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Aula 07 - Forno A Oleo

O forno a óleo por chama direta é uma opção para pequenas fundições, com fusão manual controlada por maçaricos. Possui baixo custo mas alta emissão de poluentes e ruído.
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O forno a óleo por chama direta é uma opção para pequenas fundições, com fusão manual controlada por maçaricos. Possui baixo custo mas alta emissão de poluentes e ruído.
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Fornos a óleo de chama direta

Instrutora: Dircilene do Carmo


Disciplina: Processos de Fusão, Vazamento e Rebarbação de Peças Fundidas
Forno a óleo de chama direta

• É um tambor cônico na vertical, com diâmetro equivalente à


produção desejada, geralmente de 500 a 1000 kg.

• A base do forno possui diâmetro maior que a boca com o


objetivo de melhorar o rendimento da fusão.

• Este forno é indicado para trabalhar fundindo cargas sólidas


em produções limitadas.
Forno a óleo de chama direta

• O aquecimento se dá por uma chama direta, produzida por


um dou dois maçaricos, alimentado (s) por uma mistura de
óleo-oxigênio ou gás-oxigênio, podendo ainda ser utilizado
propano e óleo como combustíveis.
Forno a óleo de chama direta

• O(s) maçarico(s) situa(m)-se lateralmente à bica de


vazamento, sendo que esta permanece aberta durante todo o
processo de fusão.

• Na parte superior fica a abertura da carga, pela qual os gases


de combustão são exauridos.
Forno a óleo de chama direta

• Durante a fusão, o forno permanece na posição vertical.

• Um conjunto de redutores situado em uma das laterais da


carcaça do forno, promovem um movimento de
basculamento, que é de fundamental importância na
confecção do refratário e mesmo durante as operações de
vazamento e retirada da escória.
Forno a óleo de chama direta

• Todo o desenvolvimento dos processos de aquecimento,


fusão e manutenção de temperatura é controlado
manualmente.

• A temperatura do metal líquido é controlada em função da


permanência do metal no forno, desde que a regulagem da
chama seja constante.
Forno a óleo de chama direta
• A velocidade de fusão dependerá da concepção construtiva de
cada forno e do combustível utilizado, porém é possível
utilizar a mesma fórmula do forno rotativo.

Onde:
T = tempo (minutos) de permanência do metal no forno;
Q1 = temperatura (°C) desejada para o metal líquido;
Q2 = temperatura (°C) do metal líquido no forno;
V = velocidade (°C/min.) de fusão do forno.
Forno a óleo de
chama direta
Fundição Metal
Norte-RN
Forno a óleo de chama direta

O forno a óleo por chama direta é uma opção para pequena e


médias fundições para a produção de:

• ferro fundido cinzento ;


• Ferro fundido nodular;
• Ligas não ferrosas.
Forno a óleo de chama direta
• As possibilidades de instalação do carregador variam em
função do espaço disponível na instalação.

• Para essa operação existem os processos:


 Carregamento na posição horizontal por calhas vibratórias
(pouco utilizado);
 Carregamento com o forno basculado por calhas vibratórias;
 Carregamento por transporte de esteira;
 Carregamento por caçamba basculante.
Forno a óleo de chama direta
• Existe uma ordem específica de carregamento das cargas no
forno:

 Primeiro coloca as cargas mais volumosas a fim de preservar o


refratário;

 As adições ou utilização de limalhas devem ser realizadas sobre


o metal já líquido para evitar queimas acentuadas dos
elementos.
Forno a óleo de chama direta

 Deve ser colocado juntamente com as cargas 1,5% de calcário


para limpeza do banho.

 A duração do refratário está muito relacionada com a forma


que é realizado o carregamento do forno.
Funcionamento

• O processo de fusão inicia-se com o


aquecimento do refratário até o vermelho
rubro.

• Essa etapa é importante pois visa preparar


o refratário para receber a carga e ganhar
tempo de fusão.
Funcionamento

• Procede-se então o carregamento com o forno desligado, já


que a chama impediria essa operação.

• Após o carregamento, acende-se o(s) maçarico(s) regulando a


chama para levemente oxidante.

• A fusão evolui, sendo necessário observar as características da


chama que expressa a relação de combustão (relação entre o
oxigênio e o combustível).
Funcionamento

• É melhor utilizar para o aquecimento do


refratário uma chama redutora, pois a
velocidade de aquecimento será maior.

• O decorrer da fusão usa-se a chama


oxidante por ter maior rendimento e menor
contaminação do metal.
Funcionamento

Existem três tipos de chama:

Chama redutora: não está queimando todo combustível


(maior contaminação);

Chama neutra: equilíbrio;

Chama oxidante: sobra oxigênio (melhor rendimento, porém


maior queima.
Funcionamento

Características da chama:

A chama redutora é de cor laranja e


libera mais fumaça, é mais alta.

A chama oxidante é mais clara e não


libera fumaça.
Funcionamento

• Os valores específicos de consumo de combustível e


oxigênio vai depender das características do forno, por isso é
importante anotar os dados de cada fusão e realizar um
acompanhamento.

• Além disso, o consumo vai depender também da


composição química do metal a ser produzido.
Funcionamento

• Em função do preço do combustível


praticados localmente, a fundição pode
optar pela fonte de energia de menor
custo e pode facilmente mudar de
combustível se as condições econômicas
impuserem.
Funcionamento
• A energia liberada na chama aquece diretamente o metal
protegido pela escória e aquece por radiação o refratário.

• A energia acumulada no refratário permite guardar o material


no forno durante a transferência de metal líquido para as
panelas com pouco consumo de energia suplementar.

• A limpeza da escória deve ser realizada com o forno ligado para


que a escória não solidifique sobre o banho.
Metalurgia
• A possibilidade de reprodução dos resultados são boas, porém
o acerto entre a composição química pretendida e a obtida
dependerá da forma como o processo de fusão foi conduzido.

• A escória produzida durante a fusão tem a função de proteger o


metal da oxidação provocada pela chama e sua composição
química determinará as maiores ou menores perdas de
elementos.
Metalurgia
A perdas de elementos durante a fusão situam-se na faixa de:

 Carbono: a 10%;

 Silício: 12 a 20%;

 Manganês: 15 a 25%.

O rendimento das adições de silício e manganês varia de 60 a 70%.


Refratário

• O revestimento refratário é composto de massas refratárias


ácidas.

• A soleira deve ser confeccionada de tijolos e massa de alta


qualidade em termos de resistência térmica e mecânica.
Refratário

• A renovação do revestimento é normalmente executada a cada


6 meses, podendo durar de 400 a 500 corridas.

• Na substituição do refratário, após o resfriamento, o


revestimento velho é quebrado e retirado.

• Assenta-se os tijolos como em alvenaria e faz-se um


capeamento cobrindo-se as frestas.
Refratário
• A secagem se dá em várias etapas:

- pré-secagem ao ar livre;
- secagem acionando o maçarico;
- Segue um processo de sinterização de cerca de 10 horas no qual
o revestimento é aquecido e controlado a 1550°C.
- Após essa etapa faz-se uma fusão de ferro fundido e escória para
produzir uma camada vitrificada de alta resistência para prolongar
a vida útil do refratário.
Vantagens
Permite transferir a energia acumulada no refratário para o
metal líquido, melhorando assim o balanço térmico no forno;

Baixo custo de implementação;

Possibilidade de alterar a fonte combustível em função dos


valores praticados na região.

Possibilidade de usar gusa com alto teores de C, Si e Mn.


Vantagens
O forno e seus equipamentos ocupam um espaço pequeno
dentro do galpão;

Relativa produtividade dos resultados;

Baixo custo operacional;

Opção de utilizar alta quantidade de carga reciclada (sucatas),


em virtude da queima de elementos não desejados na
composição.
Desvantagem

Impossibilidade de obter temperaturas mais altas;

Altas taxas de emissão de poluentes;

Alta queima de elementos;

Na produção de materiais muito nobres o custo de produção


aumenta significativamente em função da queima de
elementos do metal e das adições;
Desvantagem

Dificuldades de acerto da composição química;

Alta emissão de ruídos;

Todo o processo é manual, podendo ocorrer falhas humanas.


Meio ambiente

• Emitem altas taxas de poluição atmosférica, o que não obriga


da utilização de um sistema de despoeiramento devido a
emissão de particulado.

• Alta emissão de ruídos.

• A emissão de fumos dentro da empresa durante todo o


processo de fusão.

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