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Aspectos fisiopatológicos e nutricionais
das doenças hepáticas e biliares
SEÇÃO 1 Unidade 3
Profª Esp. Jomara Fernanda S. Santos
CRN1 10518
Assistência
Cliquenutricional nas doenças
para editar hepáticas
o título mestre– parte I
FÍGADO
• Responsável por diversas reações de
síntese e degradação de moléculas;
Produção da bile, glicogênese, neoglicogênese
(gliconeogênese), glicogenólise, metabolismo do
colesterol, síntese de ureia e de proteínas
plasmáticas, armazenamento de ferro, vitaminas
lipossolúveis (A, D, E, K), vitamina B12, detoxificação
de drogas e toxinas,
Assistência
Cliquenutricional nas doenças
para editar hepáticas
o título mestre– parte I
Agentes etiológicos das doenças hepáticas crônicas
• Virais: vírus B (VHB), vírus C (VHC), vírus D
(VHD), vírus E.
• Distúrbios metabólicos: doença de Wilson,
hemocromatose e galactosemia.
• Químico: álcool.
• Doenças secundárias: cirrose biliar primária,
colangite esclerosante e fibrose cística.
Assistência
Cliquenutricional nas doenças
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o título mestre– parte I
Doença Hepática Crônica (DHC)
Hepatite, insuficiência hepática e cirrose
Há comprometimento tanto da estrutura hepática como da
capacidade funcional do órgão.
Tais lesões podem ser observadas e/ou diagnosticadas
quando a doença já apresenta uma evolução importante;
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CIRROSE
DIAGNÓSTICO TARDIO
Pacientes são assintomáticos e
apresentam prognóstico grave
Tratamento nutricional da DHC
Depende do quadro clínico do paciente
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ALTERAÇÕES
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METABÓLICAS
o título mestre
Metabolismo energético:
Gasto energético em repouso varia muito;
Pacientes com cirrose apresentam um aumento de 30% em
relação a indivíduos normais;
Tal fato se dá porque esses pacientes têm baixa adaptabilidade
ao jejum, em função da redução das vias glicogenolíticas para
fornecimento rápido de glicose.
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ALTERAÇÕES
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METABÓLICAS
o título mestre
Metabolismo proteico:
Em função da alteração no metabolismo energético pode
haver maior mobilização da oxidação muscular de aminoácidos
para fornecimento de energia.
A perda de proteínas via intestinal ocorre em cerca de 40% dos
pacientes facilitando o desenvolvimento de desnutrição
proteica
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Metabolismo lipídico:
Ocorre aumento da lipogênese hepática e redução da oxidação
hepática de ácidos graxos, que podem levar ao desenvolvimento
de esteatose hepática.
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Metabolismo vitaminas e minerais:
As deficiências de vitaminas e minerais são comuns entre pacientes com
DHC (principalmente naqueles que fazem uso de álcool)
As principais são:
Cirrose alcoólica:
Vitaminas A, C, D, E, K, B9, B12, B6, B7 , B1 , B2 , B5 , B3 .
Minerais: deficiências de ferro, cálcio, zinco, magnésio e selênio.
Cirrose não alcoólica: exceto a vitamina B7, as deficiências são as
mesmas da cirrose alcoólica.
Hepatite crônica: vitaminas K, B9, B12
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Esteatose o título
Hepática mestre
(EH)
• Alta produção de glicose, VLDL-c, proteína C reativa (PCR),
acúmulo de gordura visceral, perfil inflamatório;
• Relacionada em cerca de 80% dos casos ao alto consumo de
etanol (80 g por dia).
• É um quadro clínico onde há acúmulo de triglicerídeos no
citoplasma dos hepatócitos (células que constituem o
parênquima do fígado);
com manutenção da função hepática e, com a abstinência
alcoólica (pode haver reversão)
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Esteatose o título
Hepática mestre
(EH)
TRATAMENTO
• Controle de doenças associadas, como obesidade, diabetes (principalmente tipo
II) e dislipidemias.
• Interrupção de fármacos hepatotóxicos.
• Redução do peso corporal – observar presença de fibrose hepática que, nesse
caso, poderá ter seu quadro agravado com a perda de peso.
• A perda de peso (gradativa) TN específica por seis meses, dieta hipocalórica
(cerca de 25 Kcal/Kg de peso/dia) e hipolipídica.
• Macronutrientes 65% de carboidratos; 12% de proteínas e 23% de lipídios
• Evitar perda de peso rápida (RISCO de comprometimento hepático);
• Evitar inanição e jejum total (possibilidade de indução de fibrose portal e
pericelular, estase biliar e necrose focal);
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Doença editarAlcoólica
Hepática o título mestre
(DHA)
Ingestão de álcool (lesões
hepatocelulares);
Risco p/ desenvolvimento
Homens: 60 a 80g etanol/dia
Mulheres 40 a 60g/dia
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Doença editarAlcoólica
Hepática o título mestre
(DHA)
As calorias obtidas com o consumo de álcool (7,1 Kcal/g) são consideradas
“VAZIAS”
Quando a ingestão supera de 25% a 50% das calorias totais diárias, a utilização
do etanol pode não ser adequada
EXCESSO DESTAS CALORIAS (ingeridas com o álcool)
Não pode ser armazenado pelo organismo, o organismo promove DESVIOS
METABÓLICOS voltados para detoxificação do etanol e com isso, há grande
PERDA ENERGÉTICA, promovendo quadros de DESNUTRIÇÃO
OsClique para fatores
principais editar oque
título mestre a
aumentam
suscetibilidade à DHA
• Ingestão alcoólica diária prolongada, em torno de 15 a 20 anos.
• Ingestão esporádica de grandes volumes de álcool: “FARRAS”
alcoólicas.
• Ingestão de bebidas alcoólicas sem alimentação.
• Fatores genéticos.
• Gênero feminino – mais suscetível ao dano alcoólico.
• Consumo de bebidas alcoólicas com alta concentração de etanol:
destilados.
• Ingestão de bebidas alcoólicas de diversos tipos.
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DHAo título mestre
• Pode se apresentar como Esteatose Hepática (EH), hepatite alcoólica
aguda e cirrose alcoólica.
• A cirrose por consumo excessivo de álcool é o dano hepático mais
grave que pode ocorrer.
Após o diagnóstico, o prognóstico é de, no máximo, 70% após um ano e
de 50%, até cinco anos.
ÁLCOOL EFEITOS TÓXICOS
Aumento da produção de citocinas
(desenvolvimento de fibrose hepática, radicais livres,
comprometimento da resposta imune)
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Doençapara
Hepática
editarAlcoólica
o título mestre
(DHA)
• É comum a presença de ANOREXIA, NÁUSEAS,
VÔMITOS e alteração dos hábitos alimentares em pacientes
que fazem uso excessivo do álcool.
• Diarreia e esteatorreia (etanol altera a motilidade intestinal)
• Baixa síntese de lactase e de ácidos biliares.
• Normalmente, com base nesses sintomas, esses pacientes
PERDEM MUITO PESO E SÃO DESNUTRIDOS
(compromete sist. Imune e aumento risco de infecções)
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Hepática
editarGordurosa
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Não
Alcoólica (DHGNA)
• A prevalência de DHGNA tem aumentado em função dos altos índices de
obesidade associados à síndrome metabólica;
• Nota-se uma atenção especial a esse quadro clínico, dado seu potencial de
evolução para formas mais graves, como cirrose e carcinoma hepatocelular
•
Pacientes com diagnóstico de DHGNA x indivíduos saudáveis
exibiram alto consumo de gordura saturada e de carboidratos de rápida
digestibilidade
associados ao baixo consumo de fibras, micronutrientes (vitaminas e
minerais) e gorduras insaturadas.
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Hepática
editarGordurosa
o título mestre
Não
Alcoólica (DHGNA)
A DHGNA faz referência a diversas doenças hepáticas que
apresentam depósito de lipídios no citoplasma dos hepatócitos
em indivíduos que não fazem consumo de álcool.
Ou seja... Está relacionada a quadros de obesidade
(gordura central, hiperglicemia, resistência à insulina,
síndrome metabólica, dislipidemia, hipertensão)
Neste rol de doenças, considera-se desde a esteatose hepática
benigna até a Esteato-Hepatite Não Alcoólica (EHNA)
CliqueAVALIAÇÃO
para editarDIETÉTICA
o título mestre
Anamnese
com Recordatório alimentar de 24 horas (R 24h)
Para tanto, há que se ter certeza do nível de consciência do
paciente para que o (R 24h) seja utilizado, principalmente, em
pacientes que fazem uso de álcool.
O foco nos hábitos alimentares auxilia o nutricionista que
deverá classificá-los em bom, moderado ou gravemente
inadequado
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AVALIAÇÃO
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NUTRICIONAL
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• Calorimetria indireta nas DHC para estimar o GER é o mais
indicado, porém, poucas são as instituições que possuem;
• As necessidades energéticas são de 25 a 40 Kcal/Kg de peso
corporal/dia, de acordo com o objetivo do paciente.
• O peso utilizado para esse cálculo deve ser o peso atual ou, na
presença de ascite indica-se o uso de peso adequado com
adição de 10% no GER.
• Harris e Benedict não é o mais indicado, pois poderá ocorrer
grande margem de erro na estimativa do GER.
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AVALIAÇÃO
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NUTRICIONAL
o título mestre
• Macronutrientes em relação ao VCT, com oferta de, no
máximo, 30% de lipídios; 50% a 60% de carboidratos
(complexos);
• Proteínas recomenda-se Î Para pacientes com doença
hepática compensada: 0,8 a 1,0 g/Kg de peso atual ou
ideal/dia, a fim de promover balanço nitrogenado positivo.
• 1,2 a 1,8g/Kg de peso atual ou ideal /dia, para melhorar a
retenção nitrogenada.
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SUPLEMENTAÇÃO
editar o título mestre
OBJETIVO
Prevenir ou recuperar o estado nutricional adequado e pode ser
feita por quaisquer vias, conforme a necessidade do paciente.
Em alcoólicos crônicos ou portadores de hemocromatose, o uso
de alimentos fontes de ferro deve ser reduzido, a fim de
preservar o fígado.
CliqueRESTRIÇÃO
para editar HÍDRICA
o título mestre
• Comum em pacientes hospitalizados, o sódio deve ser
limitado.
• Pacientes não internados:
Se houver restrição de sódio
Influencia diretamente na
palatabilidade dos alimentos
Menor consumo de alimentos
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EDEMA o título mestre
Em casos de edemas:
• O sódio pode ser restringido a 2,5
g/dia, o que equivale a 6 g de sal.
• Restrição hídrica severa: consumo
máximo de sódio em torno de 250 a
500 mg/dia, o que corresponde a 0,63 a
1,3 g de sal acrescido nas preparações
culinárias.
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SOJAo título mestre
• A soja é um alimento muito utilizado na alimentação de
pacientes com DHGNA;
• Ótimo valor nutricional e conter compostos fitoquímicos
bioativos, com capacidade quimioprotetoras.
• É recomendado o consumo de 25 g de proteína de soja na
dieta alimentar controle de quadros de dislipidemias
nesses pacientes, assim como a redução da glicemia de jejum
e aumento da tolerância à glicose.
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