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Revisa Goiás 9 Ano LP e Mat 4º Bimestre - Estudante

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Língua Portuguesa

e Matemática
4º BIMESTRE | 2025
ESTUDANTE
Revisa Goiás

LÍNGUA PORTUGUESA
GRUPO DE ATIVIDADES 1 1 Estatuto da Igualdade Racial
O Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº
12.288/2010) visa garantir à população negra a efe-
Contextualizando o gênero tivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos
textual, o tema e o campo direitos étnico-raciais e o combate à discriminação e
de atuação à intolerância racial. Ele abrange diversas áreas, como
educação, saúde, cultura, trabalho, moradia e acesso à
1. Antes de ler os textos, vamos conversar? justiça, com o objetivo de promover a inclusão social e
• Você sabe o que são direitos humanos? a igualdade de tratamento.
• Os direitos humanos sempre foram respeitados? Em seus 65 artigos, compostos de 4 títulos com di-
• E o preconceito racial existe? Como ele costuma visões e subdivisões temáticas, como principais partes
ocorrer? que integram o texto-base dessa lei são:
• Há uma lei que garante a igualdade de direitos à po- 1. As disposições iniciais do Estatuto (o que a lei
pulação negra e combate à discriminação racial? determina, basicamente, e o que é entendido por desi-
• Você conhece o Estatuto da Igualdade Racial? gualdade racial, discriminação étnico-racial, entre ou-
tros conceitos citados).
2. Os direitos fundamentais (no caso, como bases que
Estudante, nosso objeto de conhecimento será o
devem ser asseguradas para uma população de negros e
gênero textual Estatuto, em específico, o Estatuto da
pardos no país e a garantia de igualdade de acesso).
Igualdade Racial. Vamos conhecê-lo?!
3. A respeito do SINAPIR (Sistema Nacional de Pro-
moção da Igualdade Racial).
► Conhecendo o gênero textual
4. As disposições finais da lei.

Estatuto
Leia o fragmento do Estatuto da Igualdade Racial.
O Estatuto é um documento que estabelece as re-
gras e normas que regem o funcionamento de uma or- Texto I
ganização ou entidade, seja ela pública ou privada. Em
resumo, uma espécie de constituição interna, definindo
objetivos, estrutura, funcionamento, direitos e deveres
dos membros, entre outros aspectos.
Características:
• Função: Estabelecer regras e normas para a orga- LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010.
nização e funcionamento de uma entidade. Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis
• Linguagem: Formal, objetiva, genérica e precisa, nos 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril
evitando ambiguidades. de 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de
• Estrutura: Geralmente organizado em títulos, ca- novembro de 2003.
pítulos e seções, com artigos que detalham as normas. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
• Objetivo: Regular as relações entre os membros da Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
sociedade ou grupo, garantir direitos e deveres, e prever TÍTULO I
sanções em caso de descumprimento.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
• Exemplos: Constituição Federal, Estatuto da
Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial,
Criança e do Adolescente (ECA), Estatuto Social de em-
destinado a garantir à população negra a efetivação da
presas, Estatuto de universidades etc.
igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos
Elaborado para fins didáticos. individuais, coletivos e difusos e o combate à discrimina-
ção e às demais formas de intolerância étnica.
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SEDUC
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da Educação
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Parágrafo único. Para efeito deste Estatuto, considera-se: cas em todas as suas manifestações individuais, institu-
I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, cionais e estruturais;
exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, V - eliminação dos obstáculos históricos, socioculturais e
descendência ou origem nacional ou étnica que tenha institucionais que impedem a representação da diversida-
por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo de étnica nas esferas pública e privada;
ou exercício, em igualdade de condições, de direitos hu- VI - estímulo, apoio e fortalecimento de iniciativas oriun-
manos e liberdades fundamentais nos campos político, das da sociedade civil direcionadas à promoção da igual-
econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo dade de oportunidades e ao combate às desigualdades
da vida pública ou privada; étnicas, inclusive mediante a implementação de incenti-
II - desigualdade racial: toda situação injustificada de dife- vos e critérios de condicionamento e prioridade no acesso
renciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportu- aos recursos públicos;
nidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, VII - implementação de programas de ação afirmativa des-
cor, descendência ou origem nacional ou étnica; tinados ao enfrentamento das desigualdades étnicas no
III - desigualdade de gênero e raça: assimetria existente tocante à educação, cultura, esporte e lazer, saúde, segu-
no âmbito da sociedade que acentua a distância social en- rança, trabalho, moradia, meios de comunicação de massa,
tre mulheres negras e os demais segmentos sociais; financiamentos públicos, acesso à terra, à Justiça, e outros.
IV - população negra: o conjunto de pessoas que se auto- Parágrafo único. Os programas de ação afirmativa cons-
declaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça tituir-se-ão em políticas públicas destinadas a reparar as
usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e distorções e desigualdades sociais e demais práticas dis-
Estatística (IBGE), ou que adotam autodefinição análoga; criminatórias adotadas, nas esferas pública e privada, du-
V - políticas públicas: as ações, iniciativas e programas rante o processo de formação social do País.
adotados pelo Estado no cumprimento de suas atribui- Art. 5º Para a consecução dos objetivos desta Lei, é ins-
ções institucionais; tituído o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Ra-
VI - ações afirmativas: os programas e medidas especiais cial (Sinapir), conforme estabelecido no Título III.
adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a cor- TÍTULO II
reção das desigualdades raciais e para a promoção da
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
igualdade de oportunidades.
CAPÍTULO I
Art. 2º É dever do Estado e da sociedade garantir a igual-
dade de oportunidades, reconhecendo a todo cidadão DO DIREITO À SAÚDE
brasileiro, independentemente da etnia ou da cor da pele, Art. 6º O direito à saúde da população negra será garan-
o direito à participação na comunidade, especialmente tido pelo poder público mediante políticas universais,
nas atividades políticas, econômicas, empresariais, edu- sociais e econômicas destinadas à redução do risco de do-
cacionais, culturais e esportivas, defendendo sua dignida- enças e de outros agravos.
de e seus valores religiosos e culturais. § 1º O acesso universal e igualitário ao Sistema Único de
Art. 3º Além das normas constitucionais relativas aos Saúde (SUS) para promoção, proteção e recuperação da
princípios fundamentais, aos direitos e garantias funda- saúde da população negra será de responsabilidade dos
mentais e aos direitos sociais, econômicos e culturais, o órgãos e instituições públicas federais, estaduais, distri-
Estatuto da Igualdade Racial adota como diretriz político- tais e municipais, da administração direta e indireta.
-jurídica a inclusão das vítimas de desigualdade étnico-ra- § 2º O poder público garantirá que o segmento da popu-
cial, a valorização da igualdade étnica e o fortalecimento lação negra vinculado aos seguros privados de saúde seja
da identidade nacional brasileira. tratado sem discriminação.
Art. 4º A participação da população negra, em condição Art. 7º O conjunto de ações de saúde voltadas à popula-
de igualdade de oportunidade, na vida econômica, social, ção negra constitui a Política Nacional de Saúde Integral
política e cultural do País será promovida, prioritaria- da População Negra, organizada de acordo com as diretri-
mente, por meio de: zes abaixo especificadas:
I - inclusão nas políticas públicas de desenvolvimento eco- I - ampliação e fortalecimento da participação de lideran-
nômico e social; ças dos movimentos sociais em defesa da saúde da po-
II - adoção de medidas, programas e políticas de ação afir- pulação negra nas instâncias de participação e controle
mativa; social do SUS;
III - modificação das estruturas institucionais do Estado para II - produção de conhecimento científico e tecnológico em
o adequado enfrentamento e a superação das desigualdades saúde da população negra;
étnicas decorrentes do preconceito e da discriminação étnica; III - desenvolvimento de processos de informação, comu-
IV - promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o nicação e educação para contribuir com a redução das
combate à discriminação étnica e às desigualdades étni- vulnerabilidades da população negra.

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Art. 8º Constituem objetivos da Política Nacional de Saú- (A) O direito à igualdade de oportunidades e nenhuma
de Integral da População Negra: espécie de discriminação à população negra.
I - a promoção da saúde integral da população negra, prio- (B) A preservação dos elementos formadores tradicio-
rizando a redução das desigualdades étnicas e o combate nais da capoeira nas suas relações internacionais.
à discriminação nas instituições e serviços do SUS; (C) O acesso da população negra às práticas desportivas,
II - a melhoria da qualidade dos sistemas de informação do consolidando o esporte e o lazer como direitos sociais.
SUS no que tange à coleta, ao processamento e à análise (D) A promoção e apoio a ações socioeducacionais re-
dos dados desagregados por cor, etnia e gênero; alizadas por entidades do movimento negro que vi-
III - o fomento à realização de estudos e pesquisas sobre sam a inclusão social.
racismo e saúde da população negra;
IV - a inclusão do conteúdo da saúde da população negra 5. Sobre a Lei Federal nº 12.288/2010, marque as afirma-
nos processos de formação e educação permanente dos ções a seguir como (C) certas ou (E) erradas.
trabalhadores da saúde; ( ) O direito à saúde da população negra será garantido
V - a inclusão da temática saúde da população negra nos pelo poder público mediante políticas universais,
processos de formação política das lideranças de movi- sociais e econômicas destinadas à redução do risco
mentos sociais para o exercício da participação e controle de doenças e de outros agravos.
social no SUS. ( ) O Estatuto da Igualdade Racial não adota como di-
Parágrafo único. Os moradores das comunidades de retriz político-jurídica a inclusão das vítimas de de-
remanescentes de quilombos serão beneficiários de in- sigualdade étnico-racial.
centivos específicos para a garantia do direito à saúde, ( ) A participação da população negra, em condição de
incluindo melhorias nas condições ambientais, no sanea- igualdade de oportunidade, na vida econômica, so-
mento básico, na segurança alimentar e nutricional e na cial, política e cultural do País será promovida por
atenção integral à saúde. meio de adoção de medidas, programas e políticas
[...] de ação afirmativa.
Art. 14. O poder público estimulará e apoiará ações so- ( ) O acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) para pro-
cioeducacionais realizadas por entidades do movimento moção, proteção e recuperação da saúde da popu-
negro que desenvolvam atividades voltadas para a inclu- lação negra será de responsabilidade dos órgãos e
são social, mediante cooperação técnica, intercâmbios, instituições privadas.
convênios e incentivos, entre outros mecanismos. ( ) O poder público garantirá que o segmento da po-
Art. 42. O Poder Executivo federal poderá implementar pulação negra vinculado aos seguros privados de
critérios para provimento de cargos em comissão e fun- saúde seja tratado sem discriminação.
ções de confiança destinados a ampliar a participação de
negros, buscando reproduzir a estrutura da distribuição 6. O Estatuto da Igualdade Racial visa:
étnica nacional ou, quando for o caso, estadual, observa- a) Garantir que todos os brasileiros tenham o mesmo
dos os dados demográficos oficiais. status social, independentemente da raça.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12288.htm. Acesso em: 11 jun. 2025. Adaptado.
b) Estabelecer a igualdade de oportunidades e com-
2. O estatuto é um conjunto de normas jurídicas cuja ca- bater a discriminação racial.
racterística comum é estabelecer regras de organização e c) Remover completamente a distinção entre raças e
funcionamento de uma sociedade, instituição, órgão, es- promover a mistura étnica.
tabelecimento etc. Assim, responda:
d) Estabelecer quotas em todas as áreas para garantir
a) O que é o Estatuto da Igualdade Racial? a igualdade racial.
b) Onde são encontrados textos jurídicos como o Estatu-
to da Igualdade Racial?
c) Para quem foi produzido o Estatuto da Igualdade Ra-
GRUPO DE ATIVIDADES 2 2
cial, ou seja, quem é o público-alvo desse texto?
d) Por que foi criado o Estatuto da Igualdade Racial?
ampliando os
conhecimentos
3. Quais são os direitos garantidos aos cidadãos no Esta-
tuto da Igualdade Racial? 7. Leia o seguinte trecho da lei: "... garantir à população
negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a de-
4. O assunto/tema de um texto é a ideia ou tópico central fesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e
que está sendo abordado ou explorado, ou seja, a mensa- o combate à discriminação ..."
gem principal. Dessa forma, qual o assunto principal trata- O que significa "direitos étnicos difusos" no contexto
do no Art. 14? do Estatuto da Igualdade Racial?
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8. Quais são os principais pontos do Estatuto da Igualda-


missão), que se constituem em três tipos distintos de
de Racial?
modalizadores deônticos:
1. Obrigatoriedade – quando expressa que o conte-
9. O que é discriminação racial ou étnico-racial segundo o údo da proposição é algo que deve ocorrer obrigatoria-
Estatuto da Igualdade Racial? mente e que o provável interlocutor deve obedecê-lo;
2. Proibição – quando expressa que o conteúdo da
10. Segundo o texto, quem tem o dever, a obrigação de ga- proposição é algo proibido e deve ser considerado como
rantir os direitos à igualdade de oportunidades a todo ci- tal pelo provável interlocutor;
dadão brasileiro, independente da etnia ou da cor da pele?
3. Possibilidade – quando expressa que o conteúdo
da proposição é algo facultativo e/ou quando o interlo-
11. Por que o governo instituiu o Sistema Nacional de cutor tem a permissão para exercê-lo ou adotá-lo.
Promoção da Igualdade Racial – Sinapir? Disponível em: https://periodicos.ufsc.br. Acesso em: 27 jul. 2025.

12. Em todo texto aparecem expressões conectoras – 14. Identifique nos trechos do Estatuto da Igualdade Ra-
sejam conjunções, preposições, advérbios e respectivas cial, a seguir, os mecanismos de modalização deôntica (de
locuções – que criam e sinalizam relações de sentido de proibição, obrigatoriedade e possibilidade) e marque a
diferentes naturezas. Entre as mais comuns, podemos opção correta.
citar as relações de comparação (mais que, tão... quanto),
concessão (embora, ainda assim), tempo (quando, até que), a) “É dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade
condição (se, caso, desde que), adição (e, além disso), oposi- de oportunidades, ...”
ção (todavia, contudo) etc. ( ) Proibição ( ) Possibilidade ( ) Obrigatoriedade
Em “I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distin- b) “O Poder Executivo federal poderá implementar crité-
ção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, rios para provimento de cargos em comissão e funções de
cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha confiança...”
por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou ( ) Proibição
exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos ( ) Possibilidade
e liberdades fundamentais nos campos político, econômi- ( ) Obrigatoriedade
co, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida
pública ou privada;”, os termos em destaque estabelecem
uma relação lógico-discursiva. Qual é essa relação?

13. A língua é a nossa expressão básica e, sendo assim,


GRUPO DE ATIVIDADES 3 3
ela muda conforme a região, época, cultura, experiências,
contexto e as necessidades do indivíduo e do grupo. É es- SISTEMATIZANDO os
sencial observar que toda “variação linguística” é adequa- conhecimentos
da para atender às necessidades comunicativas do falan-
te. Dessa forma, qual é o nível de linguagem e a variação
linguística utilizados no Estatuto da Igualdade Racial? Jus- Leia os textos.
tifique com um trecho do texto. Texto II
[...]

Estudante, os elementos que atuam como indicado- CAPÍTULO II


res de argumentação são denominados de modalizado- DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO
res discursivos. Eles são os encarregados de evidenciar ESPORTE E AO LAZER
o ponto de vista assumido pelo falante e assegurar o
modo como ele elabora o discurso. Em textos de lei Seção I
como o Estatuto da Igualdade Racial, a modalização tra- Disposições Gerais
balhada é a Modalização Deôntica e se refere ao eixo da Art. 9 . A população negra tem direito a participar de
o

conduta (obrigatoriedade/permissibilidade). atividades educacionais, culturais, esportivas e de lazer


A modalização deôntica é a maneira como o autor adequadas a seus interesses e condições, de modo a con-
do texto se expressa, o grau de verdade em relação a tribuir para o patrimônio cultural de sua comunidade e da
quem o texto se destina. Ela pode se manifestar de di- sociedade brasileira.
ferentes formas, gerando efeitos de obrigatoriedade, Art. 10. Para o cumprimento do disposto no art. 9o, os go-
proibição e possibilidade (efeito facultativo ou de per- vernos federal, estaduais, distrital e municipais adotarão
as seguintes providências:
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I - promoção de ações para viabilizar e ampliar o acesso da IV - estabelecer programas de cooperação técnica, nos
população negra ao ensino gratuito e às atividades espor- estabelecimentos de ensino públicos, privados e comuni-
tivas e de lazer; tários, com as escolas de educação infantil, ensino funda-
II - apoio à iniciativa de entidades que mantenham espaço mental, ensino médio e ensino técnico, para a formação
para promoção social e cultural da população negra; docente baseada em princípios de equidade, de tolerância
III - desenvolvimento de campanhas educativas, inclusi- e de respeito às diferenças étnicas.
ve nas escolas, para que a solidariedade aos membros [...]
da população negra faça parte da cultura de toda a so-
ciedade; Seção III
IV - implementação de políticas públicas para o fortaleci- Da Cultura
mento da juventude negra brasileira. Art. 17. O poder público garantirá o reconhecimento das
sociedades negras, clubes e outras formas de manifesta-
Seção II ção coletiva da população negra, com trajetória histórica
Da Educação comprovada, como patrimônio histórico e cultural, nos
Art. 11. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e termos dos arts. 215 e 216 da Constituição Federal.
de ensino médio, públicos e privados, é obrigatório o es- Art. 18. É assegurado aos remanescentes das comunida-
tudo da história geral da África e da história da população des dos quilombos o direito à preservação de seus usos,
negra no Brasil, observado o disposto na Lei no 9.394, de costumes, tradições e manifestos religiosos, sob a prote-
20 de dezembro de 1996. ção do Estado.
§ 1º Os conteúdos referentes à história da população negra [...]
no Brasil serão ministrados no âmbito de todo o currículo Seção IV
escolar, resgatando sua contribuição decisiva para o desen-
volvimento social, econômico, político e cultural do País. Do Esporte e Lazer
§ 2º O órgão competente do Poder Executivo fomentará Art. 21. O poder público fomentará o pleno acesso da
a formação inicial e continuada de professores e a elabo- população negra às práticas desportivas, consolidando o
ração de material didático específico para o cumprimento esporte e o lazer como direitos sociais.
do disposto no caput deste artigo. Art. 22. A capoeira é reconhecida como desporto de
§ 3º Nas datas comemorativas de caráter cívico, os órgãos criação nacional, nos termos do art. 217 da Constituição
responsáveis pela educação incentivarão a participação Federal.
de intelectuais e representantes do movimento negro [...]
para debater com os estudantes suas vivências relativas Art. 51. O poder público federal instituirá, na forma
ao tema em comemoração. da lei e no âmbito dos Poderes Legislativo e Executi-
Art. 12. Os órgãos federais, distritais e estaduais de fo- vo, Ouvidorias Permanentes em Defesa da Igualdade
mento à pesquisa e à pós-graduação poderão criar incen- Racial, para receber e encaminhar denúncias de pre-
tivos a pesquisas e a programas de estudo voltados para conceito e discriminação com base em etnia ou cor e
temas referentes às relações étnicas, aos quilombos e às acompanhar a implementação de medidas para a pro-
questões pertinentes à população negra. moção da igualdade.
Art. 13. O Poder Executivo federal, por meio dos ór- [...]
gãos competentes, incentivará as instituições de ensino Art. 65. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a
superior públicas e privadas, sem prejuízo da legislação data de sua publicação.
em vigor, a: Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12288.htm. Acesso em: 11 jun.
2025. Adaptado.
I - resguardar os princípios da ética em pesquisa e apoiar
grupos, núcleos e centros de pesquisa, nos diversos pro-
gramas de pós-graduação que desenvolvam temáticas de
interesse da população negra;
Estudante, "O Navio Negreiro" é um poema lírico
II - incorporar nas matrizes curriculares dos cursos de social do século XIX, que denuncia as atrocidades co-
formação de professores temas que incluam valores con- metidas contra os escravos durante o transporte tran-
cernentes à pluralidade étnica e cultural da sociedade satlântico e é uma forma eloquente de protesto contra
brasileira; a escravidão. O poema utiliza imagens chocantes e uma
III - desenvolver programas de extensão universitária linguagem emocionalmente carregada para sensibilizar
destinados a aproximar jovens negros de tecnologias o leitor e incitar um sentimento de revolta contra a de-
avançadas, assegurado o princípio da proporcionalidade sumanização dos africanos escravizados.
de gênero entre os beneficiários;

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Texto III (A) condição.


O NAVIO NEGREIRO (B) finalidade.
Castro Alves (C) concessão.
[...] (D) conformidade.
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho 19. No estatuto, os verbos são utilizados com valor de im-
posição, pois indicam normas e leis, as quais devem ser
Que das luzernas avermelha o brilho.
seguidas, e não discutidas. Retire do texto, trechos que
Em sangue a se banhar. justifiquem essa informação, destacando esses verbos.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite, 20. Qual é a importância de se instituir um Estatuto da
Horrendos a dançar... Igualdade Racial?
[...]
21. Você observou que as leis são datadas? Explique por
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
que isso deve ser feito. Para responder, considere o “Art.
Ouvem-se gritos... o chicote estala. 65. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a data
[...] de sua publicação.”
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000068.pdf. Acesso em: 12 ago. 2025. Adaptado

22. Marque as sentenças que indicam formas de combate


Estudante, a análise comparativa de textos trata à discriminação racial.
de uma estratégia de leitura cujo objetivo é comparar
a linha de discussão empreendida nos textos. Mesmo ( ) Desconstruir os próprios preconceitos.
tratando do mesmo tema, os textos poderão pertencer ( ) Aprender sobre diferentes culturas, respeitando-as.
a gêneros textuais diferentes e possuir discussões com- ( ) Criticar e ridicularizar pessoas de outras etnias.
plementares ou divergentes acerca de um determinado ( ) Denunciar e intervir em situações de preconceito.
tema ou informação.
( ) Excluir pessoas de outras etnias de nossas comuni-
dades.
15. O que o texto II (Estatuto da Igualdade Racial) tem em
( ) Incentivar o diálogo e a conscientização.
comum com o texto III (poema)?
23. De acordo com a estrutura de um estatuto, relaciona-
16. No verso “Ouvem-se gritos... o chicote estala.”, qual
dos a seguir, pesquise o conceito de cada um.
valor social mais evidente está sendo desrespeitado?
Artigo:
17. Observe o seguinte trecho: Parágrafo:
“Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de Inciso:
ensino médio, públicos e privados, é obrigatório o estudo Alínea:
da história geral da África e da história da população ne- Item:
gra no Brasil [...]”
“Os órgãos federais, distritais e estaduais de fomento
à pesquisa e à pós-graduação poderão criar incentivos a DE OLHO NAS
pesquisas e a programas de estudo voltados para temas
AVALIAÇÕES EXTERNAS
referentes às relações étnicas, aos quilombos e às ques-
tões pertinentes à população negra.”
As expressões destacadas nos trechos expressam, res- 24. (SAEGO - Etapa Diagnóstica/2025) Leia o texto abaixo.
pectivamente, ideia de
Declaração Universal dos Direitos dos Animais
(A) obrigatoriedade e possibilidade.
(B) proibição e obrigatoriedade. Preâmbulo:
(C) possibilidade e proibição. Considerando que todo o animal possui direitos; [...]
(D) precaução e proibição. Considerando que o reconhecimento pela espécie hu-
mana do direito à existência das outras espécies animais
18. No trecho “... desenvolvimento de campanhas educa- constitui o fundamento da coexistência das outras espé-
tivas, inclusive nas escolas, para que a solidariedade aos cies no mundo; [...]
membros da população negra faça parte da cultura de Considerando que o respeito dos homens pelos animais
toda a sociedade;”, a expressão destacada estabelece re- está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante;
lação lógico-discursiva de
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Considerando que a educação deve ensinar desde a in- 1. Antes de ler os textos, vamos conversar?
fância a observar, a compreender, a respeitar e a amar • O que é uma entrevista?
os animais, • Você já leu/ouviu/viu uma entrevista?
Proclama-se o seguinte: • Onde? Quem foi entrevistado?
Artigo 1º Todos os animais nascem iguais perante a vida • Você sabe como fazer uma entrevista?
e têm os mesmos direitos à existência.
Artigo 2º ► Conhecendo o gênero textual
1. Todo o animal tem o direito a ser respeitado. [...]
Entrevista
3. Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e
O gênero textual Entrevista é um diálogo entre uma
à proteção do homem. [...]
ou mais pessoas em que o entrevistador faz as pergun-
Artigo 4º tas e o entrevistado responde.
1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem A entrevista é um gênero essencialmente oral e re-
tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente na- quer uma postura adequada tanto por parte de quem a
tural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se elabora quanto por parte de quem a responde. Portan-
reproduzir. to, deve-se dar maior atenção no que se refere à lingua-
2. Toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins gem, pois é algo que se tornará acessível ao público de
educativos, é contrária a este direito. uma forma geral.
Artigo 5º O objetivo é fazer com que o leitor/expectador se
1. Todo o animal pertencente a uma espécie que viva interaja com o conhecimento do entrevistado sobre um
tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o determinado assunto. Objetiva também difundir um co-
direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições nhecimento e, por isso, auxilia na formação de opinião e
de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie. posicionamento crítico da sociedade, uma vez que pro-
2. Toda a modificação deste ritmo ou destas condições põe um debate sobre determinado tema.
que forem impostas pelo homem com fins mercantis é A elaboração prévia do assunto que será discutido é
contrária a este direito. [...] de suma importância. O entrevistador deverá preparar-
-se para o momento e manter-se totalmente imparcial. A
BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções objetividade deverá prevalecer sempre, sobretudo por-
penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
que nesse momento é preciso que se promova uma total
ambiente, e dá outras providências.
credibilidade.
Disponível em: https://meulink.fit/XGODZzXNXemrgCp. Acesso em: 18 dez. 2024. Adaptado para fins
didáticos. Fragmento. Disponível em: Um gênero textual do cotidiano jornalístico - Brasil Escola (uol.com.br) Acesso em 27 de jun. 2023.
(Adaptado)

Leia o texto.
(P017543) Nesse texto, as expressões “Preâmbulo”, “Ar-
tigo 1º” e “Proclama‑se o seguinte:” são exemplos da lin- Texto I
guagem Entrevista: Trabalho e Redes Sociais na
(A) digital. Contemporaneidade
(B) jurídica. O surgimento e incremento das redes sociais, decorren-
(C) científica. tes do constante avanço tecnológico, leva a reflexões sobre
(D) jornalística. questões importantes como os limites ente o público e o pri-
vado, a ética, a responsabilidade social, a qualidade e a quan-
tidade de informações veiculadas cotidianamente. Diante
disto, é importante que cada um possa tecer uma interro-
GRUPO DE ATIVIDADES 1 1
gação sobre como tem utilizado estes recursos tecnológicos
no seu trabalho, na divulgação e na prática profissional. Por
exemplo: O uso das redes sociais incrementa positivamen-
Contextualizando o gênero te a minha imagem profissional? Tenho sido apropriado(a)?
textual, o tema e o campo Faço uso adequado e ético das tecnologias de informação
de atuação na minha prática profissional? Minha exposição em mídias
sociais respeita o código de ética da profissão?
Estudante, vamos conhecer o gênero Entrevista? Para ampliar a discussão sobre a utilização dos ca-
Você sabia que a entrevista é um gênero em que uma nais digitais na vida profissional, o Núcleo de Práticas em
pessoa de destaque fala de sua vida pessoal ou profis- Psicologia Organizacional e do Trabalho (NPOT) realizou
sional e dá sua opinião sobre certos assuntos? Vamos uma entrevista com a publicitária Márcia Budke, espe-
descobrir mais? Vamos lá?? cialista em Mídia Programática, para falar sobre a febre
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do “TikTok”, que ganhou adesão de estudantes e profis- estimado em mais de US$ 100 bilhões. De acordo com um
sionais das mais diversas áreas de atuação. A publicitária relatório recente da empresa de análise App Annie, “o Ti-
também foi convidada a elucidar os limites do uso de fer- kTok mudou o cenário de streaming e social”. Nos EUA e
ramentas sociais, assim como a importância da postura no Reino Unido, os usuários passam mais horas no TikTok,
ética, crítica e responsável ao utilizar qualquer informa- em média, do que no YouTube. O algoritmo do TikTok é
ção para divulgar suas atividades. voraz e poderoso na comunicação imediata, casando con-
Qual a sua opinião sobre a exposição dos profissio- teúdos e audiência de forma altamente eficaz.
nais na rede social TikTok na divulgação do seu trabalho? Como os profissionais poderiam se inserir de forma
A ascensão meteórica e a popularidade do uso de profissional nas redes sociais?
redes sociais como o TikTok no nosso cotidiano tem pro- Seguindo uma regra básica que o profissional precisa
vocado uma alta quantidade de produção de conteúdos estar em movimento, quem “não é visto não é lembrado”.
diversos, principalmente aqueles ligados a profissões. Então, se o momento agora é o TikTok, os profissionais
Muitos usuários têm aproveitado as ferramentas ofereci- podem surfar nessa onda, se adaptando e se atualizan-
das para se promover, às vezes ultrapassando limites. Já do dentro dessa linguagem. Porém, é importante fazer
outros veem a tendência como uma obrigação considera- uso do aplicativo sem perder a identidade, nem precisar
da desnecessária. O TikTok é uma febre, todos sabemos. copiar o que outras pessoas fazem, não precisa dançar…
A rede e a sua economia criativa própria englobam uma mas tentar achar ali um meio termo entre o que se quer
grande variedade de micro influenciadores em busca de entregar, o que a profissão exige e o que as pessoas estão
relevância imediata. esperando dentro da plataforma”, que é muito entreteni-
A utilização de ferramentas como TikTok/Reels é mento. A superficialidade pode ser muito divertida, mas
útil? Traz resultado positivo para os profissionais? eu me perguntaria se estar ali faz sentido para a minha
profissão. O TikTok tem a grande maioria do seu público
Assim como em outras redes sociais como Instagram,
alvo na geração Z e Millenium, acredito que as profissões
YouTube e Twitter, as marcas vêm marcando uma presença
que trabalham com esse público podem ter mais resulta-
cada vez maior no TikTok. É claro que ninguém quer perder
dos positivos, porém isso não é uma regra já que a popula-
a oportunidade de alcançar um novo canal de divulgação,
ridade do aplicativo está atingindo todos.
podendo conquistar novos públicos. Nesse sentido, com a
Disponível em: https://brazomidia.com.br/trabalho-e-redes-sociais-na-contemporaneidade-entrevista-com-mar-
ascensão do social commerce, as próprias redes sociais vêm cia-budke/. Acesso em: 16 jun. 2025. Adaptado.

incentivando empresas e profissionais a divulgarem e ven-


derem seus produtos e serviços nas próprias plataformas. 2. A entrevista é um gênero textual amplamente utilizado
O assunto que está em evidência nas redes sociais e na comunicação, tanto na mídia quanto em outros con-
que rende opiniões diversas é a chamada “Tiktorização” textos. Trata-se de uma forma de diálogo estruturado, em
das profissões, que nada mais é do que afirmar que os pro- que uma pessoa faz perguntas e outra responde. Assim,
fissionais liberais de quase todas as áreas, podem e devem releia o texto e responda:
produzir em 100% dos casos um conteúdo de entreteni- a) Quem é a entrevistada e quem é o entrevistador nesse
mento para o seu público-alvo, na maioria das vezes, “dan- texto?
çando” alguma trend do TikTok ou até mesmo do Reels. b) Onde foi publicada a entrevista que você leu?
Esse tipo de exposição profissional traz benefícios c) Essa entrevista se destina a qual tipo de leitor?
para a imagem?
O aplicativo tem diversas funcionalidades sendo as 3. Em uma entrevista, a elaboração prévia do assunto que
“dancinhas” as mais conhecidas, porém acredito que elas será discutido é de suma importância. O entrevistador
devam ser usadas com cautela já que estamos falando deverá preparar-se para o momento e manter-se total-
de um determinado perfil profissional que deve levar em mente imparcial. A entrevista também difunde um conhe-
consideração os códigos de conduta da sua profissão e cimento e, por isso, auxilia na formação de opinião e posi-
dos conselhos reguladores. Como o propósito do aplica- cionamento crítico da sociedade, uma vez que propõe um
tivo é o entretenimento, os profissionais podem se utilizar debate sobre determinado tema. Assim, qual é o tema que
da irreverência e do humor inteligente, mas sem perder o a entrevista lida traz?
bom senso e a ética, além de verificar o que é pertinente
naquela mensagem. 4. O objetivo de um gênero textual é cumprir uma função
Existe algum estudo/pesquisa sobre os impactos do comunicativa específica em um determinado contexto..
TikTok na publicidade? A entrevista é um gênero textual muito utilizado para a
construção de matérias de jornais, revistas, rádios, TV e
Sobre o TikTok, temos pesquisas recentes com dados
outros textos que passam algum conhecimento para a po-
do seu sucesso exponencial: foi o App mais baixado dos úl-
pulação.
timos dois anos no mundo ocidental. Em setembro/2021,
a empresa declarou que tem mais de 1 bilhão de usuários a) Qual é a finalidade de uma entrevista?
globais ativos por mês. Estamos falando de um mercado b) E a finalidade dessa entrevista?
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• Apresentação – É o momento em que se apresen-


Estudante, Identificar fatos e opiniões, dentro de um tam os pontos de maior relevância da entrevista, como
texto, é muito importante para a compreensão das ideias, também se destaca o perfil do entrevistado, sua experi-
de forma que possamos entender o que aconteceu e, ência profissional e seu domínio em relação ao assunto
quando for o caso, ter contato com a opinião de alguém abordado.
sobre isso, mas sabendo que pode haver outros pontos de • Perguntas e respostas – Basicamente, é a entre-
vista. Nesse sentido, é importante considerar que “fato” é vista propriamente dita, na qual são retratadas as falas
algo real, concreto e verdadeiro e “opinião” é o julgamento de cada um dos envolvidos.
que é feito pelo interlocutor/emissor da mensagem. Entretanto, há algumas entrevistas que não seguem
este padrão, ou seja, umas apresentam um roteiro mais
5. O objetivo principal de uma entrevista é extrair informa- conciso somente de perguntas e respostas, outras, ao
ções, declarações e opiniões para esclarecer determinado invés de retratar as falas em seu modo literal, optam por
assunto. É um gênero textual muito utilizado para a cons- transcrevê-las usando um discurso indireto, ou, até mes-
trução de matérias de jornais, revistas, rádios, TV e outros mo, muitas trazem um texto introdutório e mais detalha-
textos que passam algum conhecimento para a população. do, com informações sobre o local, a data e duração da
entrevista. Algumas entrevistas exibem o nome ou ini-
a) Retire do texto exemplos de opinião. ciais do entrevistador (nas perguntas) e do entrevistado
b) Justifique sua resposta. (nas respostas).
Disponível em: Um gênero textual do cotidiano jornalístico - Brasil Escola (uol.com.br) Acesso em: 27 de jun. 2025.

GRUPO DE ATIVIDADES 2 2 6. No quadro a seguir, explique cada um dos elementos


que compõem a estrutura de uma entrevista, e em segui-
da, retire do texto um exemplo de cada um deles.
ampliando os
Manchete ou título
conhecimentos
Apresentação
Perguntas e respostas

7. A entrevista é um gênero essencialmente oral e requer


Características da Entrevista uma postura adequada tanto por parte de quem a elabo-
• É marcada pela oralidade e pelo discurso direto ra quanto por parte de quem a responde. Portanto, deve-
(esse último, pela transcrição fidedigna das palavras do -se dar maior atenção no que se refere à linguagem, pois
ENTREVISTADOR e do ENTREVISTADO), logo, pode é algo que se tornará acessível ao público de uma forma
haver muitas marcas de oralidade bem como observa- geral. Assim, a linguagem utilizada na entrevista lida é for-
ções (geralmente entre parênteses) que descrevem as mal ou informal? Justifique sua resposta transcrevendo
ações de ambos; um trecho do texto.
• Quando publicadas em meios impressos, pode-se
perceber a utilização de muitos sinais de pontuação: Progressão temática e Progressão textual
travessão, aspas, reticências, interrogação, parênteses, A progressão temática e textual são dois aspectos
em alguns casos, até detalhando aspectos do entrevis- importantes que trabalham juntos para que os textos
tado, como emoções, lágrimas e risos; sejam bem estruturados.
• É informativa, veiculada, sobretudo, por meio de A progressão temática é a forma como o tema cen-
jornais, revistas, internet, televisão, rádio, dentre outros; tral de um texto é desenvolvido, adicionando novas in-
• O ENTREVISTADOR é o responsável por fazer formações ao longo do texto.
perguntas, e o ENTREVISTADO (ou entrevistados) as A progressão textual diz respeito à maneira como
responde; as ideias se conectam e avançam de forma coerente em
• Apesar de muitas vezes haver formalidade, devido um texto.
a ser um gênero oral, há uma mescla entre a linguagem
padrão e a não padrão da língua portuguesa. 8. Ao escrever um texto é fundamental que se tenha
Estrutura da entrevista ideias claras. Para que isso ocorra, as frases devem es-
• Manchete ou título – Essa é uma parte que deverá tar bem articuladas, o que contribui para um texto coeso
despertar interesse no interlocutor envolvido, podendo (progressão textual) e coerente (progressão temática).
ser uma frase criativa ou pergunta interessante. Essa articulação pode ser alcançada por meio de elemen-
tos conectivos (articuladores), normalmente conjunções,
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advérbios e pronomes, que sinalizam relações de sentido


(semânticas) de diferentes naturezas, como adição (nem, GRUPO DE ATIVIDADES 3
ademais), comparação (mais que, tal qual), oposição (con-
3
tudo, entretanto), temporalidade (até que, quando), entre
outras, facilitando a compreensão do que se vai ler. SISTEMATIZANDO os
Nos fragmentos abaixo, quais são as relações que os ele- conhecimentos
mentos articuladores destacados expressam?
a) “A publicitária também foi convidada a elucidar os limi- Leia o texto.
tes do uso de ferramentas sociais, assim como a impor- Texto II
tância da postura ética, crítica ...”
Plantar árvores dá mais prazer do que fazer filmes
b) “O surgimento e incremento das redes sociais, decor-
rentes do constante avanço tecnológico, leva a reflexões O cineasta paulista Fernando Meirelles concilia o cinema
sobre questões importantes como os limites ente o públi- com o ativismo em defesa das florestas e dedica boa parte do
co e o privado...” seu tempo a acompanhar as questões ecológicas.
c) “A superficialidade pode ser muito divertida, mas eu me Aos 56 anos, o cineasta Fernando Meirelles integra a ga-
perguntaria se estar ali faz sentido para a minha profissão.” leria dos melhores diretores do cinema brasileiro. Entusiasta
de filmes experimentais na juventude criou programas para
d) “O aplicativo tem diversas funcionalidades sendo as a televisão, trabalhou com publicidade e dirigiu sucessos
“dancinhas” as mais conhecidas, porém acredito que elas como Cidade de Deus, em que usou a estética dos videocli-
devam ser usadas com cautela já que estamos falando de pes para retratar a violência no Rio de Janeiro – obra que
um determinado perfil profissional.” concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2004.
9. O texto não é um simples agrupamento de frases jus- Tanto quanto o cinema, Meirelles sempre se interes-
tapostas, mas um conjunto harmonioso em que há laços, sou por ecologia. Há anos vem se dedicando a um proje-
interligações, relações entre suas partes. As palavras e to de reflorestamento das matas ciliares da sua Fazenda
expressões utilizadas retomam ideias, evitam repetições Rifaina, em Rifaina, no interior de São Paulo. Já replan-
e reforçam sentidos para contribuir com a continuidade tou 2,8 hectares com 3 mil mudas de 32 espécies de ár-
do texto e a compreensão de sentido. Desse modo, em “Já vores nativas, das quais muito se orgulha, e vai continuar
outros veem a tendência como uma obrigação considera- plantando. “Continuo melhorando meu viveiro de mudas
da desnecessária.”, a palavra em destaque faz referência nativas. Isso me dá mais satisfação do que fazer filmes”,
a quem? afirma. Nesta entrevista, Meirelles revela que não está
nada satisfeito com os rumos do Brasil.
10. A pontuação é muito mais do que simples sinais para Precisamos mudar de cultura para adequar nossa ci-
separar ou marcar segmentos da superfície do texto. vilização aos limites do planeta?
Além de estarem vinculados intimamente à coerência do Sabemos que precisaríamos dos recursos de três plane-
texto, esses sinais podem acumular outras funções dis- tas para a população atual alcançar os padrões de consumo
cursivas, isto é, podem produzir efeitos de sentido, como do Primeiro Mundo. Esse parece ser o objetivo de todos os
aqueles ligados à ênfase, à reformulação ou à justificação governos e habitantes. Mas está claro que essas aspirações
de certos segmentos. Nos trechos a seguir, a pontuação não cabem no espaço que temos. Apesar de muitos estudos
foi usada intencionalmente. Marque a 2ª coluna de acor- anunciando a falta iminente de minérios, de peixes ou de
do com essa intenção. água potável, nossa sociedade não sabe existir sem crescer.
[...]
(1) Introduzir um esclarecimento.
Há pessimismo sobre o esforço para se controlar as mu-
(2) Estimular uma reflexão. danças climáticas. Estamos numa corrida contra o tempo?
Alguns cientistas dizem que estamos quase no ponto em
(3) Dar destaque a uma expressão.
que o processo de aquecimento se torna irreversível. Ou-
tros, que já ultrapassamos. Em 2000 estava claro que para o
( ) “Faço uso adequado e ético das tecnologias de informação planeta não esquentar 2º centígrados até 2050 as emissões
na minha prática profissional?” – Ponto de Interrogação
de carbono teriam que ser reduzidas em 2% ao ano, ao lon-
go da década. Não aconteceu. Há indícios claros de que algo
( ) “Seguindo uma regra básica que o profissional precisa está mudando muito mais rapidamente do que se previa.
estar em movimento, quem “não é visto não é lembrado”...”
- Aspas [...]
Qual é sua atitude diante do automóvel, da bicicleta
( ) “Sobre o TikTok, temos pesquisas recentes com dados do e dos meios de transporte urbanos?
seu sucesso exponencial: foi o App mais baixado dos últimos Moro fora da cidade de São Paulo, num lugar que, in-
dois anos no mundo ocidental. ...” – Dois pontos
felizmente, não tem opção de transporte público. Organi-
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zei minha vida para não ter que sair de casa todos os dias. 19. Há uma opinião, predominantemente, no trecho:
Quando tenho que ir ao centro, deixo meu carro próximo (A) “... um projeto de reflorestamento das matas ciliares
a uma estação e vou de metrô. Quase não uso ônibus, de- da sua Fazenda Rifaina, ...”
vido à falta de qualidade do serviço – não há corredores
de trânsito, as viagens são muito demoradas, há poluição (B) “Cidade de Deus – obra que concorreu ao Oscar de
–, mas seria um usuário assíduo se houvesse opção me- melhor filme estrangeiro em 2004.”
lhor. Fora do Brasil, raramente tomo táxi. Só uso bicicleta (C) “Continuo melhorando meu viveiro de mudas nati-
ou transporte público. Em Los Angeles sou obrigado a alu- vas. Isso me dá mais satisfação do que fazer filmes”.
gar carro, pois, como aqui, as opções de transporte públi- (D) “... para o planeta não esquentar 2º centígrados até
co são pouco eficientes. 2050 as emissões de carbono teriam que ser redu-
[...] zidas em 2% ao ano ...”
O cinema pode mitigar as emissões de carbono?
20. No trecho “... mas seria um usuário assíduo se houves-
Como toda forma de comunicação, o cinema pode se opção melhor.”, as palavras em destaque estabelecem,
ajudar a mudar comportamentos ao informar e tocar as respectivamente, relações de
pessoas. Lembro que fiquei extremamente impactado
ao assistir a filmes como o francês Home – nosso Plane- (A) adição e conclusão.
ta, nossa casa ou o norte-americano Food Inc. São filmes (B) oposição e condição.
sensacionais a respeito dos temas desta entrevista. Deixo (C) conclusão e concessão.
a recomendação aos leitores. (Por Maria da Paz Trefaut) (D) alternância e finalidade.
Disponível em: https://revistaplaneta.com.br/plantar-arvores-da-mais-prazer-do-que-fazer-filmes. Acesso em: 23 jun. 2025.

11. Quem é a entrevistadora e quem é o entrevistado no


texto II? Como as falas do entrevistador e do entrevistado DE OLHO NAS
aparecem no texto? AVALIAÇÕES EXTERNAS

12. Qual é o assunto abordado no texto?


21. (CAED) Leia o texto abaixo.
13. Qual é a finalidade que o texto II tem?
Leia entrevista com professor que fez dicionário com
(A) debater sobre o tema meio ambiente. definições de crianças
(B) noticiar um fato sobre o meio ambiente. Confira abaixo entrevista com Javier Naranjo, que
(C) narrar uma história sobre o cinema brasileiro. reuniu definições dadas por crianças para diferentes pa-
(D) organizar informações e conceitos sobre o meio lavras. O resultado foi o livro “Casa das Estrelas”, publi-
ambiente. cado no Brasil pela editora Foz.
Folha - Essas definições poderiam ser as mesmas
14. Considerando que a revista "Planeta" é dirigida a um se fossem dadas por crianças de outros países, como
público com acesso a produtos culturais, a escolha do títu- Índia, China, Noruega?
lo está relacionada ao perfil do público da revista? Por quê? Apenas começo a explorar palavras (razão e senti-
mentos) com crianças de outros países e sou tomado
15. A linguagem utilizada pela entrevistadora e pelo en- pela sensação, quase certeza, de que ser criança é igual
trevistado é em todas as línguas e em todos os países. Entendo que
(A) formal. ser criança é uma forma de estar no mundo. E isto – ne-
(C) técnica. les – é o mais comum e o mais profundo. As crianças
sonham, imaginam, ocupam a terra com seus jogos tão
(D) jurídica.
sérios e sua inocência. Com seu olhar fresco. [...] E em
(B) informal. todos os lugares (uns mais, outros menos) sua voz é me-
nosprezada. Por essa condição de serem crianças, creio
16. Qual é o ponto de vista do entrevistado sobre a "limi- que as definições poderiam ser as mesmas em todos os
tação dos recursos do planeta"? lugares, porque seu olhar é o mesmo: agudo e sem com-
placências. Mudam, isso sim, situações particulares de
17. O que o entrevistado fala sobre "controle das mudan- cada país, e as crianças dão também sua voz para falar-
ças climáticas"? mos dessas situações.
Folha - O que você achou das ilustrações que o li-
18. Há alguma pergunta da entrevistadora que relaciona ci- vro ganhou?
nema com meio ambiente? Qual o propósito dessa pergunta?
As ilustrações de Lara Sabatier acompanham muito
bem o livro, porque dialogam o tempo todo com as vozes
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das crianças. Ela fez várias coisas de que gostei muito: ▪ Estrutura: um romance apresenta diversos elementos
não são propriamente ilustrações para crianças, às ve- em sua estrutura que trabalham juntos para criar
zes, em outras publicações os traços são infantilizados uma narrativa completa e envolvente, como enredo,
para torná-los, digamos, compreensíveis, menosprezan- narrador, personagens, tempo e espaço.
do a inteligência das crianças. Desta vez não. ▪ Enredo: corresponde a sequência dos fatos que serão
São ilustrações que chegam a todos e com outra contados. É a partir do enredo que se desenvolve a
aposta muito interessante: Lara em cada letra do dicio- história e é possível atingir o tema central do texto. Tem
nário faz uma história, é seu traço, é claro, mas nele há como elementos: Situação inicial (Apresentação dos
uma narrativa específica para cada uma das seções do personagens, tempo e espaço da história, geralmente na
livro. Linguagem simples e direta, estilo que se conta em introdução.); Conflito (Um acontecimento que perturba
pequenos relatos. a situação inicial, dando início às ações e desafios
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/.Acesso em: 2 ago. 2013. Fragmento. que as personagens enfrentarão.); Desenvolvimento
(Ação principal da história, onde as personagens
Nesse texto, no trecho “Casa das Estrelas” (ℓ. 2), as aspas buscam solucionar o conflito, com várias situações e
foram utilizadas para indicar reviravoltas.); Clímax (Ponto de maior tensão e emoção
da narrativa, onde a solução do conflito se aproxima.);
(A) a definição de um termo.
Desfecho (Parte final da história, onde o conflito é
(B) a fala do entrevistado. resolvido e a narrativa chega ao seu final.).
(C) o título do livro publicado. ▪ Narrador: é a pessoa que conta a história. Ele pode
(D) o trecho de outro texto. ser um dos personagens, que nesse caso, é considerado
um narrador em primeira pessoa; ou apenas uma figura
responsável pela narração da história.

GRUPO DE ATIVIDADES 1 1 ▪ Personagens: são as figuras/pessoas que fazem parte


da obra. Elas são representadas de forma que o leitor
conheça as suas histórias através de representações
Contextualizando o gênero fictícias. No caso do Romance, o personagem principal
textual, o tema e o campo é considerado o protagonista.
de atuação ▪ Tempo: organização dos fatos que ocorrerão na
história. Ele pode ser cronológico ou psicológico. O
1. Antes de ler os textos, vamos conversar?
primeiro é marcado pela passagem de horas, dias, anos
• Você conhece o gênero textual romance? etc. Já o segundo é mais subjetivo, pois refere-se ao
• Já leu algum romance juvenil? tempo interior dos personagens.
• Quais temas/assuntos você acha que podem apa- ▪ Espaço: local onde a história se desenrola. É o cenário
recer nos romances juvenis? físico e/ou psicológico onde as ações e eventos narrados
• Você vai ler um fragmento de um romance juvenil acontecem. Ele pode ser um lugar real ou imaginário.
Disponível em: Romance - Língua Portuguesa Enem | Educa Mais Brasil. Acesso em: 3 jul. 2025. Adaptado.
chamado “A garota que lia as estrelas”. Pelo título,
o que pode ser o tema da narrativa?

Estudante, já viajou na leitura? Já imaginou novas


aventuras, novas fantasias? Nas próximas atividades Resenha: A garota que lia as estrelas, de Kiran
viajaremos pelo gênero Romance Juvenil, suas caracte- Millwood Hargrave
rísticas, sua estrutura, ampliando sua imaginação e seus Sinopse: Isabella mora numa
conhecimentos. Vamos lá??? ilha cercada de lendas e sonha
em visitar as terras distantes
► Conhecendo o gênero textual que seu pai, um cartógrafo,
um dia mapeou. Quando sua
Romance Juvenil melhor amiga desaparece, ela
O romance é uma obra literária que apresenta decide fazer parte da equipe
narrativa em prosa, normalmente longa, com fatos de busca e, guiada por mapas
criados ou relacionados a personagens, que vivem antigos e o conhecimento que
diferentes conflitos ou situações dramáticas, numa tem das estrelas, viaja pelos
sequência de tempo relativamente ampla. Territórios Esquecidos da ilha,
Romance juvenil é o nome que se dá aos romances repletos de perigos e criaturas
com linguagem e temática voltadas para o público horríveis. Mas sob os rios secos e florestas mortas, uma
jovem e adolescente. São obras mais recentes, todas lenda feroz está despertando de seu sono...
do séc. XXI.
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Ele ronronou e fechou seus olhos verdes.


A garota que lia as estrelas é pura fantasia, com
suas florestas sombrias e monstros misteriosos, [...]
podendo assustar um pouco o leitor infantil muito ***
pequeno, mas, os maiores, provavelmente vão ficar — Pensei... Posso talvez me desculpar com uma histó-
absorvidos na leitura, que é fluida e rápida. O cenário ria? — ele sugeriu.
da história foi muito bem detalhado, a imaginação da
Pep deu um miado rabugento quando rolei para enca-
criançada irá alçar voos. A escrita de Kiran Millwood
rar papai.
Hargrave é simples, outro motivo pelo qual a leitura
avança desapercebidamente. A história não tem — Por que você não me conta o que aconteceu?
muitas reviravoltas ou plots impactantes, mas as — Que tal Arinta?
aventuras vividas pelas personagens, que foram bem Era a minha história preferida — o mito da salvadora
desenvolvidas, trazem completamente o leitor para de Joya — e, embora Lupe tirasse sarro de mim por eu ser
dentro da ilha de Joya. muito crescida para contos de ninar, eu adorava ouvi-la.
Narrada em primeira pessoa, o cenário que compõe a Mas eu ainda estava irritada. Rolei de volta e Pep rosnou.
história é a ilha de Joya, protagonizada pela esperta
— Está bem. — Papai suspirou. — Vou deixar você dormir.
Isabella, uma garota de 13 anos, que mora em Gromera,
uma aldeia que foi cortada do restante da ilha. Isabella Antes que ele pudesse se levantar, estiquei a mão
vive com o pai, que é cartógrafo, daí onde surgiu sua atrás de mim.
paixão por mapas e aventuras, uma garota sonhadora — Acho que uma história não faria mal.
que anseia por conhecer os lugares mapeados por seu Ele voltou a se sentar e, quando começou a falar, pude
pai. Porém, com o fechamento do porto e o isolamento sentir o sorriso em sua voz.
de Gromera do restante da ilha, muitos lugares não — Arinta era uma garota muito corajosa. Ela vivia no
puderam ser explorados para que fossem mapeados. centro de Joya mil anos atrás, quando nossa terra era li-
Disponível em: https://www.articulandoideias.com.br/2021/09/resenha-garota-que-lia-as-estrelas-Kiran-
-Millwood-Hargrave.html. Acesso em: 30 ago. 2025. Adaptado.
vre, despregada do continente, e navegava pelo oceano
como um navio vivo. Não havia fronteiras florestais, nada
de Territórios Esquecidos, e os pássaros canoros gorjea-
Leia o texto vam em cada uma das árvores.
— Mas, um dia, uma criatura do fogo que borbulhava
A garota que lia as estrelas debaixo do leito do mar notou a bela ilha flutuante e a quis
Kiran Millwood Hargrave para si. Seu nome era Yote. Ele era do tamanho de um rio
[...] e tão quente quanto o Sol. Ele construiu uma coluna de ro-
cha pela qual escalou e capturou Joya, fixando-a ao leito
A manhã despontou como qualquer outra. do mar. O povo de Joya ficou amedrontado. Eles sabiam
Despertei na minha cama estreita, o nascer do sol que ele iria reivindicar a ilha para o Reino do Fogo e eles
apenas começando a iluminar as paredes de barro do teriam que deixar suas casas.
meu quarto. O cheiro de mingau queimado pairava no
— Arinta estava triste. Ela amava Joya, com suas flo-
ar. Papai devia estar acordado há horas, já que levava
restas, o mar e os pássaros canoros. Então, naquela noite,
muito tempo para o fogo aquecer a pesada panela de
ela roubou a espada de seu pai e saiu de casa às escon-
barro. Eu podia ouvir a Senhorita La, nossa galinha, ar-
didas, dirigindo-se para onde Yote chacoalhava a terra,
ranhando do lado de fora do meu quarto, ciscando mi-
preparando-se para engolir Joya. Ela viajou até o subter-
galhas. Ela tinha treze anos, assim como eu, mas embora
râneo por meio de uma cacheira, encharcando-se na água
fosse pouca idade para uma pessoa, uma galinha com
para se proteger contra as chamas, e caminhou até chegar
igual número de anos era muito, muito velha. Suas pe-
ao covil de Yote. Ela o chamou. Yote a ouviu, mas não pa-
nas eram cinzentas, seu humor era negro e até mesmo o
rou de chacoalhar.
nosso gato Pep tinha medo dela.
— Arinta não desistiu. Ela atacou as paredes de rocha
Minha barriga roncou enquanto eu alongava meus
com sua espada para despejar o mar sobre ele. Yote ficou
braços, espreguiçando. Pep estava esparramado sobre as
com medo. Ele poderia derrotar rios, mas o mar o engoli-
minhas pernas e miou alto quando me sentei.
ria. Ele concordou em não tomar a ilha se ela parasse. Eles
— Está acordada, Isabella? — papai gritou da cozinha. fizeram um juramento nesses termos e ela deixou a espa-
— Bom dia, papai. da incrustada na rocha, assim, ele saberia que ela estava
— O mingau está pronto. Um pouco mais do que pron- cumprindo sua promessa.
to, na verdade... Papai hesitou.
— Estou indo! — Puxei com cuidado minhas pernas e — Acho que devemos parar por aqui.
alisei o pelo áspero do gato que havia ficado arrepiado du- — Mas você sempre diz que tem que terminar as his-
rante a noite. — Desculpe, Pep. tórias, mesmo que elas não tenham finais felizes — argu-
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mentei, apesar de tê-la ouvido tantas vezes que poderia 5. Nos textos narrativos há palavras/expressões que mar-
contar a história junto com ele. cam o tempo na narrativa, por exemplo: era uma vez, às
Ele falou rápido, as palavras diluindo-se umas nas sextas-feiras. No texto “A garota que lia as estrelas” há es-
outras. sas expressões? Destaque algumas.
[...] Yote não quis que os habitantes da ilha soubessem
que uma garota o havia enganado, mas ele não podia des- 6. Diferentemente das demais narrativas em prosa, o ro-
truir a ilha, [...] Em vez disso, ele enviou seus cães de fogo mance possui características específicas. Marque (V) ou
atrás de Arinta e eles a perseguiram pelos túneis até que (F) quanto às afirmativas a seguir:
ela se perdeu. ( ) uma história longa, com enredo elaborado, consti-
— O pai de Arinta a procurou incansavelmente pelos tuído por fatos que, de alguma forma, se interrela-
túneis, mas ela nunca mais foi vista. Alguns dizem que ela cionam.
se tornou o próprio rio; outros, que ela ainda está lá em- ( ) a história geralmente é organizada em várias par-
baixo, seu espírito certificando-se de que Yote cumpra tes, chamadas de capítulos.
sua promessa. Seja como for, Arinta cuida de Joya, seu sa- ( ) o enredo depende da trama, das características das
crifício é uma dádiva mais poderosa que qualquer criatura personagens e de seus ambientes, bem como do es-
de fogo. tilo de escrita de cada autor.
A garota que lia as estrelas / Kiran Millwood Hargrave; tradução Jacqueli-
ne Damásio Valpassos. – São Paulo: Jangada, 2019. Adaptado

Estudante, o texto narrativo tem como finalidade


GRUPO DE ATIVIDADES 2 2
ampliando os
narrar um acontecimento. Então, é preciso reconhecer,
em textos narrativos, os fatos que causam o conflito ou
que motivam as ações das personagens, originando o conhecimentos
enredo do texto.

2. O romance juvenil é uma narrativa que apresenta uma


linguagem, geralmente acessível, e uma temática voltadas
para o público jovem e adolescente, como: Identidade, re- O texto narrativo apresenta personagens que
lacionamentos amorosos e de amizade, conflitos familia- atuam em um tempo e em um espaço, organizados por
res, descobertas pessoais, desafios da adolescência etc. uma narração feita por um narrador. Existem três tipos
Assim, releia o quadro da sinopse do livro, o fragmento de de foco narrativo, isto é, a voz de quem conta a história:
texto e responda. ▪ Narrador-personagem: é aquele que conta a história
a) Qual é o tema que “A garota que lia as estrelas” traz? na qual é participante. Nesse caso, ele é narrador e
b) O título em um texto é crucial, pois é a primeira impres- personagem ao mesmo tempo. A história é contada em
são que o leitor terá do conteúdo. Ele serve como um re- 1ª pessoa.
sumo breve do tema central, atraindo a atenção do leitor ▪ Narrador-observador: é aquele que conta a história
e influenciando sua decisão de continuar a leitura. O que como alguém que não participa, mas observa tudo que
o título “A garota que lia as estrelas” sugere? acontece e transmite ao leitor. A história é contada em
3ª pessoa.
3. Os gêneros textuais são formas de linguagem utilizadas
para realizar diferentes ações comunicativas, como infor- ▪ Narrador-onisciente: é o que sabe tudo sobre a
mar, convencer, persuadir, narrar, entre outras. Dessa for- história e as personagens, revelando os pensamentos
ma, responda: e sentimentos das personagens. A história também é
contada em 3ª pessoa.
a) Qual é a finalidade de um romance juvenil?
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/narracao.htm. Acesso em: 28 jun. 2025 (adaptado).
b) E a finalidade do romance “A garota que lia as estrelas”?

4. Os elementos da narrativa são: enredo, narrador 7. Na narrativa, há uma voz que conta a história (foco nar-
(que pode ser personagem observador ou onisciente), rativo) de quem conta a história (narrador). Este pode ser
personagens (protagonista e os demais), tempo e espa- uma personagem da história (narrador em 1ª pessoa), al-
ço. Com esses elementos, toda a ação, conflito e históriaguém de fora da história que apenas observa os aconte-
são construídos. cimentos (narrador em 3ª pessoa), ou alguém de fora da
a) Cite as personagens que você identificou no fragmento história que sabe tudo sobre a história e as personagens
da narrativa intitulada “A garota que lia as estrelas”. (também narrador em 3ª pessoa). O trecho do texto apre-
b) Em que lugar se passa essa história? senta qual foco narrativo?
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( ) 1ª pessoa, ou seja, uma personagem da história. tinha treze anos, assim como eu, mas embora fosse pouca
( ) 3ª pessoa, isto é, uma pessoa que não participa da idade para uma pessoa, uma galinha com igual número de
história. anos era muito, muito velha.”, qual é o efeito de sentido
( ) 3ª pessoa, ou seja, uma pessoa que sabe tudo sobre que se dá ao repetir a palavra ‘muito’?
os pensamentos e sentimentos das personagens. Resposta: A repetição da palavra ‘muito’ quer enfatizar a
velhice da galinha.
8. O trecho do texto que comprova que o narrador (quem
conta a história) é uma personagem é 12. A pontuação tem de ser vista muito mais do que sim-
ples sinais para separar ou marcar segmentos da superfí-
a) “Era a minha história preferida — o mito da salvadora cie do texto. Além de estarem vinculados intimamente à
de Joya ...” coerência do texto, esses sinais podem acumular outras
b) “— Está bem. — Papai suspirou. — Vou deixar você funções discursivas, isto é, podem produzir efeitos de
dormir.” sentido, como aqueles ligados à ênfase, à reformulação
c) “Ele falou rápido, as palavras diluindo-se umas nas ou à justificação de certos segmentos. No trecho “— Pen-
outras.” sei... Posso talvez me desculpar com uma história? — ele
sugeriu.”, o que o uso das reticências sugere?
Tipos de discursos: direto, indireto e indireto livre
Os discursos direto, indireto e indireto livre são 13. Nos trechos a seguir, os termos destacados fazem re-
utilizados principalmente em textos narrativos com a ferência a outros termos ditos anteriormente no texto.
finalidade de introduzir as diversas vozes disponíveis Leia o texto novamente e explique a quais referentes es-
(personagens e narrador). ses termos retomam.
O discurso direto pode ser entendido como a repro- a) “Ela tinha treze anos, assim como eu...”
dução exata da fala de alguém. Já o discurso indireto b) “Ele ronronou e fechou seus olhos verdes.”
ocorre quando o autor expressa com suas palavras a c) “Era a minha história preferida — o mito da salvadora
fala de outrem. Por fim, o discurso indireto livre é uma de Joya — e, embora Lupe tirasse sarro de mim por eu ser
mescla entre o direto e o indireto. muito crescida para contos de ninar, eu adorava ouvi-la.”
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/tipos-de-discurso-direto-indireto-e-indireto-livre.
Acesso em: 18 jul. 2025. Adaptado.
d) “Yote ficou com medo. Ele poderia derrotar rios, mas o
mar o engoliria.”
9. Em um texto narrativo, as diferentes vozes são repre- e) “Em vez disso, ele enviou seus cães de fogo atrás de Arin-
sentadas pelo narrador e pelas personagens, e indicam o ta e eles a perseguiram pelos túneis até que ela se perdeu”
discurso utilizado, direto, indireto ou indireto livre.
a) No romance “A garota que lia as estrelas”, qual é o dis- 14. Observe os elementos/expressões articuladores(as)
curso predominante? destacados(as) em cada trecho do texto e explique qual
b) No discurso direto, o narrador descreve as falas das relação lógico-discursiva eles(as) estabelecem.
personagens da maneira que elas acontecem. E para re- a) “Ele concordou em não tomar a ilha se ela parasse.”
produzir esse diálogo, ele precisa recorrer a alguns sinais
b) “Eles fizeram um juramento nesses termos e ela deixou
de pontuação, de modo a deixar bem claro para o leitor as
a espada incrustada na rocha, assim, ele saberia que ela
reais intenções das pessoas envolvidas na conversa, isto
estava cumprindo sua promessa.”
é, quando exclamam, interrogam, interrompem um pen-
samento e depois o retoma entre outras. Cite um exemplo c) “— argumentei, apesar de tê-la ouvido tantas vezes que
de discurso direto do texto: poderia contar a história junto com ele.”

10. Em textos literários, palavras/expressões podem 15. A linguagem é o meio de comunicar ideias, sentimen-
assumir múltiplos sentidos ou expressões (plurissignifi- tos, pensamentos utilizando a língua. Essa linguagem
cação). No texto, no trecho “A manhã despontou como pode sofrer variações/mudanças de acordo com a utili-
qualquer outra.”, a expressão destacada significa zação da língua pelos falantes. Por exemplo, um cientis-
ta não falará em um laboratório tal como fala em casa
(A) raiou.
num jantar de família. Cada comunicação vai exigir uma
(B) gastou. “linguagem”. Os principais níveis dessa linguagem são:
(C) aparou. linguagem formal e linguagem informal. No romance “a
(D) lembrou. garota que lia as estrelas”, qual é a linguagem que o au-
tor usou, predominantemente, para contar a história de
11. Em um texto, algumas palavras são escolhidas pelo au- Isabella, protagonista da história? Justifique sua resposta
tor para enfatizar, reforçar, sugerir e ressaltar alguns sig- com trechos do texto.
nificados diferentes (efeito de sentido). Na passagem “Ela
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GRUPO DE ATIVIDADES 3 3 (A) Joya.


(B) Arinta.
(C) Isabella.
SISTEMATIZANDO os (D) Senhorita La.
conhecimentos
18. Em “— Mas você sempre diz que tem que terminar as
histórias, mesmo que elas não tenham finais felizes...”, a
expressão articuladora destacada estabelece ideia de
(A) adição. (C) finalidade.
Estudante, as figuras de linguagem são recursos lin- (B) oposição. (D) concessão.
guísticos que ajudam a tornar a comunicação mais ex-
pressiva, clara e enfática. Elas são usadas para ir além 19. Observe o trecho:
do significado literal (real) das palavras ou expressões, “Era a minha história preferida — o mito da
dando-lhes um sentido conotativo (figurado). salvadora de Joya — e, embora Lupe tirasse sarro de
Alguns Exemplos: mim por eu ser muito crescida para contos de ninar, eu
▪ Metáfora: transmite uma ideia usando uma palavra adorava ouvi-la. Mas eu ainda estava irritada. Rolei de
ou expressão com um significado diferente do comum, volta e Pep rosnou.”
sem utilizar "como" ou "qual". Exemplo: "O sol era um O travessão foi empregado para
pincel de ouro". (A) inserir uma nova informação.
▪ Metonímia: ocorre quando se usa um termo para (B) indicar a fala de uma personagem.
substituir outro, sendo que o termo usado representa
(C) expressar a fala de um especialista.
uma parte do que seria o termo completo (uma parte do
corpo para representar o corpo todo, o artista para re- (D) apresentar uma opinião da personagem.
presentar sua produção artística etc.). Exemplo: “Escu-
to muito Adriana Calcanhotto.” (Ou seja, as músicas da
Adriana Calcanhotto).
▪ Hipérbole: é uma figura de linguagem que exagera Estudante, há alguns elementos gramaticais (mor-
para dar ênfase a uma situação. Exemplo: “Estou mor- femas) que se juntam para formar novas palavras ou
rendo de frio". alterar o significado da palavra original. Eles são chama-
▪ Antítese: é uma figura de linguagem que expressa dos de afixos e se dividem em prefixos, que vem antes
oposição entre ideias, muitas vezes com o uso de antôni- do radical da palavra (Exemplos: "in" em "injusto", "re"
mos. Exemplo: “A vida é um mar de alegrias e tristezas". em "rever".), e os sufixos que vêm depois (Exemplos:
▪ Personificação: é uma figura de linguagem que dá "-eiro" em "pedreiro", "-dade" em "felicidade", "-mente"
qualidade humana a algo não humano, como um objeto ou em "felizmente".).
um animal. Exemplo: “O vento sussurrava no gramado".
Elaborado para fins didáticos. 20. No texto, em “Ela vivia no centro de Joya mil anos atrás,
quando nossa terra era livre, despregada do continente,
...”, o prefixo des- na palavra destacada foi utilizado para
16. Em textos como “A garota que lia as estrelas”, os au- ( ) indicar negação.
tores utilizam uma linguagem rica em palavras figuradas ( ) apontar separação.
e simbólicas, para transmitir ao leitor emoções e criativi-
( ) revelar oposição.
dade, como as figuras de linguagem, que são palavras ou
expressões com sentido conotativo (figurado). Na frase
“Minha barriga roncou enquanto eu alongava meus bra-
DE OLHO NAS
ços, espreguiçando.”, qual é a figura de linguagem na ex-
pressão destacada? AVALIAÇÕES EXTERNAS
(A) Antítese.
21. (SAEGO – ETAPA DIAGNÓSTICA/2025) Leia o texto
(B) Metáfora.
abaixo.
(C) Hipérbole.
(D) Personificação. Alice através do espelho
Capítulo I – A casa do espelho
17. Na oração “Ela atacou as paredes de rocha com sua
Uma coisa era certa: a gatinha branca não tinha nada
espada para despejar o mar sobre ele.”, a palavra ‘ela’ se
a ver com aquilo... [...]. A gata mãe estava lavando a cara
refere à
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da branca há quinze minutos [...]. Portanto, você pode HORA DE PRODUZIR!


ver que ela não poderia estar envolvida na travessura. O gênero textual “Sinopse de um romance juvenil” é
[...] um gênero literário que se foca em expor, de forma resu-
E, exatamente naquele momento, como eu disse, ela mida, o conteúdo de um produto cultural (livro, filme, espe-
estava trabalhando na gatinha branca, que, por sua vez, táculo musical ou teatral etc.), geralmente com a intenção
estava deitada, imóvel, apenas tentando ronronar... Com de antecipar ao leitor as principais informações sobre a
certeza, sentindo que tudo aquilo era para seu bem. obra. Como o romance juvenil é uma narrativa destinada
ao público adolescente, explorando temas relevantes para
Mas a limpeza da gatinha preta tinha acabado mais
essa faixa etária, como identidade, relacionamentos, cres-
cedo naquela tarde, e assim, enquanto Alice se encolhia
cimento pessoal e desafios sociais, a sinopse apresentará
num canto da enorme poltrona, em parte falando con-
temas relevantes voltados para o público adolescente.
sigo mesma, em parte cochilando, a gatinha havia se di-
vertido empurrando para cima e para baixo o novelo de 1. A PRODUÇÃO DE UMA SINOPSE DE UM ROMANCE
lã que a menina tinha tentado enrolar; e fez isso até ele JUVENIL
ficar totalmente desenrolado de novo. E agora lá esta- Escreva uma sinopse de um romance juvenil... Inspire
va a lã, espalhada sobre o tapete em frente à lareira: um na leitura dos textos motivadores e crie o seu texto. Imagi-
emaranhado de nós, com a gatinha no centro, correndo ne que você tenha sido convidado por William Shakespe-
atrás do próprio rabo. are para divulgar, agora em prosa, a obra Romeu e Julieta
[...] Alice gritou, enquanto pegava a gatinha no colo ambientado nos dias de hoje. Nessa sinopse você deverá
e lhe dava um beijo rápido, para faze‑la entender que expor, de forma resumida, o conteúdo de um produto cul-
estava em maus lençóis. – Francamente, a Dinah devia tural, no caso uma nova narrativa sobre da obra de Romeu
ter lhe ensinado a ter boas maneiras! Você devia, Dinah, e Julieta. Estruture a sua sinopse, inclua cenas que fiquem
sabe que devia! – acrescentou, [...]. Depois, voltou para na memória do leitor, como um encontro romântico, um
a poltrona, levando a gatinha preta e o novelo, e come- momento de conflito ou uma revelação importante. Crie
çou a enrolar a lã novamente. Mas não trabalhou muito cenários, descreva-os em detalhes. Use linguagem poética
depressa, pois estava falando o tempo todo, ora com a e metáforas para evocar as emoções intensas, com o obje-
gatinha, ora consigo mesma. Kitty sentou‑se compor- tivo de levar o leitor a ler a nova versão da obra..
tadamente sobre o joelho de Alice, fingindo observar o
progresso do trabalho e, às vezes, estendendo uma pata 2. Leia os textos motivadores a seguir.
e tocando levemente o novelo, como se quisesse ajudar, Texto I
se isso fosse possível.
Romeu e Julieta
– Sabe que dia é amanhã, Kitty? – Alice perguntou. – William Shakespeare, um famoso dra-
Você saberia, se tivesse ficado na janela comigo... Mas Di- maturgo e poeta inglês do século XVI, é
nah estava te limpando, por isso não pôde ficar. Eu estava conhecido por obras como "Romeu e
olhando os garotos juntarem lenha pra fogueira... E preci- Julieta", uma tragédia que se passa em
sa de muita lenha, Kitty! Só que ficou frio demais e nevava Verona, Itália, entre duas famílias ri-
tanto que eles tiveram de ir embora. Mas não se preocupe, vais, os Montéquios e os Capuletos,
Kitty, nós vamos sair pra ver a fogueira amanhã. [...] cujas rixas são interrompidas pelo Prín-
CARROLL, Lewis. Alice através do espelho. Belo Horizonte: Autêntica, cipe de Verona.
2017. Fragmento. (P00097538_SUP)
O conflito tem início quando Romeu Montéquio, an-
Nesse texto, o prefixo “i‑”, na palavra “imóvel” (2º parágra- gustiado por um amor não correspondido por Rosalina,
fo), indica decide ir a um baile de máscaras na casa dos Capuletos,
(A) ausência de movimento. onde conhece Julieta.
(B) duplicidade de movimento. [...] Julieta é pressionada a considerar o casamento
com Páris, um moço da nobreza. No entanto, no baile,
(C) excesso de movimento.
desconhecendo os sobrenomes – e, por consequência, a
(D) repetição de movimento. rivalidade entre as respectivas famílias, Romeu e Julieta
Produção textual
apaixonam-se à primeira vista – nem Romeu lembra-se de
Rosalina, nem Julieta lembra-se de Páris.
Caro(a) estudante, nesta etapa, você irá produzir uma Após a festa, Romeu arrisca-se, invadindo o jardim
sinopse sobre o romance juvenil. Para isso, leia e interpre- dos Capuletos para rever Julieta. Sob a luz do luar, eles
te a proposta de escrita, os textos motivadores, observe as trocam juras de amor, e decidem se casar, secretamente.
características e a estrutura do gênero, bem como relem- Com a cumplicidade do Frei Lourenço, que vê nesse
bre as explicações sobre esse gênero realizadas durante as casamento a esperança de reconciliar as famílias, e da
aulas pelo(a) seu(sua) professor(a). Siga o passo a passo das ama de Julieta, o casal se une em matrimônio. Contudo,
“orientações gerais para produzir o seu texto”. a violência entre as famílias logo ressurge, e Mercúcio,
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amigo de Romeu, é morto por Teobaldo, primo de Julieta. nero; Resumo do Enredo: Descrição sucinta dos eventos
Romeu, em busca de vingança, mata Teobaldo, e é depor- principais, conflito central e personagens chave; Conclu-
tado para Mântua. são: Fechamento que reforce o interesse pela obra, sem
Julieta, desesperada não só com a partida de Romeu, revelar o final.).
como também pela imposição de um novo casamento com 6) Seja conciso: Use frases curtas e diretas, evitando de-
Páris, recorre novamente a Frei Lourenço, que lhe dá uma talhes desnecessários.
poção para, apenas, simular a morte. O plano é este: após
ser levada para a cripta dos Capuletos, Romeu a resgatará, 7) Desperte o interesse: Utilize frases impactantes e per-
e ambos fugirão. Entretanto, a comunicação falha, e Ro- guntas intrigantes para atrair o leitor.
meu não recebe a mensagem que elucida o plano – recebe 8) Concentre-se no conflito: Apresente o conflito central
apenas a notícia da morte de Julieta. Ambos morrem. e os desafios enfrentados pelo protagonista.
[...] 9) Não revele o final: Evite spoilers e informações que es-
A morte dos jovens amantes, finalmente, leva as famí- traguem a surpresa da obra.
lias a selarem a paz.
10) Seja objetivo: Descreva os fatos da história sem adi-
A peça "Romeu e Julieta" é uma das obras mais conhe- cionar opiniões pessoais.
cidas de Shakespeare e continua a ser estudada e encena-
da em todo o mundo, explorando temas como amor, ódio, 11) Mantenha a terceira pessoa: Escreva a sinopse na
destino, família e a fragilidade da vida humana. terceira pessoa do singular.
Elaborado para fins didáticos. 12) Releia o texto e faça a reescrita.
Texto II
Os irmãos Mathew e Marilla REVISITANDO A MATRIZ
Cuthbert moram em uma linda pro-
priedade em Green Gables. Eles de-
cidem adotar um garoto órfão para Leia os textos.
ajudar nos serviços gerais, em troca Texto I
de moradia. Qual não foi a surpresa
dos dois ao receberem, em vez de
um garoto, a adorável Anne, uma
menina ruiva, sensível e cheia de vida. Encante-se com
essa história adaptada por Donaldo Buchweitz a partir do CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
adorável clássico de Lucy Maud Montgomery, Anne de
Green Gables. (Publicada no Diário Oficial da União n. 191-A, de 5-10-1988)
Editora: Ciranda na Escola [...]
Edição: 1, 2021 TÍTULO II
Autor: Lucy Maud Montgomery DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Ilustrador: Junior Caramez CAPÍTULO I
Idioma: Português DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E
Disponível em: https://www.cirandacultural.com.br/produto/livro-anne-de-green-gables/. Acesso em: 26 jun. 2025.
COLETIVOS
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA PRODUZIR A SI- Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
NOPSE DE UM ROMANCE JUVENIL: qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos es-
trangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
1) Ao redigir o seu texto, assegure às características do vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à proprieda-
gênero textual “Sinopse”. de, nos termos seguintes:
2) Faça um projeto de texto antes de iniciar a escrita, leia I - homens e mulheres são iguais em direitos e obriga-
os textos motivadores, marque palavras/expressões/tre- ções, nos termos desta Constituição;
chos-chave. (Organizar é o primeiro passo para elaborar II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
o seu texto). alguma coisa senão em virtude de lei;
3) Reflita sobre o que se pede na proposta de escrita e re- III - ninguém será submetido a tortura nem a trata-
lacione aos textos motivadores que você leu. mento desumano ou degradante;
4) Sua escrita precisa ser fluida, criativa e despertar a IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo ve-
atenção do leitor. dado o anonimato;
5) Considere os elementos da sinopse (Introdução: Apre- [...]
Disponível em: http://forumeja.org.br/sites/forumeja.org.br/files/constituicaofederal1988.pdf. Acesso em: 29 jun.
sentação da obra, mencionando título, autor/diretor e gê- 2025.

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Texto II Leia o texto.


A Internet nos deixa inteligentes: entrevista com David
Weinberger
Quanto mais contato com a rede, melhor. Para o filósofo
David Weinberger, jovens lucram (e muito) com comunidades
virtuais e pesquisas na web
por Eduardo Szklarz
A discussão sobre os efeitos da internet no nosso cé-
rebro continua. [...] De acordo com um dos filósofos mais
festejados da atualidade, os jovens na verdade nunca fo-
ram tão inteligentes – e o mérito é da rede. Para o ame-
ricano David Weinberger, a era digital está quebrando a
noção do conhecimento monopolizado por especialistas.
Através do diálogo global, os adolescentes estão conse-
guindo interpretar e discutir esse conhecimento, e real-
Disponível em: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSWWj1k4_ck94G-APILHiKryETXZ5p- mente entender o que acontece ao seu redor. Weinberger
5z3cZ8Q&s Acesso em: 7 out. 2024.
é professor do Centro Berkman para Internet e Socie-
1. Qual o assunto principal tratado no fragmento do texto I? dade, da Universidade Harvard, onde mestres, alunos,
(A) O desrespeito às leis que regem o País. empreendedores, advogados e arquitetos virtuais se de-
dicam a explorar a internet.
(B) A proibição da manifestação do pensamento.
Como a internet melhora a inteligência dos jovens?
(C) A desigualdade entre brasileiros e estrangeiros pe-
rante a lei. A grande mudança da era digital é fazer com que os
meios, o conhecimento e a autoridade agora sejam de todos.
(D) Os direitos e deveres dos brasileiros e estrangeiros
Estamos produzindo conhecimento juntos, não de forma in-
residentes no País.
dividual, e não precisamos mais carregar os fatos conosco.
Em vez de memorizar o PIB da Índia, podemos consultá-lo
2. No texto I, no trecho “...garantindo-se aos brasileiros e
na Wikipédia. A compreensão não é tão simples como o co-
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
nhecimento; ela é sempre objeto de novas interpretações
direito à vida...”, a palavra destacada significa
e discussões. E é justamente nesse ponto que a internet é
(A) o que é popular. melhor do que os outros meios. Ela permite que as pessoas
(B) o que é desigual. discutam e, assim, compreendam melhor o mundo.
(C) o que se pode infringir. [...]
Disponível em: https://super.abril.com.br/tecnologia/a-internet-nos-deixa-inteligentes-entrevista-com-david-
(D) o que não se pode desobedecer. -weinberger/. Acesso em: 18 jun. 2025. Adaptado.

3. No texto I, uma palavra que pode substituir, sem alte- 6. A resposta do entrevistado no trecho “Em vez de me-
ração de sentido a palavra perante, no trecho “Todos são morizar o PIB da Índia, podemos consultá-lo na Wikipé-
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...” é dia.”, é
(A) contra. (C) ante. (A) a causa de um fato informado depois.
(B) entre. (D) com. (B) a causa de um fato informado antes.
(C) um exemplo que confirma a opinião expressa antes.
4. Uma das informações em comum entre o texto I (Cons-
tituição Federal Brasileira) e o texto II (Tirinha) é que os (D) um exemplo que confirma a opinião expressa de-
pois.
(A) direitos estão na Constituição.
(B) direitos estão só na teoria. 7. A linguagem utilizada pelo entrevistador e pelo entre-
(C) valores são conquistados. vistado é
(D) deveres são de todos. (A) formal. (D) jurídica.
(C) técnica. (B) informal.
5. Em relação ao tema abordado nos textos I e II, pode-se
dizer que as ideias apresentadas são 8. No trecho “Ela permite que as pessoas discutam e, as-
(A) complementares. sim, compreendam melhor o mundo.”, a palavra destaca-
(B) contrárias. da se refere à
(C) idênticas. (A) inteligência. (C) discussão.
(D) similares. (B) autoridade. (D) internet.
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9. O gênero desse texto é - Quis, disse a raposa.


(A) Reportagem. (C) Crônica. - Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
(B) Entrevista. (D) Notícia. - Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
Leia o texto.
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
O Pequeno Príncipe
XXI Depois ela acrescentou:
[...] - Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te
música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? farei presente de um segredo.
Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos Foi o principezinho rever as rosas:
de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste, mas - Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós
tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quan- não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cati-
do me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lem- vastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma
brar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo ... raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo.
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o Ela é agora única no mundo.
príncipe: E as rosas estavam desapontadas.
- Por favor... cativa-me disse ela. - Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não te- morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte
nho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coi- qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é,
sas a conhecer. porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, dis- eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que
se a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas
coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela
como não existem lojas de amigos, os homens não têm que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se
mais amigos, se tu queres um amigo, cativa-me! algumas vezes. É a minha rosa.
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho. E voltou, então, à raposa:
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te - Adeus, disse ele...
sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na rel- - Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito
va. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisí-
linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, vel para os olhos.
te sentarás mais perto ... - O essencial é invisível para os olhos, repetiu o princi-
No dia seguinte o principezinho voltou. pezinho, a fim de se lembrar.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a ra- - Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua
posa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde rosa tão importante.
as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu
chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas,
o principezinho, a fim de se lembrar.
então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da
felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca sa- - Os homens esqueceram essa verdade, disse a rapo-
berei a hora de preparar o coração .... É preciso ritos. sa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamen-
te responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
pela rosa...
- É uma coisa muito esquecida também, disse a rapo-
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o prin-
sa, é o que faz com que um dia seja diferente dos outros
cipezinho, a fim de se lembrar.
dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por
exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as [...]
Disponível em: https://www.baixelivros.com.br/infantil/o-pequeno-principe-antoine-de-saint-exupery#google_vig-
moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! nette. Acesso em: 4 ago. 2025.

Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem


qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria 10. Ao se despedir do Pequeno Príncipe a raposa lhe con-
férias! ta um segredo: " — Eis meu segredo. É muito simples: só se
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.”
chegou a hora da partida, a raposa disse: O que essa frase significa no contexto da história?
- Ah! Eu vou chorar. (A) Que devemos ter cuidado com o que vemos.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria (B) Que devemos julgar as pessoas pela aparência.
fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse ... (C) Que as coisas materiais são as mais importantes.
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(D) Que as coisas mais importantes da vida não podem


ser vistas com os olhos físicos, mas sim com o coração.
Profª. Nívea Fernanda Rodrigues de Freitas.
11. No trecho “... se tu queres um amigo, cativa-me!”, a pa- Colégio Estadual Alcãntara de Carvalho; Jataí – GO
lavra destacada foi utilizada para Leia o texto.
(A) mostrar adição. Jenna Ortega diz que sucesso de "Wandinha" a deixou
(B) indicar condição. infeliz: "Assustador"
(C) exprimir oposição. Estrela da série comentou que é uma pessoa introverti-
(D) marcar explicação. da e tanta atenção a fez se sentir pressionada
A atriz Jenna Ortega, 22, disse que o sucesso da sé-
12. Em “... se tu queres um amigo, cativa-me!”, o que a ra- rie "Wandinha" foi tamanho e tão repentino que a dei-
posa quis dizer ao ensinar ao Pequeno Príncipe sobre o xou assustada e a fez se sentir sozinha. Seu plano era
significado de "cativar"? tirar férias após o lançamento da primeira temporada,
(A) Criar laços de afeto e amizade. mas o convite para novos projetos a fizeram emendar
(B) Dominar ou controlar alguém. novos elencos.
(C) Ignorar as outras pessoas. "Para ser bem franca, depois da série e de tentar
entender tudo, eu me senti uma pessoa infeliz. Depois
(D) Ter muitos amigos. da pressão, da atenção — como alguém bastante intro-
vertida, isso foi tão intenso e assustador", relatou.
13. Em “- Os homens esqueceram essa verdade, disse a
raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eterna- [...]
mente responsável por aquilo que cativas. Tu és respon- De acordo com a atriz, seu plano depois do lança-
sável pela rosa...”, a linguagem utilizada é mento da primeira temporada da série da Netflix era
fazer um intercâmbio de trabalho rural na Islândia —
(A) formal.
aprendendo a pescar, preparando o jantar, ajudando a
(B) regional. cuidar dos cordeiros da primavera.
(C) científica. Entretanto, o convite de Tim Burton para integrar o
(D) coloquial. elenco de "Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejui-
ce, Beetlejuice" (2024) a tiraram a ideia de relaxar após
Leia o texto. o sucesso avassalador da série.
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu- Na segunda temporada de "Wandinha", Jenna Orte-
nicípios poderão instituir os seguintes tributos: ga entrou como produtora e tenta fazer com que o resto
I - impostos; do elenco se sinta ouvido na produção.
[...] "Participo das reuniões, ouço e aprendo. Ainda es-
§ 3º O Sistema Tributário Nacional deve observar os prin- tou me encontrando nessa área. A segunda tempora-
cípios da simplicidade, da transparência, da justiça tribu- da é maior, mais ousada, mais sangrenta e um pouco
tária, da cooperação e da defesa do meio ambiente. mais sombria. É mais boba da melhor maneira possí-
vel", contou.
[...] Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/jenna-ortega-diz-que-sucesso-de-wandinha-a-
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 7 out. 2024 -deixou-infeliz-assustador. Acesso em: 14 ago. 2025. Adaptado.
(adaptado).

15. Há uma opinião no trecho


14. As expressões destacadas nos trechos expressam,
respectivamente, ideia de (A) “Participo das reuniões, ouço e aprendo.”
(A) possibilidade e obrigatoriedade. (B) “... seu plano (...) era fazer intercâmbio de trabalho
rural na Islândia.”
(B) obrigatoriedade e proibição.
(C) “A segunda temporada é mais boba da melhor ma-
(C) proibição e possibilidade.
neira possível.”
(D) precaução e proibição.
(D) “Na segunda temporada de "Wandinha", Jenna
Ortega entrou como produtora.”

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MATEMÁTICA
GRUPO DE ATIVIDADES 1 1 Além do cálculo da porcentagem de um valor (parte
de um todo), existem mais duas situações envolvendo por-
centagem que merecem destaque.

o que precisamos 1ª situação – Calcular o valor do todo, conhecendo

saber?
uma parte dele e o percentual relativo à essa parte.
Exemplo:
12 é 5% de quanto?
PORCENTAGEM
Resolução: Denotando o valor do “todo” por x, temos
A porcentagem (%) é a maneira de indicar uma fração
cujo denominador é 100 ou qualquer outra representação
equivalente a ela.

2ª situação – Calcular a taxa porcentual, conhecendo


o “todo” e a “parte”.
Exemplo: 14 representa quantos porcento de 70?
Resolução: Encontrando a fração equivalente, com deno-
minador 100, obtemos

Mais exemplos de equivalência de frações.


Acesse o QR Code e assista ao vídeo do You- Observe a posição da vírgula ao dividirmos um
tube: Matemática | Goiás TEC | SEDUC número por 100, nos exemplos:

► Porcentagem de um valor numérico 3,5%


O cálculo da porcentagem de um valor pode ser feito
de diferentes maneiras. 23%
Exemplo: Para calcular 10% ou 1% de um valor, basta “deslocar”
Quanto é 8% de 300? a vírgula uma ou duas casas para a esquerda,
respectivamente.

ATIVIDADES
1. Represente:
a) 45% na forma de fração irredutível.
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b) 16% na forma decimal. Item 1. No Brasil, cerca da população vive na zona ur-
bana.
c) na forma de porcentagem.
Qual é a representação percentual desta fração?
d) na forma decimal.
(A) 20%
e) 0,02 na forma fracionária irredutível. (B) 40%
f) 1,25 na forma de porcentagem. (C) 60%
(D) 80%
2. Calcule:
a) 20% de 200. Item 2. Numa competição de jogo de dardos, a cada 8 ten-
tativas, um jogador consegue acertar 2 dardos no alvo.
b) 75% de 40.
Qual o percentual de acerto desse jogador?
c) 40% de 150.
(A) 16%
d) 5% de 60.
(B) 25%
e) 35% de 300.
(C) 28%
f) 125% de 40. (D) 32%

3. Complete as sentenças a seguir. Item 3. (SAEPE) Em um plantão de pediatria, 30 crianças


a) 4% de 200 é igual a . foram atendidas em um final de semana. Dessas crianças,
b) 8 corresponde a 4% de . 6 foram diagnosticadas com a mesma virose.
c) 8 é % de 200. Que percentual de crianças atendidas foram diagnos-
ticadas com essa virose?
4. Complete as sentenças a seguir: (A) 5% (B) 6% (C) 20% (D) 30%
a) 20 corresponde a 10% de .
b) 18 corresponde a 12% de .
c) 8 corresponde a 12,5% de . Vamos avançar?
d) 0,45 corresponde a 25% de .
ACRÉSCIMIOS E DECRÉSCIMOS
5. Complete as sentenças a seguir: Frequentemente, os acréscimos (aumentos) ou de-
a) 60 é % de 200. créscimos (descontos) aplicados em algumas situações,
b) 45 é % de 75. são baseados em porcentagem. Para resolver situações
como essas, podemos utilizar um método prático:
c) 12,5 é % de 250.
d) 7,2 é % de 3600.
O fator multiplicativo depende da situação, pois
• no acréscimo, somamos 1 com a forma decimal da por-
6. Calcule e responda: centagem.
a) Qual é o valor de 30% de 650?
b) 195 é 30% de quanto?
c) 195 corresponde a qual porcentual de 650?

REVISITANDO A MATRIZ
• no decréscimo, subtraímos 1 com a forma decimal da
Caro(a) estudante, neste momento vamos exer- porcentagem.
citar a habilidade de reconhecer as diferentes repre-
sentações de um número racional. Fique atento à sua
resolução, marque apenas uma alternativa e verifique
a solução.

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Exemplo: Exemplo:
Pedro aluga um galpão para depósito e seu valor men- Uma jaqueta que custava R$ 300,00 teve um aumen-
sal é de . Com o pagamento antecipado há um to de 20% e, na semana seguinte, teve um desconto de
desconto de 5% sobre o valor e caso haja atrasos incide uma 15%, sobre o valor acrescido. Após as variações, a jaqueta
multa de 8%, sobre o valor do aluguel. Nessas condições: passou a custar quanto?
a) Caso Pedro atrase, qual será o valor a pagar? Resolução:
b) Caso Pedro antecipe, qual será o valor a pagar? Calculando o acréscimo e o decréscimo, simultaneamen-
te, temos
Resolução:
a) Valor inicial: 1200
Acréscimo: 8%

Assim, Assim, após as variações, a jaqueta passou a custar


R$ 306,00.

Ao pagar em atraso, o valor será .


b) Valor inicial: 1200 ATIVIDADES
Desconto: 5%
7. Uma camisa que custava R$ 85,00 teve um aumento de
Assim, 12%. Qual é o novo preço dessa camisa?

8. Luiza comprou um tênis cujo valor na vitrine era de


R$ 340,00. Ao efetuar o pagamento Luiza recebeu um
desconto de R$ 51,00 sobre o valor desse tênis. Saben-
Ao pagar antecipado, o valor será . do disso, responda:

AUMENTOS E DESCONTOS SUCESSIVOS a) Quantos reais Luiza pagou pelo tênis?


Para calcular aumentos e descontos sucessivos, a b) Qual foi o percentual de desconto recebido por Luiza
ordem dessas variações não importa. Não é necessário nessa compra?
calcularmos separadamente os acréscimos e/ou decrés- c) Se o percentual de desconto fosse de 20%, quantos re-
cimos sucessivos, podemos calculá-los, simultaneamente, ais Luiza pagaria pelo tênis?
efetuando a multiplicação de seus fatores pelo valor total.
Considere o valor de R$ 100,00: um aumento de 15% 9. Luiza planeja seus gastos em uma planilha para contro-
seguido de um desconto de 10%, tem o mesmo resultado lá-los melhor. Ela registrou os gastos do mês de maio e,
de um desconto de 10% seguido de um aumento de 15%. como já sabia qual seria o reajuste de cada despesa, regis-
Determinando o valor final após essas variações: trou uma previsão de gastos para o mês de junho.
► Acréscimo seguido do desconto: Determine a previsão dos gastos de Luiza, no mês de ju-
Calculando o acréscimo de 15%, temos nho, de acordo com os reajustes indicados.
Gasto em Gasto em
Seguindo o cálculo, agora com um desconto de 10%, Despesa Reajuste (%)
maio (R$) junho (R$)
obtemos Energia 220,00 Redução de 15%
Água 165,00 Redução de 12%
► Desconto seguido de acréscimo:
Internet 110,00 Aumento de 10%
Calculando o desconto de 10%, temos
Aluguel 850,00 Aumento de 16%
TOTAL 1345,00 --
Seguindo o cálculo, agora com o acréscimo de 15%,
temos 10. Uma raquete custa, na loja A, R$ 15,00 a mais que na
loja B. O proprietário da loja A, percebendo isso, lança
Além de não haver alteração no resultado, o resumo uma promoção oferecendo um desconto de 10%, nesse
das operações acima é: produto, para que a raquete tenha o mesmo preço da loja
B. Quanto custa a raquete na loja B?
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11. Flávia percebeu que determinada mercadoria teve Exemplo:


seu preço elevado em 18%, após o fim de uma promoção. Um produto que custava R$ 100,00 aumentou para
Ao chegar à loja ela conseguiu, com o gerente, um descon- R$ 150,00. Qual foi a variação percentual de aumento?
to de 5%. Mesmo assim ela pagou R$ 302,50 a mais do Resolução:
que o valor promocional.
Qual era o preço da mercadoria em promoção?

REVISITANDO A MATRIZ
Caro(a) estudante, neste momento vamos exercitar
a habilidade de resolver problema que envolva porcen- Assim, a variação percentual de aumento foi de 50%.
tagem. Fique atento à sua resolução, marque apenas
uma alternativa e verifique a solução.

Item 1. Cauê contraiu um empréstimo no valor de R$ 780,00


em seu banco digital. As condições escolhidas para o paga-
mento desse empréstimo são:
I. Realizar o pagamento em parcela única; Exemplo:
Um produto custava R$ 200,00 baixou para R$ 100,00.
II. Acréscimos sucessivo de 8% ao mês.
Qual foi a variação percentual de redução?
Sabendo que ele conseguiu fazer o pagamento 2 meses Resolução:
após o prazo, o valor pago por Cauê, em reais, foi de:
(A) 842,40.
(B) 904,80.
(C) 909,79.
(D) 1622,40.

Assim, a variação percentual de redução foi de 50%.


Vamos Sistematizar?

VARIAÇÃO PERCENTUAL ATIVIDADES


Pode-se dizer que variação percentual é uma forma
de apresentar a relação entre dois números na forma
percentual. 12. Após um reajuste salarial, João que recebia, em 2023,
Por exemplo, “um produto que custava R$ 100,00 au- o valor de R$ 1500,00 passou a receber, em 2024, o valor
mentou para R$ 150,00. Qual foi a variação percentual de de R$ 2040,00. Sabendo disso, responda:
aumento?”. a) Qual foi o valor, em reais, de aumento no salário de
Por outro lado, digamos que “um outro produto custava João?
R$ 200,00 baixou para R$ 100,00. Qual foi a variação per- b) Qual foi o percentual de aumento no salário de João?
centual de redução?”. c) Se o percentual de reajuste salarial em 2025 aumentar
Para se calcular a variação percentual entre dois valores, mais 5%, qual será o salário de João nesse ano?
é preciso inicialmente, identificar qual dos dois valores
é o valor de referência. Se a referência é o menor valor,
tem-se um aumento percentual. Caso contrário, se o 13. Ana Maria comprou um tênis para sua filha cujo valor
valor de referência for o maior, tem-se uma redução na vitrine era de R$ 340,00. Ao efetuar o pagamento Ana
percentual. Maria recebeu um desconto de R$ 95,20 sobre o valor
desse tênis. Sabendo disso, responda.
a) Quantos reais Ana Maria pagou pelo tênis?
b) Qual foi o percentual de desconto recebido por Ana
Maria nessa compra?
c) Se o percentual de desconto fosse de 12%, quantos re-
ais Ana Maria pagaria pelo tênis?
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14. Maurício foi adquirir um automóvel em uma con- sui mais de um, é chamada de polinômio. Vejamos alguns
cessionária e gostou de um modelo cujo preço, à vista, exemplos de expressões algébricas:
era R$ 62 000,00. O vendedor informou-lhe que esse
automóvel poderia ser financiado em 48 parcelas mensais,
fixas, de R$ 1750,00. Ele então optou por financiar a com-
pra desse automóvel.
Nessas condições, responda.
• Valor numérico de uma expressão algébrica
a) Qual foi o preço total, em reais, que Maurício pagou
Quando atribuímos um valor a variável de uma ex-
pelo automóvel?
pressão algébrica, é possível encontrar um valor, denomi-
b) Qual foi o valor, em reais, que Maurício pagou a mais nado valor numérico da expressão.
(juros) por esse financiamento?
Exemplo:
c) Qual foi a taxa de aumento sobre o valor do automóvel
Dada a expressão , quais serão os
com o financiamento?
valores numéricos dessa expressão para
Resolução:
15. Em uma loja, uma televisão custava R$ 2500,00 e seu
preço sofreu um aumento de 5%. Logo após o aumento,
a loja resolveu fazer uma promoção oferecendo um des-
conto de 5% no mesmo produto.
a) Qual o valor do produto após o aumento?
b) Qual o valor do produto após o desconto?
c) Qual foi a variação percentual após os dois ajustes?

REVISITANDO A MATRIZ
Caro(a) estudante, neste momento vamos exer-
citar a habilidade de resolver problema que envolva
porcentagem. Fique atento à sua resolução, marque
apenas uma alternativa e verifique a solução.

Item 1. Durante uma promoção de volta às aulas, o preço


de uma mochila passou de R$ 120,00 para R$ 90,00.
Qual foi a taxa de variação percentual no preço da mochi-
la durante a promoção? • Expressão algébrica racional
(A) 25% de aumento Uma expressão algébrica racional (fracionária) é o
quociente entre dois polinômios. Em outras palavras, é
(B) 25% de desconto
uma fração cujo numerador e denominador, não nulo, são
(C) 30% de aumento polinômios. Vejamos alguns exemplos de expressões al-
(D) 30% de desconto gébricas racionais:

GRUPO DE ATIVIDADES 2 2 Em ambos os casos, os denominadores e


devem ser diferentes de zero, ou seja,
o que precisamos
saber? Considere a expressão racional, a seguir:

EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
Pode-se determinar o valor numérico dessa expres-
Expressões algébricas são combinações entre núme- são, para valores específicos de a. Por exemplo, calcular o
ros, letras, sinais gráficos e operações básicas, cuja re- valor numérico para
solução deve seguir uma ordem específica. As letras são
conhecidas como variáveis e representam valores distin-
tos. Caso a expressão algébrica possua um único termo
algébrico, ela é conhecida como monômio; quando pos- Então, para o valor dessa expressão é igual a 2.
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ATIVIDADES REVISITANDO A MATRIZ


Caro(a) estudante, neste momento vamos exerci-
1. Substitua o valor de x = 2 nos binômios a seguir. tar a habilidade de calcular o valor numérico de uma
expressão algébrica. Fique atento à sua resolução,
marque apenas uma alternativa e verifique a solução.

Item 1. Observe a expressão:


2. Substitua o valor de x = –3 nos trinômios a seguir.

Qual é o valor de W para y = –12?


(A) –168
3. Substitua o valor de nos polinômios a seguir. (B) –102
(C) –24
(D) 102

Item 2. Nos Estados Unidos da América, a medição de tem-


4. Substitua o valor de a = 2 e b = –3 nas expressões algé- peratura utilizada é a Fahrenheit (°F), diferente da utiliza-
bricas a seguir. da no Brasil que é a escala em Celsius (°C). A temperatura,
em Fahrenheit, pode ser determinada pela expressão:

Em que, C é a temperatura em Celsius.


Ao meio-dia, foi constatada a temperatura de 32°C em
Heitoraí-GO.
5. Substitua e calcule o valor numérico dos binôminos, a A temperatura constatada, em Fahrenheit, foi de
seguir, para x = 2.
(A) 25,6.
(B) 64,0.
(C) 75,2.
(D) 89,6.
6. Substitua e calcule o valor numérico dos trinômios, a
seguir, para x = –3.

Vamos avançar?
7. Substitua e calcule o valor numérico dos polinômios, a
seguir, para x = –1. FATORAÇÃO DE POLINÔMIOS
A fatoração é um processo utilizado na matemática
que consiste em representar um número ou uma expres-
são como produto de fatores.
Ao escrever um polinômio como a multiplicação de
8. Substitua os valores de a = 2 e b = –1 nas expressões outros polinômios, frequentemente, conseguimos simpli-
algébricas, a seguir, e calcule seus valores numéricos. ficar a expressão.
Exemplo:
Qual o valor da expressão
Resolução:

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Essa expressão pode ser resolvida da seguinte maneira: Na multiplicação de potências de mesma base,
conservamos a base e somamos os expoentes.

Na divisão de potências de mesma base, conser-


Agora, substituindo , temos:
vamos a base e subtraímos os expoentes.

Confira, a seguir, os tipos de fatoração de polinômios.


• Fator Comum em Evidência ▪ Agrupamento
Usamos esse tipo de fatoração quando existe um fa- Em polinômios onde há fatores comuns, em grupos
tor que se repete em todos os termos do polinômio. Esse de termos, podemos usar a fatoração por agrupamento.
fator, que pode conter números e/ou letras, será colocado Para isso, devemos identificar os termos que possuem fa-
em evidência (na frente dos parênteses). Dentro dos pa- tores comuns e assim, agrupá-los.
rênteses ficará o resultado da divisão de cada termo do Exemplo:
polinômio pelo fator comum.
Assim, podemos seguir os passos: Os termos ax e bx tem como fator comum o x. Já os
1°) Identificar se existe algum número e/ou variável que termos ay e possuem como fator comum o y. Colocando
divide todos os termos do polinômio; esses fatores em evidência, teremos:
2°) Colocar os fatores comuns (número e/ou letras) na
frente dos parênteses (em evidência); Note que o agora também é um fator comum,
3°) Colocar dentro dos parênteses o resultado da divisão de pois se repete nos dois termos.
cada fator do polinômio pelo fator que está em evidência. Colocando em evidência, encontramos a for-
ma fatorada do polinômio:
No caso das variáveis (letras), usamos a re-
gra da divisão de potências de mesma base. Exemplo:

Exemplo:
15x + 10y – 20z Os termos tem como fator comum o .
Primeiro, identificamos que todos os coeficientes des- Já os termos xy e –2y possuem como fator comum o .
sa expressão são múltiplos de 5 e, que não existe nenhu- Colocando esses fatores em evidência, teremos:
ma letra que se repete.
Segundo, colocamos o número 5 em evidência e divi- Note que agora, o também é um fator comum,
dimos todos os termos pelo 5 (fator comum). pois se repete nos dois termos.
Terceiro, colocamos esse quociente entre os parênte- Colocando em evidência, encontramos a for-
ses. ma fatorada do polinômio:
Dessa forma,

TRINÔMIO QUADRADO PERFEITO


Trinômios são polinômios com 3 termos. Os trinômios
Exemplo: quadrados perfeitos são do tipo:

Como 2, 3 e 5 não possuem um divisor comum dife-


rente de 1, não iremos colocar nenhum número em evi-
São, respectivamente, resultados dos produtos notá-
dência, ou seja, não temos um número inteiro, além do 1,
veis e .
como fator comum.
Porém, a variável se repete em todos os termos.
Nesse caso, o fator comum é o , portanto, será a variá- Vamos relembrar o desenvolvimento de
vel que ficará em evidência. cada um deles:
Colocamos o em evidência e, os quocientes obtidos
entre os parênteses:

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Assim, a fatoração do trinômio quadrado perfeito a² – b² = (a + b) ∙ (a – b)


será: Para fatorar, devemos calcular a raiz quadrada dos
a2 + 2ab + b2 = (a+b)² (Quadrado da soma de dois termos) dois termos. Depois, escrever o produto da soma dos va-
lores encontrados pela diferença desses valores.
a2 – 2ab + b2 = (a–b)² (Quadrado da diferença de dois termos)
Exemplo:
Para verificar se um trinômio é um quadrado perfeito,
fazemos o seguinte: 9x² – 25
Primeiro, encontramos a raiz quadrada dos termos:
→ Colocar o trinômio em ordem decrescente (de
acordo com o grau de cada termo);
Assim, a = 3x e b = 5.
→ Verificar se o primeiro e o último termo admitem
raiz quadrada exata; Escrevendo o produto da soma desses valores pela di-
ferença, teremos:
→ Se admitirem raízes, estas serão os termos a e b;
→ Efetuar o produto das raízes encontradas por 2;
→ Comparar o valor encontrado no passo anterior
Exemplo:
com o 2º termo. Se forem iguais, é um quadrado perfeito.
4y4 – 144
Exemplo:
Primeiro, encontramos a raiz quadrada dos termos:
Verifique se o trinômio, a seguir, é um quadrado per-
feito.
Assim, a = 2y2 e b = 12.
x² + 6x + 9
Escrevendo o produto da soma desses valores pela di-
Como o trinômio já foi apresentado com os termos em
ferença, teremos:
ordem decrescente, vamos verificar se o primeiro e últi-
mo são quadrados perfeitos. 4y4 – 144 = (2y2 + 12) ∙ (2y2 – 12)

Por serem quadrados perfeitos, a = x e b = 3.


Multiplicando o produto das raízes encontradas por 2,
teremos:
2 ∙ 3 ∙ x = 6x
Como o valor encontrado é igual ao 2º termo do trinô-
ATIVIDADES
mio, o trinômio é um quadrado perfeito.
Como ele é do tipo (a+b)2, sua fatoração será: 9. Fatore os polinômios, a seguir, colocando os fatores co-
muns em evidência:
x2 + 6x + 9 = (x + 3)2
Exemplo:
Verifique se o trinômio, a seguir, é um quadrado perfeito.
x² – 8xy + 9y²
10. Fatore os polinômios, a seguir, por agrupamento:
Vamos verificar se o primeiro e último são quadrados
perfeitos. a) a2 + ab + ac + bc
b) ab + ac + 10b + 10c
Multiplicando o produto das raízes por 2, teremos: c) x2 – 3x + 2xy – 6y
2 ∙ x ∙ 3y = 6xy d) 2x3 – 4x2 + 6x + x2y – 2xy + 3y
O valor encontrado não coincide com o 2º termo do
11. Observe a figura a seguir.
trinômio, pois (8xy ≠ 6xy).
Como não é um trinômio quadrado perfeito, não po-
demos usar esse tipo de fatoração.

DIFERENÇA ENTRE DOIS QUADRADOS


Para fatorar polinômios do tipo a² – b² usamos o pro- a) Determine a expressão que permite calcular o perímetro.
duto notável da soma pela diferença de dois termos. b) Fatore a expressão encontrada anteriormente.
Vamos lembrar?
(a+b) ∙ (a–b) = a2 – ab + ab – b2 = a2 – b² 12. Fatore o polinômio, a seguir, utilizando o fator comum
em evidência:
Assim, a fatoração de polinômios desse tipo será:
3m2n – 2m3n + m4
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13. Fatore os seguintes trinômios quadrados perfeitos: Em que,


ƒ x é a incógnita;
ƒ a,b e c são números reais, com a ≠ 0;
ƒ a é coeficiente do termo que multiplica x²;
ƒ b é coeficiente do termo que multiplica x;
14. Fatore cada diferença de quadrados a seguir:
ƒ c é o coeficiente do termo independente de x.
A equação é de 2° grau, pois o maior expoente da in-
cógnita é 2.
As equações do segundo grau podem ser classificadas
em dois tipos: completas ou incompletas.
15. Simplifique a expressão algébrica
• Equações quadráticas completas
Uma equação do segundo grau completa é aquela que
possui todos os três coeficientes a, b, e c diferentes de zero.
REVISITANDO A MATRIZ
Exemplos:
Caro(a) estudante, neste momento vamos exercitar ƒ x² + x + 1 = 0.
a habilidade de identificar representações algébricas
O valor dos coeficientes são: a = 1,b = 1 e c = 1.
equivalentes por meio de fatoração. Fique atento à sua
resolução, marque apenas uma alternativa e verifique ƒ 2x2 – x + 6 = 0.
a solução. O valor dos coeficientes são: a = 2,b = –1 e c = 6.
ƒ –x2 + 5x – 7 = 0.
O valor dos coeficientes são: a = –1,b = 5 e c = –7.
Item 1. Um professor de matemática pediu aos alunos ƒ – 2 = 0.
que a fatorassem o seguinte trinômio:
O valor dos coeficientes são: a = –3,b e c = –2.
x2 + 10x + 25
Qual das expressões representa corretamente a fatora- • Equações quadráticas incompletas
ção desse trinômio? Uma equação do segundo grau incompleta é aquela
(A) (x+5)2 em que os coeficientes b e/ou c assumem o valor de zero.
(B) (x+25)2 As formas mais comuns são:
(C) (x+10) ∙ (x–25) I. Equação do segundo grau incompleta do tipo
(D) (x+5) ∙ (x–5) → ax2 + c = 0:
Nesse caso, o coeficiente b é zero.
Item 2. Observe o binômio, a seguir. Exemplos:
49x2 – 36 ƒ 2x2 + 1 = 0.
Qual das expressões, a seguir, é uma forma fatorada des- O valor dos coeficientes são: a = 2,b = 0 e c = 1.
se binômio?
ƒ –x2 – 3 = 0.
(A) (7x–36) (7x+36)
O valor dos coeficientes são: a = –1,b = 0 e c = –3.
(B) (49x–6) (x+6)
ƒ x2 – 7 = 0.
(C) (7x–6) (7x+6)
O valor dos coeficientes são: a = ,b = 0 e c = –7.
(D) (7x–6)2
II. Equação do segundo grau incompleta do tipo
→ ax2 + bx = 0:
Nesse caso, o coeficiente c é zero.
Vamos ampliar? Exemplos:
ƒ x2 – 5x = 0.
O valor dos coeficientes são: a = 1,b = –5 e c = 0.
EQUAÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU
ƒ –8x2 + x = 0.
Uma equação polinomial do segundo grau, também O valor dos coeficientes são: a = –8,b = 1 e c = 0.
conhecida como equação quadrática, é uma sentença al- ƒ x2 + x = 0.
gébrica, geralmente, expressa por: O valor dos coeficientes são: a = 1,b = 1 e c = 0.
ax² + bx + c = 0
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III. Equação do segundo grau incompleta do tipo 9x2 – 25 = 0


→ ax2 = 0: (3x + 5) ∙ (3x – 5) = 0
Nesse caso, tanto o coeficiente b quanto o coeficiente Assim,
c são iguais a zero.
Exemplos:
ƒ x2 = 0. O valor dos coeficientes são: a = 1,b = 0 e c = 0.
ƒ –5x2 = 0. O valor dos coeficientes são:
a = –5,b = 0 e c = 0.
MÉTODOS DE RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 2º Portanto,
GRAU INCOMPLETAS
• Resolução de Equações com b = 0 • Resolução de Equações com c = 0
A equação do 2º grau será do tipo ax2 + c = 0. Neste A equação do 2º grau será do tipo ax2 + bx = 0. Neste
caso, isolando o valor de x, teremos: caso fatoramos a equação e colocamos o valor de x em
ax² = –c evidência:
ax2 + bx = 0
x ∙ (ax + b) = 0
A Lei do anulamento garante que, se o produto de dois
Assim, as raízes serão: números reais é igual a zero, então ao menos um dos nú-
meros deve ser zero.
Onde: Aplicando essa lei, se
x ∙ (ax+b) = 0
Então,
, existem duas raízes reais iguais em módulo x = 0 ou (ax + b) = 0
(x' e x'' ), porém com sinais contrários; Assim, para ax + b = 0, temos

, não existem raízes reais.


Logo, x' = 0 ou
Exemplo:
Resolva a equação 3x² - 12 = 0.
Resolução:
3x2 – 12 = 0
Se o valor de c for igual a zero, então uma das raízes da
3x2 = 12
equação do 2º grau será zero.
x2 =
x2 = 4
Exemplo:
Resolva a equação 5x2 – 3x = 0.
O conjunto solução da equação S = {2, –2}. Resolução:
• Resolvendo uma equação do 2º grau através da di- Fatorando a equação colocando x, em evidência, obtemos
ferença de dois quadrados 5x2 – 3x = 0 → x ∙ (5x – 3) = 0
Quando a equação polinomial do 2º grau é um produ- Assim,
to notável da soma pela diferença (a2 – b2 ), ela possui duas x = 0 ou (5x–3) = 0
raízes reais distintas.
Para 5x – 3 = 0, temos
Exemplo:
Encontre o conjunto solução que satisfaz a equação
9x2 – 25 = 0.
Resolução: Portanto, o conjunto solução da equação é
Calculando a raiz quadrada dos termos, obtemos

Encontrando o produto da soma desses valores pela dife-


rença deles, teremos:
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ATIVIDADES REVISITANDO A MATRIZ


Caro(a) estudante, neste momento vamos exer-
16. Observe o quadro a seguir: citar a habilidade de resolver problema que envolva
equação do 2º grau incompleta. Fique atento à sua
resolução, marque apenas uma alternativa e verifi-
que a solução.

Profº. Wilker Coelho


CEPMG - José Silva Oliveira, CRE Inhumas - Goianira

Dentre as equações apresentadas, quais se encaixam na Item 1. Mariana desenhou o seguinte retângulo com
definição de equação do 2° grau? área igual a 2m2.
(A) I e VI
Para essa construção ela pensou em um número real
(B) I, II e VI positivo que, diminuído de 1 seria a largura e, diminuído
(C) III, V e VII de 2 seria o comprimento. Observe
(D) I, II, IV e VII

17. Nas equações do segundo grau, a seguir, determine o


valor de seus coeficientes.

Qual foi o valor de x usado por Mariana neste retângulo?


(A) 1
18. Observe as equações polinomiais do 2º grau e escreva (B) 2
os coeficientes a,b e c, indicando se a equação é completa (C) 3
ou incompleta.
(D) –3

Vamos Sistematizar?
19. Indique as raízes das equações incompletas a seguir.

MÉTODOS DE RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 2º


GRAU COMPLETA
• Resolvendo uma equação do 2º grau através da fa-
toração
Quando a equação polinomial do 2º grau é um trinô-
mio quadrado perfeito, ela possui duas raízes reais iguais,
20. Assinale qual das raízes de uma equação do segundo podendo ser fatorada para facilitar a sua resolução.
grau possui o coeficiente b nulo. Exemplo:
x2 – 6x + 9 = 0
(x – 3)2 = 0
Para essa igualdade ser verdadeira, x – 3 deve ser
igual a zero. Assim,
21. Considerando a equação 10x – 1000 = 0, duas raízes
2 x–3=0
reais e distintas, x' e x'', podem ser encontradas. x=3
Determine x' + x''. Logo, x' = x'' = 3.
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• Resolvendo uma equação do 2° grau através da Resolução:


fórmula resolutiva do 2° grau Encontrando o valor de ∆:
As raízes da equação do 2° grau pode ser encontrada
usando métodos específicos, mas é possível resolver todas
as equações do segundo grau usando a fórmula resolutiva:

Onde, a letra grega ∆ (delta) é o discriminante.


Utilizando a fórmula resolutiva, temos:
É possível reescrever a fórmula como:

Esta fórmula fornece os possíveis valores para x (raí-


zes). Essas raízes dependem do discriminante ∆, onde:
ƒ Se ∆ > 0, a equação possui duas raízes reais distintas;
ƒ Se ∆ = 0, a equação possui duas raízes reais iguais;
ƒ Se ∆ < 0, a equação não possui raízes reais.
• Cálculo do discriminante ou ∆ (delta) da equação O conjunto solução da equação é
do 2º grau Exemplo:
O valor do ∆ de uma equação do 2º grau é dado por: Resolva a equação do segundo grau x2 – x = 12.
∆ =b² – 4ac Resolução:
Exemplo: Igualando a equação a zero, temos: x2 – x – 12 = 0
Qual o valor do discriminante da equação 2x2 + 3x – 2 = 0? Calculando o valor de ∆:
Resolução: a = 1; b = –1 e c = –12
a = 2 ; b = 3 e c = –2 ∆ = b2 – 4 · a · c
Assim, ∆ = (–1)² – 4 · 1 · (–12)
∆ = b2 – 4 ∙ a ∙ c ∆ = 1 + 48
∆ = 32 – 4 ∙ 2 ∙ (–2) ∆ = 49
∆ = 9 + 16
∆ = 25 Utilizando a fórmula resolutiva, temos:
Como ∆ > 0, a equação possui duas raízes reais distintas.
Exemplo:
Na equação 3x2 + 3x + 2 = 0 o valor do discriminante é
dado por:
a = 3; b = 3 e c = 2
∆ = b2 – 4 ∙ a ∙ c
∆ = 3² – 4 ∙ 3 ∙ 2
∆ = 9 – 24 O conjunto solução da equação é S = {4; –3}.
∆ = –15 • Resolvendo equações do 2º grau através da soma e
Como ∆ < 0, a equação não possui raízes reais. produto das raízes
• Cálculo das raízes da equação do 2º grau, pela fór- Dada a equação polinomial do 2° grau ax2 + bx + c = 0,
mula resolutiva com a≠0, sendo x' e x'' as raízes dessa equação, temos as
seguintes relações:
A fórmula resolutiva de uma equação do 2º grau é
dada por:

Exemplo: Obtendo a Soma e Produto de uma equação do 2º


grau de coeficiente dominante 1 (coeficiente a igual a 1):
Resolva a equação do segundo grau 2x2 + 3x – 2=0 e
determine o conjunto solução. x2 – Sx + P = 0
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Exemplo: 24. Deseja-se estabelecer um polinômio que verifica a


Determine as raízes da equação x + 5x – 14 = 0 utili- medida da superfície da sala de uma residência, de forma-
2

zando soma e produto. to retangular, com as seguintes dimensões:


Resolução:
Como os coeficientes da equação: a = 1; b = 5 e c = –14,
temos

Determine:
a) o polinômio que representa a área do piso dessa sala.
Assim, a multiplicação de dois números inteiros, que b) as dimensões da sala, sabendo que sua área é igual a 24
resulta em –14 é: metros quadrados.
1 ∙ (–14) = –14 c) o polinômio que representa a perímetro do piso des-
(–1) ∙ 14 = –14 sa sala.
2 ∙ (–7) = –14 d) o perímetro dessa sala, de acordo com as informações
obtidas na alternativa b).
(–2) ∙ 7 = –14
Além disso, a soma desses dois números inteiros pre-
cisa ser igual a –5. Observe: 25. Uma casa ocupa uma área retangular de medida fron-
tal x – 20 e lateral 2x – 50.
a) A partir dessas informações, escreva um polinômio P(x)
reduzido, que representa a área ocupada por essa casa.
Note que, 2 + (–7) = –5, então, as raízes da equação b) Sabendo que a área ocupada por essa casa é igual a
são {–7; 2}. 1000 metros quadrados, calcule suas dimensões.

26. Resolva as equações, a seguir, utilizando Soma e Pro-


Este método de resolução de equações duto.
do 2º grau é indicado se as raízes da equa- a) 3x2 + 6x – 9 = 0 c) 5x2 + 30x + 25 = 0
ção forem inteiras. b) 4x2 – 24x + 32 = 0 d) x2 – 3x – 40 = 0

27. A equação x2 – x – 30 = 0 apresenta duas raízes iguais a:


(A) – 6 e –5.
ATIVIDADES (B) – 1 e –30.
(C) 6 e –5.
22. Dadas as equações, a seguir, determine o valor do dis- (D) 30 e 1.
criminante ∆:

REVISITANDO A MATRIZ
Caro(a) estudante, neste momento vamos exercitar
a habilidade de resolver problema que envolva equação
do 2º grau. Fique atento à sua resolução, marque apenas
23. Determine o conjunto solução das equações polino- uma alternativa e verifique a solução.
miais do segundo grau.

Profª. Geany Dourado


CEPMG - José Silva Oliveira, CRE Inhumas - Goianira
Item 1. Durante um projeto de construção, o engenheiro
precisa calcular as dimensões de um pequeno jardim re-
tangular, sabe-se que a soma do comprimento e da largu-
ra é 13 metros e que o produto dessas medidas é 40 m².
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Sabendo que o comprimento e a largura podem ser re- → O coeficiente c determina onde a parábola inter-
presentados como as raízes de uma equação do 2º grau cepta o eixo das ordenadas.
da forma x2 – Sx + P = 0, em que S é a soma e P é o produ-
to das medidas.
Quais são, respectivamente, o comprimento e a largura
do jardim?
(A) 5 e 2
(B) 8 e 5
(C) 11 e 8
(D) 15 e 13

VAMOS CONTINUAR SISTEMATIZANDO?


Obs.: Se o valor de c for zero a parábola intercepta o
A função quadrática é uma relação entre duas variá-
eixo y exatamente na origem.
veis x e y (ou f (x)) expressa como:
f(x) = ax2 + bx + c Considere a equação quadrática com duas variáveis
y = ax 2 + bx + c e discriminante ∆ = b2 – 4ac.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA FUNÇÃO DO → Se Δ > 0, a parábola intercepta o eixo das abscissas
2º GRAU em dois pontos.

→ Se Δ = 0, a parábola intercepta o eixo das abscissas


em um único ponto.

→ Se Δ < 0, a parábola não intercepta o eixo das abscissas.


Para encontrar os zeros de uma função polinomial do
2° grau, resolvemos uma equação do 2° grau, pois as raí-
zes da equação são os zeros da função.
O gráfico da função do 2° grau é uma parábola.

y = f(x) O(s) ponto(s) em que o gráfico intercepta o eixo


x, caso existam, são as raízes da equação, ou seja, são os
As parábolas podem ter concavidade “para cima” ou valores que tornam a função igual a zero (zeros da função).
concavidade “para baixo”, isso depende do coeficiente a.
É possível verificar algumas características analisan- ► Construção do gráfico de Funções Polinomiais do
do esse coeficiente. Observe: 2º grau
Para a construção deste tipo de gráfico, assim como na
função do 1º grau, é necessário atribuirmos valores reais
para x, a fim de obtermos valores correspondentes para y.
Exemplos:

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Como: Como:
ƒ a > 0, a função possui a concavidade voltada para ƒ a < 0, a função possui a concavidade voltada para
cima; baixo;
ƒ ∆ = 0, a parábola intercepta o eixo das abscissas em ƒ ∆ > 0, a parábola intercepta o eixo das abscissas
um ponto; em dois pontos;
ƒ c = 0, a parábola intercepta o eixo das ordenadas ƒ c = 3, a parábola intercepta o eixo das ordenadas
no ponto (0; 0). no ponto (0; 3).
Dessa forma, o gráfico de f(x) = x2 é Dessa forma, o gráfico de y = – x2 + 2x + 3 é

• Construir o gráfico da função f(x) = –2x2

Os pontos em que a parábola intercepta o eixo das


abscissas (eixo x), são denominados zeros da função.
Isso ocorre pois igualamos a função a zero (f(x) = 0).
Como:
ƒ a < 0, a função possui a concavidade voltada para
baixo; Equação quadrática
ƒ ∆ = 0, a parábola intercepta o eixo das abscissas Acesse o QRCode e assista a vídeo
em um ponto; aula no Youtube: Goiás Bem no Enem:
ƒ c = 0, a parábola intercepta o eixo das ordenadas Matemática | 1ª série | Função Polinomial
no ponto (0; 0). do 2º grau.
Dessa forma, o gráfico de f(x) = –2x2 é

ATIVIDADES

28. Leia a situação, a seguir, e resolva o que é proposto.


A equação polinomial do 2º grau tem várias aplicações.
Na Física, por exemplo, ela possui um papel importante na
análise dos movimentos uniformemente variados (MUV),
pois em razão da aceleração, ocorre a variação da veloci-
dade e do espaço dos corpos em função do tempo.
• Construir o gráfico da função y = – x2 + 2x + 3
A sentença que relaciona o espaço em função do tempo
é dada por:

Onde, a é a aceleração; S é o espaço ou posição; S0 é a


posição inicial; V0 é a velocidade inicial e t é o tempo.
Um exemplo de um objeto realizando um MUV é dado
pela função: S = 2t2 – 18t + 36, sendo S medido em metros
e t em segundos.
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a) Qual é a variável dependente e a variável independente Item 1. A expressão h(t) = 20t – 5t2 descreve a trajetória
da função apresentada nesse texto? de uma bola de golfe após uma tacada de um dos jogado-
b) Comparando termo a termo, a equação res. Nessa expressão, h(t) indica, em metros, a altura da
bola t segundos após a tacada.
com a equação S = 2t2 – 18t + 36, indique o valor de:
• S0 = • V0 = •a= Qual é a altura atingida pela bola de golfe em 2 segundos?
c) Reescreva a função: S = 2t2 – 18t + 36 utilizando y em (A) 50 metros (C) 20 metros
função de x. (B) 40 metros (D) 5 metros
d) Qual é o grau da função:
e) Qual é o nome do gráfico que representa a situação
descrita no texto? GRUPO DE ATIVIDADES 3 3
f) Faça o esboço do gráfico que representa a função
S = 2t 2 – 18t + 36 . o que precisamos
29. Leia a situação descrita no texto a seguir: saber?
Em uma brincadeira chamada "Stop", o jogador deve lançar
a bola verticalmente para cima e gritar o nome de alguma CIRCUNFERÊNCIA
pessoa que esteja na brincadeira. Quando a bola retornar ao Circunferência é o lugar geométrico em que todos os
chão, o jogador chamado deve segurar a bola e gritar: "Stop", pontos se encontram à mesma distância de um dado pon-
e todos os outros devem parar, assim a pessoa chamada deve to, que é chamado de centro da circunferência, geralmente
"caçar" os outros jogadores. Durante a brincadeira, uma das representado pela letra O. A distância de qualquer ponto
crianças lança a bola para cima, esta chega a uma altura de da circunferência ao seu centro dá-se o nome de raio (r).
9 metros em 3 segundos. Sabe-se que a altura h percorrida Alguns elementos importantes da circunferência:
pela bola pode ser descrita em função do tempo por:

Em que g = 10 m/s2 é a aceleração da gravidade.


Responda:
a) Qual é a variável dependente e a variável independente
da função apresentada nesse texto?
b) Considerando v0 = 18 m/s e as informações contidas no O raio é um segmento que une o centro a qualquer pon-
to da circunferência. Nesta circunferência, OC é um raio.
texto sobre o valor de g, escreva a função que representa
essa situação descrita. A corda é qualquer segmento de reta que une dois pon-
tos da circunferência. Nesta circunferência, AB é uma corda.
c) Reescreva a função do item b) utilizando y em função de x.
d) Qual é o grau da função O arco é um subconjunto de pontos da circunferência,
e) Qual é o nome do gráfico que representa a situação determinado por dois de seus pontos. Nesta circunferên-
descrita no texto? cia, é um arco.
f) Faça o esboço do gráfico da função do item b). A flecha é o segmento de reta que une o ponto médio
de uma corda ao ponto médio de um arco. Nesta circunfe-
rência, FM é uma flecha.
30. Em um plano cartesiano, esboce o gráfico de cada
uma das seguintes funções: O diâmetro é qualquer segmento que une dois pontos
distintos da circunferência, passando pelo centro. Também
a) f(x) = 2x2 – 4x + 2 pode-se definir diâmetro como a corda que passa pelo cen-
b) f(x) = – x2 + 6x – 1 tro da circunferência. O diâmetro mede o dobro do raio e
c) Função f cuja parábola passa pelos pontos (–2; –2) e também pode ser definido como a maior corda da circun-
(2; –2) e tem vértice no ponto (0; 0). ferência. Nesta circunferência, AD é um diâmetro.

REVISITANDO A MATRIZ • Comprimento da circunferência


Em qualquer circunferência, dividindo o comprimento
Caro(a) estudante, neste momento vamos exercitar
(contorno) pelo diâmetro, obtém-se o número irracional
a habilidade de identificar o gráfico que representa uma
π, já estudado anteriormente.
situação, envolvendo funções quadráticas, descrita em
um texto. Fique atento à sua resolução, marque apenas
uma alternativa e verifique a solução.
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Esse número é aproximadamente igual a 3,14. A partir 2. Considere a circunferência, a seguir, e alguns de seus
dessa razão, obtém-se a fórmula para o cálculo do compri- elementos destacados.
mento de uma circunferência:

CÍRCULO
O círculo é o conjunto de pontos de um plano cuja
distância a um ponto fixo O é menor ou igual a uma dis-
tância r dada, com r não nula. O círculo é a reunião da
circunferência com o conjunto de todos os pontos loca- Escreva o nome de cada um dos elementos destacados:
lizados internamente a ela. No estudo do círculo, assim
como na circunferência, utiliza-se as denominações cen-
tro, raio e diâmetro.

3. Responda as questões, a seguir:


a) Determine o raio de uma circunferência que possui diâ-
metro medindo 40 cm.
b) Determine o diâmetro de uma circunferência que pos-
• Partes do círculo sui raio medindo 12,5 cm.
Setor circular é a parte do círculo que
se limita por dois raios. 4. Relacione a cada elemento do círculo com o seu respec-
tivo nome:

Segmento circular é a região do círcu-


lo limitada entre uma corda e um arco. (A) ( ) Coroa circular

Coroa circular é a região do plano li-


mitada por duas circunferências concên-
tricas e de raios diferentes. (B) ( ) Zona circular

Zona circular é a região do círculo


compreendida entre duas cordas parale-
las distintas.
(C) ( ) Segmento circular

ATIVIDADES
1. Identifique entre as figuras, a seguir, aquela que re-
presenta uma circunferência, e aquela que representa (D) ( ) Setor circular
um círculo.

5. Responda as questões a seguir.


a) Determine o comprimento de uma circunferência que
possui diâmetro de 22 cm. Considere π = 3,14.
b) Uma circunferência de raio igual a 10 cm, possui quan-
tos centímetros de comprimento? Considere π = 3,1.
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Observação 1: A distância do centro da circunferência


REVISITANDO A MATRIZ ao ponto T, que é de tangência, é igual ao raio da circun-
ferência.
Caro(a) estudante, neste momento vamos exercitar a Observação 2: Qualquer reta tangente a uma circun-
habilidade de identificar elementos de uma circunferên- ferência é perpendicular a um dos seus raios.
cia. Fique atento à sua resolução, marque apenas uma
alternativa e verifique a solução. Reta externa é uma a reta que não possui nenhum
ponto em comum com a circunferência.
Item 1. (SAEGO 2023) Observe abaixo a circunferência
de centro O e os segmentos e , em que T é o ponto
médio do segmento e U é o ponto médio do arco

POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE DUAS


O segmento corresponde a qual elemento dessa cir-
CIRCUNFERÊNCIAS
cunferência?
Circunferências secantes são aquelas circunferências
(A) Arco (C) Flecha
que possuem somente dois pontos em comum. A distân-
(B) Corda (D) Raio cia entre seus centros é menor do que a soma das medi-
das de seus raios.
Item 2. O raio das rodas de um caminhão mede 40 cm.
A medida do diâmetro da roda do caminhão, em centíme-
tros, é igual a
(A) 60. (C) 80.
(B) 70. (D) 90.

Vamos avançar? Circunferências tangentes (interiores ou exteriores)


são aquelas circunferências que possuem apenas um pon-
to em comum.
POSIÇÕES RELATIVAS DE RETAS E
CIRCUNFERÊNCIAS
Reta secante é uma reta que corta a circunferência em
dois pontos quaisquer.

A reta s intercepta a circunferência nos pontos A e B.


Reta tangente é uma reta que toca a circunferência
em um único ponto T. Esse ponto é conhecido como pon- Circunferências externas são aquelas circunferências
to de tangência ou de contato. que não possuem ponto em comum. A distância entre seus
centros é maior do que a soma das medidas de seus raios.

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Circunferências internas são aquelas circunferên- Observe a aplicação dos segmentos tangentes e con-
cias que não possuem ponto em comum. A distância gruentes nesses casos:
entre seus centros é menor do que a diferença das me-
didas de seus raios.

Por essa condição, necessária e suficiente, podemos


Circunferências concêntricas são duas ou mais cir- então dizer que:
cunferências que possuem o mesmo centro, porém com DE + FG = EF + DG
raios diferentes. ou seja
(w+x) + (z+y) = (w+z) + (x+y)

ATIVIDADES
6. Em relação às posições relativas entre retas e circunfe-
SEGMENTOS TANGENTES rências:
Considere um ponto P exterior à circunferência conti- a) Complete as sentenças, a seguir, com as palavras do
do no mesmo plano. Por esse ponto P podem ser traçados quadro.
dois segmentos, PA e PB, cujas extremidades são o ponto
P dado e os pontos de tangência A e B. Esses dois segmen-
tos são congruentes (PA ≡ PB). A congruência dos triân- Reta secante é uma reta que corta a circunferência em
gulos BPO e APO garantem essa congruência. pontos quaisquer.
Reta tangente é uma reta que toca a circunferência em
um ponto T. Esse ponto é conhecido como
ponto de ou de contato.
Reta é uma reta que não possui ne-
nhum ponto em comum com a circunferência.
b) Escreva o nome da posição de cada reta relativa à cir-
• Circunferência inscrita no triângulo cunferência, nas figuras a seguir.
Uma circunferência tangente aos três lados de um tri-
ângulo está inscrita no triângulo. O triângulo é circunscri-
to a essa circunferência.

• Circunferência inscrita no quadrilátero


Uma circunferência tangente aos quatro lados de um
quadrilátero está inscrita no quadrilátero. O quadrilátero 7. Relacione as duas colunas a seguir.
é circunscrito a essa circunferência. A condição neces-
sária e suficiente para que um quadrilátero convexo seja
(A) ( ) Circunferências tangen-
circunscrito em uma circunferência, é que a soma das
tes exteriores
medidas de dois lados opostos seja igual à soma das me-
didas dos outros lados.
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O comprimento do segmento CD é igual a


(A) 6,6 cm. (C) 12,6 cm.
(B) ( ) Circunferências concên-
tricas (B) 9,6 cm. (D) 15,6 cm.

(C) ( ) Circunferências secantes Vamos ampliar?

ARCO DE CIRCUNFERÊNCIA E ÂNGULO CENTRAL


( ) Circunferências tangen-
(D) Como já foi definido anteriormente, arco é um sub-
tes interiores
conjunto de pontos da circunferência, determinado por
dois de seus pontos. O arco também é medido como os
ângulos. Um arco de da circunferência mede 1 grau (1°).
(E) ( ) Circunferências externas O ângulo central, em uma circunferência, é aquele
cujo vértice coincide com o centro da circunferência. Sua
medida é igual à medida do menor arco compreendido
entre seus lados.
(F) ( ) Circunferências internas

8. Determine o valor de x em cada caso a seguir.


a) c)

O ângulo tem a mesma medida que o arco .


• Ângulo inscrito
O ângulo inscrito, em uma circunferência, é aquele
cujo vértice pertence à circunferência e os lados são se-
b) cantes a ela.

O ângulo tem a metade da medida do arco .


• Arco capaz
Dado um segmento AB e um ângulo α, define-se como
REVISITANDO A MATRIZ
arco capaz, o lugar geométrico de todos os pontos do pla-
Caro(a) estudante, neste momento vamos exercitar no que contém os vértices dos ângulos cujos lados passam
a habilidade de reconhecer alguns elementos relações pelos pontos A e B sendo todos os ângulos congruentes
de círculo/circunferência. Fique atento à sua resolução, ao ângulo α. Este lugar geométrico é um arco de circunfe-
marque apenas uma alternativa e verifique a solução. rência, e está destacado na figura ao lado.

Item 1. A circunferência maior tem centro A e raio medin-


do 12,6 cm e, a circunferência menor com centro em B, é
tangente a A, e tem raio medindo 3 cm. Observe

Disponível em: impa.br / Acesso em: 25 de ago. de 2023

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Todo ângulo inscrito no arco capaz , com lados pas- 10. Calcule a medida de x na figura a seguir.
sando pelos pontos A e B são congruentes e isto significa
que, o segmento de reta AB é sempre visto sob o mesmo
ângulo de visão se o vértice deste ângulo está localizado
no arco capaz.
A medida do ângulo α, inscrito na circunferência, é a
metade da medida do menor arco .
Exemplo: 11. Calcule o valor de x em cada uma das figuras.
a) b)

• Relações métricas referentes à circunferência


Se duas cordas AC e BD de uma circunferência concor-
rem em um ponto P, no interior da mesma, então: c)
m(PA) ∙ m(PC) = m(PB) ∙ m(PD)

Se duas retas suportes de duas cordas AC e BD de uma REVISITANDO A MATRIZ


circunferência concorrem em um ponto P externo à mes-
ma, então: Caro(a) estudante, neste momento vamos exercitar
a habilidade de identificar ângulos centrais e inscritos
m(PA) ∙ m(PC) = m(PB) ∙ m(PD)
em uma circunferência. Fique atento à sua resolução,
marque apenas uma alternativa e verifique a solução.

Item 1. Na figura o ponto O é o centro da circunferência e


o arco mede 240°.

Se a reta suporte de uma corda AB de uma circunferên-


cia concorre com uma reta tangente a essa circunferência
em um ponto P, sendo T o ponto de tangência, então:
m(PT )2 = m(PA) ∙ m(PB)

As medidas dos ângulos α e β são respectivamente


(A) 100° e 50° (C) 180° e 90°.
(B) 120° e 60°. (D) 240° e 120°.
Item 2. Observe o relógio a seguir:

ATIVIDADES
9. Identifique, a seguir, o ângulo que é inscrito e o ângulo
que é central em uma circunferência. Em seguida, calcule
a medida de x em cada caso. Qual é a relação entre o ângulo central e o arco corres-
a) b) pondente a ele?
(A) Ângulo central é 180º e o arco 90º.
(B) Ângulo central é 90º e o arco 90°.
(C) Ângulo central é 180º e o arco 270º.
(D) Ângulo central é 270º e o arco 270º.
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Expediente
Governador do Estado de Goiás Superintendente de Gestão Estratégica e
Ronaldo Ramos Caiado Avaliação de Resultados
Márcia Maria de Carvalho Pereira
Vice–Governador do Estado de Goiás
Daniel Vilela Superintendente do Programa Bolsa Educação
Márcio Roberto Ribeiro Capitelli
Secretária de Estado da Educação
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira Superintendente de Apoio ao Desenvolvimento
Curricular
Secretária–Adjunta Nayra Claudinne Guedes Menezes Colombo
Helena Da Costa Bezerra
Chefe do Núcleo de Recursos Didáticos
Diretora Pedagógica Evandro de Moura Rios
Alessandra Oliveira de Almeida
Coordenador de Recursos Didáticos para o Ensino
Superintendente de Educação Infantil e Ensino Fundamental
Fundamental Alexsander Costa Sampaio
Fátima Garcia Santana Rossi
Coordenadora de Recursos Didáticos para o
Superintendente de Ensino Médio Ensino Médio
Osvany Da Costa Gundim Cardoso Edinalva Soares de Carvalho Oliveira
Superintendente de Segurança Escolar e Colégio Professores elaboradores de Língua Portuguesa
Militar Bianca Felipe Ferreira
Cel Mauro Ferreira Vilela Edinalva Filha de Lima Ramos
Superintendente de Desporto Educacional, Arte Katiuscia Neves Almeida
e Educação Maria Aparecida Oliveira Paula
Elaine Machado Silveira Norma Célia Junqueira de Amorim
Superintendente de Modalidades e Temáticas Professores elaboradores de Matemática
Especiais Basilirio Alves da Costa Neto
Rupert Nickerson Sobrinho Tayssa Tieni Vieira de Souza
Thiago Felipe de Rezende Moura
Diretor Administrativo e Financeiro Tyago Cavalcante Bilio
Andros Roberto Barbosa
Professores elaboradores de Ciências da Natureza
Superintendente de Gestão Administrativa Leonora Aparecida dos Santos
Leonardo de Lima Santos Sandra Márcia de Oliveira Silva
Superintendente de Gestão e Desenvolvimento Sílvio Coelho da Silva
de Pessoas Professores elaboradores de Ciências Humanas e
Hudson Amarau de Oliveira Sociais Aplicadas
Superintendente de Infraestrutura Eila da Rocha dos Santos
Gustavo de Morais Veiga Jardim Geraldo Avelino Gomes Filho
Superintendente de Planejamento e Finanças Revisão
Taís Gomes Manvailer Cristiane Gonzaga Carneiro Silva
Superintendente de Tecnologia Diagramação
Bruno Marques Correia Adriani Grün

Diretora de Política Educacional


Vanessa de Almeida Carvalho

SEDUC
Secretaria de Estado
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