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ATL Farmacocinética

A farmacocinética estuda a absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos no organismo. A absorção é influenciada por fatores como motilidade gastrointestinal e lipossolubilidade, enquanto a biotransformação ocorre principalmente no fígado, alterando os fármacos para facilitar sua excreção. A excreção é realizada principalmente pelos rins, onde a ionização dos fármacos pode facilitar sua eliminação.

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A farmacocinética estuda a absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos no organismo. A absorção é influenciada por fatores como motilidade gastrointestinal e lipossolubilidade, enquanto a biotransformação ocorre principalmente no fígado, alterando os fármacos para facilitar sua excreção. A excreção é realizada principalmente pelos rins, onde a ionização dos fármacos pode facilitar sua eliminação.

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ATL Farmacologia – Farmacocinética

DEFINIÇÃO.
Área da farmacologia que estuda os processos de absorção, distribuição,
biotransformação e excreção dos fármacos, ou seja, o que o organismo faz sobre o
fármaco.
Considera o caminho que o medicamento faz no organismo.
Movimento do fármaco “in vivo”

Etapas da farmacocinética
ABSORÇÃO.
Transferência do fármaco do seu local de administração para o compartimento
central e a amplitude com que isto ocorre.
A velocidade desse processo é influenciada por alguns fatores:
 Motilidade gastrointestinal (Ex: diarreia diminui a absorção)
 Tempo de esvaziamento gástrico
 Ph do meio onde esse fármaco está
 Alguma patologia gastrointestinal
 Peso molecular (quanto maior, mais difícil a absorção)
 Grau de ionização (fármacos ionizados são mais difíceis de serem absorvidos)
 Lipossolubilidade (quanto mais lipossolúvel, mais fácil de ser absorvido)
OBS: Lembrar da composição da bicamada fosfolipídica, que favorece a passagem
de compostos apolares, pequenos e sem carga elétrica.
Um componente que seja lipossolúvel passa pela membrana por difusão
Fatores que auxiliam na difusão – Amplitude do gradiente de concentração, área
da membrana exposta ao fármaco a lipossolubilidade.
Os fármacos, em sua maioria, são ácidos fracos ou bases fracas, uma vez que estes
apresentam uma dificuldade maior em ionizar-se, apesar de fazê-lo.
Ex: Um ácido fraco se ioniza menos em um meio alcalino.
OBS: A melhor forma de absorção, nesses casos, depende do meio no qual ocorrerá
a absorção. Por exemplo, se o medicamento é feito para ser absorvido no estômago,
ele, preferencialmente, será um ácido, a fim de evitar a ionização.
Biodisponibilidade: Fração (concentração) do fármaco, inalterada, que alcança a
circulação sistêmica, após ter sido administrada no organismo.
Ex: Medicamento via oral possui uma biodisponibilidade de < 100%, já um
medicamento injetável intravenoso possui 100%, uma vez que ele vai diretamente
para a circulação. Esse fator se dá por conta do efeito de primeira passagem, que
ocorre quando o medicamento é absorvido pelas vias entéricas, mas é direcionado
para o fígado onde é biotransformado.
Vias de administração: Depende do tipo de efeito esperado (local ou sistêmico), da
propriedade e forma farmacêutica administrada, idade do paciente e tempo de
tratamento.
 Via oral:
1. Sólidos e líquidos;
2. Sofrem o efeito da primeira passagem;
3. Mais barato, seguro e conveniente.
 Via sublingual:
1. Absorção mais rápida do que a via oral.
 Via parenteral:
Possui três tipos (intravenosa, subcutânea e intramuscular)
1. A intravenosa possibilita maior biodisponibilidade, mas pode gerar
efeitos adversos devido à grande concentração do fármaco;
2. A subcutânea garante um maior tempo de ação, com absorção lenta e
contínua;
3. A intramuscular gera uma absorção rápida, mas ainda depende do
fluxo sanguíneo local.
 Via retal:
1. Alternativa para a via oral;
2. Favorece a ação sistêmica;
3. O efeito de primeira passagem é menor do que o da via oral;
4. Absorção pode ser irregular e incompleta.
 Via tópica e transdérmica:
1. Pouca absorção;
2. Efeitos locais;
 Via inalatória:
1. Envolvido, geralmente, no tratamento de doenças broncopulmonares;
2. Atua diretamente na árvore respiratória.
 Via intratecal:
1. Atua diretamente nas meninges ou no eixo cérebro-espinhal de modo
eficiente e local.
 Via intrauterina:
1. Atua localmente;
2. Geralmente voltada para os métodos contraceptivos.
 Via intra-arterial:
1. Usada para atuar localmente em um órgão específico;
2. Necessita de profissional altamente capacitado.
DISTRIBUIÇÃO.
Passagem do fármaco da circulação para os tecidos e seu local de ação.
Fatores que influenciam nesse processo:
 Fluxo sanguíneo (alguns órgãos são mais vascularizados, como o cérebro,
alguns músculos e etc)
 Permeabilidade endotelial (características das paredes dos vasos que facilitam
ou dificultam a passagem do fármaco)
- Tipos de capilares:
1. Capilar contínuo – Não possui aberturas (favorecem a passagem de
fármacos lipossolúveis)
2. Capilar fenestrado – Possui pequenas aberturas (permitem a passagem
de compostos hidrossolúveis)
3. Capilar sinusóide – Possui “grandes” aberturas
 Lipossolubilidade e grau de ionização
Quanto mais lipossolúvel e menos ionizado, maior é a facilidade de
ultrapassar as barreiras endoteliais.
 Ligação a proteínas plasmáticas
As proteínas plasmáticas auxiliam no aumento do tempo de ação do
fármaco, uma vez que quanto mais moléculas do fármaco estejam ligadas a
essas proteínas sem, necessariamente, estarem atuando no sistema, maior é seu
tempo na corrente sanguínea.
A principal proteína plasmática humana é a albumina, que se liga a fármacos
com proteínas mais ácidas.
OBS: Existem alguns medicamentos que possuem maior afinidade com
determinadas proteínas plasmáticas, o que torna importante saber se a
administração de determinados medicamentos em conjunto (interação
medicamentosa) pode gerar essa interação competitiva, levando a um efeito
adverso.
BIOTRANSFORMAÇÃO.
Definição: Alteração de algumas características do fármaco que tornarão mais fácil
sua excreção.
Os compostos lipofílicos, caso não fossem biotransformados, poderiam se acumular
no organismo, gerando uma possível toxicidade.
OBS: Nem todos os fármacos passam por essa etapa (Ex: fármacos hidrossolúveis),
mas a maioria sim.
Objetivos:
 Melhorar o perfil de solubilização (lipossolúvel – hidrossolúvel);
 Facilitar eliminação;
 Principal órgão: fígado.
Fases:
 Fase I – Aumentar a reatividade;
1. Oxidação;
2. Redução;
3. Hidrólise.
Essa fase, ao mesmo tempo que adiciona determinados grupos que inativam o
fármaco, também o torna mais hidrossolúvel aos poucos.
OBS: Essas reações da Fase I, em alguns fármacos, ao invés de inativa-los, ativa-os
aproveitando o efeito de primeira passagem para tal fim.
As principais enzimas envolvidas nessa Fase I são:
 CYP’s: Citocromo P450
 FMO: Monoxigenases contendo flavina
 EH: Epóxido hidrolases

 Fase II – Conjugar com grupos hidrofílicos.


Essa fase facilita a eliminação e inativação de metabólitos tóxicos por meio da
conjugação de estruturas à molécula do fármaco já alterada inicialmente pela Fase I.
As principais estruturas adicionadas à molécula do fármaco são mobilizadas pelas
UGT’s (UDP-Glicuronotransferases), que fazem a associação de ácido glicurônico, e
as GST’s (Glutationa-S-transferases).

OBS: A administração de fármacos pela via intravenosa “burla” essa etapa da


biotransformação, uma vez que o fármaco é diretamente aplicado na corrente
sanguínea, sem precisar passar pelo fígado.
Esse movimento de biotransformação pode acontecer seguindo determinada proporção,
chamadas de cinéticas, sendo elas:
 Cinética de primeira ordem: Todo medicamento em sua dose terapêutica sofre
biotransformação dessa forma, ou seja, de forma proporcional à dose
administrada (quanto maior a dose, mais biotransformado ele será);
 Cinética de ordem zero: Ocorre quando a capacidade metabólica de
determinado fármaco atinge sua saturação, ou seja, mesmo com um
aumento da dose, não haverá um aumento da taxa de biotransformação.
EXCREÇÃO.
Ocorre por meio de:
 Rins; PRINCIPALMENTE
Cerca de 10 a 20% do fármaco é filtrado já na etapa de passagem do capilar
glomerular para o espaço de Bowman.
Contudo, ao longo da porção tubular do néfron, haverá ainda a secreção de uma
porção do fármaco que ainda permaneceu no sangue, principalmente por meio
de transportadores de difusão facilitada OCT e OAT.
Contudo, alguns fármacos ainda são reabsorvidos durante o processo de
passagem pelo néfron. Isso ocorre, geralmente, quando o composto ainda possui
muitas características lipofílicas e, portanto, ainda não foi completamente
biotransformado.

 Sistema hepatobiliar;

OBS: Nesse caso, a atuação da microbiota intestinal contribuiu para a


hidrólise do composto conjugado durante a biotransformação, fazendo com
que ele se torne livre, podendo ser reabsorvido entericamente.
 Pulmonar;
 Suor;
 Saliva;
 Lágrimas;
 Leite materno.
Os fármacos são, em sua maior parte, removidos do corpo pela urina, na forma
inalterada (se já forem hidrossolúveis) ou como metabólitos polares (ionizados).
As substâncias lipofílicas (apolares) não são eliminadas suficientemente pelo rim.
Os fármacos lipofílicos são biotransformados, em sua maioria, em produtos mais
polares, que são excretados na urina.
OBS: Ao contrário da absorção, na excreção, o pH oposto ao do fármaco é
POSITIVO, uma vez que, ao ionizar o composto, será facilitada a sua excreção, pois
ele se tornará mais hidrossolúvel.
Ex: Urina ácida e molécula básica do fármaco = ionização da molécula do fármaco
= mais hidrossolubilidade = melhor excreção.
Associação clínica. A penicilina é altamente hidrossolúvel. Logo, ela seria
facilmente excretada e sua ação seria reduzida em questão de duração. Contudo, a
penicilina geralmente é administrada com outro fármaco que seja competidor pela
proteína OAT, proteína transportadora relacionada com a secreção tubular, fazendo
com que menos penicilina se ligue a ele, portanto, ajudando na manutenção da
concentração plasmática dela.

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