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Trovador Is Mo

O documento descreve a poesia trovadoresca nos séculos XII a XIV, incluindo suas principais características e gêneros como a cantiga de amor e de amigo. Também menciona os principais cancioneiros e a prosa trovadoresca, como as novelas de cavalaria e o ciclo arturiano.

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O documento descreve a poesia trovadoresca nos séculos XII a XIV, incluindo suas principais características e gêneros como a cantiga de amor e de amigo. Também menciona os principais cancioneiros e a prosa trovadoresca, como as novelas de cavalaria e o ciclo arturiano.

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TROVADORISMO

CRONOLOGIA
• Período: séculos XII a
XIV

• Início: 1189 (ou 1198?)


– Cantiga da
Ribeirinha, Paio
Soares de Taveirós

• Término: 1418
– Nomeação de
Fernão Lopes como
guarda-mor da Torre
do Tombo

Geane Martins
PANORAMA HISTÓRICO

Feudalismo
Suserano e
vassalos

Geane Martins
PANORAMA HISTÓRICO

Representação de
uma comunidade
medieval, dividida
em feudos

Geane Martins
PANORAMA HISTÓRICO

Servos
trabalhando
de acordo
com as
estações do
ano
Geane Martins
PANORAMA HISTÓRICO

Teocentrismo
Deus como centro
do universo

Geane Martins
POESIA TROVADORESCA
• Características das
cantigas
– Língua: galego-
português
– Tradição oral e
coletiva
– Poesia cantada e
acompanhada por
instrumentos
musicais
– Autores: trovadores
– Gêneros: lírico-
amorosas e satirícas
Geane Martins
CANTIGAS
• Trovador: alta nobreza, músico;
• Segrel: nobre, poeta;
• Jogral: compositor e cantor;
• Menestrel: cantor;
POESIA TROVADORESCA
• Cantigas Lírico-
amorosas
– Cantiga de amor
– Cantiga de amigo

• Cantigas Satíricas
– Cantiga de
escárnio
– Cantiga de
Maldizer
POESIA TROVADORESCA
• Cantiga de amor
– Origem provençal
– Eu lírico masculino
– Tratamento dado à
mulher: mia senhor
– Expressão da vida da
corte
– Convenções do amor
cortês:
• Idealização da
mulher;
• Vassalagem
amorosa;
• Expressão da coita
CANTIGA DE AMOR
Cantiga da Ribeirinha Cantiga da Ribeirinha
No mundo non me sei parelha,
mentre me for’ como me vai, No mundo ninguém se assemelha a mim
ca já moiro por vós – e ai! enquanto a minha vida continuar como vai
mia senhor branca e vermelha, porque morro por vós, e ai
queredes que vos retraia
minha senhora de pele alva e faces rosadas,
quando vos eu vi en saia!
Mau dia me levantei, quereis que vos descreva
que vos enton non vi fea! quando vos eu vi sem manto
E, mia senhor, des aquel di’, ai! Maldito dia! me levantei
me foi a mi muin mal, que não vos vi feia (ou seja, a viu mais bela)
e vós, filha de don Paai E, minha senhora, desde aquele dia, ai
Moniz, e bem vos semelha tudo me foi muito mal
d’aver eu por vós guarvaia, e vós, filha de don Pai
pois eu, mia senhor, d’alfaia Moniz, e bem vos parece
nunca de vós ouve nem ei
de Ter eu por vós guarvaia
valia d’ua correa.
(Paio Soares de Taveirós) pois eu, minha senhora, como mimo
de vós nunca recebi
VOCABULÁRIO algo, mesmo que sem valor
retraia: retrate
saia: roupa íntima
guarvaia: roupa luxuosa
parelha: semelhante
POESIA TROVADORESCA
• Cantiga de amigo
– Origem popular
– Eu lírico feminino
– Tratamento dado ao
namorado: amigo
– Expressão da vida
campesina e urbana
– Realismo: fatos comuns
à vida cotidiana
– Amor realizado ou
possível – sofrimento
amoroso
– Paralelismo e refrão
CANTIGA DE AMIGO
Bailemos nós já todas três,ai amigas,
so aquestas avelaneiras frolidas, Bailemos nós já todas três, ai amigas,
e quen for velida, como nós, velidas, Sob aquelas avelaneiras floridas,
se amig’amar, E quem for formosa, como nós, formosas,
so aquestas avelaneiras frolidas se o namorado amar
verrá bailar. Sob aquelas avelaneiras floridas
virá bailar.
Bailemos nós já todas, ai irmanas,
so aqueste ramo destas avelanas, Bailemos, nós já todas três, ai irmãs,
e quen Deus parecer, como nós parecemos, Sob o ramo daquelas avelãs,
se amig’amar, Quem tiver boa aparência como nós temos,
so aqueste ramo destas avelanas se o namorado amar,
verrá bailar. Sob o ramo daquelas avelãs
virá bailar.
Por Deus, ai amigas, mentrál non fazemos,
so aquesto ramo frolido bailemos Por Deus, ai amigas, enquanto não fazemos
e quen bem parecer, como nós parecemos, [outra coisa,
se amig’amar, sob aquele ramo florido bailemos
so aqueste ramo so lo que bailemos e quem for bem parecida, como nós
verrá bailar parecemos,
se o namorado amar,
virá bailar.
Aires Nunes
POESIA TROVADORESCA
• Cantiga de escárnio
– Crítica indireta
– Uso da ironia

• Cantiga de Maldizer
– Crítica direta
– Intenção difamatória
– Palavrões e
xingamentos
CANTIGAS SATÍRICAS
Ai dona fea! foste-vos queixar Ai! dona feia! fostes vos queixar
porque vos nunca louv’ em meu trobar porque nunca vos louvei em meu trovar
mais ora quero fazer um cantar mas, agora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via; em que vos louvarei, todavia;
e vedes como vos quero loar; e vide como vos quero louvar:
dona fea, velha e sandia! dona feia, velha e louca.

Ai dona fea! se Deus mi perdom! Ai! dona feia! que Deus me perdoe!
e pois havedes tan gran coraçon pois vós tendes tão bom coração
que vos eu loe em esta razon, que eu vos louvarei, por esta razão,
vos quero já loar toda via; eu vos louvarei, todavia;
e vedes queal será a loaçon: e veja qual será a louvação:
dona fea, velha e sandia! dona feia, velha e louca!

Dona fea, nunca vos eu loei Dona feia, eu nunca vos louvei
em meu trobar, pero muito trobei; em meu trovar, mas muito já trovei;
mais ora já um bom cantar farei entretanto, farei agora um bom cantar
em que vos loarei todavia; em que vos louvarei todavia;
e direi-vos como vos loarei: e vos direi como louvarei:
dona fea, velha e sandia! dona feia, velha e louca!
POESIA TROVADORESCA
• Cancioneiro da Ajuda, composto durante o reinado
do rei Afonso III, no século XIII, contendo apenas
cantigas de amor.

• Cancioneiro da Biblioteca Nacional (ou Colocci-


Brancuti, dois italianos que o possuíam), engloba
trovadores dos reinados de Afonso III e de D.
Dinis.

• Cancioneiro da Vaticana (descoberto na Biblioteca


do Vaticano), inclui todos os tipos de cantigas e
contém uma produção do século XVI.
PROSA TROVADORESCA

Novelas de cavalaria

Canções de gesta
PROSA TROVADORESCA
Ciclos das novelas de cavalaria

• Ciclo Clássico (novelas que narram a guerra de


Tróia, as aventuras de Alexandre, o grande)

• Ciclo arturiano ou bretão (as que apresentam o rei


Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda – A
Demanda do Santo Graal)

• Ciclo carolíngeo (a História de Carlos Magno)


CICLO ARTURIANO

• Rei Arthur
PROSA TROVADORESCA

Os cavaleiros da
Távola Redonda
CICLO ARTURIANO

A demanda do
Santo Graal
AS CRUZADAS
OS CAMINHOS DAS CRUZADAS
PRINCIPAIS AUTORES
• Paio Soares de Taveirós
• Dom Dinis
• Duarte da Gama
• Martim Garcia de Guilhade
• Martim Codax
• João Zorro
• Afonso Sanches (filho de D. Dinis)
• Rui Queimado
• Bernardo Bonaval

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