Resumo do livro A Ilha Perdida
“A ilha perdida” é um clássico da literatura juvenil brasileira, sendo
usado em diversas salas de aula por todo o nosso território. Esse livro
foi escrito pela célebre Maria José Dupré, autora de diversos livros de
sucesso, como “Éramos seis”. A obra fez parte de uma aclamada série
de livros chamada de “A série vaga
lume”, lançada em janeiro de 1973 pela Editora Ática. Publicado pela
primeira vez no ano de 1944 e composto por aproximadamente 136
páginas, esse livro transporta os leitores para um mundo repleto de
magias e belezas, ensinando temas importantíssimos como o amor e
respeito à natureza e aos animais.
Vamos nos aprofundar no resumo do livro “A ilha perdida”, de Maria José Dupré?
Henrique: Este é o mais novo dos dois irmãos, responsável por explorar a ilha e manter a
amizade com o morador do local que recebeu o nome de Simão
Eduardo: Este é o irmão mais velho da dupla. Eduardo começa desbravar a ilha sozinho
após a captura de seu irmão
Quico: Filho da madrinha e do padrinho, primo dos dois irmãos Henrique e Eduardo
Oscar: Outro filho da madrinha e do padrinho, também primo dos dois irmãos
Bento: Filho da mulher responsável pela cozinha da fazenda, a Dona Eufrosina
Eufrosina: Mulher responsável por fazer as deliciosas refeições da fazenda
Padrinho: Personagem dono da fazenda onde se passa a história, tio dos dois irmãos
Madrinha: Mulher do personagem Padrinho, tornando-se a tia dos dois irmãos
Vera: Uma garota que passava suas tão aguardadas férias na fazenda
Lúcia: Outra menina que passava suas férias na belíssima fazenda de Padrinho
Simão: Um eremita que vivia uma vida solitária na Ilha perdida, escondido de tudo e todos
Tupi: Cachorrinho que vivia há tempos na fazenda
Pingo e Pipoca: Dois cachorrinhos que pertenciam à Vera
Nhô Quim: Profissional responsável por cuidar das vacas e bezerros que viviam no
estábulo da fazenda
Começando a história…
A trama do livro se desenvolve a partir da grande aventura
vivida por Henrique e Eduardo, dois meninos da cidade
grande que costumavam passar suas férias em uma
fazenda no interior de São Paulo. Eduardo e Henrique, de
14 e 12 anos, respectivamente, eram meninos bastante
atléticos, que possuíam as artes do remo, da natação e da
montaria na palma de suas mãos. Assim que chegaram ao
lugar, os dois personagens prontamente já saíram em busca
de aventuras e descobriram grande parte do local onde
iriam passar as férias.
A lenda da ilha perdida
No Brasil, os interiores dos Estados possuem a cultura de manter e de
contar diversas lendas. Henrique e Eduardo, enquanto brincavam e
discutiam coisas típicas de crianças, foram apresentados várias vezes
à lenda da ilha perdida. A lenda se tratava de uma história que tinha
como narrativa a existência de uma ilha inabitada que tinha sua
localização estimada no coração do Rio Paraíba. Todo o suspense que
foi proposto pela história deixou a dupla Henrique e Eduardo muito
entusiasmada em conhecer a fantástica Ilha, mas causou muito medo
em seus primos, que tinham pouco interesse em se aventurar para
um lugar tão perigoso. O medo do desconhecido não impediria os
valentes irmãos de se aventurarem pela Ilha.
A partida dos garotos para a ilha
Já no início do livro, os irmãos encontram uma canoa bastante antiga
que estava presa às margens do fenomenal rio Paraíba. Decidem,
então, que usariam a canoa para alcançar seu objetivo de conhecer a
tão misteriosa ilha, porém, eles precisavam de uma desculpa para
escapar dos olhares atentos de seus padrinhos.
Disseram então para seus padrinhos que iriam visitar o dono do sítio
vizinho, na manhã seguinte. Seus padrinhos não desconfiavam de
nada, e então pediram para Dona Eufrosina para que ela preparasse
uma refeição bastante reforçada para os garotos. O sol mal havia
raiado no céu, quando os dois partiram em busca de conhecer o
fantástico lugar.
A chegada das crianças na Ilha
A trama avança. Após alguns desafios ocorridos no curso do rio, os
garotos finalmente encontram a lendária ilha que tanto ouviram falar
na casa de seus tios. No primeiro contato dos dois com aquela natureza
exuberante, eles descobriram animais nunca vistos por ninguém e logo
adentraram a floresta para desbravar aquele meio ambiente de
aparência tão virgem. Os meninos haviam feito o plano de permanecer
apenas um dia na ilha, porém, se embrenharam tão profundamente na
mata densa que acabaram se perdendo no meio
daquela vegetação. Eles andam por horas e horas a fio, na tentativa de
voltar ao lugar onde os dois tinham deixado sua canoa ao chegar na
ilha. O cansaço e a fome já começam a dominar os pequenos
guerreiros, que se sentam por alguns minutos e começam a usufruir da
deliciosa refeição preparada por Dona Eufrosina.
Após muito tempo, conseguem chegar às margens do rio Paraíba,
porém, não encontram sua canoa. O cansaço era extremo e a noite já
estava chegando. Os dois então decidem se abrigar ali mesmo, para
dormir um pouco. Amanhece o dia, e Henrique e seu irmão continuam
seguindo a margem do rio, andam por horas até que encontram a sua
tão querida canoa. Porém, os dois percebem que o rio estava muito
cheio devido a uma enchente que desembocara no lugar onde eles
estavam, impedindo-os de alcançar seu objetivo. A embarcação deles
estava presa por um fino fio de uma corda velha quando, de repente,
um tronco muito grosso se desprende de uma árvore e leva o único
meio de transporte dos meninos, deixando-os extremamente sem
esperança. Os personagens então devem traçar um plano para sair dali.
Após pensarem em todas as alternativas possíveis, decidem então por
construir uma jangada com os materiais encontrados naquela floresta .
Simão, o misterioso eremita que vivia na ilha perdida
O tempo passou e os dois meninos juntaram cipós e madeiras para a
construção de sua jangada. Durante suas andanças pela natureza,
Eduardo e seu irmão encontraram uma pequena praia bastante
simpática. Eles decidiram, então, que aquele novo lugar seria o local
onde os dois iriam construir sua moradia provisória.
Em determinado momento da narrativa, Eduardo se lembra de uma
corda e de alguns ovos que havia deixado do outro lado da ilha,
partindo só em busca desses materiais e deixando seu irmão sozinho
na pequena praia. O tempo passa e tudo parece estar dando certo, até
que Henrique vê uma sombra no meio da mata. Pensando que seu
irmão já havia voltado, ele faz seus cumprimentos e grita um poderoso
“Olá!”
Entretanto, ao se atentar aos detalhes que estavam à sua frente,
Henrique percebe que a sombra não era de seu irmão, mas sim de um
homem de barba e cabelos longos, que andava pela ilha quase que
completamente pelado. Ao conversar com o homem, o irmão mais
novo descobre que o tão intrigante morador daquele local se chamava
Simão. Simão o convida para conhecer a caverna onde morava, e
Henrique aceita o convite, acompanhando-o. A criança e Simão
conversam por muito tempo e jantam juntos.
Henrique descobre que Simão não era um homem ruim, ele apenas
não gostava de morar na cidade e preferia viver sozinho na floresta,
acompanhado de seus amigos animais.
Todavia, Simão era um feroz defensor da ilha e temeu que, com a fuga
de Henrique daquele lugar, o garoto espalharia as maravilhas
encontradas por ele e seu irmão. Simão decide adotar o menino,
tornando-o cativo na caverna onde morava. Henrique começa a viver
ali e se torna amigo de diversos macaquinhos que habitavam os
arredores da caverna. Simão percebe a crescente amizade entre eles e
dá a permissão para que Henrique viva suas aventuras na floresta com
os macaquinhos. O irmão menor começa a brincar com os macacos
pequeninos e, após pular de galho em galho por tantas horas,
Henrique já havia se tornando expert nesse movimento, executando-o
com uma facilidade invejável. Apesar de tratado de maneira
extremamente digna pelo eremita, Henrique nunca deixa de pensar
em fugir, tentando encontrar uma série de maneiras para concretizar
esse ato, porém, todas sem sucesso.
A trama do livro segue por mais algum tempo e Simão percebe que
Henrique se encontrava em uma tristeza muito grande. O homem se
aproxima do menino e pergunta o porquê de tamanha tristeza.
Henrique diz a Simão que sentia muita saudade de sua casa, de sua
escola, do seu irmão e de seus pais. Simão enxerga grande verdade
nas palavras do menino, decidindo então por libertá-lo de seu
cárcere, sob uma condição:
Henrique não poderia levar uma folha sequer da ilha misteriosa.
O fim da aventura dos irmãos
Amanhecendo o dia, Simão acompanha Henrique pelo percurso que
levava o jovem à pequena prainha onde ele havia se estabelecido com
Eduardo. Após se despedir de Simão, Henrique anda mais um pouco
até encontrar Eduardo, que o esperava ansiosamente pela chegada de
seu irmãozinho mais novo. Os dois se encontram e começam a contar
um ao outro sobre as aventuras vividas naquele lugar. Eduardo,
entretanto, se recusa a acreditar que um homem vivia naquela ilha
abandonada. Eduardo mostra a Henrique a jangada que naquela
altura já estava totalmente construída. Os dois verificaram que a
jangada fora construída com grande firmeza e se lançaram junto com
ela no majestoso rio Paraíba, remando fervorosamente em direção
à liberdade tão aguardada por eles.
Em questão de horas, os dois encontraram um barco com três
homens adultos. Aquela era a oportunidade de escapar de vez
daquele sofrimento. Os irmãos juntam todas as forças e gritam em
alto e bom som seu pedido de ajuda. Os homens escutam os
insistentes pedidos de ajuda, acolhendo os dois meninos na sua
embarcação e levando-os para casa. Henrique e Eduardo chegam a
salvo na casa de seus padrinhos, que têm grande alegria ao vê-los
bem. Após contarem suas histórias, os irmãos viraram o centro das
atenções naquela pequena comunidade do interior. Encerra, assim, a
magnífica história.