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Segurança na Administração de Medicamentos

O documento resume a VIII Jornada de Enfermagem da UFCG com o tema "Construção histórica e política da enfermagem: avanços e desafios na qualidade da assistência". Apresenta também informações sobre erros comuns na administração de medicamentos, incluindo os tipos de erros como prescrição, dispensação e administração.
Direitos autorais
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Segurança na Administração de Medicamentos

O documento resume a VIII Jornada de Enfermagem da UFCG com o tema "Construção histórica e política da enfermagem: avanços e desafios na qualidade da assistência". Apresenta também informações sobre erros comuns na administração de medicamentos, incluindo os tipos de erros como prescrição, dispensação e administração.
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VIII JORNADA DE ENFERMAGEM – UFCG

TEMA “CONSTRUÇÃO HISTÓRICA E POLÍTICA ENFERMAGEM:


AVANÇOS E DESAFIOS NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA”

Segurança na Administração de Medicamentos:


erros comuns na prática assistencial

Profa. Mestre Janaíne Chiara


[email protected]

Cajazeiras – 2016
O paciente é colocado sob risco durante
uma intervenção feita para melhorar sua
saúde?

É possível causar algum dano ao paciente


durante os cuidados de saúde que
proporcionamos?
SIM
Segurança do paciente
• Redução dos riscos de danos desnecessários associados à
assistência em saúde até um mínimo aceitável (OMS, 2009)

• A segurança depende da criação de sistemas que antecipem


os erros e também os previnam ou interceptem antes que
causem dano
Segurança do paciente
Danos desnecessários = EVENTOS ADVERSOS

• São danos não intencionais decorrentes da assistência


prestada ao paciente, não relacionados à evolução natural da
doença de base

• Acarretam lesões mensuráveis nos pacientes afetados, óbito

ou prolongamento do tempo de internação.


Segurança do paciente
• “Redução de atos inseguros nos processos assistenciais e o

uso das melhores práticas de forma a alcançar os melhores


resultados possíveis para o paciente”
• Negligência – deixar de tomar uma atitude; omissão

• Imperícia - inaptidão, falta de qualificação técnica, teórica ou

prática, ou ausência de conhecimentos elementares e básicos da


profissão

• Imprudência - agir com descuido, indiferença ou desatenção, não

tomando as devidas precauções


Que coisa, hein?!
Em 2007, um senhorzinho de 90 anos foi fazer implantes em um cirurgião-dentista
e durante o procedimento, o dentista, acidentalmente, deixou cair uma chave digital de
implante odontológico, na garganta do paciente. Na ocasião, a minichave entrou pelo esôfago
e o tal senhorzinho precisou de uma colonoscopia para retirá-lo de seu intestino grosso.
Apesar do ocorrido, o vovozinho continuou o tratamento com o mesmo dentista.
Surpreendentemente, o cirurgião-dentista voltou a derrubar a chave digital pela garganta do
idoso. Desta vez, o objeto foi para a traquéia, seguindo para o pulmão. O azarado paciente
ficou internado por 50 dias e morreu devido às complicações causadas pela cirurgia de
retirada do objeto. Abalado, o dentista não praticou Odontologia desde o ocorrido e acabou
por vender seu consultório em 2009. O profissional foi multado em R$ 34 mil. Esse ano,
espontaneamente, o dentista trapalhão cancelou a sua licença e deixou de ser dentista.

MORAL DA HISTÓRIA: O dentista foi investigado por negligência. Mas, será que o tal
profissional foi somente negligente?
Como surgiu esse conceito?
• A área da saúde incorporou alta tecnologia e inúmeras novas
práticas do ponto de vista de diagnóstico e terapêutica ao
longo do último século
Segurança do paciente
• Estudos tem demonstrando que a assistência oferecida aos

pacientes traz a estes uma série de riscos


RISCOS

DANOS AO PACIENTE

NÃO EXPLICADO PELA DOENÇA OU TRATAMENTO

ERROS NA PRÁTICA ASSISTENCIAL

MÉDICOS, ENFERMEIROS, FISIOTERAPÊUTAS, ETC.


Segurança do paciente
• Importante ressaltar

• Erros NÃO são intencionais

• Falhas na forma como é prestada a assistência

• Deve-se julgar o processo assistencial


Estudos pioneiros
• The Medical Insurance Feasibility Study (1974 pela California
Medical Association e a California Hospital Association) - 21 mil
prontuários de pacientes hospitalizados em 23 hospitais da
Califórnia foram encontrados eventos adversos em 4,6% dos
pacientes

• The Harvard Medical Practice Study (1991) - 30 mil prontuários


de pacientes de alta nos hospitais de Nova York, em 3,7% dos
casos haviam eventos adversos, sendo que destes, 13,6%
levaram o paciente ao óbito
Estudos pioneiros
• No Brasil, estudo realizado em hospitais no estado do Rio de
Janeiro - 7,6% das internações ocorreram eventos adversos

• 50 a 60% dos eventos são evitáveis (Gallotti, 2004).


Marco para o conceito
• Instituto de Medicina nos EUA, 1999: "Errar é Humano:
Construindo um Sistema de Saúde mais Seguro”
• Alertou para a estimativa de mortes nos EUA decorrentes de
eventos adversos: de 44.000 a 98.000 por ano
• Maior que acidentes automobilísticos (43.458 mortes/ano),
câncer de mama (42.297 mortes/ano) ou AIDS (16.516
mortes/ano)
• 8ª causa de mortalidade nos EUA
Eventos adversos
• Queda
• Falhas na identificação do paciente
• Erros em procedimentos cirúrgicos
• Infecções
• Mau uso de dispositivos e equipamentos médicos
• Administração incorreta de medicamentos
Estatísticas sobre os erros na administração de
medicamentos
• Nos EUA
• 28% dos efeitos adversos são produzidos por medicamentos
• Em 1993, 7.000 americanos morreram por erro de medicação, contra
6.000 por acidentes de trabalho
• Aproximadamente 56% dos erros acontecem durante
a prescrição

• No Brasil
• Não estão disponíveis estatísticas de óbitos relacionados a erros de
medicação
• Possibilidade de prevenção dos erros de medicação e do risco de
dano em função da sua ocorrência
• Protocolo de segurança na prescrição, uso e
administração de medicamentos (Ministério da Saúde, ANVISA,
FIOCRUZ e FHEMIG)
Erros de medicação
• “Qualquer acontecimento prevenível que pode causar dano
ao usuário ou que dê lugar a uma utilização inapropriada dos
medicamentos quando sob responsabilidade dos
profissionais de saúde, do doente ou do consumidor”

• Podem estar relacionados:


• Erros humanos
• Falta de informações sobre o medicamento
• Falta de treinamento
• Falha no sistema de saúde
• Falhas no processo de prescrição e manipulação dos
medicamentos
Situações comuns do dia-a-dia...
Tipos de erros na administração
• Erros de Prescrição
• Erros de Dispensação
• Erros de Administração
Erros de Prescrição
• Erro de decisão ou redação, não intencional, que pode
reduzir a probabilidade do tratamento ser efetivo ou
aumentar o risco de lesão no paciente

• Receita ou prescrição
• “prescrição escrita de medicamento, contendo orientação de
uso para o paciente, efetuada por profissional legalmente
habilitado, quer seja de formulação magistral ou de produto
industrializado”.
Erros de Prescrição
• Lei nº 5.991/1973
• “Art. 35 –Somente será aviada a receita:
• a) que estiver escrita a tinta, em linguagem nacioanal, por extenso e
de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos
e medidas oficiais;
• b) que tiver o nome e o endereço do paciente e, expressamente, o
modo de usar a medicação;
• c) que contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do
consultório ou residência, e o número de inscrição nos respectivo
Conselho profissional.
• Parágrafo único. O receituário de medicamentos entorpecentes ou
a estes equiparados e os demais sob regime de controle, de acordo
com a sua classificação, obedecerá às disposições da legislação
federal específica”
LEMBRETE!!
• A prescrição de medicamentos por Enfermeiros no Brasil:
• Lei do Exercício profissional (nº 7.498/86) prevê: “prescrição de
medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública
e em rotina aprovada pela instituição de saúde”

• Resolução COFEN nº 311/2007 proíbe: “Prescrever medicamentos e


praticar ato cirúrgico, exceto em casos previstos na legislação vigente e
em situações de emergência [...] “

• Portaria MS/GM nº 2.488/11 refere como atribuições: “Realizar consulta de


enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e conforme protocolos
ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual,
municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da
profissão, solicitar exames complementares, prescrever medicações e
encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços [...] “
LEMBRETE!!
• A prescrição de medicamentos por Enfermeiros no Brasil:
• Resolução nº 271/02 - “o enfermeiro tem autonomia na escolha
dos medicamentos e respectiva posologia, respondendo
integralmente pelo atos praticados”

• Resolução nº 195/97 prevê: “Prescrição a partir de Programas do


Ministério da Saúde e Manuais de Normas Técnicas”

• Portaria 648/2006 – Política Nacional de Atenção Básica e


Estratégia Saúde da Família
LEMBRETE!!
• Assim, com o art. 4º da RDC n° 20/2011, fica claro que a prescrição
medicamentosa é de atribuição de todo e qualquer profissional
regularmente habilitado, não se tratando, portanto, de ato
exclusivamente médico.

• Os gestores de cada unidade de dispensação não podem negar-se a


fornecer o medicamento prescrito pelo enfermeiro, uma vez que este
esteja vinculado a instituição que contenha programa, protocolos de
saúde pública ou rotinas aprovada pela instituição de saúde

• Todo e qualquer cidadão que tenha sido atendido por enfermeiro em


algum programa de saúde e esteja portando um receituário com
pedido de medicamentos não pode ter negado a venda ou entrega
do medicamento
Protocolo nacional de medicamentos
Pré-Natal de baixo risco Sulfato ferroso
Ácido fólico
Metroclopamida
Abordagem sindrômica Nistatina creme
Miconazol creme
Metronidazol creme
Metronidazol comp. 250 mg
Metronidazol comp. 500 mg
Planejamento familiar Norestin
Ciclo 21
Mesigina
Contracep
Hanseníase Cartelas Pauci e Multibacilar
Tuberculose Esquema Básico (RHZ)
Protocolo nacional de medicamentos

Saúde da criança Nistatina oral


Dipirona
Paracetamol
Metroclopamida
Mebendazol
Soro de reidratação oral
Abordagem sindrômica Nistatina creme
Miconazol creme
Metronidazol creme
Metronidazol comp. 250 mg
Metronidazol comp. 500 mg
Erros de Prescrição

• Tipo de prescrição
• Única
• Urgência/Emergência
• Prescrição SN (se necessário)
• Baseada em protocolos
• Prescrição verbal ou telefônica

• Tipos de receituário
• Comum
• Especial (papel branco e carbonado)
• Controlado (azul)
Substâncias de uso comum
Substâncias psicotrópicas
Substâncias entorpecentes
Substâncias de controle especial
Erros de prescrição
Erros de prescrição
Erros de prescrição
• Prescrição inadequada
• Medicamento não indicado/ não apropriado para o
diagnostico
• História previa de alergia ou reação adversa similar
• Medicamento inadequado para o paciente por causa da
idade, situação clínica, etc.
• Medicamento contra-indicado
• Interação medicamento-medicamento
• Interação medicamento-alimento
• Duplicidade Terapêutica
• Medicamento desnecessário
• Dose, via de administração, posologia errada
Erros de prescrição
• Erros na redação da prescrição
• Ilegibilidade
• Falta de concentração
• Uso de abreviaturas inadequadas
• Falta de informações
Ilegibilidade
Erros de prescrição
• Art. 11 do Capítulo III do novo Código de Ética Médica, é
vedado ao médico:
• “Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a
devida identificação de seu número de registro no Conselho Regional de
Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de
receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos.”

• Lei nº 3.629, de 29 de dezembro de 2008


• Art. 1º - As receitas médicas e os pedidos de exame deverão ser digitados
no computador e impressos pelo médico no momento da consulta,
acompanhados de sua assinatura e carimbo, nos hospitais públicos e
privados, ambulatórios, clínicas e consultórios médicos e odontológicos
particulares do Estado de Mato Grosso do Sul.
Erros de prescrição
• Lei nº 3.629, de 29 de dezembro de 2008
• Parágrafo único. Nos casos de atendimento emergencial externo, fica o
profissional isento do atendimento ao disposto no caput, devendo
prescrever a receita com letra de forma.
• Art. 2º - As unidades hospitalares públicas receberão do Poder Público
apoio técnico necessário para implantação do novo modelo de receitas
médicas impressas.
• Art. 3º - O não-cumprimento desta Lei sujeitará os infratores às seguintes
penalidades:
I - advertência;
II - multa;
III - interdição parcial ou total do estabelecimento hospitalar infrator;
IV - cancelamento do alvará de licenciamento do estabelecimento e
punição dos gestores por desobediência à lei
Falta de informações
Prescrição segura de medicamentos
1. Identificação do paciente
• Prescrição realizada em ambulatório deve conter, no mínimo:
• Nome completo do paciente
• Endereço
• Data de nascimento
• Prescrição hospitalar deve ser realizada em formulário institucional e
conter, no mínimo:
• Nome do hospital
• Nome completo do paciente
• Número do prontuário ou registro do atendimento
• Leito; serviço; enfermaria/apartamento; e andar/ala

Obs.: Evitar abreviaturas dos nomes; pacientes sem possibilidade de identificação


(emergências e situações de catástrofes) devem-se adotar códigos diferentes por
paciente e aderir ao corpo do paciente a codificação definida na unidade para identificá-
lo provisoriamente.
Prescrição segura de medicamentos
2. Identificação do prescritor
• Nome completo do profissional
• Número de registro do conselho profissional e assinatura (manuscrito
ou com a utilização de carimbo)
• A identificação deverá ser legível para conferir autenticidade à
prescrição.

3. Identificação da instituição
• Identificação completa do estabelecimento de saúde (nome,
endereço completo e telefone), para que o paciente possa manter
contato com os profissionais de saúde
Prescrição segura de medicamentos
4. Identificação da data da prescrição
• Confere validade à prescrição
• Em meio ambulatorial, a validade da prescrição deve ser definida e
registrada na própria prescrição, pelo prescritor.
• Dispensação e a administração dos medicamentos, assegurando-se
de que o que foi indicado está baseado na avaliação médica do dia
em que foi emitida a prescrição
• A supressão relaciona-se à erros de medicação:
• permanência da utilização de medicamentos por tempo inadequado
• administração de medicamentos sem indicação para a condição
clínica atual do paciente
Prescrição segura de medicamentos
5. Legibilidade
• Utilização de prescrições digitadas e eletrônicas (uso de receituários
sem linhas)
• uso de impressão frente e verso para prescrição não é recomendado,
pelo elevado risco de omissão
• utilização de prescrição pré-digitada é uma opção
• prescrição carbonada não é recomendada (uso de papel já
carbonado)

6. Uso de abreviaturas
• Não recomendado
• Caso indispensável em meio hospitalar, a instituição deve elaborar,
formalizar e divulgar uma lista de abreviaturas padronizadas, de
modo a promover a adequada comunicação entre a equipe
Prescrição segura de medicamentos
8. Denominação dos medicamentos
• Utilizar denominação comum brasileira e em sua ausência a
denominação comum internacional.
• Medicamentos cujos nomes são semelhantes a outros de uso corrente
devem ser prescritos com destaque na escrita da parte do nome que
os diferencia (Dupla checagem e nome genérico)

• Exemplos de nomes semelhantes:


DOPAmina e DOBUtamina
ClorproPAMIDA e ClorproMAZINA
VimBLASTina e VinCRIStina
Prescrição segura de medicamentos
9. Escrita das doses
• Utilizar o sistema métrico padrão (g, mg, l, ml)
• As unidades de medidas não métricas (colher, ampola, frasco) devem
ser eliminadas
• A utilização da forma farmacêutica (ampola, frasco, comprimido e
outros) deve ser acompanhada de todas as informações necessárias
para a dispensação e administração
• Doses ou volumes com números decimais, observar nas duas vias da
prescrição se a vírgula está bem posicionada e
clara, para evitar erro de dose; não utilizar “ponto” em substituição à
vírgula
2,5 ml confunde com 25 ml
• Evitar uso de zero antes da vírgula
prescrever “600mg" em vez de "0,6g", pois a prescrição de “0,6g”
pode ser confundida com “6g"
Prescrição segura de medicamentos
10. Cálculo das doses
• Conferência do cálculo durante a prescrição e preparação
• Disponibilização do maior número possível de medicamentos prontos
para uso (dose unitária)
• Dupla checagem para medicamentos potencialmente perigosos
(Pediatria, Oncologia e Unidades de Tratamento Intensivo)
11. Alergia
12. Medicamentos padronizados
• Familiaridade do prescritor com indicação, contraindicação, doses,
reações adversas, entre outros aspectos
13. Duração do tratamento
• expressão "uso contínuo" ou “usar sem parar”, não deve ser utilizada
Prescrição segura de medicamentos
14. Uso de expressões
• Não utilizar “usar como de costume”, “usar como habitual”,
“a critério médico”, “uso contínuo” e “não parar”
• Quando for preciso utilizar a expressão “se necessário”, deve-se
obrigatoriamente definir: dose; posologia; dose máxima diária e
condição que determina o uso ou interrupção do medicamento
• Exemplo:
Paracetamol comprimido 500mg __________uso oral
Administrar de 6 em 6h, se temperatura igual ou acima de 37,5ºC;
dose máxima diária 2 gramas ou quatro comprimidos de 500mg

15. Informações essenciais: posologia, diluição, velocidade, tempo de


infusão e via de administração
Estrutura da prescrição de medicamentos

CABEÇALHO

SUPERINSCRIÇÃO

INSCRIÇÃO

SUBINSCRIÇÃO

ADSCRIÇÃO

DATA E ASSINATURA
Estrutura da prescrição de medicamentos

Captopril 25 mg _______________________________ 60 comp


Tomar 2 comprimidos por Via oral de 8/8 h, 1 h antes ou 2 h
depois dos alimentos

Permanganato de potássio 1:60.000 solução _____________ 1 frasco


Aplicar compressas, via tópica, em membro inferior direito 3
vezes/dia, após o banho.
Estrutura da prescrição de medicamentos

Anfotericina B 50mg _________________________ 3 frascos-ampola


Reconstituir em 10mL de água destilada e rediluir para 500mL de
solução glicosada 5%. Uso EV. Infundir 35 gotas/min., 1 vez/dia.
Administrar em 5 horas

Vitamina K (fitomenadiona) 10mg/mL ___________________ 1


ampola
Fazer 1mL via IM profunda (região glútea), 1x ao dia
Estrutura da prescrição de medicamentos

Heparina sódica 5.000 unidades internacionais/0,25mL ___ 3 ampolas


Fazer 0,25mL subcutânea de 12/12h

Bromidrato de fenoterol 5mg/mL


________________________inalação
Fazer aerosol com 5 gotas diluídas em 3 mL de SF a 0,9% de
6/6h. Nebulizar e inalar até esgotar toda a solução
Papel da enfermagem na prescrição de
medicamentos
• COFEN nº 311/2007
• Direitos
• Art. 10 – Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua
competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam
segurança ao profissional, à pessoa, família e coletividade.
• Art. 36 – Participar de prática multiprofissional e interdisciplinar cm
responsabilidade, autonomia e liberdade.
• Art. 37 – Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e
terapêutica, onde não conste a assinatura e o número de registro
do profissional, exceto em situações de urgência e emergência.
• Parágrafo único. O profissional de enfermagem poderá recusar-se a
executar prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de
identificação de erro ou ilegibilidade.”
Papel da enfermagem na prescrição de
medicamentos
• COFEN nº 311/20075
• Proibições
• Art. 30 – Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e
sem certificar-se da possibilidade de riscos.
• Art. 31 – Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto em
casos previstos na legislação vigente e em situações de emergência.
• Art. 32 – Executar prescrições de qualquer natureza, que
comprometam a segurança da pessoa

• Parecer emitido pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do


Ceará, de nº 02/20117
• É proibido ao profissional Enfermeiro alterar prescrição de
medicamentos realizada pelo médico, salvo em casos que suscitam
dúvidas ou na detecção de equívocos ou urgência e emergência,
quando o médico deverá ser comunicado imediatamente.
Medicamentos perigosos
• Heparina fracionada
• Insulina Regular e NPH (intermediária)
• Cloreto de Potássio
• Pancurônio, Tracrium
• Petidina, Tramal, Morfina
• Warfarina
• Digoxina, Aminas vasoativas
• Gluconato de Cálcio, MgSo4, propranolol IV
• Sedativos
• Citostáticos

site: www.ismp-brasil.org
link: www.ismp-brasil.org/faq/medicamentos potencialmente perigosos.php
Erros de dispensação
• Erros que ocorrem durante a dispensação de medicamentos,
discrepância entre a ordem escrita na prescrição médica e o
atendimento dessa ordem

• Demonstram fragilidade no processo de trabalho e indicam uma


relação direta com riscos maiores de ocorrências de acidentes graves

• Estudos: a chance de ocorrer erros de dispensação foi 4 vezes maior


nas prescrições com mais de 9 medicamentos; 5 vezes maior com
medicamentos injetáveis
Erros de dispensação
1- Erro interceptado pela enfermagem
“Dispensado Atropina no lugar de Heparina”
Enfermagem percebe diferença de volume no frasco-amopla

2- Erro interceptado pelo paciente


“Dispensado tenofovir no lugar de efavirenz”
Paciente percebe comprimidos de cor diferente

3- Erro interceptado pelo cuidador


“Salbutamol xarope no lugar de dexclorfeniramina”
Mãe percebe a diferença ao ler o rótulo

4- Erro interceptado pelo médico


“Metformina 850mg dispensada no lugar de Metformina 500mg”
Erros de dispensação
Napoleão Laureano – João Pessoa/PB
Caso clínico
Paciente M.S.J, 20 anos, no 3° dia pós parto, internada em clinica
cirúrgica, desenvolve quadro de rebaixamento do nível de consciência;
há 2 dias vem apresentando quadro de sonolência, sudorese e palidez
cutânea. Foi medicada com solução glicosada com melhora da
sintomatologia. Após avaliação da Enfermeira, descobriu-se que a
prescrição médica constava de:

CLORANFENICOL (antibiótico) e a paciente estava utilizando em


substituição CLORPROPAMIDA (hipoglicemiante oral)

METHERGIN (contração uterina) e a paciente estava utilizando em


substituição METFORMINA ( hipoglicemiante oral)

(ISMP - Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos)


Erros de dispensação
• Tipos de erros
• Omissão de dose
• Dose excessiva
• Medicamento dispensado com concentração errada
• Medicamento dispensado errado
-prescrito um e dispensado outro
-Não prescrito e dispensado
• Medicamento dispensado com forma farmacêutica errada
• Medicamento dispensado com desvio de qualidade
• Medicamento dispensado vencido
• Medicamento dispensado com problemas de rotulagem
• Medicamento dispensado fora da legislação brasileira ou das normas da Instituição
• Processos de trabalho fragmentados e sem padronização
• Desabastecimento
• Recursos humanos
• Distrações e interrupções
• Ambiente
Sistemas de distribuição de medicamentos
• Sistema coletivo
• Distribuição dos medicamentos por unidade de internação ou serviço
• Solicitação da enfermagem para todos os pacientes da unidade
• Implica a formação de subestoques nas unidades (responsabilidade da equipe
de enfermagem)
• Reposição feita periodicamente por meio de requisições enviadas à farmácia
• Desvantagens:
-Trocas de medicamentos na transcrição da prescrição médica
-Aumento do potencial de erros de administração
-Dificulta controle de validade
-Armazenamento
-Incapacidade da Farmácia controlar estoque

IMPORTANTE: considerado inseguro e DEVE ser abolido dos estabelecimentos de


saúde
Sistemas de distribuição de medicamentos
Sistemas de distribuição de medicamentos
• Sistema individualizado
• Distribuição dos medicamentos por paciente,
de acordo com a prescrição médica
• Geralmente para um período de 24 horas de
tratamento
• mais seguro que o sistema coletivo,
entretanto, menos seguro que o sistema por
dose unitária

• Sistema misto
• Medicamentos solicitados a Farmácia individualmente por paciente
para 24 horas
• Ainda existe um percentual de alguns medicamentos estocados nos
setores, sendo solicitados por dose coletiva
Sistemas de distribuição de medicamentos
• Sistema dose unitária
• Distribuição dos medicamentos com doses prontas para a
administração de acordo com a prescrição médica do paciente
• Dose embalada, identificada e pronta para ser administrada, sem
necessidade de transferências, cálculos e manipulação prévia
• Estocados apenas medicamentos para atendimento de emergências e
para suprir o tratamento de 24 h
Sistemas de distribuição de medicamentos
Dispensação segura de medicamentos
• Farmácia
• Assegurar disponibilidade de medicamentos em tempo adequado, dose correta,
com manutenção das características físicas, químicas e microbiológicas
• Possuir estrutura organizada, bem como processos de trabalho escritos e
difundidos que promovam a prevenção, identificação e redução de erros de
prescrição e dispensação
• Contar com recursos humanos capacitados e em número suficiente
• Ser reservado, com fluxo restrito de pessoas e sem fonte de interrupção e
distração (tais como televisão, rádio e outras)
• Seleção
• Padronização
• Aquisição
• Recebimento
• Armazenamento
• Fracionamento
• Identificação segura dos medicamentos
Dispensação segura de medicamentos
• Quanto ao armazenamento
• Ambiente - temperatura, iluminação, umidade, ruído
• Restrição no acesso
• Procedimento operacional (validação/conferência do
estoque/dispensação)
• Boas práticas de armazenamento
-Ordem alfabética por denominação genérica
-Formas farmacêuticas diferentes/locais distintos
-Identificação de prateleiras nome/concentração
-Identificação da validade : menor validade dispensar primeiro
-Identificação de lote
-Embalagens e rótulos semelhantes (alerta visual)
-Cuidado ao guardar devoluções
-Temperatura/geladeira
Dispensação segura de medicamentos
• Quanto a distribuição
• Implantar normas de dispensação
• Ler as prescrições antes do início da separação dos medicamentos,
conferindo os elementos essenciais da receita
• Solucionar as dúvidas diretamente com o prescritor
• Não interpretar ou deduzir prescrições
• Não atender prescrições verbais
• Analisar as prescrições : dose, forma farmacêutica, concentração, via
de administração, posologia, diluente, velocidade de infusão, tempo de
infusão, indicação, contraindicação, duplicidade terapêutica, interação
medicamentosa, medicamento-alimento e possíveis alergias
• Manter a organização do ambiente e suficiente espaço para
separação dos medicamentos por prescrição, até a sua dispensação,
evitando-se a troca de medicamentos entre os pacientes
Dispensação segura de medicamentos
• Quanto a distribuição
• Verificando se o rótulo dos medicamentos são iguais às da
prescrição
• Uso do sistema de dose unitária
• Fazer meticulosa revisão da prescrição e dispensação dos
medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância
• Verificar se na prescrição existem medicamentos com nomes ou
embalagens semelhantes
• Realizar a conferência final da prescrição com o resultado da
dispensação, utilizando, sempre que possível, o auxílio de
dispositivos eletrônicos, tais como código de barras
• Realizar o registro escrito, em prontuário, das intervenções
farmacêuticas realizadas
• A dupla checagem dos medicamentos
Medicamentos potencialmente perigosos ou de
alta vigilância devem ser identificados de
forma diferenciada dos medicamentos em
geral no armazenamento e na dispensação
Administração de medicamentos
• “Refere ao processo de preparo e introdução do Fármaco no
Organismo Humano, visando obter efeitos terapêuticos”

• Processo multi e interdisciplinar, que exige conhecimento


técnico e prática

• É a última barreira para evitar um erro de medicação derivado


dos processos de prescrição e dispensação - aumentando a
responsabilidade do profissional
Administração de medicamentos
• Importante!!!
A administração de medicamentos é uma das funções
assistenciais exercida, na maioria das vezes, pela equipe de
enfermagem, decorrendo da implementação da terapêutica
médica

Trata-se de uma das maiores responsabilidades da equipe


de enfermagem no contexto dos cuidados prestados ao paciente
e que envolve Aspectos Legais e Éticos
Vias de administração da Enfermagem
• Enteral (oral, sublingual, gástrica e retal)
• Tópica ou Cutânea
• Parenteral (Intradérmica, subcutânea, intramuscular,
intravenosa ou endovenosa)
• Nasal
• Inalatória
• Vaginal
• Auricular
• Ocular
Vias de administração médica
• Intratecal
• Intrarterial
• Intravesical
• Endocervical
• Intraperitoneal
• Intrarticular
Erros na administração de medicamentos
Estudo realizado em 2006 em quatro hospitais brasileiros:

• 1,7% dos medicamentos administrados foi diferente dos medicamentos


prescritos
• 4,8% das doses administradas diferiam das prescritas
• 1,5% dos medicamentos foi administrado em vias diferentes das
prescritas
• 0,3% dos pacientes recebeu medicamentos não autorizados ou não
prescritos
• quase 2,2% dos medicamentos foram administrados uma hora antes do
previsto
• 7,4% mais de uma hora depois do prescrito
Caso clínico
Virou notícia!!
Virou notícia!!
Virou notícia!!
Virou notícia!!
Conceitos importantes
• Reação adversa - resposta nociva a uma droga, não
intencional, que ocorre nas doses usais para profilaxia,
terapêutica, tratamento ou para modificação de função
fisiológica

• Evento adverso relacionados a medicamentos - qualquer


dano ou injúria causado ao paciente pela intervenção médica
relacionada aos medicamentos
QUANDO OCORRE, DE QUEM É A
CULPA DO ERRO DE
ADMINISTRAÇÃO?
Respondendo...
• O mais importante na compreensão das definições é entender
que, na vigência de erro, não se deve procurar, inicialmente
culpado, mas entender por que esse evento aconteceu

• Devemos instituir a cultura da segurança e não adotar a


cultura da punição

• Na maioria das vezes, “não importa” quem cometeu o erro e


sim como o sistema contribuiu para tal ocorrência

“MUDAR A CULTURA QUE O OUTRO É O CULPADO”


Erros de administração
• Erro de omissão (negligência; não checar)
• Erro de horário (adiantar ou atrasar a administração)
• Erro de adm. de medicamento não autorizado ou prescrito
• Erro de dose (abaixo ou dose extra)
• Erro de apresentação (forma farmacêutica)
• Erro de preparo (preparar antes; técnica inadequada)
• Erro de administração (mal aplicação; via errada; troca)
• Erro com medicamentos deteriorados
• Erros de monitoração (dados clínicos e laboratoriais)
• Erro em razão da não aderência do paciente e da família
Erros de administração
• Os erros podem resultar:
• Circunstâncias ou eventos que têm a capacidade de causar erro
• Erro SEM dano ao paciente
1. um erro ocorreu, porém o medicamento não foi administrado
2. um erro ocorreu e o medicamento foi administrado no paciente, mas não lhe
trouxe dano
3. um erro ocorreu e resultou na necessidade de aumentar o monitoramento do
paciente, mas não lhe trouxe dano
• Erro COM dano ao paciente
1. um erro ocorreu e resultou na necessidade de um tratamento ou intervenção e
causou dano temporário
2. um erro ocorreu e resultou em início ou aumento do tempo de hospitalização e
causou dano temporário ao paciente
3. um erro ocorreu e resultou em dano permanente ao paciente - ERRO com dano
4. um erro ocorreu e resultou em evento potencialmente fatal
• Erro COM MORTE
Fatores de risco para erros de administração
Categorias relacionadas Fatores de risco
Profissional Falta de atenção
Dificuldade de entender as prescrições médicas
Pouco conhecimento técnico e científico
Negligência e imprudência
Mecanização do cuidado
Serviços/ Falhas no registro do processo de atendimento
Condições de trabalho Falhas no sistema de gerenciamento de pessoal
Carga horária excessiva de trabalho
Não reavaliação dos processos de trabalho
Erros de comunicação a equipe
Paciente Tempo tratamento longo na maioria das vezes
Resposta prejudicada por conta da doença
Polifarmácia
Administração segura de medicamentos
Importante Lembrar – “9 certos”
Administração segura de medicamentos
1 “Paciente certo”
• Conferir o nome e sobrenome do cliente solicitando ao mesmo que diga
seu nome
• Verificar o número de quarto e leito
• Administrar o medicamento para quem é prescrito

“Por favor, diga-me o seu nome completo?”

Verificar se esse paciente corresponde ao:


-Nome identificado na pulseira
-Nome identificado no leito
-Nome identificado no prontuário

• Paciente inconsciente
• Evitar que dois pacientes com o mesmo nome fiquem internados no
mesmo quarto ou enfermaria
Administração segura de medicamentos
2 “Medicamento certo”
• Antes de preparar a medicação certificar-se mediante
a prescrição qual é o medicamento
• Conferir lendo, mais de uma vez, o rótulo
• Conferir se o paciente não é alérgico ao
medicamento prescrito ou a seus componentes
• Identificar os pacientes alérgicos de forma
diferenciada, com pulseira e aviso em prontuário,
alertando toda a equipe
• Todos os fatos descritos pelo paciente/cuidador ou
observado pela equipe, sejam eles reações adversas,
efeitos colaterais ou erros de medicação, devem ser
registrados em prontuário e, notificados
• Se existe dúvida em informação sobre a medicação
prescrita não administrá-lo antes de verificar com o
médico
Administração segura de medicamentos
3 “Via certa”
• Antes de aplicar a medicação, certificar-se
da via mediante prescrição, lendo mais de
uma vez
• Verificar se a via de administração prescrita
é a via tecnicamente recomendada para
administrar determinado medicamento
• Lavar as mãos antes do procedimento
• Verificar se o diluente (tipo e volume) foi
prescrito e se a velocidade de infusão foi
estabelecida, analisando sua
compatibilidade com a via de administração
e com o medicamento em caso de
administração de por via endovenosa
Administração segura de medicamentos
3 “Via certa”
• Avaliar a compatibilidade do medicamento com os produtos para
a saúde utilizados para sua administração (seringas, cateteres,
sondas, equipos, e outros)
• Identificar no paciente qual a conexão correta administração em
caso de paciente com sonda nasogástrica, nasoentérica ou via
parenteral
• Realizar a antissepsia do local da aplicação para administração
de medicamentos por via parenteral
• Enfermeiros e técnicos só estão autorizados a administrar
medicamentos por via prescrita
Administração segura de medicamentos
4 “Hora certa”
• Aplicar o medicamento no horário previsto na prescrição
• Observar o espaço de tempo determinado, aprazamento (6/6h,
8/8h); atenção especial à administração de antibióticos
• A medicação deve ser administrada no tempo correto para
garantir níveis séricos terapêuticos
• Preparar o medicamento no horário oportuno e de acordo com as
recomendações do fabricante, assegurando-lhe estabilidade
• Antecipação ou o atraso da administração somente poderá ser
feito com o consentimento do enfermeiro e do prescritor
Administração segura de medicamentos
5 “Dose certa”
• Antes de preparar e administrar a medicação certificar-se da dose
na prescrição, lendo mais de uma vez e comparando com o
preparado
• Conferência da dose prescrita com a apresentação da dosagem
no rótulo da droga
• Doses escritas com “zero”, “vírgula” e “ponto” devem receber
atenção redobrada, pois podem redundar em doses 10 ou 100
vezes superiores à desejada
• Certificar-se de que a infusão programada é a prescrita para
aquele paciente
Administração segura de medicamentos
5 “Dose certa”
• Verificar a unidade de medida utilizada na prescrição, em caso de
dúvida ou medidas imprecisas (colher de chá, colher de sopa,
ampola), solicitar a prescrição de uma unidade do sistema métrico
• Conferir a velocidade de gotejamento, a programação e o
funcionamento das bombas de infusão
• Realizar dupla checagem dos cálculos para o preparo e
programação de bomba para administração de medicamentos
potencialmente perigosos ou de alta vigilância
• Medicações de uso “se necessário” deverão, quando prescritas,
ser acompanhadas da dose, posologia e condição de uso
• Solicitar complementação do prescritor em caso de orientações
vagas, tais como “fazer se necessário”, “conforme ordem médica”
ou “a critério médico”
Administração segura de medicamentos
6 “Checagem certa”
• Após aplicar a medicação registrar no prontuário checando com
horário
• Checar o horário da administração do medicamento a cada dose
• Registrar todas as ocorrências relacionadas aos medicamentos,
tais como adiamentos, cancelamentos, desabastecimento, recusa
do paciente e eventos adversos
• NUNCA checar antes de administrar a medicação
• NUNCA deixar de checar e assinar quando um medicamento for
administrado
Administração segura de medicamentos
6 “Checagem certa”
• NUNCA checar uma medicação que não foi feita por você
• Utilizar caneta azul e preta para registros para o período diurno;
vermelha durante a noite
• Na checagem de um medicamento feito deve-se rubricar em cima
do horário. Se a medicação não for feita circular o horário e anotar
no prontuário o motivo da não realização
Administração segura de medicamentos
7 “Indicação/orientação certa”
• Garantir que o medicamento é prescrito pela razão certa;
esclarecer dúvidas com o prescritor
• Orientar e instruir o paciente sobre qual medicamento está sendo
administrado (nome), via, justificativa da indicação, efeitos
esperados e aqueles que necessitam de acompanhamento e
monitorização; esse conhecimento útil na prevenção de erro de
medicação
• Deve-se levar em consideração o direito de recusa do
medicamento pelo cliente
Administração segura de medicamentos
8 “Forma certa”
• Checar se o medicamento possui a forma farmacêutica e via
administração prescrita
• Confirmar a forma farmacêutica na prescrição
• Verificar se forma prescrita é apropriada à condição clínica do
paciente
• A farmácia deve disponibilizar o medicamento em dose unitária ou
manual de diluição, preparo e administração, caso seja
necessário realizar a trituração e suspensão do medicamento
• A forma deve atender as especificidades do paciente (tempo de
absorção)
Administração segura de medicamentos
8 “Forma certa”
Administração segura de medicamentos
9 “Resposta certa”
• Observar cuidadosamente o paciente, para identificar, se o
medicamento teve o efeito desejado
• Registrar em prontuário e informar ao prescritor, todos os efeitos
diferentes (em intensidade e forma) do esperado para o
medicamento
• Deve-se manter clara a comunicação com o paciente e/ou
cuidador
• Considerar a observação e relato do paciente e/ou cuidador sobre
os efeitos dos medicamentos administrado, incluindo respostas
diferentes do padrão usual
• Registrar todos os parâmetros de monitorização adequados
(sinais vitais, glicemia capilar.)
Administração segura de medicamentos
9 “Resposta certa”
E mais...
• Instituir a prática de dupla checagem por dois profissionais, para os
cálculos de diluição e administração de medicamentos potencialmente
perigosos ou medicamentos de alta vigilância

• REMOVER do estoque das unidades de internação os eletrólitos


concentrados (especialmente cloreto de potássio injetável) e bloqueadores
neuromusculares

• Deverão permanecer nas unidades de internação APENAS os


medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância que sejam
absolutamente necessários à assistência ao paciente

• O enfermeiro deve supervisionar o preparo e a administração de medicamentos


realizados por técnicos e auxiliares de enfermagem
E mais...
• Monitorar temperatura da geladeira de acondicionamento de
medicamentos, observando-se o parâmetro mínimo e máximo de
temperatura diariamente

• Organizar local adequado para o preparo de medicamentos,


preferencialmente sem fontes de distração e que permita ao
profissional concentrar-se na atividade que está realizando

• A instituição deve disponibilizar e atualizar guias de prevenção de


incompatibilidades entre fármacos e guias de diluição

• Levar ao local apenas o que está prescrito a um único paciente, não


fazendo uso de bandeja contendo diversos medicamentos para
diferentes pacientes
E mais...
• Preparar o medicamento imediatamente antes da administração, a não
ser que haja recomendação especial do fabricante para procedimento
diferente

• Preparar os medicamentos de cada paciente por vez, para evitar


possíveis trocas

• Manter registro adequado dos frascos de medicamentos preparados que


serão armazenados (com nome do paciente, leito, medicação+diluente,
concentração, nome do responsável pelo preparo e validade)

• Fazer consultas ao farmacêutico e em fontes de informações


atualizadas e idôneas em caso de dúvidas sobre o nome do
medicamento, posologia, indicações, contraindicações, precauções de
uso, preparo e administração.
E mais...
• Administrar medicamento por ordem verbal somente em caso de
emergência, utilizando método de dupla checagem para administração
com registro por escrito da ordem verbal

• Registrar corretamente a administração do medicamento prescrito no


prontuário do paciente, certificando que foi administrado ao paciente e
evitando a duplicação da administração do medicamento por outro
profissional

• Informar ao paciente e à família sobre eventuais incidentes relacionados


à terapia medicamentosa, registrando-os em prontuário e notificando-os
à Gerência de Riscos e/ou ao Núcleo de Segurança do Paciente

• Comunicar ao paciente qual o medicamento está sendo administrado e


qual a sua ação no momento da administração
E mais...
• Estudos mostram, como estratégias minimização dos erros:
• advertência verbais, advertência escrita e punição severa
levando a suspensão e demissão
• reciclagem de conhecimentos
• desenvolvimento de programas de educação continuada
• criação de “ferramentas‟ como padronização de
nomenclaturas , símbolos, métodos de anotação da
assistência
• Notificação dos casos ocorridos
Responsabilidade da Enfermagem

• Administrar medicamentos não é somente uma


tarefa mecânica a ser executada em
complacência rígida com a prescrição médica
• Requer pensamento e o exercício de juízo
profissional
• A responsabilidade ética deve estar intrínseca
na atividade da enfermagem, de modo que,
estes profissionais têm a obrigação de prestar
ao cliente uma assistência livre de danos
decorrentes de imperícia, negligência ou
imprudência, consoante estabelece o Código de
Ética de Enfermagem, sob pena da sua
responsabilização administrativa perante os
COREN´S e COFEN
REFERÊNCIAS

Brennan TA et al. Incidence of adverse events and negligence in hospitalized
patients. Results of the Harvard Medical Practice Study I. N Engl J Med 1991;Feb
7;324:370-376.

Kohn LT, Corrigan JM, Donaldson MS, eds. To err is human: building a safer health
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Wilson, RM etal. The Quality in Australian Health Care Study. Med J Aust1995;
163:458-71.

Davis, P et al. Adverse events in New Zealand public hospitals I: occurrence and
impact NZMJ,2002; 115(1167):1-9

Davis, P et al. Adverse events in New Zealand public hospitals II: preventability and
clinical context NZMJ, 2003; 116(1183):1-11

Vincent, C. et al. Adverse events in British hospitals: preliminary retrospective record
review BMJ 2001; 322:517–9

Mendes, W. et al.The assessment of adverse events in hospitals in Brazil
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