Monografia
Monografia
Universidade Rovuma
Nampula
2025
1
Luís Ernesto Rodrigues
Universidade Rovuma
Nampula
2025
2
Índice
LISTA DE ILUSTRAÇÕES..................................................................................................V
DECLARAÇÃO...................................................................................................................VI
DEDICATÓRIA..................................................................................................................VII
AGRADECIMENTOS......................................................................................................VIII
EPÍGRAFE...........................................................................................................................IX
Abstract..................................................................................................................................X
LISTA DE ABREVIATURAS.............................................................................................XI
CAPíTULO I: INTRODUCAO............................................................................................14
1.1. Contextualização do estudo.......................................................................................14
1.2.1. Objectivo geral............................................................................................................19
1.2.2. Objectivo específicos..................................................................................................19
1.5. Delimitação do tema em estudo.....................................................................................20
CAPíTULO II: REVISÃO DA LITERATURA...................................................................21
2.1. Protecção social.............................................................................................................21
2.1.1. Segurança Social.........................................................................................................22
2.1.2. Conceito e Importância da Segurança Social Obrigatória..........................................23
2.1.2.1. Importância da Protecção Social para Trabalhadores por Conta Própria................23
2.1.3. Objectivos e Benefícios da Segurança Social.............................................................24
2.1.3 A Segurança Social como Direito Humano Fundamental...........................................24
2.2. Enquadramento Legal da Segurança Social Obrigatória em Moçambique...................25
2.2.1. Obrigações e Direitos dos Contribuintes....................................................................25
2.2.2. Papel do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS)...........................................26
2.2.3. Regime de trabalhadores.............................................................................................27
2.3. Perfil dos Trabalhadores por Conta Própria no Sector Comercial do Mercado Waresta
..............................................................................................................................................28
2.3.1. Características Demográficas e Socioeconómicas......................................................28
2.3.2. Tipo de Actividades Exercidas...................................................................................28
2.3.3. Grau de Formalização dos Negócios..........................................................................29
2.4. Cobertura da Segurança Social Obrigatória para Trabalhadores Autónomos...............30
2.4.1. Percentual de Adesão dos Trabalhadores...................................................................30
2.4.2. Factores que Influenciam a Adesão e a Participação..................................................30
2.4.3. Comparação com Outros Sectores e Grupos Profissionais.........................................31
3
2.5. Desafios para a Adesão à Segurança Social Obrigatória...............................................31
2.5.1. Falta de Informação....................................................................................................32
2.5.2. Barreiras Financeiras e Custos de Contribuição.........................................................32
2.5.3. Desconfiança na Gestão do Fundo de Segurança Social............................................33
2.5.4. Burocracia e Dificuldades no Processo de Inscrição..................................................33
2.6. Facilitadores e Estratégias param Ampliar a Cobertura................................................33
2.6.1. Campanhas de Sensibilização e Educação Financeira................................................33
2.6.2. Políticas de Incentivo e Redução de Custos...............................................................34
2.6.3. Parcerias com Associações e Cooperativas................................................................34
2.6.4. Melhoria na Transparência e Gestão do Sistema........................................................34
2.7. Impactos da Baixa Cobertura na Protecção Social dos Trabalhadores..........................35
2.7.1. Vulnerabilidade Económica e Falta de Protecção......................................................35
2.7.2. Consequência para a Sustentabilidade do Sector Comercial Informal.......................36
2.7.3. Desafios do Desenvolvimento do Sistema Previdenciário.........................................37
CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................37
3. Procedimentos Metodológicos..........................................................................................37
3.1. Métodos de Pesquisa......................................................................................................37
3.2. Tipo de Pesquisa............................................................................................................37
3.2.1. Quanto a forma de abordagem....................................................................................37
3.2.2. Quanto aos Objectivos................................................................................................38
3.2.3. Quanto aos procedimentos técnicos............................................................................38
3.2.3.1. Estudo Bibliográfico................................................................................................38
3.2.4. Estudo de Campo........................................................................................................38
3.3. Instrumentos de colecta de dados..................................................................................39
3.4. Universo/Amostra..........................................................................................................39
3.4.1. Universo......................................................................................................................39
3.4.2. Amostra.......................................................................................................................39
CAPíTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS......40
4.1. Informações Demográficas............................................................................................40
Esta seção fornece uma visão geral das características demográficas dos Trabalhadores por
Conta Própria no Mercado Waresta, Nampula com base nas respostas ao questionário......40
4.1.1. Interpretação da Idade dos Trabalhadores por Conta Própria no Mercado Waresta,
Nampula................................................................................................................................40
4
4.1.2. Interpretação do Nível de Escolaridade dos Vendedores por Conta Própria no
Mercado Waresta..................................................................................................................41
4.2.3. Interpretação do Tempo Trabalhando por Conta Própria no Mercado Waresta.........42
4.2.4. Interpretação da Actividade Exercida no Mercado Waresta.......................................43
4.2.5. Interpretação sobre a Inscrição na Segurança Social Obrigatória..............................44
4.2.6. Interpretação sobre os Benefícios Percebidos da Segurança Social Obrigatória........45
4.2.7. Interpretação dos Motivos para Não Estar Inscrito na Segurança Social Obrigatória46
4.2.8. Interpretação do Nível de Informação sobre a Segurança Social Obrigatória............47
4.2.9.Impacto da Falta de Conhecimento na Adesão ao Sistema de Segurança Social
Obrigatória............................................................................................................................48
4.2.10. Desafios param Adesão à Segurança Social Obrigatória..........................................49
2.2.11. Medidas Facilitadoras para Adesão à Segurança Social Obrigatória.......................50
CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E SUGESTÕES...............................................................51
5.1. Conclusões.....................................................................................................................51
5.2. Sugestões.......................................................................................................................53
APÊNDICES........................................................................................................................59
5
V
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
6
VI
DECLARAÇÃO
Eu, abaixo assinado, declaro que este trabalho científico é fruto da minha pesquisa pessoal,
conduzida sob a orientação do meu supervisor. As informações apresentadas são originais,
e todas as fontes utilizadas estão devidamente citadas no corpo do texto e na bibliografia
final.
Adicionalmente, afirmo que este trabalho não foi submetido anteriormente a nenhuma outra
instituição para fins de obtenção de qualquer grau académico.
O Autor:
_________________________________________________
7
VII
Dedico este trabalho aos meus amados pais, Ernesto Luís e Henriqueta Evaristo dos Santos
Rodrigues, cuja dedicação, amor e valores foram essenciais para o meu desenvolvimento
pessoal e profissional. Esta obra representa minha profunda gratidão por todo o apoio e
carinho que sempre me proporcionaram.
DEDICATÓRIA
8
VII
AGRADECIMENTOS
Gostaria de manifestar meus mais sinceros agradecimentos a todas as pessoas que tiveram
um papel essencial na realização deste trabalho. Este projecto foi fruto de um esforço
colectivo e contou com o apoio generoso e a colaboração de muitos.
Em primeiro lugar, expresso minha profunda gratidão ao meu orientador, Mestre Dionísio
Estevão Júlio Marques, cuja orientação sábia, apoio incansável e valiosas sugestões foram
indispensáveis para o desenvolvimento deste estudo. Sua dedicação e conhecimento foram
uma fonte constante de inspiração.
Estendo minha sincera gratidão aos participantes desta pesquisa, cujas contribuições foram
imprescindíveis para a obtenção dos dados necessários. Suas perspectivas e experiências
deram grande valor a este trabalho.
À minha família, incluindo meus queridos pais, Ernesto Luís e Henriqueta Evaristo dos
Santos Rodrigues, e meu irmão, Victorino dos Santos Adolfo Chiruca, deixo um
agradecimento especial. Seu apoio incondicional, amor e incentivo ao longo de toda esta
jornada académica foram fundamentais para que eu alcançasse este marco.
Por fim, mas não menos importante, agradeço a todos os amigos e colegas que, directa ou
indirectamente, contribuíram para a realização deste projecto. Seu suporte foi de
inestimável valor.
9
VIII
" A segurança social é um direito fundamental que assegura a dignidade humana e o bem-
estar social, sendo a sua cobertura um reflexo do compromisso de uma sociedade com a
protecção e O Desenvolvimento De Seus cidadãos."
(adaptado).
EPÍGRAFE
10
IX
RESUMO
Este estudo teve como objectivo analisar a adesão dos trabalhadores autónomos no sector
comercial de Nampula à segurança social obrigatória, identificando desafios e facilitadores
à adesão, além de explorar as percepções sobre os benefícios do sistema. Os objectivos
específicos incluíram descrever as características dos trabalhadores autónomos,
compreender suas percepções sobre a segurança social e identificar os factores que
impactam sua adesão. A pesquisa revelou que os trabalhadores são, em sua maioria, jovens
e de meia-idade, com escolaridade básica e actuando principalmente no comércio informal,
como vendas de alimentos e vestuário. A experiência profissional é significativa, mas há
lacunas em capacitação formal. Embora haja uma percepção positiva sobre os benefícios da
segurança social, muitos trabalhadores demonstraram desconhecimento sobre o sistema e
os passos necessários para a adesão. Os principais desafios encontrados incluem a falta de
informação, custos elevados e desconfiança no sistema. Facilitadores sugeridos foram
maior disseminação de informações e redução dos custos. As hipóteses formuladas foram
validadas: a falta de conhecimento impacta negativamente a adesão, e a cobertura da
segurança social é limitada, com lacunas significativas nos benefícios. As conclusões
sugerem que a adesão pode ser aumentada através de acções de sensibilização, redução de
custos e transparência no sistema de gestão.
11
X
Abstract
This study aimed to analyze the adherence of self-employed workers in the commercial
sector of Nampula to mandatory social security, identifying challenges and facilitators to
adherence, as well as exploring perceptions of the system's benefits. Specific objectives
included describing the workers' characteristics, understanding their perceptions of social
security, and identifying factors affecting adherence. The research revealed that most
workers are young and middle-aged, with basic education, mainly working in informal
commerce such as food and clothing sales. While professional experience is significant,
formal training is lacking. Although there is a positive perception of social security
benefits, many workers showed ignorance about the system and the steps for enrollment.
Main challenges included lack of information, high costs, and distrust in the system.
Suggested facilitators were increased information dissemination and cost reduction. The
hypotheses were validated: lack of knowledge negatively affects adherence, and social
security coverage is limited with significant gaps in benefits. The conclusions suggest that
adherence could be improved through awareness campaigns, cost reduction, and increased
transparency in fund management.
12
XI
LISTA DE ABREVIATURAS
ANOVA: Análise de Regressão, Análise de Variância
BM – Banco Mundial
13
CAPíTULO I: INTRODUCAO
1.1. Contextualização do estudo
A segurança social obrigatória desempenha um papel crucial na protecção dos direitos e no
bem-estar dos trabalhadores em todo o mundo. Segundo Esping-Andersen (1990), os
sistemas de segurança social são fundamentais para mitigar os riscos sociais associados a
eventos como doença, invalidez e velhice. Esses sistemas, ao garantir uma rede de
protecção social, promovem a justiça social e a redução das desigualdades económicas,
especialmente em economias emergentes. Em Moçambique, como em muitos outros países,
a implementação de um sistema de segurança social abrangente visa assegurar a protecção
social dos trabalhadores, particularmente em casos de doença, acidentes de trabalho,
invalidez, velhice e morte. Conforme destacado por Barr (2001), a efectividade e a
extensão da cobertura desses sistemas continuam a ser desafios significativos,
especialmente em relação aos grupos marginalizados ou trabalhadores informais.
Este estudo tem como objectivo analisar o nível de cobertura da segurança social
obrigatória para os trabalhadores por conta própria do sector comercial na cidade de
Nampula, Moçambique. Segundo o Instituto Nacional de Estatística de Moçambique (INE,
2020), Nampula é uma das principais regiões económicas do país, com um elevado número
de trabalhadores autónomos no comércio local. Esses trabalhadores desempenham um
papel crucial no fornecimento de bens e serviços essenciais, mas frequentemente enfrentam
desafios relacionados à inclusão em sistemas formais de protecção social, conforme
apontado por Holzmann e Jørgensen (2001), que destacam que a falta de regulamentação é
uma barreira significativa à inclusão dos trabalhadores informais.
14
Para atingir esse objectivo, este estudo examinará as políticas e regulamentos
governamentais relevantes, com destaque para a Lei n.º 4/2007, que estabelece as
directrizes do sistema de segurança social obrigatória em Moçambique. Essa lei, essencial
no panorama jurídico do país, é a base para a organização, funcionamento e abrangência da
segurança social, regulamentando os direitos e deveres tanto dos empregadores quanto dos
trabalhadores. O sistema legal moçambicano, conforme apontado por Silva (2019), ainda
enfrenta desafios relacionados à implementação e fiscalização dessas políticas,
especialmente no que diz respeito à inclusão de trabalhadores autónomos, que muitas vezes
não possuem vínculos formais de trabalho. Portanto, a análise dessas políticas permitirá
uma compreensão detalhada das lacunas e dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores por
conta própria na adesão e acesso ao sistema de segurança social obrigatória.
Além da análise dos regulamentos governamentais, será realizada uma ampla revisão da
literatura académica e técnica para contextualizar a situação actual da cobertura da
segurança social destinada aos trabalhadores por conta própria em Moçambique. Essa
revisão incluirá estudos nacionais e internacionais sobre os desafios enfrentados por
trabalhadores informais em sua inclusão em sistemas de protecção social. De acordo com
Lund (2009), compreender as limitações estruturais e legais que impedem a plena
integração dos trabalhadores informais em sistemas de segurança social é um passo
essencial para a formulação de estratégias eficazes e inclusivas. Autores como Holzmann e
Jørgensen (2001) destacam que a protecção social nos países em desenvolvimento deve
considerar as especificidades culturais, económicas e sociais de cada grupo-alvo, adaptando
as políticas às necessidades locais para garantir maior eficiência.
Adicionalmente, este estudo adoptará uma abordagem metodológica empírica, combinando
múltiplos métodos de colecta e análise de dados. Essa abordagem incluirá entrevistas
semiestruturadas com representantes de instituições responsáveis pela gestão da segurança
social em Moçambique, questionários aplicados a trabalhadores por conta própria do sector
comercial em Nampula e a análise de dados secundários, como relatórios oficiais,
estatísticas do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) e outros documentos
relevantes. Segundo Creswell (2014), a triangulação de métodos qualitativos e quantitativos
permite obter uma visão mais abrangente e confiável sobre os fenómenos estudados,
reduzindo viesses e aumentando a validade das conclusões.
15
As entrevistas fornecerão insights sobre os desafios administrativos e institucionais
enfrentados na implementação da segurança social obrigatória para trabalhadores por conta
própria. Por outro lado, os questionários buscarão captar a percepção, conhecimento e
experiência desses trabalhadores em relação ao sistema de segurança social, avaliando
factores como acesso, adesão, benefícios percebidos e barreiras enfrentadas. Já a análise de
dados secundários permitirá contextualizar a pesquisa em um panorama mais amplo,
utilizando informações já colectadas e publicadas para complementar os dados primários.
Segundo Flick (2018), a análise de dados secundários é uma estratégia valiosa em
pesquisas sociais, pois possibilita economizar recursos, ampliar a base de dados e
corroborar informações colectadas por outros métodos.
Por meio dessa abordagem metodológica abrangente, este estudo buscará obter
informações detalhadas e actualizadas sobre o acesso e a eficácia da segurança social
obrigatória para os trabalhadores por conta própria do sector comercial em Nampula. Essa
cidade foi escolhida não apenas por sua relevância económica, mas também pelo
significativo número de trabalhadores autónomos, que desempenham um papel central na
dinâmica comercial local. A análise desses dados permitirá identificar lacunas existentes na
cobertura e efectividade do sistema, além de subsidiar propostas para aprimorar a inclusão
desse grupo no sistema de protecção social. Conforme argumentado por Devereux e
Sabates-Wheeler (2004), sistemas de protecção social eficazes devem ser desenhados para
atender às necessidades dos mais vulneráveis, adaptando suas estruturas para superar as
barreiras económicas, sociais e institucionais que limitam o acesso de grupos
marginalizados.
16
1.1.2. Problematização e Problema da Pesquisa
A segurança social obrigatória desempenha um papel fundamental na promoção da
protecção social e do bem-estar dos trabalhadores, sendo um elemento crucial para garantir
condições dignas de trabalho e suporte em situações de risco. Para os trabalhadores por
conta própria, em particular, a segurança social apresenta-se como uma ferramenta
indispensável para assegurar direitos básicos, como aposentadoria, assistência em casos de
incapacidade e acesso a outros benefícios previstos no sistema. No entanto, a efectividade e
a abrangência desse sistema para os trabalhadores por conta própria do sector comercial
ainda são questões que suscitam debates e preocupações.
Diante desse contexto, este estudo parte do interesse do autor em compreender o nível de
conhecimento, adesão e protecção proporcionados pelo sistema de segurança social
obrigatória aos trabalhadores por conta própria no mercado municipal do Waresta. A
17
pesquisa buscará explorar até que ponto esses trabalhadores estão integrados ao sistema, os
principais obstáculos enfrentados e as possíveis lacunas que dificultam sua inclusão.
Por tanto, foi definida a seguinte questão de pesquisa: Como se caracteriza o nível de
cobertura da segurança social obrigatória entre os trabalhadores por conta própria no
mercado municipal do Waresta, em Nampula?
1.1. Justificativa
Dentre os vários temam relacionados à segurança social, a análise do nível de cobertura da
segurança social obrigatória em Moçambique, no caso de trabalhadores por conta própria
do sector comercial em Nampula, destaca-se como uma área de pesquisa relevante e
necessária.
Além disso, a realização dessa pesquisa também contribuirá para o debate e a formulação
de políticas públicas eficazes. Com base nos resultados, serão propostas medidas e
recomendações para melhorar a cobertura da segurança social obrigatória para os
trabalhadores por conta própria do sector comercial em Nampula, visando a inclusão social
e a protecção adequada desses trabalhadores.
18
Por fim, essa pesquisa também preenche uma lacuna de conhecimento no contexto
moçambicano, especificamente em relação aos trabalhadores por conta própria do sector
comercial em Nampula. As evidências geradas serão valiosas para os formuladores de
políticas, académicos e outros atores relevantes interessados em promover a protecção
social e o desenvolvimento sustentável dessa categoria de trabalhadores em Moçambique.
1.2. Objectivos
A definição dos objectivos cumpre a função de esclarecer p ara que se produz um
determinado conhecimento e quais dos seus pressupostos, SEBRAE (2001: 51); nesta
perspectiva, o projecto comporta dois tipos de objectivos: gerais e específicos.
19
1.3. Hipóteses
No pensamento de LAKATOS e MARCONI (1999: 28), “hipótese é uma proposição que
se faz na tentativa de verificar a validade de resposta existente para um problema”.
Tendo em conta a essência do próprio conceito, desta feita, avança-se com as seguintes
hipóteses, senão vejamos:
20
CAPíTULO II: REVISÃO DA LITERATURA
A revisão de literatura é a parte de uma pesquisa onde o autor desenvolve o panorama do
conhecimento global sobre o assunto em estudo, até ao presente, usando a sua própria
forma de expressão, na qual encaixa as referências às publicações mais recentes e
relevantes sobre o tema (Barreto e Honorato 2009, p.97).
21
A protecção social é definida também como o conjunto de mecanismos, iniciativas e
programas com o objectivo de garantir uma segurança humana digna, libertando os
cidadãos de dois medos cruciais no ciclo da vida humana: 1) Medo da carência, sobretudo
alimentar e profissional, seja acidental, crónica ou estrutural; 2) Medo da agressão e
desprotecção física e psicológica (FRANCISCO, 2010: 39).
22
2.1.2. Conceito e Importância da Segurança Social Obrigatória
A segurança social obrigatória é um sistema de protecção colectiva que tem como objectivo
garantir cobertura contra riscos sociais, tais como doença, invalidez, desemprego,
aposentadoria e morte, por meio da contribuição compulsória de empregadores e
trabalhadores. Trata-se de um mecanismo fundamental para assegurar o bem-estar social e
a dignidade dos cidadãos, proporcionando-lhes um suporte financeiro em momentos de
vulnerabilidade (Barr, 2001; Holzmann & Jørgensen, 2001).
De acordo com Esping-Andersen (1990), os regimes de seguridade social desempenham
um papel central na estruturação dos sistemas de bem-estar, sendo um dos pilares das
políticas públicas voltadas para a protecção da força de trabalho. A obrigatoriedade da
segurança social visa garantir a universalidade da cobertura, prevenindo situações de
exclusão e desamparo.
23
seguridade social é uma estratégia essencial para o desenvolvimento sustentável e para a
construção de uma sociedade mais equitativa.
24
segurança social, portanto, não deve ser apenas entendido como uma resposta às
necessidades económicas individuais, mas também como uma estratégia para promover
uma sociedade mais igualitária e justa (Kohler & Witte, 2014).
2.2. Enquadramento Legal da Segurança Social Obrigatória em Moçambique
A segurança social obrigatória em Moçambique é regulamentada por um conjunto de leis e
decretos que estabelecem as directrizes para a inclusão dos trabalhadores formais e,
progressivamente, dos trabalhadores informais no sistema. A Lei nº 4/2007, de 23 de
Fevereiro, é o principal marco legal, determinando os princípios fundamentais da segurança
social e as categorias de trabalhadores abrangidas pelo regime obrigatório (Lei nº 4/2007,
2007).
Além dessa legislação, outros regulamentos complementam e operacionalizam o
funcionamento do sistema, como o Decreto nº 53/2007, de 3 de Dezembro, que define os
mecanismos de inscrição, contribuição e atribuição de benefícios aos segurados. O quadro
normativo também estabelece a ampliação da cobertura da segurança social para
trabalhadores por conta própria e do sector informal, com foco na inclusão progressiva e na
redução da vulnerabilidade social desses grupos (OIT, 2017).
A Constituição da República de Moçambique (2004) também reforça o direito à segurança
social no seu artigo 95, estabelecendo que "todos os cidadãos têm direito à segurança
social, nos termos da lei", e atribuindo ao Estado a responsabilidade de garantir a sua
efetivação. Dessa forma, a legislação moçambicana busca assegurar um sistema que proteja
os trabalhadores contra riscos sociais e promova a inclusão económica e social.
25
Direitos dos segurados: Os trabalhadores contribuintes têm direito a benefícios como
subsídios de doença, maternidade, pensões de invalidez e velhice, e apoio para dependentes
em caso de falecimento do segurado (INSS, 2020).
2.2.2. Papel do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS)
O Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) é o órgão responsável pela administração
do sistema de segurança social obrigatória em Moçambique. Criado para gerir a inscrição
dos trabalhadores, recolher contribuições e distribuir benefícios, o INSS desempenha um
papel essencial na operacionalização e sustentabilidade do sistema (INSS, 2020).
As suas principais funções incluem:
Gestão e fiscalização: Monitoramento do cumprimento das obrigações providenciarias por
parte de trabalhadores e empregadores, além de garantir a arrecadação eficiente dos fundos.
Processamento e pagamento de benefícios: Administração dos subsídios e pensões de
acordo com os critérios estabelecidos na legislação.
Expansão da cobertura: Desenvolvimento de estratégias para integrar trabalhadores do
sector informal ao sistema de segurança social, promovendo campanhas de sensibilização e
parcerias com associações profissionais (OIT, 2014).
Garantia da sustentabilidade financeira do sistema: Implementação de medidas que
assegurem a arrecadação contínua e equilibrada, garantindo que o fundo providenciario
possa cobrir os benefícios a longo prazo (INSS, 2020).
A eficácia do INSS é um factor determinante para o sucesso da segurança social em
Moçambique, pois sua actuação impacta directamente a confiança dos trabalhadores no
sistema e a taxa de adesão, especialmente no sector informal (Holzmann, Robalino &
Takayama, 2009).
Dessa forma, o enquadramento legal da segurança social obrigatória em Moçambique é um
elemento essencial para garantir a protecção dos trabalhadores, assegurando direitos
fundamentais e promovendo maior equidade social no país.
26
outrem, e define os benefícios a que esses trabalhadores têm direito em diversas situações
de risco social.
O regime de trabalhadores por conta de outrem, conforme estabelecido pela Lei nº 4/2007,
de 23 de Fevereiro, visa assegurar uma cobertura ampla e eficaz, garantindo que a maioria
dos trabalhadores moçambicanos tenha acesso a benefícios de segurança social. Contudo, a
implementação desse sistema enfrenta desafios, principalmente no que diz respeito ao
cumprimento das obrigações por parte dos empregadores e à inclusão dos trabalhadores
informais, que muitas vezes não estão cientes dos seus direitos ou não têm acesso adequado
à informação e aos mecanismos necessários para aderir ao sistema.
2.3. Perfil dos Trabalhadores por Conta Própria no Sector Comercial do Mercado
Waresta
O mercado Waresta, situado em Nampula, é um dos principais centros comerciais da
cidade, caracterizando-se por uma forte presença de trabalhadores por conta própria que
27
atuam no sector informal. Esses trabalhadores desempenham um papel essencial na
economia local, fornecendo bens e serviços acessíveis à população e contribuindo para a
dinâmica comercial da região. No entanto, enfrentam desafios significativos relacionados à
formalização, acesso a crédito e protecção social.
Além disso, a pesquisa aponta que há uma forte participação de mulheres no comércio
informal, especialmente em sectores como a venda de produtos alimentícios e vestuário.
Essa predominância feminina reflecte a busca por alternativas económicas diante das
dificuldades de inserção no mercado formal, além do papel crucial desempenhado pelas
mulheres no sustento familiar (Devereux & Sabates-Wheeler, 2004).
28
Venda de utensílios domésticos e electrónicos: itens de cozinha, electrodomésticos de
pequeno portem, celulares e acessórios, demonstrando a adaptação do mercado às
necessidades tecnológicas da população. Essa diversidade de actividades demonstra a
flexibilidade e adaptabilidade do comércio informal, que responde rapidamente às
flutuações da demanda e às mudanças no poder de compra da população (Carvalho, 2022).
29
2.4.1. Percentual de Adesão dos Trabalhadores
Os dados indicam que a taxa de adesão dos trabalhadores autónomos ao sistema de
segurança social em Moçambique continua baixa. Um número significativo de
trabalhadores não está registado no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), o que os
deixa vulneráveis a riscos como acidentes de trabalho, doenças e aposentadoria sem
assistência financeira (Organização Internacional do Trabalho [OIT], 2014).
Essa baixa adesão reflecte uma lacuna estrutural no alcance da segurança social, que tem
sido mais eficaz na cobertura de trabalhadores formais, enquanto os autónomos e informais
permanecem desprotegidos. Além disso, a informalidade do mercado de trabalho em
Moçambique, que representa uma parte substancial da economia, dificulta a ampliação da
cobertura providenciaria.
30
Ausência de fiscalização e incentivo: Diferentemente dos trabalhadores formais, cuja
adesão ao sistema é exigida por lei e fiscalizada pelas empresas, os autónomos não sofrem
fiscalização rígida, tornando opcional a sua contribuição e reduzindo a adesão voluntária.
Trabalhadores formais: Possuem uma taxa de adesão elevada, pois sua participação no
sistema é compulsória, sendo as contribuições recolhidas directamente pelo empregador.
Além disso, esses trabalhadores têm maior acesso à informação sobre seus direitos
previdenciais.
Trabalhadores informais: Enfrentam desafios semelhantes aos autónomos, mas, por não
possuírem vínculos fixos, a adesão tende a ser ainda menor. A falta de fiscalização e a
ausência de incentivos para formalização agravam essa situação.
32
passadas de atrasos nos pagamentos de benefícios ou a falta de transparência na
administração dos fundos (De Haan, Mazzucato, & Resnick, 2020). Essa falta de confiança
enfraquece a motivação para contribuir para um sistema que muitos acreditam não ser
eficiente ou seguro. A desconfiança também pode ser exacerbada por práticas de corrupção
ou má gestão, que ocorrem em algumas áreas do sector público, minando a confiança dos
trabalhadores no sistema.
33
2.6.2. Políticas de Incentivo e Redução de Custos
Outro factor crucial para aumentar a adesão ao sistema de segurança social é a introdução
de políticas de incentivo e redução de custos. A adopção de contribuições escalonadas pode
ser uma solução viável para tornar o sistema mais acessível, especialmente para
trabalhadores com baixos rendimentos. De acordo com Santos (2020), as contribuições
escalonadas permitem que os trabalhadores paguem valores proporcionais aos seus
rendimentos, facilitando a adesão de trabalhadores informais ou de baixa renda. Isso não
apenas torna as contribuições mais justas, mas também ajuda a evitar a sobrecarga
financeira dos trabalhadores, tornando o sistema mais inclusivo.
34
os recursos sejam bem geridos e que o público tenha acesso fácil a informações sobre o
desempenho do sistema.
Além disso, a divulgação pública dos resultados de auditorias, incluindo como os fundos
são investidos e quais benefícios estão sendo distribuídos, pode aumentar a confiança da
população no sistema. Garantir que o sistema de segurança social seja percebido como
eficaz e transparente incentivará os trabalhadores a se envolverem, sabendo que o sistema
funciona de maneira justa e acessível.
35
informais ou autónomos não possuem uma renda garantida após a velhice, o que pode levá-
los a uma vida de pobreza ou dependência de familiares.
Além disso, a falta de uma rede de segurança financeira implica uma ineficiência
económica, uma vez que trabalhadores vulneráveis, ao enfrentarem tais situações sem o
respaldo de uma rede social, tornam-se menos produtivos e mais dependentes de outras
formas de assistência, seja familiar ou comunitária, o que limita o seu potencial de
crescimento e de contribuição para a economia formal (Fernandes et al., 2014).
Além disso, a falta de protecção social no sector informal resulta em uma maior
dependência do estado ou de ajudas comunitárias, o que pode levar a uma sobrecarga nos
sistemas de assistência social pública e à redução de recursos para outras áreas da
economia, prejudicando o crescimento do sector informal e sua capacidade de reinvestir e
expandir (Carvalho, 2022).
37
3.2.2. Quanto aos Objectivos
Quanto aos objectivos, a presente pesquisa é do tipo Descritiva, dado que vai se cingir mais
no envolvimento do pesquisador em situação real para apurar a veracidade do facto em
ocorrência, estas pesquisas têm como objectivo proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. GIL, (1999: 143).
38
3.3. Instrumentos de colecta de dados
Tratando – se de uma pesquisa de cunho qualitativo, ela irá valer-se de instrumentos tais
como: a observação directa do fenómeno e vamos privilegiar mais a entrevista para ganhar
mais confiança e para colher mais dados credíveis sobre o assunto em estudo. A primeira
vai ter umas questões que o autor vai utilizar para servir como guião no acto da observação
do fenómeno e a entrevista terá uma lista de questões, mas estes não seguirão uma ordem,
serão de forma aleatória.
3.4. Universo/Amostra
A escolha do universo e da amostra para esta pesquisa foi feita de forma cuidadosa,
levando em consideração a diversidade dos trabalhadores por conta própria no sector
comercial de Nampula, especialmente no mercado de Waresta.
3.4.1. Universo
Segundo Richardson (1999:157), o universo é o conjunto de elementos que possuem
determinadas características. Deste modo, a pesquisa contará com o seu universo
Trabalhadores por conta própria no mercado Waresta na Cidade de Nampula para dar mais
credibilidade ao estudo, como sendo estes o nosso grupo-alvo.
3.4.2. Amostra
Uma amostra segundo Lakatos e Marconi (1999:43), uma parte representativa possível da
população, dentro de todo universo.
Neste caso, para fazer face a realização da pesquisa, o autor conta com uma amostragem
composta por 30 pessoas trabalhadoras por conta própria escolhidas aleatoriamente no
Mercado Waresta, o estudo será realizado no ano 2022-2023.
2
Z × p ×(1− p)× N
n=
E ×( N−1)+ Z 2 × p ×(1− p)
2
No entanto, percebemos que a fórmula não é aplicável nesse caso, neste caso não há
necessidade de amostragem, pois temos acesso a todos os trabalhadores por conta
própria do mercado Waresta.
39
CAPíTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
Este capítulo apresenta e analisa os dados colectados sobre o nível de cobertura da
segurança social obrigatória entre os trabalhadores por conta própria do ramo comercial no
mercado Waresta, em Nampula. Os resultados, obtidos por meio de entrevistas
estruturadas, foram organizados e representados graficamente para facilitar a sua
interpretação.
4.1. Informações Demográficas
Esta seção fornece uma visão geral das características demográficas dos Trabalhadores por
Conta Própria no Mercado Waresta, Nampula com base nas respostas ao questionário.
10; 33%
Fonte: autor
Com base nos resultados obtidos, verifica-se que A maioria dos trabalhadores por conta
própria no mercado Waresta está nas faixas etárias de 20 a 40 anos (60%), reflectindo a
tendência do sector informal de atrair jovens em idade. A baixa presença de pessoas com
mais de 50 anos (13,3%) pode ser explicada pelas exigências físicas e limitações da idade ,
embora a faixa entre 41 e 50 anos (26,7%) indique que a experiência ainda tem espaço e
valor. Jovens impulsionam a inovação por meio de novas tecnologias mas enfrentam
40
barreiras à inclusão na segurança social. Por sua vez, trabalhadores mais velhos lidam com
discriminação e dificuldades de adaptação (Walker, 2018).
Distribuição do Nível de
Escolaridade Básico
8
27% Médio
14
47% Sem
nenhuma
6 formação
2
7% 20% Superior
A análise do nível de escolaridade dos trabalhadores por conta própria no mercado Waresta
revela um perfil educacional diversificado. A maioria dos participantes concluiu o ensino
básico (46,7%), seguido pelo ensino superior (26,7%) e ensino médio (20%). Apenas 6,7%
não possuem qualquer formação escolar. A predominância do ensino básico reforça a tese
de que esse nível é fundamental para o ingresso no sector informal, fornecendo
competências essenciais como leitura, escrita e cálculo, conforme destaca Gouveia (2020).
41
quanto a presença de indivíduos mais qualificados que vêem no trabalho autónomo uma
oportunidade de aplicar seus conhecimentos e alcançar autonomia profissional.
A maioria dos vendedores por conta própria no mercado Waresta possui entre 1 e 10 anos
de experiência (63,3%), o que sugere um estágio de adaptação com relativa estabilidade
(Gouveia, 2018). A experiência é vista como factor determinante na percepção da
importância da segurança social (Afonso, 2019). Apenas 6,7% estão no primeiro ano de
actividade, o que pode dificultar sua adesão à protecção formal (Gomes, 2017). Já 30% têm
mais de 10 anos de experiência, o que pode indicar maior consciência sobre a necessidade
de benefícios sociais, apesar das limitações financeiras comuns ao sector informal (Silva,
2020; Miranda & Pereira, 2018). Assim, o tempo de actividade influencia directamente a
propensão à inclusão na segurança social.
42
4.2.4. Interpretação da Actividade Exercida no Mercado Waresta
O estudo sobre as actividades exercidas pelos vendedores no mercado Waresta revela as
diferentes funções desempenhadas pelos participantes no contexto do trabalho autónomo. A
questão levantada para identificar essas funções foi:
A distribuição das actividades exercidas pelos vendedores do mercado Waresta revela uma
diversidade de funções. A principal actividade é o comércio, representando 40,0% dos
participantes, destacando-se como a ocupação predominante. Além disso, 30,0% dos
vendedores atuam como agentes de serviços de transferência móvel, evidenciando a
importância desse sector no mercado. Outros 30,0% trabalham como armazenistas e
distribuidores, demonstrando a relevância da logística e distribuição dentro do ambiente
comercial. Esses dados indicam que o mercado Waresta abriga diferentes tipos de
actividades, com um equilíbrio entre funções comerciais e serviços de suporte.
Agente de serviços de
9; 30% transferência móvel
12; 40%
Armazenista e dis-
tribuidor
Comerciante
9; 30%
43
4.2.5. Interpretação sobre a Inscrição na Segurança Social Obrigatória
O estudo de caso sobre a situação da segurança social entre os trabalhadores autónomos
revela informações sobre a adesão à segurança social obrigatória, uma questão importante
no contexto da protecção social e da estabilidade financeira dos trabalhadores.
A questão levantada para identificar a adesão à segurança social foi:
e) Você está inscrito na segurança social obrigatória?
Com base nos dados colectados, a distribuição dos participantes em relação à inscrição na
segurança social obrigatória mostra que: 36,7% Dos participantes estão inscritos na
segurança social obrigatória. 60,0% Dos participantes não estão inscritos. E 3,3% dos
participantes não responderam a essa questão.
Gráfico 5: Distribuição de Inscrição na Segurança Social Obrigatória
1; 3%
44
4.2.6. Interpretação sobre os Benefícios Percebidos da Segurança Social Obrigatória
A questão relacionada aos benefícios percebidos pelos trabalhadores que estão inscritos na
segurança social obrigatória visa avaliar a percepção dos participantes sobre a eficácia e
importância desse sistema de protecção social. A questão levantada foi:
f) Quais benefícios você percebe da segurança social obrigatória?
Com base nos dados colectados, a distribuição das respostas dos participantes em relação
aos benefícios percebidos da segurança social obrigatória é a seguinte: 36,7% Dos
participantes percebem benefícios significativos. 33,3% Consideram benefícios moderados
ou limitados. 26,7% Percebem benefícios mínimos ou nenhum benefício da segurança
social obrigatória. 3,3% Não têm uma opinião clara ou não especificaram a resposta.
Gráfico 6: Distribuição sobre os Benefícios Percebidos da Segurança Social
Obrigatória
45
4.2.7. Interpretação dos Motivos para Não Estar Inscrito na Segurança Social
Obrigatória
Para compreender as razões que levam os trabalhadores a não se inscreverem na segurança
social obrigatória, foi formulada a seguinte questão:
g) Qual é o principal motivo para não estar inscrito na segurança social obrigatória?
Com base nos dados colectados, os principais motivos identificados pelos participantes
foram distribuídos da seguinte forma: 36,7% Dos participantes não mencionaram ou não
indicaram um motivo específico para não estarem inscritos na segurança social obrigatória.
20,0% Dos participantes apontaram custos elevados como a principal barreira para
inscrição. 16,7% Indicaram falta de informação sobre o processo de inscrição. 10,0%
Relataram desconfiança na eficácia do sistema. Outros 16,7% mencionaram falta de
confiança na gestão do fundo de segurança social.
Gráfico 7: Distribuição dos Motivos para Não Estar Inscrito na Segurança Social
Obrigatória
46
4.2.8. Interpretação do Nível de Informação sobre a Segurança Social Obrigatória
Para avaliar o nível de conhecimento dos participantes sobre a segurança social obrigatória,
foi formulada a seguinte questão:
Os dados revelam que há uma grande disparidade no nível de informação dos participantes
em relação à segurança social obrigatória, conforme descrito a seguir: 20,0% dos
participantes se consideram muito bem informados sobre o tema. Outros 20,0% relataram
estar bem informados. Entretanto, 43,3% dos entrevistados declararam estar pouco
informados. Por fim, 16,7% dos participantes afirmaram não estar informados sobre a
segurança social obrigatória.
Bem informado
6; 20% Muito bem informado
13; 43% Não informado
Pouco informado
6; 20%
5; 17%
Os resultados mostram que apenas 40,0% dos participantes possuem um nível satisfatório
de informação sobre a segurança social obrigatória, enquanto 60,0% apresentam baixo ou
nenhum conhecimento sobre o tema, dificultando a adesão ao sistema. A predominância de
indivíduos pouco informados (43,3%) sugere um deficit na disseminação de informações
acessíveis, enquanto os 16,7% completamente desinformados podem indicar falhas nas
iniciativas de comunicação ou dificuldades de acesso à informação, a capacitação de
agentes comunitários pode fortalecer a disseminação de informações e auxiliar os
trabalhadores no processo de adesão (Holzmann, Robalino & Takayama, 2009). Essas
estratégias são fundamentais para reduzir a desinformação e fortalecer a participação no
sistema de segurança social obrigatória.
47
4.2.9.Impacto da Falta de Conhecimento na Adesão ao Sistema de Segurança Social
Obrigatória
Para entender a percepção dos participantes sobre a influência do conhecimento (ou a falta
dele) na adesão ao sistema de segurança social obrigatória, a questão investigada foi:
A análise revela que 63,3% dos entrevistados enfrentam obstáculos para aderir à segurança
social obrigatória, sobretudo por questões financeiras (20,0%) e falta de confiança na
gestão (16,7%) e eficácia do sistema (10,0%). A carência de informação (16,7%) também
se destaca como barreira, apontando para a necessidade de campanhas educativas eficazes.
Por outro lado, 36,7% afirmaram não enfrentar dificuldades, indicando algum progresso na
sensibilização. Para melhorar a adesão, recomendam-se medidas como taxas progressivas,
subsídios, maior transparência na gestão e estratégias de comunicação acessíveis
(Barrientos, 2008; Devereux & Sabates-Wheeler, 2004; Holzmann & Jørgensen, 2001;
ILO, 2015).
49
2.2.11. Medidas Facilitadoras para Adesão à Segurança Social Obrigatória
Para identificar possíveis soluções que possam aumentar a adesão à segurança social
obrigatória, foi apresentada a seguinte questão aos entrevistados:
d) Quais medidas você acredita que poderiam facilitar a adesão à segurança social
obrigatória?
Os resultados mostram que as principais sugestões incluem o fornecimento de mais
informações sobre o sistema e a redução dos custos associados à inscrição. Esses dados
revelam a necessidade de intervenções práticas tanto no aspecto informativo quanto
financeiro.
Total (Válido)
1; 2%
A análise dos dados revela que os principais factores para melhorar a adesão à segurança
social obrigatória são o aumento da informação (51,7%) e a redução dos custos de inscrição
(48,3%). A insuficiência de conhecimento sobre o funcionamento do sistema e seus
benefícios evidencia a necessidade de campanhas educativas mais eficazes (Barrientos,
2008; Devereux & Sabates-Wheeler, 2004). Paralelamente, os custos elevados representam
uma barreira significativa, o que sugere a adoção de políticas de contribuição mais
flexíveis, como taxas progressivas e subsídios (ILO, 2015). Apenas 3,3% não apresentaram
sugestões, possivelmente por desconhecimento. Conclui-se que ampliar o acesso à
informação e reduzir os encargos financeiros são medidas essenciais para fortalecer a
protecção social dos trabalhadores (Holzmann & Jørgensen, 2001).
50
CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E SUGESTÕES
5.1. Conclusões
A pesquisa revelou que a maioria dos trabalhadores por conta própria no sector comercial
de Nampula é composta por indivíduos jovens, com idades geralmente variando entre 20 e
40 anos, e uma considerável proporção de adultos de meia-idade, com idades entre 40 e 55
anos. Essa faixa etária predominante indica que o sector comercial é uma fonte de renda
significativa tanto para jovens em busca de sua independência financeira quanto para
indivíduos que, muitas vezes, têm responsabilidades familiares e buscam sustentar suas
famílias através dessas actividades.
Em termos de escolaridade, a maioria dos trabalhadores possui níveis básicos de educação
formal, geralmente não ultrapassando o ensino primário ou secundário incompleto. Esse
perfil educacional reflecte as limitações de acesso à educação que afectam grande parte da
população em contextos socioeconómicos mais vulneráveis, o que, por sua vez, influencia
directamente as oportunidades disponíveis no mercado formal de trabalho. A baixa
escolaridade também impacta a capacidade desses trabalhadores de compreender, acessar e
aderir a sistemas como a segurança social obrigatória, devido a barreiras relacionadas à
alfabetização financeira e funcional. As actividades exercidas por esses trabalhadores por
conta própria variam amplamente e abrangem, principalmente, a venda de produtos
alimentícios, como frutas, legumes e produtos enlatados; vestuário, incluindo roupas e
calçados; e utensílios domésticos, como panelas, copos e pequenos electrodomésticos.
Essas actividades são características do comércio informal, que predomina na cidade de
Nampula e atende às necessidades quotidianas da população local. Esse tipo de comércio é
frequentemente realizado em bancas improvisadas, carrinhos ou directamente nas ruas,
reforçando a natureza informal e, muitas vezes, precária das condições de trabalho nesse
sector. Quanto à experiência profissional, muitos trabalhadores autónomos atuam no sector
há vários anos, com alguns relatando mais de uma década de dedicação ao comércio
informal. Essa longa experiência reflecte a resiliência desses indivíduos em enfrentar as
dificuldades do mercado informal e encontrar formas de sustento diante da ausência de
emprego formal. No entanto, apesar da experiência acumulada, grande parte desses
trabalhadores enfrenta sérias limitações no que diz respeito ao acesso a treinamentos ou
capacitações formais que poderiam aprimorar suas habilidades ou expandir suas
oportunidades. A falta de capacitação também impede que esses trabalhadores
desenvolvam competências relacionadas à gestão de negócios, planeamento financeiro ou
51
formalização de suas actividades, o que acaba restringindo o crescimento e a
sustentabilidade de seus empreendimentos. Além disso, o estudo identificou que muitos
trabalhadores autónomos dependem exclusivamente de suas actividades no sector informal
para subsistência, o que os torna particularmente vulneráveis a riscos económicos, como
períodos de baixa demanda ou crises económicas. Essa dependência acentua a importância
de políticas públicas que promovam não apenas a formalização desses trabalhadores, mas
também a inclusão em sistemas de protecção social que garantam maior segurança e
estabilidade financeira.
Os resultados da pesquisa indicaram uma percepção geralmente positiva em relação aos
benefícios potenciais proporcionados pela segurança social obrigatória. Entre os benefícios
mais valorizados estão a protecção financeira em casos de doenças, acidentes de trabalho,
invalidez e aposentadoria. Esses aspectos são vistos como fundamentais para oferecer
maior estabilidade e segurança económica aos trabalhadores por conta própria,
especialmente em um sector marcado por instabilidade e ausência de garantias formais. A
ideia de contar com um sistema de apoio em situações adversas é amplamente reconhecida
como um ponto positivo, evidenciando o potencial impacto positivo da segurança social na
vida desses trabalhadores. No entanto, apesar dessa percepção positiva, a maioria dos
trabalhadores revelou um conhecimento limitado e superficial sobre o funcionamento do
sistema de segurança social obrigatória. Muitos não compreendem claramente os passos
necessários para se inscrever, as condições de participação ou os benefícios que poderiam
efectivamente acessar. Essa falta de entendimento sobre o sistema sugere a necessidade de
maior esforço na comunicação e divulgação por parte das instituições responsáveis pela
segurança social, bem como estratégias para tornar o sistema mais acessível e
compreensível aos trabalhadores do sector informal.
Os desafios que dificultam a adesão dos trabalhadores por conta própria à segurança social
obrigatória foram destacados de maneira clara na pesquisa, apontando barreiras tanto
estruturais quanto comportamentais que limitam a inclusão desses trabalhadores no
sistema. Entre os principais desafios estão: A ausência de informações claras sobre os
procedimentos de inscrição, os critérios de elegibilidade e os benefícios oferecidos foi
apontada como o maior obstáculo para a adesão. Muitos trabalhadores relataram não saber
a quem recorrer para obter informações confiáveis ou como iniciar o processo de inscrição.
Essa barreira é particularmente crítica no contexto do sector informal, onde há pouca
interacção com instituições formais.
52
Com base nos dados colectados e analisados, foi possível avaliar as hipóteses estabelecidas
no início da pesquisa: A hipótese de que a falta de conhecimento não impacta
significativamente a adesão e a cobertura dos trabalhadores por conta própria foi rejeitada.
Os resultados da pesquisa demonstraram que o nível de conhecimento dos trabalhadores
sobre a segurança social obrigatória tem um impacto directo e significativo na adesão. A
ausência de informações claras e acessíveis é uma das principais razões para a baixa
participação desses trabalhadores no sistema.
A hipótese de que a cobertura da segurança social obrigatória é limitada e afecta
negativamente os trabalhadores foi confirmada. Os dados revelaram lacunas importantes na
cobertura e no alcance dos benefícios, especialmente no sector informal, onde os
trabalhadores enfrentam desafios únicos. Além disso, as barreiras estruturais e
comportamentais identificadas contribuem para a exclusão de muitos trabalhadores por
conta própria, limitando o impacto positivo que o sistema poderia proporcionar.
Esses resultados reforçam a necessidade de reformas e melhorias no sistema de segurança
social obrigatória, com foco na ampliação da cobertura, na redução de barreiras e na
construção de confiança entre os trabalhadores autónomos. Estratégias específicas de
inclusão, voltadas para as particularidades do sector informal, são indispensáveis para
garantir a efectividade do sistema e promover maior segurança e estabilidade para essa
parcela significativa da força de trabalho.
5.2. Sugestões
Com base nos dados analisados e nas percepções recolhidas junto aos trabalhadores por
conta própria do sector comercial em Nampula, constata-se a existência de diversos
obstáculos que dificultam a sua inclusão no sistema de Segurança Social Obrigatória
(SSO), com destaque para a escassez de informação adequada, limitações económicas,
desconfiança nas instituições públicas e complexidade nos procedimentos de inscrição e
contribuição. Para promover uma maior adesão e assegurar a protecção social destes
trabalhadores, recomenda-se a implementação de um conjunto de medidas integradas.
53
Em segundo lugar, é fundamental flexibilizar as condições económicas de acesso ao
sistema. Muitos trabalhadores informais enfrentam dificuldades financeiras que
comprometem a regularidade das suas contribuições. Neste sentido, recomenda-se a criação
de modelos contributivos proporcionais à renda, evitando valores fixos que penalizem os
que auferem menos rendimentos. Além disso, sugere-se a implementação de regimes
contributivos alternativos, como pagamentos trimestrais ou semestrais, e a introdução de
incentivos fiscais e subsídios para os mais vulneráveis. Parcerias com cooperativas de
crédito e instituições de microfinanças também podem facilitar a regularização da situação
contributiva dos trabalhadores autónomos.
Outro ponto crítico identificado é a falta de confiança no sistema de protecção social. Para
enfrentar esta questão, torna-se essencial garantir maior transparência e responsabilização
das entidades gestoras, através da publicação regular de relatórios financeiros e da
promoção de audiências públicas. Recomenda-se igualmente a divulgação de testemunhos
reais de beneficiários e a criação de comissões locais de acompanhamento, compostas por
representantes do sector informal, com o intuito de reforçar a participação e o controlo
social.
No que diz respeito à adequação dos benefícios, observa-se que muitos trabalhadores
consideram que as coberturas actuais não reflectem a sua realidade laboral. Assim, é
importante que os benefícios da SSO sejam ajustados ao contexto do trabalho informal,
incluindo protecção em caso de acidente de trabalho, doença, invalidez temporária e
assistência familiar. Recomenda-se ainda a expansão de programas relacionados à
maternidade, paternidade e velhice, bem como a criação de serviços complementares, como
cuidados de saúde básicos, formação profissional e apoio em períodos de baixa actividade
económica.
Em suma, a combinação destas estratégias poderá tornar o sistema de segurança social mais
inclusivo, acessível e funcional, promovendo uma maior justiça social e garantindo a
protecção de uma parcela significativa e vulnerável da força de trabalho moçambicana.
54
6. Referências Bibliográficas
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role of the state. Oxford University Press.
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Silva, P., Andrade, T., & Mendes, L. (2020). A economia informal e a inclusão produtiva:
Desafios e oportunidades. Editora Luminária.
58
APÊNDICES
59
Luís Ernesto Rodrigues, estudante da Faculdade de Ciências Naturais Matemática e
Estatística, Universidade Rovuma. Frequentando o curso de Licenciatura em Estatística e
Gestão de Informação com Habilitações em Desenvolvimento de Sistemas Informáticos. Este
questionário tem como objectivo principal fazer o levantamento de informações para a
elaboração do meu Trabalho de Culminação do Curso, com o tema: Análise do Nível de
Cobertura da Segurança Social Obrigatória em Moçambique: Caso de Trabalhadores
por Conta Própria do Ramo Comercial no mercado Waresta, Nampula. A sua
participação é voluntária, e suas respostas serão tratadas com confidencialidade. Por favor,
responda às perguntas com base na sua experiência e conhecimento.
Masculino Feminino
1.2. Faixa Etária:
Menos de 20 anos 41-50 anos
20-30 anos Mais de 50 ano
31-40 anos
1.3. Nível de Escolaridade:
Sem nenhuma formação Médio
Básico Superior
1.4. Tempo Trabalhando por Conta Própria:
Menos de 1 ano
1-5 anos 6-10 anos Mais de 10 anos
2. Atividade Exercida:
Agente de serviços de transferência Armazenista e distribuidor
móvel Comerciante
3. Segurança Social Obrigatória:
60
3.1. Você está inscrito na segurança social obrigatória?
Sim Não
3.2. Quais benefícios você percebe da segurança social obrigatória? (Marque todas as
opções aplicáveis)
Aposentadoria Doenças Acidentes
3.3. Qual é o principal motivo para não estar inscrito na segurança social obrigatória?
(Marque apenas uma opção)
Custos elevados
Falta de informação sobre o processo de inscrição
Desconfiança na eficácia do sistema
Falta de confiança na gestão do fundo de segurança social
3.4. Qual é o seu nível de informação sobre segurança social obrigatória?
Muito bem informado Pouco informado
Bem informado Não informado
3.5. Você acredita que a falta de conhecimento sobre a segurança social obrigatória
impacta na sua adesão ao sistema?
Sim Não Não tenho certeza
4. Desafios e Facilitadores:
4.1. Quais desafios você enfrenta para aderir à segurança social obrigatória?
Custos elevados
Falta de informação sobre o processo de inscrição
Desconfiança na eficácia do sistema
Falta de confiança na gestão do fundo de segurança social
4.2. Quais medidas ou recursos poderiam facilitar a sua adesão à segurança social
obrigatória?
Maior informação Redução dos custos associados à
inscrição
5. Disposição para Participar de Entrevista Mais Detalhada:
Sim Não
61