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Apresentação - IRC - Aspetos Gerais

Este documento discute a tributação unitária em Portugal. Resume três pontos principais: 1) A reforma fiscal de 1989 converteu a tributação das sociedades em uma tributação unitária através do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC); 2) O IRC incide sobre os rendimentos obtidos no período de tributação pelos sujeitos passivos; 3) Há três categorias de sujeitos passivos do IRC: residentes com personalidade jurídica, residentes sem personalidade jurídica, e não residentes.

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Apresentação - IRC - Aspetos Gerais

Este documento discute a tributação unitária em Portugal. Resume três pontos principais: 1) A reforma fiscal de 1989 converteu a tributação das sociedades em uma tributação unitária através do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC); 2) O IRC incide sobre os rendimentos obtidos no período de tributação pelos sujeitos passivos; 3) Há três categorias de sujeitos passivos do IRC: residentes com personalidade jurídica, residentes sem personalidade jurídica, e não residentes.

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ISCAP - Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto

19 de abril de 2021
Miguel Primaz

1
Tributação Unitária

Tributação Unitária

• A tributação do rendimento das sociedades dispersa pelos diversos impostos parcelares


converteu-se, com a Reforma Fiscal de 1989, numa tributação unitária.
• Em consequência foram abolidos, a partir de 01/01/1989, a contribuição industrial, o
imposto sobre a indústria agrícola, o imposto de mais-valias, a contribuição predial, o
imposto de capitais e o imposto complementar.
• Fundiram-se, portanto, numa base única de tributação, sobre a qual passou a incidir o
imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC), os rendimentos que se
encontravam, de acordo com a natureza da fonte produtora, sujeitos ao respetivo
imposto parcelar.
• Assim, o IRC incide sobre os rendimentos obtidos no período de tributação, pelos
respetivos sujeito passivos.
Tributação Unitária

Tributação Unitária

• O conceito de rendimento que se adotou partiu de uma noção extensiva de acordo com
a chamada teoria do incremento patrimonial ou rendimento acréscimo, que procura
tributar fundamentalmente o lucro real e efetivo das empresas.
• Trata-se de um imperativo constitucional previsto no artigo 104.º da Constituição da
República Portuguesa (CRP).
• CRP/ Artigo 104.º/2 – Impostos
“A tributação das empresas incide fundamentalmente sobre o seu rendimento real.”
Tributação Unitária

Tributação Unitária

• Tal noção vem refletida no Código do IRC ao eleger, para base do imposto, o lucro,
definido como a diferença entre os valores do património líquido no fim e no início do
período de tributação, com as correções estabelecidas neste Código.
• Em consequência, foram incluídos na base tributável ganhos até então não tributados,
nomeadamente, algumas indemnizações, bem como subsídios não destinados à
exploração, mais-valias e menos-valias realizadas e incrementos patrimoniais obtidos a
título gratuito.
• Em síntese, o IRC incide sobre os rendimentos obtidos, mesmo quando provenientes de
atos ilícitos, no período de tributação, pelos respetivos sujeitos passivos, nos termos
deste Código – artigo 1.º do CIRC.
Caraterísticas do Imposto

Caraterísticas do Imposto

• Sobre o rendimento: por contrapartida aos impostos existentes sobre a despesa (ex.: IVA) e
sobre o património (ex.: IMI, IMT, IUC, …);
• Direto: se atendermos ao critério económico poderemos dizer que o IRC é um imposto
direto na medida em que incide sobre a manifestação direta ou imediata da capacidade
contributiva;
• Real: porque visa a tributação dos rendimentos das pessoas coletivas sem atender à sua
situação pessoal;
• Periódico: porque se renova nos sucessivos períodos de tributação, que normalmente são
anuais, dando origem, consequentemente, a sucessivas obrigações tributárias anuais,
independentes umas das outras;
• Estadual: porque é o Estado o sujeito ativo da relação jurídico-tributária;
Caraterísticas do Imposto

Caraterísticas do Imposto

• Proporcional: já que a taxa se mantém constante, independentemente da matéria coletável apurada


(atualmente esta caraterística já não é rigorosamente aplicável na medida em que existe alguma
progressividade);
• Global: porque incide sobre um conjunto de rendimentos provenientes de diversas fontes;
• Principal: porque goza de autonomia quer ao nível normativo quer ao nível das relações tributárias
concretas.
Ainda, relativamente à caraterização do imposto, refira‑se que embora tratando-se de um imposto sobre o
rendimento, o IRC integra algumas medidas de tributação sobre a despesa, tendo em vista controlar
excessos dos sujeitos passivos relativamente a determinados gastos e encargos.
Exemplo: artigo 88.º – tributação autónoma:
– Despesas não documentadas; – Despesas de representação; – Despesas com ajudas de custo; – Despesas
com viaturas ligeiras de passageiros, viaturas ligeiras de mercadorias, motos ou motociclos.
Pressupostos de Incidência sobre o IRC

Pressupostos de Incidência

• O artigo 1.º do CIRC consagra os pressupostos da incidência em IRC, dos quais


a lei faz depender o surgimento da relação jurídica do imposto, sendo os
mesmos de natureza:
- objetiva: obtenção de rendimentos
- subjetiva: por um sujeito passivo
- e temporal: no período de tributação
Pressupostos de Incidência sobre o IRC

Pressupostos de Incidência

• O âmbito da aplicação pessoal:


– quem está sujeito a imposto;
– Incidência subjetiva (artigo 2.º);
• A delimitação do objeto da sua incidência:
– o que está sujeito;
– Rendimentos obtidos pelo sujeito passivo – incidência objetiva (artigo 3.º);
• E o período de tributação:
– quando está sujeito;
– Elemento temporal do facto tributário (artigo 8.º);
Incidência Pessoal – Artigo 2.º do
CIRC

Se entendermos o sujeito passivo da relação jurídica tributária


como sendo a pessoa ou a entidade titular de qualquer situação
jurídica regulada pelo Direito Fiscal, então um sujeito passivo de
IRC há de ser a pessoa ou entidade sobre quem é suscetível de
recair o dever de cumprir uma obrigação de natureza tributária
imposta pelo código do IRC, designadamente a obrigação
principal – a obrigação do imposto.
A incidência pessoal está consignada no artigo 2.º indicando o n.1
as três categorias de sujeitos passivos, i.e., quem está sujeito a
imposto.
Incidência Pessoal – Artigo 2.º do
CIRC

Sujeitos Passivos por Obrigação Pessoal (Residentes)

• As pessoas coletivas (sociedades comerciais, sociedades civis sob forma comercial,


cooperativas, empresas públicas e demais pessoas coletivas de direito público ou
privado) com sede ou direção em território português.
• Para além das entidades com personalidade jurídica sujeitam-se ainda a IRC,
determinados entes de facto, designadamente, as heranças jacentes, as associações e
sociedades civis sem personalidade jurídica e as sociedades irregulares.
• Não obsta, portanto, à tributação qualquer eventual irregularidade no processo de
formação dos entes coletivos.
Incidência Pessoal – Artigo 2.º do
CIRC

Sujeitos Passivos por Obrigação Pessoal (Residentes)

• Assim são sujeitos passivos de IRC:


as sociedades comerciais as que tenham por objeto a prática de atos de comércio e
adotem o tipo de sociedade:

• Por quotas;
• Anónimas;
• Em nome coletivo;
• Em comandita simples;
• Em comandita por ações.
Incidência Pessoal – Artigo 2.º do
CIRC

Sujeitos Passivos por Obrigação Pessoal (Residentes)

• Assim são sujeitos passivos de IRC: as sociedades civis sob a forma comercial.

As sociedades civis são aquelas que não têm por objeto a prática de atos comerciais ou de qualquer dos tipos
de atividade previstos no artigo 230.º do Código Comercial.
De qualquer modo, as sociedades civis podem adotar qualquer um dos tipos societários já referidos, previstos
para as sociedades comerciais. Neste caso designar-se-ão por sociedades civis sob forma comercial e estarão
sujeitas ao regime do Código das Sociedades Comerciais, adquirindo, por isso, personalidade jurídica própria
a partir do registo definitivo do contrato de sociedade.
As restantes são sociedades civis sob forma civil ou sociedades civis puras e regular-se-ão pelo disposto nos
artigos 980.º e seguintes do Código Civil, não sendo, em princípio, dotadas de personalidade jurídica e não
cabendo portanto no elenco da alínea a) do artigo 2.º.
Estas sociedades estarão, como veremos mais adiante, sujeitas ao regime de transparência fiscal previsto no
artigo 6.º do CIRC.
Incidência Pessoal – Artigo 2.º do
CIRC

Sujeitos Passivos por Obrigação Real (Não Residentes)

• Para além dos sujeitos passivos por obrigação pessoal, isto é, aqueles cujo elemento de
conexão com o território português é a residência, incluem-se também no âmbito da
incidência pessoal as entidades não residentes quanto obtenham rendimentos neste
território, não sujeitos a IRS.
• As entidades com ou sem personalidade jurídica que não tenham sede nem direção
efetiva em território português e cujos rendimentos nele obtidos não estejam sujeitos a
IRS.
Incidência Pessoal – Artigo 2.º do
CIRC

Sede e Direção Efetiva

• A sede das pessoas coletivas é um conceito jurídico que se contrapõe como figura afim e paralela
ao domicílio das pessoas singulares.
• Assim, a sede da pessoa coletiva é aquela que os respetivos estatutos designem ou, na falta de
designação, o lugar em que funciona a administração principal (artigo 159.º do Código Civil).
• Nas sociedades comerciais, a designação da sede em local concretamente definido é um dos
elementos obrigatórios do contrato de sociedade (cf. artigo 9.º n.1 alínea e) do Código das
Sociedades Comerciais).
• Em alternativa à sede, o Código do IRC (à semelhança das convenções sobre dupla tributação
internacional) elegeu a direção efetiva como elemento de conexão determinante para a definição
do conceito de residência.
• Direção efetiva é um conceito pelo qual se pretende designar o local onde a empresa é de facto
gerida, i.e., o lugar onde são praticados os atos mais importantes de gestão global da empresa, tais
como reuniões, assembleias, etc. ou até mesmo o próprio lugar de residência dos seus
administradores.
Incidência Pessoal – Artigo 2.º do
CIRC

Quadro-Resumo:

- Residentes – com personalidade jurídica (artigo 2.º, n.1, al. a), do CIRC):
abrange sociedades comerciais, cooperativas, empresas públicas, outras
pessoas coletivas de direito público ou privado;
- Residentes – sem personalidade jurídica (artigo 2.º, n.1, al. b), do CIRC) –
Cujos rendimentos não sejam tributados diretamente na titularidade de
pessoas singulares ou coletivas, designadamente: Heranças jacentes;
Associações e sociedades civis sem personalidade jurídica; Sociedades que
ainda não tenham registo definitivo;
- Não Residentes (artigo 2.º, n.1, al. c), do CIRC) – Entidades que obtenham em
território português rendimentos não sujeitos a IRS.
Incidência Real – Artigo 3.º do CIRC

Base do Imposto:

• A obtenção de rendimentos pelos respetivos sujeitos passivos determina o nascimento da obrigação do


imposto.
• Mas o âmbito dos rendimentos sujeitos a imposto é condicionado:
- não só pela residência do seu titular,
- como pelo exercício, ou não, a título principal, de uma atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola.
• Assim, as entidades que exerçam a titulo principal uma atividade de natureza comercial, industrial ou
agrícola (i.e. cujo objeto seja a prática de operações económicas de caráter empresarial, incluindo as
prestações de serviços, isto é, que através da coordenação de fatores produtivos intervenham na
produção ou distribuição de bens ou serviços para o mercado), são tributadas em IRC de acordo com o
respetivo lucro.
Incluem-se aqui as sociedades comerciais ou civis sob a forma comercial, cooperativas e as empresas
públicas.
Incidência Real – Artigo 3.º do CIRC

Base do Imposto:

• Os restantes sujeitos passivos residentes, i.e., aqueles que não exercem a


título principal uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
(associações e fundações), estão sujeitos a IRC pelo seu rendimento global o
qual corresponde à soma algébrica dos rendimentos das diversas categorias
consideradas para efeitos de IRS e, bem assim dos incrementos patrimoniais
obtidos a título gratuito.
• Sem prejuízo do previsto nas várias Convenções/Acordos Internacionais sobre
dupla tributação, as entidades não-residentes estão sujeitas a IRC apenas
quanto aos rendimentos obtidos em território português.
Incidência Real – Artigo 3.º do CIRC

Base do Imposto:

• Relativamente às entidades não-residentes, releva para o efeito, o facto de disporem ou


não de estabelecimento estável em Portugal, conforme se detalha:

- Não-residente com estabelecimento estável - O IRC incide sobre o lucro imputável a esse
estabelecimento estável;

- Não-residente sem estabelecimento estável ou, possuindo-o, os rendimentos não lhe são
imputáveis - O IRC incide sobre o rendimento das diversas categorias consideradas para
efeitos de IRS, bem como sobre os incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito
(perspetiva individualizada).
Incidência Real – Artigo 3.º do CIRC

Quadro-Resumo:
Sujeitos Passivos Base do Imposto
Exerçam a título principal
uma atividade de natureza
Lucro
comercial, industrial ou
Residentes agrícola
(obrigação pessoal) Não exerçam a título
principal uma atividade de
Rendimento Global
natureza comercial,
industrial ou agrícola
Com estabelecimento Lucro do Estabelecimento
Não-Residentes estável em Portugal Estável
(obrigação real)
Sem estabelecimento Rendimentos das diversas
estável em Portugal categorias do IRS
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

Residentes:

• As pessoas coletivas e outras entidades com sede ou direção efetiva em


território português (i.e. as entidades residentes) são tributadas sobre a
totalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtidos fora desse território.
• Estamos, neste caso, perante uma obrigação de natureza pessoal ou ilimitada,
i.e., o IRC recai sobre o sujeito passivo, independentemente da espécie de
rendimentos ou do local da sua obtenção – princípio da universalidade.
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

Não-Residentes:

• Tratando-se de entidades não residentes, o âmbito da sujeição é mais restrito e


o IRC apenas incide sobre os rendimentos obtidos em território português pelo
sujeito passivo, independentemente da existência, ou não, de outros
rendimentos obtidos fora desse território, razão pela qual se define esta
obrigação de natureza real ou limitada – princípio da territorialidade.
• Para o efeito são considerados como elementos de conexão com o território
português, o lugar do exercício da atividade, o local da situação dos bens e
direitos ou da entidade pagadora dos rendimentos.
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

Não-Residentes:

Assim, consideram‑se obtidos em território português, para efeitos de


tributação das entidades não-residentes, além dos rendimentos imputáveis a
estabelecimento estável situado nesse território os que, não se encontrando
nessas condições, a seguir se indicam:
a) Rendimentos relativos a bens imóveis situados em território português,
incluindo os ganhos resultantes da sua alienação onerosa;
b) Ganhos resultantes da transmissão onerosa de partes representativas do
capital de entidades com sede ou direção efetiva em território português
ou de outros valores mobiliários emitidos por estas entidades;
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

Não-Residentes:
A sociedade «Mundo, SA», com domicílio fiscal em Espanha vendeu em 01/06/2020, uma
participação de capital que detinha numa sociedade portuguesa, a uma outra entidade com domicílio
fiscal na Alemanha. Qual o enquadramento tributário e obrigações declarativas associadas?
O eventual ganho resultante desta transmissão onerosa está sujeito a imposto em Portugal, conforme
alínea b) do n.º 3 do artigo 4.º do Código do IRC.
O sujeito passivo espanhol está obrigado a apresentar:
– a declaração periódica de rendimentos modelo 22, até ao último dia do mês de maio de 2021, com
vista ao pagamento do imposto; e – o Anexo E da declaração de informação empresarial simplificada
(IES/DA).
- A eventual mais‑valia pode beneficiar de isenção de IRC nos termos e condições referidos no artigo
27.º do EBF. Neste caso, apenas auferindo, em território português, rendimentos isentos, a entidade
espanhola está dispensada da apresentação da declaração modelo 22, conforme previsto no n.8 do
artigo 117 .º do Código.
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

c) Rendimentos a seguir mencionados, cujo devedor tenha sede ou direção efetiva em território
português ou cujo pagamento seja imputável a um estabelecimento estável nele situado:
i. Os provenientes da propriedade intelectual ou industrial e bem assim da prestação de
informações respeitantes a uma experiência adquirida no setor industrial, comercial ou
científico;
ii. Os derivados do uso ou da concessão do uso de equipamento agrícola, industrial, comercial ou
científico;
iii. Outros rendimentos de aplicação de capitais;
iv. Remunerações auferidas na qualidade de membros de órgãos estatutários de pessoas coletivas e
outras entidades (ex. remunerações pagas pelas sociedades anónimas, com sede ou direção
efetiva em território português, a sociedades de revisores oficiais de contas que constituam o
conselho fiscal dessas sociedades);
v. Prémios de jogo, lotarias, rifas, totoloto e apostas mútuas, bem como importâncias ou prémios
atribuídos em quaisquer sorteios ou concursos;
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

vi. Os provenientes da intermediação na celebração de quaisquer contratos;


Exemplo
A sociedade ABC, Lda, com sede ou direção efetiva em território português, paga
comissões de intermediação a duas sociedades comerciais. Uma tem sede na Jamaica e
outra tem sede no Canadá e nenhuma tem estabelecimento estável em Portugal.
Estamos perante um rendimento tributável em Portugal? Se sim, quais as obrigações que
impendem sobre a sociedade ABC?
Solução
As comissões pagas estão sujeitas a IRC em Portugal por força da subalínea 6) da alínea c)
do n.3 do artigo 4.º, desde que não se verifique a previsão da primeira parte do n.4 do
mesmo artigo.
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

Obrigações da sociedade ABC:


– No pagamento à sociedade com sede na Jamaica, haverá lugar à retenção na fonte à
taxa prevista no artigo 87.º (25%) uma vez que não existe Convenção entre Portugal e a
Jamaica para evitar a dupla tributação;
– No pagamento à sociedade com sede no Canadá, não haverá lugar a retenção na fonte,
caso seja feita a prova a que se refere o artigo 98.º, uma vez que os rendimentos
comerciais, à luz do artigo 7.º da Convenção, apenas são tributados no Estado da
residência.
– Por força dos pagamentos àquelas sociedades (com sede na Jamaica e no Canadá), a
ABC, Lda, deverá proceder ao pedido no número de identificação fiscal nos termos
previstos no Dec. Lei n.º 14/2013, de 28 de janeiro, e entregar a declaração modelo 30
(prevista na alínea a) do n.7 do art.º 119.º do CIRS, aplicável por remissão do artigo 128.º)
até ao fim do segundo mês seguinte ao do pagamento.
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

vii. Os derivados de outras prestações de serviços realizados ou utilizados em território


português, com exceção dos relativos a transportes, comunicações e atividades
financeiras;
A este propósito importa referir que uma prestação de serviços é considerada como
realizada em território português quando a mesma aí for materialmente ou fisicamente
executada.
De referir que a segunda parte do n.4 do artigo 4.º restringe o âmbito da incidência ao
excluir da tributação os rendimentos relativos a prestações de serviços realizadas
integralmente fora do território português, exceto quando respeitem a bens situados
neste território ou estejam relacionados com algumas das situações aí identificadas
(estudos, projetos, apoio técnico ou à gestão, etc.).
Nestes casos, o rendimento considera-se obtido em território português.
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

Para averiguar se uma prestação de serviços é considerada como utilizada em território


português deve atender-se às características próprias de cada serviço, havendo que
examinar, casuisticamente, onde o serviço é usufruído ou onde os seus resultados
efetivamente se projetam ou em benefício de quem revertem.
Por exemplo, não se consideram obtidos em território português os rendimentos
relativos à prestação de serviços de publicidade e promoção de uma marca de vinho
realizada no estrangeiro na medida em que não consta da enumeração taxativa parte final
do n.4 do artigo 4.º e dificilmente se pode afirmar que se trata de serviços que respeitem
a bens situados em território português.
Os serviços estarão mais diretamente relacionados com a atividade comercial levada a
cabo nesse mercado dos produtos que ostentam essa marca do que com bens
especificamente considerados situados em território português.
vii. Os provenientes de operações relativas a instrumentos financeiros derivados;
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

d) Rendimentos derivados do exercício em território português da atividade de


profissionais de espetáculos ou desportistas.
Por exemplo, enquadram-se aqui, os rendimentos obtidos por uma entidade não
desportiva, não residente em território português, relativos à cedência de direitos de
imagem de um jogador a um Clube/SAD residente, com o qual o jogador vai celebrar um
contrato de trabalho desportivo. Atente -se que os rendimentos obtidos por aquela
entidade não residente com a cedência desses direitos se encontram estreitamente
relacionados com os direitos inerentes ao contrato de trabalho desportivo celebrado pelo
jogador, porque derivam da imagem deste no exercício da sua atividade profissional e
apenas subsistem enquanto durar o contrato de trabalho desportivo (n.5 da Circular n.º
17/2011).
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

e) Incrementos patrimoniais derivados de aquisições a título gratuito respeitantes a:


1) Direitos reais sobre bens imóveis situados em território português;
2) Bens móveis registados ou sujeitos a registo em Portugal;
3) Partes representativas do capital e outros valores mobiliários cuja entidade emitente
tenha sede ou direção efetiva em território português;
4) Direitos de propriedade industrial, direitos de autor e direitos conexos registados ou
sujeitos a registo em Portugal;
5) Direitos de crédito sobre entidades com residência, sede ou direção efetiva em
território português;
6) Partes representativas do capital de sociedades que não tenham sede ou direção
efetiva em território português e cujo ativo seja predominantemente constituído por
direitos reais sobre imóveis situados no referido território.
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

Exemplo
O senhor Jones, detentor de 100% do capital social da sociedade «Investments, SA» com
sede no Mónaco, efetuou uma cedência a título gratuito de 50% do capital social desta
sociedade a favor de uma outra sociedade com sede em França.
O ativo da sociedade «Investments, SA» é exclusivamente constituído por um imóvel
situado no Algarve.
Haverá sujeição a imposto em Portugal? Em caso afirmativo, quem é o sujeito passivo e
qual a base tributável?
Solução
A aquisição a título gratuito está sujeita a IRC – n.6 da alínea e) do n.3 do artigo 4.º do
CIRC.
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

Solução
O sujeito passivo do imposto é a empresa beneficiária da transmissão ou seja, a empresa
francesa.
Assim, esta empresa está obrigada a apresentar uma declaração periódica de
rendimentos modelo 22, até ao 30.º dia posterior à data da transmissão (alínea c) do n.º 5
do artigo 120.º do CIRC). Está igualmente obrigada a enviar o Anexo E da declaração
IES/DA.
A base tributável é determinada nos termos do n.2 do artigo 21.º do CIRC, ou seja,
considera-se como valor de aquisição dos incrementos patrimoniais obtidos a título
gratuito o seu valor de mercado, não podendo este ser inferior ao que resultar da
aplicação das regras de determinação do valor tributável previstas no Código do Imposto
do Selo.
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

f) Ganhos resultantes da transmissão onerosa de partes de capital ou de direitos


similares em sociedades ou outras entidades, não abrangidas pela alínea b), quando,
em qualquer momento durante os 365 dias anteriores, o valor dessas partes de capital
ou direitos resulte, direta ou indiretamente, em mais de 50 %, de bens imóveis ou
direitos reais sobre bens imóveis situados em território português, com exceção dos
bens imóveis afetos a uma atividade de natureza agrícola, industrial ou comercial que
não consista na compra e venda de bens imóveis.
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

Rendimentos Obtidos fora do Território Português


Não serão, no entanto, considerados como obtidos em território português os rendimentos
enumerados na alínea c) do n.º 3 do artigo 4.º, ainda que sendo pagos por entidades residentes,
quando os mesmos constituam encargo de estabelecimento estável situado fora do território
português relativamente à atividade exercida por seu intermédio, e bem assim quando não se
verificarem essas condições, os rendimentos referidos no n.º 7 da mesma alínea, quando os serviços
de que derivam, sendo realizados integralmente fora do território português, não respeitem a bens
situados nesse território nem estejam relacionados com estudos, projetos, apoio técnico ou à gestão,
serviços de contabilidade ou auditoria e serviços de consultoria, organização, investigação e
desenvolvimento em qualquer domínio (n.4 do artigo 4.º).
Para efeitos de IRC, o território português compreende também as zonas onde, em conformidade
com a legislação portuguesa e do direito internacional, a República Portuguesa tem direitos
soberanos relativamente à prospeção, pesquisa e exploração dos recursos naturais do leito do mar,
do seu subsolo e das águas sobrejacentes.
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

Exemplo
Imaginemos uma sociedade comercial «X, SA» com sede em Portugal e com
estabelecimento estável em Espanha.
Nesta situação, se uma entidade «Y», não residente, auferir quaisquer dos rendimentos
mencionados na alínea c) do n.3 do artigo 4.º, pagos por aquele estabelecimento, esses
rendimentos não serão considerados como obtidos em território português, porque,
embora o seu devedor (a sociedade «X, SA») seja uma entidade residente, os mesmos
constituem um encargo do referido estabelecimento estável, em Espanha, em relação à
atividade por ele exercida (primeira parte do n.º 4 do artigo 4.º).
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC

Quadro-Resumo:

Sujeitos Passivos Tipo de Obrigação Âmbito da Sujeição


O IRC incide sobre a
totalidade dos
Obrigação pessoal ou
Residentes rendimentos, incluindo os
ilimitada
obtidos fora do território
português
O IRC incide apenas sobre
Não-Residentes Obrigação real ou limitada os rendimentos obtidos
em território português
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC
Quadro-Resumo de Não-Residentes (detalhe):
Alínea Situação
Corpo Rendimentos imputáveis a EE situado em Portugal
Al. a) Rendimentos de imóveis situados em Portugal, incluindo os ganhos resultantes da sua transmissão onerosa

Al. b) Ganhos resultantes da transmissão onerosa de partes representativas do capital de entidades residentes e de outros
valores mobiliários emitidos pelo mesmo tipo de entidades ou, cujo pagamento seja imputável a estabelecimento
estável situado em Portugal
Rendimentos a seguir mencionados cujo devedor tenha residência, sede ou direção efetiva em Portugal ou cujo
pagamento seja imputável a estabelecimento estável aí situado:
(i) Propriedade intelectual ou industrial; (ii) Know how (prestação de informações respeitantes a uma experiência
adquirida no setor industrial, comercial ou científico); (iii) Uso ou concessão de equipamento agrícola, comercial,
industrial ou científico; (iv) Outros rendimentos de aplicação de capitais; (v) Remunerações auferidas na qualidade de
Al. c) membros de órgãos estatutários de pessoas coletivas e outras entidades; (vi) Prémios de jogo, lotarias, rifas, totoloto e
apostas mútuas, bem como importâncias ou prémios atribuídos em quaisquer sorteios ou concursos; (vii) Comissões
pela intermediação na celebração de quaisquer contratos; (viii) Os derivados de outras prestações de serviços
realizados ou utilizados em território português, com exceção dos relativos a transportes, comunicações e atividades
financeiras; (ix) Os provenientes de operações relativas a instrumentos financeiros derivados.

Al. d) Rendimentos derivados do exercício em território português da atividade de profissionais de espetáculos/desportistas


Al. e) Incrementos patrimoniais derivados de aquisições a título gratuito
Extensão da Obrigação de Imposto –
Artigo 4.º do CIRC
Quadro-Resumo de Não-Residentes (detalhe):
Alínea Situação
Ganhos resultantes da transmissão onerosa de partes de capital ou de direitos similares em sociedades ou outras
entidades, não abrangidas pela alínea b), quando, em qualquer momento durante os 365 dias anteriores, o valor dessas
Alínea f) partes de capital ou direitos resulte, direta ou indiretamente, em mais de 50 %, de bens imóveis ou direitos reais sobre
bens imóveis situados em território português, com exceção dos bens imóveis afetos a uma atividade de natureza
agrícola, industrial ou comercial que não consista na compra e venda de bens imóveis.
Estabelecimento Estável – Artigo 5.º do
CIRC

Quanto aos sujeitos passivos não-residentes, a existência ou não de estabelecimento


estável em território português constitui, como vimos, o critério de distinção daqueles
sujeitos passivos para efeitos de determinação da respetiva base tributável.
O n.1 do artigo 5.º dá-nos o conceito de estabelecimento estável como sendo qualquer
instalação fixa através da qual seja exercida uma atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola.
Este conceito é alargado pelos n.ºs 2 a 6 que incluem na noção de estabelecimento
estável:
• Um local de direção;
• Uma sucursal;
• Um escritório;
• Uma fábrica, etc. e ainda
• Outros locais ou atividades, sempre nas condições definidas naquele preceito.
Estabelecimento Estável – Artigo 5.º do
CIRC

Nos n.ºs 7 e 8, há uma delimitação negativa do mesmo conceito, excluindo


expressamente as chamadas «atividades de caráter meramente preparatório ou auxiliar»
ao mesmo tempo que se limita a existência de estabelecimento estável nos estaleiros de
construção ou montagem, aos casos em que a atividade desenvolvida ultrapasse um
determinado período (6 meses).
A amplitude do conceito reflete a importância reconhecida ao princípio da fonte
produtora em relação ao princípio da residência, na tributação dos lucros provenientes
das atividades empresariais.
Cumpre ainda referir que as Convenções para Evitar a Dupla Tributação contêm, também,
o conceito de estabelecimento estável, o qual pode não coincidir com o do Código do IRC,
devendo, nestes casos, a norma convencional sobrepôr-se à norma de direito interno, por
força do disposto no n.2 do artigo 8.º da Constituição da República Portuguesa.
Estabelecimento Estável – Artigo 5.º do
CIRC

Para efeitos do cálculo do lucro das entidades não residentes, consideram--se imputáveis
ao estabelecimento estável (n.3 do artigo 3.º):
• Os rendimentos de qualquer natureza obtidos por seu intermédio; e
• Todos os outros rendimentos obtidos em território português resultantes de atividades
idênticas ou similares àquelas que foram realizadas através do estabelecimento estável.
Os rendimentos não imputáveis a estabelecimento estável, ainda que ele exista, serão
tributados, por força da alínea d) do n.1 do artigo 3.º, nos mesmos termos dos
rendimentos dos sujeitos passivos sem estabelecimento estável.
Período de Tributação – Artigo 8.º do
CIRC

Regra geral, o IRC é devido por cada exercício económico o qual coincidirá com o ano civil
(artigo 8.º, n.1).

Há porém exceções a esta regra:

• Período de tributação de 12 meses, mas não coincidente com o ano civil, em caso
de opção por parte do contribuinte;
• Período de tributação inferior a um ano; e
• Período de tributação superior a um ano.

O cumprimento das obrigações quer declarativas, quer de pagamento ajustar-se-á em


conformidade com o período de tributação adotado.
Período de Tributação – Artigo 8.º do
CIRC

• Período de tributação de 12 meses, mas não coincidente com o ano civil, em caso de
opção por parte do contribuinte:

O n.2 do artigo 8.º estabelece a possibilidade de ser adotado um período de tributação


diferente do ano civil, o qual deve ser mantido durante, pelo menos, os cinco períodos de
tributação imediatos.
Esta exceção é aplicável a:
• pessoas coletivas com sede ou direção efetiva em território português; e
• pessoas coletivas ou outras entidades sujeitas a IRC que não tenham sede nem
direção efetiva neste território e nele disponham de estabelecimento estável.
Será considerado período de tributação, aquele cujo primeiro dia se refira a esse ano.
Período de Tributação – Artigo 8.º do
CIRC

• Período de tributação de 12 meses, mas não coincidente com o ano civil, em caso de
opção por parte do contribuinte:

Exemplo

Ao ano fiscal de 01‑04‑2019 a 31‑03‑2020 corresponde o período de tributação de 2019.

No ano da transição, teremos, pois, dois períodos fiscais de 2019: um período que decorre
de 01-01-2019 a 31-03-2019 e outro que decorre de 01-04-2019 a 31-03-2020.
Período de Tributação – Artigo 8.º do
CIRC

• Período de tributação superior a 1 ano:


O período de tributação pode ser superior a um ano relativamente a sociedades e outras
entidades em liquidação, em que tem a duração correspondente ao período da
liquidação.
No limite poderá ter o prazo de dois anos nos termos previstos no n.3 do artigo 79.º do
Código do IRC. A tributação pelo período de liquidação resulta de opção do sujeito
passivo.
Nos termos do artigo 150.º do Código das Sociedades Comerciais, a liquidação deve estar
encerrada e a partilha aprovada no prazo de dois anos a contar da data em que a
sociedade se considere dissolvida, sem prejuízo de prazo inferior convencionado no
contrato ou fixado por deliberação dos sócios.
Este prazo só pode ser prorrogado por deliberação dos sócios e por período não superior
a um ano. Decorridos aqueles prazos sem que tenha sido requerido o registo do
encerramento da liquidação, o serviço de registo competente promove oficiosamente a
liquidação por via administrativa.
Período de Tributação – Artigo 8.º do
CIRC

• Período de tributação inferior a 1 ano:


O n.4 do artigo 8.º prevê que o período de tributação poderá ser inferior a um ano nas seguintes
situações:
• No ano do início de tributação, em que é constituído pelo período decorrido entre a data em
que se inicia a atividade, a sede ou direção efetiva passa a situar -se em território português ou
se começam a obter rendimentos que dão origem a sujeição a imposto, consoante o caso, e o fim
do período de tributação;
• Quando as condições de sujeição a imposto ocorram e deixem de verificar-se no mesmo
período de tributação, em que é constituído pelo período efetivamente decorrido;
• No ano em que, de acordo com o n.º 3, seja adotado um período de tributação diferente do
que vinha sendo seguido nos termos gerais, em que é constituído pelo período decorrido entre o
início do ano civil e o dia imediatamente anterior ao do início do novo período;
• No ano da cessação da atividade, em que é constituído pelo período decorrido entre o início
do período de tributação e a data da cessação da atividade.
Período de Tributação – Artigo 8.º do
CIRC

Exemplo:
Um sujeito passivo residente em território nacional que procede à alteração do
período de tributação, que antes era coincidente com o ano civil para 01-04-
2019 a 31-03-2020.
Neste caso teremos dois períodos de tributação de 2019, isto é, um período de
tributação de 2019 que decorrerá entre 01-01-2019 e 31-03-2019 (inferior a 12
meses) e um outro período de 2019 que decorrerá entre 01-04-2019 e 31-03-
2020.
Exemplo:
Um sujeito passivo que procedeu ao pedido do registo do encerramento da
liquidação em 15 de março de 2019. O período de tributação de 2019 decorrerá
entre o dia 01-01-2019 e 15-03-2019.
Período de Tributação – Artigo 8.º do
CIRC

Relativamente às entidades residentes a cessação de atividade ocorre (n.5 do artigo 8.º):


• Na data do encerramento da liquidação (releva a data do pedido de registo do
encerramento da liquidação – Ofício -Circulado n.º 20063/2002, de 5 de março).
• Na data da fusão ou cisão, quanto às sociedades extintas em consequência destas;
• Na data em que a sede ou direção efetiva deixem de situar -se em território português;
• Na data em que se verificar a aceitação da herança jacente ou em que tiver lugar a
declaração de que esta se encontra vaga a favor do Estado;
• Na data em que deixarem de verificar‑se as condições de sujeição a imposto.
Período de Tributação – Artigo 8.º do
CIRC

Relativamente às entidades não-residentes, a cessação de atividade ocorre (n.5 do artigo


8.º):
• Na data em que cessarem totalmente o exercício da sua atividade através de
estabelecimento estável;
• Na data em que deixarem de obter rendimentos em território português.

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