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Enzimas Aula2024

A quimotripsina é uma enzima específica para ligações peptídicas com aminoácidos aromáticos, enquanto a tripsina atua em resíduos com carga positiva. Ambas são serino-proteases, catalisando a hidrólise de ligações peptídicas e são sintetizadas como zimógenos pelo pâncreas. O documento também aborda a classificação e a nomenclatura das enzimas, além de fatores que afetam sua atividade.
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A quimotripsina é uma enzima específica para ligações peptídicas com aminoácidos aromáticos, enquanto a tripsina atua em resíduos com carga positiva. Ambas são serino-proteases, catalisando a hidrólise de ligações peptídicas e são sintetizadas como zimógenos pelo pâncreas. O documento também aborda a classificação e a nomenclatura das enzimas, além de fatores que afetam sua atividade.
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QUIMOTRIPSINA

bovina pancreática
(Trp; Phe; Tyr)

A quimotripsina é específica
para ligações peptídicas contendo
resíduos de aminoácidos com cadeias
laterais aromáticas, como a
fenilalanina (Phe), tirosina (Tyr)
e triptofano (Trp).
ENZIMAS
l DEFINIÇÃO: são catalizadores proteicos que
aumentam a velocidade de uma reação química e
não são consumidos durante a reação que
catalizam.

l Alguns tipos de RNA (ex: RNAr) podem agir como


enzimas, catalizando a clivagem e síntese de ligações
fosfodiéster. Os RNAs com atividade catalítica são
denominados RIBOZIMAS e são encontrados com muito
menos freqüência do que os catalizadores proteicos.

l Peptidil transferase: é uma atividade intrínseca do


RNAr 23S encontrado na subunidade ribossômica
50S.
Enzimas

Catalisadores

Aumentam a velocidade das reações

Atuam diminuindo a energia de ativação

l Energia de ativação
l Diferença entre os níveis de energia do

estado basal e do estado de transição


Energia
Energia de ativação sem enzima
Energia de ativação com enzima
S
P

Sentido da Reação
ENZIMAS

l NATUREZA QUÍMICA: PROTEÍNAS

l SIMPLES: APENAS ENZIMAS


l CONJUGADA: ENZIMA + COFATOR (parte não proteica)

l COFATOR:
l ORGÂNICO:
l COENZIMA

l GRUPO PROSTÉTICO
l INORGÂNICO: ÍON METÁLICO

l APOENZIMA: PARTE PROTEICA


l HOLOENZIMA: APOENZIMA + COFATOR
l Grupo prostético: é qualquer estrutura (coenzima, carboidrato) não
proteica ligada permanentemente a uma proteína.
REAÇÕES ENZIMÁTICAS
l UREASE
l A uréia é a forma mais abundante de nitrogênio orgânico dissolvido
presente em ecossistemas aquáticos. Muitos organismos podem
usar a uréia como fonte de nitrogênio através da importação da
uréia para o citoplasma celular, onde a enzima urease libera duas
moléculas de amônia (NH3) que pode ser assimilada diretamente
em biomassa celular.

Degradação da uréia
nitrificação C inorgânico

Assimilação como N orgânico Assimilação como


uréia C orgânico
LACTATO DESIDROGENASE (LDH)

Nos músculos particularmente durante


atividade física vigorosa, quando a
demanda de ATP é alta e o suprimento
de oxigênio é baixo, a LDH cataliza a
reação de redução do piruvato utilizando
como cofator a coenzima NADH,
produzindo um NAD+ e lactato. Ás vezes
é classificada como reação 11 da
glicólise. Um íon hidreto é transferido do
C4 do NADH para o C2 do Lactato, com a
transferência concomitante de um próton
da HIS195.
SUCCINATO DESIDROGENASE (SD)

A SD cataliza a desidrogenação
do succinato a fumarato. A SD é
altamente inibida pelo malonato
que é um análogo estrutural do
succinato – inibição competitiva. + Ez-FAD
A SD contém um FAD com grupo
prostético covalentemente ligado Succinato
à enzima por um resíduo de His. desidrogenase
A desidrogenação do succinato
produz um FADH2. A reoxidação
desse FADH2 ocorre na cadeia
de transporte de elétrons na
mitocondria, pois a SD está ligada
a membrana mitocondrial.

+ Ez-FADH2
Enzimas - Nomenclatura
Século XIX - poucas enzimas identificadas
l Adicionava-se sufixo ASE ao nome do substrato
l enzimas que hidrolisam
l gorduras (lipo - grego) - LIPASE
l amido (amylon - grego) - AMILASE
l proteínas - PROTEASE
l Nomes arbitrários
l Tripsina e pepsina - proteases
l Catalase - H2O2

l Século XX - ­ quantidade de enzimas descritas


l Nomenclatura existente se tornou ineficaz
l Década de 60 - IUB – União Internacional de

Bioquímica adotou uma nova nomenclatura e


classificação sistemática
•maiscomplexo
•sem ambigüidades
•baseado no mecanismo de reação
Enzyme comission (EC)
l Sistema Oficial IUB
l Cada enzima - no de código (E.C.- Enzime Comission)
l com 4 dígitos que caracterizam o tipo de reação

•1o dígito - classe


•2o dígito - subclasse
•3o dígito - sub-subclasse
•4odígito - indica a função catalítica

l Hexoquinase – EC: 2. 7. 1. 1
l 2: indica uma transferase

l 7: transferência de grupos que contém fósforo


l 1: é uma fosfotransferase com um grupo álcool como aceptor do grupo
fosfato
l 1: Neste caso, uma hexoquinase.
CLASSIFICAÇÃO SISTEMÁTICA
1. Oxiredutases: envolvidas em reações de oxidação e redução (oxidorredução).
2. Transferases: transferem grupos funcionais ou radicais (ex. Grupo amino e
fosfato) entre doadores e aceptores.
3. Hidrolases: transferem água, ou seja, catalizam a hidrólise de um substrato.
4. Liases: adicionam (ou removem) elementos da água, amônia ou dióxido de
carbono para (ou de) ligações duplas. (adição à dupla ligações pela
remoção de grupos do substrato)
5. Isomerases: catalizam mudanças dentro de uma molécula. Inclui-se
racemases e epimerases isomerização
6. Ligases: união de 2 compostos com o rompimento de uma ligação de alta
energia - ATP
E+S ES E+P
Substrato se liga ao
SÍTIO ATIVO
da enzima
E - Enzima
S - Substrato(s)
ES - Complexo Enzima -Substrato
P – Produto(s)

l Catálise enzimática

l 2 hipóteses:
l Chave e fechadura
l Encaixe induzido: amoldamento correto ocorre ao se
aproximar-se o substrado e a enzima do sítio ativo da enzima
Efeito da concentração de substrato/velocidade
da reação

l Michaelis-Menten

Neste modelo a enzima combina-se reversivelmente a seu


substrato para formar um complexo ES que subseqüêntemente
degrada-se em produto.
E+S ES E+P
Michaelis-Menten

14
15
Ação enzimática de Michaelis - Menten

l Km: é UMA CONSTANTE QUE É IGUAL a


concentração de substrato na qual uma enzima
produz metade de sua velocidade máxima, ou
seja, metade das enzimas estão com seus
centro ativos ocupados. Mede a força do
complexo ES.

l Km: menor afinidade da enzima pelo substrato

l Km: maior afinidade da enzima pelo substrato

l Vmax: número de moléculas de S convertida


em P por unidade de tempo, quando a enzima
está completamente saturada pelo substrato.
Lineweaver-Burk
Lineweaver-Burk
Lineweaver-Burk
•Nota: quando se desenha um gráfico plotando velocidade x concentração
enzimática, é difícil determinar a Vmax. Então usa-se a equação de Lineweaver-
Burk.

• Pode ser usada para calcular o Km e Vmax, bem como determinar o mecanismo
de ação dos inibidores enzimáticos.

• A intersecção do eixo X é igual a -1/Km

• A intersecção do eixo Y é igual a 1/Vmax


l OBS: Cada enzima tem um Km característico para um
determinado substrato.
l Valores de Km para algumas enzimas:

Enzima Substrato Km (mM)


Catalase H2O2 25
Hexoquinase Glicose 0,05
Hexoquinase Frutose 1,5
Galactosidase Lactose 4,0
Enzimas alostéricas
l São enzimas cuja atividade catalítica pode ser regulada ou modulada pela
presença de efetores alostéricos nos sítios alostéricos.
l São amplamente distribuídas na natureza e tendem ocupar posições-chave
na regulação das rotas metabólicas.
l São proteínas simétricas que contém, pelo menos, duas subunidades.
l Rotações entre as próprias subunidades, e tem efeito de ligação e catalítico
entre os sítios ativos da enzima

l Efetores alostéricos:
l HOMOTRÓPICO: próprio substrato
l HETEROTRÓPICO: substrato diferente

l Efetores positivos(+): aumentam a atividade enzimática. Ativação


alostérica
l Efetores negativos(-): inibema a atividade enzimática. Inibição alostérica
Estratégias de Regulação do Metabolismo

ENZIMAS ALOSTÉRICAS E SEUS EFETUADORES


22
Fatores que afetam atividade enzimática

1. Temperatura
•A velocidade da reação aumenta
com a temperatura até um pico de
velocidade ser atingida
•Após este pico, a velocidade tende
a diminuir devido a desnaturação da
enzima

2. pH
•O pH ótimo de atividade enzimática
difere para cada enzima

•Pepsina (estômago) pH 2,0 é ativada

•Enzimas com atividade em pH neutro


seriam desnaturadas a um pH de 2,0.
3. Concentração do Substrato

•A velocidade de uma reação


catalizada por enzimas
aumenta com o aumento da
concentração do substrato, até
atingir uma velocidade máxima.

•A maioria das enzimas seguem


a cinética de Michaelis-Menten.

•As enzimas alostéricas não,


pois apresentam uma curva
sigmóide.
4. Inibidores

Contribuições obtidas através de inibidores

1. Especificidade da enzima pelo substrato


2. Natureza dos grupos funcionais no sítio ativo
3. Mecanismo da atividade catalítica
4. Elucidação das vias metabólicas celulares
5. Algumas drogas na medicina atuam como inibidores de certas
enzimas:
ü Os antibióticos penicilina e amoxacilina, atuam inibindo uma
ou mais enzimas envolvidas na síntese da parede bacteriana
ü Drogas inibidoras da enzima conversora de angiotensina
(ECA; captopril, enalapril, lisinopril): diminuem a pressão
arterial por bloquear a enzima que cliva a angiotensina I para
formar um potente vasoconstritor que é a angiotensina II.
Resultado: vasodilatação e redução da pressão arterial.
Inibição enzimática

1. Competitiva

Ocorre quando o inibidor liga-


se reversivelmente ao mesmo
sítio que o substrato
normalmente ocuparia. Ou
seja, o inibidor compete com o
substrato por aquele sítio.
Inibição enzimática

2. Não competitiva

•Ocorre quando o inibidor e o


substrato ligam-se em
diferentes sítios da enzima.
•O inibidor não competitivo
pode ligar-se a enzima livre ou
ao complexo ES (enzima-
substrato), impedindo assim a
ocorrência da reação.
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l TRIPSINA E QUIMOTRIPSINA
l
l
l Estas enzimas são endopeptidades, ou seja, são proteínas que hidrolisam ligações peptídicas distantes dos extremos C e N-terminal. Cada uma delas
apresenta uma especificidade em relação ao tipo de substrato a ser hidrolisado. São chamadas Serino-Proteases devido ao tipo de resíduo envolvido
na caálise.
l A reação das proteases pode ser representada pelo esquema a seguir:
l
l
l A quimotripsina (E.C. 3.4.21.1) é específica para ligações peptídicas contendo resíduos de aminoácidos com cadeias laterais hidrofóbicas em R1,
como a fenilalanina (Phe), tirosina (Tyr) e triptofano (Trp).
l A tripsina (E.C. 3.4.21.4) é específica para ligações peptídicas contendo resíduos com cadeia lateral com carga elétrica positiva, em condições
fisiológicas, tais como a arginina (Arg) e lisina (Lys), na posição R1.
l Note como as estruturas dessas proteases são parecidas!
l Isso mostra que a especificidade delas é bem localizada.
l
l REAÇÃO CATALISADA PELA QUIMOTRIPSINA
l
l REAÇÃO CATALISADA PELA TRIPSINA
l
l SERINO-PROTEASES
l Os termos protease, proteinase e peptidase referem-se a um grupo de enzimas que catalisam a hidrólise de ligações peptidicas. No caso das serino
proteases, o mecanismo baseia-se em um ataque nucleofílico das ligações peptídicas por uma serina (Ser). Cisteina (Cys), treonina (Thr) ou moléculas
de água associadas ao aspartato (Asp) ou metais podem igualmente desempenhar este papel. Em muitos casos a propriedade nucleofilica do grupo é
incrementada pela presença de uma histidina (His), mantida num “estado aceitador de proton” por um aspartato.
l As cadeias laterais dos resíduos de serina, histidina e aspartato formam a TRÍADE CATALÍTICA, comum às serino proteases. Mas, cuidado! A
tríade catalítica é uma característica dessas enzimas. Dependendo da enzima, vamos encontrar um determinado grupo de resíduos de aminoácidos
responsável pela catálise.
l Entre as serino proteases mais bem estudadas figuram as enzimas digestivas quimotripsina e tripsina, ambas sintetizadas e secretadas pelo pâncreas
exócrino sob a forma inativa (zimógenos ou zimogênios).
l Estas formas inativas são quimotripsinogênio e tripsinogênio, ativadas no duodeno, conforme ilustra o esquema ao lado:
l
l E.C. é um código dado às enzimas pela International Union of Biochemistry and Molecular Biology (IUBMB) que classifica a enzima. No caso da
tripsina: E.C. 3.4.21.4, onde:
l 3 representa a Classe = Hidrolase (catalisa reações de hidrólise de ligações covalentes)
l 4 é a Sub-Classe = Peptidase (hidrolisa ligações peptídicas)
l 21 é a Sub sub-classe das serino-endopeptidases (enzimas contendo serina no sítio ativo)
l 4 é a enzima, propriamente dita, ou seja, a tripsina.
l SAIBA MAIS ACESSANDO A PÁGINA: Classificação das Enzimas
l Voltar à Quimotripsina
l
l Especificidade é uma característica importante das enzimas. Mas a especificidade pode ser relacionada tanto ao tipo de reção como a um substrato
específico. Por exemplo, no caso da quimotripsina e da tripsina, ambas são proteases, ou sejam, catalisam a hidrólise de ligações peptídicas. A
quimotripsina prefere resíduos aromáticos (hidrofóbicos e grandes) participando da ligação, mas também atua em ligações com resíduos apolares
menores. A tripsina é muito mais específica pois atua apenas em ligações peptídicas em que participem resíduos com cadeia lateral carregada
positivamente.
l Outro exemplo de especificidade pode ser dado com a hexocinase (EC 2.7.1.1). Essa enzima catalisa a fosforilação de hexoses a partir de uma
molécula de ATP. Em humanos, existem 4 isoformas de hexokinases, sendo que as isoformas I, II e III menos específicas que a isoforma IV. Ou seja, 32
as isoformas I, II e III catalisam a fosforilação não só de D-glicose mas, também, de outras hexoses como D-manose, D-frutose e sorbitol. A isoforma
IV, também conhecida como glicocinase, está presente no fígado e atua apenas na fosforilação da D-glicose. Em resumo, hexocinases I, II, II e IV
fosforilam hexoses mas a IV só fosforila uma hexose (glicose).
Unidade
para expressar atividade enzimática

l Unidade Internacional (IU)


l É a quantidade de enzima que cataliza a conversão de 1 µmol de
produto/min/mL nas condições experimentais de T e pH

l U/mL de enzima – atividade relativa


l U/mg de proteína – atividade específica

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