PROF.ESP.
GABRIEL DE MEDEIROS
INTRODUÇÃO
• Origem embriológica: Mesoderma;
• O tecido muscular é constituído por células alongadas;
– Contêm grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de
proteínas contráteis;
• ACTINA🡪MIOSINA🡪TROPONINA🡪TROPOMIOSINA
• Processo de diferenciação ocorre pela síntese de proteínas
filamentosas, concomitantemente ao alongamento das células;
CLASSIFICAÇÃO
• De acordo com suas características morfológicas e
funcionais, distinguem-se três tipos de tecido
muscular:
– MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO;
– MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO;
– MÚSCULO LISO;
• Determinados componentes das células musculares
recebem nomes especiais.
ESTRIADO ESQUELÉTICO
• O tecido muscular estriado esquelético é formado
por feixes de células:
– Longas (até 30 cm);
– Cilíndricas;
– Multinucleadas;
– Presença de muitos filamentos, as miofibrilas.
ESTRIADO ESQUELÉTICO
• As fibras do músculo estriado esquelético tem
origem no embrião;
– pela fusão de células alongadas, os mioblastos.
• Nas fibras musculares esqueléticas os numerosos
núcleos se localizam na periferia das fibras;
– nas proximidades do sarcolema.
ESTRIADO ESQUELÉTICO
• A localização do núcleo, auxilia na distinção entre os
tipos musculares;
– Músculo estriado esquelético (núcleos periféricos);
– Músculo estriado cardíaco (núcleos centrais).
• Essas fibras, têm contração rápida e vigorosa e
estão sujeitas ao controle voluntário.
ORGANIZAÇÃO DO M.E.E
• As fibras musculares estão organizadas em grupos
de feixes;
– O conjunto de feixes envolvidos por uma camada de
tecido conjuntivo (Epimísio), que recobre o músculo
inteiro.
• Do epimísio partem finos septos de tecido
conjuntivo (perimísio) que se dirigem para o
interior do músculo, separando os feixes.
ORGANIZAÇÃO DO M.E.E
• Cada fibra muscular, individualmente, é envolvida
pelo endomísio;
– Formado pela lâmina basal da fibra muscular, associada
a fibras reticulares.
• O tecido conjuntivo mantém as fibras musculares
unidas;
– possibilitando que a força de contração gerada por cada
fibra individualmente atue sobre o músculo inteiro.
ORGANIZAÇÃO DAS FIBRAS E.E
• As fibras musculares esqueléticas possuem estriações
transversais;
– Alternância de faixas claras e escuras.
• Ao microscópio de polarização;
– a faixa escura é anisotrópica e, por isso, recebe o nome de
banda A;
– a faixa clara é isotrópica chamada de banda I;
– No centro de cada banda I nota-se uma linha transversal escura
ORGANIZAÇÃO DAS FIBRAS E.E
• A estriação da miofibrila se deve à repetição de
unidades iguais, chamadas sarcômeros.
• As miofibrilas do músculo estriado contêm quatro
proteínas principais:
– miosina, actina, tropomiosina e troponina.
MIOFIBRILAS
• Os filamentos grossos:🡪 são formados de miosina;
• Os filamentos finos:🡪 São formados pela actina,
tropomiosina e troponina.
• miosina e a actina, juntas, representam 55% do
total das proteínas do músculo estriado.
ACTINA
• A actina apresenta-se sob a forma de polímeros
longos (actina F);
– Formados por duas cadeias de monômeros globulares
(actina G);
– Torcidas uma sobre a outra, em hélice dupla.
• Cada monômero globular de actina G tem uma
região que interage com a miosina.
TROPOMIOSINA
• Molécula longa e fina, constituída por duas cadeias
polipeptídicas uma enrolada na outra;
• As moléculas de tropomiosina unem-se umas às
outras pelas extremidades;
– para formar filamentos que se localizam ao longo do
sulco existente entre os dois filamentos de actina F.
TROPONINA
• É um complexo de três subunidades:
– TNT, que se liga fortemente à tropomiosina;
– TNC, que tem grande afinidade pelos íons cálcio;
– TNI, que cobre o sítio ativo da actina, no qual ocorre a
interação da actina com a miosina.
MIOSINA
• Tem forma de bastão, sendo formada por dois
peptídeos enrolados em hélice;
• Em uma de suas extremidades a miosina apresenta uma
saliência globular;
– Cabeça🡪 que contém locais específicos para combinação
com ATP.
– É nesta parte da molécula que ocorre a hidrólise de ATP para
liberar a energia utilizada na contração.
Retículo sarcoplasmático
• A contração muscular depende da disponibilidade
de íons Cálcio;
– músculo relaxa quando o teor desse íon se reduz no
sarcoplasma.
• O retículo sarcoplasmático armazena e regula o
fluxo de íons de cálcio;
– Esse retículo é uma rede de cisternas do retículo
endoplasmático liso, que envolve grupos de
miofilamentos.
Retículo sarcoplasmático
• A membrana do retículo sarcoplasmático é
despolarizada pelo estímulo nervoso;
– Canais de Cálcio se abrem, e esses íons, que estavam
depositados nas cisternas do retículo, difundem-se
passivamente;
– atuando na troponina, possibilitando a formação de
pontes entre a actina e a miosina
Retículo sarcoplasmático
• Ao cessar a despolarização, a membrana do
retículo sarcoplasmático, por processo ativo,
transfere Cálcio para o interior das cisternas, o que
interrompe a atividade contrátil.
– A despolarização da membrana do retículo
sarcoplasmático, que resulta na liberação de íons Ca2
inicia-se na placa motora;
TÚBULOS T
• Responsável pela contração uniforme de cada fibra
muscular esquelética;
– Esse sistema é constituído por uma rede de invaginações
tubulares da membrana plasmática (sarcolema) da fibra muscular;
– Envolve os sarcômeros.
• Em cada lado de cada túbulo T existe uma expansão
terminal do retículo sarcoplasmático.
– Este complexo, formado por um túbulo T e duas expansões do
retículo sarcoplasmático, é conhecido como tríade .
ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO
• De acordo com sua estrutura e composição
molecular, as fibras musculares esqueléticas podem
ser identificadas como:
– Tipo l, ou fibras lentas;(mais resistentes, menor
metabolismo=menor velocidade na produção
energética);
– Tipo II, ou fibras rápidas.(capacidade metabólica maior);
ESTRUTURA
– TIPO I:
– são vermelho-escuras e ricas em sarcoplasma contendo
mioglobina.
– Essas fibras são adaptadas para contrações
continuadas.
– Sua energia é obtida principalmente dos ácidos graxos
que são metabolizados nas mitocôndrias;
ESTRUTURA
• TIPO II:
– adaptadas para contrações rápidas e descontínuas.
– Elas contêm pouca mioglobina;
– Coloração vermelho-claras.
MÚSCULO CARDÍACO
• O músculo do coração é constituído por células
alongadas e ramificadas;
• Essas células apresentam estriações transversais;
– Fibras cardíacas contêm apenas um ou dois núcleos
localizados centralmente .
– A contração das células musculares cardíacas é
involuntária, vigorosa e rítmica.
MÚSCULO CARDÍACO
• Característica exclusiva do músculo cardíaco são os
DISCOS INTERCALARES (linhas transversais fortemente
coráveis que aparecem em intervalos irregulares ao
longo da célula);
– São complexos juncionais encontrados na interface de
células musculares;
– Essas junções aparecem como linhas retas ou exibem um
aspecto em escada.
MÚSCULO CARDÍACO
• Nos discos intercalares encontram-se três
especializações juncionais principais:
– Zônula de adesão 🡪 servem para ancorar os filamentos de
actina dos sarcômeros terminais.
– Desmossomos 🡪 unem as células musculares cardíacas,
impossibilitando que elas se separem durante a contração.
– Junções comunicantes🡪 responsáveis pela continuidade
iônica entre células musculares adjacentes.
MÚSCULO CARDÍACO
• No coração existe uma rede de células musculares
cardíacas modificadas;
– Acopladas às outras células musculares do órgão, que
têm papel importante na geração e condução do
estímulo cardíaco;
– Sequência de contrações dos átrios e ventrículos
tornando possível que o coração exerça com eficiência
sua função de bombeamento do sangue.
MÚSCULO LISO
• O músculo liso é formado pela associação de células
longas;
– Mais espessas no centro e afilando-se nas extremidades.
– Núcleo único e central.
• O tamanho da célula muscular lisa pode variar:
– 20 µ.m na parede dos pequenos vasos sanguíneos;
– Até 500 µm no útero gravídico.
MÚSCULO LISO
• As células musculares lisas são revestidas por
lâmina basal e mantidas unidas por uma rede
muito delicada de fibras reticulares;
– Essas fibras amarram as células musculares lisas às
outras.
– Isso faz com que a contração de apenas algumas células,
desencadeia contração no músculo inteiro.
MÚSCULO LISO
• O sarcolema dessas células apresenta grande
quantidade de depressões;
– Denominadas cavéolas, abrigando íons Cálcio que serão
utilizados para dar início ao processo de contração.
• As células musculares lisas apresentam os corpos
densos. (membrana dessas células e citoplasma).
– Importante papel na contração das células musculares
lisas.
MÚSCULO LISO
• A contração depende do deslizamento de filamentos de
actina e de miosina;
– O mecanismo molecular de contração é diferente dos
músculos estriados esquelético e cardíaco.
• Sarcoplasma das células musculares lisas🡪 filamentos
de actina estabilizados pela combinação com
tropomiosina.
– Os filamentos de miosina só se formam no momento da
MÚSCULO LISO
• A contração nas células musculares lisas ocorre da seguinte
maneira:
• 🡪Estímulo do sistema nervoso autônomo;
• 🡪Migração de cálcio extracelular para sarcoplasma através de
canais;
– No músculo liso não existe retículo sarcoplasmático.
• 🡪Os íons Ca2+ se combinam com as moléculas de calmodulina
ativando a enzima quinase da cadeia leve da miosina;
MÚSCULO LISO
• 🡪A enzima ativada fosforila as moléculas de miosina;
• 🡪Moléculas se distendem, tomando a forma
filamentosa, deixam descobertos os sítios que têm
atividade de ATPAse e se combinam com a actina;
• 🡪Libera energia do ATP, que promove a deformação da
cabeça da molécula de miosina;
– Deslizamento dos filamentos de actina e de miosina II uns
sobre os outros.
REGENERAÇÃO
• O músculo cardíaco não se regenera.
– Nas lesões do coração, como nos infartos, as partes
destruídas são invadidas por fibroblastos que produzem
fibras colágenas, formando uma cicatriz de tecido
conjuntivo denso.
• O músculo Esquelético tem baixa capacidade
regenerativa:
– Admite-se que as células satélites da lâmina basal sejam
responsáveis pela regeneração do músculo esquelético.
REGENERAÇÃO
• O músculo liso é capaz de uma resposta
regenerativa mais eficiente.
– Ocorrendo lesão, as células musculares lisas que
permanecem viáveis entram em mitose e reparam o
tecido destruído.