SÍNDROMES DEPRESSIVAS
Do ponto de vista psicopatológico, as síndromes depressivas têm como elementos
mais salientes o humor triste e o desânimo.
Entretanto, elas caracterizam-se por uma multiplicidade de sintomas afetivos,
instintivos e neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à autovaloração, à
vontade e à psicomotricidade.
Também podem estar presentes, em formas graves de depressão, sintomas
psicóticos (delírios e/ou alucinações), marcante alteração psicomotora (geralmente
lentificação ou estupor) e fenômenos biológicos (neuronais ou neuro-endócrinos)
associados.
SÍNDROMES DEPRESSIVAS –Sintomas
afetivos
Tristeza, sentimento de melancolia
Choro fácil
Apatia
Tédio
Irritabilidade
Angústia ou ansiedade
Desespero
Desesperança
SÍNDROMES DEPRESSIVAS – Alterações da
esfera instintiva e neurovegetativa
Anedonia (Incapacidade de sentir prazer)
Fadiga, cansaço fácil e constante (corpo pesado)
Desânimo, diminuição da vontade (hipobulia – “Não tenho pique para
mais nada)
Insônia ou hipersomnia
Perda ou aumento do apetite
Constipação, palidez, pele fria
Diminuição da libido e da resposta sexual
SÍNDROMES DEPRESSIVAS – Alterações
ideativas
Ideação negativa, pessimismo em relação a tudo
Ideias de arrependimento e de culpa
Ruminações com mágoas antigas
Visão de mundo marcada pelo tédio (vida vazia, sem sentido)
Ideias de morte, desejo de desaparecer, dormir para sempre
Ideação suicida
SÍNDROMES DEPRESSIVAS – Alterações
cognitivas
Déficit de atenção e concentração
Déficit secundário da memória
Dificuldade para tomar decisões
Pseudodemência depressiva
SÍNDROMES DEPRESSIVAS – Alterações da
autovaloração
Sentimento de baixa auto-estima
Sentimento de insuficiência, de incapacidade
Sentimento de vergonha e autodepreciação
SÍNDROMES DEPRESSIVAS – Alterações da
volição e da psicomotricidade
Tendência a permanecer na cama por longos períodos
Aumento da latência entre perguntas e respostas
Lentificação psicomotora, estupor hipertônico ou hipotônico
Diminuição da fala; mais lentificada
mutismo
negativismo
SÍNDROMES DEPRESSIVAS – Sintomas
Psicóticos
Ideias delirantes de conteúdo negativo, ruína, miséria
Delírios de culpa
Delírio hipocondríaco; negação dos órgãos
Delírio de inexistência
Alucinações, geralmente auditivas
Ilusões auditivas, visuais
Ideação paranoide
SUBTIPOS DE SÍNDROMES
DEPRESSIVAS
Depressão Psicótica
É uma depressão grave e na qual ocorrem, associados aos sintomas
depressivos, um ou mais sintomas psicóticos, como o delírio de ruína ou
culpa, delírio hipocondríaco, alucinações...
Os sintomas psicóticos podem ser classificados como “sintomas
psicóticos humor-congruentes” (culpa, doença, morte, punição) ou
“sintomas psicóticos humor-incongruentes” (delírio de perseguição, de
inserção de pensamentos, autorreferentes, etc)
Transtorno disruptivo de desregulação do humor
O transtorno disruptivo da desregulação do humor (TDDH) é um
transtorno de humor que acomete crianças. Suas características mais
acentuadas são as explosões de raiva, a irritabilidade com coisas
comuns do cotidiano e mal comportamento, já que possuem baixa
tolerância à frustração.
Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM)
Mau humor, choro fácil, insegurança, medo, tristeza, ansiedade, apatia e até pensamentos suicidas
fazem parte das características do transtorno. Com essa configuração é comum que haja problemas
interpessoais nos mais diversos contextos da vida da paciente.
Os sintomas podem ser: insônia (falta de sono) ou hipersonia (excesso de sono), excesso ou falta de
apetite, náuseas, acne, arritmia, dificuldade para se concentrar e problemas digestivos. Esses
sintomas costumam desaparecer no início do período menstrual, mas não é incomum que
permaneçam até o final do ciclo.
O DSM-V classifica o transtorno disfórico pré-menstrual como um subtipo de depressão e as
estimativas é que cerca de 8% das mulheres cis em idade reprodutiva o apresentem
SÍNDROMES MANÍACAS
Transtorno Afetivo Bipolar, tipo “Ciclador”
rápido
Nesses casos ocorrem muitas fases depressivas, maníacas,
hipomaníacas ou mistas em curto período, com apenas breves período
de remissão. Para esse diagnóstico é necessário que o paciente tenha
apresentado pelo menos quatro episódios bem caracterizados de
mania (ou hipomania) e/ou depressão num período de um ano.