Tradução/adaptação e formatação de Maria Jesus Sousa (Juca)
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Há muitos anos atrás, havia uma tartaruga que fez seis anos e, tal como acontece agora, teve que ir para a
escola. Chamava-se Tartaruguita. A verdade é que ela não gostava nada de ir para a escola… preferia ficar
em casa a brincar com a mãe e a irmã pequenina. Isso de escrever letras e números era muito pesado para
ela, que gostava apenas de… brincar.
Na escola, ainda não conseguia colaborar com os outros, nem tinha a paciência necessária para ouvir a
professora a falar. Nem sequer conseguia parar de fazer aqueles ruídos maravilhosos com a boca, de mexer
as mãos e os pés… tinha muita dificuldade em sentar-se direita e em lembrar-se de que não podia fazer
barulho, nem podia fazer mal aos outros quando se enervava. Por isso metia-se muitas vezes em sarilhos!
No entanto, cada dia, pela manhã, a Tartaruguita dizia a si mesma que se ia esforçar, que se ia lembrar das
regras e pensar como comportar-se… mas acabava por não conseguir cumprir: com muita facilidade
perdia a paciência, enervava-se, ficava furiosa e depois lá estava ela outra vez, metida em sarilhos!
Perdia a cabeça quando achava que não conseguia, quando se enganava ou estragava a folha de papel… e rasgava tudo em
bocadinhos, de tão zangada que ficava. Ainda ficava pior quando via os colegas a fazerem as coisas direitas. Não tardou muito
para começar a achar que não era capaz, que era uma tartaruga má e começou a sentir-se muito, muito mal mesmo…
Um dia, quando estava a sentir-se mesmo triste e desiludida, encontrou a Maior e Mais Velha tartaruga da cidade, que tinha 200
anos e era muito sábia! Quando a Tartaruguita lhe contou os seus problemas, ela, que era muito sábia, disse-lhe que iria ajudá-la a
descobrir uma solução...
- A verdade - disse-lhe a tartaruga sábia - é que a solução é muito fácil e está mesmo por cima de ti!
Mas a Tartaruguita não compreendeu e então a tartaruga sábia explicou-lhe que não precisava de
procurar mais longe, porque a solução estava até dentro de si…
- Quando estiveres a sentir-te assim, experimenta meter-te dentro da tua carapaça. Acalma-ta, respira e
pensa no que estás a sentir e porque te estás a sentir assim… é um momento de pausa, enquanto
descobres uma forma de resolveres o teu problema.
No dia seguinte, a Tartaruguita pode comprovar isso mesmo. Quando estava a fazer os seus trabalhos, achou novamente que não
conseguia, estragou a folha e começou a sentir-se muito zangada!
Mas então lembrou-se do que lhe tinha dito a tartaruga sábia: recolheu as pernas, os braços e a cabeça dentro da sua carapaça,
respirou, pensou e manteve-se quieta até descobrir o que havia de fazer para parar de sentir-se assim...
Quando finalmente se acalmou, saiu da carapaça… a professora não ralhou com ela, como Tartaruguita receava. Deu-lhe os parabéns
por ter encontrado uma forma de resolver a situação.
Tartaruguita fez assim daí em diante e os dias começaram a correr melhor, sentia-se capaz e os resultados comprovaram isso
mesmo! E mais importante que isso, estava feliz na escola e gostava de aprender ☺
Tinha conseguido fazer algo muito importante: aprender a parar, a pensar e autocontrolar-se!
A chave para ter sucesso estava aí, tinha crescido e estava muito feliz!
Agora até achava que era fácil… bastava usar a técnica da tartaruga ;-)
A escola tornou-se um local mais agradável para a Tartaruguita, que começou a desfrutar também da companhia dos seus amigos… e sem se meter em sarilhos!
MOMENTO PRO
TÉCNICA DA TARTARUGA
A Tartaruguita sentia-se cada vez mais feliz na escola. Quando estava zangada, mesmo sem
saber bem qual era o motivo, escondia-se dentro da sua carapaça. Mas, havia dias que
estava tão zangada que o seu coração batia muito rápido, o rosto ficava vermelho e contar
até 10 não a acalmava. bonitas”
A Tartaruguita procurou de novo a Velha Tartaruga para lhe pedir ajuda: “Que posso fazer
se contar até 10 não me acalma? ” A Velha tartaruga disse: “Dentro da tua carapaça, tens
que respirar lentamente, soltar os músculos das pernas, das mãos e do estômago e pensar
em coisas
APRENDER A RELAXAR
Créditos
• Tradução livre de texto disponível em:
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• Imagens:
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