A FRASE SIMPLES
E COMPLEXA
Orações
coordenadas
e
subordinadas
A Frase
A frase é uma unidade linguística
portadora de um sentido completo.
Cabe à sintaxe o estudo das relações
estabelecidas entre os elementos da frase.
A frase simples e complexa
1. A frase simples é constituída por um verbo (transitivo, intransitivo ou
copulativo), contendo apenas uma ação.
Exemplos:
a) - O Pedro comeu um bolo. Duas frases
b) - A Rita bebeu um sumo. simples
2. A frase complexa é constituída por dois ou mais verbos, ou seja, é
constituída por duas ou mais orações:
Exemplo:
c)- O Pedro comeu um bolo e a Rita bebeu um sumo.
Oração Oração
FRASE
A frase complexa
A frase complexa é constituída por duas ou mais orações
simples que estão ligadas entre si. A relação entre essas orações
pode ser estabelecida de duas formas:
COORDENAÇÃO
OU
SUBORDINAÇÃO
A oração finita e oração não finita
Atenção, de acordo com a forma verbal
utilizada, é possível distinguir orações
finitas de orações não finitas.
A oração finita
É aquela que tem o verbo na forma finita, isto é, o
verbo encontra-se flexionado em tempo, modo e pessoa
– número.
Observa:
Adormeceu de madrugada e acordou cedo.
Oração Oração
A oração não finita
É aquela cujo verbo está numa forma não finita, isto
é, o verbo pode apresentar-se no infinitivo, no gerúndio
ou no particípio passado.
Observa:
Ele errou, ao comprar aquilo.
Estava impaciente, esperando a sua chegada.
Guiado pelo instinto, conseguiu chegar.
A. Coordenação
A coordenação é uma relação sintática estabelecida entre
elementos (palavras, grupos de palavras ou orações) que
pertencem à mesma categoria gramatical e desempenham a
mesma função sintática.
As orações coordenadas apresentam pouca mobilidade na
frase complexa e são sintaticamente independentes, na medida
que nenhuma desempenha qualquer função sintática
relativamente a outra(s) com que se combina.
A. Coordenação
Nota: a coordenação pode ser sindética, se resultar da
utilização de conjunções ou locuções conjuncionais; ou
assindética, se não resultar do uso destes elementos. Na escrita,
a coordenação assindética é assinala por meio de vírgulas e na
oralidade por pausas.
Observa:
Eles ouviam e António falava. O. coordenadas sindéticas
Eles ouviam, António falava. O. coord. assindéticas
A. Coordenação Até eu percebo
disto!...
Observa:
a) – Ele comeu um bolo e ela bebeu um sumo.
Oração Oração
b) – Ele comeu um bolo, mas ela bebeu um sumo.
Oração Oração
As orações coordenadas resultam da união de duas
ou mais frases simples através do uso de conjunções
coordenativas e locuções conjuncionais coordenativas,
advérbios conetivos ou da vírgula.
Classificação das orações coordenadas:
Conjunção coordenativa copulativa
a) A lua brilha e a noite fica iluminada.
Oração coordenada Oração coordenada copulativa
Conjunção coordenativa adversativa
b)- Estava um lindo dia, mas decidiram ficar em casa.
Oração coordenada Oração coordenada adversativa
Às frases resultantes deste processo de construção chamamos
orações coordenadas. Estas classificam-se de acordo com a
conjunção ou locução que as liga.
Eis o quadro das principais conjunções, locuções conjuncionais
coordenativas e advérbios conetivos:
Conjunções Advérbios
/locuções conetivos
e
nem
Copulativas – indicam uma ligação, isto é, nem… nem
acrescentam uma ideia à que é transmitida na tanto…como
primeira oração. não só…mas
Ex: Almocei na escola e jantei em casa. também
não só…como
também
Adversativas – exprimem uma ideia de
porém, todavia,
oposição ou contraste. mas
contudo, no entanto
Ex: Almocei há pouco, mas estou com fome.
ou,
ora…ora,
Disjuntivas – as orações são alternativa
ou…ou,
uma da outra.
nem…nem, quer…
Ex: O Pedro está doente ou ficou a dormir.
quer, seja…seja.
Eis o quadro das principais conjunções, locuções conjuncionais
coordenativas e advérbios conetivos:
Conjunções / Advérbios
locuções conetivos
Conclusivas – indicam uma conclusão, ou
seja, a segunda oração apresenta-se como assim, portanto, por
conclusão da primeira. isso; por
logo
consequência; por
Ex: O Pedro perdeu o autocarro, portanto conseguinte;
chegou atrasado.
Explicativas – exprimem uma explicação
ou justificação, que permite esclarecer o que
foi expresso da oração anterior.
pois, que
Ex: Sofrei, que ele já sofreu muito.
O Nuno tem namorada, pois já não sai com os
amigos.
B. Subordinação
Para além da coordenação, as orações podem estar ligadas entre
si por subordinação.
Observa novamente:
1. Foram ao cinema, porque o filme era interessante.
2. Quando chegou o Pedro, foram todos ao cinema.
As orações subordinadas estão dependentes da subordinante,
com a qual estabelecem uma determinada relação. Assim, a
oração subordinante é a oração principal da frase e, geralmente,
pode continuar a existir como oração independente. A oração
subordinada apenas tem sentido quando ligada à subordinante.
Esta dependência sintática é evidenciada pelo facto de a oração
subordinada desempenhar sempre uma função sintática
relativamente à oração subordinante.
Ao contrário das orações coordenadas, as orações subordinadas
apresentam, em geral, grande mobilidade na frase, podendo ser
deslocadas.
De acordo com a função sintática desempenhada na oração
subordinante, as oarações podem classificar-se em:
•Substantivas - quando desempenham uma função sintática
característica do grupo nominal.
• Adjetivas – quando desempenham uma função sintática
característica do grupo adjetival.
• Adverbiais – quando desempenham a função característica do
grupo adverbial.
A oração subordinada substantiva é selecionada por um verbo, por um
nome ou por um adjetivo da oração subordinante.. Desempenhando a
função sintática de grupo nominal, pode ser facilmente substituída por
um pronome como isso:
• “Agora o patrão diz que eu já não tenho mão.”
• Agora o patrão diz isso.
• “E não há dúvida que os resultados obtidos confirmam a
verdade.”
•E não há dúvida disso.
A oração subordinada adjetiva equivale a um
adjetivo, ocorrendo sempre à direita do
antecedente e desempenhando a função
sintática típica daquela classe de palavras.
A oração subordinada adverbial cumpre uma função típica de um
advérbio, não sendo por isso, selecionada pelo verbo principal da oração
subordinante. De forma geral, apresenta grande mobilidade na frase (à
exceção das comparativas e consecutivas), devendo ser separada por
vírgulas, na escrita, quando antecede a oração subordinante ou quando
aparece intercalada.
• Para inaugurar a loja, convidou o Presidente da Câmara.
• Convidou o Presidente da Câmara, para inaugurar a loja.
• Convidou, para inaugurar a loja, o Presidente da Câmara.
