Professora: Liliane Gonzaga
Cinemática do Trauma
É um processo de análise e avaliação da situação do
acidente, com o objetivo de diagnosticar o mais
rápido possível, lesões ocorridas no individuo pela
força, energia e movimentos envolvidos.
Leis Básicas da Física
1ª Lei de Newton (Lei da inércia):
Um corpo em movimento ou em repouso, permanece
neste estado até uma força externa atue sobre ele.
2ª Lei de Newton:
A força é igual a massa (peso) do objeto multiplicada
pela aceleração
O corpo do passageiro ou motorista, está na mesma
velocidade que o carro possuía antes de desacelerar
e até colidir com alguma estrutura interna dele
2ª Lei de Neyton
Energia Cinética
Está relacionada com o estado de movimento de
um corpo.
É uma grandeza escalar que depende da massa e da
força da velocidade do corpo em questão.
Quanto maior a força da velocidade do corpo,
maior é a energia cinética.
Quando o corpo está em repouso, ou seja, o
módulo da velocidade é nulo, a energia cinética é
nula
Cinemática do Trauma
Existem 5 (cinco) formas básicas de acidentes:
Mecânica ou cinética
Térmica
Química
Elétrica
Radiação
Evidências de Lesões a Vítima
Deformidade do veículo
(indicação das forças
envolvidas)
Deformidade de
estruturas internas
(indicação de onde a
vítima colidiu)
Padrões de lesão da
vítima
Padrões de colisões de veículos
Frontal
Lateral
Traseira
Capotamento
Colisão Frontal
É definido como uma colisão
contra um objeto que se
encontra à frente do veículo
reduzindo subitamente sua
velocidade.
O ocupante do veículo que
não se encontre
devidamente contido
continua a movimentar-se
para frente.
O corpo colide contra o parabrisa e painel
Face, cabeça, pescoço (pára-brisas)
Tórax e abdome (direção)
Dispositivos de contenção
Colisão Lateral
Define-se impacto lateral como uma colisão contra o
lado de um veículo capaz de imprimir ao ocupante
uma aceleração que o afaste do ponto de impacto.
A natureza das lesões internas é definida pelo lado
do impacto, pela posição do ocupante e pela força
do impacto.
Posição da vítima
Cabeça e pescoço (flexão lateral e rotação)
Tórax (costelas e clavícula)
Abdome
Lesão esplênica
Lesões hepáticas
Cintura pélvica e coxa
Colisão com outro passageiro
Colisão Traseira
Habitualmente esse tipo de colisão ocorre quando
o veículo estar totalmente parado e é atingido por
trás por outro veículo.
O veículo atingido, incluindo seus ocupantes, é
jogado pela frente à medida que absorve energia do
veículo que o atinguiu.
Hiperextensão do pescoço – mecanismo de chicote
Capotamento
O ocupante do veículo que não esteja contido pode
chocar-se contra qualquer parte do interior da cabine.
As lesões podem ser deduzidas a parte da observação
dos pontos de impacto na pele do paciente.
Como regra geral admite-se que este tipo de colisão
ocasiona lesões mais graves devido aos
deslocamentos violentos e múltiplos que ocorrem
durante o capotamento.
Ejeção
DISPOSITIVOS DE
CONTENÇÃO
Air-bag
Reduz de forma significativa algumas lesões de
impactos frontais;
Não são substituíveis do cinto de segurança;
Capotamento – nenhum efeito;
Usar associado com o cinto.
Gás – nitrogênio
Cinto de segurança
Quando utilizado corretamente pode reduzir as
lesões;
Deve ser colocado abaixo das espinhas ílicas
ântero-superior e acima do fêmur. Deve está bem
fixado;
Compressão da parede abdominal contra a coluna
vertebral pode lesar órgãos como o pâncreas,
fígado, baço e duodeno, rotura de parêmica
pulmonar – pneumotórax
Compressão anterior da coluna lombar.
Na avaliação da cinemática do acidente, deve-se estar
atento às três fases de evolução da vítima de
trauma:
Pré-colisão
Colisão
Pós-colisão
Pré-colisão
A história do incidente traumatizante começa por dados como ingestão de
álcool ou drogas, doenças preexistentes, condições climáticas e idade da
vítima.
Colisão
A segunda e talvez mais importante fase da anamnese do trauma é a da
colisão, que começa quando um objeto colide com outro, provocando
transmissão de energia entre eles.
Nesta fase, são considerações importantes para o atendimento:
A direção em que ocorreu a variação de energia
A quantidade de energia transmitida
A forma como as forças afetaram a vítima
Exemplos: altura da queda, calibre da arma, tamanho da lâmina, velocidade.
Pós-colisão
As informações conseguidas nas fases anteriores são usadas para uma
abordagem mais eficiente da vítima na fase pós-colisão, que se inicia tão logo
a energia tenha sido absorvida pelo paciente.