MICHEL FOUCAULT

Professor: Vinicius Correia Sousa

• Michael Foucault foi um importante filosofo contemporâneo que abordou assuntos diversos em
sua obra, da historia da loucura, dos discursos, arte até o sistema prisional
• "Michel Foucault foi filósofo, professor, psicólogo e escritor francês. Dono de um estilo literário
único, Foucault revolucionou as estruturas filosóficas do século XX ao analisá-las por meio de
uma nova ótica. Profundamente influenciado por Nietzsche, Marx e Freud, o filósofo
contemporâneo também recebeu influências do filósofo e amigo Gilles Deleuze, da medicina e
da psiquiatria.
 OBRA: A HISTÓRIA DA LOUCURA

• o louco é porque a sociedade o quer.

• O louco é para cada sociedade. Não é natural, nem mesmo uma
doença, mas sim uma definição cultural feita pela sociedade em
seu tempo.
 ETAPAS

• Idade média: a sociedade dizia que o louco é um andarilho, um sábio, que tem uma palavra
visionária, conhece o espaço ao seu redor pois não é um servo preso aos feudos.
• EX: sociedade feudal.
• Loucos eram os que residiam fora dos feudos.
• Idade moderna: O renascimento – A palavra do louco é uma palavra mais restrita, esotérica e não
visionária, como antes.
• As pessoas começam a conhecer o mundo, já não valorizam as palavras proferidas por paixão.
PERÍODO DA IDADE CLÁSSICA DA LOUCURA
(XVI E XVII)
• O louco tem a sua palavra isolada, é julgado por ser errado, é tratado muitas vezes como um
criminoso, devendo estar confinado.
• Palavra que vaga na solidão, sendo um criminoso que deve ser retirado da sociedade.
 A PARTIR DO SEC. XVIII

• A loucura passa a ser estudada e vira um assunto da pauta médica. (inspirada pelo movimento
iluminista).
 FOUCAULT E AS RELAÇÕES DE PODER.

• Estamos sempre vivenciando relações de poder que são feitas através de normas impostas
diariamente por padrões sociais (obra vigia e punir).
• Somos monitorados diariamente pelas normas que aprisionam os indivíduos.
(ruas/escolas/hospitais/ na vida em geral.
• "Segundo o filósofo, a humanidade seria organizada em formas diferentes e em momentos
diferentes mediante o modo que ela lida politicamente com elementos relacionados à vida
(biopolítica). Entre esses modos de organização, o filósofo encontrou, entre as sociedades
modernas e a sociedade contemporânea, uma diferença crucial, em especial o modo de domínio
político nas antigas monarquias e nos sistemas políticos recentes. O pensador caracterizou essas
diferenças como relações microfísicas e macrofísicas,
• "Macrofísica do poder: o poder existia e era exercido em grande escala (macro)
por meio do monarca, que era o único responsável por aplicar, pelo medo, a
atividade necessária para controlar as vontades díspares mediante sua própria
vontade.
• Microfísica do poder: relacionada ao poder exercido pelo que ele chamou de
sociedade disciplinar, era uma rede de poderes pequenos, exercidos em pequenos
núcleos sociais por meio da aplicação de técnicas disciplinares que docilizariam
os corpos das pessoas, treinando-os para as atividades diversas. A escola, a
igreja, o quartel, a fábrica, a cadeia e o hospital seriam instituições disciplinares
que aplicam a disciplinarização dos corpos, enquanto os líderes de pequenos
núcleos de poder, como os pais na família patriarcal, exercem algum tipo de
poder microfísico em cima das pessoas subjugadas a ele.
 SISTEMA DE JEREMY BENTHAM – VIGIA E
PUNIR
A obra é publicada em 1975, é um importante estudo do autor sobre o
sistema penal ocidental. Utilizando como ponto de partida as
transformações políticas, econômicas e sociais na França desde o sec.
XVIII, a obra é dividida em 04 grande partes. (O suplício/ a punição/ a
disciplina e a prisão.)
Sistema: Panóptico é um sistema complexo penitenciário idealizado
por Jeremy Bentham no sec. XVIII, onde a construção penitenciaria de
formar circular, com uma torre no centro vigia com a visão total todas
as celas. (critica a normatização da sociedade).
Analogia a sociedade. Sempre temos um padrão que nos aprisiona,
por isso não conseguimos sair.
 O SUPLÍCIO

• Vem da punição corporal, seguida de muita

dor e humilhação ao condenado, pratica
comum nos estados absolutistas, até o século
XVIII, a dor do condenado acabava se
transformando em um verdadeiro espetáculo
que os próprios reis proporcionavam aos
súditos.
• Após um período Foucault levanta o regitro do regulamento da casa dos jovens detentos em
Paris, notando que há uma programação diária para os detentos, que define a hora de levantar, a
hora do trabalho, as relações, a escola, com leituras, desenhos linear, calculo e recreação.
 O QUE NOS FAZ MUDAR DE PENSAMENTO
QUANTO A PUNIÇÃO?
• Foucault faz o levantamento dos motivos que nos levaram a mudanças tão radicais, a forma da
tortura torna o sistema judicial frágil, o “teatro”, a exibição em público nem sempre atingia a
finalidade, uma vez que o criminoso conseguia aguentar o castigo, invertendo a vontade popular,
assim a população passava a apoiar ao condenado.
• Carrasco passa a ser odiado. (abandono do suplício).
• A punição continua ao corpo, porém agora enclausurado pelo trabalho obrigatório, privado de
libertade.
PANOPTICO
 PUNIÇÃO

Foucault percebe que os reformadores do sistema judiciário em fins do século XVIII, tornaram a
punição algo mais sutil, mas não pelo objetivo humanizador. Surge assim as prissões.
A punição como forma violenta, de modo que o preso caia no ocío, é mais simples e mais barata
para o Estado. Em contrapartida, a readequação do individuo, repensando os seus erros para ser
inserido na sociedade é mais cara.
 CLASSIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO SOCIAL
PARA APLICAR A PUNIÇÃO OU PREVINIR

• 1° - regra da quantidade mínima: Um crime existe porque traz vantagens, se não trouxesse
vantagens seria evitado.
• 2° - regra da idealidade suficiente (trata-se da idealização da pena. Não é necessário mostrar o
suplício, mas a ideia da pena, a representação da pena deve ser maximizada, e não a sua
realidade coporea.
• 3° - regra dos efeitos colaterais- a pena deve ter um efeito mais intenso naqueles que não
cometeram a falta, convencer as pessoas que o criminoso foi punido.
• 4°- regra da certeza perfeita: A pessoa que comete o crime deve saber a punição que o aguarda
• 5° -regra da verdade comum – abandono das provas legais, rejeição da tortura, necessidade de
uma demonstração completa para fazer uma verdade justa, retirada de qualquer correlação entre
graus de suspeita e os da pena.
• 6°- regra da especificação ideial – legalidade de cada tipo penal.