Kemphis, na Imitação de Cristo, “Primeiro conserva-te em paz, depois poderás
pacificar os outros”.
6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge: Na vida
a dois, tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas
coisas. A falta de atenção para com o cônjuge é triste na vida do casal e demonstra
desprezo para com o outro. Seja atento ao que ele diz, aos seus problemas e
aspirações.
7. Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo: Se isso não acontecer, no dia
seguinte, o problema poderá ser bem maior. Não se pode deixar acumular
problema sobre problema sem solução. Os problemas da vida conjugal são
normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam
solucionados, com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz,
da fuga, é a pior que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.
8. Pelo menos, uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa: Muitos
têm reservas enormes de ternura, mas esquecem de expressá-las em voz alta. Não
basta amar o outro, é preciso demonstrar esse sentimento também com palavras
e especialmente com gestos. Para as mulheres, isso tem um efeito quase mágico.
É um tônico que muda completamente o seu estado de ânimo, humor e bem-
estar. Muitos homens têm dificuldade neste ponto; alguns por problemas de
educação, mas a maioria porque ainda não se deu conta da sua importância.
9. Cometendo um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas: Admitir um erro não é
humilhação. A pessoa que admite o seu erro é madura e demonstra ser honesta
consigo mesma e com o outro. Quando erramos, não temos duas alternativas
honestas, apenas uma: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que
fizemos de errado, com o propósito de não repeti-lo. Isso é ser humilde. Agindo
assim, mesmo os nossos erros e quedas serão alavancas para o nosso
amadurecimento e crescimento. Quando temos a coragem de pedir perdão,
vencendo o nosso orgulho, eliminamos quase de vez o motivo do conflito no
relacionamento, e a paz retorna aos corações. É nobre pedir perdão!
10. Quando um não quer, dois não brigam: É a sabedoria popular que ensina isso.
Será preciso então que alguém tome a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso que
leva à briga. Tomar essa iniciativa será sempre um gesto de grandeza, maturidade
e amor. E a melhor maneira será “não pôr lenha na fogueira”, isto é, não alimentar
a discussão. Muitas vezes, é pelo silêncio de um que a calma retorna ao coração
do outro. Outras vezes, será por um abraço carinhoso, ou por uma palavra amiga.
PALESTRA HARMONIA CONJUGAL
1. O Plano de Deus, do Plano de Criação
Gênesis 2, 18-24 (Ler na Bíblia)
Como Deus concebeu o Homem e Mulher à sua imagem e semelhança
Dignidade da pessoa humana, o casamento é relacionamento de pessoas
Harmonia Conjugal: Significa a paz coletiva entre as pessoas ou entres duas
pessoas, que é o casal.
Sacramento Matrimonio - Encontro do Divino com o Humano;
O amor, o que é o amor?
O amor entre o casal e Deus
O amor é o oxigênio da vida em família. É o amor dos esposos que gera o amor
da família e que produz o“alimento” e o “oxigênio” mais importante para os filhos.
O Papa João Paulo II disse algo marcante: “O homem não pode viver sem amor.
Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de
sentido, se não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra com o amor, se
não o experimenta e se não o torna algo próprio, se nele não participa vivamente”
(RH, 10). Sem o amor a família nunca poderá atingir a sua identidade, isto é, ser
uma comunidade de pessoas. O amor é mais forte do que a morte e é capaz de
superar todos os obstáculos para construir o outro. Assim se expressa o Cântico
dos Cânticos: “…o amor é forte como a morte… Suas centelhas são centelhas de
fogo, uma chama divina. As torrentes não poderiam extinguir o amor, nem os rios
o poderiam submergir.”(Ct 8,6-7)
Há alguns casais que dizem que vão se separar porque acabou o amor entre
eles. Será verdade? O “verdadeiro” amor não cresceu e não amadureceu; foi
queimado pelo sol forte do egoísmo e sufocado pelo amor próprio de cada um.
Não seria mais coerente dizer: “Nós matamos o nosso amor?”. O poeta cristão
Paul Claudel resumiu de maneira bela a grandeza da vida do casal: “O amor
verdadeiro é dom recíproco que dois seres felizes fazem livremente de si próprios,
de tudo o que são e têm. Isto pareceu a Deus algo de tão grande que Ele o tornou
sacramento”.
O amor conjugal (Um Casal em Harmonia só terá Alegrias mesmo nas
Dificuldades e muitos motivos para comemorar a Felicidade da sua Família).
Benevolência, Elevação do outro, doação de si, lazer, Liberdade, Confidência,
Respeito
2. Realidade concreta do casal
A vida conjugal
A harmonia conjugal é uma conquista do casal
Homem e mulher, diferentes na sua identidade e singularidade.
A harmonia na vida conjugal em todos os aspectos:
Econômica (Gastador, mão fechada, brigas por dinheiro, consumista)
Parental (Não criar situações de desentendimento, não se intrometer, aceitar o
parente)
Social (Gostar como o outro se veste, Amizades erradas, estudo/futebol
atrapalhar, sempre juntos)
Religiosa (Professar a mesma religião, rezar juntos, ser o Cirineu do outro,
crescer juntos)
Sexual (Dialogar sobre a sexualidade, fingir que está bem, sentir-se mal amado,
abandono)
Cultural (Gostar do que o outro gosta, Ter vida em comunhão)
Espiritual (Filhos precisam de colo, afetividade, elogios, trabalhar o pão de cada
dia)
3. A vida conjugal
Alegrias e tristezas, Angústias, Dificuldades (doenças, morte, desemprego),
Desafios, Conquistas
Falar de como nos posicionamos diante dos problemas
Como estamos tentando conseguir a harmonia conjugal
Mostrar que com paciência, crescimento, maturidade, desprendimento de ambas
as partes, amor mútuo e Muito amor de Deus.
O reflexo e resultado de um casal em harmonia (Paz no lar)
4. Os pilares da Espiritualidade Familiar
Diálogo (É graça, benção da palavra, 75% se resolvem com o diálogo)
Perdão (Nunca dormir sem dar o perdão, perdão é saúde é benção)
Oração (Quem abandona a oração abraça o pecado, rezar à mesa)
Elogio (Carinho, ternura, promover, valorizar, palavras de ouro (te amo, te
quero bem, obrigado))
DEUS CONCEDE A UNIÃO: HOMEM E MULHER Mt 18, 19-20.
CASAL COM ORAÇÃO E CASAL SEM ORAÇÃO: Mt 7,24-27
Na família, Deus nos ensina a amar e nos dá a oportunidade de sermos
amados. A harmonia conjugal é atingida quando o casal, na vivência do amor,
“supera-se a si mesmo” e harmoniza as suas qualidades numa união sólida e
profunda. Quando isto ocorre, cada um passa a ser enriquecido pelas qualidades
do outro. Há, então, como que uma transfusão de dons entre ambos. Mas para
isso é preciso que o casal chegue à unidade, superando as falsidades,
infantilidades, mentiras e infidelidades.
A Palavra de Deus, nos Livros do Eclesiástico e Provérbios, nos ensina isto e
nos ajuda a refletir:
“Feliz o homem que tem uma boa mulher, pois, se multiplicará o número
dos seus anos. A mulher forte faz a alegria do seu marido, e derramará paz nos
anos de sua vida.
Os dez mandamentos do casal
1. Nunca irritar-se ao mesmo tempo: A todo custo evitar a explosão. Quanto mais
a situação é complicada, mais a calma é necessária. Então, será preciso que um
dos dois acione o mecanismo que assegure a calma de ambos diante da situação
conflitante. É preciso nos convencer de que, na explosão, nada será feito de bom.
Dom Helder Câmara tem um belo pensamento que diz: “Há criaturas que são
como a cana, mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço,
só sabem dar doçura…” Seria muito eficaz usar a doçura para enfrentar os desafios
da vida a dois.
2. Nunca gritar um com o outro: A não ser que a casa esteja pegando fogo. Quem
tem bons argumentos não precisa gritar. Gritar, muitas vezes, é próprio daquele
que na sua insegurança, precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos
argumentos e pela razão.
3. Se alguém deve ganhar na discussão, deixar que seja o outro: Perder uma
discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. Dialogar jamais será discutir,
pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um derrotado, e
no diálogo não. Portanto, se por descuido nosso, o diálogo se transformar em
discussão, permita que o outro “vença” para que mais rapidamente ele termine.
Discussão no casamento é sinônimo de “guerra”; uma luta inglória. Que vantagem
há em se ganhar uma disputa contra aquele que é a nossa própria carne? É preciso
que o casal tenha a determinação de não provocar brigas; não podemos nos
esquecer que basta uma pequena nuvem para esconder o sol. Às vezes, uma
pequena discussão esconde, por muitos dias, o sol da alegria no lar.
4. Se for inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor: A outra parte tem que
entender que a crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Só tem sentido a
crítica que for construtiva; e essa é amorosa, sem acusações e condenações. Antes
de apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do
outro. Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem
dor. E reze pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. Peça ao Senhor
e a Nossa Senhora que preparem o coração dele para receber bem o que você
precisa dizer-lhe. Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.
5. Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado: A pessoa é sempre maior
que seus erros, e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda vez
que acusamos a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e
dificultando que ela se livre deles. Certamente não é isso que queremos para a
pessoa amada
Papa Paulo VI, diante da guerra fria e da ameaça de guerra nuclear, avisou o
mundo: “A paz impõe-se somente com a paz, pela clemência, pela misericórdia,
pela caridade”. Ora, se isto é válido para o mundo encontrara paz, muito mais é
válido para todos os casais viverem bem. Portanto, como ensina Thomás de