma limpeza de liquidez externa. Então, você
poderia responder que o preço irá subir, certo? Mas e se adicionarmos mais infor-
mações?
Para determinar para onde o preço deve ir em seguida, é essencial considerar o
fluxo de ordens nos Higher Time Frames (HTF). O que estava acontecendo antes?
Se ampliarmos a visão no gráfico e notarmos que o preço estava caindo, isso nos
dá um indicativo de que uma quebra de estrutura para baixo pode ser esperada.
Portanto, é bem provável que o movimento continue para baixo. No entanto, se
estivermos vindo de uma posição mais baixa e o preço estiver subindo continua-
mente, isso pode ser parte de um movimento de alta. Nesse caso, esperamos que
o preço alcance o FVG e então apresente uma quebra de estrutura para cima.
O que mais pode definir se o movimento será para cima ou para baixo? A resposta
é o deslocamento (displacement). Assim que o preço alcançar o FVG, é importante
observar se há um deslocamento para cima ou para baixo. Com base nisso, será
possível determinar a direção futura do mercado.
Se houver um deslocamento para cima em relação ao FVG, significa que houve
uma reação naquela área, indicando que o preço provavelmente buscará a Buy Side
Liquidity (BSL) externa.
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Por outro lado, se o preço cair abaixo do FVG e não mostrar respeito por essa
zona, é mais provável que ele busque a Sell Side Liquidity (SSL) externa.
Outro fator que pode ajudar a determinar a direção do preço é observar a força
ou fraqueza das velas. Caso apareça uma vela envolvente, é provável que o preço
continue subindo. Entretanto, se houver sinais de fraqueza, como falta de retração
ou ausência de indícios de reversão, é bem provável que o movimento seja para
baixo em direção à SSL externa.
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163
Capítulo 26 - High & Low Resistance Liquidity Run
Quando falamos sobre High Resistance Liquidity Run (HRLR) e Low Resistance Liqui-
dity Run (LRLR), estamos explorando como o preço se move em relação aos pools
de liquidez no mercado. Esses conceitos são pilares na análise da metodologia
Smart Money, pois ajudam a identificar como as instituições direcionam o preço
para buscar liquidez.
• HRLR (High Resistance Liquidity Run): Ocorre quando o preço en-
frenta maior resistência em sua busca por liquidez. Isso pode incluir múl-
tiplas zonas de proteção, como Fair Value Gaps (FVGs) empilhados, blo-
cos de ordens e outras áreas de interesse que desaceleram o movimento
do preço.
• LRLR (Low Resistance Liquidity Run): Por outro lado, o LRLR acon-
tece quando o preço encontra pouca ou nenhuma resistência em sua tra-
jetória, movendo-se rapidamente até atingir o próximo pool de liquidez,
como máximas ou mínimas iguais (Equal Highs/Equal Lows -
EQH/EQL).
Esses dois tipos de movimentos indicam o quanto o mercado está "fluido" ao
alcançar os objetivos de liquidez.
High Resistance Liquidity Run (HRLR)
O HRLR, ou corrida de liquidez com alta resistência, descreve situações em que o
preço encontra múltiplos obstáculos antes de atingir um pool de liquidez. Esses
obstáculos podem incluir:
• Blocos de Ordens (Order Blocks): Áreas onde grandes ordens institu-
cionais foram executadas e que atuam como suporte ou resistência.
• Fair Value Gaps (FVGs): Gaps não reequilibrados que o preço precisa
preencher antes de continuar seu movimento.
• Zonas de Oferta e Demanda: Regiões onde o fluxo de ordens pode
desacelerar ou inverter temporariamente a trajetória do preço.
Exemplo Prático de HRLR
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Imagine que o preço está subindo em direção a uma máxima semanal anterior
(PWH), onde há um grande pool de liquidez de Buy Stops. Durante sua trajetória,
o preço encontra e reage a:
1. Um Order Block logo abaixo da máxima.
2. Um FVG que precisa ser reequilibrado.
Esses obstáculos criam resistência e tornam o movimento do preço mais lento e
instável. O HRLR mostra a "luta" do preço para atingir a liquidez desejada.
Low Resistance Liquidity Run (LRLR)
Já o LRLR, ou corrida de liquidez com baixa resistência, ocorre quando o preço
encontra um caminho livre até o próximo pool de liquidez. Nesses casos, há pou-
cos ou nenhum obstáculo significativo, e o movimento do preço é rápido e agres-
sivo.
Características do LRLR
• Trajetória Livre: Poucas zonas de desequilíbrio ou blocos de ordens no
caminho.
• Velocidade: O preço se move rapidamente para atingir os objetivos de
liquidez.
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• Deslocamento Claro: Movimentos decisivos, com velas longas e bem
definidas.
Por que HRLR e LRLR são importantes no Smart Money?
Compreender HRLR e LRLR é essencial porque esses conceitos ajudam a:
• Identificar o Objetivo do Preço: Saber se o mercado está buscando li-
quidez em máximas, mínimas ou zonas de desequilíbrio.
• Avaliar a Intensidade do Movimento: HRLRs indicam movimentos
mais difíceis, enquanto LRLRs mostram trajetórias claras e rápidas.
• Acompanhar o Fluxo Institucional: As instituições usam esses padrões
para manipular o mercado e capturar liquidez.
A Relação com a Liquidez e o Fluxo de Ordens
HRLRs e LRLRs mostram a lógica por trás dos movimentos do preço. O preço
está sempre alternando entre reequilibrar zonas internas (Internal Range Liquidity -
IRL) e buscar liquidez externa (External Range Liquidity - ERL).
• Após um HRLR, o preço pode desacelerar ou reverter temporariamente,
enquanto zonas de desequilíbrio são reequilibradas.
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• Após um LRLR, o preço frequentemente atinge sua meta de liquidez ra-
pidamente, o que pode desencadear reversões rápidas ou continuidades.
Como utilizar HRLR e LRLR na metodologia ICT?
Os conceitos de High Resistance Liquidity Run (HRLR) e Low Resistance Liquidity Run
(LRLR) podem ser usados para definir suas metas de lucro. Como trader, o ideal
é optar por configurações de negociação simples, rápidas e sem complicações.
As Low Resistance Liquidity Runs (LRLR) representam as condições mais favoráveis
e fáceis de operar no mercado, já que buscar áreas de baixa resistência à liquidez
oferece uma maior probabilidade de sucesso.
Essas zonas são as mais simples de negociar dentro da ação do preço. As opera-
ções baseadas nelas parecerão rápidas, diretas e sem esforço, já que o preço preci-
sará de um esforço mínimo para varrer essas áreas de liquidez.
Por outro lado, se o objetivo for alcançar uma área de High Resistance Liquidity como
uma mínima ou máxima antiga, é importante estar ciente de que isso pode deman-
dar mais tempo. Além disso, pode ser necessário um evento fundamental signifi-
cativo, como uma divulgação de NFP ou FOMC, para alinhar-se ao seu viés e
atingir o objetivo.
Outro ponto essencial é observar o fluxo de ordens institucionais. Por exemplo,
se o fluxo institucional for de alta e o preço tiver criado uma mínima de longo
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prazo, cada swing high deve ser interpretado como uma Low Resistance Liquidity
Run, enquanto a mínima de longo prazo será considerada uma High Resistance Li-
quidity Run.
Por outro lado, se o fluxo de ordens institucionais for de baixa e o preço tiver
formado uma máxima de longo prazo, cada swing low deve ser visto como uma
Low Resistance Liquidity Run, e a máxima de longo prazo como uma High Resistance
Liquidity Run.
Low Resistance Liquidity Run (LRLR): Ideal para utilizar como alvos.
High Resistance Liquidity Run (HRLR): bom para encontrar pontos de entrada.
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Capítulo 27 - Liquidity Void
Um Liquidity Void, ou "vácuo de liquidez", é uma área no gráfico onde o preço se
moveu de forma rápida e decisiva, sem encontrar resistência significativa. Ele se
forma quando há um displacement – um movimento brusco e desequilibrado no
mercado – que deixa para trás zonas de Fair Value Gaps (FVGs) e imbalances.
Essas lacunas indicam que o mercado está fora de equilíbrio, pois não houve inte-
ração suficiente entre compradores e vendedores. Essas zonas frequentemente re-
presentam áreas onde grandes ordens institucionais foram executadas, criando de-
sequilíbrios significativos.
Os Liquidity Voids têm duas funções principais:
1. Indicar Fortes Movimentos Institucionais: Eles mostram áreas em
que o Smart Money empurrou o preço com força.
2. Atrair o Preço para Reequilíbrio: O mercado tende a buscar equilíbrio,
voltando para preencher Fair Value Gaps deixados durante o movimento
inicial.
Os Liquidity Voids agem como pontos de referência essenciais para identificar po-
tenciais reversões, continuidades ou áreas de entrada no mercado.
Liquidity Void de Alta
Um Liquidity Void de alta surge em mercados em forte tendência de alta, onde o
preço sobe rapidamente, criando lacunas no gráfico. Algumas características in-
cluem:
• Velas Grandes e Decisivas: O movimento é marcado por velas de alta
com corpos sólidos e pequenos pavios.
• Criação de Desequilíbrios: Imbalances e Fair Value Gaps frequentemente
acompanham esses movimentos.
• Deslocamento Agressivo (Displacement): Um movimento rápido e
desequilibrado que evidencia a presença de ordens institucionais.
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Os Liquidity Voids de alta geralmente contêm Fair Value Gaps. Esses desequilíbrios
se tornam áreas de interesse para reequilíbrio futuro. O preço tende a revisitar
essas zonas para "corrigir" o desequilíbrio antes de continuar sua trajetória de alta.
Exemplo de Cenário
Imagine que o preço rompe uma resistência significativa, como uma máxima se-
manal (PWH), e dispara para cima com velas consecutivas, sem retrações visíveis.
Esse movimento cria um Liquidity Void de alta, marcado por Fair Value Gaps e
imbalances.
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170
O mercado frequentemente retorna a essas áreas para preencher as lacunas criadas
durante o movimento inicial. Esses retornos representam oportunidades para tra-
ders se alinharem com a tendência de alta predominante.
Liquidity Void de Baixa
Os Liquidity Voids de baixa aparecem em mercados em forte tendência de baixa,
onde o preço cai rapidamente. Algumas características incluem:
• Movimentos Rápidos e Descendentes: Velas de baixa com corpos
grandes e decisivos, indicando pouca oposição dos compradores.
• Presença de Desequilíbrios: Fair Value Gaps e imbalances deixam sinais
claros de um mercado desbalanceado.
• Deslocamento Forte (Displacement): Um movimento agressivo que
evidencia a pressão vendedora do Smart Money.
Assim como nos Liquidity Voids de alta, o mercado tende a revisitar Liquidity Voids
de baixa para preencher as lacunas e restabelecer o equilíbrio.
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Exemplo de Cenário
Suponha que o preço rompa um suporte, como uma mínima diária (PDL), e caia
com velas grandes e contínuas. Esse movimento cria um Liquidity Void de baixa,
deixando áreas de Fair Value Gaps para serem preenchidas futuramente.
Após o movimento inicial, o preço pode retornar ao Liquidity Void para preencher
os desequilíbrios antes de continuar sua tendência de baixa.
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Capítulo 28 - Inducement
O termo Inducement pode ser traduzido como "indução" e refere-se ao ato de atrair
ou provocar uma ação específica no mercado. No contexto do Smart Money Concepts
(SMC), Inducement é uma estratégia intencional das instituições financeiras para "in-
duzir" traders de varejo a tomar decisões baseadas em padrões enganosos. Essas
áreas são frequentemente usadas para atrair liquidez antes de um movimento pla-
nejado pelo Smart Money.
No mercado, os preços não se movem de maneira aleatória. As instituições bus-
cam liquidez para executar grandes ordens sem causar grandes variações de preço.
O Inducement é uma ferramenta estratégica para alcançar isso.
Quando o mercado induz traders a entrar em posições com base em sinais de
rompimento ou padrões conhecidos, como topos ou fundos duplos (Equal Highs
ou Equal Lows), ele coleta ordens pendentes, como buy stops ou sell stops. Isso pre-
para o terreno para o Smart Money mover o preço na direção desejada.
Inducement Após um Break of Structure (BOS)
Quando ocorre um Break of Structure (rompimento da estrutura), muitos traders de
varejo enxergam isso como uma confirmação de continuidade de tendência. No
entanto, o Inducement pode surgir logo após esse rompimento, criando uma falsa
sensação de segurança para esses traders.
Exemplo prático:
1. Após um BOS em uma tendência de alta, o preço frequentemente volta a
uma área de Fair Value Gap ou Order Block.
2. Durante esse retorno, o mercado pode formar mínimas intermediárias (ou
máximas, em tendências de baixa), induzindo os traders a posicionarem
stops próximos a essas zonas.
3. Quando o preço retorna, ele “varre” essas ordens, coleta a liquidez e, en-
tão, retoma a tendência original.
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Esse padrão é particularmente útil para o Smart Money, que usa a liquidez coletada
para impulsionar o mercado na direção desejada.
Inducement em Change of Character (CHOCH)
O Change of Character (CHOCH) é um sinal clássico de reversão no mercado. Con-
tudo, antes que a reversão seja confirmada, o mercado frequentemente cria Induce-
ment para atrair ordens de traders desavisados.
Cenário típico:
1. O preço rompe um Swing High ou Swing Low, indicando uma possível re-
versão.
2. Antes de confirmar a mudança, ele forma um Inducement – uma área inter-
mediária de liquidez – que será coletada antes do movimento real.
3. Isso força os traders a saírem de suas posições ou a reavaliá-las, enquanto
o Smart Money utiliza essa liquidez para consolidar sua posição.
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Inducement em Equal Highs (EQH) e Equal Lows (EQL)
Os Equal Highs (EQH) e Equal Lows (EQL) são clássicos alvos de liquidez no mer-
cado. Traders de varejo frequentemente veem esses níveis como resistência ou
suporte sólido, mas o Smart Money enxerga essas áreas como pools de liquidez
prontos para serem explorados.
Como funciona o Inducement nesses casos?
1. O mercado deixa máximas ou mínimas iguais (EQH ou EQL), atraindo
ordens pendentes de buy stops ou sell stops.
2. Essas áreas se tornam Inducement, pois o Smart Money sabe que há ordens
concentradas nesses níveis.
3. O preço então se move rapidamente para limpar essas ordens, antes de
seguir na direção real planejada pelas instituições.
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175
Outros Tipos de Inducement
Além dos exemplos mencionados, o Inducement pode ocorrer em outras situações,
como:
1. Zonas de Consolidação:
o Quando o preço se move lateralmente, criando uma faixa de su-
porte ou resistência.
o Traders colocam stops acima ou abaixo dessa faixa, tornando-a
uma zona perfeita para Inducement.
2. Padrões Clássicos de Análise Técnica:
o Formações como ombro-cabeça-ombro ou triângulos podem ser
usados como armadilhas, criando Inducement antes do movimento
real.
3. Pullbacks Profundos:
o Durante uma tendência, o preço pode fazer um retorno profundo
até uma zona de Fair Value Gap ou Order Block, coletando liquidez
de traders que tentaram antecipar o movimento.
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O Inducement é uma uma armadilha cuidadosamente planejada para atrair liquidez
do mercado, permitindo que as instituições financeiras movam o preço com efici-
ência e sem resistência significativa.
Ao entender como o Inducement opera após um BOS, em um CHOCH ou em pa-
drões como Equal Highs e Equal Lows, você pode evitar se tornar parte dessa ar-
madilha e, em vez disso, alinhar suas operações ao fluxo institucional.
A chave é observar os Fair Value Gaps, deslocamentos (displacement) e zonas de
desequilíbrio, que frequentemente revelam os verdadeiros planos do Smart Money.
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Capítulo 29 - Liquidity Sweep
Quando falamos em Liquidity Sweep, estamos nos referindo a um movimento no
mercado financeiro onde a liquidez é "varrida" para fora das posições. Pense nisso
como um "golpe de mestre" dos grandes investidores para coletar dinheiro fácil
dos traders menos experientes. Imagine que o mercado é como um jogo de xadrez,
e os grandes investidores (também conhecidos como Smart Money) são os grandes
mestres que sempre planejam seus movimentos com várias jogadas de antecedên-
cia.
No mercado financeiro, o termo Liquidity Sweep refere-se ao ato de limpar ou "var-
rer" áreas onde há concentração de ordens pendentes, como buy stops ou sell stops.
Também conhecido como Stop Run, esse conceito está intrinsecamente ligado à
forma como as instituições manipulam o mercado para coletar liquidez de traders
de varejo, levando-os a saírem de suas posições em prejuízo.
Muitos traders de varejo interpretam o rompimento de um nível de suporte ou
resistência como uma confirmação de tendência. Porém, em muitos casos, isso é
apenas um Liquidity Sweep planejado para ativar ordens pendentes e "varrer" stops.
Esse fenômeno ocorre quando os grandes investidores empurram o preço do ativo
para além de certos níveis pré-determinados, onde a maioria dos pequenos traders
colocou seus "stops". É como se os tubarões estivessem esperando os peixinhos
se distraírem para dar o bote.
É exatamente nesse momento que o varejo, que muitas vezes posiciona seus stops
logo acima ou abaixo de topos e fundos evidentes, é eliminado. Quando essas
áreas são varridas, os traders de varejo são forçados a sair de suas posições, e o
preço geralmente inverte logo depois, deixando-os frustrados. Muitos colocam
seus stops em níveis óbvios que são facilmente identificados pelos grandes inves-
tidores. É como se você estivesse jogando um jogo de cartas e colocasse suas cartas
na mesa de forma que todos pudessem vê-las. Os grandes investidores simples-
mente se aproveitam disso e coletam a liquidez dessas posições.
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Como Identificar um Liquidity Sweep?
Identificar um Liquidity Sweep requer uma análise cuidadosa das áreas de liquidez
no gráfico. Aqui estão os passos fundamentais:
Áreas de Liquidez
1. SSL (Sell Side Liquidity): Refere-se a zonas de liquidez concentradas
abaixo de mínimas significativas.
2. BSL (Buy Side Liquidity): Representa a liquidez acumulada acima de
máximas importantes.
Ambas essas áreas servem como alvos principais para Smart Money, pois concen-
tram uma grande quantidade de ordens pendentes.
Conexão com Inducement
O Inducement frequentemente prepara o terreno para um Liquidity Sweep.
• Após criar zonas de Equal Highs (EQH) ou Equal Lows (EQL), o mercado
pode retornar a essas áreas para coletar a liquidez antes de um movimento
mais forte.
• Essa varredura é muitas vezes confundida com uma quebra genuína, le-
vando traders a entrarem na direção errada.
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Sinais de um Liquidity Sweep
1. Movimentos Rápidos: Um Liquidity Sweep geralmente acontece com uma
vela agressiva que rompe a liquidez acumulada e retorna rapidamente.
2. Displacement: Após a varredura, é comum observar um deslocamento
claro, indicando a intenção do mercado de mudar de direção.
3. Fair Value Gaps (FVG): Após o Liquidity Sweep, zonas de desequilíbrio,
como FVGs, frequentemente se tornam pontos de interesse para reposi-
cionamento.
O que é Liquidity Run?
Enquanto o Liquidity Sweep é uma ação rápida para coletar liquidez em áreas espe-
cíficas, o Liquidity Run refere-se a um movimento contínuo em que o preço busca
várias zonas de liquidez consecutivas.
Diferença entre Liquidity Sweep e Liquidity Run
• Liquidity Sweep: Focado em uma única área de liquidez, como um SSL
ou BSL, com uma reversão imediata ou quase imediata.
• Liquidity Run: Movimentos mais amplos, que percorrem várias zonas
de liquidez ao longo de uma tendência.
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Por exemplo:
• O preço pode varrer uma SSL em uma perna de baixa, buscar um FVG
como zona intermediária e, em seguida, continuar até um próximo SSL.
Estratégias para Identificar um Liquidity Run
1. Observar Zonas de Liquidez Consecutivas: Identifique múltiplas áreas
de SSL e BSL no gráfico.
2. Alinhamento com HTF (Higher Time Frame): Verifique se o movi-
mento é consistente com a estrutura do prazo maior.
3. Reação em Pontos de Interesse (POI): Veja como o preço interage
com zonas como Fair Value Gaps ou Order Blocks durante o Liquidity Run.
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O Liquidity Sweep e o Liquidity Run são fenômenos centrais no comportamento dos
mercados financeiros. Enquanto o Sweep limpa áreas de liquidez específicas, o Run
representa um movimento mais amplo e contínuo, explorando várias zonas de
liquidez.
Compreender esses conceitos é essencial para navegar no mercado como um tra-
der informado. Saber identificar SSLs, BSLs, Inducement e observar deslocamentos
(displacements) ajudará você a evitar armadilhas comuns e, mais importante, alinhar
suas operações ao fluxo das instituições.
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PARTE 5.
SMART MONEY
AVANÇADO
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Capítulo 30 - Consequent Encroachment – Mean
Threshold
Consequent Encroachment e Mean Threshold são conceitos centrais no Smart Money Con-
cepts, usados para marcar zonas de interesse dentro de estruturas de preço, como
Order Blocks e Fair Value Gaps. Ambos se referem ao ponto médio de uma região
ou bloco, mas têm nuances específicas:
• Consequent Encroachment (CE): Aponta o ponto médio de um dese-
quilíbrio, como um Fair Value Gap (FVG), indicando onde o preço pro-
vavelmente será atraído antes de continuar sua trajetória.
• Mean Threshold (MT): Está mais relacionado a estruturas completas,
como Order Blocks, marcando o ponto central como uma zona de alta re-
levância.
Esses conceitos funcionam como uma "bússola" para traders institucionais e in-
formados, ajudando a identificar regiões de interesse onde o preço pode reagir ou
encontrar suporte e resistência.
• O Consequent Encroachment é usado para medir a eficiência do reequilíbrio
de um desequilíbrio no mercado. Quando o preço toca ou respeita o
ponto médio de um FVG, isso sinaliza que o mercado cumpriu parcial-
mente sua tarefa de reequilíbrio.
• O Mean Threshold em blocos de ordens ou outras estruturas sugere o
"preço médio justo" dentro da área, funcionando como uma linha divisó-
ria entre o comportamento de compra ou de venda.
Eles oferecem uma precisão extra na análise, permitindo que os traders antecipem
com maior confiança onde o preço pode reagir. No contexto do Smart Money, essas
áreas são vistas como "gatilhos invisíveis" que indicam a atividade institucional.
Aplicação em Blocos de Ordens
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Nos Order Blocks, o Mean Threshold é marcado na metade do bloco, representando
a zona mais provável onde o preço pode reagir. Em vez de usar todo o bloco como
zona de entrada, focar no ponto médio oferece maior precisão.
• Exemplo Prático:
Se um Bullish Order Block for identificado, o Mean Threshold dentro do bloco é fre-
quentemente onde o preço "mergulha" antes de reverter e continuar na direção da
tendência.
• Confirmação Adicional:
A presença de um Displacement após atingir o Mean Threshold aumenta a probabili-
dade de que o bloco seja respeitado.
Uso em Fair Value Gaps (FVG)
O Consequent Encroachment é essencial para interpretar Fair Value Gaps. Ele divide o
FVG em duas metades, com o ponto médio agindo como o "imã" principal para
o preço.
• Bullish FVG:
Em uma tendência de alta, o preço geralmente retorna ao Consequent Encroachment
dentro do FVG para completar parcialmente o reequilíbrio antes de retomar sua
trajetória ascendente.
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185
• Bearish FVG:
Em uma tendência de baixa, o preço tende a subir até o Consequent Encroachment de
um FVG para reequilibrar antes de continuar descendo.
Balanced Price Range (BPR)
No caso de uma Balanced Price Range, o Consequent Encroachment é usado para medir
se o preço está reequilibrando a zona de maneira eficiente. O respeito a esse ponto
confirma a continuidade da estrutura.
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186
Outras Estruturas e Aplicações
Além de Order Blocks e FVGs, os conceitos de Consequent Encroachment e Mean
Threshold podem ser aplicados em:
• Liquidity Voids: Para determinar onde o preço pode encontrar suporte
ou resistência ao preencher o vazio.
• Inducements: Para identificar o ponto médio de uma zona de manipula-
ção antes de um movimento principal.
• Breakaway Gaps: Onde o ponto médio pode atuar como um alvo parcial
para reequilíbrio.
Como marcar
1. Identificar a Estrutura: Marque o Order Block, FVG ou outra estrutura
relevante no gráfico.
2. Calcular o Ponto Médio: Trace o ponto médio da estrutura. Você pode
usar a ferramenta de “Retração de Fibonacci” ou “Caixa de Gann”, sele-
cionando os níveis:
0 Início
Consequent Encroachment
0.5 (50%)
Mean Threshold
1 Fim
O Consequent Encroachment e o Mean Threshold são ferramentas indispensáveis para
traders que desejam precisão em suas análises. As áreas de ponto médio que re-
presentam 50% das estruturas são sempre regiões importantes na metodologia do
Smart Money.
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Capítulo 31 – Desvio Padrão - Standard Deviation
Standard Deviation (Desvio Padrão) é um conceito matemático que mede a disper-
são dos dados em relação à sua média. No contexto de negociações financeiras,
especialmente no Smart Money Concepts (SMC), o desvio padrão é usado para enten-
der como os preços se comportam em relação a sua média em períodos específi-
cos. Ele ajuda a determinar se o mercado está em equilíbrio ou apresentando mo-
vimentos anormais que podem sinalizar oportunidades de negociação.
No mundo do Smart Money, o desvio padrão não é apenas uma medida estatística,
mas uma ferramenta que indica onde o preço pode encontrar resistência ou su-
porte. Ele é particularmente útil quando combinado com outras ferramentas como
Fair Value Gaps (FVGs), Order Blocks e níveis de Fibonacci.
O desvio padrão ajuda a identificar áreas de extrema no mercado. Pense nisso
como identificar os "limites de comportamento" do preço. Quando o preço se
move muito além de seu desvio padrão, isso pode indicar uma possível reversão
ou uma área onde os grandes players estão reposicionando suas ordens.
Por exemplo:
• Quando o preço está fora de sua faixa de desvio padrão, pode indicar uma
condição de displacement (deslocamento) que sugere forte intervenção ins-
titucional.
• Movimentos dentro de um desvio padrão geralmente mostram equilíbrio
e menor probabilidade de reversão imediata.
Como usar Standard Deviation?
A ferramenta de retração de Fibonacci é uma das melhores formas de aplicar o
desvio padrão. Aqui está um passo a passo para configurar e interpretar correta-
mente:
1. Identifique o Intervalo Principal: Comece identificando a fase de acu-
mulação no gráfico, delimitando o intervalo entre o pico (topo) e o vale
(fundo).
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2. Trace o Fibonacci: Use a ferramenta para marcar o intervalo definido
do topo ao fundo ou vice-versa.
3. Adicione os Níveis de Desvio Padrão: Configure o Fibonacci para in-
cluir os níveis de -1, -2, -2,5, -3, -4 e -4,5. Esses níveis são pontos críticos
para retrações e reversões.
4. Interprete os Níveis: Ao atingir os níveis de -2 ou -2,5, espere que o
preço reaja, retornando ao intervalo inicial ou corrigindo desequilíbrios
existentes.
Com essa configuração, você pode prever movimentos mais precisos, alinhando
com estruturas como Fair Value Gaps (FVG) ou Breaker Blocks.
Tipos de Desvio Padrão
Clássico
Esses níveis de desvio padrão são usados para prever retrações ou reversões de
preço. Eles indicam até onde o preço pode expandir antes de reverter. Por exem-
plo:
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• Níveis Críticos: -2 e -2,5 desvios padrão são alvos principais para rever-
sões, enquanto -4 pode ser atingido em expansões extremas.
• Configuração: Aplique o Fibonacci para traçar os níveis de desvio pa-
drão após identificar o intervalo principal.
• Estratégia: Combine esses níveis com FVGs ou Breaker Blocks para defi-
nir pontos de entrada ou saída.
Desvio Padrão da Ásia
Esse tipo de desvio padrão é aplicado durante a sessão asiática, que ocorre entre
20h e 24h. Ele mede o alcance estreito de preços característico desse período e
auxilia na identificação de movimentos subsequentes em outras sessões.
• Intervalo Ideal: Entre 20 e 30 pips.
• Estratégia: Use os níveis de 1, 2 e 3 desvios padrão para identificar High
of the Day (HOD) e Low of the Day (LOD), alinhando-os com o viés para a
sessão de Londres.
Essa abordagem é útil para prever movimentos maiores com base na acumulação
asiática.
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Desvio Padrão CBDR
O CBDR (Central Bank Dealing Range) refere-se ao intervalo de negociação entre
14h e 20h, um período importante para medir a volatilidade antes do fechamento
diário. Será aprofundado no Capítulo 46.
• Intervalo Ideal: Entre 20 e 30 pips, mas pode chegar a 40 pips em mer-
cados mais voláteis.
• Estratégia: Use os níveis de desvio padrão (1, 2 e 3) para identificar má-
ximas e mínimas do dia e alinhar com FVGs ou outros desequilíbrios.
• Dica: Após identificar o HOD ou LOD, use esses pontos como alvos ou
referências para futuras negociações.
Desvio Padrão FIOUT
Essa variação do desvio padrão é usada quando os intervalos da sessão asiática e
do CBDR são especialmente apertados, geralmente abaixo de 20 pips.
• Intervalo Ideal: Entre 15 e 30 pips, com desvios padrão de 1, 2 e 3.
• Horário: Entre 14h e 00h.
• Estratégia: Identifique máximas e mínimas do dia e combine com FVGs
ou outras zonas de interesse para moldar seu viés.
Essa abordagem é mais eficaz em condições de mercado com baixa volatilidade,
ajudando a localizar oportunidades precisas.
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Capítulo 32 - Padrão Three Drives
O padrão Three Drives é uma formação estrutural no gráfico que reflete como o
preço se movimenta em três impulsos consecutivos antes de uma possível reversão
ou exaustão de liquidez. Criado e amplamente usado na metodologia Smart Money
Concepts (SMC), esse padrão é observado em todos os intervalos de tempo, desde
os mais curtos até gráficos mensais, tornando-se uma ferramenta versátil para tra-
ders.
O Three Drives é definido por três movimentos claros e consecutivos em direção a
um Liquidity Pool ou Point of Interest (POI).
A grande sacada do padrão é que ele identifica como o mercado está “pressio-
nando” em busca de liquidez, muitas vezes sinalizando a exaustão de ordens de
curto prazo. É comum que o terceiro drive nem sempre alcance ou supere o Li-
quidity Pool, o que indica que o Smart Money já se posicionou e não há necessidade
de buscar mais liquidez além daquele ponto.
Sua relevância no Smart Money Concepts
O padrão Three Drives não apenas ajuda a identificar exaustão, mas também atua
como um sinal precursor para os Stop Hunts. Ele é um reflexo da lógica por trás
das operações institucionais: manipular o preço para atrair liquidez, realizar suas
operações e, em seguida, permitir a reversão do mercado.
O que o torna tão relevante no SMC é sua capacidade de destacar momentos em
que o mercado está mais vulnerável a deslocamentos (Displacements). Esses deslo-
camentos geralmente criam Fair Value Gaps (FVGs), que servem como pontos de
entrada para traders experientes.
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Como utilizar o padrão Three Drives?
Para identificar e usar o padrão Three Drives, é essencial observar os seguintes pas-
sos:
1. Primeiro Drive:
O movimento inicial define a direção principal, seja em tendência de alta ou baixa.
Em uma tendência de alta, você verá uma máxima mais alta e uma mínima mais
alta; em uma tendência de baixa, o oposto ocorre.
2. Segundo Drive:
Este é um movimento que reforça a tendência, geralmente alinhando-se com o
primeiro drive. Aqui, o mercado ainda está buscando liquidez, mas a pressão co-
meça a mostrar sinais de redução.
3. Terceiro Drive:
O terceiro impulso marca o momento de maior atenção. Embora o preço possa
atingir ou até ultrapassar o Liquidity Pool, muitas vezes ele reverte antes disso, indi-
cando que as instituições já concluíram suas operações. O deslocamento subse-
quente confirma a exaustão.
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Estratégias baseadas no padrão
1. Reação do preço em altas e baixas de curto prazo:
Preste atenção ao comportamento do preço ao atingir máximas ou mínimas de
curto prazo. Se o preço não conseguir pressionar além dessas zonas após o terceiro
drive, isso pode indicar um ponto de reversão iminente.
2. Deslocamento (Displacements) e Fair Value Gap:
Após identificar os três drives, procure um deslocamento claro no mercado. Esse
deslocamento frequentemente cria Fair Value Gaps que servem como oportunida-
des ideais para entrada. A entrada deve ser planejada com o uso desses FVGs
como base.
3. Stop Hunt e reversões:
Caso o preço falhe em alcançar a zona de liquidez ou POI, isso pode ser ainda
mais significativo, pois indica que as ordens institucionais já foram posicionadas.
A reversão forte a partir desse ponto é um sinal poderoso de que o mercado está
pronto para mudar de direção.
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4. Consolidação e manipulação prévias:
Antes do padrão Three Drives, procure por fases de consolidação ou manipulação
no preço. Esses momentos geralmente preparam o mercado para os impulsos sub-
sequentes.
O padrão Three Drives ajuda os traders a entenderem como as instituições buscam
e manipulam liquidez no mercado. Não esqueça que o terceiro drive é a chave para
entender o esgotamento de liquidez e o início de uma nova fase no mercado.
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Capítulo 33 - Candle Range Theory
A Candle Range Theory é uma abordagem técnica que analisa o comportamento do
preço com base na amplitude de uma vela (candle). Ela estuda o intervalo entre a
máxima e a mínima de uma vela em um período específico para identificar movi-
mentos futuros, desequilíbrios e zonas de interesse no mercado. Essencialmente,
a teoria considera que cada candle reflete a “história” de um intervalo de tempo e,
ao entendermos essa história, podemos prever o próximo capítulo.
O Candle Range Theory ganha destaque por sua precisão em identificar pontos de
reversão, manipulação e equilíbrio. A teoria é uma maneira de compreender a in-
teração do preço com a liquidez e como as instituições manipulam o mercado para
criar oportunidades de entrada. Cada candle contém pistas valiosas sobre o fluxo
de ordens e os objetivos institucionais, principalmente quando combinado com
conceitos como Fair Value Gaps (FVGs) e Displacement.
Como ele é usado?
O uso da Candle Range Theory no dia a dia de um trader consiste em analisar a
estrutura da vela para prever movimentos futuros. Aqui estão os principais ele-
mentos que você deve observar:
1. Amplitude da vela:
A amplitude, ou range, é a distância entre a máxima e a mínima da vela. Uma vela
com range amplo indica alta participação de mercado, enquanto ranges menores
sugerem períodos de consolidação ou menor interesse. Isso ajuda a identificar zo-
nas de liquidez e possíveis Fair Value Gaps.
2. Corpo do candle:
O corpo da vela (a distância entre a abertura e o fechamento) reflete a direção
predominante do preço naquele período. Velas com corpos largos sugerem forte
deslocamento, enquanto corpos curtos indicam equilíbrio ou indecisão.
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3. Pavios (wicks):
Os pavios mostram até onde o preço foi antes de ser rejeitado. Pavios longos po-
dem indicar manipulação ou caça a stops (Liquidity Sweep), fornecendo pistas sobre
o próximo movimento do mercado.
Identificação e interpretação
A aplicação da Candle Range Theory é especialmente útil em momentos críticos do
mercado, como após uma manipulação ou deslocamento significativo. Aqui estão
algumas maneiras de utilizá-la:
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1. Identificar zonas de interesse:
Analise velas com ranges amplos após um deslocamento. Geralmente, essas velas
criam Fair Value Gaps que servem como potenciais pontos de entrada.
2. Determinar equilíbrio e desequilíbrio:
Quando o preço não revisita o intervalo de uma vela com range amplo, isso sugere
desequilíbrio no mercado. Nessas situações, o preço tende a retornar ao Mean
Threshold (50% do range da vela) para corrigir o desequilíbrio.
3. Combinar com Smart Money Concepts:
Ao integrar a teoria com conceitos como Breaker Blocks, Order Blocks e zonas de
liquidez, você pode aumentar significativamente a precisão das suas análises. Por
exemplo, se uma vela com um range amplo está alinhada com um Liquidity Pool, é
provável que o preço seja atraído para aquela área.
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A Candle Range Theory está intimamente ligada ao conceito Power of Three (PO3),
sendo uma aplicação direta desse princípio. O Power of Three afirma que o preço
primeiro acumula, depois manipula ao se mover em uma direção e captar a liquidez
de curto prazo, e, em seguida, distribui ao se mover na direção oposta. Já no CRT,
o preço acumula e busca a liquidez do CRT-High ou CRT-Low, antes de se dirigir
para o lado oposto. Esses pontos, CRT-High/Low, podem corresponder às máxi-
mas ou mínimas do dia anterior (Previous Day High/Low) ou às máximas e mínimas
das sessões anteriores, oferecendo uma perspectiva integrada para a análise de li-
quidez e movimento do preço.
A Candle Range Theory é mais do que apenas observar a máxima e a mínima de uma
vela. Trata-se de entender como cada candle reflete o comportamento das institui-
ções e dos traders no mercado. Ao dominar essa teoria, você poderá identificar
desequilíbrios, zonas de liquidez e oportunidades de entrada com maior precisão.
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Capítulo 34 - Seek and Destroy
O conceito de Seek and Destroy no contexto do Smart Money Concepts (SMC) re-
fere-se a um comportamento específico do mercado em que o preço busca (seek)
liquidez em áreas estratégicas e a elimina (destroy), liquidando as ordens de compra
e venda que se encontram nesses níveis. Essencialmente, é o mercado "varrendo"
stops, seja acima de máximas ou abaixo de mínimas, antes de estabelecer sua pró-
xima direção.
Imagine o mercado como um predador astuto, cujo objetivo é devorar a liquidez
disponível antes de fazer um movimento real. Ele não toma decisões aleatórias;
cada movimento busca eliminar ordens pendentes, forçando participantes menos
preparados a saírem de suas posições. O Seek and Destroy geralmente ocorre em
momentos de menor volatilidade geral ou em dias em que não há uma direção
clara, com o mercado se consolidando e caçando liquidez em máximas e mínimas
próximas.
No Smart Money, esse conceito é essencial porque é exatamente onde grandes
instituições financeiras (os chamados “jogadores inteligentes”) aproveitam para
manipular o mercado. Saber identificar esses movimentos pode significar a dife-
rença entre ser liquidado junto com os traders de varejo ou lucrar ao alinhar-se
com o fluxo institucional.
O padrão de Seek and Destroy pode ser reconhecido por algumas características
específicas:
• Liquidez em áreas próximas: Máximas e mínimas recentes de sessões
ou dias anteriores costumam ser os alvos primários.
• Movimentos repetidos entre extremos: O mercado pode parecer “in-
deciso”, oscilando entre níveis de resistência e suporte enquanto varre li-
quidez em ambos os lados.
• Ausência de deslocamento significativo: Diferente de dias de tendên-
cia clara, o preço não apresenta movimentos convincentes em nenhuma
direção.
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Como trader, você deve ficar atento a esses sinais para evitar armadilhas e se po-
sicionar estrategicamente. Por exemplo, se você observar o preço atingindo uma
máxima da sessão anterior sem deslocamento (displacement) real, isso pode ser um
indicativo de que o mercado está apenas buscando liquidez antes de inverter.
Contextos em que é aplicado
O Seek and Destroy é frequentemente observado em dois cenários principais:
1. Dias sem direção clara: Em dias com menor influência de eventos fun-
damentais, o mercado pode entrar em um padrão de consolidação. Nessas
condições, o Seek and Destroy permite que o Smart Money elimine ordens
pendentes enquanto avalia a próxima direção.
2. Sessões antes de eventos importantes: Antes de um anúncio de política
monetária ou de dados econômicos significativos, o mercado pode usar
esse padrão para limpar a liquidez.
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O Seek and Destroy não é apenas um padrão de manipulação; é uma oportunidade
de entender como o mercado realmente opera. Enquanto muitos traders perdem
suas posições ao serem vítimas dessas varreduras, aqueles que dominam o conceito
podem utilizá-lo a seu favor, alinhando-se com o fluxo institucional e antecipando
os próximos movimentos do preço.
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Capítulo 35 - SMT Divergence
A SMT Divergence, ou “Divergência de Smart Money Tools,” é um conceito avan-
çado utilizado para identificar desequilíbrios e manipulações no mercado. Em sua
essência, ela se baseia na comparação entre dois mercados correlacionados (posi-
tiva ou negativamente) para detectar divergências nos movimentos de preços.
Por exemplo, se dois mercados normalmente correlacionados, como EUR/USD
e GBP/USD, estiverem subindo, mas um deles começar a cair enquanto o outro
continua subindo, isso pode ser um sinal de manipulação ou de liquidez sendo
retirada de um dos mercados.
No contexto do Smart Money Concepts (SMC), a SMT Divergence é uma ferramenta
poderosa para identificar onde as instituições financeiras estão posicionadas. Ela
ajuda os traders a prever movimentos futuros e a evitar armadilhas do mercado,
como stop hunts.
Esse comportamento indica que um mercado está acumulando liquidez enquanto
o outro está distribuindo, o que pode levar a uma reversão iminente. Assim, a SMT
é como um alarme, avisando que algo fora do padrão está acontecendo.
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Diferenças entre Correlações Positivas e Negativas
Antes de entender como usar a SMT Divergence, é importante diferenciar as corre-
lações positivas e negativas:
• Correlação Positiva:
Quando dois ativos se movem na mesma direção. Por exemplo, se o EUR/USD
sobe, o GBP/USD também tende a subir. Na SMT, divergências nesses pares po-
dem indicar desequilíbrios institucionais ou manipulação.
• Correlação Negativa:
Quando dois ativos se movem em direções opostas. Um exemplo clássico é o
DXY (índice do dólar) e o EUR/USD. Uma divergência nesse contexto pode si-
nalizar uma mudança de força relativa ou uma possível reversão.
Reconhecer essas correlações ajuda a identificar onde a SMT Divergence está su-
gerindo a presença de Smart Money operando no mercado.
Como ele é usado
A SMT Divergence é aplicada em momentos críticos do mercado, como durante
a manipulação de liquidez, reversões de tendência ou breakouts.
Análise Intermercado
A SMT Divergence é especialmente útil na análise intermercado, onde a relação
entre diferentes ativos fornece pistas sobre o fluxo de ordens institucionais. Essa
técnica permite identificar acumulação ou distribuição, fases críticas para determi-
nar as próximas movimentações do mercado.
Por exemplo:
• Acumulação: Durante essa fase, os mercados buscam liquidez. Uma
SMT Divergence pode sinalizar que os institucionais estão buscando li-
quidez em um ativo enquanto se posicionam no outro.
• Distribuição: Após acumular liquidez, o mercado tende a distribuí-la, ge-
ralmente em direção ao nível oposto.
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SMT como Ferramenta de Confirmação
A SMT Divergence não é usada como sinal de entrada isolado. Em vez disso, ela
funciona como uma confirmação em torno de níveis predeterminados.
Por exemplo:
• Se você identificar um Liquidity Pool (piscina de liquidez) próximo de um
ponto-chave e observar uma divergência SMT, isso reforça sua confiança
para entrar na negociação.
• Da mesma forma, ao combinar a SMT com ferramentas como Fair Value
Gaps e displacement, você pode refinar ainda mais suas entradas e alvos.
Passo a passo para identificar a SMT Divergence
1. Escolha os mercados correlacionados: Identifique pares ou índices
que normalmente se movem juntos (correlação positiva) ou em direções
opostas (correlação negativa).
2. Compare os movimentos: Observe como cada mercado está se com-
portando em relação ao outro. Procure por divergências claras.
3. Confirme a manipulação: Quando uma divergência ocorre, ela geral-
mente indica que o mercado está manipulando a liquidez de um dos ativos
antes de continuar em uma direção específica.
4. Combine com outros conceitos: Utilize ferramentas como displacement,
fair value gaps (FVG), e order blocks para confirmar a análise e encontrar
oportunidades de entrada.
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Contextos comuns de aplicação
• Antes de reversões: A SMT Divergence pode indicar uma mudança imi-
nente na direção do mercado.
• Durante manipulações de liquidez: Ela destaca mercados sendo mani-
pulados, ajudando a identificar onde o preço pode buscar liquidez.
• Para confirmar viés: Quando usado junto com análises de timeframe
maior, como gráficos diários ou semanais, reforça a confiança no viés de
alta ou baixa.
Exemplos de pares para SMT Divergence
Abaixo estão alguns exemplos de pares com correlações positivas e negativas, fre-
quentemente utilizados na análise de SMT Divergence:
Pares/Índices Correlação Explicação
Ambos se movem na mesma direção de-
EUR/USD e GBP/USD Positiva vido à sua relação com o dólar ameri-
cano.
Geralmente, ambos sobem ou descem
Nasdaq (NQ) e S&P500
Positiva juntos com base no sentimento do mer-
(ES)
cado.
Inversamente correlacionados devido à
EUR/USD e USD/CHF Negativa
relação oposta com o dólar.
Quando o índice do dólar sobe, o
DXY e EUR/USD Negativa
EUR/USD tende a cair, e vice-versa.
O ouro e o dólar normalmente se mo-
Gold (XAU/USD) e DXY Negativa
vem em direções opostas.
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Exemplo Prático de Divergência:
Nesse contexto, buscamos uma oportunidade de compra. O ES formou um novo
LL, enquanto o NQ criou um HL, indicando maior força no NQ. Por isso,
preferimos comprar NQ em vez de ES.
• A divergência SMT serve como uma ferramenta de confirmação em fases de
acumulação e distribuição.
• Ela NÃO deve ser utilizada como um padrão de entrada.
• A divergência SMT é essencial para identificar e confiar nos movimentos de
Stop Hunts.
• É fundamental compreender a direção do mercado e, em seguida, usar a
SMT para validar esse viés.
A SMT Divergence é uma poderosa ferramenta de análise intermercado que destaca
desequilíbrios institucionais e manipulações de preço. Compreender as diferenças
entre correlações positivas e negativas, identificar acumulação e distribuição, e ali-
nhar essas observações com sua análise técnica geral pode transformar sua abor-
dagem ao mercado.
Lembre-se, a SMT Divergence é mais eficaz quando usada como confirmação, em
combinação com outros elementos do Smart Money Concepts, como Fair Value Gaps
e displacement. Seja paciente, siga o fluxo institucional e use essas divergências como
um farol para guiar suas negociações.
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Relação entre o Dólar e o Mercado de Futuros
A dinâmica entre o DXY (Índice do Dólar Americano) e o mercado de futuros,
como o SP500, Nasdaq e Dow Jones, é amplamente inversa na maior parte do
tempo. Quando o DXY se fortalece, o valor do dólar americano aumenta em re-
lação a outras moedas. Isso torna os ativos precificados em dólares, como ações,
ouro e petróleo, mais caros para investidores internacionais, resultando em uma
queda nos preços desses ativos e, consequentemente, no mercado de futuros.
Em contrapartida, quando o dólar enfraquece, as exportações dos EUA se tornam
mais competitivas, impulsionando os lucros das empresas americanas. Esse cená-
rio favorece a alta dos preços das ações e estimula o crescimento no mercado de
futuros (SP500, Nasdaq e Dow Jones).
O que é o Índice do Dólar (DXY)?
O DXY, criado em 1973 pelo JP Morgan, mede o valor do dólar americano em
relação a um conjunto de moedas globais, como euro, iene, libra e dólar canadense.
Ele funciona como um termômetro econômico, indicando tendências globais e o
sentimento do mercado. Por exemplo, quando o DXY sobe, sinaliza aversão ao
risco, dificultando a alta de moedas estrangeiras e índices futuros. Em contrapar-
tida, a queda do DXY favorece esses ativos, indicando maior apetite ao risco.
Cenários Comuns Entre DXY e Índices
A relação entre o índice do dólar e os futuros pode ser resumida em três cenários
principais:
1. DXY em queda: Estimula a alta de SP500, Nasdaq e Dow Jones.
2. DXY em alta: Provoca queda nos índices futuros.
3. DXY em consolidação: Muitas vezes, os índices futuros apresentam
movimento de alta.
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Aplicando a Relação DXY e Índices na Prática
Entender essa correlação permite que os traders identifiquem oportunidades es-
tratégicas.
• Quando o DXY sobe e o SP500 cai: Reflete aversão ao risco, sugerindo
uma oportunidade de posições vendidas nos índices.
• Quando o DXY cai e o SP500 sobe: Indica otimismo no mercado, cri-
ando oportunidades para posições compradas.
Com uma análise cuidadosa dessa relação, traders podem ajustar suas estratégias,
aproveitando movimentos importantes e tomando decisões alinhadas ao compor-
tamento do mercado.
A relação entre o dólar e o mercado de futuros (SP500, Nasdaq e Dow Jones) é direta
e significativa. Quando o índice do dólar se valoriza, o dólar mais forte torna as
exportações americanas menos competitivas, reduzindo os lucros corporativos e
pressionando os preços das ações para baixo, o que impacta negativamente os
futuros desses índices.
Por outro lado, quando o dólar se desvaloriza, as exportações dos EUA se tornam
mais atrativas, aumentando os lucros das empresas americanas. Isso impulsiona os
preços das ações e favorece o movimento de alta nos futuros do SP500, Nasdaq e
Dow Jones.
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Capítulo 36 - Interbank Price Delivery Algorithm
(IPDA)
O Interbank Price Delivery Algorithm (IPDA), ou Algoritmo de Entrega de Preço In-
terbancário, é um mecanismo que governa a forma como os preços são entregues
nos mercados financeiros. Ele é a espinha dorsal por trás dos movimentos de
preço, orquestrando a entrega de preços entre bancos, instituições e grandes pla-
yers. O IPDA está sempre buscando eficiência nos mercados, reequilibrando áreas
de preço e preenchendo lacunas de liquidez. Ele enfatiza o papel das piscinas de
liquidez (Buy-Side e Sell-Side) e das lacunas de valor justo (Fair Value Gaps -
FVGs) no movimento dos preços1.
O IPDA ajuda traders a alinhar-se com o fluxo de ordens institucionais para uma
análise de mercado precisa. Ele governa quatro fases principais do comportamento
do mercado: Consolidação, Expansão, Retração e Reversão.
O IPDA opera com base em períodos de olhar para trás de 20, 40 e 60 dias de
negociação, permitindo que traders analisem a liquidez e prevejam movimentos de
preço. Esses períodos revelam os maiores altos e menores baixos dentro de seus
respectivos períodos, que atuam como níveis críticos onde a liquidez reside.
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Como funciona o IPDA?
O Interbank Price Delivery Algorithm (IPDA) é uma metodologia usada para
analisar e prever movimentos de preços no mercado financeiro, focando nas ine-
ficiências de liquidez e no reequilíbrio dos preços. Aqui está um detalhamento de
como ele funciona:
1. Identificação de Lacunas de Valor Justo (FVGs): O IPDA identifica
lacunas de valor justo, que são diferenças entre o preço de mercado e o
valor justo de um ativo. Essas lacunas indicam onde a liquidez pode estar
concentrada.
2. Análise de Piscinas de Liquidez: O IPDA analisa duas piscinas de li-
quidez: Buy-Side (compradores) e Sell-Side (vendedores). Essas piscinas
representam onde a liquidez está disponível e como ela pode influenciar
os movimentos de preços.
3. Períodos de Olhar para Trás: O IPDA utiliza períodos de olhar para
trás de 20, 40 e 60 dias para identificar os maiores altos e menores baixos
dentro desses períodos. Esses pontos são considerados níveis críticos
onde a liquidez tende a residir.
4. Fases do Comportamento do Mercado: O IPDA governa quatro fases
principais do comportamento do mercado: Consolidação, Expansão, Re-
tração e Reversão. Cada fase representa um padrão específico de movi-
mento de preços e comportamento de liquidez.
5. Previsão de Movimentos de Preços: Usando as informações coletadas
sobre lacunas de valor justo, piscinas de liquidez e fases de mercado, o
IPDA ajuda traders a prever movimentos de preços e a alinhar suas estra-
tégias com o fluxo de ordens institucionais.
Essas etapas permitem que traders façam uma análise mais precisa e estratégica do
mercado, alinhando-se com os movimentos de liquidez e preços institucionais.
Fases de comportamento do Mercado
Antes de entender como o preço se movimenta nos mercados financeiros, é fun-
damental reconhecer que ele segue padrões específicos de comportamento. Esses
padrões refletem as decisões e intenções dos grandes players institucionais, os
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Market Makers, enquanto ajustam o preço para buscar liquidez e equilibrar as forças
do mercado. As fases de comportamento do mercado — expansão, reversão, re-
tração e consolidação — são como capítulos de uma história contínua que o preço
narra. Cada fase tem sua própria dinâmica, indicando não apenas o que está acon-
tecendo, mas também o que podemos esperar a seguir. Vamos explorar cada uma
dessas fases em detalhes para compreender como identificar e aproveitar as opor-
tunidades que elas oferecem.
Expansão
Expansão é quando o preço se move rapidamente a partir de um nível de equilí-
brio. Isso mostra a disposição dos Market Makers em reajustar o preço para o
próximo objetivo. Se os mercados começarem a partir de uma consolidação, um
deslocamento será usado para romper a consolidação. O preço então formará um
bloco de ordens enquanto rompe a consolidação. O bloco de ordens será encon-
trado próximo ou no equilíbrio da consolidação.
Reversão
Ponto de referência no fluxo de ordens institucionais: Piscina de Liquidez Rever-
são é quando o preço reverte completamente sua tendência estabelecida. As rever-
sões ocorrem nas piscinas de liquidez. Piscinas de liquidez de alta são encontradas
abaixo de mínimos antigos. Piscinas de liquidez de baixa são encontradas acima de
máximos antigos.
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Retração
[FVG/Imbalance] Retração é quando o preço retorna dentro da faixa de preço
formada pelo deslocamento. Retrações dentro de uma faixa de preço buscam áreas
que não foram negociadas de maneira eficiente. Lacunas de valor justo e desequi-
líbrios nos mostram áreas que não foram negociadas de maneira eficiente. Ao pen-
sar em retrações, você deve instantaneamente pensar em lacunas de valor
justo/desequilíbrios.
Consolidação
Ponto de referência no fluxo de ordens institucionais: Equilíbrio Consolidações
ocorrem quando o preço é restringido por uma faixa de negociação e não há dis-
posição para romper ainda. Consolidações nos mostram que os Market Makers
estão construindo liquidez acima e abaixo do mercado. Podemos antecipar
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expansões após a consolidação. Seja paciente e procure um deslocamento para
longe do ponto de equilíbrio da consolidação.
Para compreender a relação entre as fases de comportamento do mercado, ima-
gine-as como um ciclo contínuo que se inicia sempre pela consolidação. O es-
quema a seguir ilustra como essas fases se interligam, formando um fluxo dinâ-
mico.
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PARTE 6.
TEMPO E PREÇO
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Capítulo 37 – Killzones
O tempo é um elemento crucial na metodologia Smart Money Concepts (SMC). Os
movimentos do mercado não são aleatórios; eles seguem padrões que coincidem
com os horários em que os Market Makers estão mais ativos. Esses períodos não
apenas marcam picos de volatilidade, mas também sinalizam os momentos em que
as instituições financeiras atuam em busca de liquidez, executando grandes ordens
e provocando deslocamentos no preço.
Para aproveitar ao máximo o potencial das KillZones, é importante compreender
que todo o conceito de tempo no SMC é baseado no horário de Nova York (NY).
Isso garante uma referência uniforme, independentemente de onde você esteja
negociando. É importante ficar atento aos horários de verão em Nova York, pois
o horário muda.
O que é uma KillZone?
Uma KillZone é uma janela de tempo específica durante a qual o mercado apre-
senta maior volatilidade e volume de negociação. Esses períodos ocorrem em di-
ferentes momentos do dia, dependendo das sessões de negociação das principais
praças financeiras do mundo: Ásia, Londres e Nova York.
As KillZones não apenas indicam os momentos de maior atividade, mas também
ajudam a identificar as intenções dos Market Makers. É nessas zonas que ocorrem
manipulações de preço, deslocamentos significativos (displacements) e movimenta-
ções em direção a áreas de liquidez.
Imagine as KillZones como os horários em que o mercado realmente "acorda" e
começa a executar as ordens acumuladas anteriormente. São nesses momentos que
traders atentos podem encontrar as melhores oportunidades para alinhar suas ope-
rações com os movimentos institucionais.
Os horários das KillZones variam de acordo com cada sessão de negociação. A
tabela abaixo mostra os períodos mais comuns, sempre em horário de Nova York
(NY):
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KillZone Horário (NY) Descrição
Asian 20h00 às 00h00 Marcada por menor volatilidade, mas essencial
KillZone para construção de faixas de preço que influen-
ciam as sessões seguintes.
London 02h00 às 05h00 Caracterizada por rompimentos de níveis forma-
KillZone dos na sessão asiática, marcando deslocamentos
iniciais.
New York 07h00 às 10h00 Período de picos de volatilidade, geralmente con-
KillZone solidando ou revertendo os movimentos de Lon-
dres.
London Close 10h00 às 12h00 Momento em que os mercados europeus encer-
KillZone ram suas atividades, provocando ajustes e novas
oportunidades.
Como o Horário de Verão Afeta as Killzones?
Nos Estados Unidos, o horário de verão (Daylight Saving Time - DST) ajusta os
relógios em uma hora para frente na primavera (aumentando as horas de luz ao
fim do dia) e retorna ao horário padrão no outono. Essas mudanças acontecem
no segundo domingo de março e no primeiro domingo de novembro, sempre às
2:00 da manhã.
No Brasil, atualmente, não há adesão ao horário de verão, o que significa que
os horários das killzones precisarão ser ajustados localmente em uma hora sempre
que o horário de Nova York mudar ou sair do Daylight Saving Time. Por exemplo,
durante o horário de verão norte-americano, o fuso de Brasília estará 1 hora à
frente de Nova York (EDT), enquanto fora dele estará 2 horas à frente (EST).
Caso o horário de verão volte a ser implementado no Brasil futuramente, será
necessário ajustar os cálculos de acordo com essa mudança. Para evitar confusões,
Michael Huddleston recomenda que os traders sigam sempre o horário local de
Nova York (NY-local time) como referência. Dessa forma, os períodos da estratégia,
como as sessões de Londres, Nova York AM e PM, continuam consistentes, al-
ternando apenas entre Eastern Standard Time (EST) e Eastern Daylight
Time (EDT) conforme aplicável nos Estados Unidos.
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Asian Killzone
A Asian Killzone é uma das principais janelas estratégicas no ciclo diário do mer-
cado, ocorrendo entre 20h00 e 00h00 (horário de Nova York). Este período
coincide com o início da atividade dos mercados asiáticos, incluindo as bolsas de
Tóquio, Sydney e Hong Kong.
Embora os movimentos durante esta sessão sejam, em sua maioria, menos voláteis
do que nas sessões de Londres e Nova York, a Asian Killzone desempenha um papel
crucial na configuração do comportamento intradiário. Ela é frequentemente ca-
racterizada por consolidações que criam faixas de liquidez, preparadas para serem
manipuladas nas sessões subsequentes.
Melhores ativos para negociar durante a Asian Killzone
A escolha dos ativos adequados para negociação na Asian Killzone depende da
atividade econômica das regiões que estão mais ativas neste horário.
Ativos com alta volatilidade e potencial de entrada
1. JPY (Iene Japonês):
o Pares como USD/JPY, GBP/JPY e AUD/JPY apresentam boa
liquidez e volatilidade consistente.
o Esses pares se beneficiam da atividade no mercado japonês, ofe-
recendo oportunidades para estratégias de curto prazo.
2. AUD (Dólar Australiano):
o Pares como AUD/USD e AUD/JPY são ideais, especialmente
devido à influência do mercado australiano.
o Esses ativos tendem a apresentar movimentos direcionais mais
robustos durante esta sessão.
3. NZD (Dólar da Nova Zelândia):
o O NZD/USD é outro par popular, com volatilidade razoável du-
rante a Asian Killzone.
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Ativos com baixa atividade
1. EUR/USD, GBP/USD e índices americanos:
o Durante a Asian Killzone, esses ativos tendem a consolidar, for-
mando faixas de acumulação que serão manipuladas nas sessões
de Londres e Nova York.
o Movimentos mais significativos geralmente ocorrem apenas nas
próximas sessões, tornando-os menos atraentes para estratégias
intradiárias neste período.
Características dos movimentos da Asian Killzone
A Asian Killzone é, em sua essência, uma sessão de acumulação. Isso significa que,
na maioria dos casos, o preço se movimenta dentro de faixas estreitas, preparando
o mercado para manipulação e expansão nas próximas sessões.
• Faixa estreita:
o Durante este período, o preço frequentemente se move dentro
de uma faixa de 20 a 30 pips.
o Essa faixa é desenhada entre a máxima mais alta e a mínima mais
baixa registradas entre 20h00 e 00h00 (NY Time).
• Acúmulo de ordens:
o A consolidação cria pools de liquidez acima e abaixo das extre-
midades da faixa asiática.
o Esses níveis de liquidez são alvos ideais para manipulação nas
sessões seguintes.
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Relação com o modelo PO3 (Acumulação, Manipulação e Distribuição)
• A Asian Killzone frequentemente atua como a fase de Acumulação no
modelo Power of 3 (PO3) dos índices americanos e pares como
EUR/USD, GBP/USD.
• Durante esse período, o preço acumula ordens, estabelecendo a base para
manipulações subsequentes nas sessões de Londres e Nova York.
London Killzone
A London Killzone é uma das sessões mais importantes no mercado financeiro glo-
bal, ocorrendo entre 2h e 5h (horário de Nova York). Este é o período em que
os mercados europeus começam a operar com força, trazendo um aumento signi-
ficativo no volume de negociações e na volatilidade.
É durante esta janela que muitos traders institucionais realizam suas operações
mais importantes do dia. Por isso, a London Killzone tem uma das maiores pro-
babilidades de apresentar movimentos direcionais robustos, sendo responsável
pela definição da máxima ou mínima do dia na maioria das vezes.
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Melhores ativos para negociar
A escolha de ativos certos para negociação durante a London Killzone pode au-
mentar significativamente suas chances de sucesso.
Ativos com alta volatilidade:
1. GBP/USD:
o Conhecido como "cable", é um dos pares mais populares durante
esta sessão devido à sua alta liquidez e movimentos previsíveis.
2. EUR/USD:
o Este par é amplamente negociado durante a London Killzone,
oferecendo oportunidades de curto prazo baseadas na volatili-
dade europeia.
Outros ativos relevantes:
• Índices europeus, como o DAX e FTSE, podem ser boas alternativas
para traders interessados em instrumentos além de pares de moedas.
Ativos a evitar:
Durante a London Killzone, pares de moedas com menor liquidez, especialmente
aqueles que não envolvem o dólar, euro ou libra, podem ter movimentos menos
previsíveis. Além disso, ativos asiáticos, como pares envolvendo JPY ou AUD, já
terão concluído seus principais movimentos na sessão anterior.
Características dos movimentos da sessão
A London Killzone é famosa por suas características únicas que a tornam atrativa
tanto para traders iniciantes quanto experientes.
A captura de liquidez da sessão asiática
• A London Killzone geralmente começa com o Judas Swing, um movi-
mento falso que captura liquidez acumulada durante a Asian Killzone.
• Esse movimento serve para remover ordens de compra ou venda posici-
onadas em torno da máxima ou mínima da faixa asiática antes de iniciar o
verdadeiro movimento do dia.
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Formação da máxima ou mínima do dia
• Dias de alta (Bullish):
o A London Killzone frequentemente define a mínima do dia, se-
guida de uma reversão e expansão de preço para cima.
• Dias de baixa (Bearish):
o Ela tende a criar a máxima do dia antes de uma queda sustentada.
New York Killzone
A New York Killzone (NY KZ) ocorre entre 7h e 10h (horário de Nova York),
representando um dos períodos mais movimentados no mercado financeiro. É a
sessão em que a volatilidade alcança níveis altos devido à sobreposição das sessões
de Londres e Nova York, o que resulta em uma enxurrada de volume de negocia-
ções.
Esse horário é ideal para quem busca capturar movimentos intradiários robustos,
especialmente em ativos correlacionados com o dólar americano. Além disso, du-
rante a NY KZ, o mercado frequentemente forma reviravoltas ou continuações
de tendências definidas na London Killzone, tornando-a uma janela estratégica
tanto para traders iniciantes quanto experientes.
Melhores ativos para negociar
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Escolher os ativos certos para operar durante a NY KZ é crucial para maximizar
as oportunidades de lucro.
Ativos com alta volatilidade:
Os pares de moedas mais indicados durante essa sessão são:
1. EUR/USD:
o Altamente negociado, este par apresenta movimentos nítidos e
previsíveis.
2. GBP/USD:
o Conhecido por sua volatilidade, é ideal para traders que buscam
movimentos rápidos e direcionais.
3. USD/CAD:
o Com frequência, este par oferece oportunidades de retração ou
continuidade baseadas nos movimentos da sessão de Londres.
Ativos alternativos:
Além de pares de moedas, índices americanos, como S&P 500 (ES) e Nasdaq
(NQ), apresentam excelente liquidez e volatilidade, sendo ideais para estratégias
de curto prazo.
Ativos a evitar:
Ativos que já sofreram grandes movimentos antes da NY KZ ou pares exóticos
com menor liquidez podem gerar resultados inconsistentes e devem ser evitados
durante este período.
Características dos movimentos da sessão
A New York Killzone é única devido à sua capacidade de gerar tanto reversões
quanto continuações de tendência. Compreender suas características é essencial
para identificar oportunidades de entrada e saída com precisão.
Continuação da tendência da London Killzone
Na maioria dos dias, o movimento iniciado na London Killzone encontra conti-
nuidade na NY KZ. Por exemplo:
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• Dias de alta (Bullish):
o A mínima do dia é formada em Londres, e a NY KZ oferece uma
oportunidade de retração antes de continuar em alta.
• Dias de baixa (Bearish):
o A máxima do dia é formada na sessão de Londres, e a NY KZ
fornece uma entrada favorável para a continuação da tendência
de baixa.
Durante esses cenários, a faixa da London Killzone funciona como um ponto
de referência para identificar possíveis níveis de retração e entrada, como Fair Va-
lue Gaps (FVGs) e Order Blocks (OBs).
Reversão da direção do dia
Em casos onde o mercado já alcançou níveis extremos, como Pontos de Interesse
(POIs) ou pools de liquidez de prazos mais altos, a NY KZ frequentemente inverte
a direção estabelecida. Exemplos:
• Reversão para alta:
o Após a mínima do dia ser formada na London Killzone, a NY
KZ inicia um movimento ascendente em direção a alvos superi-
ores.
• Reversão para baixa:
o Após a máxima do dia ser estabelecida na London Killzone, a
NY KZ conduz o mercado para níveis mais baixos, explorando
a liquidez acumulada.
Movimentos típicos da NY Killzone
1. Alta volatilidade:
o A sobreposição com a sessão de Londres gera volumes significa-
tivos, promovendo movimentos rápidos.
2. Captura de liquidez:
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o O preço frequentemente busca níveis estabelecidos na Asian
Killzone e na London Killzone antes de seguir sua direção prin-
cipal.
London Close Killzone
A London Close Killzone ocorre diariamente entre 10h e 12h (horário de Nova
York), sendo um período crucial para o comportamento do mercado. Durante
esse intervalo, muitos traders institucionais e de varejo ajustam suas posições antes
do encerramento da sessão de Londres, o que geralmente resulta em retrações ou
reversões no preço.
Em dias de alta (bullish), o preço tende a retornar à faixa diária após formar a má-
xima do dia. Já em dias de baixa (bearish), ele faz o oposto, retraindo para dentro
do intervalo após estabelecer a mínima do dia. Essa movimentação é uma oportu-
nidade valiosa para traders que compreendem o order flow institucional e sabem
identificar setups baseados em retrações.
Apesar de, ocasionalmente, o movimento do London Close se estender até a tarde
da sessão de Nova York, o núcleo dessa Killzone está em capturar reversões ou
continuidades logo antes do mercado europeu encerrar suas operações principais.
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Características dos movimentos dessa sessão
A London Close Killzone é caracterizada por retrações controladas, reversões estra-
tégicas e a chance de capturar movimentos rápidos dentro de padrões previsíveis.
Continuação ou reversão?
Uma das principais peculiaridades desse horário é a possibilidade de continuidade
da tendência estabelecida ou de reversão completa.
• Continuidade:
o Após a máxima ou mínima do dia ser formada, o preço frequen-
temente retorna para testar níveis de suporte ou resistência signi-
ficativos, como Fair Value Gaps (FVGs), Order Blocks (OBs) ou Li-
quidity Pools.
o Em dias bullish, espere que o preço retraia para níveis abaixo da
faixa diária antes de continuar subindo. Em dias bearish, a retração
ocorrerá para cima antes de uma queda maior.
• Reversão:
o Se o mercado alcançou extremos significativos em períodos an-
teriores, como na sessão de Nova York, o London Close frequen-
temente serve como um momento de correção, levando o preço
de volta a níveis médios de negociação ou iniciando movimentos
unidirecionais mais longos.
o Essas reversões podem até marcar o início de tendências sema-
nais mais amplas.
Lógica de captura de liquidez
O London Close frequentemente realiza uma "pente fino" nas liquidações de ordens
da sessão de Nova York. Essa captura de liquidez é estratégica, limpando ordens
de traders que esperavam continuidades imediatas. Após essa varredura, o mer-
cado frequentemente retoma sua direção original, oferecendo novas oportunida-
des de entrada com risco reduzido.
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Setups típicos da London Close Killzone
• Entradas baseadas em retrações:
o Utilize níveis como 0.618 e 0.786 de Fibonacci para identificar
pontos ideais de entrada.
o Combine esses níveis com confirmações de displacement para
maior segurança.
• Entradas baseadas em reversão:
o Observe capturas de liquidez de sessões anteriores e procure re-
ações em Pontos de Interesse (POIs) de períodos mais altos
(HTFs).
Quando evitar negociar na London Close Killzone
Certas condições tornam essa sessão menos previsível e mais arriscada:
• Após grandes movimentos intradiários nas sessões anteriores.
• Durante anúncios importantes, como decisões de taxa de juros ou decla-
rações econômicas.
• Quando os intervalos de sessões anteriores, como o Asian Range ou
CBDR, não apresentarem consolidação clara.
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Sessão de Nova York (AM e PM) para Índices Futuros Americanos
Embora a janela das 7h às 10h (horário de NY) seja crucial e já abordada como a
"New York Killzone", para traders focados em índices futuros americanos, como o
S&P 500 (ES) e o Nasdaq 100 (NQ), é benéfico refinar essa visão, dividindo a
sessão de Nova York em períodos AM e PM, que estão intimamente ligados aos
horários de funcionamento do mercado de ações dos EUA. Esses períodos são
particularmente importantes devido à concentração de volume, divulgação de no-
tícias econômicas e abertura/fechamento da bolsa de valores.
New York AM Session Killzone (Manhã):
Horário Típico: Aproximadamente das 8:30 às 11:00 (horário de NY).
Importância para Futuros: Esta janela engloba momentos de altíssima relevân-
cia para os índices. Começa frequentemente com a divulgação de dados econômi-
cos importantes às 8:30 (NY) e inclui a abertura oficial do mercado de ações às
9:30 (NY). A abertura da bolsa injeta um volume massivo e liquidez, frequente-
mente resultando em:
• Manipulação Inicial (Judas Swing): Um movimento falso para
capturar liquidez acima ou abaixo dos níveis pré-mercado.
• Expansão e Deslocamento (Displacement): Após a manipula-
ção, o preço tende a fazer um movimento direcional forte, muitas
vezes estabelecendo a máxima ou mínima da sessão americana.
• Formação de Setups: Oportunidades de entrada em Fair Value
Gaps (FVGs) ou reação a Order Blocks (OBs) formados durante
essa volatilidade inicial são comuns. É um período chave para bus-
car a "verdadeira" direção do dia nos índices.
New York Lunch Session (Almoço):
Horário Típico: Aproximadamente das 12:00 às 13:00 (horário de NY).
Importância para Futuros: Este período é frequentemente caracterizado por
uma diminuição na volatilidade e no volume, conhecido como o "horário de al-
moço" de Nova York. O mercado tende a consolidar ou fazer retrações lentas.
Embora possa oferecer setups de continuação ou reversão em menor escala,
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geralmente é um período de menor probabilidade para entradas de alta qualidade,
servindo mais como uma fase de acumulação ou reequilíbrio antes da tarde.
New York PM Session Killzone (Tarde):
Horário Típico: Aproximadamente das 13:30 às 16:00 (horário de NY).
Importância para Futuros: A atividade tende a aumentar novamente após o al-
moço. Esta sessão pode apresentar:
• Continuação da Tendência: Se um viés direcional claro foi esta-
belecido na sessão AM, a sessão PM pode oferecer oportunidades
de entrada em retrações para continuar esse movimento.
• Reversão de Final de Dia: O preço pode buscar liquidez criada
mais cedo na sessão (máximas/mínimas da manhã) ou reverter a
tendência diária ao atingir níveis de preço chave (POIs de HTF).
• Consolidação para o Fechamento: À medida que o fechamento
do mercado de ações (16:00 NY) se aproxima, pode haver movi-
mentos relacionados ao balanceamento de posições institucionais.
Esta sessão, juntamente com a "London Close Killzone" (que se
sobrepõe parcialmente no início), ajuda a finalizar a estrutura diária
de preço.
Compreender essas janelas de tempo específicas dentro da sessão de Nova York
permite aos traders de futuros alinhar suas operações com os períodos de maior
probabilidade de movimento e liquidez, otimizando a aplicação dos conceitos de
Smart Money para esses instrumentos específicos.
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Capítulo 38 - Macro Times
Os ICT Macro Times são intervalos curtos de tempo em que o algoritmo busca
liquidez (liquidity) ou realiza ajustes nos desequilíbrios (Fair Value Gaps). Esses mo-
mentos, baseados na teoria de tempo e preço do ICT, criam eventos importantes
na entrega de preços e podem ser usados para adicionar confluência às suas estra-
tégias de negociação.
De acordo com Michael J. Huddleston, o ICT Macro Times é “uma sequência curta
de instruções que cria um evento na entrega de preço”. Isso significa que, durante
esses períodos, o mercado tende a realizar movimentos claros e decisivos, como
buscar liquidez ou corrigir desequilíbrios.
Os ICT Macros não são uma estratégia completa de negociação por si só, mas po-
dem ser um complemento poderoso para maximizar lucros quando usados em
conjunto com outras metodologias, como o ICT 2022 Model ou o Silver Bullet.
Esses macros ocorrem em momentos estratégicos, como:
• Sessão de Londres.
• Sessão de Nova York (manhã, almoço e tarde).
• Última hora de negociação do mercado.
Como funcionam os ICT Macro Times
Durante os ICT Macro Times, o mercado busca liquidez ou reequilibra o preço de
acordo com as áreas identificadas como Fair Value Gaps. Isso pode gerar movi-
mentos rápidos que resultam em oportunidades de entrada ou saída em operações.
Existem duas principais dinâmicas nesses momentos:
1. Busca por liquidez:
o Se o preço absorveu a liquidez do lado vendedor (sell-side liquidity),
é provável que ele se mova em direção à liquidez do lado com-
prador (buy-side liquidity) ou ajuste desequilíbrios acima.
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o Se o preço tomou a liquidez do lado comprador, é esperado que
ele busque a liquidez do lado vendedor ou corrija desequilíbrios
abaixo.
2. Correção de desequilíbrios:
o O preço frequentemente retorna às zonas de Fair Value Gaps for-
madas anteriormente para corrigir ineficiências na negociação.
Isso pode criar oportunidades claras de entrada no mercado.
Uma característica interessante é que os ICT Macros não exigem que você tenha
um viés de longo prazo. Em vez disso, basta identificar a direção mais provável
do preço naquele período específico.
Por exemplo:
• Antes da abertura de um ICT Macro, marque os desequilíbrios e a liquidez
acima e abaixo do preço atual.
• Espere o movimento do preço para essas zonas durante o macro e execute
sua negociação com base nas reações observadas.
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ICT Macro Times: horários e principais estratégias
Os horários dos ICT Macros estão diretamente relacionados aos momentos de
maior volatilidade no mercado. Abaixo, estão os principais intervalos em EST
(Horário de Nova York):
ICT Macro Horário EST Horário GMT
Macro Londres 02:33 – 03:00 AM 06:33 – 07:00 AM
Macro Londres 04:03 – 04:30 AM 08:03 – 08:30 AM
Macro NY Manhã 08:50 – 09:10 AM 12:50 – 01:10 PM
Macro NY Manhã 09:50 – 10:10 AM 01:50 – 02:10 PM
Macro NY Manhã 10:50 – 11:10 AM 02:50 – 03:10 PM
Macro NY Almoço 11:50 – 12:10 PM 03:50 – 04:10 PM
Macro NY Tarde 01:10 – 01:40 PM 05:10 – 05:40 PM
Última Hora NY 03:15 – 03:45 PM 07:15 – 07:45 PM
Melhores ativos para negociar
Os ICT Macros foram originalmente desenvolvidos para índices como NASDAQ
(NQ Futures) e E-mini (S&P 500). Com o tempo, demonstraram grande eficácia
em:
• Principais pares de Forex: EUR/USD, GBP/USD.
• Metais preciosos: XAU/USD.
Melhores timeframes para os ICT Macros
Como os ICT Macros lidam com períodos curtos de tempo, os gráficos de menor
prazo são os mais adequados por isso, use gráficos de 5, 3 ou 1 minuto para exe-
cutar entradas com precisão.
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Estratégias baseadas em liquidez
Os tipos de liquidez mais comuns usados nos ICT Macro Times incluem:
• Máximas/mínimas do dia anterior.
• Máximas/mínimas da sessão anterior.
• Máximas/mínimas em gráficos de 15 minutos.
• Abertura da semana atual ou anterior.
• Expansão a partir da abertura da semana.
• Altas ou baixas relativas iguais (Relative Equal Highs/Lows).
Como usar ICT Macro Times com eficiência
Para maximizar o uso dos ICT Macro Times, siga este processo:
1. Prepare o gráfico antes do macro:
o Marque os pontos de liquidez e Fair Value Gaps.
o Analise o movimento do preço nas sessões anteriores.
2. Espere o macro iniciar:
o Observe a reação do preço nos níveis marcados.
o Use confirmações como mudanças de estrutura de mercado
(Market Structure Shift) ou deslocamento (displacement).
3. Combine com outras estratégias:
o Os ICT Macros funcionam bem com modelos como o ICT 2022
e o Silver Bullet.
4. Monitore os horários de maior impacto:
o A NY AM Macro (9:50 – 10:10 AM) é ideal devido à abertura do
mercado de ações e volatilidade elevada.
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Capítulo 39 - Daily Bias
O termo Daily Bias se refere à direção esperada dos movimentos diários de preço.
No contexto da metodologia ICT, prever corretamente o Daily Bias é essencial para
alinhar suas operações à intenção do mercado e aumentar as chances de sucesso.
Ao identificar o Daily Bias, você não está apenas tentando adivinhar para onde o
preço vai. Em vez disso, está analisando as intenções institucionais, identificando
como o algoritmo manipula o mercado para buscar liquidez e corrigir desequilí-
brios.
Embora não seja necessário prever o mercado com perfeição, entender o Daily
Bias ajuda a operar de forma mais confiante e consistente, evitando entrar contra
o fluxo principal do dia.
Como identificar o Daily Bias?
Existem três pilares principais para determinar o Daily Bias:
Fluxo de ordens no gráfico diário
O fluxo de ordens (order flow) reflete a estrutura atual do movimento de preços. Ele
pode ser identificado por:
• Tendência de alta (bullish order flow): Caracterizada por máximas
mais altas (higher highs) e mínimas mais altas (higher lows), indicando que o
preço está subindo em busca de liquidez ou equilibrando um desequilí-
brio.
• Tendência de baixa (bearish order flow): Identificada por mínimas
mais baixas (lower lows) e máximas mais baixas (lower highs), apontando que
o preço está em queda em direção à liquidez ou corrigindo desequilíbrios.
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O fluxo de ordens diário é amplamente utilizado por instituições financeiras, já
que ele oferece uma visão clara para posicionamento de ordens de grande volume.
Desequilíbrios (imbalances)
Os desequilíbrios no preço são áreas onde as negociações não ocorreram de forma
eficiente. Identificar Fair Value Gaps (FVGs) é crucial, pois o preço tende a retor-
nar a essas zonas para equilibrar o mercado antes de continuar seu movimento.
Busca por liquidez (Draw on Liquidity - DOL)
O preço se move em direção a pools de liquidez, como máximas ou mínimas an-
teriores, para buscar ordens pendentes. Essa busca é o segundo motivo primário
para os movimentos de preço e deve ser considerada ao determinar o Daily Bias.
Máximas e mínimas como referência
Máxima e mínima do dia anterior (PDH/PDL)
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Esses níveis atuam como guias importantes para avaliar a força da tendência atual
e prever reversões.
• Máxima do dia anterior (PDH):
Se o preço atingir a máxima do dia anterior, mas não conseguir ultrapassá-la, isso
pode sinalizar uma reversão para baixo.
• Mínima do dia anterior (PDL):
Se o preço atingir a mínima do dia anterior sem ultrapassá-la, isso pode indicar
uma reversão para cima.
As reversões podem ser enquadradas na Máxima do Dia Anterior e na Mínima do
Dia Anterior quando há uma falha no deslocamento (Displacement).
Máxima e mínima da semana anterior (PWH/PWL)
Assim como os níveis diários, as máximas e mínimas semanais são zonas signifi-
cativas de liquidez.
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• Use-as para identificar possíveis reversões ou continuação da tendência.
• Combine-as com zonas de Fair Value Gaps para maior precisão.
Pontos de oscilação (Swing Points)
Os swing points também servem como Draw on Liquidity. Falhas em romper essas
zonas podem indicar reversões ou continuidade no fluxo atual.
Falha em deslocar sobre máximas e mínimas antigas pode ser usada para enquadrar
uma reversão.
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O Daily Bias é um componente essencial para quem deseja operar com consistência
no mercado financeiro utilizando os conceitos do Smart Money. Ao combiná-lo
com ferramentas como Fair Value Gaps, Draw on Liquidity e o fluxo de ordens diá-
rio, você pode construir estratégias robustas e bem fundamentadas.
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Capítulo 40 - Perfil da Semana
O Weekly Profile é uma estrutura conceitual que descreve padrões típicos de com-
portamento do preço ao longo da semana de negociação. Esses perfis ajudam os
traders a antecipar movimentos potenciais no mercado com base em padrões his-
tóricos.
É importante entender que os perfis semanais não são previsões fixas. Eles forne-
cem um quadro para analisar tendências e probabilidades, permitindo que você
navegue pelos mercados de forma mais estratégica.
Perfis Clássicos do Início da Semana
Tuesday Low of the Week
No contexto otimista (bullish), o preço tende a manipular na segunda-feira, pai-
rando acima de um discount array em um período de tempo maior. Na terça-feira, o
mercado geralmente cai para formar a mínima da semana.
Como antecipar:
• Conheça o discount array em prazos mais altos.
• Se a queda não ocorrer na segunda-feira, é provável que aconteça na terça,
durante as sessões de Londres ou Nova York.
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Tuesday High of the Week
Em um cenário pessimista (bearish), o preço tende a manipular na segunda-feira,
pairando abaixo de um premium array. Na terça-feira, o mercado geralmente sobe
para formar a máxima da semana.
Como antecipar:
• Identifique o premium array em prazos mais altos.
• Se a subida não ocorrer na segunda-feira, é provável que aconteça na
terça-feira, durante as sessões de Londres ou Nova York.
Wednesday Low of the Week
Em um cenário otimista, o preço manipula na segunda e na terça-feira, pairando
acima de um discount array. Na quarta-feira, o mercado cai para formar a mínima da
semana.
Como antecipar:
• Fique atento ao discount array.
• Se a queda não ocorrer na segunda ou terça-feira, a quarta-feira provavel-
mente verá esse movimento.
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Wednesday High of the Week
Em um cenário pessimista, o preço manipula na segunda e na terça-feira, pairando
abaixo de um premium array. Na quarta-feira, o mercado sobe para formar a máxima
da semana.
Wednesday High of the Week
Máxima da Semana na Quarta-feira
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
Como antecipar:
• Monitore o premium array.
• Se o movimento para cima não ocorrer antes, a quarta-feira provavel-
mente verá a formação da máxima.
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242
Perfis de Consolidação e Reversão
Consolidação com Reversão na Quinta-feira
• Reversão otimista (bullish): O preço consolida de segunda a quarta-
feira, atinge a mínima intra-semanal e rejeita essa área, iniciando uma re-
versão de alta.
• Reversão pessimista (bearish): O preço consolida de segunda a quarta-
feira, atinge a máxima intra-semanal e rejeita essa área, iniciando uma re-
versão de baixa.
Como antecipar:
• Identifique discount arrays para reversões otimistas e premium arrays para re-
versões pessimistas.
• Notícias importantes ou anúncios de taxas de juros na quinta-feira, por
volta das 14h (horário de Nova York), podem catalisar esses movimentos.
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243
Consolidação e Rali ou Declínio no Meio da Semana
• Rali no meio da semana (Midweek Rally): O preço consolida de se-
gunda a quarta-feira, atinge a máxima intra-semanal e expande para cima
até sexta-feira.
• Declínio no meio da semana (Midweek Decline): O preço consolida
de segunda a quarta-feira, atinge a mínima intra-semanal e expande para
baixo até sexta-feira.
Como antecipar:
• Para o rali: Procure movimentos recentes de alta vindos de discount arrays
e ausência de ação de reversão.
• Para o declínio: Identifique movimentos recentes de baixa vindos de pre-
mium arrays e ausência de ação de reversão.
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244
Perfis de Sexta-feira (Seek and Destroy)
Em semanas de consolidação, o preço busca liquidez superficial sob as máximas e
mínimas intra-semanais de segunda a quinta-feira, antes de expandir para cima na
sexta-feira.
Como antecipar:
• Perfis de baixa probabilidade, comuns em meses de verão como julho e
agosto.
• Evite operar nesse cenário, especialmente se houver expectativas de anún-
cios econômicos, como Non-Farm Payroll.
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245
Perfis Semanais de Reversão na Quarta-feira
O preço consolida na segunda e terça-feira e, na quarta-feira, cai para um discount
array em prazos mais altos, induzindo ordens de venda antes de reverter forte-
mente para cima. Ou ele sobe para um premium array em prazos mais altos, indu-
zindo ordens de compra antes de reverter fortemente para baixo.
Como identificar:
• Combine liquidez de sell stops com compras institucionais em mínimos de
longo ou médio prazo (para cenário de Alta).
• Monitore os buy stops e vendas institucionais em máximas de longo ou
médio prazo (para cenário de Baixa).
Praticar a análise desses perfis no mercado ao vivo ajudará você a identificar pa-
drões com mais clareza e confiança. Lembre-se de que, como qualquer outra téc-
nica, esses perfis requerem paciência, prática e uma abordagem disciplinada para
serem utilizados de maneira eficaz.
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246
Capítulo 41 - Horário do Midnight e 8:30h
Os horários de Midnight (00:00) e 8:30h (EST) são marcadores essenciais no Smart
Money Concepts para análise e identificação de oportunidades. Eles atuam como
pontos de referência para entender o comportamento diário do preço e localizar
áreas de liquidez ou possíveis reversões.
Por que esses horários são importantes?
• Definem o intervalo diário: Esses pontos ajudam a estabelecer o con-
texto do mercado para o dia, indicando onde as máximas e mínimas po-
dem ser formadas.
• Referência para o movimento do preço: O comportamento do mer-
cado em relação a esses níveis fornece pistas sobre a direção diária prová-
vel.
Em dias de venda, o preço pode manipular para cima, formando um Judas Swing
acima da abertura de Midnight e 8:30h, antes de reverter e buscar a mínima do dia.
Já em dias de compra, o Judas Swing ocorre abaixo desses níveis, iniciando uma
reversão em direção à máxima do dia.
O que ocorre nesses horários
O horário de Midnight (00:00 EST) é um marco importante para o reinício do al-
goritmo que regula a entrega de preços no mercado financeiro. Nesse momento,
o mercado redefine os níveis de referência, como abertura, máxima e mínima do
dia, e inicia a formação do intervalo diário. Traders experientes utilizam esse ho-
rário como um ponto de partida para identificar potenciais zonas de liquidez e
tendências que podem se desenrolar ao longo do dia. É o momento em que o
fluxo institucional de ordens começa a ser estruturado, estabelecendo o tom para
as sessões seguintes.
Já às 8:30 da manhã (EST), ocorre a abertura oficial do mercado de Nova York.
Nesse horário, começam os pregões futuros, como os de índices de ações (Nasdaq
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e S&P 500), commodities e moedas, além da divulgação de importantes relatórios
econômicos. Esse momento costuma ser marcado por alta volatilidade, à medida
que o mercado reage às notícias e ajusta preços com base nas expectativas dos
investidores. Embora a sessão regular de ações da Bolsa de Nova York (NYSE)
só inicie às 9:30, os futuros já apontam tendências e preparam o terreno para os
movimentos do dia.
A abertura da NYSE às 9:30 traz um pico significativo de volatilidade, especial-
mente nos índices Nasdaq e S&P 500. Esse horário é crítico para traders de curto
prazo, pois marca o momento em que as ordens acumuladas antes da abertura são
executadas, gerando grandes movimentações nos preços. É comum observar des-
locamentos rápidos nesses índices, com oportunidades para capturar movimentos
de tendência ou reversão logo após a abertura. Assim, os horários de Midnight, 8:30
e 9:30 atuam como pontos estratégicos para definir o tom e as oportunidades de
negociação do dia.
Estratégias para compra e venda nesses horários
Identificando oportunidades de compra
Ao buscar uma entrada otimista (bullish), concentre-se no comportamento do
preço abaixo das aberturas de Midnight e 8:30h.
1. Uso de gráficos menores: Analise gráficos de 15 ou 30 minutos para
identificar PD Arrays (como Order Blocks ou Fair Value Gaps) abaixo desses
níveis.
2. Confirmação do movimento: Aguarde um deslocamento claro na estru-
tura do mercado, indicando que o preço encontrou suporte.
3. Entrada e alvo: Uma vez confirmada a reversão, posicione-se em um
Fair Value Gap e tenha como meta a próxima zona de liquidez, como a
máxima do dia.
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Identificando oportunidades de venda
Para cenários pessimistas (bearish), as oportunidades de venda surgem acima das
aberturas de Midnight e 8:30h.
1. Identificação de áreas de prêmio: Se o preço estiver acima desses ní-
veis, considere isso como uma área de prêmio, indicando possíveis ven-
das.
2. Configurações em gráficos menores: Analise Order Blocks ou desequi-
líbrios em gráficos menores.
3. Execução da venda: Após a confirmação de deslocamento, busque en-
tradas em Fair Value Gaps, mirando zonas de liquidez inferiores, como a
mínima do dia.
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Como integrar esses horários ao Power of 3
O conceito de Power of 3 se encaixa perfeitamente nos horários de Midnight e 8:30h.
Ele divide o movimento diário em três fases principais:
1. Acumulação: Normalmente ocorre entre Midnight e a abertura de Nova
York, quando o preço se consolida ou manipula em direção à liquidez.
2. Manipulação: Entre 8:30h e 9:45h, o preço geralmente realiza um Judas
Swing, capturando liquidez antes de iniciar o movimento principal do dia.
3. Distribuição: O preço se move na direção do viés diário, buscando o
Draw on Liquidity.
Esses horários são cruciais para identificar a fase de manipulação, especialmente
se o preço se desvia da zona de equilíbrio (equilibrium) e começa a buscar níveis de
liquidez importantes.
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Capítulo 42 - Central Bank Dealers Range (CBDR)
O Central Bank Dealers Range (CBDR) é uma ferramenta poderosa no arsenal do
Smart Money Concepts (SMC). Ele define um intervalo central de preço entre 14:00
e 20:00 (horário de Nova York), que pode ser usado para projetar as máximas e
mínimas de um dia de negociação.
O CBDR ajuda os traders a entenderem como o preço se desloca dentro de inter-
valos diários previsíveis. O intervalo central é combinado com a análise de desvios
padrão, permitindo que você visualize de forma precisa os limites superiores e in-
feriores do movimento do preço. Pense no CBDR como a bússola que orienta o
trader durante a jornada diária nos mercados financeiros.
Como medir e utilizar o CBDR no trading?
Altura ideal do intervalo
O intervalo central do CBDR é medido com base na máxima e na mínima de preço
entre 14:00 e 20:00 EST. Você pode usar os wicks das velas para determinar o
intervalo, mas o próprio ICT recomenda que sejam utilizadas os corpos das velas para
uma leitura mais consistente.
Idealmente, a altura desse intervalo deve ser menor que 40 pips, sendo o intervalo
de 20-30 pips o mais indicado. Um intervalo muito amplo pode dificultar proje-
ções precisas e, sendo melhor evitar negociações, exceto para scalping.
Aplicação de desvios padrão
O conceito de desvio padrão é aplicado ao intervalo central para projetar os níveis
superiores e inferiores do preço.
• +1 a +3 desvios padrão: Usados para calcular potenciais máximas do dia
em cenários de venda.
• -1 a -3 desvios padrão: Usados para calcular potenciais mínimas do dia
em cenários de compra.
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Por exemplo, se o intervalo central entre 14:00 e 20:00 for de 30 pips, você pode
replicar esse intervalo acima ou abaixo do preço para definir áreas-alvo. Um dia de
venda pode formar sua máxima até +2 ou +3 desvios padrão acima do intervalo
central, enquanto um dia de compra pode atingir sua mínima até -2 ou -3 desvios
padrão.
Estratégias práticas com CBDR
Dias de venda: projeção de máximas e mínimas
Em dias de tendência de baixa, o preço frequentemente estabelece a máxima do
dia até +2 desvios padrão acima do intervalo CBDR. Essa máxima geralmente
ocorre durante a Kill Zone de Londres ou de Nova York.
A mínima do dia, por outro lado, tende a ser formada em -3 desvios padrão
abaixo do intervalo central e é frequentemente observada durante a London Close
Kill Zone.
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Exemplo prático:
Se o CBDR for de 30 pips, a máxima do dia pode ocorrer em até 90 pips acima
do intervalo central, enquanto a mínima pode surgir até 90 pips abaixo. Use essas
projeções para identificar pontos de entrada e saída estratégicos.
Dias de compra: projeção de mínimas e máximas
Em dias de tendência de alta, a mínima do dia frequentemente ocorre em até -2
ou -3 desvios padrão abaixo do CBDR. Essa mínima é frequentemente obser-
vada nas sessões de Londres ou Nova York.
A máxima do dia, nesse caso, pode ser projetada em até +2 desvios padrão acima
do intervalo central, com maior probabilidade de ocorrer durante a London Close
Kill Zone.
Exemplo prático:
Se o intervalo central for de 25 pips, a mínima pode estar 75 pips abaixo e a má-
xima 75 pips acima. Combine isso com outras ferramentas do SMC, como Fair
Value Gaps e Order Blocks, para entradas mais precisas.
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Melhores práticas ao usar o CBDR
Timeframes recomendados
Para medir o CBDR, gráficos de 15 minutos ou menores são os mais indicados.
Eles oferecem detalhes suficientes para calcular o intervalo e acompanhar desvios
padrão sem perder movimentos críticos.
Ativos ideais para negociação
Originalmente, o CBDR foi testado em índices como NASDAQ (NQ Futures)
e E-mini (S&P 500), onde apresentou excelente desempenho. No entanto, sua
aplicação foi expandida com sucesso para pares de moedas como GBP/USD,
EUR/USD e até metais preciosos como XAU/USD.
Dias da semana com maior potencial de ganhos
Embora o CBDR seja eficaz em qualquer dia, terças e quartas-feiras oferecem
maior potencial, pois é nesses dias que as máximas ou mínimas semanais geral-
mente são formadas. Utilize o CBDR em combinação com perfis semanais e ou-
tras ferramentas do SMC para aumentar ainda mais suas chances de sucesso.
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Capítulo 43 - New Week/Day Opening Gap
(NWOG e NDOG)
Os New Week Opening Gap (NWOG) e New Day Opening Gap (NDOG) são lacunas
de preço que se formam devido à ausência de negociação em períodos específicos.
Eles são conhecidos como "voids de liquidez", pois durante o intervalo em que
ocorrem, não há atividade de negociação para equilibrar os preços.
• New Week Opening Gap (NWOG): A lacuna que ocorre entre o preço
de fechamento de sexta-feira, às 16h59 EST, e o preço de abertura de
domingo, às 18h00 EST.
• New Day Opening Gap (NDOG): A lacuna formada entre o fecha-
mento diário às 17h00 EST e a abertura subsequente às 18h00 EST, de
segunda a quinta-feira.
Esses gaps muitas vezes funcionam como ímãs para o preço, que tende a revisitá-
los e preenchê-los para alcançar um valor justo.
Como identificar e usar o NWOG e o NDOG?
Identificação no gráfico
Para identificar os gaps, marque:
• NWOG: O preço de fechamento de sexta-feira e o preço de abertura de
domingo.
• NDOG: O preço de fechamento às 17h00 e o de abertura às 18h00, de
segunda a quinta-feira.
Consequent Encroachment (50%)
O ponto médio do gap, conhecido como Consequent Encroachment, é um nível alta-
mente reativo. Use a ferramenta de Fibonacci (configurada com 0%, 50% e 100%)
para calcular esse valor. Esse nível é frequentemente usado como suporte ou re-
sistência, dependendo da direção do preço.
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O New Week Opening Gap (NWOG) representa uma importante região de
desequilíbrio no gráfico. Esta área deve ser identificada e marcada como um Ponto
de Interesse (POI) chave. Geralmente, o preço busca retornar a essa zona para
mitigar o gap, seja preenchendo-o por completo ou testando seu nível de 50%
(Consequent Encroachment). Um aspecto fundamental é que, mesmo depois de o
preço ter revisitado e preenchido o gap, a região original (seus limites de máxima
e mínima) mantém sua relevância e tende a ser respeitada como suporte ou resis-
tência em futuras interações do preço."
Dicas para otimizar suas análises
Monitoramento de múltiplos gaps
Michael Huddleston recomenda que você mantenha pelo menos:
• 4 NWOGs marcados para rastrear o valor justo ao longo das semanas.
• 5 NDOGs para monitorar a liquidez diária e os níveis de suporte/resis-
tência.
Esses gaps permanecem relevantes mesmo após serem preenchidos, podendo in-
fluenciar o comportamento do preço por dias ou semanas.
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Ferramentas e timeframes recomendados
• Use gráficos diários para identificar os gaps e timeframes menores (15
minutos ou menos) para executar negociações.
• Combine a análise dos gaps com outros conceitos do Smart Money Concepts
(SMC), como Fair Value Gaps e Order Blocks, para obter maior precisão.
Os New Week/Day Opening Gaps são ferramentas essenciais para compreender os
movimentos do mercado e identificar pontos estratégicos de entrada e saída.
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Capítulo 44 - Calendário Econômico
As notícias econômicas são o combustível do mercado financeiro, influenciando
diretamente os movimentos de preço. Relatórios como o Non-farm payroll (NFP),
decisões de taxa de juros do FOMC e dados de inflação como o CPI atuam como
catalisadores de volatilidade, impactando moedas, índices e até commodities.
Imagine que o mercado financeiro é como um veleiro, e os eventos econômicos
representam os ventos que podem tanto impulsioná-lo quanto jogá-lo para fora
de curso. Monitorar esses eventos é essencial para preparar-se diante de condições
imprevisíveis.
Onde acompanhar o calendário econômico?
Dois recursos confiáveis para acompanhar o calendário econômico são:
Forex Factory
Disponível em: www.forexfactory.com
Neste site, você encontra eventos econômicos categorizados por impacto, identi-
ficados por pastas coloridas. Notícias de alta relevância aparecem com pastas ver-
melhas, sinalizando maior potencial de movimentação nos mercados.
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Investing
Disponível em: www.investing.com/economic-calendar
O site Investing utiliza três estrelas para destacar eventos de maior impacto. Você
pode ignorar notícias de uma ou duas estrelas para focar no que realmente importa.
Ambos os sites permitem personalizar os filtros, mostrando apenas eventos de
moedas específicas ou de impacto elevado, economizando tempo e ajudando a
manter o foco.
Principais eventos econômicos
FOMC (Federal Open Market Committee)
O FOMC é responsável por definir as taxas de juros nos Estados Unidos, sendo
um dos eventos mais aguardados no mercado financeiro. Realizado oito vezes por
ano, esse evento pode causar movimentos expressivos, pois sinaliza as intenções
de política monetária do Federal Reserve.
O FOMC é um evento de duas etapas:
1. Anúncio da taxa de juros às 14h00 (EST): A primeira reação costuma
ser um movimento falso, projetado para atrair traders inexperientes.
2. Conferência de imprensa: Durante essa fase, o mercado frequente-
mente reverte a direção inicial, causando movimentos intensos e inespe-
rados.
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Essas características tornam o FOMC um evento que exige atenção redobrada,
especialmente para traders iniciantes.
Non-farm payroll (NFP)
O relatório Non-farm payroll (NFP) é divulgado na primeira sexta-feira de cada
mês, às 8h30 no horário de Nova York. Ele mede a criação de empregos nos
EUA, exceto nos setores agrícola, governamental e doméstico. Este relatório é
crucial para avaliar a saúde econômica do país e geralmente provoca grande vola-
tilidade nos mercados.
Durante a semana de divulgação do NFP, o mercado tende a consolidar, aguar-
dando o relatório. Além disso, é recomendável evitar negociações na quinta e
sexta-feira dessa semana, pois o mercado frequentemente apresenta manipulações,
movimentos falsos e liquidez reduzida.
CPI (Consumer Price Index)
O CPI mede a inflação ao consumidor e é um dos principais indicadores econô-
micos usados para prever a direção das taxas de juros. Resultados acima do espe-
rado podem levar os bancos centrais a adotar políticas monetárias mais restritivas.
O CPI serve como um termômetro para o comportamento inflacionário, permi-
tindo que os traders ajustem suas estratégias de acordo com a expectativa de mu-
danças nas políticas econômicas.
Dicas práticas sobre notícias
1. Evite operar durante eventos de alta volatilidade: Relatórios como o
NFP e decisões do FOMC são oportunidades para observar o mercado,
mas não necessariamente para agir.
2. Integre o calendário ao seu viés diário: Combine informações do ca-
lendário com sua análise técnica para evitar ser pego de surpresa.
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3. Fique atento às manipulações de preço: Eventos econômicos fre-
quentemente envolvem movimentos artificiais antes de ocorrerem deslo-
camentos reais nos mercados.
Monitorar o calendário econômico não é apenas uma recomendação – é uma obri-
gação para quem deseja operar com confiança no mercado financeiro. Acompa-
nhar esses eventos e usá-los como parte da sua estratégia pode fazer a diferença
entre o sucesso e o fracasso nas negociações.
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PARTE 7.
SISTEMAS DE
NEGOCIAÇÕES
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Capítulo 45 - Power of 3
O Power of 3 é uma estratégia central nos Smart Money Concepts (SMC), di-
vidindo o movimento do preço em três fases: Acumulação, onde grandes insti-
tuições constroem suas posições; Manipulação, que captura liquidez de traders
desavisados; e Distribuição, onde o movimento principal ocorre. Essas fases são
recorrentes no mercado e refletem a lógica por trás das operações institucionais.
Dentro do SMC, o Power of 3 ajuda a compreender como o smart money ma-
nipula os mercados para alcançar suas metas de liquidez. Ele oferece uma visão
estratégica sobre como identificar momentos de baixa volatilidade (acumulação),
evitar armadilhas de mercado (manipulação) e acompanhar os movimentos mais
fortes (distribuição), alinhando o trader com as ações das instituições.
Dominar o Power of 3 é essencial para quem deseja operar de forma consistente
e eficaz. Essa metodologia melhora o timing das operações, evita erros comuns e
aumenta as chances de sucesso ao posicionar o trader lado a lado com os movi-
mentos institucionais no mercado.
Acumulação: A Base do Movimento
A fase de acumulação é o ponto de partida do Power of 3. Durante esse período,
os grandes players do mercado começam a construir suas posições de maneira
estratégica, buscando entrar no mercado com o menor impacto possível sobre o
preço. Essa fase é caracterizada por um movimento lateral ou em faixa, com
baixa volatilidade e volumes relativamente estáveis.
Características da Acumulação
• Movimento em Faixa: O preço geralmente permanece confinado entre
uma resistência e um suporte claros, sem rompimentos significativos. Isso
cria uma aparência de "estagnação" no gráfico.
• Baixa Volatilidade: Os movimentos de preço são reduzidos e geral-
mente não apresentam picos abruptos. A ação do preço é controlada, re-
fletindo a entrada cuidadosa de grandes ordens.
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• Criação de Liquidez: Durante a acumulação, os traders de varejo colo-
cam suas ordens de compra próximas ao suporte e ordens de venda pró-
ximas à resistência. Essas ordens criam pools de liquidez acima das máxi-
mas e abaixo das mínimas.
• Sessões Comuns: A acumulação frequentemente ocorre em momentos
de menor atividade no mercado, como a sessão asiática ou os períodos
iniciais de uma nova semana.
Objetivo da Acumulação
O objetivo do Smart Money na fase de acumulação é construir posições signifi-
cativas sem causar grandes oscilações de preço. Isso é essencial para manter o sigilo
sobre suas intenções, evitando atrair atenção indesejada ou provocar movimentos
precoces no mercado.
Manipulação: A Isca do Mercado
Após a fase de acumulação, o mercado entra na fase de manipulação. Esse está-
gio é marcado por movimentos enganosos que têm como objetivo atrair traders
para o lado errado da operação. Aqui, o Smart Money utiliza técnicas de manipu-
lação para acionar ordens de stop-loss, liquidar posições de varejo e acumular li-
quidez adicional.
Características da Manipulação
• Rompimentos Falsos: O preço rompe os limites da faixa criada durante
a acumulação, seja acima (na resistência) ou abaixo (no suporte), simu-
lando uma continuação de tendência.
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• Volatilidade Aumentada: Diferentemente da acumulação, a manipula-
ção é caracterizada por movimentos rápidos e abruptos. Esses movimen-
tos criam a ilusão de uma nova direção no mercado.
• Captura de Liquidez: Durante os rompimentos falsos, ordens de stop-
loss de traders de varejo são acionadas. Essas ordens fornecem a liquidez
necessária para que o Smart Money ajuste suas posições.
• Indução ao Erro: A manipulação engana traders de varejo a acreditarem
que um rompimento legítimo está ocorrendo. Muitos entram em opera-
ções no lado errado do mercado, contribuindo para a liquidez utilizada
pelos grandes players.
Objetivo da Manipulação
O propósito principal da manipulação é coletar liquidez e desorientar os traders
de varejo. Ao acionar ordens de stop-loss e atrair novos traders para o mercado, o
Smart Money garante que suas ordens possam ser executadas de maneira eficiente
e em condições favoráveis. Esse estágio prepara o mercado para o movimento real
que virá na próxima fase.
Distribuição: O Movimento Decisivo
A fase de distribuição é onde o mercado finalmente revela sua intenção real. Após
acumular posições e manipular os traders de varejo, o Smart Money impulsiona
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o preço na direção desejada, seja para cima (em um movimento de alta) ou para
baixo (em um movimento de baixa). Esse é o estágio de maior movimentação,
onde o mercado expande seu intervalo de preço significativamente.
Características da Distribuição
• Movimento Direcional Forte: A distribuição é marcada por uma ten-
dência clara e sustentada, com o preço se afastando da faixa de acumula-
ção inicial.
• Alta Volatilidade e Volume: Diferente das fases anteriores, a distribui-
ção apresenta um aumento no volume de negociação, refletindo o inte-
resse renovado no mercado.
• Redução de Liquidez: Conforme o preço avança na direção da tendên-
cia, a liquidez criada pela manipulação é utilizada, reduzindo a capacidade
de novos traders entrarem no mercado com preços favoráveis.
• Formação de Máximas ou Mínimas: No final da distribuição, o mer-
cado frequentemente forma uma máxima ou mínima significativa, mar-
cando o ponto em que o Smart Money começa a desfazer suas posições.
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Objetivo da Distribuição
Durante a distribuição, o Smart Money empurra o mercado em direção ao pró-
ximo nível de liquidez, como uma máxima ou mínima anterior ou um nível de
Fair Value Gap (FVG). Esse movimento ocorre de maneira decisiva e serve para
concretizar os lucros acumulados nas fases anteriores. A distribuição é o ápice do
Power of 3, onde os resultados das fases anteriores se manifestam no preço.
Operação de Compra com Power of 3
1. Identifique a Acumulação
Na operação de compra, o processo começa com a fase de acumulação. Aqui, o
mercado geralmente consolida em uma faixa estreita próximo ao preço de aber-
tura do dia (geralmente o preço de meia-noite no horário de Nova York).
• O que procurar:
o Movimentos de preço laterais em uma faixa estreita, sem rompi-
mentos significativos.
o Presença de níveis de liquidez claros, como máximas e mínimas
intradiárias anteriores.
o Sessões comuns: Essa acumulação é frequentemente observada
durante a sessão asiática, pois o mercado tende a consolidar de-
vido ao baixo volume de negociações.
• Passo prático:
1. Marque a faixa de acumulação no gráfico, destacando o suporte
(mínima) e a resistência (máxima).
2. Observe a criação de liquidez acima e abaixo dessa faixa, pois será
usada na fase de manipulação.
2. Observe a Manipulação
A manipulação é o ponto em que o Smart Money realiza um movimento falso
para atrair traders de varejo ao lado errado do mercado. No caso de uma operação
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de compra, a manipulação ocorre como uma queda rápida no preço, destinada
a limpar a liquidez abaixo da faixa de acumulação.
• O que procurar:
o Um rompimento falso para baixo, onde o preço ultrapassa a mí-
nima da acumulação.
o Um "Judas Swing", que engana os traders de varejo ao criar a
impressão de um movimento de baixa sustentado.
o Formação de estruturas de reversão, como Market Structure Shift
(MSS), indicando que o preço está revertendo para cima.
• Passo prático:
1. Espere que o preço rompa abaixo da faixa de acumulação.
2. Observe o comportamento do preço próximo a níveis de liqui-
dez, como mínimas anteriores ou zonas de desconto (Discount Arrays).
3. Confirme a manipulação com sinais de reversão, como candlesticks
de rejeição (por exemplo, doji ou martelo) ou uma mudança na estrutura
do mercado.
3. Entre na Fase de Distribuição
A fase de distribuição é onde o mercado finalmente revela sua intenção de alta.
Após a manipulação, o Smart Money empurra o preço para cima, criando um mo-
vimento direcional claro. Esse é o momento de buscar oportunidades de compra.
• O que procurar:
o Expansão do preço para cima, com candlesticks de alta consecuti-
vos.
o Formação de máximas mais altas e mínimas mais altas no
gráfico de prazos menores (como 15 minutos ou 5 minutos).
o O preço retornando a zonas de suporte criadas durante a mani-
pulação.
• Passo prático:
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1. Espere que o preço retorne a uma zona de interesse, como um
Fair Value Gap (FVG) ou um Order Block gerado durante a manipu-
lação.
2. Entre em uma posição de compra quando o preço confirmar a
continuidade do movimento de alta.
3. Defina um stop-loss abaixo da zona de manipulação e um take-
profit em níveis de liquidez acima (como máximas anteriores ou resistên-
cias).
Operação de Venda com Power of 3
1. Identifique a Acumulação
Na operação de venda, o processo também começa com a fase de acumulação,
mas neste caso, a expectativa é de um movimento de baixa. O preço consolida em
uma faixa estreita próximo ao preço de abertura do dia.
• O que procurar:
o Ação do preço lateral em uma faixa estreita, sem rompimentos
significativos.
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o Máximas e mínimas próximas que atuam como pontos de liqui-
dez.
o Sessões comuns: A acumulação é frequentemente vista durante
a sessão asiática ou os primeiros momentos da sessão de Lon-
dres.
• Passo prático:
1. Marque os limites da faixa de acumulação.
2. Identifique níveis de liquidez acima da resistência e abaixo do su-
porte, pois eles serão alvos da manipulação.
2. Observe a Manipulação
Na operação de venda, a manipulação ocorre como um movimento de alta que
ultrapassa a resistência da acumulação. Esse movimento falso é projetado para
atrair compradores e acionar ordens de stop-loss de vendedores posicionados an-
teriormente.
• O que procurar:
o Um rompimento falso para cima, ultrapassando a máxima da
faixa de acumulação.
o A formação de um "Judas Swing", que engana os traders ao
simular um rompimento de alta.
o Sinais de reversão, como rejeições em níveis de liquidez ou um
Market Structure Shift para baixo.
• Passo prático:
1. Aguarde o preço romper acima da resistência da acumulação.
2. Observe o comportamento do preço próximo a níveis de liquidez
ou zonas de prêmio (Premium Arrays).
3. Confirme a manipulação com sinais de reversão, como candlesticks
de baixa (por exemplo, estrela cadente ou engolfo de baixa).
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3. Entre na Fase de Distribuição
Na fase de distribuição, o preço se move de maneira direcional para baixo, confir-
mando o início de uma tendência de baixa. Este é o momento de buscar oportu-
nidades de venda.
• O que procurar:
o Expansão do preço para baixo, com candlesticks consecutivos de
baixa.
o Formação de mínimas mais baixas e máximas mais baixas
em gráficos de prazos menores.
o O preço retornando a zonas de resistência criadas durante a ma-
nipulação.
• Passo prático:
1. Espere que o preço retorne a uma zona de interesse, como um
Fair Value Gap (FVG) ou um Order Block gerado durante a manipu-
lação.
2. Entre em uma posição de venda quando o preço confirmar a con-
tinuidade do movimento de baixa.
3. Defina um stop-loss acima da zona de manipulação e um take-
profit em níveis de liquidez abaixo (mínimas anteriores ou suportes).
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Explorando o Potencial do Setup Power of 3
O Power of 3 não é apenas um conceito central nos Smart Money Concepts
(SMC), mas também uma estratégia versátil que pode ser adaptada para diferentes
abordagens no mercado. Seja no contexto semanal, diário ou dentro das sessões
de negociação, esse método oferece aos traders uma visão clara e estruturada dos
movimentos de preço. Vamos explorar as possibilidades, pares ideais e melhores
tempos gráficos para operar com o Power of 3.
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Possibilidades de Uso do Power of 3
O Power of 3 pode ser aplicado de forma abrangente, desde análises de prazos
maiores, como o semanal, até operações intradiárias detalhadas. A seguir, explica-
mos as principais formas de uso:
1. Aplicação Semanal
No contexto semanal, o Power of 3 ajuda os traders a identificar a direção geral
do mercado para a semana. Ele começa com a acumulação, geralmente no início
da semana (domingo à segunda-feira), seguida pela manipulação (terça ou quarta-
feira), e termina com a distribuição.
• Como usar:
o Identifique o preço de abertura semanal no domingo.
o Aguarde a formação da mínima ou máxima semanal entre se-
gunda e quarta-feira.
o Use esses movimentos como referência para determinar o viés da
semana e alinhar suas operações.
Aplicação Diária
No prazo diário, o Power of 3 se desenrola em três etapas ao longo do dia: acu-
mulação (frequentemente durante a sessão asiática), manipulação (normalmente
na abertura de Londres ou Nova York) e distribuição (expansão até o fechamento
do mercado).
• Como usar:
o Marque o preço de abertura diária.
o Observe a acumulação na sessão asiática.
o Aguarde a manipulação nos momentos iniciais das sessões de
Londres ou Nova York e prepare-se para operar na fase de dis-
tribuição.
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Aplicação por Sessões
As sessões de negociação oferecem oportunidades específicas para aplicar o Po-
wer of 3, com as fases de acumulação, manipulação e distribuição ocorrendo den-
tro de períodos específicos:
• Sessão Asiática: Acumulação típica, com o preço consolidando em uma
faixa estreita.
• Sessão de Londres: Fase de manipulação, onde ocorre a busca por liqui-
dez acima ou abaixo do intervalo asiático.
• Sessão de Nova York: Fase de distribuição, com movimentos expansi-
vos direcionais até o fechamento.
Melhores Pares para Operar Power of 3
O Power of 3 é uma estratégia versátil que pode ser usada em diversos mercados.
No entanto, alguns pares e ativos se destacam devido à sua volatilidade, liquidez e
comportamento previsível:
• Índices:
o NASDAQ (NQ) e E-mini (S&P 500): São altamente responsi-
vos às fases do Power of 3 devido à sua volatilidade durante as
sessões de Nova York.
• Forex:
o Principais pares de moedas como GBP/USD, EUR/USD e
USD/JPY são excelentes para aplicar o Power of 3 devido à sua
alta liquidez e sensibilidade a eventos econômicos.
• Metais:
o XAU/USD (ouro): Funciona bem com o Power of 3, especial-
mente durante sessões de alta volatilidade como Londres e Nova
York.
• Energia:
o Ativos como WTI (petróleo) também podem ser usados, mas
exigem atenção aos horários de relatórios de energia e eventos
fundamentais.
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Melhores Tempos Gráficos
Escolher o tempo gráfico correto é essencial para operar o Power of 3 com efici-
ência. Essa escolha depende do tipo de operação que você deseja realizar:
• Análises de Prazos Maiores:
o Semanal e diário: Use para identificar o viés geral e as zonas de
interesse.
o Ideal para swing traders que buscam movimentos amplos.
• Operações Intradiárias:
o 15 minutos e 5 minutos: Essenciais para visualizar as fases de
acumulação, manipulação e distribuição em detalhes.
o 1 minuto: Para entradas de alta precisão durante a fase de distri-
buição.
• Consolidação com Prazos Múltiplos:
o Combine gráficos de 4 horas (H4) para um contexto macro, com
gráficos de 15 minutos e 5 minutos para confirmações intradiá-
rias.
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Capítulo 46 - Judas Swing
O Judas Swing é um movimento de preço enganoso projetado para induzir traders
de varejo ao erro, permitindo que o Smart Money (instituições financeiras e bancos)
capture liquidez estrategicamente. O nome faz alusão ao conceito histórico do
“Bode Judas”, que guiava outros bodes ao abatedouro enquanto escapava ileso.
No contexto do mercado, o Judas Swing atua de forma semelhante, criando falsas
expectativas para atrair traders antes de reverter bruscamente.
O Judas Swing é uma peça central da manipulação institucional. Ele ajuda a capturar
ordens de stop-loss e atrai traders para posições desfavoráveis antes que o mercado
siga sua direção real.
Como ele ocorre e como identificar?
O Judas Swing pode ser identificado como um movimento rápido e momentâneo,
geralmente contrário à tendência esperada. Ele ocorre acima ou abaixo de níveis
estratégicos, como:
• Máximas e mínimas da sessão asiática.
• Preços de abertura da meia-noite ou de uma sessão importante.
• Níveis de suporte ou resistência previamente estabelecidos.
Judas Swing em Mercados de Alta
Em um mercado de alta, o Judas Swing é um movimento de baixa abaixo do preço
de abertura. Esse movimento engana traders ao fazê-los acreditar que o preço con-
tinuará caindo. No entanto, o Smart Money usa essa queda para acumular posições
compradas antes de impulsionar o mercado para cima.
Sinais em mercados de alta:
• Formação de um rápido movimento de baixa seguido de rejeição.
• Market structure shift (Mudança de Estrutura de Mercado) apontando para
alta após a queda.
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• Alvos estratégicos como antigas mínimas sendo varridas antes da rever-
são.
Judas Swing em Mercados de Baixa
Em mercados de baixa, o Judas Swing aparece como um movimento de alta acima
do preço de abertura. Ele atrai traders para posições compradas, apenas para re-
verter bruscamente e capturar liquidez acima.
Sinais em mercados de baixa:
• Um pico rápido e forte acima de níveis estratégicos.
• Liquidez sendo retirada acima de máximas anteriores.
• Reversão clara indicada por um market structure shift para baixo.
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Quando ele ocorre?
O Judas Swing geralmente acontece em horários específicos, pois eles coincidem
com momentos de maior manipulação no mercado.
Sessão de Londres
A sessão de Londres, que começa às 02:00 AM (horário de Nova York), é o mo-
mento mais comum para o Judas Swing ocorrer. Entre 02:00 e 05:00 AM, o mercado
busca capturar liquidez acumulada na faixa asiática.
Sessão de Nova York
A abertura da sessão de Nova York às 09:30 AM (horário de Nova York) também
é propensa ao Judas Swing. Dois cenários principais surgem:
1. Quando não há grandes notícias econômicas, o Judas Swing ocorre por
volta das 09:30, varrendo liquidez de curto prazo.
2. Quando há anúncios às 10:00 AM, o Judas Swing é mais provável logo após
as notícias.
Padrões Diários
Além disso, o Judas Swing costuma aparecer entre a abertura da meia-noite e 05:00
AM. Esse intervalo inicial define as intenções do mercado para o dia e cria arma-
dilhas para traders desavisados.
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Como operar um Judas Swing?
Operar o Judas Swing requer um entendimento claro do daily bias (viés diário) e uma
análise atenta da estrutura de mercado. Aqui estão as estratégias para cada cenário:
Operando Judas Swing em Mercados de Alta
Passos para uma operação comprada:
1. Determine o Daily Bias: Identifique se o viés diário é de alta, analisando
tendências em prazos maiores.
2. Identifique a Liquidez: Localize mínimas anteriores ou áreas de suporte
que possam ser varridas.
3. Espere o Movimento Falso: Observe uma queda rápida abaixo do preço
de abertura, varrendo liquidez.
4. Confirme com Market Structure Shift: Aguarde a reversão da estrutura
de mercado para cima.
5. Encontre um PD Array: Procure por Fair Value Gaps (FVG) ou Order
Blocks para entrada.
6. Configure o Trade: Entre em uma posição comprada com stop-loss
abaixo do Judas Swing.
7. Defina os Alvos: Mire em máximas anteriores ou próximos níveis de li-
quidez.
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Operando Judas Swing em Mercados de Baixa
Passos para uma operação vendida:
1. Determine o Daily Bias: Identifique se o viés diário é de baixa com base
na análise de prazos maiores.
2. Identifique a Liquidez: Localize máximas anteriores ou áreas de resis-
tência.
3. Espere o Movimento Falso: Observe um pico rápido acima do preço
de abertura, varrendo liquidez.
4. Confirme com Market Structure Shift: Aguarde a reversão da estrutura
de mercado para baixo.
5. Encontre um PD Array: Identifique FVGs ou Order Blocks para uma en-
trada.
6. Configure o Trade: Entre em uma posição vendida com stop-loss acima
do Judas Swing.
7. Defina os Alvos: Mire em mínimas anteriores ou níveis de liquidez
abaixo.
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O Judas Swing é uma estratégia que expõe manipulações do mercado realizadas pelo
Smart Money. Ele ocorre em horários específicos e depende de uma leitura precisa
do daily bias. Operar o Judas Swing exige paciência, disciplina e uso de ferramentas
como Fair Value Gaps e Order Blocks. Com prática, é possível usar essa estratégia
para alinhar-se aos movimentos do Smart Money e alcançar melhores resultados no
mercado financeiro.
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281
Capítulo 47 - Market Maker Buy/Sell Model
O Market Maker Buy/Sell Model (MMXM) é uma estrutura que descreve como o
preço se move entre zonas de liquidez, destacando padrões claros de compra e
venda. Ele separa o mercado em dois modelos principais: o Buy Model, que mostra
o fluxo de preço de uma zona de suporte para resistência, e o Sell Model, que faz o
inverso. Esses modelos ajudam os traders a entender como o mercado é manipu-
lado para capturar liquidez e direcionar movimentos.
Michael Huddleston destaca que o MMXM é essencial para interpretar o compor-
tamento do mercado, pois revela a lógica por trás das ações dos grandes partici-
pantes institucionais. Com ele, é possível identificar zonas de alta probabilidade
para entradas e saídas, evitando armadilhas comuns enfrentadas por traders de
varejo.
Market Maker Buy Model (MMBM)
O ICT Market Maker Buy Model (MMBM) é o padrão que ilustra a dinâmica de
entrega de preço entre uma PD Array altista e uma baixista. Para identificar corre-
tamente o modelo, é necessário observar os seguintes aspectos:
1. Estrutura de mercado altista no timeframe superior: O mercado deve
exibir uma estrutura de alta no contexto mais amplo.
2. Viés diário apontando para cima: O próximo draw on liquidity ou Daily
Bias deve indicar movimentos ascendentes.
3. Programa de venda no timeframe inferior: Antes de alcançar a PD Ar-
ray altista no timeframe superior, o preço deve apresentar uma dinâmica de
venda no timeframe menor.
Componentes do ICT Market Maker Buy Model
O modelo é composto por quatro etapas essenciais:
1. Consolidação Original
A fase inicial onde o preço se move dentro de um intervalo consolidado, limitado
por máximas e mínimas definidas.
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2. Geração de Liquidez
O preço cria uma série de máximas mais baixas (lower highs), acumulando liquidez
que será explorada durante o movimento ascendente.
3. Reversão do Smart Money
Quando o preço atinge a PD Array altista no timeframe superior, ocorre a transição
da dinâmica de venda para compra. Essa reversão marca o início da fase de alta.
4. Caça à Liquidez
O preço varre máximas anteriores formadas durante a fase de engenharia de liqui-
dez, retornando à área de Consolidação Original ou alcançando outros níveis de
liquidez.
Como operar com o Market Maker Buy Model?
Para aplicar o modelo em suas operações, siga os passos detalhados abaixo:
Passo 1: Contexto no Timeframe Superior
• Identifique uma estrutura de mercado altista no timeframe superior.
• Confirme que o viés diário (Daily Bias) aponta para movimentos ascen-
dentes e que o próximo draw on liquidity está em níveis mais altos.
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Passo 2: Dinâmica no Timeframe Inferior
• Aguarde o preço criar um programa de venda no timeframe menor, mo-
vendo-se em direção a uma PD Array altista no timeframe superior.
• Quando o preço alcançar essa PD Array, busque confirmações altistas,
como um deslocamento na estrutura de mercado (Market Structure Shift)
ou divergências SMT.
Passo 3: Entrada
• Após as confirmações, identifique um Fair Value Gap (FVG) abaixo do
nível do deslocamento da estrutura de mercado.
• Execute a ordem de compra quando o preço retrair para preencher esse
FVG.
• Defina o stop loss 10-20 pips abaixo da última mínima antes do desloca-
mento da estrutura de mercado.
Alvo de Lucro
Usando a Ferramenta de Fibonacci
Aplique os seguintes níveis na ferramenta Fibonacci:
• Início: Mínima da Reversão do Smart Money.
• Fim: Máxima do deslocamento da estrutura de mercado (Market Structure
Shift).
• Escalas sugeridas:
Nível Fibonacci Descrição
1 Início
0 Final
-1 Primeiro nível de escala de lucro
-1.5 Segundo nível de escala de lucro
-2 Primeiro alvo
-2.5 Alvo final
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Alvos Adicionais
• Utilize máximas anteriores como alvos intermediários de lucro.
• O alvo final pode ser a máxima da Consolidação Original ou o próximo
nível de liquidez no timeframe superior.
O ICT Market Maker Buy Model é uma estratégia eficaz para identificar movimentos
de Alta no mercado, mas, como qualquer abordagem, não é infalível. Nunca arris-
que todo o seu capital em uma única operação. Utilize stops para proteger seu pa-
trimônio e adote um gerenciamento de risco sólido. Com prática e paciência, você
poderá alinhar suas operações com os movimentos do smart money.
Market Maker Sell Model (MMSM)
O ICT Market Maker Sell Model (MMSM) representa o comportamento do preço
ao transitar de uma PD Array baixista para uma altista. Ele oferece uma visão clara
das etapas que o preço segue nesse movimento. Para identificar corretamente o
modelo, você deve observar os seguintes aspectos:
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1. Estrutura de mercado baixista no timeframe superior: O contexto
mais amplo deve indicar que o mercado está em tendência de baixa.
2. Viés diário apontando para baixo: O próximo draw on liquidity ou Daily
Bias deve sugerir movimentos descendentes.
3. Programa de compra no timeframe inferior: Antes de atingir a PD Ar-
ray do timeframe superior, o preço deve apresentar uma dinâmica de com-
pra no timeframe menor.
Componentes do Market Maker Sell Model
O modelo é composto por quatro etapas fundamentais:
1. Consolidação Original
Esta é a fase inicial onde o preço se movimenta dentro de uma faixa consolidada
entre dois limites.
2. Geração de Liquidez
Aqui, o preço cria uma sequência de mínimas mais altas (higher lows) durante mo-
vimentos ascendentes. Essas áreas acumulam liquidez que será explorada posteri-
ormente quando o preço se mover para o lado vendedor.
3. Reversão do Smart Money
Quando o preço atinge uma PD Array baixista no timeframe superior, ocorre a re-
versão da dinâmica de compra para a de venda. Isso marca a transição do movi-
mento de alta para a fase baixista.
4. Caça à Liquidez
Esta é a etapa final, na qual o preço varre mínimas anteriores formadas durante a
fase de engenharia de liquidez, retornando à área de Consolidação Original ou a
outro nível de liquidez significativo.
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Como Operar com o Market Maker Sell Model?
Para usar o modelo em suas operações, siga as etapas abaixo:
Passo 1: Contexto no Timeframe Superior
• Identifique uma estrutura de mercado baixista no timeframe superior.
• Confirme que o viés diário (Daily Bias) aponta para movimentos descen-
dentes e que o próximo draw on liquidity está em níveis mais baixos.
Passo 2: Dinâmica no Timeframe Inferior
• Aguarde o preço criar um programa de compra no timeframe menor, le-
vando-o até uma PD Array baixista do timeframe superior.
• Quando o preço atingir essa PD Array, fique atento a confirmações bai-
xistas, como um deslocamento na estrutura de mercado (Market Structure
Shift) ou divergências SMT.
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Passo 3: Entrada
• Após as confirmações, identifique um Fair Value Gap (FVG) acima do
nível do deslocamento da estrutura de mercado.
• Execute a ordem de venda quando o preço retrair para preencher esse
FVG.
• Defina o stop loss 10-20 pips acima da última máxima antes do desloca-
mento da estrutura de mercado.
Alvo de Lucro
Usando a Ferramenta de Fibonacci
Aplique os seguintes níveis na ferramenta Fibonacci:
• Início: Máxima do Smart Money Reversal.
• Fim: Mínima do deslocamento da estrutura de mercado (Market Structure
Shift).
• Escalas sugeridas:
Nível Fibonacci Descrição
1 Início
0 Final
-1 Primeiro nível de escala de lucro
-1.5 Segundo nível de escala de lucro
-2 Primeiro alvo
-2.5 Alvo final
Alvos Adicionais
• Utilize mínimas anteriores como alvos de lucro intermediário.
• O alvo final pode ser a mínima da Consolidação Original ou o próximo
nível de liquidez no timeframe superior.
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O Market Maker Sell Model é uma estratégia poderosa, mas, como qualquer outra
abordagem, não é infalível. Nunca arrisque todo o seu capital em uma única ope-
ração. Use stop loss para proteger seu patrimônio e mantenha um gerenciamento de
risco sólido em todas as operações. Com prática e disciplina, você poderá aprovei-
tar os movimentos estruturais do mercado a seu favor.
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Capítulo 48 - OTE Trading Strategy
O Optimal Trade Entry (OTE) é uma estratégia de entrada baseada em retrações de
preço, fundamentada no uso de níveis de Fibonacci entre uma alta e uma baixa
previamente estabelecidas. Essa abordagem ajuda traders a identificar pontos pre-
cisos para entrar no mercado, equilibrando risco e retorno. Seja para scalping, day
trading ou swing trading, o OTE oferece um método confiável para operar com
base no movimento contínuo de tendências.
O Optimal Trade Entry é um modelo projetado para capturar reversões durante re-
trações de preço em mercados em tendência. O OTE utiliza níveis-chave de Fibo-
nacci, criando um modelo estruturado para identificar pontos de entrada com alta
probabilidade de sucesso.
Em mercados de Alta ou Baixa, os preços frequentemente se movem em padrões
"ziguezague", alternando entre avanços e retrações. Esses padrões permitem que
o OTE seja usado tanto para seguir tendências quanto para capturar reversões em
zonas de alto interesse, como Premium ou Discount Arrays (PD arrays).
Configurando os Níveis de Fibonacci para o OTE
Para aplicar corretamente a estratégia do ICT OTE, é necessário configurar os
níveis de Fibonacci de acordo com as especificações ensinadas por Michael. Os
valores recomendados são:
Nível Fibonacci Descrição
0 Início do movimento de retração
0.5 Equilíbrio
0.62 Nível OTE 1
0.705 Nível OTE 2
0.79 Entrada Ótima (Optimal Trade Entry)
1 Nível de Retração de 100% (Posição Inicial)
-0.5 Alvo 1
-1 Alvo 2
-2 Alvo 3
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Esses valores ajudam a identificar zonas onde o preço provavelmente encontrará
suporte ou resistência, criando oportunidades de entrada e saída de alta precisão.
Como identificar o OTE?
1. Defina a Faixa de Negociação (Dealing Range): Identifique uma alta
e uma baixa significativas em um período relevante.
2. Aplique a Ferramenta Fibonacci: Trace do ponto mais baixo ao mais
alto em um mercado de alta (ou o inverso em um mercado de baixa).
3. Localize o OTE: Identifique a faixa entre 0.62 e 0.79, priorizando o nível
0.705 como ponto ideal.
Essa análise pode ser aplicada a diferentes períodos gráficos, mas é especialmente
eficaz em timeframes intermediários, como 15 ou 30 minutos, e durante as Kill
Zones.
Como Operar com o OTE?
OTE em Mercado de Alta
1. Identifique a Tendência: Confirme que o mercado está em alta por
meio da estrutura de mercado ou análise em timeframes superiores.
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2. Trace Fibonacci: Aplique o Fibonacci na faixa entre o ponto mais baixo
e o mais alto do movimento.
3. Aguarde a Retração: Observe o preço retornar aos níveis do OTE.
4. Confirme a Entrada: Busque sinais como Market Structure Shift ou rejei-
ções de preço em timeframes menores.
5. Execute a Compra: Entre na posição nos níveis do OTE, ajustando o
stop-loss abaixo da mínima recente.
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6. Defina os Alvos: Use os níveis de extensão do Fibonacci (-1, -2) ou alvos
baseados em liquidez, como altas anteriores.
OTE em Mercado de Baixa
1. Identifique a Tendência: Verifique a estrutura de baixa em timeframes
superiores.
2. Trace Fibonacci: Aplique Fibonacci do ponto mais alto ao mais baixo
do movimento.
3. Aguarde o Retorno: Espere que o preço retorne aos níveis do OTE.
4. Confirme a Venda: Procure sinais como rejeições de preço ou Market
Structure Shift descendente.
5. Execute a Venda: Entre na posição nos níveis do OTE, configurando o
stop-loss acima da máxima recente.
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6. Defina os Alvos: Use extensões de Fibonacci ou mínimos antigos como
alvos.
O Optimal Trade Entry é uma ferramenta poderosa e versátil, adequada para várias
abordagens de negociação. No entanto, como qualquer estratégia, ela não é infalí-
vel. O gerenciamento de risco, incluindo o uso disciplinado de stop-loss, é essencial
para proteger o capital e evitar perdas excessivas. Use o OTE com um viés diário
bem definido e aumente suas chances de operar em alinhamento com o fluxo do
mercado.
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294
Capítulo 49 - Turtle Soup Trading Strategy
A Turtle Soup Trading Strategy é uma abordagem que aproveita stop hunts e false brea-
kouts para identificar reviravoltas no mercado. Essa estratégia permite aos traders
antecipar reversões significativas ao detectar rompimentos breves e enganosos em
níveis de suporte ou resistência, proporcionando oportunidades de ganho estraté-
gico.
O padrão Turtle Soup é baseado na captura de ordens de stop posicionadas acima
de níveis de resistência ou abaixo de níveis de suporte. Essa configuração é parti-
cularmente eficaz em mercados em consolidação, onde os preços oscilam entre
máximas e mínimas estabelecidas.
O conceito central desse padrão é o Liquidity Sweep, ou seja, um movimento em
que o preço rompe brevemente um nível significativo antes de reverter. Enquanto
muitos traders enxergam esses rompimentos como sinais de continuação da ten-
dência, a Turtle Soup Strategy os interpreta como stop hunts, onde o smart money liquida
posições de traders que compraram no suporte ou venderam na resistência.
A lógica por trás do nome Turtle Soup Trading
O nome da estratégia é uma alusão humorística à abordagem "Turtle Trading", cri-
ada por Richard Dennis e William Eckhardt na década de 1980. A estratégia origi-
nal dos Turtle Traders se concentrava em aproveitar os rompimentos genuínos
como sinais de entrada. Já a Turtle Soup inverte essa lógica ao lucrar com os rom-
pimentos falsos, "transformando tartarugas em sopa" ao converter movimentos
falhos em trades de sucesso.
Como funciona a Turtle Soup Trading Strategy?
Para utilizar essa estratégia, é necessário seguir algumas etapas fundamentais:
1. Fluxo de ordens no higher timeframe
Antes de qualquer execução, identifique a estrutura do mercado no higher timeframe.
Determine se o fluxo de ordens está apontando para uma tendência de alta ou
baixa.
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2. Identificação do Draw on Liquidity no higher timeframe
Marque os níveis de liquidez no higher timeframe que servirão como pontos de atra-
ção para o preço.
3. Marcação da liquidez interna no lower timeframe
Após identificar os níveis no higher timeframe, mude para um lower timeframe (como
o gráfico de 15 minutos) e localize os níveis de liquidez interna mais recentes.
4. Validação do falso rompimento
Quando o preço atingir a liquidez interna e reverter para dentro da faixa identifi-
cada, busque uma Market Structure Shift (MSS) no gráfico de 1 minuto para confir-
mar o rompimento falso.
Componentes da Turtle Soup Strategy
1. Consolidação Original:
Representa o intervalo inicial de preço, onde o mercado cria liquidez tanto acima
quanto abaixo dos limites de suporte e resistência.
2. Engenharia de Liquidez:
Movimentos que criam mínimas ou máximas sucessivas, atraindo traders para co-
locar ordens de parada próximas a esses níveis.
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3. Reversão do Smart Money:
O ponto de virada ocorre quando o preço atinge um nível de liquidez significativo
e inicia uma reversão.
4. Caça à Liquidez:
Envolve a captura das ordens de parada posicionadas durante a fase de engenharia
de liquidez.
Melhores Condições para Utilizar a Turtle Soup Strategy
• Melhores timeframes:
O gráfico de 15 minutos é ideal para marcar os níveis de liquidez interna, enquanto
gráficos de 5 minutos ou inferiores são mais indicados para confirmar os rompi-
mentos falsos.
• Pares recomendados:
Inicialmente projetada para índices como NASDAQ e S&P 500, a estratégia tam-
bém se mostrou eficaz em pares de moedas importantes, como GBP/USD e
EUR/USD, além de metais como XAU/USD (ouro).
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297
• Mercados de consolidação:
Embora mais eficaz em mercados laterais, a estratégia pode ser aplicada em mer-
cados de tendência para identificar movimentos exagerados e stop hunts em torno
de níveis-chave.
A Turtle Soup Trading Strategy é uma ferramenta poderosa para traders que buscam
explorar stop hunts e rompimentos falsos. No entanto, como qualquer estratégia,
ela não é infalível. É crucial alinhar a análise com o fluxo de ordens do higher time-
frame, aplicar confirmações como MSS e gerenciar riscos com o uso adequado de
stop-loss.
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Capítulo 50 – ICT 2022 Trading Model
O ICT 2022 Trading Model é uma estratégia de negociação algorítmica desen-
volvida para operar com precisão no mercado financeiro, utilizando os conceitos
de tempo, preço e liquidez. Esse modelo transformou a abordagem do trading ao
integrar análise de desequilíbrios de preços e varreduras de liquidez com momen-
tos específicos do dia, os chamados Killzones. Essa metodologia é voltada para ne-
gociações intradiárias e oferece oportunidades de alta probabilidade, com movi-
mentos que podem render 50 pips ou mais, mantendo uma relação risco-recom-
pensa atrativa (no mínimo 1:3).
O foco principal da estratégia está na identificação do Daily Bias — a direção pro-
vável do mercado para o dia — e no uso de ferramentas como o Fibonacci para
entradas em zonas de desconto ou prêmio, após movimentos de liquidez. Ao ali-
nhar a análise de timeframes maiores com confirmações em períodos menores, o
modelo permite executar operações de maneira informada e precisa durante mo-
mentos de alta volatilidade, como as aberturas das sessões de Londres e Nova
York.
O ICT 2022 Trading Model é uma abordagem completa que combina robustez e
eficiência, ideal para traders que buscam maximizar resultados com controle rigo-
roso de riscos.
Modelo de Mentoria ICT 2022
O ICT 2022 Model segue passos precisos para identificar operações de alta proba-
bilidade:
1. O preço busca a principal liquidez Buyside ou Sellside (máximas/mínimas
asiáticas, de Londres ou dos dias anteriores).
2. Em seguida, há uma reversão do preço, criando uma Fair Value Gap
(FVG) com deslocamento (Displacement), evidenciando o patrocínio insti-
tucional por trás do movimento.
3. A Mudança na Estrutura de Mercado (Market Structure Shift - MSS) é con-
firmada quando um Swing High ou Swing Low alinha-se horizontalmente a
três velas dentro da FVG.
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4. Desenhe a linha de Fibonacci a partir:
a. Do Swing que capturou a liquidez até o próximo Swing do lado
oposto da FVG.
b. Ou de um Swing relevante após a captura de liquidez até um Swing
oposto.
5. A FVG deve estar na linha de equilíbrio (50% de Fibonacci) ou no lado
da liquidez mais relevante.
6. Coloque a ordem limite dentro da FVG, preferencialmente no equilíbrio
ou em uma zona de maior vantagem.
O método segue estas etapas para validação
1. Captura de liquidez (máximas/mínimas antigas ou outros PD Arrays).
2. Deslocamento (Displacement).
3. Mudança na estrutura de mercado (MSS).
4. Retorno ao FVG ou OB, acima ou abaixo de 50% de Fibonacci do inter-
valo de deslocamento.
5. Configuração com boa relação risco-recompensa.
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Estratégia para a Sessão de Londres
Antes de operar na sessão de Londres, identifique e marque as máximas e mínimas
do intervalo de preços entre a abertura à meia-noite de Nova York e a abertura de
Londres.
• Assim que a sessão de Londres começar, observe se o preço atinge a má-
xima ou mínima do intervalo anterior, de acordo com o Daily Bias. Esse
movimento é conhecido como Liquidity Sweep.
• Após a captura de liquidez, procure por um ICT Market Structure Shift
(MSS) acompanhado por um movimento de deslocamento em timeframes
menores, como gráficos de 5, 3 ou até 1 minuto (esse último requer maior
experiência).
• Em seguida, identifique um ICT PD Array, como um Fair Value Gap
(FVG), Order Block, Inverse Fair Value Gap ou Breaker Block, utilizando a
ferramenta de zonas de prêmio e desconto do ICT.
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• Aguarde o preço retornar à área marcada (PD Array) dentro da zona de
prêmio ou desconto. Quando o preço testar essa área, execute a operação.
No exemplo, as máximas e mínimas do intervalo de preços foram marcadas antes
da abertura de Londres.
Após a abertura, o preço sobe para capturar a liquidez na máxima do intervalo.
Em seguida, ele reverte rapidamente, deslocando a estrutura para o lado vendedor.
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Após o MSS, o preço retorna ao FVG, onde a venda é executada. O stop loss é
colocado acima da máxima de Londres, e o take profit na mínima do intervalo.
O resultado foi a captura bem-sucedida da mínima do intervalo, entregando 70
pips com uma relação risco-recompensa de 1:3.
Os horários de abertura de Londres são altamente voláteis, alinhando-se à Kill Zone
definida pelo ICT e oferecendo excelentes oportunidades de lucro.
Estratégia para a Sessão de Nova York
A sessão de Nova York abre às 08:00 (horário local de Nova York).
(I) Caso o preço já tenha capturado a liquidez durante a sessão de Londres e se
movido a partir disso, a sessão de Nova York pode apresentar um recuo seguido
pela continuação do movimento iniciado em Londres.
Neste cenário, aplique a ferramenta de retração de Fibonacci desde a mínima da
sessão de Londres até a máxima alcançada antes do recuo em Nova York.
Aguarde o preço atingir os níveis de ICT Optimal Trade Entry e, após uma confir-
mação, como um ICT Market Structure Shift (MSS) no gráfico de 1 minuto, execute
a operação no mesmo sentido da entrega de preço da sessão de Londres.
Exemplo:
• No gráfico, as máximas e mínimas da faixa de preço foram marcadas antes
da abertura de Londres.
• O preço sobe acima da máxima da faixa de preço após a abertura de Lon-
dres, capturando a liquidez.
• Depois de atingir a máxima e realizar o sweep da liquidez, o preço reverte
para baixo e desacelera.
• Quando a sessão de Nova York abre às 08:00, o preço recua para os níveis
de ICT Optimal Trade Entry na faixa de Londres.
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Uma operação de venda é executada nos níveis de OTE, com o stop loss acima da
máxima de Londres e o take profit na mínima da faixa. O preço atinge a mínima da
faixa, alcançando o alvo com sucesso.
Detalhes da Estratégia ICT 2022 Model
Principais Timeframes
O sucesso da Estratégia ICT 2022 depende de uma análise estruturada em múlti-
plos timeframes. O gráfico diário é usado para determinar o Daily Bias, a direção
geral do mercado para o dia, seja de alta (bullish) ou baixa (bearish). O gráfico de 1
hora oferece uma visão geral do fluxo de mercado em uma perspectiva de médio
prazo. Em seguida, o gráfico de 15 minutos é utilizado para identificar liquidez e
desequilíbrios nos preços, enquanto os timeframes menores, como 5, 3 e 1 minuto,
são reservados para confirmações e execuções de trades.
Identificação e Uso da Liquidez
A liquidez desempenha um papel central no modelo ICT, sendo fundamental para
identificar alvos potenciais. Níveis como máximas e mínimas do dia anterior, ses-
são anterior e semana anterior são cruciais. Também se destacam as máximas e
mínimas estabelecidas no gráfico de 15 minutos, além de retornos aos gaps de
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abertura da semana ou do dia, tanto atuais quanto antigos. Uma varredura de li-
quidez ocorre quando o mercado remove stops acima de máximas ou abaixo de
mínimas anteriores, gerando oportunidades de reversão ou continuidade.
Durante a sessão de Londres, se o mercado permanecer em uma faixa consolidada
sem varrer a liquidez, é recomendável aguardar a sessão de Nova York. Nesse
momento, é possível que a liquidez seja varrida de um dos lados da faixa, confir-
mando o viés diário antes de qualquer execução de operações.
Fibonacci e Oportunidades de Entrada
O uso do Fibonacci é um elemento chave no modelo ICT. Durante retrações após
movimentos significativos de preço, o Fibonacci é usado para identificar níveis de
Optimal Trade Entry (OTE). Esses níveis ajudam a determinar zonas de desconto e
prêmio para entradas precisas. Isso é particularmente eficaz após varreduras de
liquidez, pois o mercado tende a reverter ou expandir nesses pontos.
Ativos e Mercados Ideais
A Estratégia ICT 2022 é amplamente eficaz em diferentes mercados. Indústrias
como NASDAQ100 (NQ-Futures) e E-mini (S&P 500) são favoritas de Huddles-
ton devido à sua alta volatilidade e liquidez. Além disso, pares de moedas princi-
pais, como GBP/USD, EUR/USD e XAU/USD, também apresentam resultados
consistentes ao aplicar essa metodologia.
Aplicação Prática e Riscos
A abertura da sessão de Nova York, às 08:00 AM (NY), é particularmente estraté-
gica. Esse horário não apenas coincide com o final da sessão de Londres, mas
também alinha-se com os momentos em que notícias econômicas importantes
costumam ser divulgadas. No entanto, embora o modelo ICT ofereça oportuni-
dades robustas, é importante lembrar que ele exige experiência, especialmente ao
operar em timeframes menores, como o gráfico de 1 minuto. Esse nível de análise
demanda precisão e gestão de riscos eficiente.
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Capítulo 51 - Unicorn Model
O ICT Unicorn Model é uma ferramenta de execução de trades desenvolvida para
maximizar ganhos no mercado financeiro. Este modelo combina dois conceitos
fundamentais do trading ICT — o Fair Value Gap (FVG) e o Breaker Block — para
identificar áreas de alta probabilidade de suporte ou resistência, onde reversões de
tendência são esperadas. A área de sobreposição entre esses dois elementos é o
coração do modelo Unicorn, tornando-o mais confiável do que o uso isolado de
um FVG ou de um Breaker Block. Este método oferece aos traders uma abordagem
precisa e confiável para identificar oportunidades de entrada no mercado.
Identificando o Modelo ICT Unicorn
Para identificar o ICT Unicorn Model, é necessário seguir os seguintes passos:
1. Identificar a quebra de um Swing High ou Swing Low.
2. Procurar por um Breaker Block formado na quebra do Swing.
3. Verificar se há um Fair Value Gap sobreposto ao Breaker Block.
Breaker Block: Um Breaker Block é essencialmente um Order Block falho que se
forma após uma mudança na estrutura de mercado acompanhada de uma captura
de liquidez (Ver capítulo 13).
Fair Value Gap (FVG): Um Fair Value Gap é um desequilíbrio de preço, repre-
sentado por um espaço entre três velas consecutivas, causado pela ineficiência en-
tre as ordens de compra e venda (Ver capítulo 18).
Compra (Bullish) Venda (Bearish)
1. Uma Lower Low seguida de uma Uma Higher High seguida de uma Lower
Higher High. Low.
2. Um Breaker Block de alta sobreposto Um Breaker Block de baixa sobreposto a
a um FVG de alta. um FVG de baixa.
3. Um reteste bem-sucedido da área de sobreposição, confirmando o modelo.
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Estratégia de Trade com o Modelo Unicorn
Para operar usando o ICT Unicorn Model, é essencial começar com um Daily Bias
correto. Em seguida:
1. Espere o preço se aproximar de um PD Array em zona de prêmio ou
desconto.
2. Aguarde por uma Mudança na Estrutura de Mercado (Market Structure
Shift).
3. Identifique a formação do modelo Unicorn.
4. Execute o trade quando o preço retornar à área de sobreposição do Uni-
corn.
• Stop Loss:
o Bullish Unicorn: 10-20 pips abaixo da mínima da vela que criou o
FVG.
o Bearish Unicorn: 10-20 pips acima da máxima da vela que criou o
FVG.
• Take Profit: Use como alvo o próximo nível de liquidez ou um PD Array
de maior timeframe.
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Melhores Timeframes e Ativos para o Modelo Unicorn
• Timeframes: O ICT Unicorn Model é mais eficaz em timeframes menores,
como 15 minutos, ou inferiores, como 5 minutos.
• Ativos: Embora inicialmente aplicado em índices como Nasdaq 100 e
S&P 500, o modelo também é eficiente em pares cambiais principais
(GBP/USD, EUR/USD), metais (XAU/USD, XAG/USD), o Índice do
Dólar e até criptomoedas.
O ICT Unicorn Model é uma ferramenta poderosa e confiável para entradas de trade,
especialmente por combinar dois conceitos fundamentais de ICT. No entanto,
nenhuma estratégia é infalível. Sempre opere com um Stop Loss e use gestão de
risco apropriada para proteger seu capital.
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Capítulo 52 - Silver Bullet Strategy
z
A ICT Silver Bullet Strategy é uma metodologia de trading algorítmica baseada em
tempo, desenvolvida para capturar movimentos rápidos do mercado. Esse modelo
concentra-se em liquidez e Fair Value Gaps (FVGs), tornando-se uma estratégia
altamente eficaz para scalping. Com uma abordagem estruturada, a estratégia ocorre
três vezes por dia, em janelas de uma hora:
• Sessão de Londres: Das 03:00 às 04:00 (horário de Nova York).
• Sessão AM de Nova York: Das 10:00 às 11:00 (horário de Nova York).
• Sessão PM de Nova York: Das 14:00 às 15:00 (horário de Nova York).
A sessão AM de Nova York é frequentemente considerada a mais vantajosa devido
à sobreposição com a sessão de Londres, gerando alta volatilidade.
Essa organização permite aos traders focar apenas nesses períodos, eliminando a
necessidade de monitorar o mercado o dia inteiro. Ideal para capturar movimentos
de 20-30 pips, é uma abordagem projetada para alta precisão e eficiência.
A Silver Bullet Strategy é uma ferramenta de trading baseada em tempo, projetada
para aproveitar desequilíbrios e zonas de liquidez em momentos estratégicos do
dia. Segundo Michael Huddleston, criador do ICT, “Para largar seu emprego, você
precisa de algo que se repita todos os dias e gere cinco handles.” Essa estratégia
atende exatamente a essa necessidade: um modelo repetitivo, confiável e capaz de
gerar resultados consistentes.
O funcionamento da estratégia baseia-se em duas dinâmicas principais do mer-
cado: equilibrar desequilíbrios no preço e capturar liquidez. Com isso, a Silver Bullet
direciona o trader para zonas de reversão com alta probabilidade de sucesso.
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Como funciona a estratégia Silver Bullet?
Antes de cada janela de Silver Bullet, o trader deve:
1. Identificar Liquidez Chave: Marcar os pontos de liquidez mais próxi-
mos no gráfico de 15 minutos, como Buy-Side Liquidity (acima de máximas
anteriores) e Sell-Side Liquidity (abaixo de mínimas anteriores).
2. Analisar o Movimento: Determinar se o preço já capturou uma das zo-
nas de liquidez e, se sim, se ele tende a reverter ou continuar para a pró-
xima zona.
3. Monitorar Mudança de Estrutura de Mercado (MSS): Após o início
da janela, buscar uma Market Structure Shift em timeframes menores (1 ou 3
minutos) alinhada com a próxima atração de liquidez.
Uma vez identificada a MSS, o próximo passo é procurar um Fair Value Gap na
direção do movimento esperado. Usando a ferramenta de Prêmio e Desconto (Pre-
mium/Discount), os traders podem localizar a FVG ideal. Assim que o preço retorna
à zona identificada, o trade pode ser executado com base na estratégia.
Exemplos Práticos da Estratégia
Durante a sessão AM de Nova York, o preço do EUR/USD, após reagir a uma
zona de liquidez interna (IRL) no gráfico de 15 minutos, direcionou-se para buscar
a liquidez externa (ERL) localizada abaixo dos fundos (SSL). Com o início da
janela da estratégia Silver Bullet, o mercado executou um forte displacement para
baixo, visível no gráfico de 1 minuto, que criou Fair Value Gaps (FVGs). O preço
então retornou para mitigar uma dessas FVGs, oferecendo uma clara oportuni-
dade de entrada na venda, cujo alvo final era a liquidez externa (SSL) abaixo dos
fundos mencionados.
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Tipos de liquidez na estratégia Silver Bullet
1. Previous Day High/Low: Refere-se às máximas e mínimas estabeleci-
das durante o dia de negociação anterior.
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2. Previous Session High/Low: Níveis-chave formados na sessão mais
recente, fornecendo alvos importantes de liquidez.
3. Established High/Low on 15-Minute Chart: Máximas e mínimas sig-
nificativas identificadas no gráfico de 15 minutos.
4. Previous Week High/Low: As máximas e mínimas criadas na semana
de negociação anterior.
5. Current/Old Week Opening Gap: Oportunidades de liquidez em torno
dos gaps formados no início da semana atual ou anterior.
6. Expansion Away from Week Opening Gap: Movimentos de preço que
se expandem além do gap de abertura semanal.
7. Relative Equal Highs or Lows: Níveis em que múltiplas máximas ou
mínimas se alinham, formando liquidity pools que atraem a ação do preço.
Esses níveis de liquidez são referências essenciais para identificar possíveis alvos
de preço e reversões dentro da estrutura do ICT Silver Bullet.
Timeframes Ideais e Ativos para a Silver Bullet
• Timeframes: Enquanto o gráfico de 15 minutos serve como referência
para identificar liquidez e direcionamento, a execução do trade ocorre em
gráficos menores, como 5, 3 ou 1 minuto.
• Ativos: A estratégia foi originalmente testada em índices como Nasdaq
100 (NQ) e E-mini (S&P 500), mas também demonstrou alta eficácia em
pares de moedas principais (GBP/USD, EUR/USD), metais preciosos
(XAU/USD) e até mesmo no mercado de criptomoedas.
A estratégia Silver Bullet combina simplicidade e eficácia, oferecendo aos traders a
oportunidade de operar em períodos específicos do dia com alta precisão. Embora
seja uma estratégia confiável, é essencial aplicar gestão de risco adequada e usar
Stop Loss em todas as operações. Com prática e disciplina, a Silver Bullet pode se
tornar uma ferramenta poderosa para capturar movimentos curtos e consistentes
no mercado.
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Considerações finais
Parabéns por chegar ao final desta jornada pelo universo dos Smart Money Con-
cepts (SMC)! Ao longo destas páginas, você foi apresentado a uma abordagem
lógica e estruturada para entender como o mercado financeiro realmente funciona,
decifrando os rastros deixados pelas grandes instituições. Você explorou desde os
fundamentos das estruturas de mercado até os sistemas de negociação mais avan-
çados, construindo um alicerce técnico robusto.
No entanto, a conclusão deste livro marca apenas o início da sua verdadeira jor-
nada de aprendizado e desenvolvimento como trader. Os conceitos do SMC, em-
bora lógicos, são densos e interconectados. A verdadeira maestria não virá de uma
única leitura, mas da dedicação contínua ao estudo e à prática. Dada a densidade
dos conceitos, pode ser útil um roteiro inicial para focar seus esforços práticos.
Para auxiliar nesse processo, consulte o Apêndice A: Guia Rápido - Por Onde
Começar a Praticar SMC?, que sugere uma sequência de estudo e prática focada
nos pilares fundamentais da metodologia antes de se aprofundar nas ferramentas
mais avançadas.
Seus Próximos Passos:
1. Releia e Revise: Como sugerido no prefácio, volte a este material. Acon-
selho que você o releia, talvez focando em partes específicas a cada vez –
Estruturas, Blocos de Ordens, Liquidez, Tempo e Preço. Use este livro
como seu guia de consulta, retornando aos capítulos sempre que precisar
solidificar um conceito ou entender como ele se conecta aos outros. A
repetição é fundamental para internalizar a complexidade do SMC.
2. Estude os Gráficos (Screen Time): A teoria ganha vida nos gráficos.
Dedique tempo considerável à análise de gráficos passados (backtesting)
e à observação do mercado em tempo real. Procure ativamente pelos pa-
drões e conceitos que você aprendeu: identifique os blocos de ordens, as
zonas de liquidez, as ineficiências, os deslocamentos e como o tempo in-
fluencia os movimentos. A prática visual é insubstituível.
3. Pratique com Disciplina: Comece praticando em um ambiente simu-
lado (paper trading) para aplicar as estratégias sem risco financeiro. Teste
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313
os modelos de negociação apresentados, ajuste-os ao seu estilo e ganhe
confiança. Lembre-se que a paciência e a disciplina são tão importantes
quanto a técnica. Não apresse o processo.
4. Integre os Conceitos: A força do SMC reside na confluência de seus
elementos. Não veja cada capítulo como uma entidade isolada. Esforce-
se para conectar como a estrutura de mercado, a liquidez, o tempo e os
pontos de interesse (PD Arrays) trabalham juntos para formar setups de
alta probabilidade.
5. Lembre-se dos Outros Pilares: Conforme mencionado na introdução,
este livro focou intensamente na técnica operacional. No entanto, para
alcançar a consistência no trading, você precisa dominar igualmente os
outros dois pilares: Gerenciamento de Risco e Psicologia do Trader. Para
aprofundar seus conhecimentos sobre a mentalidade e a disciplina neces-
sárias para operar com consistência, consulte o volume dedicado à Psico-
logia do Trader na coleção 'Tríade do Mercado'. Nele, exploramos deta-
lhadamente como desenvolver as atitudes, crenças e ferramentas mentais
corretas para lidar com as probabilidades e incertezas do mercado. Busque
conhecimento e desenvolvimento nessas áreas cruciais, pois elas susten-
tarão sua técnica nos momentos desafiadores.
A jornada para dominar os Smart Money Concepts é longa, mas recompensadora.
Ela exige curiosidade intelectual, dedicação ao estudo e resiliência na prática. Con-
tinue aprendendo, continue observando e, acima de tudo, continue evoluindo.
Desejo a você muito sucesso em sua trajetória nos mercados financeiros!
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Apêndice A: Guia Rápido - Por Onde Começar a
Praticar SMC?
Parabéns por absorver o conteúdo técnico deste livro! Sabemos que a quantidade
de conceitos do Smart Money Concepts (SMC) pode parecer esmagadora no início. A
verdadeira aprendizagem acontece com a prática consistente e o tempo de tela
(screen time). Este guia rápido oferece um roteiro sugerido para focar seus estudos
e práticas iniciais (em conta demo!) nos conceitos mais fundamentais antes de se
aprofundar nas nuances e modelos mais complexos.
Passo 1: Domine a Leitura da Estrutura de Mercado (Ref: Parte 1)
▪ Foco Principal: Entender como o preço se move em tendências e
quando ele pode estar revertendo.
▪ Conceitos Chave para Praticar:
• Identificar tendências de alta (uptrend) através de Topos e Fundos
ascendentes (Higher Highs - HH / Higher Lows - HL).
• Identificar tendências de baixa (downtrend) através de Topos e
Fundos descendentes (Lower Highs - LH / Lower Lows - LL).
• Marcar Swing Highs e Swing Lows corretamente.
• Reconhecer um Break of Structure (BOS) como confirmação da
continuidade da tendência.
• Identificar um Change of Character (CHOCH) ou Market Structure
Shift (MSS) como o primeiro sinal de uma possível mudança na ten-
dência.
▪ Como Praticar: Em gráficos limpos (sem muitos indicadores), use dife-
rentes timeframes (H4/D1 para contexto, M15 para estrutura interna). Mar-
que os HH, HL, LL, LH. Identifique onde ocorrem os BOS a favor da
tendência e onde surgem os CHOCH/MSS contra a tendência. Faça isso
repetidamente em dados históricos (backtesting).
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Passo 2: Enxergue a Liquidez Principal (Ref: Parte 4)
▪ Foco Principal: Entender que o preço é atraído para áreas onde ordens
estão acumuladas (liquidez).
▪ Conceitos Chave para Praticar:
• Identificar Liquidez Externa (ERL): Marque os níveis óbvios de
Máxima e Mínima do Dia Anterior (PDH/PDL), da Semana An-
terior (PWH/PWL).
• Reconhecer Topos Iguais (Equal Highs - EQH) e Fundos Iguais
(Equal Lows - EQL) como ímãs de liquidez.
• Entender o conceito de Draw on Liquidity (DOL) – o preço sendo
"puxado" para esses níveis.
• Identificar Liquidity Sweeps (Varreduras de Liquidez) básicos:
quando o preço apenas rompe rapidamente um topo/fundo an-
tigo para capturar stops e reverte.
▪ Como Praticar: Diariamente, marque os níveis de PDH/PDL e
PWH/PWL no seu gráfico. Observe como o preço interage com eles.
Procure por EQH/EQL e veja se o preço os busca. Note quando ocor-
rem sweeps nesses níveis.
Passo 3: Zonas de Interesse Essenciais - Premium/Discount, OB e FVG
(Ref: Partes 1, 2, 3)
▪ Foco Principal: Identificar zonas de maior probabilidade para o preço
reagir após um movimento estrutural ou captura de liquidez.
▪ Conceitos Chave para Praticar:
• Usar a ferramenta de Fibonacci para definir zonas de Premium
(>50%) e Discount (<50%) em uma faixa (range) de negociação
relevante (após um BOS ou CHOCH/MSS).
• Identificar Order Blocks (OBs) simples e claros: a última vela de
baixa antes de um movimento forte de alta, ou a última vela de
alta antes de um movimento forte de baixa, preferencialmente locali-
zados em zonas de Discount (para compra) ou Premium (para venda).
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• Identificar Fair Value Gaps (FVGs) claros (BISI ou SIBI) criados
por displacement, também localizados nas zonas apropriadas de Pre-
mium/Discount.
• Observar a reação do preço ao retornar a esses OBs e FVGs bá-
sicos, especialmente ao nível de 50% (CE/MT).
▪ Como Praticar: Após marcar a estrutura e a liquidez, trace o Fibonacci nos
movimentos relevantes (swings). Procure por OBs e FVGs claros dentro
das zonas de Premium ou Discount. Observe e anote como o preço reage ao
testar essas zonas.
Passo 4: A Dimensão do Tempo (Ref: Parte 6)
▪ Foco Principal: Entender que quando uma oportunidade se forma é tão
importante quanto onde ela se forma.
▪ Conceitos Chave para Praticar:
• Conhecer os horários das Killzones principais (Londres, NY AM).
• Observar se os movimentos de captura de liquidez (Passo 2) e os
testes de POIs (Passo 3) ocorrem com mais frequência ou com
reações mais fortes dentro dessas janelas de tempo.
▪ Como Praticar: Preste atenção ao relógio (horário de NY) enquanto ana-
lisa os gráficos. Note a volatilidade e os setups que se formam durante as
Killzones. Compare com o comportamento fora delas.
Passo 5: Integração Inicial e Prática em Conta Demo (Ref: Parte 5 e 7)
▪ Foco Principal: Começar a juntar as peças em um cenário de alta proba-
bilidade.
▪ Processo Simplificado para Praticar:
1. Identifique o viés/tendência principal no HTF.
2. Aguarde o preço capturar um nível chave de liquidez (SSL/BSL)
ou reagir a um POI de HTF, idealmente durante uma Killzone.
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3. Procure por uma confirmação de mudança de estrutura no LTF
(CHOCH/MSS com displacement).
4. Identifique um POI claro (OB ou FVG simples) na zona de Pre-
mium/Discount apropriada, criado pelo displacement.
5. Planeje uma entrada (em conta demo!) quando o preço retornar
a esse POI.
6. Defina Stop Loss e Alvos (Take Profit) com base na estrutura e
liquidez.
▪ Como Praticar: Aplique rigorosamente este processo simplificado em
sua conta demo. Mantenha um diário de trades, revise seus acertos e erros.
Foque na execução correta do processo, não apenas no resultado finan-
ceiro.
Nota Final:
Este guia é um ponto de partida. Domine estes fundamentos através de estudo e
prática diligente. A consistência virá com o tempo e a experiência. Lembre-se sem-
pre da importância crucial do Gerenciamento de Risco e da Psicologia do Tra-
der, que você deve estudar como complementos indispensáveis a esta técnica. So-
mente após dominar estes pilares e obter consistência na conta demo, considere
operar com capital real. Depois de se sentir confortável com estes básicos, revisite
o livro para explorar os conceitos mais avançados e os outros modelos de negoci-
ação.
Boa prática e bons estudos!
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Glossário
Accumulation (Acumulação): Fase do PO3 onde instituições constroem posi-
ções com baixo impacto no preço.
Balanced Price Range (BPR - Intervalo de Preço Balanceado): Área onde
FVGs opostas (BISI e SIBI) se sobrepõem, indicando equilíbrio e que a ineficiência
foi corrigida.
Breaker Block (BB - Bloco de Rompimento): Order Block rompido que inverte
sua função (suporte/resistência).
Break of Structure (BOS - Quebra de Estrutura): Rompimento de estrutura
(topo/fundo) a favor da tendência.
Buy Side Imbalance Sell Side Inefficiency (BISI): Tipo de FVG formado em
um movimento de alta (desequilíbrio comprador).
Buy Side Liquidity (BSL - Liquidez do Lado da Compra): Liquidez acumu-
lada acima de máximas significativas.
Candle Body (Corpo da Vela): Distância entre a abertura e o fechamento de
uma vela.
Candle Range Theory (CRT - Teoria da Amplitude da Vela): Análise baseada
na amplitude (range) de uma vela para prever movimentos e identificar desequilí-
brios.
Central Bank Dealers Range (CBDR - Intervalo dos Dealers do Banco Cen-
tral): Intervalo de preço entre 14:00 e 20:00 (London time) usado para projetar má-
ximas/mínimas diárias.
Change of Character (CHOCH - Mudança de Caráter): Quebra de estrutura
contra a tendência, sinalizando possível reversão.
Change in the State of Delivery (CISD - Mudança no Estado de Entrega do
Preço): Mudança na direção da entrega do preço (de buy-side para sell-side ou vice-
versa).
Consequent Encroachment (CE): Ponto médio (50%) de um desequilíbrio
(como FVG).
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Daily Bias (Viés Diário): Direção mais provável do preço para o dia de negoci-
ação.
Demand (Demanda): Força compradora; zona onde o preço tende a encontrar
suporte.
Discount (Desconto): Região "barata" do preço (abaixo de 50% de um range),
interessante para compras.
Displacement (Deslocamento): Movimento agressivo e rápido do preço, indi-
cando intenção institucional.
Distribution (Distribuição): Fase do PO3 onde ocorre o movimento principal e
direcional do preço.
Draw on Liquidity (DOL - Atração pela Liquidez): Conceito de que o preço
se move em direção a pools de liquidez.
Efficiency (Eficiência): Estado onde o preço se move de forma equilibrada, sem
deixar gaps.
Equal Highs (EQH - Topos Iguais): Níveis onde o preço tocou múltiplas ve-
zes no topo, criando liquidez.
Equal Lows (EQL - Fundos Iguais): Níveis onde o preço tocou múltiplas vezes
no fundo, criando liquidez.
Equilibrium (Equilíbrio): Ponto médio (50%) de uma faixa de preço ou FVG;
estado de preço balanceado.
External Range Liquidity (ERL - Liquidez de Faixa Externa): Liquidez ex-
terna a uma faixa de preço (máximas/mínimas antigas).
Fair Value Gap (FVG - Lacuna de Valor Justo): Estrutura de 3 velas com es-
paço não negociado entre a 1ª e a 3ª, indicando ineficiência.
High Resistance Liquidity Run (HRLR - Corrida para Liquidez com Alta
Resistência): Movimento em direção à liquidez encontrando muitos obstáculos
(OBs, FVGs).
Higher High (HH - Topo Mais Alto): Topo formado acima do topo anterior
em tendência de alta.
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Higher Low (HL - Fundo Mais Alto): Fundo formado acima do fundo anterior
em tendência de alta.
Imbalance (Desequilíbrio): Área onde o preço se moveu rapidamente, deixando
ineficiências (FVGs, etc.).
Inducement (Indução): Nível ou movimento criado para atrair traders para o lado
errado antes de uma captura de liquidez.
Institutional Order Flow Entry Drill (IOFED): Ponto inicial de um FVG
usado como nível de entrada potencial.
Interbank Price Delivery Algorithm (IPDA - Algoritmo Interbancário de
Entrega de Preços): Mecanismo que governa como os preços são entregues, bus-
cando eficiência e liquidez.
Internal Range Liquidity (IRL - Liquidez de Faixa Interna): Liquidez interna
a uma faixa de preço (FVGs, OBs).
Inverse Fair Value Gap (IFVG - FVG Invertido): FVG que, após ser preen-
chido e rompido, inverte sua função (suporte/resistência).
Judas Swing: Movimento falso no início de uma sessão/dia para capturar liqui-
dez.
Killzone: Janela de tempo específica com alta volatilidade (Asiática, Londres, NY).
Liquidity (Liquidez): Facilidade de comprar/vender; no SMC, áreas com con-
centração de ordens (stops).
Liquidity Pool (Poço de Liquidez): Área com grande concentração de ordens
pendentes.
Liquidity Run (Corrida pela Liquidez): Movimento contínuo do preço bus-
cando várias zonas de liquidez.
Liquidity Sweep / Stop Run (Varredura de Liquidez): Movimento rápido que
ativa ordens stop acima/abaixo de níveis chave.
Liquidity Void (Vácuo de Liquidez): Área de movimento rápido com gaps, in-
dicando desequilíbrio e atração para o preço.
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Low Resistance Liquidity Run (LRLR - Corrida para Liquidez com Baixa
Resistência): Movimento em direção à liquidez encontrando poucos obstáculos
(caminho livre).
Lower High (LH - Topo Mais Baixo): Topo formado abaixo do topo anterior
em tendência de baixa.
Lower Low (LL - Fundo Mais Baixo): Fundo formado abaixo do fundo ante-
rior em tendência de baixa.
Manipulation (Manipulação): Fase do PO3 onde o Smart Money cria movimen-
tos falsos para capturar liquidez.
Market Maker Buy/Sell Model (MMXM - Modelo de Compra/Venda do
Market Maker): Estrutura que descreve como o preço se move entre zonas de
liquidez.
Market Structure (Estrutura de Mercado): Padrões de topos e fundos que de-
finem a tendência (alta, baixa, consolidação).
Market Structure Shift (MSS - Mudança na Estrutura de Mercado): Primeiro
sinal de possível reversão, rompimento de Swing Point contra a tendência.
Mean Threshold (MT): Ponto médio (50%) de uma estrutura (como Order
Block).
Mitigation Block (MB - Bloco de Mitigação): Zona onde o preço retorna para
"mitigar" (equilibrar) ordens institucionais pendentes.
Mitigation (Mitigação): Processo onde o preço retorna a um Mitigation Block
para equilibrar ordens pendentes.
New Day Opening Gap (NDOG - Gap de Abertura do Novo Dia): Gap entre
o fechamento diário (17h NY) e a abertura seguinte (18h NY).
New Week Opening Gap (NWOG - Gap de Abertura da Nova Semana):
Gap entre o fechamento de sexta e a abertura de domingo.
Optimal Trade Entry (OTE - Entrada Ótima em Trade): Estratégia de en-
trada baseada em níveis específicos de Fibonacci (0.62-0.79) durante retrações.
Order Block (OB - Bloco de Ordens): Zona onde o Smart Money posicionou
ordens significativas antes de um movimento.
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Order Flow (Fluxo de Ordens): Direção e intenção dos movimentos de preço
baseados nas ordens institucionais.
Point of Interest (POI - Ponto de Interesse): Área relevante onde se espera
reação do preço (OBs, FVGs, nível de liquidez).
Power of 3 (PO3): Modelo que divide o movimento do preço em Acumulação,
Manipulação e Distribuição.
Premium and Discount Arrays (PD Arrays): Conjunto de Ferramentas (OB,
FVG, etc.) em Zonas Premium/Discount.
Premium (Prêmio): Região "cara" do preço (acima de 50% de um range), interes-
sante para vendas.
Previous Day High/Low (PDH/PDL - Máxima/Mínima do Dia Anterior):
Níveis de preço do dia anterior.
Previous Week High/Low (PWH/PWL - Máxima/Mínima da Semana An-
terior): Níveis de preço da semana anterior.
Propulsion Block (Bloco de Propulsão): Zona de origem de um movimento
explosivo do preço.
Reclaimed Order Block (ROB - Bloco de Ordem Reclamado): Order Block
que foi inicialmente rompido/ignorado e depois "reclamado", voltando a ser res-
peitado.
Redelivered Rebalanced (RDRB - Reentregue Rebalanceado): Faixa de
preço que passou por equilíbrio (movimento cima-baixo-cima ou baixo-cima-
baixo) e é revisitada.
Rejection Block (RB - Bloco de Rejeição): Zona onde o preço tentou romper
um nível mas foi claramente rejeitado.
Sell Side Imbalance Buy Side Inefficiency (SIBI): Tipo de FVG formado em
um movimento de baixa (desequilíbrio vendedor).
Sell Side Liquidity (SSL - Liquidez do Lado da Venda): Liquidez acumulada
abaixo de mínimas significativas.
Silver Bullet Strategy: (Estratégia Silver Bullet) Estratégia de scalping baseada
em tempo, focada em janelas de 1 hora específicas e FVGs/liquidez.
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Smart Money: Grandes instituições financeiras que movem o mercado.
Smart Money Concepts (SMC - Conceitos de Dinheiro Inteligente): Meto-
dologia de análise focada nas ações das instituições financeiras.
Standard Deviation (Desvio Padrão): Medida de dispersão usada para projetar
níveis de expansão do preço.
Substructure (Subestrutura): Movimentos menores (topos/fundos) dentro de
uma estrutura maior de mercado.
Supply (Oferta): Força vendedora; zona onde o preço tende a encontrar resistên-
cia.
Swing High / Swing Low: Topos e fundos formados pela inflexão do preço.
Thank God It's Friday (TGIF - Setup de Sexta-Feira): Modelo algorítmico
para operar retrações às sextas-feiras.
Three Drives: Padrão de três impulsos consecutivos em direção a um pool de li-
quidez, muitas vezes sinalizando exaustão.
Time & Price (Tempo e Preço): Conceito central do SMC que correlaciona
horários específicos com movimentos de preço.
Turtle Soup: (Estratégia Turtle Soup) Estratégia que explora falsos rompimen-
tos (stop hunts) para entrar em reversões.
Unicorn Model: (Modelo Unicorn) Modelo de entrada que combina a sobre-
posição de um Breaker Block e um FVG.
Volume Imbalance (Desequilíbrio de Volume): Separação entre corpos de ve-
las consecutivas (micro FVG), indicando ineficiência na entrega de preço por vo-
lume.
Weekly Profile (Perfil da Semana): Padrões típicos de comportamento do preço
ao longo da semana.
Wicks/Shadows (Pavios da Vela): Linhas acima/abaixo do corpo, mostrando
a máxima/mínima atingida.
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