APRENDA A ________

Introdução a Série:

“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que
tenham vida e a tenham em abundância.” João 10:10 NAA

“Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a

cabeça, Cristo,” Efésios 4:15 NAA

Estamos no Mês de Setembro, mês de conscientização mundial de combate ao

suicidio. Mês de falar sobre VIDA.

É uma realidade e não podemos ignorar. Como igreja sempre nos posicionamos.

E Viver uma vida mais ou menos não serve, Jesus nos prometeu abundância de
vida. E isso só é encontrando crescendo em tudo, com Ele como diz Efésios.

Nessas semanas entraremos em uma jornada:

• cultos aos sábados - palavras, pós culto do dia 13 (comunhão);

• encontros meeting de segunda;

A ideia é abordar alguns problemas que embaraçam nossa saúde mental e

espiritual, com antídotos bíblicos que poderão nos ajudar e muito nessa
empreitada.

(Lembrando o óbvio, que isso não substitui as estratégias de saúde emocional

com pro ssionais capacitados. Já falamos sempre sobre isso, mas como somos
seres corpo, alma e espírito, escolhemos dessa vez focar nas disciplinas
espirituais, que serão poderosos aliados nessa jornada.)

Mas o que seriam disciplinas espirituais?

O QUE SÃO AS DISCIPLINAS ESPIRITUAIS:

Em Celebração da Disciplina, Richard Foster apresenta as disciplinas espirituais

como práticas que nos ajudam a criar espaço interior para que Deus opere em
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 nós. Elas não são um m em si mesmas, nem meios para “ganhar mérito
espiritual”, mas instrumentos que nos colocam diante da graça transformadora
do Senhor.
Segundo Foster, as disciplinas espirituais:
São meios, não ns: a prática não tem valor apenas pelo ato em si, mas porque
nos abre para a ação do Espírito Santo.
Visam à liberdade interior: longe de aprisionar, elas nos libertam das forças que
nos controlam (egoísmo, super cialidade, orgulho).
Formam um caminho de transformação: conduzem a uma vida mais
semelhante a Cristo, moldando caráter, desejos e atitudes.
Foster resume que as disciplinas são uma forma de “treinar para a piedade” (cf.
1Tm 4:7). Assim como um atleta se exercita para ganhar resistência, o cristão
pratica disciplinas espirituais para se tornar disponível à obra de Deus,
aprofundando a comunhão com Ele e vivendo o evangelho de modo prático.

Por si mesmas as disciplinas espirituais nada podem fazer, exceto levar-nos

ao ponto em que algo pode ser feito. São meios divinos da graça. Richard
Foster
Precisamos lembrar que a trilha em si não produz a mudança: ela apenas
nos posiciona onde a mudança pode acontecer. Esse é o caminho da graça
disciplinada. Richard Foster

Dito tudo isso, vamos a primeira parte dessa jornada?

01. APRENDA A DESACELERAR

A nal toda sociedade, todos nós estamos nós de certa forma fascinados e
muitas vezes viciados na VELOCIDADE.
Pense comigo por alguns instantes: Nunca antes na história da humanidade foi
possível fazer tantas coisas, em tão pouco tempo.
Hoje você pode dormir em São Paulo e acordar Europa. Em questão de
segundos você pode estar falando com seu amigo que mora nos EUA.
As distâncias encurtaram. Não apenas isso, as vias de comunicação se
aceleraram – um executivo que mora em Tóquio consegue perfeitamente gerir
sua equipe que reside no Rio de Janeiro, ao mesmo tempo que negocia com
fornecedores na Ásia. Nós estamos acelerados.

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 Isso não é algo ruim, na realidade isso é algo bom. Em questão de minutos um
resgate pode ser feito, um meliante detido e em poucas horas um transplante de
órgãos é executado.
A velocidade por si só não é algo danoso.
Agora, eis o meu questionamento:
Se conseguimos fazer tantas coisas em tão pouco tempo, por que sempre
sentimos que estamos atrasados?

Aqui vai um pouco de história para você:

Os lósofos contemporâneos à primeira revolução industrial acreditavam que a
tecnologia seria tão avançada no ano 2000 que os humanos trabalhariam apenas
4h por dia, uma vez que as máquinas tornariam o trabalho e caz, sobrando assim
mais tempo para nos dedicarmos à arte, loso a e espiritualidade.
Estamos em 2025, você me diga, esses lósofos acertaram?

A questão não é a velocidade, em si, ou o trabalho – neste púlpito pregamos o

trabalho, a Bíblia prega acerca do trabalho, o trabalho digni ca o homem. A
mesma Bíblia que fala acerca do trabalho também fala que existe um momento
certo para todas as coisas debaixo do céu.

Entenda que: ACELERAÇÃO É DIFERENTE DE PRESSA!

A pressa que surge através desse vício na velocidade gera inclusive um
aumento signi cativo na prática da comparação que é extremamente
danosa a nossa saúde mental.

A questão não é a velocidade, mas o excesso dela e os fortes estímulos

dopaminérgicos que estamos expostos. A questão não é ter muitas coisas
para fazer, mas sim ter coisas demais para fazer.
Vamos fazer um teste para ver se você também está viciado em velocidade?
• Quando você está na la do caixa do mercado, você troca para a la do
lado, por ela parecer mais curta?
• Quando você está dirigindo, você se sente calmo e feliz ou usualmente
parece que todos os “idiotas” da cidade resolveram dirigir naquele
momento?
• Você se sente frustrado quando o feed do seu Instagram demora mais do
que 5seg para atualizar?
• Quem nunca se decidiu colocar um shape dos sonhos em 2 meses depois
de 20 anos se estragando?

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 • Último teste, a prova de fogo, você acelera seus áudios do whatsapp e
vídeos do YouTube?
é, acelerar vídeos e áudios é um caminho sem volta…rsrs

Qual é o perigo da pressa, do vício em velocidade? Você deve estar se

perguntando.

Corrie Ten Boom certa vez disse:

Se o diabo não conseguir fazer você pecar, ele vai fazer você car
excessivamente ocupado. (Corrie Ten Boom)

Quando estamos agitados demais, apressados demais, nós simplesmente não

conseguimos fazer nossa mente parar, nós não conseguimos nos conectar com
Deus e por isso pecamos.

Nós precisamos aprender com Jesus, Ele tinha muitas coisas para fazer, em
pouquíssimo tempo e ainda assim não andava apressadamente.
Mais da metade dos milagres na Bíblia aconteceram por interrupções – a mulher
do uxo de sangue, o cego de Jericó, a ressurreição da lha de Jairo, a lista não
para.

Em um mundo dinâmico e veloz, somos aproximadas cada vez mais do conceito

de multitarefas, e isso não é nada bom, nosso cérebro foi projetado para fazer
uma coisa de cada vez.
Por pensar sempre na próxima tarefa sem terminar a atual perdemos
oportunidades poderosas. - Citar a experiência de Jesus com a lha de Jairo
e a mulher do uxo de sangue. Mesmo com a menina morrendo ele não se
apressa e tenta fazer tudo de uma vez. Jesus para e da atenção à mulher
que sofria de uxo de sangue e em seguida continua sua jornada.

John Wesley disse:

“Eu não consigo viver o Reino de Deus com uma alma apressada”. (John
Wesley)

Dado o problema, vamos ao primeiro antídoto envolto nas DISCIPLINAS

ESPIRITUAIS:

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MEDITAÇÃO:

Por mais estranho que soe, meditação é uma disciplina espiritual cristã.
Meditação é criar espaço interior para ouvir e responder à voz de Deus.
Não é esvaziar a mente (como em algumas tradições orientais), mas preenchê-la
com a Palavra e a presença de Deus.
É uma disciplina que nos ajuda a “ruminar” espiritualmente, trazendo à memória
as Escrituras e a ação divina.
“A meditação cristã é a capacidade de ouvir a voz de Deus e obedecer à sua
Palavra.” — Richard Foster

Meditar é Levar da informação à transformação: não apenas conhecer a Bíblia,

mas permitir que ela molde nosso ser.
“Não cesse de falar deste Livro da Lei; pelo contrário, medite nele dia e
noite, para que você tenha o cuidado de fazer segundo tudo o que nele está
escrito; então você prosperará e será bem-sucedido. Josué 1:8 NAA

Tornar-se um caminho de obediência prática, não apenas contemplação.

“O objetivo da meditação cristã é a obediência.” — Richard Foster
Ao anoitecer, depois do pôr-do-sol, o povo levou a Jesus todos os doentes e
os endemoninhados. Toda a cidade se reuniu à porta da casa, e Jesus curou
muitos que sofriam de várias doenças. Também expulsou muitos demônios;
não permitia, porém, que estes falassem, porque sabiam quem ele era. De
madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se, saiu de casa e
foi para um lugar deserto, onde cou orando. Marcos 1:32-35

Diariamente Jesus se retirava para um lugar deserto.

A expressão “lugar deserto” vem do grego EREMOS. Eremos pode ser traduzido
como: deserto; local solitário; local silêncio; etc.

Jesus era a pessoa mais procurada de sua época. As maiores autoridades

queriam ter Ele em suas mesas, o mais esquecido dos pecadores queria
ouvir seus ensinamentos e ainda assim, TODOS os dias Jesus se dirigia ao
EREMOS – lugar silencioso.

Enxergo nesse texto lições sobre a presença:

PRIORIDADE – “de madrugada”; - CELULAR - LIMITAR TEMPO DE USO.
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ATITUDE – “levantou-se”;
SILÊNCIO e SOLITUDE – “lugar deserto”;
Mesmo sabendo que a presença está conosco a todo momento, e o quanto não
somos religiosos a ponto de pensar que espiritualidade se mede em quanto
tempo camos reclusos, existe uma importância ENORME em SEPARAR um
tempo a sós com Deus!

Na meditação iremos buscar:

Interioridade: cultivar o silêncio e a quietude do coração.
Escuta ativa: abrir-se para o que Deus deseja comunicar.
Centralidade em Cristo: manter os olhos na vida e ensino de Jesus.
Transformação: o foco não é relaxamento, mas ser moldado pelo Espírito.

📖 Como praticar a meditação cristã (segundo Foster)

1. Separar tempo e lugar

Escolha um ambiente silencioso e sem distrações.
Pode ser em casa, ao ar livre ou em uma sala tranquila.
Foster recomenda momentos curtos, mas regulares.

2. Assumir postura de receptividade

Sente-se de forma confortável, mas desperto.
Respire fundo, aquiete sua mente e coração.
O objetivo é car atento à presença de Deus.

3. Escolher um foco de meditação

Algumas possibilidades:
Palavra de Deus: leia devagar um texto bíblico, repetindo, deixando-o “descer ao
coração”.
Vida de Jesus: use a imaginação santi cada para “entrar” em uma cena dos
Evangelhos.
Criação: contemple a natureza reconhecendo nela a obra do Criador.
Eventos do dia: repasse momentos da vida diante de Deus, discernindo Sua voz.
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Foster: “Meditar não é esvaziar, mas encher a mente com Cristo.”

4. Ruminatio (ruminar a Palavra)

Repita a passagem ou pensamento central várias vezes.
Permita que ele fale ao seu coração, mais do que ao intelecto.
Pergunte: O que Deus quer me mostrar aqui?

5. Escutar mais do que falar

Diferente da oração falada, a meditação é escuta.
Aguarde em silêncio, permitindo que o Espírito Santo direcione seus
pensamentos.
Este é o momento em que, segundo Foster, “a obediência se torna
possível”.

6. Responder em obediência
A meditação não termina no silêncio.
Anote impressões, direções ou convicções que Deus trouxe.
Decida obedecer àquilo que foi revelado.
Foster: “O objetivo da meditação cristã é a obediência.”

7. Encerrar com gratidão

Agradeça pelo tempo diante de Deus.
Ore brevemente, entregando o que recebeu.
Leve consigo o texto ou palavra do dia, retornando a ela ao longo da rotina.

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