FARMACOLOGIA VETERINRIA
Professora Ma. Suzana Bender
FARMACOLOGIA VETERINRIA
EMENTA:
Farmacologia Aplicada em Veterinria;
Principais patologias;
Principais medicamentos;
Formas farmacuticas e prescries;
Cuidados farmacuticos.
FARMACOLOGIA VETERINRIA
OBJETIVOS:
Conhecer as diferenas na farmacocintica entre as espcies;
Conhecer as principais patologias e os medicamentos
utilizados;
Conhecer a legislao pertinente prescrio veterinria;
Conhecer os
medicamentos e as formas farmacuticas
disponveis na farmcia comercial,
Cuidados farmacuticos na dispensao de medicamentos
para uso veterinrio.
FARMACOLOGIA
O QUE O ORGANISMO FAZ
O QUE O FRMACO FAZ
COM O FRMACO
COM O ORGANISMO
OBJETIVO:
Estabelecer a quantidade do frmaco que se
encontra disponvel num determinado local do
organismo para exercer uma ao farmacolgica
LEVAR EM CONSIDERAO:
Diferentes espcies de animais;
Diferentes raas dentro de cada espcie de
animais;
Diferentes pesos;
Diferentes necessidades;
Se existem legislaes vigentes para aquele
composto;
Se h restries para utilizao;
Se a espcie em questo pode utiliz-lo.
ABSORO
ABSORO
FATORES QUE INTERFEREM NA ABSORO:
Transporte pelas membranas biolgicas;
Solubilidade: membrana plasmtica impermevel ons e
molculas polares;
Via de administrao:
EX. Dificuldade em avicultura VO
EX. Tetraciclina, penicilinas- SC
Revestimento e veculo.
TIPOS DE MEMBRANAS BIOLGICAS:
MUCOSA GASTROINTESTINAL:
Clulas epiteliais muito unidas uma s
outras com bloqueio dos espaos
intercelulares;
Difuso atravs das MEMBRANA
PLASMTICA.
Absorve somente molculas lipossolveis.
TIPOS DE MEMBRANAS BIOLGICAS:
PELE/CRNEA/BEXIGA
Clulas muito unidas
Absoro por via celular, princ. difuso
Absorve molculas apolares
BARREIRA HEMATOENCEFLICA (BHE)
Parede dos capilares contnuas e clulas
muito prximas
Substncias apolares ou pequenas so
absorvidas
Proteo do SNC
TIPOS DE MEMBRANAS BIOLGICAS:
BARREIRA HEMATOTESTICULAR (BHT)
Impede a sada da testosterona e a entrada
de imunoglobulinas
Absorve substncias pouco polares por
difuso passiva ou transporte ativo
TIPOS DE MEMBRANAS BIOLGICAS:
BARREIRA PLACENTRIA (BP)
Absorve molculas pequenas e lipossolveis
por difuso facilitada, transporte ativo ou
pinocitose.
Fetos so mais sensveis que a me!
Tratamento quando necessrio
Influncia do pH e ionizao
Medicamentos so cidos ou bases
fracas, dissociando-se em meio
aquoso.
A proporo entre medicamento
ionizado e no ionizado depende do :
pH: [H+]
pKa: ionizado e no ionizado
num determinado pH.
Farmaco - pka = 4,4
Plasma com pH 7,4 (relao ionizada/n ionizada) 1:1000
Suco gstrico pH 1,4 (relao ionizada/n ionizada)
1:0,001
Hiper / hipo absoro
Sucesso / falha no tratamento
S MANTER A INDICAO FARMACUTICA
Pode se concluir que:
Medicamento ionizado ou dissociado tem
menor lipossolubilidade
Medicamento no ionizado ou molecular
tem maior lipossolubilidade
3 categorias:
Apolar: no sofre influncia, atravessa MP
cidos: absorvido em pH menor que 7
Bases: absorvido em pH maior que 7
As drogas sempre so melhores
absorvidas em pH semelhante ao seu,
quando no esto ionizadas.
Drogas cidas: absorvias no estmago
Drogas bsicas: absorvidas no
intestino
Acidificao e alcalinizao da urina
ABSORO
Medicamentos Lipossolveis - Fcil absoro
Medicamentos Hidrossolveis - Difcil absoro
Membranas celulares
So envoltrios, 7,5 nm, constituda de uma camada dupla de
lipdios.
1 Camada hidroflica
2 Camada hidrofbica
Causando impermeabilidade a maiorias das molculas polares e
aos ons.
Sendo permevel a molculas no polares Dissolvendo se
em gordura atravessam a camada lipdica processo de
difuso simples.
Apolares so todos os compostos que no formam plos, isto
, no possuem diferena de eletronegatividade , ou possuemna em nveis muito baixos.
Passagem de medicamentos por
membranas biolgicas
Processo passivo maioria
Carreadores
Pinocitose /fagocitose
Processos passivos:
A membrana biolgica funciona como
uma estrututa inerte/porosa, que as
molculas do medicamento transpe por
simples difuso nos quais no h gastos
de energia.
Difuso simples ou passiva:
Distribuem-se da regio em que estejam
mais concentradas para as regies onde
haja menos concentraes.
Para que este processo possa ocorrer
necessrio que:
As molculas do soluto sejam apolares
Apresentem peso molecular compatvel
com a camada dupla lipdica
Difuso simples ou passiva:
Difuso simples ou passiva:
Difuso simples ou passiva:
Transporte mediado por
carreadores
Componentes da membrana celular com
capacidade de transportar para o interior
da clula molculas ou ons.
Difuso facilitada:
Sem gasto de energia
Move-se a favor do gradiente de
concentrao
A velocidade que a difuso simples
EX. Entrada glicose nos tecidos
Difuso facilitada:
Difuso facilitada:
Transporte ativo
Transporte no qual a substncia
movida atravs de carreadores.
Contra o gradiente de concentrao
Necessitando de gasto de energia
Derivada da hidrlise de ATP
OBS:
- Se 2 substncias fsicoquimicas(semelhantes) forem
transportadas ao mesmo tempo uma
poder inibir a outra.
Transporte ativo
Transporte ativo
Transporte ativo
Transporte ativo
Transporte ativo
Transporte ativo
Transporte ativo
Transporte ativo
Transporte ativo
Transporte ativo
Pinocitose e fagocitose
Processo de absoro nos quais a
membrana celular se invagina em torno
de uma macromolcula ou vrias
pequenas molculas e as engloba junto
com gotculas do meio extracelular.
Pinocitose Engloba lquidos
Fagocitose Engloba Slidos
Ambos exigem energia
Farmacocintica
2 Distribuio
o fenmeno em que um medicamento
, aps a absoro, sai do sangue e vai
para o seu local de ao.
Ocorre por:
Difuso pelas membranas
capilares
Fenestraes (parede dos
capilares)
Poros (parede dos capilares)
Depende da vascularizao dos rgos:
mais rpida para corao, fgado, rins e
crebro compartimento central
mais lenta para pele e depsitos de
gordura compartimento perifrico
Depende da afinidade pelo tecido:
tetraciclinas e anestsicos volteis
Depende de transporte especializado
Albumina plasmtica Med cidos
Beta globulinas Med bsicos
Glicoprotenas cidas Med Bsicos
Depende da dose e da via de
administrao
Depende da lipossolubilidade
Destinos aps a absoro:
Livre
Ligar-se a protenas
Depsitos
S a droga na forma livre
distribuda para os tecidos
Conceitos importantes:
Biodisponibilidade: a poro do medicamento
na forma inalterada que atinge a circulao
sangunea.
Quantidade de medicamento que atinge no
s a circulao sangunea, como tambm o
local de ao.
Bioequivalncia: Estudo da biodisponibilidade
comparando duas ou mais formulaes
diferentes contendo o mesmo princpio ativo.
Importante para determinar a
dosagem e para determinar dose
para pacientes portadores de IR
ou IH.
Varia nas diferentes espcies: poli
e monogstrico.
Ilustrada pela curva
tempo/concentrao
Tempo de latncia: tempo decorrido entre a
administrao e o aparecimento dos efeitos. Varia
com diferentes vias de administrao
Durao da ao: tempo entre o
aparecimento e o desaparecimento dos
efeitos detectveis.
Tempo de vida (t ): tempo que
demora para que a concentrao da
droga, em g/ml de sangue, se reduza
a 50%.
Fornece dados para clculo posolgico.
A partir de administrao nica e
dosagens
sricas
seriadas
para
formulao de grfico.
Espcies com
semelhanas fisiolgicas:
Tendem a apresentar os mesmos
padres de distribuio dos
frmacos
Podendo-lhes ser aplicado o
mesmo regime posolgico.
Esquemas posolgicos de ces
no devem ser extrapolados
indiscriminadamente para gatos:
Volumes sanguneos diferentes
Gatos: 70 ml/kg
Ces: 90ml/kg
Pesos corporais diferentes
Gatos enfermos no retm a
hidratao to bem quanto os ces
Interferem:
idade
recm
nascido tem metabolizao e
excreo deficientes.
Espcie salicilatos com 6h
no eqino, 12 h no co e 48 na
gato*
*glicuroniltransferase
Distribuio depende ainda :
Solubilidade em gua:
50-70% peso corporal de
gua (lq. extracelular, linfa,
intracelular...).
Medicamento pode estar:
livre ou ligado
I ou NI (dependendo do pH)
Depsitos de gordura. Ex.: tiopental.
Tamanho e peso molecular.
Ligao com protenas plasmticas
Grande quantidade do medicamento
tende a ligar-se com PP.
PP reservatrio circulante.
Ligao covalente e reversvel.
Diminuio da concentrao srica
desfaz o complexo PP-droga,
tendendo sempre ao equilbrio.
Hipoproteinemia leva a
intoxicao.
Competio entre duas drogas
leva a intoxicao.
Albumina liga cidos fracos e
globulina liga bases fracas
Reservatrios nos compartimentos
orgnicos
ou afinidade por determinado
tecido/rgo leva ao acmulo de forma
inadequada.
Exemplos:
Tetraciclinas / quinolonas: ossos e dentes
Quinolonas Felinos filhotes
retinopatias
Iodo: tireide
Anestsicos volteis : altamente
lipossolveis (retornam corrente
sangunea posteriormente)
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
O frmaco modifica a funo orgnica, e
o organismo modifica o frmaco
Desintoxicao X Ativao
Dallemagne e Reuse biotransformao /
Bousquet- metabolismo
Transformaes governadas por enzimas
ou sistemas enzimticos existentes em
vrios rgos e tecidos (Fgado, rins,
pulmes, e epitlio do TGI)
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Freqentemente reduz a atividade
embora
os
frmacos
possam
continuar ativos ou inalterados
Inseticida
Paration
(inativo)
paraoxon (ativo)
Codena - Morfina
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Geralmente
aumenta
a
hidrossolubilidade
Mudanas metablicas no organismo
para transformar as substncias com
propriedades
fsico-qumicas
favorveis sua excreo.
Pode ocorrer no plasma sanguneo,
mucosa intestinal, rim e pulmo
DROGA
Fase 1
Oxidao
Reduo
Hidrlise
Inativada
Ativa
inalterada
Fase 2
Produtos
conjugado
s
DROGA
Fase 1
Oxidao
Reduo
Hidrlise
Fase 2
Produtos
conjugado
s
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Reaes de Fase
sintticas
- funcionalizao
ou
No
Frmacos ativados, inalterados ou
inativados
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Reaes da Fase I
Revelar ou introduzir na molcula do frmaco
grupos polares como OH (hidroxila), -SH
(sulfidrila) , -COOH (carboxila) e NH2 (amino)
grupos funcionais permitem aos compostos
sofrer conjugao com substncias endgenas
como
cido
glicurnico,
acetato
(acetilao), sulfato e aminocidos
( glutation, cistena e glicina)
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Reaes de Fase I ou No sintticas
Enzimas de biotransformao da Fase I
(enzimas microssomais) encontradas no
retculo endoplasmtico liso do fgado.
1) oxidao adio de O2 ou remoo de
hidrognio da molcula
Oxidao microssomal maioria efetuada pela
famlia das isoenzimas citocromo P-450
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Reaes de Fase I ou No sintticas
1) oxidao adio de O2 ou remoo
de hidrognio da molcula
Oxidao
no
microssomal
poucas
substncias so metabolizadas por enzimas
encontradas no citosol ou mitocndrias.
lcool
desidrogenase
e
aldedo
desidrogenase- oxidam etanol e acetaldedo
Monoaminoxidase (MAO) oxida epinefrina,
norepinefrina, dopamina e serotonina
Xantina oxidase
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Reaes de Fase I ou No sintticas
2) Reduo adio de hidrognio
molcula
Enzimas encontradas tanto na frao
microssomal quanto no microssomal.
Exemplos de substncias qumicas
clorafenicol e naloxona
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Reaes de Fase I ou No sintticas
3) Hidrlise substncias qumicas
com ligao ster ou amida
Esterases encontradas no plasma,
fgado e outros tecidos. Acetilcolina,
succinilcolina e procana
Amidases enzimas no microssomais
encontradas primariamente no fgado
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Reaes de Fase II ou Sintticas
Um metablito da Fase I ou mesmo a
droga original pode sofrer reao de fase II
Sistemas enzimticos esto presentes nos
microssomos, citosol e mitocndrias.
Os produtos da Fase II tem maior
hidrossolubilidade e so excretados mais
facilmente por via renal
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Reaes de Fase II ou Sintticas
Acopla o frmaco o seu metablito a um
substrato endgeno (c. glicurnico,
radicais
sulfatos,
acetatos
ou
aminocidos)
Produtos das oxidaes oriundos da fase
I podem sofrer reaes mais profundas
INATIVAO > hidrossolubilidade
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Fase II
Reaes de Conjugao
Substrato
glicuronizao
Morfina, sulfatiazol e digitoxina
Acetilao
Sulfonamidas e clonazepam
Conjugao com glutationa
cido etacrnico
Conjugao com glicina
cido saliclico e cido nicotnico
Conjugao com sulfato
Catecolaminas e acetaminofeno
Metilao
Catecolaminas e histamina
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Diferenas na Biotransformao entre
espcies:
Podem ocorrer na Fase I e/ou II
Quantitativas (mesma via metablica
mas, diferena na velocidade de
metab.)
Qualitativas
(diferentes
vias
metablicas)
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Fatores que interferem no metabolismo:
Fatores genticos
Espcies diferentes
-diferenas quantitativas:
fenilbutazona metabolizada rapidamente nos
animais X homem
procana rapidamente hidrolizada no homem X
eqino
meperidina rapidamente no co X homem
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Espcie
Conjugao de grupos fenlicos
Glicurondeo
Sulfato
Rato
25
68
Coelho
46
45
Gato
87
Porco
100
Homem
23
71
Variaes entre espcies e suas respectivas propores entre conjugao de fenis com glicurondeos e
sulfatos
Os valores representam a porcentagem excretada em cada tipo de conjugao
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Fatores
que
interferem
metabolismo:
Uso simultneo de frmacos
no
Induo enzimtica
Fenobarbital, pentobarbital, fenilbutazona
aumentam a sntese de enzimas citocromo P450 aumentando a taxa de biotransformao
dos frmacos
Pode explicar alguns tipos de tolerncia
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Fatores que interferem no metabolismo:
Fatores genticos
Espcies diferentes
-diferenas qualitativas:
felinos no formam glicurondios
anfetamina em ratos (hidroxilao do
anel aromtico) em ces e humanos
(desaminao oxidativa)
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Fatores
que
interferem
metabolismo:
Fatores genticos
no
Mesma Espcie
Ex. hidrolase pseudocolineterase
(succinilcolina) variante gentica
0,2% dos humanos
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Fatores que interferem no metabolismo:
Fatores Fisiolgicos
Idade
deficincia da glicuroniltransferase (enzima de
conjugao)
deficincia na sntese de enzimas (idosos)
Sexo
Hormnios femininos inibe sistema microssomal/
masculino induz
Nutrio
Estado nutricional sntese das enzimas orgnicas
FARMACOCINTICA
Biotransformao:
Fatores
que
interferem
metabolismo:
Fatores Farmacolgicos
no
pH urinrio
Ativao
enzimticadiminuio
quantitativa da ao e toxicidade
Inibio enzimtica - prostigmina
Fatores internos (fisiolgicos ou patolgicos):
Espcie:
Ces: dificuldade para conjugar com acetato.
Gatos: dificuldade para conjugar com
glicurondeos.
Sunos: dificuldade para conjugar com
sulfato.
Ruminantes: colinesterase plasmtica.
Anfbio e peixes: enzima metabolizadora.
Idade: fetos, recm-nascidos e velhos.
Gestao.
Doenas: hepatopatas / nefropatas /
pneumopatas...
Lipoafinidade: >lipo >biotransf.
Fluxo sanguneo heptico: > fluxo >
biotransf.
Ligao com PP: diminui a
biotransformao.
Inibio enzimtica: diminui a
biotransformao (cimetidina,
organofosforado)
Ativao enzimtica: Cit P450
Externos:
-Dieta: subnutrio
-Meio ambiente: fumo ativa P450
Excreo: Processo onde a droga ou
metablito eliminado do corpo. Pode
ser de medicamento biotransformado
ou inalterado. Drogas e compostos com
baixa lipossolubilidade so eliminados
por excreo.
rgos responsveis:
Fgado Aps transformao - (bile)
Rins Medicamentos hidrossolveis
Pulmo Medicamentos volteis /
lcool
-
O2 para mesmos mecanismos CO2
Saliva, suor, leite, cabelos, pelos e pele
FARMACOCINTICA
Excreo:
Processo pelo qual os frmacos ou
seus metablitos so eliminados do
organismo
FARMACOCINTICA
Excreo:
A maior parte das drogas so
eliminadas por uma combinao de
processos de biotransformao e de
excreo.
Aps biotransformao ou forma
inalterada.
Rins, fgado, pulmes e as glndulas
salivares, sudorparas e mamrias.
FARMACOCINTICA
1)
Excreo:
Excreo Renal
Filtrao glomerular
Frmacos que no esto ligados s
PTNS plasmticas
Fatores intrnsecos aos frmacos
(caract. Fsico-qumica)
pH pode variar em funo da dieta
(carnvoros X herbvoros)
FARMACOCINTICA
Excreo:
Excreo Renal
2) Secreo em tbulos proximais
Transporte
ativo
de
frmacos
e/ou
metablitos
no
tbulo
proximal
(saturabilidade)
Mecanismo de transporte ativo para cidos
e bases
Recm-nascidos tm o mecanismo secretor
pouco desenvolvido
FARMACOCINTICA
Excreo:
Excreo Renal
Frmacos
ativamente
secretados
cidos
Bases
Ampicilina
Histamina
Furosemida
Serotonina
Fenilbutazona
Cefalosporinas
Salicilato
Procainamida
Neostigmina
Atropina
Trimetropina
FARMACOCINTICA
3)
Excreo:
Excreo Renal
Reabsoro tubular distal (passiva)
Concentrao tubular se torna maior que
no espao perivascular
Somente substncias lipossolveis so
reabsorvidas
Bases ou cidos o pKa e o pH da urina no
lmen tubular afetam o grau de ionizao
armadilha inica
FARMACOCINTICA
3)
Excreo:
Excreo Renal
Reabsoro tubular distal (passiva)
A dieta influencia o pH urinrio
Carnvoros: 5,5 7,0
Herbvoros: 7,0 8,0
armadilha inica
FARMACOCINTICA
Excreo:
Excreo Biliar
Tanto
frmaco
original
quanto
seus
metablitos podem ser eliminados por via
biliar
Fgado - Transporte ativo para secretar
drogas cidas, bsicas ou neutras para a bile.
Como pode ocorrer reabsoro atravs da
luz intestinal (menos eficiente do que
excreo renal)
Polaridade e tamanho da molcula
FARMACOCINTICA
Excreo:
Excreo Biliar
Circulao entero-heptica
Metablitos glicuronizados
ciclo
entero-heptico
(conjugao
com
glicurondios hidrlise pela -glicuronidase
bacteriana) - liberando o frmaco que pode ser
reabsorvido retardo na excreo
Parte da substncia reabsorvida eliminada por
outra via a concentrao declina lentamente
FARMACOCINTICA
Excreo:
Excreo pelo leite
epitlio secretor possui caractersticas de
uma membrana lipdica e separa o leite do
sangue
pH levemente inferior ao sangue (6,4-6,8)
Bases
so
encontradas
em
maiores
concentraes do que cidos (armadilha
inica)
relevncia em medicina veterinria!!!
FARMACOCINTICA
Excreo:
Excreo salivar
Difuso passiva
Importncia
em
herbvoros
antimicrobianos
parenterais
aps
excreo podem ser deglutidos e alterar
os processos digestivos ruminais
Pulmonar
Glndulas lacrimais e sudorparas
Vias menos importantes
Excreo: Processo onde a droga ou
metablito eliminado do corpo.
Pode
ser
de
medicamento
biotransformado
ou
inalterado.
Drogas e compostos com baixa
lipossolubilidade so eliminados por
excreo.
rgos responsveis:
Fgado Aps transformao (bile)
Rins Medicamentos hidrossolveis
Pulmo Medicamentos volteis /
lcool
-
O2 para mesmos mecanismos CO2
Saliva, suor, leite, cabelos, pelos e pele
Excreo renal: Principal via de
excreo, principalmente para drogas
polares.
PP interfere na excreo Principalmente
medicaes com mais de 80%
O que impossibilita que o medicamento ligado
atravesse os pros das membanas dos
glomrulos
Taxa de filtrao glomerular tambm interfere na
excreo renal URIA / CREATININA /
* A funo renal tem um declnio de 1 % ao ano.
50% PP
Glomru
lo
50% PP
Glomrulo
50% PP
Glomr
ulo
80% PP
Glomrulo
80% PP
Glomrulo
80% PP
Glomrulo
Ocorre por:
Filtrao glomerular: Mol. livres de baixo
PM
Secreo glomerular: transportadores
especficos na poro proximal
Pode haver reabsoro na poro distal
do rim (nfrons): salicilatos
* Intoxicaes por salicilatos
Manobra de acidificao/alcalinizao da urina
Se alcalinizarmos a urina
a excresso de cidos
Se acidificarmos a urina a excresso de bases
pH da urina de carnvoros: 5,5 a 7,0
varia com alimentao
8,0
pH da urina de herbvoros: 7,0 a
A administrao simultnea de
dois medicamentos que sirvam de
substrato para o mesmo processo
de excreo
Tende a prejudicar a excreo de
um deles
Excreo biliar:
dependente do PM
(acima de 300) e da polaridade da molcula.
Principal via para molculas grandes e
polares e molculas conjugadas com acido
glicurnico.
Varia com a espcie: (ter ou no
importncia).
- Ces e ratos: boa
- Gatos e ovinos: moderada
- Cobaias, coelhos e primatas: mal
***Ciclo ntero-heptico
Bileintestino excretado
reabsorvido : glicuronase bacteriana.
Grande quantidade: Diminui a excreo
total e a efetividade da via aumentando
a permanncia da droga no organismo
Responsvel pelo retardamento da
excreo
Medicao
VO
Absoro
intestina
l
Volta
para o
intestino
Medica
o
Injetvel
Corrente
sangunea
Excreo
hepatica BILE
Excreo
Via
Fezes
Excreo pelo leite: pH do leite : 6,4 6,8
facilita a excreo de medicamentos bsicos.
Permite a absoro de molculas apolares por
difuso simples.
Aps a administrao de um frmaco, a
concentrao dele no plasma (7,4) e leite
semelhante;
PQ o eptlio da glandula mamaria
semelhante ao de uma membrana lipdica,
atravs da difuso permite a passagem dos
frmacos.
Cuidados:
Filhotes: Mais sensveis pois no tem sist. de
biotransformao heptico completamente
desenvolvido e RESISTNCIA BACTERIANA.
Sade pblica: contaminao da populao
humana (respeitar o perodo de eliminao)
- RESISTNCIA BACTERIANA
- ACMULO AG TXICOS
NEOFORMAES.
Mastite varia o pH do leite Pode influenciar
a concentrao do agente no local
Influenciando o respectivo tratamento.
Fatores que podem alterar
absoro de medicamentos:
Quanto a solubilidade;
- Pouco hidro e lipossoluvel .
Quanto a forma farmacutica;
- Lquidos/suspenses melhores / slidos.
Quanto a rea de
absoro/concentrao;
- Relao da circulao sangunea.
Quanto a alimentao;
- Hidro/liposolveis (dissolvem ou
no bolo alimentar)
- Sais quelam algumas molculas
Tetraciclinas
- Alterar a motilidade.
Quanto a IR e IH;
- Reduzindo a sntese protica
- Reduzindo a PP.
Fatores que podem alterar a
distribuio de medicamentos:
Via de administrao
Mecanismo de absoro
As variaes do pH do meio
Local de absoro
Ligao com PP
Recm-nascidos pouca PP e mais
gordura (competindo pelas PP)
Barreira celular
Quantidade gua/organismo
Aps a utilizao prolongada
podem aumentar a atividade no
sistema microssomal heptico;
Fenmeno definido como induo
enzimtica microssomal;
Levando o aparecimento de
tolerncia;
* Fenobarbital
METABOLISMO DE
FRMACOS
Frmacos hidrossolveis: igual para
ambos
-Ex: Aminoglicosdeos
Frmacos lipossolveis: diferente
Gatos: deficincia de certas famlias
de glicoronil-transferase.
A meia vida plasmtica dos salicilatos
nos felinos dose dependente.
O cido acetil salicilico um
composto estvel;
Aps adm de nica dose de
25mg/kg
Meia vida plasmtica longa
(44,6 horas) em gatos
Em ces (7,5 horas)
A maioria dos quadros de
intoxicao em gatos acontece
por adm de doses elevadas
Geralmente usadas para ces
Sequncias das reaes de
biotransformao das
drogas da fase1 e fase 2
Gatos: drogas capazes de
provocar reaes adversas
FORMAO LENTA DE
GLICURDEOS
Ac. Acetil Saliclico
-Dosagem segura 10,5 mg/kg a cada
48 hras
-Derivados de salicilatos:
-Sulfasalazina: 20 mg/kg a cada 12
hras
-Subsalicilato de bismuto: 17,5 mg/kg
divididos em 3 doses
Gatos: drogas capazes de
provocar reaes adversas
Cloranfenicol (estearato ou
succinato): 20 a 30 mg/kg VO, SC ou
EV, de 12/12 horas duarante 7 a 10
dias
Compostos fenlicos: Dipirona,
Hexaclorofeno, propofol
Gatos: drogas capazes de
provocar reaes adversas
lcool Benzlico: Fenol utilizado como
preservativo
Analgsicos opiides: Sulfato de
morfina, fentanil.
Gatos: drogas capazes de
provocar reaes adversas
FORMAO DE
METEMGLOBULINEMIA/
CORPSCULO DE HEINZ
-Paracetamol
-Benzocana
-Antisptico das vias urinrias: Azul de
metileno, fenazopiridina
(ferro oxida hemoglobina)
Gatos
Conservantes e agentes
molhantes
-Sorbato de potssio
-Glicerina
-No devem ser utilizados
-Propilenoglicol
-Etilenoglicol
-Benzoatos
-Metil e propilparabeno
Ces: Observaes gerais
AINES: Intervalo de segurana estreito
-Ibuprofeno: 8 mg/kg/dia
-Pode causar irritao TGI e
hemorragia
-Acetaminofeno: Cautela na dosagem,
insuficincia heptica
Absoro - no existe diferena na absoro
do medicamento entre ces e gatos.
Distribuio - o volume sangneo do gato
menor que o do co, logo a concentrao
plasmtica do medicamento fica maior.
METABOLIZAO diferena mais
importante na disposio dos medicamentos
entre ces e gatos.