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Instrumentalidade no Serviço Social

Este documento discute a instrumentalidade no trabalho do assistente social. A instrumentalidade refere-se à capacidade da profissão de objetivar suas intenções por meio de respostas profissionais que modificam as condições objetivas e subjetivas da realidade social. A instrumentalidade é construída historicamente e permite que o serviço social seja reconhecido socialmente por responder às demandas das classes de forma operacional.
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Este documento discute a instrumentalidade no trabalho do assistente social. A instrumentalidade refere-se à capacidade da profissão de objetivar suas intenções por meio de respostas profissionais que modificam as condições objetivas e subjetivas da realidade social. A instrumentalidade é construída historicamente e permite que o serviço social seja reconhecido socialmente por responder às demandas das classes de forma operacional.
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SERVIÇO SOCIAL NA

CONTEMPORANEIDADE
P R O F. W I L K C A R D O S O C R U Z
A INSTRUMENTALIDADE
NO TRABALHO DO
ASSISTENTE SOCIAL
YOLANDA GUERRA
INTRODUÇÃO

O objetivo do texto é o de refletir sobre a


instrumentalidade no exercício profissional do
assistente social como uma propriedade ou um
determinado modo de ser que a profissão adquire no
interior das relações sociais, no confronto entre as
condições objetivas e subjetivas do exercício
profissional.
INTRODUÇÃO

A instrumentalidade no exercício
profissional refere-se, não ao conjunto
de instrumentos e técnicas (neste caso,
a instrumentação técnica), mas a uma
determinada capacidade ou
propriedade constitutiva da profissão,
construída e reconstruída no processo
sócio-histórico.
A INSTRUMENTALIDADE DO TRABALHO E O
SERVIÇO SOCIAL
Foi dito que a instrumentalidade é uma propriedade e/ou capacidade que
a profissão vai adquirindo na medida em que concretiza objetivos. Ela
possibilita que os profissionais objetivem sua intencionalidade em
respostas profissionais. É por meio desta capacidade, adquirida no
exercício profissional, que os assistentes sociais modificam, transformam,
alteram as condições objetivas e subjetivas e as relações interpessoais e
sociais existentes num determinado nível da realidade social: no nível do
cotidiano.
Na medida em que os profissionais
utilizam, criam, adequam às
condições existentes, transformando-
as em meios/instrumentos para a
objetivação das intencionalidades,
suas ações são portadoras de
instrumentalidade. Deste modo, a
instrumentalidade é tanto condição
necessária de todo trabalho social
quanto categoria constitutiva, um
modo de ser, de todo trabalho.
POR QUE DIZER QUE A INSTRUMENTALIDADE É CONDIÇÃO DE RECONHECIMENTO
SOCIAL DA PROFISSÃO?

• Todo trabalho social (e seus ramos de especialização — por ex. o Serviço


Social) possui instrumentalidade, a qual é construída e reconstruída na
trajetória das profissões pelos seus agentes. Pelo processo de trabalho os
homens transformam a realidade, transformam-se a si mesmo e aos
outros homens. Assim, os homens reproduzem material e socialmente a
própria sociedade. A ação transformadora que é práxis (ver Lessa, 1999
e Barroco, 1999), cujo modelo privilegiado é o trabalho, tem uma
instrumentalidade.
QUAL A RELAÇÃO ENTRE POSTURA TELEOLÓGICA E INSTRUMENTALIDADE?

• No trabalho o homem desenvolve capacidades, que passam a mediar sua


relação com outros homens. Desenvolve também mediações, tais como a
consciência, a linguagem, o intercâmbio, o conhecimento, mediações
estas em nível da reprodução do ser social como ser histórico, e,
portanto, postas pela práxis.
• O que ocorre com a instrumentalidade com a qual os homens controlam
a natureza e convertem os objetos naturais em meios para o alcance de
suas finalidades, é que ela é transposta para as relações dos homens
entre si, interferindo em nível da reprodução social. Mas isso só ocorre
em condições sócio-históricas determinadas.
Nestas, os homens tornam-se
meios/instrumentos de outros homens. O
exemplo mais desenvolvido de conversão
dos homens em meios para a realização de
fins de outros homens é o da compra e
venda da força de trabalho como
mercadoria, de modo que a
instrumentalidade, convertida em
instrumentalização das pessoas, passa a ser
condição de existência e permanência da
própria ordem burguesa, via instituições e
organizações sociais criadas com este
objetivo.
SERVIÇO SOCIAL E
INSTRUMENTALIDADE
• É no estágio monopolista do capitalismo, dadas às
características que lhe são peculiares, que a questão
social vai se tornando objeto de intervenção sistemática
e contínua do Estado. Com isso, instaura-se um espaço
determinado na divisão social e técnica do trabalho para
o Serviço Social (bem como para outras profissões).
• As políticas sociais, além de sua dimensão econômico-
política (como mecanismo de reprodução da força de
trabalho e como resultado das lutas de classes)
constituem-se também num conjunto de procedimentos
técnico-operativos, cuja componente instrumental põe a
necessidade de profissionais que atuem em dois campos
distintos: o de sua formulação e o de sua
implementação.
SERVIÇO SOCIAL E
INSTRUMENTALIDADE
• Por isso é importante, na reflexão do significado sócio-
histórico da instrumentalidade como condição de
possibilidade do exercício profissional, resgatar a
natureza e a configuração das políticas sociais que,
como espaços de intervenção profissional, atribuem
determinadas formas, conteúdos e dinâmicas ao
exercício profissional.
• A este respeito, considerando a natureza
(compensatória e residual) e o modo de se expressar
das políticas sociais (como questão de natureza
técnica, fragmentada, focalista, abstraída de
conteúdos econômico-políticos) estas obedecem e
produzem uma dinâmica que se reflete no exercício
profissional.
SERVIÇO SOCIAL E
INSTRUMENTALIDADE
1. da instrumentalidade do Serviço Social face ao
projeto burguês, o que significa a capacidade que a
profissão porta (dado ao caráter reformista e
integrador das políticas sociais) de ser convertida em
instrumento, em meio de manutenção da ordem, a
serviço do projeto reformista da burguesia. Neste caso,
dentro do projeto burguês de reformar conservando, o
Estado lança mão de uma estratégia histórica de
controle da ordem social, qual seja, as políticas sociais,
e requisita um profissional para atuar no âmbito da
sua operacionalização: os assistentes sociais. Este
aspecto está vinculado a uma das funções que a ordem
burguesa atribui à profissão: reproduzir as relações
capitalistas de produção.
SERVIÇO SOCIAL E
INSTRUMENTALIDADE
2. da instrumentalidade das respostas profissionais, no
que se refere à sua peculiaridade operatória, ao
aspecto instrumental-operativo das respostas
profissionais frente às demandas das classes, aspecto
este que permite o reconhecimento social da profissão,
dado que, por meio dele o Serviço Social pode
responder às necessidades sociais que se traduzem
(por meio de muitas mediações) em demandas
(antagônicas) advindas do capital e do trabalho. Isto
porque as diversas modalidades de intervenção
profissional tem um caráter instrumental, dado pelas
requisições que tanto as classes hegemônicas quanto as
classes populares lhe fazem. Nesta condição, no que se
refere às respostas profissionais.
QUESTÃO PARA O DEBATE

• Considerando as contribuições da professora


Yolanda Guerra (2000), para o Serviço Social,
disserte sobre o conceito de
instrumentalidade.
• Qual a contribuição marxista no debate da
instrumentalidade do Serviço Social?

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