DÉBITO CARDÍACO
R1 Carolina Yume Arazawa
Orientador: Dr Luiz Ovando
Residência em Clínica Médica - 2016
Débito Cardíaco
• É a quantidade de sangue bombeado para a
aorta, a cada minuto.
• DC = VOLUME SISTÓLICO x FREQUÊNCIA CARDÍACA.
• ~ 5l/ min.
Função sistólica do coração
É avaliada pela fração de
ejeção.
FE Normal >55%.
Determinantes do Débito Cardíaco
• Capacidade cardíaca:
– Contratilidade – função sistólica.
– Lei de Frank-starling.
– SNA (simpático / parassimpático).
• Capacidade do sangue de fluir:
– Resistência.
– Volume sanguíneo.
O papel do Retorno Venoso
na Capacidade Cardíaca
• Retorno Venoso – Sangue que flui das veias
para o átrio direito, a cada minuto.
• Débito cardíaco deve ser igual ao Retorno
venoso.
Lei de Frank-Starling
• Aumento do RV >> Aumento do DC.
• Independente de qualquer estímulo externo neural ou
hormonal.
• Mecanismo: estiramento de suas paredes musculares
>> aumento do inotropismo.
• Aumentando o VS.
• *** Reflexo de Bainbridge: aumento da FC.
Controle do Débito Cardíaco
• Lei de Frank – Starling.
• Reflexo de Bainbridge.
• O débito cardíaco é controlado quase forma
total pelos fatores externos que determinam o
retorno venoso.
Sistema Nervoso Autômono
• SNA = no coração:
– PS> receptores muscarínicos – cronotrópicos e
inotrópicos negativos.
– S> Cronotrópico, lusitrópico, inotrópico,
dromotrópico e vasoconstrição coronariana.
Inotrópico: beta1; cronotrópico: beta 1 e 2;
dromotrópico: beta; vasocontrição: alfa 1.
Aumento da FR.
Capacidade do Sangue de Fluir
• Pré-Carga
– Tensão do músculo imediatamente no início da contração – medida
pelo volume diastólico final.
– Determinada pelo RV.
• Pós-carga
– Pressão na artéria à saída do ventrículo.
– Dificuldade enfrentada pelo ventrículo, durante o processo de ejeção.
– Resistência Vascular Periférica.
• Volume sanguíneo
– Vasopressina l SRAA .
• Viscosidade
Efeito da Resistência Periférica
• Débito cardíaco = Pressão arterial média __
Resistência Periférica Total
• DC x RVT = Pressão arterial média
** se não houver outras alterações da função circulatória.
• PAM = PAD + pressão de pulso/3
** pressão de pulso: PAS – PAD
>> PAM = (PAS + 2 PAD)/3
Resistência Vascular Periférica
• Ex:
Aumento do metabolismo :
– Vasodilatação (mecanismos locais) .
– Aumenta o fluxo sanguíneo.
– Reduz a RVP .
– Aumento do RV.
– Barorreceptores >> SNAS >> aumento da FC.
– Aumento da pré-carga + Aumento da FC =
AUMENTO DO DC!
***
Determinantes do débito cardíaco
• Pré-carga ventricular.
• Pós-carga ventricular.
• Função cardíaca:
– Função sistólica ventricular (contratilidade).
– Função diastólica ventricular
• Relaxamento.
• Rigidez.
– Fluxo sanguíneo miocárdico.
Débito Cardíaco =
Volume Sistólico X Frequência Cardíaca
Pré-carga
Pós-carga SNA
Contratilidade Reflexo de Bainbridge
Volume Sanguíneo
Influência da PD2 do VE sobre o
volume sistólico - “relação de Frank-
Starling”
60
Volume sistólico
40
20
5 10 15 20 25 30
Pressão diastólica final do V.E.
Influência das variações da pré-carga
sobre o volume sistólico
Normal
Volume sistólico
I - IC
II - IC
I III - IC
IV - IC
IV
AB PRÉ-CARGA
Influência da resistência periférica sobre o
volume sistólico (pós-carga)
Volume sistólico 60
40
20
10 30 50 70
Resistência periférica
Influência das variações da pós-carga
sobre o volume sistólico
Volume sistólico
I
Normal
I
IV II
III
IV
A B PÓS-CARGA
Influência da PD2 do VE sobre
a fração de ejeção.
Fração de ejeção (%) 30
20
10
5 10 15 20 25 30
Pressão diastólica final do V.E.
Frequência Cardíaca
A taquicardia acentuada diminui o débito, por
encurtar o tempo de enchimento ventricular.
A taquicardia crônica compromete o
desempenho ventricular.
Relação entre a Frequência e
o Débito Cardíaco
DC
FC
Variações do Débito Cardíaco
Variações do DC
Hipereficácia Hipoeficácia
• Estimulação Simpática • Obstrução de coronária
• Inibição da excitação
nervosa cardíaca
• Inibição Parassimpática
• Arritmias
• Valvulopatia
• Hipertrofia cardíaca • PA aumentada
(exercício) • Cardiopatia congênita
– 30 a 40l/min • Miocardite
• Hipóxia cardíaca
Débitos Cardíacos Patologicamente
Altos e Baixos
Débitos Cardíacos Altos
Altos:
“RVP cronicamente diminuída”
- 1. Beribéri
- 2. Fístula arteriovenosa (derivação)
- 3. Hipertireoidismo
- 4. Anemia
- 5. Septicemia
- ...
Débitos Cardíacos Baixos
Causados por fatores cardíacos: Causados por fatores periféricos não
cardíacos (retorno venoso diminuído)
- 1. IAM
-
Débito Cardíaco
2. Cardiopatia valvular grave
inadequado
- 1. Volume sanguíneo
(hemorragia)
diminuído
- 3. Miocardite - 2. Dilatação venosa aguda (sistema
nervoso simpático inativo)
- 4. Tamponamento cardíaco
-
Choque
5. Distúrbios metabólicos cardíacos
Circulatório!!
- 3. Obstrução de veias calibrosas
- 4. Massa tecidual diminuída – músculo
- ... esquelético.
....
Choque Circulatório
• É a condição resultante da redução extrema do débito
cardíaco – déficit de suprimentos adequado de sangue.
• Choque cardiogênico
• infarto do miocárdio, arritmias, miocardite ...
• Choque por deficiência do retorno venoso
– Hipovolêmico.
– Estagnação venosa:
• Obstrutivo (tamponamento cardíaco, tromboembolismo pulmonar
e pneumotórax hipertensivo).
• Distributivo:
– Neurogênico.
– Anafilático.
– Séptico.
Estágios do Choque
• Estágio compensado:
– Reflexos barorreceptores;
– Resposta isquêmica no SNC;
– Relaxamento reverso ao estresse;
– Angiotensina;
– Vasopressina l ADH;
– Mecanismos compensatórios – sede, vontade de comer sal...
** Reflexos simpáticos: maximamente ativ. por 30 seg a 1 min.
** Angiotensina e Aldosterona: 30 min e 1 hora.
Estágios do Choque
• Estágio progressivo do Choque:
• Redução do suprimento coronariano:
– Redução da função cardíaca e do DC.
– Endotoxinas.
• Fluxo cerebral diminuído:
– Centro vasomotor e respiratório prejudicados.
• Insuficiência vascular periférica:
– Vasa vasorum e vasa nevorum.
– Vasodilatação l aumento da permeailidade.
• Fluxo sanguíneo reduzido – microcoágulos:
– Acido carbônico e láctico.
• Choque grave – lesão oxidativa e energética.
>>>> Coração + SNA + RV prejudicados.
Estágios do Choque
• Choque irreversível.
Choque circulatório
60%
FRAÇÃO DE EJEÇÃO
MECANISMOS
COMPENSATÓRIOS
Ciclo de Lesão
20%
TEMPO
Choque compensado Choque
irreversível
Tratamento
• Depende da causa....
• Importante: identificação e tratamento precoce.
• LEMBRAR: PRÉ-CARGA, PÓS-CARGA,
CONTRATILIDADE.
Referências Bibliográficas
• Guyton & Hall. Fisiologia Humana. Tradução
11ª. Edição. 2003.
• SOCESP. Manual de Cardiologia. Sociedade de
Cardiologia do Estado de São Paulo. Editora
Etheneu. 2000.