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Hematológica Clínica

O documento discute as três fases do exame hematológico - pré-analítica, analítica e pós-analítica. Na fase pré-analítica, vários fatores como jejum, exercício físico, altitude e gravidez podem influenciar os resultados. É importante controlar variáveis de coleta e manipulação da amostra para evitar erros. Na fase analítica, os testes são realizados e na pós-analítica os resultados são interpretados e comunicados ao médico.
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Hematológica Clínica

O documento discute as três fases do exame hematológico - pré-analítica, analítica e pós-analítica. Na fase pré-analítica, vários fatores como jejum, exercício físico, altitude e gravidez podem influenciar os resultados. É importante controlar variáveis de coleta e manipulação da amostra para evitar erros. Na fase analítica, os testes são realizados e na pós-analítica os resultados são interpretados e comunicados ao médico.
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HEMATOLOGIA

HEMATOLOGIA
Preceptora: Kerolaine Fonseca Coelho
REVISÃO
REVISÃO

 O sangue é um tecido conjuntivo especial que é constituído por matriz extracelular líquida,


hemácias, leucócitos e plaquetas;

 Está presente no sistema cardiovascular e encontra-se sempre em um movimento


unidirecional, devido às contrações rítmicas do coração. Enquanto se desloca por todo o
organismo e executa diversas funções.

2
TRÊS FASES DISTINTAS
REVISÃO
REVISÃO

3
REVISÃO
REVISÃO

4
REVISÃO
REVISÃO
o Transporte de oxigênio e gás carbônico;
 Funções Vitais do Sangue? o Transporte de nutrientes;
o Transporte de Hormônios;
o Transporte de Anticorpos;
Manutenção metabólica o Metabolitos.

5
REVISÃO
REVISÃO
Qual é a importância desse setor de hematologia?

 Identificação de distúrbios sanguíneos:

- Anemia ferropriva;
- Anemia megaloblástica;
- Leucemias;
- Síndrome mieoloproliferativa;
- Processos infeciosos e inflamatórios;
- Distúrbios na coagulação.
6
REVISÃO
REVISÃO

Diagnóstico

7
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA
Erros mais comuns:
 A fase pré-analítica envolve todos os fatores que devem
ser levados em conta antes da realização do exame
propriamente dito e que exerçam influência direta na
interpretação dos resultados;

 Ela necessita de procedimentos que indiquem e controlem


suas possíveis falhas, de modo a permitir que as inferências
dos estudos de precisão e exatidão dos sistemas analíticos
realmente contribuam para melhorias das fases analítica e
pós-analítica.
8
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA
 Variáveis fisiológicas

 Situação clínica do paciente:


A situação clínica do paciente se refere ao porquê ele está
realizando o exame solicitado, pois direciona a análise e fornece
segurança no momento de relatar as alterações hematológicas
observadas na microscopia.

Uma doença hereditária se manifesta, muitas


vezes, desde o nascimento. O fato de o
paciente informar que estava bem e que
passou a ter algum sintoma há pouco tempo,
afasta a hipótese de uma doença hereditária ou
pode sugerir, por exemplo, o início de uma crise
de hemólise. 9
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA
 Variáveis fisiológicas

 Idade, Sexo e Raça:


São fundamentais para a interpretação dos exames hematológicos,
pois os valores de referência foram definidos para diferentes
populações e agrupados conforme gênero e faixa etária.

10
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA
 Variáveis fisiológicas

 Jejum:
- Saber se o paciente está em jejum ou não é importante, pois o pós-
prandial altera, principalmente, a linhagem leucocitária.
- Habitualmente solicitado para a coleta de hemograma e testes de
coagulação é de 4 - 8 horas, podendo ser reduzido para 4 horas sem
que haja grandes prejuízos e para 1 ou 2 horas em situações especiais
que envolvam crianças de baixa idade e de baixo peso. 11
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA
 Variáveis fisiológicas

 Postura:
- Mudanças na postura, principalmente quando o paciente passa da posição
deitada para a posição em pé ou sentada, provocam deslocamento da
água corporal do interior dos vasos para o espaço intersticial, que resulta
em hemoconcentração e causa flutuações entre 8 e 10% na
hemoglobina, volume globular e contagem de leucócitos em relação à
concentração inicial.

12
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA
 Variáveis fisiológicas

 Exercício físico:
- Alteram os exames hematológicos, aumentando a contagem de
leucócitos, por fazer um deslocamento dos leucócitos do pool marginal
para o circulante, assim como a contagem de plaquetas. Exercícios físicos
podem influenciar a hemostasia, ativando a coagulação, a fibrinólise e as
plaquetas.

13
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA
 Variáveis fisiológicas

 Altitude:
- Alterações nas contagens sanguíneas podem ocorrer quando
realizadas ao nível do mar ou em altitudes elevadas;
- Por exemplo, o volume globular e a concentração de hemoglobina
podem aumentar cerca de 8% em uma altitude de 1.400m em relação
ao nível do mar. A concentração de transferrina diminui com o
aumento da altitude.

14
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA
 Variáveis fisiológicas

 Gravidez:
Na gravidez, ocorre um aumento do volume plasmático médio que leva à
hemodiluição. A velocidade de hemossedimentação aumenta em até cinco
vezes devido à presença de proteínas de fase aguda. Também ocorre aumento
dos níveis de fator VII (7) e diminuição dos níveis de ferro e ferritina.

15
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA
 Variáveis fisiológicas

 Estilo de vida:
- O estresse e a ansiedade podem provocar aumento temporário nas
contagens de leucócitos;
- A ingestão regular de etanol pode provocar aumento do volume
corpuscular médio (VCM);
- Em fumantes de longo prazo, também pode ocorrer aumento do VCM e
das concentrações de hemoglobina e nas contagens de eritrócitos e
leucócitos. O aumento dos leucócitos está correlacionado com o número
de maços fumados.

16
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA
 Variáveis de coleta e manipulação da amostra

Situações que ocorrem durante a inserção da agulha nas


coletas sanguíneas.

17
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA
 Variáveis de coleta e manipulação da amostra

O tempo de garroteamento (aplicação do


torniquete) não deve ultrapassar 1 minuto e,
logo após a entrada do sangue no bisel da • Hemoconcentração;
agulha, ele deve ser liberado. • Hemólise e infiltração de sangue nos tecidos, resultando em
aumento do volume globular e alterações no TP, TTPa,
fibrinogênio, D-dímeros e fatores da coagulação.
18
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA

Inverter de 2 a 6 vezes imediatamente, mas de forma suave, após a


coleta do sangue pode evitar erros pré-analíticos como formação de
coágulos/micro coágulos, formação de fibrina, hemólise e recoleta de
amostra. Fonte: Tecsa Laboratórios.

19
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA

No momento da coleta, durante a


troca de tubos, existe a possibilidade
de contaminação de um tubo para
outro com microrganismos, aditivos e
líquido tecidual.

20
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA

21
FASE
FASEPRÉ-ANALÍTICA
PRÉ-ANALÍTICA
Idealmente, as amostras
sanguíneas normais devem
ser processadas em até 4 -
8 horas após a coleta.

Recomenda-se que o
tempo entre a coleta e
a centrifugação não
ultrapasse uma hora.

22
Boas
Boaspráticas
práticaslaboratoriais
laboratoriais
Ideal

23
Boas
Boaspráticas
práticaslaboratoriais
laboratoriais

24
Fase
Faseanalítica
analítica
Esta fase consiste na realização dos testes e na interpretação dos resultados. Logo, as diversas variáveis
analíticas de um exame laboratorial devem ser muito bem controladas, a fim de assegurar que tais diagnósticos
sejam precisos e exatos.

 Tipo de amostra;
 Duração do ensaio;
 Metodologia;
 Estabilidade dos reagentes, equipamentos, custos e segurança pessoal;
 Também devem ser monitoradas a qualidade da água, a limpeza da vidraria e a calibração
dos dispositivos de medição, como: pipetas, vidrarias e equipamentos.

25
Fase
Fasepós
pós--analítica
analítica
 Nesta fase são incluídos os cálculos e a consistência dos resultados,
a liberação dos laudos, o armazenamento das amostras dos
pacientes, a transmissão e arquivamento destes diagnósticos e a
consultoria técnica;

 A direção do laboratório é responsável pela entrega do laudo ao


usuário adequado, legível e sem rasuras, confidencial,
respeitando a privacidade do paciente, de forma sigilosa sobre a
informação, que deve ser liberada em prazo especificado e
mantendo cópia ou arquivo para posterior recuperação ou
comprovação, se necessário.
26
27
HEMOGRAMA

28
Hemograma
Hemograma

Exame que avalia as células sanguíneas de um


paciente, verificando a função hematológica.

29
Hemograma
Hemograma
Qual tubo utilizar?

 Inibe a agregação plaquetárias e mantém a morfologia e


integridade das células sanguíneas;
 Homogeneização adequada (8 a 10 vezes, por inversão)
 Volume de sangue adequado;
 Sangue sem coágulo e sem hemólise
 Fazer esfregaço sanguíneo.
Tubo com anticoagulante EDTA

• Em temperatura ambiente, realizar o hemograma em


Mas qual é o tempo de até 8 horas;
armazenamento da amostra? • Refrigeradas ( 4 a 8 graus) até 24 horas.
30
Hemograma
Hemograma

31
Hemograma
Hemograma

32
Hemograma
Hemograma

33
Hemograma
Hemograma
 Tamanho:

 Cor:

34
Hemograma
Hemograma
 POIQUILOCITOSES

35
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
ESTUDO DA SÉRIE VERMELHA
EXAMES QUANTITATIVOS:
o Contagem de hemácias na câmera de Neubauer ou de modo automatizado;
o Dosagem de hemoglobina: cálculos – manual ou espectrofotometria– automatizado;
o Hematócrito: microcentrífuga ou automatizado;
o Índice hematimétricos: cálculos.

EXAMES QUALITATIVOS:
o Hematoscopia: esfregaço sanguíneo – confrontar os dados.
36
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 COLETA:

• Não é necessário jejum;


• 24 horas sem prática de exercícios físicos;
• 28 horas sem consumo de bebida alcoólica.

37
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 Quais são os parâmetros avaliados?

• Eritrocitose ou poliglobulia: aumento da quantidade de eritrócitos;


• Eritrocitopenia: diminuição da quantidade de eritrócitos.
38
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 Quais são os parâmetros avaliados?

39
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 Hemograma manual:

A elaboração de maneira manual e requisitada quando há casos errôneos ou de dúvidas das


metodologias automatizadas. Com execução da leitura de laminas, este método requer a utilização
da microscopia óptica, centrifuga ou micro centrifuga, câmara de Neubauer, lamínula e diluentes.

Após a diluição previa, são realizadas contagens global dos


elementos sanguíneos:

- Eritrócitos, leucócitos, e subsequente contagem de


plaquetas, a microcentrífuga com o uso de capilares fornece
o valor do hematócrito e por subsequente cálculo para
hemoglobina.
40
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 Exame de hematócrito (HT) ?

 É um exame rápido, de boa reprodutibilidade e preciso, que exige pequena quantidade de


sangue para seu processamento;
 Atualmente, a técnica do micro hematócrito, desenvolvida em tubos capilares, é a mais
difundida.

41
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 O que indica um HT baixo ?

• Anemia carencial de Ferro, vitamina B12 ou ácido fólico;


• Sangramento (monitoração de sangramento, para avaliar sua gravidade);
• Desnutrição;
• Leucemia;
• Excesso de hidratação;
• A anemia na gravidez é normal, no entanto, pode ser perigosa para a mãe e
para o bebê se não for tratada corretamente.

42
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 O que indica um HT alto ?

• Desidratação;
• Queimadura;
• Baixos níveis de oxigênio no sangue;
• Doença pulmonar;
• Doença cardíaca congênita;
• Eritrocitose, que é o aumento anormal de células vermelhas do  policitemia
sangue.

43
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 Como realizar esse exame de modo manual ?

Micro hematócrito

1. Preencher um tubo capilar com sangue até ¾ da sua altura;


2. Fechar uma das extremidades com massa apropriada ou na
chama de uma lamparina ou massa;
3. E, por fim, colocar o capilar na centrífuga e programar o
tempo e velocidade indicada para a análise:
(5 minutos sob uma rotação de 11.000 rpm).

44
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 Como realizar esse exame de modo manual ?
Princípio: A centrifugação do sangue separa as
Micro hematócrito
unidades da composição sanguínea de acordo com suas
densidades. A força centrífuga tem ação sobre as hemácias,
na qual são mais densas que os sobre os leucócitos e as
plaquetas, trazendo a separação visivel dos elemetos
sanguienos, que são, primeiramente o plasma, uma fina
camada leucitaria e as hemácias ao fundo do capilar por
conta da maior densidade.

45
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 Hematócrito – resultado:

46
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 Dosagem de hemoglobina:

 Realizando a dosagem da hemoglobina a qual leva a


sua determinação dada pela massa de hemoglobina em
gramas presente nas hemácias contidas em 1 dL de
sangue.

METODOLOGIA:
Pegar o valor obtido do hematócrito pela régua do hematócrito e dividir o resultado por 3.

Princípio: A técnica é baseada por estimativa e


aproximação, determinada pela seguinte formula:
Hb = Ht
3 47
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 Qual é a significância clínica?

Alto nível de hemoglobina:

- Possível insuficiência cardíaca, fibrose pulmonar, poliglobulia (doença rara que leva ao
aumento de eritrócitos produzidos pela medula óssea.

Baixo nível de hemoglobina:

- Possível anemia.

48
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Solução diluente:

Eritrograma Citrato de sódio - 3,8g


Formol a 40% -2,0 mI e água
destilada – 100 mI
 Hemograma manual, como realizar a contagem global de eritrócitos?

1. Em tubo de ensaio pipetar 4,0 ml de solução de Hayen (diluidor isotônico contendo um fixador para conservação das
células);
2. Adicionar 20µl de sangue total (diluição 1:200).
3. Fixar a lamínula sobre a câmara de Neubauer e preenchê-la com o sangue diluído e contar os cinco quadrados.
4. Multiplicar o número de hemácias encontradas nos cinco quadrados por 10.000. Resultado em mm³.

Cálculo: Hemácias por ml de sangue: Hc. X 5 x 10 x 200


soma H.C x 5 x 10 ( é tudo que contabilizou em 1 mm² x 0,1 de altura e para transformar me mm³ você multiplica
por 10. Então 0,1 x 1 mm² = 0,1 mm³, então é x 10 para transformar em mm³.
200 porque esse sangue está diluído em 200 vezes (fator de diluição).
49
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 Hemograma manual, como realizar a contagem global de eritrócitos?

50
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 Contagem global de eritrócitos em câmera de Neubauer:

Valores de referência:
Homens: 5 a 5,5 milhões/mm³
Mulheres: 4,0 a 5,0 milhões/mm³
Recém-nascidos: 5,5 a 7,0 milhões/mm³

Interpretação:
Valores aumentados são encontrados nas policitemias e os valores diminuídos relacionam-se aos
processos anêmicos de diversas etiologias.
OBS: A contagem em câmara de Neubauer oferece grande variabilidade de erro, portanto sempre que
possível é preferível a contagem em aparelhos automatizados.
51
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
Volume Corpuscular Médio (VCM)
O VCM determina o tamanho médio das Hemácias.
Este índice é calculado a partir da seguinte fórmula:
 
VCM= Ht x 10
Significância
Hc clínica?

Alto VCM: Presença de hemácias


Onde: Ht (hematócrito) e Hc (n de eritrócitos).
macrocíticas ou normocíticas.

Baixo VCM: Presença de hemácias


Valores de referência: 80 - 100 Fl. Unidade deste índice
microcíticas.
é dada em: fentolitro (fl).

52
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM)

O HCM é um parâmetro calculado pelo computador da máquina ou manualmente, resulta na quantidade


de hemoglobina em cada hemácia e sua principal função é se ligasse ao oxigênio para transportado e
oxidação celular. Este índice pode ser obtido através da fórmula:

HCM= Hb x 10
Significância clínica? Hc

Alto HCM: glóbulos vermelhos mais escuros, anemia


hipercrômica.
Baixo HCM: glóbulos vermelhos apresentam uma
coloração mais clara, anemia hipocrômica.

• Valores de referência: 27 - 34 pg. As unidades para este valor são: picogramas (pg). 53
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM)

Associada à concentração
concentração média
média da
da massa
massa da hemoglobina
hemoglobina nos
nos eritrócitos,
eritrócitos, a concentração de
hemoglobina
hemoglobina média
média nas
nas hemácias
hemácias em
em um
um volume
volume conhecido. E pode ser determinado pela fórmula:

CHCM= Hb x 100  Valores de referência: 32-36%


Ht

Significância Os resultados podem ser classificados


clínica? em hemácias:
Alto: Queimaduras graves, presença de hemácias
 Normocrômicas.
hipercrômicas e normocrômicas.  Hipercrômicas.
 Hipocrômicas.
Baixo: Presença de hemácias hipocrômicas. 54
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
RDW (red cell distribution width)

 O RDW é um parâmetro que veio junto com a automação, não existindo na era do hemograma manual;
 Indica a variabilidade de volumes dos eritrócitos, ou seja, se a população de eritrócitos está homogênea ou
heterogênea;
 O computador do equipamento recebe as medidas, uma a uma, dos eritrócitos e gera uma curva de
frequência (histograma) e seu coeficiente de variação.

Valores de referência:
• 11,5 – 14,5%.

Termo utilizado:
• Anisocitose: RDW > 14,5%;

Sua avaliação é útil no diagnóstico diferencial das anemias e outras doenças hematológica 55
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
Velocidade de Hemossedimentação (VHS)

POR QUE FAZER ESTE EXAME?


QUANDO FAZER ESTE EXAME?
 Para detectar a presença de inflamação causada por uma ou mais

 doenças/estados clínicos como infecções, tumores ou doenças


Quando médico achar que o indivíduo possa ter alguma doença/estado
clínico que provoque inflamação. Quando o paciente apresentar sinais e
autoimunes;
sintomas associados a arterite temporal, crise de gota, vasculites
 Para auxiliar no diagnóstico e monitoração de doenças/estados
sistêmicas, polimialgia reumática ou artrite reumatoide, tais como dores
de cabeça,específicos,
clínicos dores no pescoço
entre ouelas arterite
no ombro, dor pélvica, anemia, falta de
temporal, vasculites
apetite, perda de peso inexplicada e rigidez articular.
sistêmicas, polimialgia reumática ou artrite reumatoide.

56
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
Velocidade de Hemossedimentação (VHS)

 Procedimento: Pipeta graduada especifica Após uma hora, observar o


com marcação em mm volume de plasma e
hemácias sedimentadas
Coleta
O limite que separa o
plasma das hemácias é
CITRATO DE SÓDIO
anotado.

57
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
Velocidade de Hemossedimentação (VHS)

 Desvantagens:

Fatores interferentes:

• Ciclo menstrual;
• Unha encravada;
• Resfriados

EXAME INESPECIFÍCO

58
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
Velocidade de Hemossedimentação (VHS)

 Valores de referência :

Nos homens:
• em 1h - até 15 mm;

Nas mulheres:
• em 1h - até 20 mm;
• 25 mm.

Nas crianças:
• valores entre 3 - 13 mm.

59
60
Contagem
Contagemde
dereticulócitos
reticulócitos
Reticulócitos são eritrócitos imaturos (que estão nos estágios finais de
diferenciação celular) recém liberados da medula óssea que ainda
apresentam material genético (RNA ribossômico).

 A maturação do reticulócito ocorre em aproximadamente 4 dias: sendo os primeiros 3 dias na


medula óssea e, quando liberados na circulação sanguínea (nas últimas 24 horas), completam a sua
maturação diferenciando-se em eritrócitos (hemácias maduras). 

61
Contagem
Contagemde
dereticulócitos
reticulócitos
 O número normal de reticulócitos varia entre 0,5 a 2% (ou de 35.000 a
120.000 mm3) em relação à porcentagem total de hemácias;
 Recém-nascidos 2,0 a 6,0% (70.000 – 330.000 mm³).

Significância clínica?

BAIXO:
AUMENTO:
(Reticulopenia) baixos valores de referência
(reticulocitose) é indicativo de eritropoese indicam hipoplasia medular (é caracterizada pela
aumentada, observado em casos de anemias diminuição das células sanguíneas.
hemolíticas, por exemplo, mas também pode ser - Agranulocitose e anemia aplástica que são
indicativo de hiperplasia medular, doença do recém distúrbios hematológicos secundários a uso de
nascido. medicamentos.

62
Contagem
Contagemde
dereticulócitosº
reticulócitosº
 Coloração:

1- Em um tubo de hemólise, adicionar 100 μL de Azul Cresil Brilhante 1 %;


2- Neste mesmo tubo, adicionar 100 μL do sangue total com EDTA (ou seja,
1. Realizar
proporção 1:1 ouav/v);
diluição do sangue total homogeneizado a amostra
em azul de cresil brilhante, usando o seguinte critério baseado
3- Homogeneizar e deixar 15 - 20 minutos em banho-maria a 37ºC;
no hematócrito descritos na bula:
4- Após este período, retirar do banho-maria e homogeneizar novamente;
 Para hematócrito até 30%: 12 gotas de sangue para 3 gotas de
5- Realizar o esfregaço sanguíneo normalmente e esperar secar;
corante.
6- Realizar a leitura em microscópio óptico com objetiva de imersão usando
 Para hematócrito entre 35 – 40%: 9 gotas de sangue para 3
o óleo mineral
gotas de(aumento de 1000x).
constante.
 Para hematócrito superior a 45% 6 gostas de sangue para 3
gotas de corante. 63
Contagem
Contagemde
dereticulócitos
reticulócitos
 Contagem:
1- Contar os reticulócitos presentes em 10 diferentes campos (anotando quantos
reticulócitos foram encontrados em cada campo);
2- Anotar a média dos campos.

A partir da média de reticulócitos contados, deve ser calculada a % em relação à quantidade total de
hemácias no sangue. Para isso, é necessário saber o valor do hematócrito (Ht) do paciente e a
quantidade de hemácias.

64
Contagem
Contagemde
dereticulócitos
reticulócitos
 Contagem:

 Exemplo:

Média de reticulócitos: 2
Hemácias: 4.200.000/mm3
Hematócrito: 43%

2 x 43 / 45 = 1,9% de reticulócitos Valor relativo %

4.200.000 --- 100%


x -------------- 1,9%

x = 79.800 reticulócitos/mm3 Valor absoluto


65
66
67
Hemograma
Hemograma--Eritrograma
Eritrograma
 Resumo – Eritrograma manual:

1. Hematócrito;
2. Dosagem de Hemoglobina;
3. Contagem de glóbulos vermelhos;
4. Observação da série vermelha na contagem diferencial;
5. Cálculo dos Índices Hematimétricos (VCM, HCM, CP.CM);
6. Velocidade de Hemossedimentação (VHS) quando solicitado;
7. Contagem de reticulócitos quando solicitados.

68
69
Leucograma
O leucograma é uma parte do exame de sangue que consiste em avaliar os leucócitos, também
chamados de glóbulos brancos, que são as células responsáveis pela defesa do organismo. Este exame
indica o número de neutrófilos, bastões ou neutrófilos segmentados, linfócitos, monócitos, eosinófilos
e basófilos presentes no sangue.

70
Leucograma

71
Leucograma
 No leucograma é feita avaliação:

• Qualitativamente
• Quantitativamente

A contagem diferencial de cada leucócito é emitida em % (ou valor relativo) e em mm3 (ou valor
absoluto). O valor absoluto tem melhor expressão diagnóstica em relação ao valor relativo. 72
Leucograma - automatizado

73
Leucograma
Metodologias:

Existem duas maneiras de realizar a contagem dos


leucócitos totais: de forma manual ou
automatizada.

A contagem de leucócitos totais é utilizada para a


avaliação da quantidade de leucócitos no sangue
periférico de um indivíduo, contagem global e
também por o cálculo de contagem diferencial.

74
Leucograma

• Contagem de leucócitos totais por automação ou câmera de Newbauer;


• Contagem diferencial com auxílio de contadores (leucotrons) e microscópio;
• Contar 100 leucócitos, diferenciando os tipos existentes no sangue periférico e anotando o
percentual de cada um dos 05 tipos;
• Observar a morfologia dos leucócitos no microscópio.

75
Leucograma
CONTAGEM AUTOMATIZADA:

É a forma utilizada hoje em dia nos laboratórios clínicos.

A contagem é realizada em contadores hematológicos, aparelhos que realizam praticamente todas as partes
do hemograma, incluindo contagem de hemácias, leucócitos e plaquetas.

Existem contadores de pequeno porte e grande porte. Quanto mais moderno e completo o equipamento,
mais parâmetros ele avalia.

COMO É FEITA?

Tubos com a amostras de sangue dos pacientes, colhido com EDTA, é inserido em uma rack, e são passados
individualmente no aparelho.
76
Leucograma
COMO É FEITA ANÁLISE AUTOMATIZADA?

Uma agulha aspira determinada quantidade de amostra. O sangue então é distribuído em diversos canais
(túbulos) em que as análises irão acontecer;

Para a contagem de leucócitos totais, uma fração de sangue é diluída com um reagente que lisa as hemácias,
deixando somente os leucócitos;

As duas principais metodologias utilizadas na detecção e contagem dos leucócitos é eletrônica por citometria
de fluxo;

Para contagem e diferenciação, são analisados tamanho e complexidade (granularidade) das células;

Uma diferença importante entre a contagem manual e automatizada é que, na automatizada ao mesmo
tempo em que os leucócitos estão sendo contados, o aparelho já diferencia os tipos de leucócitos, ou seja, faz
a contagem total e diferencial simultaneamente.
77
Leucograma
METODOLOGIA – Contagem global:

1. Diluir as amostra em uma concentração de 1:20 com líquido de Turk (composto por ácido acético que lisa
as hemácias) em tubo de hemólise; 1:20: corresponde a 380 microlitros do líquido de Turk para 20
microlitros de amostra (volume final de 400 μL);
2. Seguida realizada a homogeinezação e deixar em repouso por 5 minutos;.
3. Preparar a câmera de Neubauer com lamínula e encher a câmara sem extravazamentos;
4. Fazer a leitura no microscópico em um aumento de 10 x e 40 x;
5. Contar os 4 quadrantes maiores das extremidades;
6. Aplicar a seguinte formula: Leucócitos contados= L.C x 20 (fator de diluição) x 10 volume entre a lamina e
laminula ÷ 4 (campos contados) ou L.C X 50;
78
Leucograma
Diluição 1:20

Obtém-se o resultado por meio


da seguinte fórmula:

Leucócitos/μL = (leucócitos
contados x fator da diluição x
10) ÷ 4 ou L.C X 50 = mm³
79
Leucograma
METODOLOGIA - Contagem diferencial de leucócitos:

A contagem diferencial ou relativa é obtida a partir do exame microscópico de distinção corada.


Os leucócitos são identificados e registrados em um contador mecânico ou eletrônico, cada tipo com um
subtotal independente, em uma contagem de 100 leucócitos.

 ERITROBLASTOS:

- Contabilizar separadamente
- Observar a morfologia das hemácias!

80
Leucograma
CONFECÇÃO DO ESFREGAÇO SANGUÍNEO:

1. Identificar a lâmina;

2. Colocar uma gotícula de sangue em uma lâmina limpa e seca;


3. Com o auxílio de outra lâmina, colocar a gota de sangue em contato
com sua borda, formando um ângulo de 45°, esfregar uma lâmina
sobre a outra rapidamente, antes que o sangue seque ou coagule;

4. Esperar o esfregaço secar.

5. Fazer a coloração.

81
Leucograma
METODOLOGIA:

1. É preparada a lâmina com o esfregaço da amostra e deixada por alguns minutos para secar.
2. Em seguida a lâmina é corada com panótico rápido - mergulha-se 10 vezes na solução fixadora, depois 10
vezes na solução de coloração ácida (eosina) que reage com os componentes básicos da célula e 8 vezes
na solução de coloração básica (azul de metileno) reage com componentes ácidos.
3. Após a coloração é lavada as costas da lâmina e então deixada para secar.
4. Com a lâmina seca leva-se para o microscópio para leitura e quantificação de células na objetiva de 100x
com o óleo de imersão.
5. As células observadas são quantificadas de acordo com sua morfologia e classificação em um contador
hematológico.
6. Conta-se 100 células e então obtém o valor relativo da contagem de leucócitos da seguinte maneira:
82
Leucograma

83
84
Técnicas de coloração
Coloração - PANÓTICO:

 As colorações hematológicas usuais em laboratórios são ditas


“panóticas”, pois o material depois de corado permite a
visualização de todos os elementos do sangue;

 Os corantes hematológicos são misturas de sais ácidos e básicos


que permitem a coloração de estruturas citoplasmáticas e
nucleares das células.

85
Técnicas de coloração
Coloração - PANÓTICO:

86
Técnicas de coloração

Técnica 2: os corantes estão separados.


Primeiro fixa-se a lâmina com metanol (frasco 1) por alguns segundos, logo
após mergulha-se algumas vezes no frasco de eosina (frasco 2) e depois no
de azul de metileno (frasco 3);
Enxagua-se e deixa secar. 87
Técnicas de coloração
A técnica de coloração apliacada pode variar, mas o resultado esperado é praticamente o mesmo para todos:

Leucócitos:
Hemácias: róseo Núcleo (lobulado): azul violeta
Núcleo: azul violeta
Plaquetas: azul Citoplasma: azul claro
Citoplasma: azul

Plaquetas e Hemácias Linfócito Monócito

88
Técnicas de coloração
A técnica pode variar, mas o resultado esperado é praticamente o mesmo para todos:

Núcleo: azul
Núcleo: azul escuro Núcleo: púrpura a azul escuro
citoplasma: rosa pálido
Citoplasma: rosa pálido granulações volumosas, cobrindo
grânulos volumosos: vermelho a
granulações: de tons róseos a todo o citoplasma: azul escuro.
vermelho laranja.
azul claro.

Granulócitos: Basófilo Eosinófilo


Neutrófilos polimorfonucleares

89
Leucograma

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Leucograma
Significância clínica:

Leucocitose: infeções virais agudas, infecções bacterianas, infecções fúngicas, doenças alérgicas,
sensibilidade a certas drogas, leucemias mieloides ou linfoides, câncer, policitemia vera, etc.

Condições Fisiológicas: Gravidez, menstruação e exercícios físicos intensos.

Leucopenia: Quimioterapias, radioterapias, doenças autoimunes, fatores genéticos, transplante


de medula óssea, infecções virais, doenças crônicas, câncer, pelo uso de esteroides.

91
Leucograma
 Significância clínica:

NEUTRÓFILOS:

Neutrófila: infecções agudas = bacterianas, virais e


fúngicas, inflamações, infarto do miocárdio, condições
autoimunes, pós-operatórios, tabagismo, stress e tumores
malignos.
Neutropenia: pode ser causada pelo aumento da
destruição das células periféricas, causas medulares,
neutropenia congênita grave e Infecções virais como
(hepatite).
92
Leucograma
 Significância clínica:

MONOCITOS:

Monocitose: Leucemias monocíticas agudas, processos


inflamatórios, tuberculose, sífilis, malária, leishmaniose,
colite granulomatosa, etc.
 Doenças neoplásicas:
 Leucemia monocítica aguda;
 Leucemia mielocítica aguda e crônica;
 Leucemia mielomonocítica crônica juvenil;
 Mielodisplasia, dentre outras.
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Leucograma
 Significância clínica:

LINFÓCITOS:

Linfocitose:
Infecções virais, doenças inflamatórias, doenças
autoimunes, toxoplasmose, LLA (leucemia linfoide aguda),
etc.
Linfopenia:
Danos a medula óssea, quimioterapias, sepse, infecções
virais como a do vírus HIV, dentre outros.

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Leucograma
 Significância clínica:

EOSINÓFILOS:

Eosinofilia:
Infecções por helmintos, processos alérgicos, doenças da
pele, toxinas, tumores, doenças endócrinas e autoimunes,
etc.

95
Leucograma
 Significância clínica:

BASÓFILOS:

Basófilia:
Reações de hipersensibilidade, infecções virais, infeções
crônicas, artrite reumatoide, deficiência de ferro, câncer e
doenças mieloproliferativas.
Basopenia:
sem significância clínica.

96
97
Plaquetograma
 Se refere à dosagem das plaquetas, estas são fragmetos celulares dos megacariocitos.

As plaquetas (trombócitos) normais têm um diâmetro de 2 a 3 mm, com espessura em torno de 1.0 mm. A vida
média das plaquetas no sangue periférico é de 9 a 12 dias e cerca de 7.000 plaquetas /ml são consumidas
diariamente com a finalidade hemostática;
Em situações normais, estão em número de 140.000 – 150.000 a 400.000 – 450.000/mm³ no sangue periférico.

98
Plaquetograma

99
Plaquetograma

100
Plaquetograma
 PLAQUETÓCRITO:
É o volume ocupado pela massa de plaquetas, tomado como
porcentagem do volume respectivo do sangue;

 VPM – Volume plaquetário médio:


É um índice que mede o volume médio das plaquetas (tamanho);

 PDW – Índice de anisocitose plaquetária:


É um análogo do RDW, e mede a anisocitose plaquetária. Pode ser utilizado também para distinguir
uma trombocitopenia por distribuição (PDW aumentado) de uma situação de diminuição da produção
(PDW normal ou diminuído). 101
Plaquetograma
O que pode interferi na contagem das plaquetas ??

 Plaquetopenia:

- Pseudoplaquetopenia: agregação plaquetária por EDTA;

- Estocagem, coágulo, má homogeneização;

- Presença de macroplaquetas.

102
Plaquetograma
Em que situação vou fazer a contagem na lamina??

103
Plaquetograma
Em que situação vou fazer a contagem na lamina??

104
Plaquetograma
CONTAGEM MANUAL DAS PLAQUETAS - Método de fônio:

1. Primeiramente e realizada a extensão da amostra de sangue, as plaquetas serão quantificadas na objetiva de


100 x;
2. Estime a quantidade de eritrócitos presentes em um campo no aumento de 100 x, para facilitar você pode
dividir o campo em quatro partes e contar o número de eritrócitos em um deles. Ex. estimou 300 eritrócitos
para cada campo de contagem;
3. Após isso, conte o número de plaquetas em 10 campos, observando a morfologia, dispersão, agrupadas,
agregação plaquetária;
4. Obtenha o número de global dos eritrócitos da amostra e utilize regra de três;

105
Plaquetograma

Referencia: 140.000 – 150.000 a 400.000 – 450.000/mm³ 106


Plaquetograma

107
Plaquetograma
Distúrbios das plaquetas:
• Aumento anormal nas plaquetas (trombocitemia e trombocitose reativa);
• Diminuição nas plaquetas (trombocitopenia);
• Disfunção plaquetária.

Agregação plaquetária Satelitismo plaquetario Macroplaquetas 108


Plaquetograma
ALTERAÇÕES NA MORFOLOGIA DAS PLAQUETAS:

PLAQUETAS GIGANTES OU MACROPLAQUETAS:


Processo acelerado na produção de plaquetas.
- São observadas quando há destruição periférica exagerada, como na púrpura trombocitopênica
idiopática e tromboses extensas.

MICROMEGACARIÓCITOS:
São encontrados nas síndromes mieloproliferativas e mielodisplásicas.

109
Plaquetograma
ALTERAÇÕES NA MORFOLOGIA DAS PLAQUETAS:

ANISOCITOSE PLAQUETÁRIA: 
Plaquetas de tamanho variado (pequenas, normais e grandes) sem predomínio de nenhuma das formas. Vista
em situações onde existe aceleração do processo de produção de plaquetas como nas síndromes
mieloproliferativas, mielodisplásicas e disfunções plaquetárias.

PLAQUETAS DISMÓRFICAS: 
Plaquetas de morfologia variada como ocorre na síndrome de Bernard Soulier (é uma rara desordem hereditária
caracterizada por plaquetopenia, plaquetas gigantes e ausência de interações plaquetárias seletivas induzidas pelo fator de
Von Willenbrand devido a anormalidades da glicoproteína presente na superfície das plaquetas)  e púrpura

trombocitopênica idiopática crônica. 110


Plaquetograma
 Significado Clínico:

 PLAQUETOSE:
Primária, ou essencial: doenças mieloproliferativas, policitemia vera, mielofribrose.
Reativa: inflamação, deficiência de ferro, endocrinopatias, neoplasias, terapias com corticoides etc.

 PLAQUETOPENIA: Leucemias, AIDS, efeito colateral de medicamentos, gravidez, púrpura


trombocitopênica idiopática, doença autoimune, púrpura trombocitopênica trombótica, artrite
reumatoide, infecções bactérias e virais, síndrome hemolítico-urêmica, dentre outras causas.

111
Esfregaço sanguíneo em que podem ser observadas em destaque as plaquetas
112
Macroplaquetas

113
Satelitismo plaquetario

114
Agregação plaquetária

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CellQuiz - Hematologia

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Questões de Técnicas em Laboratório - Coleta e
Preparo de Amostras de Sangue para Concurso

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Questões de Técnicas em Laboratório - Coleta e
Preparo de Amostras de Sangue para Concurso

119
Questões de Técnicas em Laboratório - Coleta e
Preparo de Amostras de Sangue para Concurso

120
Questões de Técnicas em Laboratório - Coleta e
Preparo de Amostras de Sangue para Concurso

121
Questões de Técnicas em Laboratório - Coleta e
Preparo de Amostras de Sangue para Concurso

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Discursão para 17.03.2021.

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1. Proeritroblasto;
2. Eritroblasto basófilo;
3. Eritroblasto policromático;
4. Eritroblasto ortocromático;
5. Neutrófilo segmentado;
6. Núcleo nú.

140
Corpos de Heinz (seta preta) e reticulócito (seta vermelha). Ambos são
visíveis apenas com a coloração supra vital (azul de cresil brilhante ou
novo azul de metileno). 141
Eritrócitos normocíticos e normocrômicos

142
Anisocitose com macrovalócitos (seta vermelha) e eritrócitos
microcíticos (seta preta).
143
Anel de Cabot no campo.

144
Alguns corpúsculos de Howell Jolly no campo.

145
Eritrócito com ponteados basófilos no campo.
146
Numerosos eritrócitos em alvo no campo.
147
Alguns estomatócitos no campo.

148
Alguns dacriócitos no campo.

149
Numerosos esquizócitos no campo.
150
Numerosos equinócitos no campo.

151
Alguns ovalócitos (seta preta) e eliptócitos (seta vermelha) no
campo.
152
Alguns drepanócitos ou eritrócitos falciformes no campo
(observar as pontas afiladas). Presença de 1 eritroblasto
ortocromático (seta vermelha).
153
Intensa hipocromia.

154
O que é ANISOCITOSE?

A anisocitose é uma variação no tamanho das células.


Pode se apresentar com microcitose ou macrocitose.

Microcitose: fenômeno característico de células com


diâmetro abaixo de 7µm. Para facilitar essa identificação,
comparamos o tamanho do eritrócito com o núcleo do
Hemácia microcítica
linfócito pequeno.
155
O que a presença de hemácias microcíticas pode indicar?

Hemácia microcítica

• Anemias ferropênicas;
• Talassemias;
• As anemias das doenças crônicas severas também podem ter de forma mais
discreta de hemácias microcíticas.
156
O que a presença de hemácias Macrocíticas pode indicar?

• Pode ser decorrente de reticulocitose, uma vez que são


maiores que as hemácias maduras. A contagem de
reticulócitos, se elevada, pode sugerir hemólise ou
sangramento recente. Se a contagem de reticulócitos
não estiver elevada, a macrocitose pode ser por
deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico,
predominando nesses casos os macro-ovalócitos.

• Outras causas podem ser doenças endócrinas


(hipotireoidismo), doenças hepáticas, distúrbios da
medula óssea, especialmente insuficiência medular,
Hemácias macrocíticas excesso de ingestão de álcool e alguns medicamentos.

Macrocitose – fenômeno com células de VCM acima de 100fl ou mais de 9µm de diâmetro.
Os eritrócitos com macrocitose são chamados de macrócitos, que podem ser arredondados ou ovais (macro-
ovalócitos).
157
158
Hemácias microcíticas, hipocrômicas, anisocitose e poiquilocitose

159
Quais são as causas mais comuns?

• Anemias ferropênicas;
• Anemias sideroblásticas são um grupo diverso de anemias caracterizadas pela
presença de sideroblastos em anel (acúmulo de ferro nas mitocôndrias
perinucleares dos eritroblastos)
• Talassemias

São quadros associados caracteristicamente hipocrômicas e microcíticas.

160
Anéis de Cabot

Os anéis de Cabot são restos nucleares semelhantes a anéis. Podem ser observados nas
anemias megaloblásticas, anemias hemolíticas e após esplenectomia.

161
162
Linfócitos

163
Eosinófilo

164
LINFÓCITOS REATIVOS

165
MONÓCITOS 166
Basófilo (seta) e Neutrófilo segmentado (seta tracejada).
 
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