AÇÕES DE ENFERMAGEM NA
PREVENÇÃO DA AIDS
PROF. IACÍ PROENÇA PALMEIRA
O QUE É AIDS?
È uma doença que destrói as defesas do
organismo. É causada pelo HIV que está
presente no sangue e no sêmen, ou seja, é
adquirida por meio de sexo não seguro,
sangue contaminado, transmissão vertical e
através do leite materno da mãe infectada
para o feto
EM OUTRAS PALAVRAS:
Aids quer dizer:
- Síndrome da imunodeficiência adquirida.
-Síndrome= é um conjunto de sinais e sintomas que
caracterizam o aparecimento de várias doenças.
-Imuno= atinge o sistema imunológico
-Deficiência= deixando-o com problemas na defesa
do nosso organismo.
-Adquirida= transmitida de pessoa para pessoa.
SISTEMA IMUNITÁRIO
Os linfócitos (glóbulos brancos), tem a função de
defender nosso organismo de doenças e infecções. O
vírus da AIDS escolhe justamente as células do
sistema de defesa (imunológico) para viver.
Os linfócitos se localizam nos gânglios linfáticos e
se dividem em: B e T. Os linfócitos B protegem
contra os microorganismos, fabricando anticorpos,
que destroem os agressores, impedindo-os de agir.
Os linfócitos T4 (também chamados CD4), são
responsáveis pela defesa do organismo, por “alertar”
o sistema imunológico que é preciso se defender,
pois há perigo à vista.
Sem ser avisado que precisa combater os
“invasores”, o sistema imunológico não funciona.
Os linfócitos T8 (também chamados CD8)
destroem as células já infectadas ou doentes.
Finalmente, os macrófagos, que são grandes
células do sistema imunitário. São considerados
como os “lixeiros” do organismo: digerem os
“resíduos” saídos das células mortas e os micróbios.
O HIV pode infectar os linfócitos T4 (CD4) e os
macrófagos, mas não os linfócitos T8.
AGENTE ETIOLÓGICO
- HIV, vírus da imunodeficiência humana, que
é um retrovírus mutante com genoma da
família Lentiviridae, que contém a enzima
transcriptase reversa, a qual faz com que o
RNA viral se transforme em DNA, fazendo a
replicação viral. Tem 2 tipos conhecidos, o
HIV-1 e o HIV-2.
Porque o vírus da AIDS causa
tantos danos?
-A diferença entre o HIV e os outros vírus é que ele
ataca as células de defesa, que lutam contra agentes
estranhos;
-Se o sistema de defesa não reconhece o agressor ,
não se organiza e nem se arma para lutar, assim o
inimigo invade o nosso corpo;
-A célula T hospedeira não processa o RNA em
proteínas, gerando um DNA, a partir do RNA do HIV,
que usa a transcriptase reversa para que ocorra esta
transcrição;
-O HIV integra-se ao DNA da célula hospedeira,
infectando-a, esta célula torna-se uma “bomba” que
COMO O ORGANISMO SE DEFENDE?
REAÇÃO NORMAL DAS CÉLULAS DE DEFESA
Ilustração: Como o HIV se reproduz
1- Ataque: proteínas do HIV se acoplam a receptores CD4, presentes
nos glóbulos brancos do sangue (linfócitos};
2-Cópia dos genes: o HIV faz uma cópia de seu próprio material
genético;
3- Replicação: o vírus aloja a cópia de seus genes no DNA da cel.
Hospedeira. Quando esta se reproduz, parte dos vírus também são
reproduzidos;
4- Novo Vírus: as partes do vírus se unem perto da parede celular,
D O
I N HIV ataca os CD4 e macrófagos destruindo-os
M
ESU
R
Organismo produz anticorpos anti-HIV e fabricando + CD4
O sistema imunitário fica imunocompetente por vários anos pós-
infecção (fase assintomática)
Nesse período o vírus se multiplica intensamente e muitos CD4
são destruídos diariamente
Na falta do tratamento específico anti-HIV, aumenta a multiplicação do
HIV ocasionando a queda progressiva de T4, aumentando a carga
viral (quantidade de vírus circundante no sangue) .
A carga viral é indetectável quando está tão baixa que os
testes não a podem medir. Não significando, porém,
ausência do HIV no organismo.
JANELA IMUNOLÓGICA
JANELA Infecção
IMUNOLÓGICA
Após 2 a 12
Soroconversão semanas
Quando o teste é feito neste período, o resultado
será falso-negativo, embora a pessoa já tenha o HIV
e já o esteja transmitindo à outras pessoas. A janela
imunológica dura, em média, 3 meses, sendo que o
teste de ELISA realizado aos 6 meses tem 99,9% de
eficácia.
SOROPOSITIVOS
São pessoas contaminadas pelo HIV, mas que não
desenvolveram a doença e nem apresentaram
sintomas, por isto são chamados de soropositivos,
portadores assintomáticos ou portadores sadios .
Não confunda soropositivos com aidéticos, pois
estes Já desenvolveram a doença.
A DOENÇA E SEUS ESTÁGIOS
Aspectos Clínicos
INFECÇÃO AGUDA
Nesta fase há altas concentrações
de vírus e o indivíduo é altamente
infectante.
Surge algumas semanas após a infecção, com manifestações
variadas que podem parecer gripe ou mononucleose. Quase
sempre, a doença não é diagnosticada por assemelhar-se a
outras viroses: febre, cansaço, erupção e linfadenopatias.
INFECÇÃO
ASSINTOMÁTICA
Em média, 15
anos.
2°Estágio: de infecção Assintomática
Linfonodos se concentram no
Estabilização da reservatório dos gânglios,
viremia (Set points) infectando cada vez mais T4
e macrófagos;
Os T4 diminuem e o HIV vai
aumentando lentamente pela
perda dos linfócitos B( que
são produtores de anticorpos)
Replicação viral
Esta fase dura vários anos
DOENÇA SINTOMÁTICA: se divide em 2 fases:
fase sintomática inicial e fase do espectro da
infecção pelo HIV
Pode durar
de meses a
anos
A 3ª fase, sintomática, que já é AIDS, começa quando
os T4 atingem valores abaixo do nível crítico
(200/ml), impossibilitando as respostas
imunocompetentes aos invasores:
SINAIS E SINTOMAS DE
ALERTA:
-Fadiga e astenia por muito tempo;
-febre contínua por mais de um mês;
--Linfangite por mais de 3 meses;
-Emagrecimento acentuado (perda superior a 10%
-Tosse seca por mais de um mês, não relacionada
com bronquite crônica e nem ao tabagismo;
-Suores noturnos devido às infecções oportunistas.
-Monilíase oral;
-Sarcoma de Kaposi;
-diarréia prolongada por mais de um mês;
FASE SINTOMÁTICA ADIANTADA OU FASE
DO ESPECTRO FINAL PELO HIV
ESTÁGIO 4
Pela queda e perda das defesas do corpo,
aparecem infecções oportunistas cada vez mais
graves, que poderão levá-lo à morte, como:
pneumonias por P. carini; encefalite por
toxoplasmose, meningite criptocócica; Tb pulmonar
ou extra-cavitária, Herpes Zoster, etc.
Modos de transmissão
MODOS DE TRANSMISSÃO
Sexo vaginal sem proteção
Sexo oral A mãe para o
filho: na
gravidez,
Boca no
S durante ou
pênis, na após o
vagina ou
S parto
no ânus.
I
M
Sexo anal
Leite materno
(se a mãe tiver
o HIV)
(pênis/ânus)
P
E
Uso de
seringa por
G Instrumentos
mais de uma Pérfuro -
pessoa.
A cortantes
Transfusão sanguínea sem controle de
qualidade
Multiplicidade de
parceiros
Contato com sangue e/ou exsudatos de
pessoas sem que sem estar
devidamente protegido( luvas, óculos,
avental, etc...)
N
Ã
O
S
E
P
E
G
A
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
PERÍODO DE LATÊNCIA
PERÍODO DE
TRANSMISSIBILIDADE
Durante a gestação há > concentração de HIV no fluído
cérvico-vaginal, aumentando o risco de transmissão sexual
desse vírus. Sexo desprotegido no período menstrual ou que
cause sangramentos, aumenta o risco de infecção.
SUSCETIBILIDADE E VULNERABILIDADE
GERAL
DIAGNÓSTICO
É uma técnica que
pesquisa anticorpos.
Teste anti-HIV
Deve ser feito após
30 dias da situação
de risco.
Pesquisa-se antes
dos 18 meses, pois
AC nesse período
RNA OU DNA VIRAL pode ser decorrente
da transferência
passiva da mãe para
o feto.
Elisa Teste de triagem
Western Blot Teste confirmatório
Reação de polimerase em
cadeia (PCR) Teste confirmatório
TRATAMENTO
Tratamento para a mulher com o vírus
14ª semana começa o
tratamento com o AZT,
reduzindo o HIV no
sangue, impedindo que
ataque o feto.
Como o risco de infecção é maior
durante o parto, a mãe recebe uma
dose extra de AZT.
6 horas após o nascimento, o RN começa a
tomar um xarope à base de AZT. Sendo, então,
acompanhada por 2 anos.
95% dos casos em que a
mãe é soropositiva dão
certo e a criança nasce
saudável.
Como conviver com o doente de AIDS
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivos
Prevenir a transmissão pelo HIV e reduzir a
morbi-mortalidade causada pela doença.
Definição de caso
Caso de AIDS: pessoa que se enquadra nas seguintes
definições: infecção avançada pelo HIV com repercussão no
sistema imunitário, com ou sem ocorrência de sinais e
sintomas causada pelo próprio HIV ou conseqüentes a
doenças oportunistas ( infecções e neoplasias).