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Língua - Portuguesa - 6 Ano - Slide - Aula122

Este documento apresenta uma aula sobre o gênero textual causo, com foco em analisar um exemplo de causo que descreve a visita de dois caboclos ao médico. O documento explica conceitos como variação linguística, narrador, interjeições e como esses elementos são usados no texto para criar humor e caracterizar os personagens.

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Este documento apresenta uma aula sobre o gênero textual causo, com foco em analisar um exemplo de causo que descreve a visita de dois caboclos ao médico. O documento explica conceitos como variação linguística, narrador, interjeições e como esses elementos são usados no texto para criar humor e caracterizar os personagens.

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L.

PORTUGUESA
VILSON NABOSNY

6º ANO/EF
GÊNERO TEXTUAL CAUSO - parte 3
AULA 122
OBJETIVOS
● Ler e compreender o gênero textual causo;
● Identificar efeitos de humor;
● Localizar informações explícitas no texto;
● Identificar o efeito de sentido decorrente do uso
da pontuação e de outras notações;
● Identificar as marcas linguísticas que evidenciam
o locutor e o interlocutor de um texto.
CONTEÚDOS

● Gênero discursivo causo;


● Interjeição;
● Elementos da narrativa: narrador e personagem.
DOIS CABOCLOS NA ENFERMARIA
Lá na minha terra tinha um caboclo que vivia
reclamando de dor na perna. E, coincidentemente, um
compadre dele tinha também a mesma dor na perna, e
também tava sempre reclamando da danada.
Só que nenhum deles tinha coragem de ir ao médico.
Ficavam mancando, reclamando da dor, mas não
iam ao hospital de jeito nenhum. Até que um
deles teve uma ideia:
- Ê compadre. Nóis véve sofrendo muito com a
danada dessa dor na perna… Por que é que nóis num
vamos junto no dotô? Vamos lá. A gente faz a consulta,
tal, se interna no mesmo quarto… daí fazemo o
tratamento e vemo o que acontece. Se curar, tá bom
demais!
O compadre gostou da ideia, tomou
coragem e lá foram os dois.
Quando chegaram ao hospital, o médico pediu para o
primeiro deitar na cama e começou a examinar. Fez
algumas perguntas e foi apertando a perna do caboclo:
Doutor - Dói aqui?
Caboclo 1 - Aiiii!
Doutor - E aqui como é que está?
Caboclo 1 - Aii, aii, aii! Dói demais!
E o outro só olhando. Quando chegou a vez dele, o
médico foi cutucando, apertando, mas nada dele gemer.
Ficou quieto o tempo todo. Aí o médico foi embora e o
compadre estranhou:
Caboclo 1 - Mas cumpadi, a minha perna doeu demais
da conta com o aperto do hómi… Como é que a
sua não doeu nadica de nada?!
Caboclo 2: E ocê acha que eu vou dar a perna que
dói pro hómi apertá?!?!?!
BOLDRIN, Rolando. Dois caboclos na enfermaria. In: ANDREATO, Elifas, Brasil: Almanaque Brasil de Cultura Popular. São Paulo: Andreato, 2017.
ATIVIDADE 1

Que fato provoca efeito de humor no leitor ou


ouvinte do causo?
CORREÇÃO

O fato de o caboclo ter mostrado a perna boa para


o médico não apertar a perna que doía.
ATIVIDADE 2

Lá na minha terra tinha um caboclo que vivia reclamando de


dor na perna. E, coincidentemente, um compadre dele tinha
também a mesma dor na perna, e também tava sempre
reclamando da danada.

Como o narrador apresenta os personagens?


CORREÇÃO

Um caboclo que sentia uma dor na perna e,


coincidentemente, um compadre dele, outro
caboclo, com a mesma dor.
RELEMBRANDO
TIPOS DE NARRADOR
● O narrador personagem conta na 1ª pessoa a história da
qual participa também como personagem. ...
● O narrador observador conta a história do lado de fora,
na 3ª pessoa, sem participar das ações. ...
● O narrador onisciente conta a história em 3ª pessoa e, às
vezes, permite certas intromissões narrando em
1ª pessoa.
Quando chegaram ao hospital, o médico pediu para o
primeiro deitar na cama e começou a examinar. Fez
algumas perguntas e foi apertando a perna do caboclo:

O narrador do causo é:
a) Narrador personagem
b) Narrador observador
c) Narrador onisciente
Quando chegaram ao hospital, o médico pediu para o
primeiro deitar na cama e começou a examinar. Fez
algumas perguntas e foi apertando a perna do caboclo:

O narrador do causo é:
a) Narrador personagem
b) Narrador observador
c) Narrador onisciente
ATIVIDADE 3
- Ê compadre. Nóis véve sofrendo muito com a danada
dessa dor na perna… Por que é que nóis num vamos junto no
dotô? Vamos lá. A gente faz a consulta, tal, se interna no
mesmo quarto… daí fazemo o tratamento e vemo o que
acontece. Se curar, tá bom demais!
O compadre gostou da ideia, tomou coragem e lá foram os
dois.

Vivendo uma situação em comum, o que


os dois personagens decidem?
CORREÇÃO

Os personagens decidem ir até o hospital juntos


procurar um médico.
RECURSOS PRESENTES NOS CAUSOS

Os contadores de causos utilizam vários recursos que


costumam prender a atenção de seus ouvintes, como:
❏ Entonação;
❏ Gestos;
❏ Suspense;
❏ Efeitos de surpresa;
❏ Humor.
❏ Uso de sotaque e vocabulário próprios
de uma região.
DE OLHO NA LINGUAGEM
As interjeições representam as inúmeras reações emotivas
dos falantes e podem assumir o papel do vocativo, além de
unidades verbais, como o modo imperativo. Podem ser
representadas por quatro tipos:

1) Sons vocálicos: Oh! Ah! Ui! Ai!


2) Palavras utilizadas na língua: Olá! Oba! Puxa!
3) Palavras que reproduzem ruídos animais ou de
objetos: Tic tac, cliq, pá!
4) Locuções interjetivas: Ai de mim! Cruz-credo!
ATIVIDADE 4
Quando chegaram ao hospital, o médico pediu para o
primeiro deitar na cama e começou a examinar. [...]
Doutor - Dói aqui?
Caboclo 1 - Aiiii!
Doutor - E aqui como é que está?
Caboclo 1 - Aii, aii, aii! Dói demais!
Que recursos linguísticos são usados para
expressar que os personagens estão sob
cuidados médicos?
CORREÇÃO

Uso da interjeição “Aiii” e da pontuação expressiva


com pontos de exclamação.
ATIVIDADE 5

Doutor - Dói aqui?


Caboclo 1 - Aiiii!
Doutor - E aqui como é que está?
Caboclo 1 - Aii, aii, aii! Dói demais!

Que efeito de sentido o autor promove ao


utilizar esses recursos linguísticos na fala
das personagens?
CORREÇÃO

Torna a história mais interessante, aproxima o


leitor das sensações vividas pelas personagens.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

A variação linguística é um fenômeno natural que


ocorre pela diversificação dos sistemas de uma língua em
relação às possibilidades de mudança de seus elementos
(pronúncia, vocabulário, significado, organização da frase).
Ela existe porque as línguas possuem a característica de
serem dinâmicas e sensíveis a fatores como a região
geográfica, o gênero, a idade, a classe social do
falante e o grau de formalidade do
contexto da comunicação.
Disponível em:<https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-e-variacao-linguistica.htm>. Acesso em: 25 set. 2020.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

É importante observar que toda variação linguística é


adequada para atender às necessidades comunicativas e
cognitivas do falante. Assim, quando julgamos errada
determinada variedade, estamos emitindo um juízo de
valor sobre os seus falantes e, portanto, agindo com
preconceito linguístico.

Disponível em:<https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-e-variacao-linguistica.htm>. Acesso em: 25 set. 2020.


ATIVIDADE 6
Nos diálogos, os caboclos e o médico representam de
forma diferente os modos de falar dos personagens.

a) Qual variedade linguística é utilizada para representar o


modo de falar do caboclos? Que efeito de sentido o uso dessa
variedade linguística pode provocar?

b) Qual é a variedade usada para representar


a fala do médico? E qual é o possível efeito de
sentido provocado por esse uso?
CORREÇÃO
a) A variedade linguística utilizada pelos caboclos é algum
tipo de variedade regional do português brasileiro. O
efeito de sentido caracteriza melhor os personagens e
está adequada ao contexto de uso.
b) O modo de falar do médico emprega a variedade de
acordo com a norma-padrão, coerente com o contexto
de uso, o seu local de trabalho.
Para usarmos adequadamente uma determinada
variedade linguística em situações comunicativas do
nosso dia a dia, é importante considerar,
principalmente:

a) a oralidade.
b) o contexto comunicativo.
c) a concordância verbal e nominal.
d) a entonação correta.
Para usarmos adequadamente uma determinada
variedade linguística em situações comunicativas do
nosso dia a dia, é importante considerar,
principalmente:

a) a oralidade.
b) o contexto comunicativo.
c) a concordância verbal e nominal.
d) a entonação correta.
RESUMINDO A AULA
● Lemos e compreendemos o gênero textual causo;
● Compreendemos o significado das palavras de
acordo com o contexto de uso;
● Reconhecemos o efeito de sentido provocado
pelo uso de recursos linguísticos diversos;
● Compreendemos como ocorre a
variação linguística.

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