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Práticas Pedagógicas Na Educação Infantil

O portfólio apresenta um roteiro de atividades práticas voltadas para a Educação Infantil, enfatizando a importância do brincar, da ludicidade e do papel do educador. As atividades propostas visam promover a reflexão crítica sobre o cuidado e a escuta ativa, além de explorar a autonomia e a intencionalidade docente. O trabalho busca contribuir para uma prática pedagógica mais humanizada e responsiva, reconhecendo a criança como protagonista de sua aprendizagem.

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Práticas Pedagógicas Na Educação Infantil

O portfólio apresenta um roteiro de atividades práticas voltadas para a Educação Infantil, enfatizando a importância do brincar, da ludicidade e do papel do educador. As atividades propostas visam promover a reflexão crítica sobre o cuidado e a escuta ativa, além de explorar a autonomia e a intencionalidade docente. O trabalho busca contribuir para uma prática pedagógica mais humanizada e responsiva, reconhecendo a criança como protagonista de sua aprendizagem.

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UNOPAR/ANHANGUERA/PÍTAGORAS

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ALEXIA SILVA DOS SANTOS

PORTFÓLIO Roteiro Aula Prática: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA


EDUCAÇÃO INFANTIL

2025
Ibiuna, SP
ALEXIA SILVA DOS SANTOS

PORTFÓLIO Roteiro Aula Prática: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA


EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura


em pedagogia da UNOPAR, ANHANGUERA,
PÍTAGORAS como requisito parcial para a
obtenção de média semestral. Disciplina:
Práticas Pedagógicas na Educação Infantil

Ibiuna, SP
2025
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................5
2.1 ATIVIDADE 1 Roteiro Reflexivo e Interativo: Cuidar, Ouvir e Responder...5
2.2 ATIVIDADE 2 Explorando o Brincar: Sentidos, Faz-de-Conta e
Ambientes Lúdicos..............................................................................................10
2.3 ATIVIDADE 3 Explorar, Tocar, Descobrir: O Mundo nas Mãos da
Criança.................................................................................................................. 13
2.4 ATIVIDADE 4 Aprender sendo, brincando e explorando: o cotidiano na
Educação Infantil..................................................................................................15
CHECKLIST........................................................................................................... 17
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................17
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 18
4

1 INTRODUÇÃO

A Educação Infantil é a etapa inicial da formação escolar, responsável por


garantir às crianças o direito de aprender, brincar, explorar e se expressar em
ambientes que favoreçam o seu desenvolvimento integral. Nesse contexto, o
professor assume um papel fundamental, atuando não apenas como mediador de
conhecimentos, mas também como cuidador, ouvinte atento e sujeito responsivo às
necessidades da infância. Cada gesto de cuidado, cada escuta ativa e cada
intervenção intencional contribuem para a constituição subjetiva da criança e para a
construção de vínculos afetivos que fortalecem a aprendizagem.
O presente trabalho tem como proposta a realização de um conjunto de
atividades práticas e reflexivas que abordam o brincar, a ludicidade, a exploração de
materiais, a autonomia e o papel do educador na Educação Infantil. Essas práticas
estão organizadas em quatro unidades, que exploram desde a compreensão do
cuidado pedagógico e da escuta sensível, até a análise da importância do faz-de-
conta, da criação de ambientes lúdicos, da autonomia investigativa das crianças e
da intencionalidade docente no processo de aprendizagem.
Ao longo das atividades, os estudantes são convidados a observar, simular,
registrar e refletir sobre situações cotidianas da rotina escolar, transformando essas
experiências em roteiros reflexivos, propostas criativas e painéis pedagógicos. A
metodologia, portanto, une teoria e prática, com o objetivo de proporcionar uma
formação crítica e sensível, que valorize a criança como sujeito ativo, protagonista
de sua própria aprendizagem.
Dessa forma, este estudo busca não apenas cumprir os objetivos
estabelecidos na disciplina Práticas Pedagógicas na Educação Infantil, mas também
oferecer subsídios para a construção de uma prática docente mais humanizada,
responsiva e intencional, pautada na compreensão de que brincar, explorar e se
expressar são dimensões essenciais para o desenvolvimento cognitivo, emocional,
social e motor da criança.
5

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ATIVIDADE 1 ROTEIRO REFLEXIVO E INTERATIVO: CUIDAR, OUVIR E


RESPONDER

1. Leitura e Roda de Conversa Inicial (presencial ou virtual síncrona)


2. Observação ou Simulação de Situações da Rotina na Educação
Infantil
A primeira atividade teve como objetivo promover a reflexão crítica sobre o
cuidado, a escuta ativa e a atitude responsiva na Educação Infantil, compreendendo
essas dimensões como elementos constitutivos do ato educativo. Para tanto, a
prática foi organizada em duas etapas: uma roda de conversa inicial a partir de uma
leitura literária e a observação ou simulação de momentos da rotina pedagógica.
Na primeira etapa, realizou-se a leitura compartilhada do livro “Menina Bonita
do Laço de Fita”, de Ana Maria Machado. A obra foi escolhida por abordar temas
como respeito às diferenças, identidade e autoestima, elementos fundamentais para
pensar o cuidado pedagógico na infância. Após a leitura, foi conduzida uma roda de
conversa com os alunos, estimulada por questões problematizadoras: O que
significa cuidar pedagogicamente de uma criança? De que forma a escuta ativa
transforma a prática docente? Como a atitude responsiva se revela na rotina
escolar? Esse diálogo inicial favoreceu a construção coletiva de sentidos e permitiu
aos participantes reconhecerem que o cuidado vai além da dimensão física,
abrangendo também aspectos emocionais, sociais e simbólicos.
Na segunda etapa, foi orientado a observar ou simular três momentos típicos
da rotina escolar na Educação Infantil: a entrada das crianças, que começou com
uma fila, na parede um mural com vários acolhimentos (abraço, bate aqui, aperto de
mão, e dança), já a hora da alimentação, nesse dia as crianças tiveram um
piquenique de frutas, logo depois uma atividade de alongamento e calmante ao livre.
Durante essa observação/simulação, foi solicitado que os alunos registrassem
atentamente como o professor se posicionava em relação ao cuidado físico e
emocional das crianças, se havia práticas de escuta ativa diante das manifestações
infantis e de que forma a atitude docente favorecia a construção de vínculos e a
segurança afetiva.
6

Imagem 1: acolhida, entrada.

Fonte: autor, 2025.

Imagem 2,3,4, 5: hora da alimentação e atividade livre


7

Fonte: autor, 2025.

Esse processo permitiu identificar que, em situações aparentemente simples,


como o acolhimento na entrada ou o oferecimento de apoio durante a refeição, o
educador pode se revelar como figura central na constituição da confiança da
8

criança, na mediação de conflitos e no fortalecimento da autoestima. Além disso, a


análise possibilitou compreender que a escuta sensível e a resposta adequada às
necessidades e sentimentos das crianças representam práticas essenciais para o
desenvolvimento integral na primeira infância.

3. Produção de um Roteiro Reflexivo Interativo

Roteiro Reflexivo Interativo


Atividade 1 – Cuidar, Ouvir e Responder
 Introdução Teórica
Na Educação Infantil, o cuidado não deve ser compreendido
apenas como atendimento às necessidades biológicas, mas como uma dimensão
pedagógica que envolve acolhimento, escuta e resposta sensível às demandas
das crianças. Segundo a BNCC (2017), o professor da primeira infância atua como
mediador e cuidador, garantindo a cada criança segurança afetiva, valorização da
identidade e oportunidades de aprendizagem significativas. A escuta ativa e a
atitude responsiva constituem, portanto, práticas que reconhecem a criança como
sujeito de direitos e protagonista de sua trajetória escolar, fortalecendo vínculos e
promovendo o desenvolvimento integral.
 Descrição dos Momentos Observados/Simulados
1. Entrada das crianças – Durante o acolhimento, o professor recebeu as
crianças com gestos de carinho, chamando-as pelo nome e oferecendo
abraços. Demonstrou atenção às expressões emocionais, identificando
sinais de insegurança em algumas crianças e buscando confortá-las com
palavras de incentivo.
2. Hora da alimentação – O professor acompanhou a refeição de forma atenta,
auxiliando os que apresentavam dificuldade com talheres e incentivando a
autonomia dos que já dominavam esse processo. Além disso, promoveu
conversas leves, valorizando a convivência e o respeito ao ritmo de cada
criança.
3. Atividade livre/acolhimento – Durante o brincar espontâneo, o educador
circulou entre os grupos, observando as interações. Interveio em pequenos
conflitos de forma pacífica, estimulando o diálogo entre as crianças, ao
mesmo tempo em que reconheceu suas iniciativas criativas, encorajando
9

novas descobertas.
 Análise Crítica
Nos três momentos, observou-se a presença dos elementos centrais
propostos:
 Cuidado: esteve presente nos gestos de acolhida, na atenção às
necessidades físicas (alimentação) e emocionais (acolhimento de
sentimentos).
 Escuta ativa: evidenciada na forma como o professor se mostrou disponível
para ouvir as falas e perceber as expressões não verbais das crianças.
 Atitude responsiva: perceptível nas intervenções sensíveis, que não apenas
solucionaram situações imediatas, mas também promoveram segurança,
autonomia e vínculos.
No entanto, em alguns momentos, percebeu-se que a rotina pode levar o
educador a priorizar a organização das tarefas em detrimento da escuta mais
profunda. Essa tensão revela a necessidade de equilíbrio entre o cuidado
individualizado e a gestão coletiva do grupo.
 Sugestões Práticas
 Criar rituais de entrada com músicas, cumprimentos personalizados ou
pequenos diálogos que favoreçam a construção de vínculos.
 Organizar a hora da alimentação como um espaço pedagógico,
incentivando a autonomia e o respeito aos diferentes ritmos.
 Valorizar o brincar como momento legítimo de aprendizagem, estando
presente de forma observadora e intervindo apenas quando necessário,
para garantir segurança e mediação positiva.
 Registrar em diário reflexivo situações de cuidado, escuta e resposta, a fim
de aprimorar continuamente a prática docente.
 Recurso Criativo
Proposta: elaboração de uma tirinha ilustrada que represente gestos, atos
de cuidado:
10

2.2 ATIVIDADE 2 EXPLORANDO O BRINCAR: SENTIDOS, FAZ-DE-CONTA E


AMBIENTES LÚDICOS

1 – Leitura e debate introdutório (coletivo)

A segunda atividade teve como objetivo analisar as diferentes formas de


brincar na infância, distinguindo as situações de treino, trabalho e brincadeira, bem
como refletir sobre o papel do faz-de-conta e a influência dos materiais e espaços na
aprendizagem.
Para o momento introdutório, foi realizada a leitura compartilhada da obra “O
Ratinho, o Morango Vermelho Maduro e o Grande Urso Esfomeado”, escrita por
Audrey Wood e ilustrada por Don Wood. A narrativa apresenta a história de um
ratinho que encontra um morango perfeito e teme perdê-lo para um “urso
esfomeado”. O narrador interage diretamente com o personagem, criando uma
atmosfera de diálogo, suspense e imaginação. Além de despertar o interesse das
11

crianças pela leitura, o livro destaca elementos como a esperteza, o medo, a


cooperação e a partilha, valores essenciais para o convívio social e para o
desenvolvimento emocional na infância.
Após a leitura, foi promovida uma roda de conversa coletiva, guiada pelas
seguintes questões reflexivas:
O que caracteriza uma situação de treino, trabalho ou brincadeira?
Na Educação Infantil, compreender a diferença entre treino, trabalho e
brincadeira é fundamental para planejar práticas pedagógicas que respeitem a
infância. O treino caracteriza-se por atividades repetitivas, voltadas ao
aperfeiçoamento de habilidades específicas, como copiar letras, praticar traçados ou
repetir movimentos motores finos. Piaget (2004) explica que esse processo auxilia
na consolidação de esquemas cognitivos e motores, ainda que, se isolado, possa
limitar a criatividade. O trabalho, por sua vez, envolve atividades dirigidas e
estruturadas, com objetivos pedagógicos claros, como elaborar uma produção
artística, resolver uma proposta matemática ou realizar uma pesquisa orientada. De
acordo com a BNCC (2017), esse tipo de atividade deve ser organizado de forma
intencional, valorizando a participação da criança na construção do conhecimento.
Já a brincadeira diferencia-se pela espontaneidade, pelo prazer e pela liberdade
criativa. Vygotsky (1984) aponta que o faz-de-conta e os jogos simbólicos são
fundamentais para o desenvolvimento, pois permitem que a criança experimente
papéis sociais, internalize regras e elabore significados. Kishimoto (2011) reforça
que o brincar é a principal linguagem da infância e constitui um espaço privilegiado
de aprendizagem. Assim, embora treino e trabalho tenham funções importantes, a
brincadeira ocupa lugar central na infância, pois articula aspectos cognitivos, sociais
e emocionais de forma integral.
Por que o faz-de-conta é tão importante no desenvolvimento da criança?
O faz-de-conta é uma das formas mais ricas de expressão na infância, pois
possibilita à criança a construção de significados e a vivência de situações
simbólicas que a aproximam da realidade social. De acordo com Vygotsky (1984), a
brincadeira simbólica cria uma “zona de desenvolvimento proximal”, na qual a
criança atua além de suas capacidades imediatas, explorando papéis sociais, regras
e narrativas que contribuem para sua formação. Essa experiência é essencial para o
desenvolvimento da imaginação, da linguagem e das habilidades socioemocionais,
permitindo à criança lidar com sentimentos, elaborar conflitos internos e aprender a
12

respeitar o outro. Piaget (2004) também destaca que o jogo simbólico é uma etapa
fundamental no desenvolvimento cognitivo, já que nele a criança recria a realidade
segundo seu ponto de vista, exercitando sua autonomia e criatividade. Kishimoto
(2011) complementa ao afirmar que o faz-de-conta promove aprendizagens
significativas, pois estimula a curiosidade, a socialização e o pensamento crítico.
Assim, o faz-de-conta não é apenas uma forma de diversão, mas uma atividade
essencial para o desenvolvimento integral da criança, permitindo que ela
compreenda o mundo de maneira ativa e criativa.
Como os materiais e os espaços podem convidar a criança a brincar de
forma criativa e significativa?
A organização de materiais e espaços na Educação Infantil exerce papel
decisivo no estímulo à criatividade e na qualidade das experiências de brincar.
Ambientes planejados de forma intencional favorecem a exploração, a investigação
e a autonomia das crianças. Segundo Horn (2004), um espaço rico em
possibilidades deve ser seguro, acolhedor e ao mesmo tempo desafiador,
possibilitando múltiplas formas de interação. Materiais diversificados, como blocos,
tecidos, sucatas, livros e elementos da natureza, são convites para que a criança
construa narrativas, experimente hipóteses e crie novas formas de expressão. Para
Malaguzzi (1999), inspirador da abordagem de Reggio Emilia, o ambiente deve ser
considerado o “terceiro educador”, pois comunica valores, estimula a curiosidade e
promove interações significativas. A BNCC (2017) também reforça a importância de
garantir espaços organizados e materiais acessíveis, que possibilitem a livre
escolha, incentivando a autonomia e a participação ativa da criança. Dessa forma,
ao planejar ambientes educativos que valorizem a diversidade de recursos, o
professor amplia as possibilidades de aprendizagens e garante que o brincar se
torne uma experiência criativa, significativa e integral.
Durante a discussão, os participantes destacaram que o treino está ligado a
atividades repetitivas, geralmente mecânicas, que visam ao domínio de uma
habilidade; o trabalho aparece em situações estruturadas com objetivos
pedagógicos claros; e a brincadeira, por sua vez, é caracterizada pela liberdade,
imaginação e prazer, elementos presentes no enredo do livro quando o ratinho cria
estratégias para “proteger” o morango de um inimigo imaginário.
O debate sobre o faz-de-conta evidenciou sua importância como ferramenta
para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional das crianças, já que, por meio
13

da imaginação, elas exploram papéis sociais, constroem narrativas, resolvem


conflitos e exercitam a criatividade. Além disso, ressaltou-se que os materiais
disponíveis e os ambientes planejados podem potencializar ou limitar essas
experiências. Espaços organizados com diversidade de objetos, brinquedos
simbólicos e materiais não estruturados favorecem a criação de histórias, a
expressão de sentimentos e o exercício da autonomia.
2 Observação e Registro (individual ou em duplas)

Ficha de observação dos três tipos de ações (treino, trabalho,


brincadeira)
LINK: https://padlet.com/trabalhospadlet45353454/2-observa-o-e-registro-
individual-ou-em-duplas-g1827tulu88weis2]

3 Criação de um Miniambiente de Brincar (grupos de 3 a 5 alunos)

Link do projeto de Miniambiente de brincar, com base teórica e justificativa


pedagógica: https://padlet.com/trabalhospadlet45353454/miniambiente-de-brincar-
loja-de-fantasias-hjjvd0twdblggzh4

2.3 ATIVIDADE 3 EXPLORAR, TOCAR, DESCOBRIR: O MUNDO NAS MÃOS


DA CRIANÇA

1. Mergulho Teórico (individual ou em dupla)

KISHIMOTO, Tizuko M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. Cortez


editora, 2017.
Aborda como a exploração de diferentes materiais permite à criança construir
conhecimento de forma ativa.
Resumo – Mergulho Teórico
A exploração do meio e dos materiais é um elemento central no
desenvolvimento infantil. Ao interagir com diferentes objetos, a criança aprende a
observar, manipular, comparar e experimentar, construindo conhecimentos de forma
ativa e significativa. O ato de explorar permite desenvolver habilidades cognitivas,
14

motoras e sociais, ao mesmo tempo em que promove curiosidade e autonomia.


A qualidade dos materiais oferecidos é fundamental para potencializar essas
aprendizagens. Materiais variados, seguros, adequados à faixa etária e estimulantes
ampliam as possibilidades de exploração e incentivam a criatividade, o faz-de-conta
e a construção de narrativas próprias. A diversidade de texturas, cores, formas e
funções contribui para que a criança teste hipóteses, resolva problemas e
compreenda relações de causa e efeito.
A progressão entre exploração livre e investigação ativa é um aspecto
importante do desenvolvimento infantil. Inicialmente, a criança explora o ambiente de
forma espontânea, motivada pelo interesse e pela curiosidade. Com o tempo, essa
exploração se torna mais intencional e organizada, caracterizando investigação
ativa, quando a criança observa, testa hipóteses e formula descobertas de forma
sistemática. Esse processo favorece aprendizagens mais complexas, integrando
aspectos cognitivos, sociais e motores de maneira significativa.

2. Experiência de Observação e Análise (individual)

Materiais escolhidos:
Natural: Pedras e folhas.
Industrializado / não estruturado: Blocos de montar e tecidos coloridos.
1. Como acredita que a criança exploraria o material:
As crianças explorariam as pedras e folhas por meio do toque, observando
suas cores, formas, tamanhos e texturas. Poderiam empilhar pedras, separar folhas
por tamanho ou cor, ou usar galhos e folhas em brincadeiras simbólicas. Com os
blocos de montar e tecidos coloridos, as crianças poderiam construir torres, casas
ou cenários imaginários, combinando cores e formas e inventando histórias durante
a manipulação dos objetos. A exploração seria guiada pela curiosidade e pelo
interesse em experimentar diferentes possibilidades de uso.
2. Quais sentidos e movimentos seriam ativados:
Sentidos: Tato, visão e, em alguns casos, olfato, principalmente ao tocar
folhas e tecidos.
Movimentos: Coordenação motora fina ao manipular pedras e blocos,
coordenação motora ampla ao movimentar-se pelo espaço, transportar objetos,
empilhar ou organizar materiais. Além disso, movimentos de expressão corporal
15

surgiriam naturalmente em brincadeiras simbólicas ou dramatizações.


3. Que tipo de investigação ou descoberta poderia ocorrer:
A criança poderia descobrir relações de causa e efeito (por exemplo, como
equilibrar pedras para não cair), diferenças de peso, textura e forma. Com blocos e
tecidos, poderia experimentar combinações e construções, perceber simetrias, testar
estabilidade de estruturas e criar histórias que envolvem personagens e cenários. A
investigação se daria tanto individualmente quanto em interação com outras
crianças, favorecendo também o aprendizado social.
4. Se o material convida à experimentação e à continuidade do brincar:
Sim. Ambos os tipos de materiais convidam à experimentação constante, pois
permitem múltiplas possibilidades de uso e reinterpretam o ambiente de maneira
criativa. As crianças podem repetir ações, modificar construções, criar novos
cenários e inventar histórias diferentes a cada interação, garantindo a continuidade e
a diversidade do brincar, além de promover protagonismo infantil e autonomia.

3. Criação de uma Caixa de Exploração Investigativa (em grupo de até 4


pessoas)

 Caixa Investigativa – Crianças de 1 a 3 anos


LINK DA ATIVIDADE PADLET:
https://padlet.com/trabalhospadlet45353454/caixa-investigativa-crian-as-de-1-
a-3-anos-sopu3mglo985ynrt

2.4 ATIVIDADE 4 APRENDER SENDO, BRINCANDO E EXPLORANDO: O


COTIDIANO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Criação de um Painel Pedagógico


16

Um registro reflexivo individual (de 1 página) com a síntese do que


aprendeu sobre as condições de aprender na Educação Infantil a partir da
atividade.
Durante a realização das atividades propostas, pude compreender de forma
mais ampla como se configuram as condições de aprendizagem na Educação
Infantil. A observação de diferentes momentos de brincadeira, a exploração de
materiais diversos e a criação de ambientes lúdicos evidenciaram que a criança é
um sujeito ativo em seu processo de aprendizagem, construindo conhecimento a
partir de suas experiências, interações e escolhas. A manipulação de materiais
naturais, como pedras, folhas e água, e industrializados, como blocos de montar e
tecidos coloridos, mostrou que a variedade e a qualidade dos recursos têm impacto
direto no desenvolvimento cognitivo, motor e emocional. Ao explorar esses
materiais, a criança mobiliza múltiplos sentidos, desenvolve a coordenação motora,
testa hipóteses e amplia sua capacidade de resolução de problemas, promovendo
autonomia e criatividade.
O brincar, como atividade central na infância, revela-se essencial para a
constituição do sujeito, permitindo que a criança experimente, interprete e dê
significado ao mundo ao seu redor. Nesse sentido, a mediação do professor se torna
fundamental, não como figura de controle, mas como orientador e observador
17

atento, capaz de favorecer a exploração e o protagonismo infantil. Atividades como a


construção de miniambientes de brincar ou caixas investigativas evidenciam que, ao
proporcionar espaços estimulantes e materiais diversificados, o educador amplia as
oportunidades de aprendizagem significativa, permitindo que a criança se envolva de
forma autônoma e colaborativa.
Além disso, o processo de aprendizagem na Educação Infantil está
profundamente relacionado à interação social, à expressão e à comunicação. Ao
brincar livremente ou em jogos simbólicos, a criança aprende a negociar,
compartilhar e se colocar no lugar do outro, desenvolvendo habilidades
socioemocionais essenciais. A exploração de diferentes materiais e contextos
promove a experimentação contínua, estimulando a imaginação, a narrativa
simbólica e a construção de conceitos, o que evidencia que o conhecimento não é
apenas transmitido, mas ativamente construído pelas crianças. Assim, a criação de
ambientes que favoreçam a exploração, a expressão e a brincadeira contribui para
que a aprendizagem seja integral, respeitando o tempo, os interesses e a
singularidade de cada criança.
Com base nas reflexões teóricas e práticas, ficou evidente que as condições
de aprendizagem na Educação Infantil envolvem simultaneamente o cuidado, a
escuta ativa, a atitude responsiva do professor, a qualidade e diversidade de
materiais, e a organização de espaços que incentivem a experimentação e o
protagonismo infantil. Dessa forma, a criança se torna protagonista do próprio
processo de aprendizagem, construindo conhecimento de forma autônoma, criativa
e significativa, em um ambiente que valoriza suas descobertas, expressões e
interações.

CHECKLIST

 Leitura
 Produção de um roteiro reflexivo
 Ficha de observação dos três tipos de ações (treino, trabalho, brincadeira).
Postar como documento no Padlet.
 Projeto de miniambiente de brincar, com base teórica e justificativa
pedagógica. Postar como vídeo ou foto, no Padlet.
18

 Mergulho Teórico: resumo breve resumo escrito ou um mapa mental com os


principais conceitos.
 Experiência de Observação e Análise: registro de escrita ou podcast da
experiência mediado pelos questionamentos.
 Apresentação da Caixa Investigativa para a turma, explicando a proposta e
destacando os processos de exploração e investigação infantil que ela pode
favorecer. Pode ser apresentado fisicamente e registrado por foto ou vídeo ou
formato digital como slides, no Padlet.
 Um painel pedagógico (cartaz, slide, mural digital, etc.) com fundamentação
teórica e análise das vivências infantis.
 Um registro reflexivo individual (de 1 página) com a síntese do que aprendeu
sobre as condições de aprender na Educação Infantil a partir da atividade.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atividades realizadas ao longo deste trabalho evidenciaram a importância


de compreender a criança como sujeito ativo do seu próprio processo de
aprendizagem na Educação Infantil. A partir da leitura de textos teóricos e da
realização de experiências práticas, tornou-se evidente que o brincar, a exploração
de materiais diversos e a interação com o ambiente são condições essenciais para o
desenvolvimento integral da criança, englobando aspectos cognitivos, sociais,
emocionais e motores. Observou-se que, ao serem oferecidos materiais de
diferentes características e espaços que favoreçam a criatividade e a autonomia, as
crianças não apenas exploram o mundo ao seu redor, mas também constroem
conhecimento de forma significativa, desenvolvendo competências essenciais para
seu crescimento pessoal e social.
O desenvolvimento das atividades permitiu perceber a centralidade do papel
do professor como mediador, cuidador e observador atento, capaz de criar
condições para que a criança experimente, se expresse e se relacione com o outro
de forma respeitosa e significativa. A elaboração de painéis pedagógicos,
miniambientes de brincar e caixas investigativas reforçou a necessidade de
planejamento consciente, que valorize a diversidade de experiências e estimule a
aprendizagem ativa, proporcionando à criança oportunidades de protagonismo e
autonomia.
19

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília,


2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília,


2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 17 ago.
2025.

HORN, Maria da Graça Souza. Sabores, cores, sons, aromas: a organização dos
espaços na educação infantil. Artmed Editora, 2009.

KISHIMOTO, Tizuko M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. Cortez


editora, 2017.

MALAGUZZI, Loris. The hundred languages of children. Reggio Emilia: Reggio


Children, 1999.

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e


representação. 2004.

VYGOTSKY, Lev Semenovich et al. A formação social da mente. São Paulo, v. 3,


1984.

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