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Guia para Familiares

guia de como conviver com pessoas que possuem o TB.

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Lia Almeida
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Transtorno

Bipolar‌
Guia para Familiares‌

PSICÓLOGA ESP.
SARAH MANAIA MUNHOZ
CRP 08/43921
To d o s o s b i p o l a r e s e n f r e n t a m u m d e s a f i o e m
comum: os relacionamentos.
Inevitavelmente, a instabilidade de humor
afeta , e m a l g u m g ra u , e s s a s re l a ç õ e s. M u i ta s
veze s, o s p ró p r i o s fa m i l i a re s s e s e nte m
p e rd i d o s, como se estivessem em um
l a b i r i nto, te nta n d o d e to d a s a s m a n e i ra s
a j u d a r, m a s c o m a s e n s a ç ã o c o n s t a n t e d e
q u e e stã o a p e n a s at ra pa l h a n d o e d e q u e
n u n ca c o n s e g u i rã o e n c o nt ra r u m a s o l u çã o.

Lidar com a irritabilidade, a falta de


paciência e as oscilações de humor é uma
ta refa d e s af i a d o ra . Po r i s s o, n ã o é s u r p re s a
q u e a ta xa d e d i vó rc i o s e nt re p e s s o a s c o m
b i p o l a r i d a d e s e j a c o n s i d e rave l m e nte m a i s
alta do que e nt re aquelas que não
a p re s e nta m e s s e t ra n sto r n o. A i n d a m a i s
complicado é quando não se entende que
essas c a ra cte r í st i c a s d e c o r re m de um
t ra n sto r n o e se a c re d i ta que estão
unicamente ligadas à personalidade da
pessoa.

A ú n i c a fo r m a d e re s o l ve r o s d i l e m a s q u e
e nvo l ve m re l a c i o n a m e nto s e b i p o l a r i d a d e é o
acesso ao conhecimento. Esse entendimento
p re c i s a v i r d e a m b a s a s p a r te s e nvo l v i d a s n a
re l a ç ã o, seja ela a m o ro s a , f a m i l i a r,
p rof i s s i o n a l o u d e a m i za d e.
A p r i m e i ra c o i s a e s s e n c i a l d e s a b e r é vo c ê
possa sentir algum desconforto devido ao
g ra n d e d e s e j o d e t i ra r q u e m vo c ê a m a d e u m
sofrimento intenso, é que é fundamental
re s p e i ta r o s l i m i te s d e s s a p e s s o a . M u i ta s
veze s, o s fa m i l i a re s a c re d i ta m q u e a p e n a s
com fo rç a de vontade, disciplina ou
determinação é possível s u p e ra r uma
d e p re s s ã o o u u m a m a n i a , m a s i s s o n ã o é
v e r d a d e — n i n g u é m e s c o l h e s e r b i p o l a r.

Além disso, é igualmente importante


re c o n h e c e r o s s e u s p ró p r i o s l i m i t e s . Vo c ê
não tem o poder de "salvar" a pessoa que
v o c ê a m a e q u e v i v e c o m t r a n s t o r n o b i p o l a r,
e tampouco pode obrigá-la a assumir a
re s p o n s a b i l i d a d e pelo seu p ró p r i o
t rata m e nto.

O que você pode fazer é oferecer apoio,


e n c o ra j a m e nto e p re s e n ça ,
mas, no final das contas, o
c o m p ro m et i m e nto e m
b u s c a r m e l h o ra é u m a
decisão que cabe
exclusivamente à
p e s s o a c o m o t ra n sto r n o.
O u t ro p o nto c r u c i a l , q u e p o d e c o nt r i b u i r
s i g n i f i cat i va m e nte, é b u s ca r m a n e i ra s d e
re d u z i r o e st re s s e. O e st re s s e p o d e a g rava r
muito os sintomas da bipolaridade, por isso é
vá l i d o te nta r a l i v i a r a s p re s s õ e s n a v i d a d o
s e u f a m i l i a r. P e r g u n t e c o m o v o c ê p o d e
a j u d a r, o f e r e ç a - s e p a r a a s s u m i r p a r t e d a s
responsabilidades dessa pessoa, se for
possível, e ajude a criar um ambiente mais
leve e com menos sobrecarga no cotidiano
dela.
M a nte r u m a rot i n a é e s s e n c i a l p a ra p e s s o a s
c o m t r a n s t o r n o b i p o l a r, p o i s c o n t r i b u i p a r a
e q u i l i b ra r o r i t m o b i o l ó g i c o. Po r i s s o, é
importante ajudar quem você ama a criar e
s e g u i r u m a rot i n a e st r u tu ra d a , c o m h o rá r i o s
re g u l a re s p a ra d o r m i r, a c o rd a r e se
a l i m e n t a r. A l é m d i s s o , u m a c o m u n i c a ç ã o
a c o l h e d o ra p o d e fa ze r u m a g ra n d e d i fe re n ç a
na convivência. Ouvir com o objetivo de
e n t e n d e r, s e m j u l g a m e n t o s o u d e f e n s i v i d a d e ,
ajuda a construir um ambiente de apoio e
empatia, que beneficia não apenas a pessoa
c o m o t r a n s t o r n o , m a s t o d o s a o r e d o r.

Como f a m i l i a r, uma das atitudes mais


i m p o r ta nte s q u e vo c ê p o d e te r é e n c o ra j a r a
pessoa amada a buscar acompanhamento
m é d i c o e s e c o m p ro m ete r c o m o t rata m e nto.
M e s m o q u e i s s o s e j a d e s a f i a d o r, v o c ê p o d e
a b o rd a r a s i tu a ç ã o c o m a rg u m e nto s c o m o:
ex p l i c a r q u e o t ra n sto r n o b i p o l a r é u m a
condição re a l que, assim como o u t ra s
c o n d i ç õ e s m é d i c a s, c o m o o d i a b ete s, p re c i s a
d e t rata m e nto a d e q u a d o; refo rç a r q u e e l a
não é culpada por ter bipolaridade, pois não
escolheu essa condição; e destacar que
ex i ste m o p ç õ e s d e t rata m e nto ef i c a ze s q u e
p o d e m a j u d a r a m e l h o ra r s i g n i f i c at i va m e nte
a qualidade de vida.
Quando a pessoa está em
mania/hipomania:

A p r i m e i ra c o i s a é a p o i á - l a a s e g u i r o
t rata m e nto e n ã o a b a n d o n á - l o.
S e a p e s s o a te m m u i ta e n e rg i a , u m a b o a
forma de passar tempo com ela e
e st i m u l a r a p rát i c a d e at i v i d a d e f í s i c a é
tentar caminhar junto com ela, isso
permite que ela esteja em movimento
mas ainda assim esteja ali com você.
Te n t e p r e p a r a r r e f e i ç õ e s o u c o m i d a s
f á c e i s d e c o m e r, p o r q u e p o d e s e r d i f í c i l a
p e s s o a s e s e n t a r, f a z e r u m a r e f e i ç ã o .
Evite submeter a pessoa a muitas
atividades ou muita estimulação quando
ela está em fase de mania/hipomania.
Mantenha o ambiente mais silencioso,
mais calmo possível, com menos
iluminação.
Quando a pessoa está em depressão:

A p r i m e i ra c o i s a é a p o i á - l a a s e g u i r o
t rata m e nto e n ã o a b a n d o n á - l o.
S e p o s s í ve l , d e m o n st re q u e a p e s s o a é
i m p o r ta nte p a ra vo c ê e q u e vo c ê s e
p re o c u p a c o m e l a .
É i m p o r ta nte s e ate r a rot i n a , fa ze r
atividade física, tomar os medicamentos
nos h o rá r i o s re c o m e n d a d o s pelo
p rof i s s i o n a l .
Estimule a pessoa a alcançar pequenos
objetivos, pois muitas vezes o que antes
e ra n atu ra l f i c a m u i to c u sto s o.
N ã o fa ze r g ra n d e s m u d a n ç a s n a v i d a
nesse período de d e p re s s ã o, é
i m p o r ta nte s e m p re a l i n h a r o q u e e stá
acontecendo junto com o médico, junto
c o m o te ra p e u ta .
É importante estar ali com a pessoa,
g a ra nt i n d o o t rata m e nto, a rot i n a , e
a c e s s o a o q u e p o d e re a l m e nte a j u d á - l a .
RESUMO

Informe-se sobre o transtorno bipolar:


entenda o que é, seus sintomas, fases e
opções de tratamento.
Respeite os limites do seu familiar e
reconheça que cada pessoa tem seu próprio
tempo e processo.
Ajude a reduzir o estresse na vida da pessoa,
já que isso pode agravar os sintomas da
bipolaridade.
Apoie na criação de uma rotina estruturada,
com horários para refeições, exercícios, sono
e d e s p e r t a r.
Mantenha uma comunicação empática,
o u v i n d o p a ra c o m p re e n d e r, s e m j u l g a m e nt o s
ou defensividade.
Incentive a continuidade no tratamento e
apoio médico necessário.
Familiarize-se com os medicamentos
prescritos, seus efeitos colaterais e, se
possível, ajude a lembrar os horários de tomá-
los, como usando alarmes.
Compartilhe informações sobre a convivência
e o quadro da pessoa com profissionais de
saúde, se solicitado.
Procure um profissional capacitado para
a c o m p a n h a r s e u f a m i l i a r, a g e n d e c o n s u l t a s e ,
se necessário, ofereça-se para acompanhá-lo
nas visitas.

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