Terapia da Apraxia de
Fala Adquirida
Disciplina: Terapia dos Distúrbios da Comunicação
Professora Dra. Tatiana Magalhães de Almeida Gritti
Doutora e Mestre em Fonoaudiologia pela UNESP/Marilia
APRAXIA
O termo praxia origina-se da palavras grega “práxis” que significa realizar uma ação.
Apraxia: incapacidade de realizar uma ação, movimento ou sequência de
movimentos.
Apraxia ideatória: inabilidade de usar os objetos ou gestos devido a não conhecer
sua função.
Apraxia ideomotora: distúrbio na performance dos movimentos para a realização de
gestos ou sequência de movimentos (oral ou bucofacial e apraxia de fala)
Ortiz, 2006
APRAXIA DE FALA
A apraxia de fala é uma desordem da articulação que resulta da perda, causada por
uma lesão cerebral, da capacidade de organizar o posicionamento correto da
musculatura da fala e de sequencializar os movimentos na produção espontânea de
fonemas ou de uma sequencia de fonemas.
Não é acompanhada por fraqueza, lentidão significante ou incoordenação desses
músculos.
Darley, Aronson, Brown,1975
PONTOS IMPORTANTES PARA A
REABILITAÇÃO
COMPENSAÇÃO
ATIVIDADES PLANEJADAS
MONITORAMENTO
INTERVENÇÃO PRECOCE
MOTIVAÇÃO
Ortiz, 1997
TMA
PRINCIPIOS DA TERAPIA
Deve ser centrada na desordem da articulação.
A ênfase do trabalho deve ser na organização e no planejamento dos
gestos articulatórios.
Fundamental considerar como as variáveis fonológicas interferem na
produção.
Ortiz, 1997
TMA
Como considerar as variáveis fonológicas na
terapia?
Modo de produção: fonemas plosivos, seguidos dos fricativos, líquidos e vibrantes.
Zona de articulação: anteriores, médios e posteriores.
Frequência do fonema: escolher por exemplo entre os pares surdos e sonoros
aquele que encontramos com maior frequência. Evitar trabalhar fonemas que se
diferem pelo traço de sonoridade concomitantemente ou sucessivamente.
Frequência da palavra: palavras frequentes da língua e dia a dia do paciente.
Extensão da palavras: palavras curtas aumentando a extensão para frases.
Distância entre fonemas sucessivos: mínima, média e grande.
Dificuldade nos fonemas iniciais: enfoque da terapia Ortiz, 1997
TMA
ESTRATÉGIAS
Pistas proprioceptivas e visuais.
Focada no automonitoramento de fala.
Uso de espelho.
Trabalhar com o ritmo de fala pode ser uma boa estratégia – fala mais lenificada
Incentivar sempre o paciente a ouvir sua fala e corrigi-la.
Se houver apraxia orofacial associada devem ser incluídos exercícios
para essa programação.
Família necessita apoiar a terapia.
Treino diário independente da frequência de terapia.
Casos graves podem evoluir para CSA.
TMA
TERAPIA DOS 8 PASSOS
Começar com fonemas fáceis
Aumentar gradativamente a distância entre os pontos
Escolher as palavras baseados no fonema inicial
Aumentar gradativamente a extensão
Escolher palavras do dia a dia
Rosenbek et al., 1973
TERAPIA DOS 8 PASSOS
Olha, escuta o terapeuta e articulem juntos
Terapeuta fala, depois sussurra e depois paciente fala
Terapeuta fala e o paciente repete após o terapeuta
Terapeuta fala e o paciente repete várias após o terapeuta
Escrita e o paciente diz
Retira o estimulo e o paciente diz
Resposta a uma pergunta
Treino com a família Rosenbek et al., 1973
Proposta por Darley e colaboradores
Começar com um fonema fácil/m/-humming
Adicionar vogais e treinar a produção de 10 a 20x
Inserir o m no final das palavras monossilábicas
1 Palavras com m
2 palavras com m
Frases
Darley et al. 1975
TERAPIA MELÓDICA
Terapeuta emite a melodia enquanto paciente acompanha o ritmo com
batida de mão.
Terapeuta e paciente emitem a melodia com a batida da mão.
O paciente deve ouvir a sentença melodiada e em seguida emitir
sozinho a melodia.
O terapeuta pergunta o que você disse? E solicita a resposta melodiada.
O terapeuta vai reduzindo a sua participação conforme evolução.
Sparks e Deck, 1986