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Assobiando À Vontade, de Mário Dionísio

1) O conto descreve uma viagem de elétrico na cidade de Lisboa, onde um passageiro desafia as normas sociais ao assobiar sem parar, incomodando os outros passageiros. 2) O homem acaba saindo do elétrico, e os demais passageiros retornam à sua rotina habitual. 3) O conto retrata diferentes classes sociais e suas atitudes dentro do transporte público.

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Assobiando À Vontade, de Mário Dionísio

1) O conto descreve uma viagem de elétrico na cidade de Lisboa, onde um passageiro desafia as normas sociais ao assobiar sem parar, incomodando os outros passageiros. 2) O homem acaba saindo do elétrico, e os demais passageiros retornam à sua rotina habitual. 3) O conto retrata diferentes classes sociais e suas atitudes dentro do transporte público.

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ASSOBIANDO À VONTADE

Mário Dionísio
Ação

Ação do conto

Situação inicial
• descrição do ambiente e das rotinas vividas numa cidade e no
início de uma viagem de elétrico.

Desenvolvimento
• peripécias – acontecimentos ocorridos durante a viagem, incidindo
sobre o comportamento de um passageiro que desafia regras e
convenções sociais.

Situação final
• saída do passageiro e atitudes dos outros ocupantes do elétrico.
Ação

Ação do conto

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Ação

Ação do conto

Ação principal
• Entrada do homem e atitude de desafio às normas sociais.

Ação secundária
• Narração de ações ocorridas na cidade, reações dos passageiros que
viajavam no elétrico e do motorista do veículo.
Ação

Ação do conto
A ação do conto desenvolve-se em vários momentos:

1.º (situação inicial)


• Acomodação das pessoas no elétrico;

2.º (conflito – ação principal)


• Um homem entra no elétrico e o seu comportamento provoca um
conjunto de reações;

3.º (resolução da complicação/conflito)


• O homem sai e as pessoas regressam à monotonia do seu
quotidiano.
Personagens

Personagens

Principal
• Homem que usava “chapéu coçado e sobretudo castanho”.

Secundárias
• Senhora “opulenta”; cavalheiro que “fitava com dureza o
homem”; criança Nini; mãe da criança; passageiros do
elétrico.
Personagens

Caracterização física e psicológica do homem do assobio

Física
• “usava chapéu coçado e um sobretudo castanho bastante
lustroso nas bandas”; “cabelo grisalho”; “barba por fazer”.

Psicológica
• “a assobiar muito à vontade” – natural e espontâneo, sem se
importar com algum constrangimento que pudesse causar nos
outros.
Personagens

Caracterização direta e indireta do homem do assobio

Direta
(características apresentadas pelo narrador ou por outras personagens)
• “Devia ser mais novo do que parecia por causa do cabelo grisalho e da barba por
fazer”;
• “havia nele uma indiferença soberana pelo elétrico inteiro”.

Indireta
(características deduzidas a partir das atitudes e dos comportamentos da personagem)

• “um homenzinho a empurrar toda a gente”; “o homem empurrava e teimava”;


• “ou fingiu que não viu”;
• “Olhou vagamente as pessoas… e começou a assobiar… muito à vontade…” – desrespeito por
convenções sociais e desinteresse pela opinião dos outros.
Tempo

Tempo

Tempo da história
• referências temporais em função do tempo concreto, cronológico.

Exemplo:
“Àquela hora o trânsito complicava-se.”; “às cinco horas” – referência ao
momento de saída dos empregos e ao momento em que as “elegantes” iam
fazer compras ou tomar chá.
Tempo

Tempo

Tempo psicológico
(tempo transformado por vivências das personagens)
• momento em que a mãe de Nini recorda a sua infância.

Exemplo:
“Quando era da idade da filha…”; “Tinha uma voz muito suave… gostava de
fazer precisamente aquilo que uma menina bonita não deve fazer”.
Espaço

Espaço

Espaço físico
(lugares físicos)
• “ruas da Baixa (lisboeta)”; interior de um elétrico.

Exemplo:
“… centenas de pessoas que saltavam àquela hora apressadamente das
lojas, dos escritórios, das oficinas.”; “Nos largos passeios das grandes
praças havia encontrões.”; “E, assim, morosamente, por curvas e retas,
… aquele carro cumpria o seu destino de acarretar gente…”; “as
pessoas, que rigorosamente não conseguiam separar-se umas das outras
um centímetro que fosse”.
Espaço

Espaço

Espaço social
(meio social)
• classes sociais mais abastadas – “os elegantes e as elegantes”,
“cavalheiros”;
• classes sociais mais desfavorecidas – “homenzinhos e
mulherzinhas vulgares deitavam um cheiro insuportável”.
Espaço

Espaço

Espaço psicológico
(espaços marcados por vivências, reflexões)
• espaço evocado pela mãe de Nini quando se lembra da sua
infância.

Exemplo:
“… ia muitas vezes ao campo vestida com coisas velhas para poder
atirar-se para a relva à vontade”.
Narrador

Narrador

• O narrador do conto é não participante e omnisciente. Narra na 3.ª pessoa. Assume uma
posição subjetiva, emitindo juízos de valor sobre as personagens.

Exemplo:
“muitos homenzinhos pouco corretos”; “homenzinhos e mulherzinhas vulgares” – o uso do
diminutivo para se referir às classes mais baixas deixa transparecer o pensamento dos “senhores
respeitáveis” e das senhoras “elegantes”;
“tiravam os espelhinhos da mala”; “a senhora opulenta… nem se atrevia a olhar… vexadíssima…” –
o uso do diminutivo e os adjetivos são usados como crítica à atitude de superioridade das classes
mais favorecidas.
Representação do discurso

Representação do discurso

Momentos de narração
(sucessão de ações narradas no pretérito perfeito – avanço na ação)
• “Cabeças voltaram-se no interior do carro. E viu-se um homenzinho a empurrar
toda a gente e a dizer que havia lugares à frente…”.
Representação do discurso

Representação do discurso

Momentos de descrição
(descrição da cidade e dos transeuntes que circulavam, do ambiente
vivido no elétrico e dos passageiros – uso de verbos no pretérito
imperfeito, adjetivos e advérbios)
• “Nos largos passeios das grandes praças havia encontrões.”; “O carro seguia morosamente e repleto
como os outros.”; “Nos primeiros momentos da viagem, as pessoas voltavam-se nos bancos,
preocupadas…”; “Depois as pessoas acomodavam-se o melhor que podiam, punham os braços no ar para
livrar os embrulhos do aperto, fechavam bem os casacos e as malas… o condutor puxava energicamente o
cordão da campainha…”.
Representação do discurso

Representação do discurso

Momentos de diálogo
(representação do discurso das personagens de forma direta)

• Não existem no conto momentos com a representação gráfica do discurso direto, no entanto, há
passagens em que é possível identificar a voz das personagens. «Com o maço dos bilhetes na mão e
de alicate espetado, limitou-se a dizer: “O senhor?”».
Crítica social

Crítica social

• A atitude
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convenções social mais baixa, que terminam o seu dia de trabalho e têm de
se sujeitar a condições indignas (viajavam de pé).

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