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Aula 1 - Introdução As Finanças Corporativas

O documento discute fundamentos das finanças corporativas, incluindo introdução ao tema, conceitos financeiros fundamentais e decisões financeiras de longo e curto prazo. É apresentada a estrutura do curso com seus objetivos de aprendizagem.

Enviado por

Gislaine Lima
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FUNDAMENTOS DAS FINANÇAS

CORPORATIVAS

O entendimento das Finanças Corporativas requer,


previamente a seu estudo, o conhecimento básico do campo
de atuação das finanças, domínio dos cálculos financeiros
como instrumento de apoio ao processo empresarial de
tomada de decisão e uma visão geral do ambiente financeiro
(ASSAF NETO, 2012).

Prof. Dr. Diogo Henrique Silva de Lima


EMENTA

 Introdução às Finanças Corporativas


 Finanças e Empresa
 Ambiente Financeiro
 Análise das Demonstrações Contábeis. DFC
 Conceitos Financeiros Fundamentais
 Cálculos Financeiros e Aplicações
 Risco e Retorno e modelos de precificação de ativos
 Títulos e sua Avaliação
 Decisões Financeiras de Longo Prazo
 Orçamento de Capital
 Custo de Capital
 Decisões Financeiras de Curto Prazo
 Gestão de Caixa, Valores a Receber e Estoques
INTRODUÇÃO AS FINANÇAS
CORPORATIVAS

Prof. Dr. Diogo Henrique Silva de Lima


OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

 O que são Finanças?

 Qual sua importância para as Corporações?

 Como são tomadas as Decisões Financeiras?

 Qual a relação entre a administração financeira e a


Contabilidade?
O QUE SÃO FINANÇAS ?
 “Arte e ciência da gestão do dinheiro” (GITMAN, 2006, p. 4)
inerente a praticamente todos os indivíduos e organizações.
 Preocupa-se com os processos, as instituições, os mercados e os
instrumentos associados à transferência de dinheiro entre
indivíduos, empresas e órgãos governamentais.
 Principais áreas e oportunidades em Finanças:
 Serviços Financeiros: desenvolvimento e entrega de serviços de
assessoramento e produtos financeiros.
 Administração Financeira: planejamento e controle financeiro, gestão
de ativos e passivos dentro das empresas.
QUAL SUA IMPORTÂNCIA PARA AS
CORPORAÇÕES?
 Até a crise de 1929: centrava-se nos instrumentos e procedimentos do
mercado financeiro voltados à captação de recursos (aspecto externo à
empresa)
 Após 1929: preocupação também com a liquidez e solvência da empresa
(aspectos internos).
 Década de 50: ênfase aos investimentos empresariais e a geração de riqueza
(alocação mais eficiente de recursos e seleção mais adequada das fontes de
financiamento)
 Retorno do Investimento e Custo de Capital
 Destaque para a interdependência das decisões financeiras
 Inclusão de questões pertinentes ao balanço patrimonial
 Década de 90: Gestão de Risco (derivativos, opções, swaps, hedges) /
Criação de valor econômico / Globalização / Governança Corporativa
QUAL SUA IMPORTÂNCIA PARA AS
CORPORAÇÕES?
 Assegurar um melhor e mais eficiente processo de captação e alocação de
recursos, num ambiente caracterizado pela escassez de recursos e
encarecimento das taxas de juros.
 Dentro do ambiente empresarial, a AF volta-se basicamente para as
seguintes funções:
 Planejamento Financeiro: evidenciar necessidades de expansão e
identificar eventuais desajustes.
 Controle Financeiro: acompanhar a avaliar o desempenho financeiro
(análise de desvios entre resultados previstos e realizados e proposição
de correções)
 Administração de Ativos: identificar melhores investimentos (risco x
retorno) e gerir eficientemente o capital de giro (acompanhar
defasagens que podem ocorrer entre entradas e saídas de caixa)
 Administração de Passivos: definir melhor estrutura de financiamento
(liquidez x custo x risco)
COMO SÃO TOMADAS AS DECISÕES
FINANCEIRAS?
 Empresa => tomadora de duas grandes decisões financeiras:
 Decisão de Investimento: identificação, avaliação e seleção das alternativas de
aplicações de recursos na expectativa de se auferirem benefícios econômicos
futuros
 Devem ser avaliadas em termos de relação risco x retorno
 Criam valor (retorno esperado > custo do capital)
 Decisão de Financiamento: identificar as melhores ofertas de recursos e a
melhor proporção a ser mantida entre capital próprio e de terceiros.
 Preservar a capacidade de pagamento
 Dispor de fundos a custos reduzidos em relação ao retorno que se espera
com sua aplicação
 Decisão de Dividendos
 Integração entre os dois tipo de decisão => continuidade da entidade
COMO SÃO TOMADAS AS DECISÕES
FINANCEIRAS?
 Relação Risco x Retorno
 Risco: medida de incerteza associada aos retornos esperados de uma decisão
de investimento. Depende de dois fatores:
 Volatilidade dos retornos
 Maturidade do ativo
 Todo investimento deve recompensar os riscos oferecidos
 Remuneração pelo Risco Total = Taxa livre de risco + Prêmio pelo Risco
 Remuneração prometida por um título público: considerada como sem risco
(risco mínimo) => as taxas das demais aplicações que excedem à taxa do
título público são interpretadas como um prêmio pelo risco.
 Toda decisão financeira racional é formada com base na análise da relação
risco e retorno.
COMO SÃO TOMADAS AS DECISÕES
FINANCEIRAS?
 Retorno: resultados operacionais apurados pelas empresas.
 Resultado Operacional => ROI => avaliação da atratividade econômica do
empreendimento
 Lucro Operacional deve constituir-se no nível máximo de custo dos
passivos empresariais.
 LO > custos financeiros (Terceiro e Próprio)
 Caso contrário => sacrificam o retorno dos proprietários e provocam
desequilíbrio financeiro
 Assim, para a tomada de decisões financeiras, dois fatores devem ser
considerados:
 Econômico: Retorno do Investimento (LO) > Custo de captação (custo
de capital da empresa) => Criação de valor econômico.
 Financeiro: maturidade entre as decisões de investimento e
financiamento.
COMO SÃO TOMADAS AS DECISÕES
FINANCEIRAS?
 Riscos associados às decisões financeiras tomadas pelas empresas, o qual
pode ser identificado segundo a natureza da decisão tomada:
 Risco econômico (operacional): inerente a atividade da empresa e as
características do mercado em que opera. Refere-se exclusivamente à
decisões de investimento. Ex: sazonalidade e comportamento cíclico,
tecnologia, concorrência, qualidade dos produtos, etc.
 Risco Financeiro: associado às decisões de financiamento, ou seja, a
capacidade de liquidar suas dívidas.

 Afetam o risco total da empresa e seu valor de mercado.

 Mensuração do risco => preocupação presente em todas as decisões da AF.


COMO SÃO TOMADAS AS DECISÕES FINANCEIRAS?

 Definição do objetivo da empresa => Seleção das melhores decisões


financeiras (possibilidade de avaliá-las)
 Objetivo da empresa: maximização da riqueza (bem estar econômico) dos
seus proprietários.
 Como mensurar?
 Maximização do lucro?
 Não define a efetiva capacidade de pagamento da empresa.

 Não considera completamente o risco inerente a atividade empresarial

(custo do capital próprio?)


 Não representa o efetivo desempenho da empresa => é apenas uma

métrica, como potencial de lucro, qualidade dos produtos, imagem,


etc.
 Ignora como os lucros são distribuídos no tempo, ignorando o valor do

dinheiro da moeda no tempo.


COMO SÃO TOMADAS AS DECISÕES
FINANCEIRAS?
 Como mensurar?
 Valor de mercado das ações ordinárias.
 Benefícios expressos em FCs e descontados a PV mediante uma

taxa mínima de atratividade (embute a remuneração mínima


exigida pelos donos de capital diante do risco assumido).
 Baixa (Alta) qualidade das decisões => desvalorização
(valorização) das ações
 A qualidade das decisões que determina a riqueza dos proprietários

de capital.
 Também apresenta restrições:

 Requer alto grau de pulverização das ações.

 Que toda informação deve estar disponível e ser acessível por

todo o mercado.
QUAL A RELAÇÃO ENTRE A ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA E A CONTABILIDADE?
 Administrar é decidir! A continuidade de qualquer empresa
depende da qualidade das decisões.

 Decisões tomadas com base em informações disponibilizadas


pela Contabilidade, levantadas do comportamento do
mercado e do desempenho interno da empresa.

 Atividades financeiras estão intimamente ligadas com as


contábeis, muitas vezes se sobrepondo.

 Rentabilidade dos Investimentos, Nível de Endividamento,


Fluxo de Caixa, etc.
AMBIENTE FINANCEIRO
BRASILEIRO

Prof. Dr. Diogo Henrique Silva de Lima


AMBIENTE FINANCEIRO BRASILEIRO
 É fundamental para o AF entender o funcionamento dos mercados
onde atua, o funcionamento e rendimentos de seus instrumentos
financeiros e o comportamento esperado das políticas econômicas.

 Objetivos de aprendizagem:

 Definir Mercados Financeiros e suas segmentações;

 Descrever a estrutura do SFN e de suas instituições;

 Exemplificar os instrumentos financeiros utilizados na


intermediação financeira e suas classificações.
MERCADO FINANCEIRO
 Para tomar as decisões financeiras de investimento e financiamento as
empresas necessitam das instituições do mercado financeiro.
 Fontes de recursos para empresas:
 Internas: Retenção de lucros

 Externas: empréstimos e financiamentos (dívida) e subscrição de ações

 Desenvolvimento econômico => exige a formação de uma poupança voltada


a financiar os investimentos necessários em setores produtivos da economia.

 Mercados Financeiros: grupos de instituições que atuam no sentido de


convergir os interesses de tomadores de recursos (agentes deficitários) com
os dos aplicadores de recursos (agentes superavitários), permitindo que os
recursos estejam disponíveis para toda a economia.
MERCADO FINANCEIRO
 Subdividido em 4 segmentos de intermediação financeira:
 Mercado Monetário: operações de curto e curtíssimo prazo. Negociação
de papeis emitidos pelo Tesouro Nacional.
 Mercado de Crédito: constituído por Bancos comerciais/múltiplos.
Objetivo: suprir as necessidades de recursos de curto e médio prazo de
PFs e empresas
 Mercado de Capitais: sistema de distribuição de valores Mobiliários.
Constituído por Bolsas, Corretoras e IFs autorizadas.
 BM&FBOVESPA: entidade jurídica (S/A de capital aberto) que

proporciona liquidez aos títulos fomentando que negociações sejam


realizadas no menor tempo possível, a um preço justo.
 Mercado Cambial: onde ocorre compra e venda de moedas estrangeiras
conversíveis. Engloba todos os agentes econômicos com motivos para
realizar operações com o exterior.
SFN
 Constituído por um conjunto de instituições financeiras públicas e privadas
que atuam por meio de diversos instrumentos financeiros na captação de
recursos, distribuição e transferência de valores entre os agentes
econômicos.
 CMN: órgão máximo do SFN. Missão: normativa de definir diretrizes de
funcionamento do SFN e formular toda política de moeda e crédito da
economia.
 BACEN e CVM: vinculados ao CMN como órgãos normativos. CMN,
BACEN e CVM => subsistema normativo do SFN.
 BACEN: principal órgão executivo do CMN. Órgão fiscalizador do
mercado financeiro, gestor do sistema financeiro e executor da política
monetária.
 CVM: controle e fomento do mercado de valores mobiliários (bolsas de
valores). Abrange 3 importantes segmentos: Instituições financeiras, SAs
de capital aberto e investidores.
SFN
 Transferência de recursos = Intermediários Financeiros (IFs):
 Bancos Comerciais/múltiplos: atendem de maneira ampla à demanda por
crédito e às expectativas de aplicações.
 Principais operações financeiras: desconto de títulos, crédito rural, cheque especial,
crédito pessoal, empréstimo para giro.
 Bancos múltiplos: atuam em crédito imobiliário, crédito direto ao consumidor e certas
operações de financiamento de LP.
 Bancos de Investimento: atuam mais a longo prazo, oferecendo intermediação
financeira às empresas no levantamento de recursos para suprir necessidade
de capital fixo e de giro.
 Atuam no repasse de recursos oficiais: BNDS
 Outros serviços: Avais, custódias, fianças, administração de FI.
 Sociedades de Arrendamento Mercantil: operações de leasing.
 Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI): as Financeiras
(financiamento de bens duráveis a pessoas fisicas –CDC
 Associações de Poupança e Empréstimos (APEs): financiamento imobiliário.
ATIVOS FINANCEIROS
 Podem ser classificados com relação a renda, prazo e emissão.
 Quanto a renda:
 Fixa: todos os rendimentos são conhecidos previamente, no momento da
aplicação
 Prefixados: juros totais definidos por todo o período da aplicação,

independente do comportamento da economia.


 Pós-fixados: uma parte dos juros é fixa. Outra parte está indexada a um

índice de preço
 Exs: CDB, Debêntures, Caderneta de poupança, Letras de câmbio e

hipotecárias, Fundos de Investimento de RF.


 Variável: rendimento depende do desempenho da instituição emitente. Ex:
Ações
 Quanto ao prazo: definido e Indeterminado
 Quanto a natureza da emissão:
 Públicos: origina-se do Governo Federal, Estadual ou Municipal
 Privados: lançados por sociedades privadas autorizadas pelo Bacen ou
CVM

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