Programa 2015 (Docente: Jerónimo Ribeiro)
Cultivo
Em céu aberto
Protegido
Sementeira e plantação
Alfobres e Viveiros
Métodos de Sementeira e Plantação
Densidade de Sementeira / Plantação
Datas de Sementeira
Qualidade e quantidade de semente
Práticas Culturais
Ressementeira e retancha, desbaste, roguing, amontoa,
tutoramento, poda, desrame e desponte
Rotação de culturas (estudo independente em grupo para
apresentação e discussão na aula)
Programa 2015 (Docente: Jerónimo Ribeiro)
Dia da Data Hora Tema
Semana semana
Quinta 2-Abril 13-14:50 Cultivo em céu aberto e protegido;
Sementeira e plantação: alfobres e
7 viveiros
Sexta 3-Abril 11-12:50 Sementeira e plantação: Métodos de
sementeira / plantação
Quinta 9-Abril 13-14:50 Sementeira e plantação: Compassos e
datas de sementeira
8 Sexta 10-Abril 11-12:50 Qualidade e quantidade de semente;
Práticas culturais: ressementeira e
retancha, desbaste e roguing.
o
Quinta 16-Abril 13-14:50 1 teste
9 Sexta 17-Abril 11-12:50 Práticas Culturais (continuação): amontoa,
tutoramento, poda, desrame e desponte
10 Quinta 23-Abril 13-14:50 Rotação de culturas (apresentação dos
grupos)
CULTIVO
O cultivo das plantas pode ser:
– Em céu aberto
• cultivadas geralmente no solo
– Cultivo protegido:
• cultivadas dentro de estufas de vidro ou de
plástico com o uso de um substrato e
alimentadas por fertirrigação ou meio aquoso, na
água, (geralmente cultivo hidropônico)
Fonte: www.richel.fr/richelportal/easysite/action/WebdriveActionEvent/oid/01e-000007-016
Fonte: www.i-green.cn/uploadimg/20076281524996074.jpg
Hidroponia:
Tradução directa, significa plantas trabalhando
(crescendo) em água.
A palavra hidroponia é derivada de 2 palavras gregas:
‘hydro’ significa água e ‘ponos’ significa trabalho
A definição moderna de hidroponia:
é um sistema onde as plantas crescem em substratos
(meios de cultivo ou meios de crescimento) e não no solo
natural. Todos os nutrientes são dissolvidos na água de
irrigação e fornecidos regularmente às plantas.
Cultivo de alface em água (meio aquoso)
Fonte: www.csupomona.edu/~plantsci/images/picture_of_day_640x480_1410.jpg
Cultivo de alface em água (meio aquoso)
Fonte: www.yarnicksfarm.com/pix/lettuce-bg.jpg
Cultivo de alface em água (meio aquoso)
Fonte: www.hydroponics.co.nz/images/large/nft1.jpg
Serradura usada como substrato e a presença de um
gotejador “dripper” para a fertirrigação
Fonte: www.arc.agric.za/home.asp?PID=368&ToolID=63&ItemID=2308
Cultivo hidropônico de tomate
Fonte: http://www.yarnicksfarm.com/pix/tomato-grnhs2-bg.jpg
Produção hidropônica
Vantagens Desvantagens
1. têm melhor qualidade e, por isso, pouca 1. as pragas e doenças continuam a
necessidade de lavagem após a colheita; ser um grande risco;
2. a preparação do solo e o controlo de 2. é necessário um elevado nível de
infestantes é reduzida ou eliminada; especialização;
3. produz altíssimos rendimentos em 3. a produção hidropônica exige:
pequena área devido a um ambiente - uma boa gestão,
óptimo criado para o crescimento da - investimento inicial elevado,
planta. Tanto a água como os nutrientes
que a planta necessita estão disponíveis a - trabalho intensivo;
qualquer momentos;
4. uso eficiente da água; 4. é necessário uma atenção diária;
5. não é necessário um bom solo para as 5. deve-se sempre usar as
plantas crescerem; formulações especiais de
fertilizantes e nutrientes solúveis;
6. a poluição do solo devido aos nutrientes 6. encontrar um mercado pode ser
não utilizados pela planta é muito um problema.
reduzida.
A diferenças entre a produção hidropônica e a produção em céu aberto no
solo natural
Produção hidropônica Produção em céu aberto no solo natural
Não necessita de solo É exigido um bom solo superficial
Bom solo = boa drenagem, composto e
livre de doenças
As plantas são irrigadas automaticamente As plantas precisam de ser irrigadas
Não há estresse hídrico para minimizar o estresse hídrico
Os nutrientes estão disponíveis a qualquer Os nutrientes devem ser adicionados
momento ao solo
Apenas são utilizados fertilizantes solúveis A menos que seja feita uma analise
As formulações de fertilizantes laboratorial, muito ou muito poucos
hidropônicas contêm nutrientes balanceados nutrientes podem ser adicionados
Doenças do solo podem ser eliminadas Doenças do solo podem acumular-se no
solo
Produção hidropônica não é orgânica porque É possível a produção orgânica de
os nutrientes artificiais são sempre utilizados hortícolas no solo porque pode-se usar
e as plantas não são habitualmente cultivadas fertilizantes orgânicos como o composto
no solo e o estrume
Qual é a diferença entre:
Sementeira e plantação?
Alfobre e viveiro?
Transplantação e repicagem?
SEMENTEIRA E PLANTAÇÃO
Sementeira directa - cereais, leguminosas, oleaginosas
Sementeira indirecta em alfobres - quando se usa
sementes pequenas (tomate, alface, tabaco, arroz),
cujas plantas são depois transplantadas
Sementeira indirecta em alfobres e depois em
viveiros para futura enxertia e plantação - fruteiras
Plantação directa - quando faz uso de material
vegetativo, como por exemplo, cana-sacarina,
bananeira, ananás, mandioca, batata-doce
Plantação em viveiros para posterior
transplantação - café, cacau, sisal, seringueira
Sementeira bem feita deve-se ter em conta:
Tipo de instrumentos a utilizar
Método de sementeira
Data de sementeira
Taxa de sementeira
Profundidade da sementeira
A qualidade da semente a usar
Alfobres e Viveiros
1. Alfobre – local ocupado pelas sementes no seu
primeiro estágio de crescimento
2. Viveiro – local transitório ou segunda fase de
propagação de certas plantas
1 2
Fonte: Fonte:
http://fotos.sapo.pt/pericao/fotos/?uid=YUM5EcyvV http://images.quebarato.com.br/T440x/viveiro+de+mudas
zmfL20AdcMQ +de+laranjas+santa+leopoldina+es+brasil__6C181_2.jpg
O ALFOBRE pode ser:
1. Em recipientes / bandejas / tabuleiros (seed trays)
Esferovite
Plástico Madeira
Fonte: http://www.tianhua-
plastics.com/TZ-Series-Seed-Tray-
china/pic/201271210233187206.jpg
Fonte:
http://www.gabrielash.com/p
roducts/cedar-seed-
Fonte: trays.html
http://www.todoaislamientotermico.e
s/semilleroha005214
Procedimento da sementeira manual em alfobre usando
bandejas com substrato
1 2
3 4
Fonte: permeandonaescola.blogspot.com/2007/12/passo-passo-sementeira-parte-i.html
Sementeira manual em alfobre usando bandejas com substrato
Fonte: hatolasbonitas.blogspot.com/2008/03/imagenes-
de-la-siembra-1era-semana.html
Fonte:
www.bulkley.net/~symbios/Greenhouse%2
0sowing.jpg
Sementeira em alfobre mecanizada usando bandejas para
sementes pequenas de hortícolas
Fonte: www.blackmoreco.com/images/double_row_sowing.jpg
Os alfobres em bandejas normalmente são sob protecção
em casas de vegetação ou estufas
Fonte: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Grevilea/CultivodaGrevileaSulSudeste/
09_1_formacao_de_mudas.htm
2. Alfobres no solo em céu aberto
Fonte: www.osotwa.com/images/shambasha.jpg
Sementeira em alfobre directamente no solo
Fonte: mygarden.rhs.org.uk/blogs/jim_gardiner/3_x_3_plot_sowing.jpg
O VIVEIRO pode ser:
1. Em céu aberto
2. Sob protecção
Fonte: http://esa.ipb.pt/agro689/index.php?pag=c56
Fonte: http://es.quebarato.com.br/santa-leopoldina/viveiro-
de-mudas-de-laranjas__6C181.html
Vantagens
Melhor controlo e selecção rigorosos
adubação, sombreamento, rega, controlo de
infestantes e protecção fitossanitária
Mais económico
Deve-se:
Usar solo novo para cada viveiro
Sombreamento com rede fina (verde) é excelente e
permite a rega
Queimar plantas com mau desenvolvimento ou
atacadas por doenças
Existem 3 tipos fundamentais de ALFOBRES em céu
aberto:
1. Tradicionais; 2. controlados; 3. tecnificados
1. Tradicionais
Largura de 1,0 a 1,2 m
Comprimento variável, 1 m (agricultura familiar) a 30
m ou mais
Altura de 15 a 35 cm
Úteis em solos pesados, permitem uma melhor
drenagem
Alfobres tradicionais
Fonte: C.M. Bugalho Semedo in: A intensificação da produção hortícola, 4a Edição, 1988
Alfobres tradicionais
2. Controlados
Dimensões semelhantes às dos tradicionais
Úteis em solos leves, permitem uma melhor
conservação de água
Alfobres controlados
Fonte: C.M. Bugalho Semedo in: A intensificação da produção hortícola, 4a Edição, 1988
Alfobres controlados
Fonte: C.M. Bugalho Semedo in: A intensificação da produção hortícola, 4a Edição, 1988
Alfobres controlados
Fonte: http://www.drylandscope.org/images/jpegs/NURS1.JPG
Alfobres controlados
Fonte: Jerónimo Ribeiro, 1999
3. Tecnificados
Fonte: www.bioverde.com.br/sistemadeproducao.html
3. Tecnificados (continuação)
Mais caro
Permite um controlo mais cuidado práticas culturais
Vantajoso para a produção de plantas delicadas
Permite a criação de condições ambientais
diferentes das climáticas
Armadura em tijolo ou bloco pode servir como
suporte para coberturas
Repicagem
é a mudança de uma planta do alfobre para o viveiro
Culturas como as fruteiras e espécies florestais, são
repicadas para o viveiro, para uma segunda fase de
cuidados intensos mas muitas vezes o alfobre é
também chamado de viveiro (horticultura)
repicagem
Fonte:
http://fotos.sapo.pt/sabir/fotos/?uid=Ghw65zyKL
ny3ztKqHA6g
Fonte: www.palmitoseloverde.com.br/galeria.html
Repicagem
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-0udLp3ZiE3o/T5bs5Txbh6I/AAAAAAAACHc/oczveHLwYYU/s1600/ripicaguem.jpg
Existem 2 tipos básicos de VIVEIROS:
1. tradicional ou estacionário; 2. Móvel ou em vazos ou sacos
plásticos
1. Tradicional ou estacionário
No próprio terreno, até à altura da transplantação final
Arranjadas em faixas de 4-5 linhas, separadas por
distancias variáveis dependendo da espécie
Canteiros são separados por caminhos de largura variável
(2-3 m), dependendo de como serão feitos os tratamentos
o tratamento fitossanitário é mecanizado, por isso, os
caminhos devem ter dimensões que permita a passagem
do tractor
Comprimento destes canteiros é variável
Viveiro tradicional ou estacionário
MUDAS DE
VIDEIRA
Fonte: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-29452002000200065
Grande desvantagem: as plântulas são forçadas a passar
por uma 2a crise de transplantação que é agudizada
pelo facto de a transplantação ser geralmente feito
com as raízes “nuas”
2. Móvel ou em vazos ou sacos plásticos
Colocadas em sacos de plástico
A estrutura geral é semelhante à dos fixos,
permitindo um maior número de linhas, devido à
facilidade de arrumação dos sacos
A transplantação é feita com toda a terra contida no
saco, sendo removido, sem destruir o torrão de terra,
e colocado em covas préviamente preparadas
Enchimento dos sacos é feito com uma mistura de
solo e matéria orgânica à razão de 4:1
Viveiro móvel ou em vazos ou sacos plásticos
Fonte: http://images.quebarato.com.br/T440x/viveiro+de+mudas+de+laranjas+santa+leopoldina+es+brasil__6C181_2.jpg
Transplantação
é a mudança de uma planta do viveiro para o campo
definitivo
Fonte: www.fundecitrus.com.br/dv_mudas_br.html
Transplantação (cont.)
A transplantação das plântulas deve ser feita com o
torrão (solo ou substrato à volta das raízes) e deve-se
evitar danifica-lo
Fonte: hort.uark.edu/research-programs/ Fonte: http://www.rec.udel.edu/Update%2003/Issue%209%202003.htm
images/sl-vinca.jpg
Instrumentos para ajudar a transplantação
Fonte: E.G. van Antwerpen & J.P. Aves in: Vegetable
cultivation, Revised Edition, 2000
Fonte:
http://www.news.wisc.edu/3813
Transplantação (cont.):
Fonte: Fonte:
www.dkimages.com/discover/previews/792/3682 http://0.tqn.com/d/gardening/1/0/_/z/Transplanting-
23.JPG Tomatoes.jpg
Transplantação (continuação):
• A plântula deve ser colocada na cova e com ajuda de
um plantador ou com os dedos deve compactar a terra
para junto das raízes, como ilustra a imagem.
Correcto Errado
Fonte: Henk Waaijenberg in: A horta nos trópicos com especial referência a Africa, 1994
Métodos de Sementeira e Plantação
1. Método mecânico
Pouco usado na agricultura tradicional
Semente pode ser distribuída a lanço, em sulcos ou
em linhas
Fonte: epaad.no.sapo.pt/fotosprodutos/produtos07.jpg
Fonte: www.avrdc.org/LC/soybean/production/sow03.jpg
Métodos de Sementeira e Plantação (continuação)
2. Método manual
Normalmente usado pelo camponês de subsistência
Identificam-se duas formas de distribuição básicas:
a lanço - quando sementes pequenas são usadas
sementeira localizada - quando se usam sementes
grandes como as do milho, algodão, amendoim
Fonte: www.ramp-af.com/agriculture/images/photo-sowing-wheattemp_000.jpg
Tradicionalmente:
Sementeira em zig-zag (ver foto na página a
seguir) – plantas de forma mais ou menos uniforme
pelo campo, mas sem qualquer arranjo espacial
geométricamente definido
esta é acusada de ser uma das causas do baixo
rendimento do Sector Familiar
afirmação não é completamente verdadeira:
→ Ensaios realizados na Província de Maputo
(Eliseu, 1991), forneceram os seguintes
resultados:
Fonte: www.era.anthropology.ac.uk/Kaberry/Kaberry_text/pictures/g.jpg
Milho – sementeira em zig-zag:
maiores rendimentos
maior densidade de plantas à colheita
Amendoim
não se encontraram diferenças nas 2 formas de
sementeira
Podemos distinguir duas formas gerais de sementeira:
Sementeira directa
Sementeira indirecta em alfobres
Sementeira e/ou a plantação pode ser feita segundo 3
métodos:
em sulcos
em linhas
a lanço
NOTA: Na maioria dos casos, a sementeira em linhas ou
em sulcos são consideradas localizada
em sulcos
Fonte: www.woad.org.uk/html/woad_14.html
em sulcos
Fonte: www.dkimages.com/discover/previews/879/25107418.JPG
em sulcos com um fluido para melhor distribuir a semente
A B
Fonte A:www.dkimages.com/discover/Home/Gardening/Kitchen-Garden/Vegetables/Sowing-and-Planting/Fluid-Sowing/Fluid-Sowing-4.html
Fonte B: www.dkimages.com/discover/Home/Gardening/Ornamentals/Annuals-and-Biennials/Sewing-and-Planting/Unassigned/General-096.html
Vantagens da sementeira localizada (linhas ou sulcos)
em relação à sementeira a lanço:
Garante maior economia de semente (menor taxa de
sementeira)
Permite uma distribuição mais uniforme da semente
Permite maior uniformidade na profundidade de
sementeira
Devido ao uso de menores densidades, existe menor
competição entre as plantas
O ataque de pragas e doenças é geralmente menor
Permite maior facilidade na realização das práticas
culturais
Quanto à forma da superfície do solo, a sementeira
pode ser:
1. Lister
época seca ou onde a chuva é escassa
solos permeáveis
onde existe ventos secos e fortes
2. Plana
solos de boa drenagem
onde não predominam ventos quentes
3. Em camalhões
onde a época chuvosa é excessiva
solos pesados
4. Em camas ou canteiros
onde é usada a rega por sulcos
Quanto á distância entre as linhas temos a sementeira:
a jorro ou em linhas contínuas
em linhas a espaços
em rectângulo
hexagonal
Quanto ao número de linhas, a sementeira pode ser:
1. Standard
O O O O
O O O O
O O O O
O O O O
Compasso = Dl x Dp (em m ou cm)
Dl = distancia entre linhas
Dp = distancia entre plantas
Exemplo:
Compasso do milho = 70 x 30 cm, indica
distancia entre linhas é de 70 cm
distancia entre plantas, na mesma linha, é de 30
cm
2. Linhas duplas
Compasso = (Df + Dlf) x Dp (em m ou cm)
Df = distancia entre faixas
Dlf = distancia entre linhas numa faixa
Dp = distancia entre plantas
Exemplo:
Compasso do sisal = (2 + 1) x 1 m, indica:
distancia entre faixas é de 2 m
distancia entre linhas dentro da faixa é de 1 m
distancia entre plantas, na mesma linha, é de 1 m
3. Em faixas ou linhas múltiplas
O - localização das plantas
Exercicio:
Na densidade populacional de 50 000 plantas/ha e um
compasso entre linhas de 80 cm numa sementeira
standard, qual é a distância entre plantas na linhas?
Densidade de Sementeira / Plantação
Compasso óptimo
tem que permitir o crescimento da folhagem
suficiente para utilizar o máximo da radiação
sem ocorrer excesso de auto-sombreamento
tem que permitir que as raízes tenham espaço
suficiente para absorção de água e nutrientes
Culturas com afilhamento e prostradas:
têm pouca resposta à variação da densidade de
sementeira
devido à sua grande plasticidade
Variedades erectas:
maiores densidades
exemplo – amendoim, em Moçambique recomenda-se:
45 x 10 cm para as variedades erectas
60 x 10 cm para as variedades prostradas
Plantas perenes
altas densidades
reduzem de rendimento com a idade
→ devido ao auto-sombreamento (citrinos e
bananeira)
→ falta de espaço para o crescimento e
desenvolvimento do sistema radicular
Plantas perenes (continuação)
necessário desbaste (em linhas alternas ou
plantas alternadas) antes delas começarem a
competir
Fertilidade do solo:
Solos férteis podem suportar mais ou menos plantas
que solos menos férteis
dependendo da cultura, do seu crescimento e da
tecnologia utilizada
Densidade de plantação depende de aspectos como:
pragas, doenças e infestantes
solo e clima
local
espécie/cultura
cultivar
Em árvores e em grandes plantações:
Preferível plantar em linhas com distancias que
permitam a circulação de tractores para:
sacha
protecção fitossanitária
Esta redução da densidade, por aumento da distancia
entre-linhas pode ser compensado:
com um aumento do número de plantas dentro da
linha
Densidade de plantas é muitas vezes o factor de
maior influência no rendimento
Sem grandes alterações no rendimento podemos:
fazer a sementeira em linhas simples, duplas ou
múltiplas
e manipular a distancia entre linhas e entre plantas
Exemplo: Efeito da densidade e do padrão de sementeira
no Rendimento do milho (t/ha).
(Pendleton, 1979)
Densidade de plantas vs. recursos ambientais:
Água - deficiência de água deve-se reduzir a densidade
Nutrientes - solos férteis ou alta disponibilidade de
nutrientes pode-se usar densidade mais altas
Luz - aumento da densidade, reduz-se a luz disponível
por planta
para garantir máxima intercepção deve-se:
→ minimizar a competição intra- e inter-específica
→ melhorar o padrão de distribuição e orientação
das folhas
→ aumentar a densidade, até atingir o LAI óptimo
Um aumento da densidade de plantas pode provocar:
Redução do sistema radicular
Aumento da altura da planta
Aumento da susceptibilidade à acama
Aumento da taxa de mortalidade das plantas devido
à competição entre plantas
Aumento do índice de incidência de doenças porque
as plantas ficam mais sensíveis
Atrasa a maturação
Profundidade da Sementeira
Depende essencialmente:
Tamanho da semente
Tipo de solo
Disponibilidade de água no solo também tem a sua
influência
Solos arenosos, leves ou quentes
Sementeira profunda
fraca resistência posta pelo solo à emergência
solos leves secam a superfície com maior rapidez
→ garante-se que a semente fique mais tempo em
contacto com solo húmido
Culturas com sementes grandes
Sementeira profunda
sementes com maior quantidade de carbohidratos
armazenados
→ conseguem vencer camadas de solo mais
grossas
Datas de Sementeira
Depende:
Condições climatéricas
Particularidades biológicas das culturas
Em regime de sequeiro é importante ter em conta:
época chuvosa – deve-se semear logo que as chuvas
começam
Atraso nas sementeiras deve-se muitas vezes:
Terreno seco que torna difícil a preparação do solo
Culturas (alimentos base) prioritárias atrasam a
sementeira das outras
Carência de mão-de-obra familiar
Falta de semente
Quantidade de água disponível
reduções no rendimento
atraso de 2 , 4 e 6 semanas em relação ao
óptimo reduz o rendimento do algodão em:
→ 14%, 40% e 50% respectivamente
Importância do Uso de Sementes de Qualidade
Qualidade da semente a usar deve-se determinar:
Características externas:
forma
tamanho (pode ser dado pelo peso de 100 sementes
quando são grandes ou peso de 1000 sementes quando
pequenas)
cor
Características internas:
pureza genética
→ é um indicador do grau de uniformidade genética do
material. Pode ser dado pela razão entre o peso das
sementes fora do normal e o peso do lote
Características internas (continuação):
pureza física (%)
→ é um indicador do conteúdo de impurezas
contidas no lote de sementes (sementes partidas
devem ser consideradas como impurezas)
→ semente com menos de 85-90% de pureza física
não deve ser aceite
Fonte: www.namdhariseeds.com/nam_qnc.htm
Características internas (continuação):
teor de humidade (%)
→ o conhecimento do teor de humidade da semente
é fundamental para decidir sobre se armazenar e
sobre o período de armazenamento
poder germinativo (%) ou viabilidade
→ indica-nos a quantidade de semente viável no lote
→ material com menos de 85-90% de poder
germinativo não deve ser aceite como semente
Fonte: www.namdhariseeds.com/nam_qnc.htm
Fonte: www.ipmthailand.org/images/FFS/seed_germination_test.JPG
Fonte: www.jatropha.de/photo-show/germination-test/fs-gt-bagani-0.htm
Fonte: www.jatropha.de/photo-show/germination-test/fs-gt-bagani-3.htm
Fonte: www.jatropha.de/photo-show/germination-test/fs-gt-kakute.htm
Características internas (continuação):
energia germinativa ou vitalidade
→ é um indicador da velocidade de germinação da
semente
valor agrícola (%)
→ indica o valor global da semente, integrando o
poder germinativo e a pureza física da semente
→ valor Agrícola (VA) menor que 80-85% ou uma
percentagem de germinação (PG) menor que
85-90% as sementes devem ser rejeitadas
Qualidade da semente
Sementes partidas têm:
maior mortalidade
menor germinação (no amendoim, muitas vezes as
sementes sem parte ou sem a totalidade do
tegumento não germinam)
maior susceptibilidade a infecções
produzem plantas mais pequenas
Qualidade da semente (continuação)
Maturação da semente
o PG(%) diminui com o aumento da imaturidade
amendoim é mais propenso a infecção por Aspergillus
flavus (armazenamento) quando colhido antes do
tempo
no milho, sementes maduras produzem plantulas
mais pesadas
sementes imaturas são mais susceptíveis a infecção
por fungos
Qualidade da semente (continuação)
Tamanho da semente
Sementes pequenas produzem:
plântulas pequenas
produziram 18% menos grão
Quantidade de semente necessária para sementeira:
Factor de campo:
1. condição ideal de viveiro 0,9 (90% de viabilidade de
emergência da semente);
2. condição média 0,7;
3. para solos frios com pobres cultivos “tilth” 0,5
FIELD CROPS
Crop Seeds/lb. Seeds/kg
Maize 800-1300 1750 - 2850
Sorghum 12000-20000 26 000 - 44 000
Peanuts 500-700 1000 - 1550
Fonte: Crops training component: Technical guidelines and references (1985)
O que é:
Ressementeira?
Retancha?
Desbaste?
Roguing?
Amontoa?
Tutoramento?
Poda?
PRÁTICAS CULTURAIS
São as várias actividades realizadas entre a sementeira
e a colheita para condução de uma cultura em céu
aberto ou cultivo protegido.
Podem ser:
Ressementeira e retancha
Desbaste
Roguing
Amontoa
Tutoramento
Poda, desrame
Desponte
Ressementeira e retancha
nova sementeira devido à ocorrência de baixas
densidades de plantas estabelecidas
são feitas quando a densidade de plantas é inferior ao
óptimo estabelecido
se a diferença entre a densidade óptima e a obtida
for:
baixa, faz-se a retancha ou reposição de falhas
demasiado baixa para que a reposição de falhas
seja economicamente rentável, é preferível abater
o talhão e fazer nova sementeira - ressementeira
Ressementeira e retancha (continuação)
A não realização destas práticas pode causar as seguintes
consequências:
baixos rendimentos devido à baixa densidade de
população
maior competição com infestantes (maior espaço
disponível)
subutilização do solo
aumento dos custos unitários devido aos baixos
rendimentos
Antes de se realizar a ressementeira devem considerar
os seguintes factores:
tipo de cultura/variedade - hábito de crescimento,
plasticidade
% de falhas admissíveis
existem normalmente limites de falhas
permissíveis, geralmente determinados por
factores de carácter económico
Retancha:
quando fazer?
regra geral, a retancha deve ser feita entre os 5 a
10 dias depois da emergência.
o atrazo na retancha implica a competição
acentuada entre as plantas das duas datas de
sementeira, com efeito negativo nas mais novas
Desbaste
prática contrária á retancha
é feito quando a densidade obtida é maior que a
óptima, arrancando-se algumas plantas para se obter
a densidade óptima
o desbaste deve ser feito bem cedo, para evitar que
o processo de competição entre as plantulas inicie, o
que pode vir a ter efeitos negativos
Roguing
é a selecção e remoção de plantas com características
varietais fora do aceitável (muito usado na produção
de sementes)
Desbaste
Amontoa
prática cultural usada em culturas semeadas em
linhas
nesta actividade o solo proveniente do espaço
entre duas linhas contíguas é removido e
amontoado na linha da cultura, aumentando a altura
do solo
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/imagens/amendoim_trato_cultural.jpg
Fonte: www.gardenaction.co.uk/images/potato_earth_up.jpg
Amontoa (continuação)
esta actividade, para além de permitir um certo
controlo das infestantes, permite ainda atingir os
seguintes objectivos:
aumentar o ancoramento
facilitar a rega por gravidade
facilitar a drenagem
permitir o enterramento dos adubos
Tutoramento
Apoiar a planta ou parte dela e/ou guiar o crescimento
Onde usar:
trepadeiras
Fonte: www.ciberguia.pt/cibercatalogo/public/2268/produtos/3784-85_dT.jpg
Fonte: br.geocities.com/qucarago/Trepadeira-01.jpg
Onde usar (continuação):
variedades de crescimento indeterminadas
(tomateiro)
Fonte: www.ictp.cnr.it/life/task4ac42_file/image170.jpg
Fonte: www.hightunnels.org/images/Spl%20Gh%20Tomato%20with%20Fruit%20KW.jpg
Fonte: grainger.tennessee.edu/images/Grainger/photo_gallery/DSC03069.JPG
Fonte: www.dpi.vic.gov.au/agvic/ihd/projects/images/7veg-tom2.jpg
Onde usar (continuação):
parte de uma planta sobrecarregada (bananeira)
Fonte: www.defdesigns.com/P9300067%20Banana%20Tree.jpg
Vantagens
frutos mais limpos e de melhor qualidade (menos
perdas)
controlo de pragas e doenças mais seguro e
uniforme
no tomateiro:
→ produção é mais cedo
→ período de produção é mais longo
→ facilidade na colheita manual
Desvantagens
investimento
colheita não pode ser mecanizada
Poda
remoção de uma parte da planta que provoque alterações
da forma ou fisiologia da planta
Objectivos são a obtenção do máximo:
efeito decorativo
produções óptimas (equilíbrio entre o
desenvolvimento, a floração e a frutificação)
Onde se pode aplicar?
árvores de frutos
arbustos (flores, etc.)
trepadeiras
TIPOS DE PODA:
1. Formação – objectivo de constituir um bom
esqueleto, com configuração adequada
Fonte: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_47_24112005115222.html
Fonte: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_47_24112005115222.html
Fonte: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_47_24112005115222.html
A B C
D E
Poda de formação videira: A - enxerto ou muda; B - condução da muda; C -
desponta; D - condução das feminelas (gema situada ao lado da gema dormente
e que pode se desenvolver no mesmo ano de sua formação); E - poda seca
Fonte: http://www.cnpuv.embrapa.br/publica/sprod/viticultura/podaseca.html
2. Frutificação –
objectivo de atingir as
mais altas produções
em qualidade e
quantidade, mantendo
o equilíbrio fisiológico
da planta (fruteiras
temperadas).
Importante para
mantém o equilíbrio
entre a parte
vegetativa e a parte
produtiva da planta
Fonte: http://professorbetao.webnode.com.br/news/podas-
de-frutiferas/
A B
C D E
Poda de frutificação videira: A - planta antes da poda, mostrando os sarmentos
originados dos esporões e varas deixados no ano anterior; B - planta mostrando as
varas e os esporões deixados após a poda; C - brotação das duas gemas do esporão; D -
detalhe indicando a posição dos cortes na poda mista de inverno; E - detalhe
mostrando a vara e o esporão após a poda
Fonte: http://www.cnpuv.embrapa.br/publica/sprod/viticultura/podaseca.html
3. Renovação e rejuvenescimento ou regeneração – promover
o crescimento lenhoso com o objectivo revigorar as plantas
velhas (recuperar árvores ou arbustos improdutivos)
Eliminação da
folhagem e ramos
secundários,
deixando-se
apenas o
esqueleto dos
ramos principais
Poda de renovação para substituição da cultivar copa.
Foto: Magna Soelma Beserra de Moura
Fonte: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_85_24112005115224.html
Renovação e rejuvenescimento ou regeneração (cont.)
O corte pode ser radical e em ambos casos recomenda-se
a aplicadas de pastas fungicidas, normalmente cúprica, no
local do corte
Fonte: http://professorbetao.webnode.com.br/news/podas-de-frutiferas/
Poda no tomateiro:
Poda no tomateiro (continuação):
Vantagens:
maior tamanho do fruto
menor ciclo (importante em climas temperados)
Desvantagens:
mais frutos com queima causado pelo sol
menor rendimento total
para Moçambique
→ Estacão quente = não
→ Estacão fria = sim/não
Desrama – operação de poda que consiste na eliminação
de ramos pela base ou pela inserção em árvores ou
arbustos
Desponta – corte e remoção da extremidade dos caules
ou ramos de algumas plantas