NARCISISMO
Profª Débora Guedes
O MITO DE NARCISO
O QUE É NARCISISMO
O termo Narcisismo foi utilizado pelos sexólogos para designar
seletivamente uma perversão sexual caracterizada pelo amor dedicado pelo
sujeito a si mesmo. Em 1908, Isidor Sadger falou do narcisismo, a propósito
do amor próprio, como uma modalidade de escolha de objeto nos
homossexuais; distinguiu-se de Havelock Ellis ao considerar o narcisismo
não como uma perversão, mas como um estádio normal da evolução
psicossexual do ser humano.
O QUE É NARCISISMO?
Foi utilizado por Freud em 1910 numa nota acrescentada ao texto aos Três
ensaios sobre a teoria da sexualidade falando sobre os invertidos pois o
termo homossexualismo ainda não era usado. Freud escreveu que eles
tomam si mesmos como objetos sexuais, e partindo do narcisismo,
procuram rapazes semelhantes à sua própria pessoa, a quem querem amar tal
sua mãe os amou.
O QUE NARCISISMO?
• É importante diferenciar o narcisismo para a psicanálise e do senso comum, pois no
popularmente a pessoa narcísica é uma pessoa sem humildade, egocêntrica e até cruel,
veremos são conceitos mais amplos a essas características. Inicialmente o conceito de
narcisismo não é de Freud e sim de Paul Nacke em 1899, se referindo ao narcisismo
um estado de amor por si mesmo, em 1910 Freud se refere ao narcisismo em sua obra “
Três ensaios da sexualidade, como a escolha objetal dos homossexuais.
O que é narcisismo
• Havia o funcionamento basal do sexual, o homossexual passaria pelo narcisismo e assim
escolheria o objeto sexual ,a pessoa do mesmo sexo para se relacionar, “lembrando
sempre uma visão do início do século XX “, com tais concepções seria o narcisismo o
desvio do objeto do sexo, então estaria no campo das perversões, todavia Freud não
sustenta este conceito e em 1914 em sua obra Introdução ao Narcisismo nos condessa o
Narcisismo em basicamente em: libido do eu e Libido do objeto; Narcisismo primário e
Narcisismo secundário e eu ideal e ideal de eu.
O QUE É NARCISISMO
• Observado a oposição no destino entre a diferença na libido do eu e o libido do objeto, tratando do
libido indo e vindo para o outro, do objeto e para o eu, do eu para o objeto. E analisar a
consequência e suas direções na existência do sujeito é a distinção do libido, a parte do eu e de
uma outra que se liga a objetos, a separação e sequências, uma outra pulsão sexual e pulsão eu,
pode direcionar transferências impostas (neurose obsessivas, histerias paranoias).
• Conforme os estudos de Freud, o narcisismo e o estudo das parafrenias assim como as neuroses de
transferências que rastreiam os impulsos instintuais libidinais a paranoia do eu, a partir do
exageros e distorções que aparentemente são normais ou simples. Apresentar essa diferença de
afeições e neurose de transferência do eu e a força a ligação imediata o libido liberado pelo objeto
simbólico, e retornado para eu (sujeito é como se houvesse uma megalomania do psíquico.
PULSÃO X INSTINTO
• A pulsão para os humanos vai muito além do que é o instinto para os outros animais. A
necessidade de dormir, comer e respirar é comum a todos nós, mas é garantido que você
nunca viu um animal fazer greve de fome, por exemplo. Somos impulsionados por
desejos complexos, que não se resumem à satisfação das nossas necessidades básicas.
• A linguagem é exclusivamente humana e, para Freud, somos pessoas no mundo e nos
relacionamos com a realidade a partir de uma mediação feita pelo simbólico. No entanto,
há algo que escapa, uma espécie de sobra, uma limitação do que as palavras podem
representar ao traduzir a realidade. Essa falta é o que nos movimenta, estamos sempre
atrás de algo e essa busca por sentido é o movimento da pulsão.
PULSÃO X INSTINTO
• Os instintos são uma forma de energia fisiológica transformada que liga as necessidades do corpo com
os desejos da mente. (Fisiológico).
• Comportamento hereditário animal. Os estímulos para instintos de fome e sede, por exemplo, são
internos.
• Quando uma necessidade como a fome é despertada no corpo, gera uma situação de excitação !
siológica ou energia.
• A mente transforma essa energia corporal em um desejo. É esse desejo - a representação mental da
necessidade fisiológica -, que é o instinto ou a força impulsora que mova a pessoa a se comportar de
uma forma que satisfaça a necessidade.
• Uma pessoa com fome, por exemplo, vai procurar comida. O instinto não ê o estado corporal (a fome),
mas a necessidade corporal transformada em um estado mental, um desejo
PULSÃO X INSTINTO
• A Pulsão nos aparece como um conceito-limite entre o somático e o psíquico,
como o representante psíquico dos estímulos oriundos do interior do corpo e
que atingem a alma, como uma medida do trabalho imposto à psique por sua
ligação com o corpo.
• A pulsão seria, para Freud, uma exigência de trabalho. Um impulso que tem
como objetivo, a conservação e o alívio das tensões. O autor diferencia alguns
tipos de pulsão, mas todos eles teriam a missão de apaziguar uma falta
originária que é motivo de angústia.
PULSÃO X INSTINTO
• O instinto é hereditário, repetitivo, não está ligado ao psiquismo
• FONTE
• FORÇA
• FINALIDADE
• OBJETO
UMA PARADINHA PARA ENTENDER O
QUE É LIBIDO
• A Libido é composta por uma força psíquica e instintiva, e se realiza através de investimentos
energéticos que movimentam o indivíduo em prol de um objetivo e do alcance da satisfação.
• Mas essa satisfação não está restrita ao desejo sexual, pelo contrário, está ligada ao que Freud
chamou de Pulsão de vida, algo que motiva a própria existência do indivíduo. Em virtude
dessa natureza pulsional e interconectada com o próprio instinto de sobrevivência do
ser humano, podemos inclusive afirmar que, quanto menor a Libido, maiores são as
probabilidades de uma pessoa desenvolver transtornos ligados à Depressão.
• Compreende-se então que, a Libido é uma força motivadora da vida e, como tal, transpassa
todas as instâncias da Psiquê humana, dela dependendo as motivações para a vida e para a
existência de um indivíduo.
DESENVOLVIMENTO DA LIBIDO
• Cada fase do desenvolvimento da Libido é composta por descobertas e aprendizados específicos e
vivenciar cada uma delas de modo satisfatório, conseguindo resolver os conflitos inerentes a elas é
o que possibilita o alcance de uma dinâmica mental saudável na fase adulta. Quando isso não é
possível, ocorrem as fixações. 4. As fixações
• Comportamentos exagerados ou destoantes da realidade podem revelar fixações da mente de um
indivíduo em alguma das fases de desenvolvimento da Libido. Essas fixações se instalam durante
as etapas do desenvolvimento psicossexual de uma pessoa quando ocorrem traumas ou
vivências intensas de determinadas experiências subjetivas durante alguma dessas fases.
• Falar, comer, beber e/ou fumar excessivamente, ter uma inclinação para a “fofoca”, por
exemplo, podem sinalizar pontos de fixação na fase oral, já que é nesta etapa de
desenvolvimento que surgem os conflitos ligados à dependência, ao medo do desamparo
e à tolerância à frustração.
Narcisismo e Homossexualismo
PERVERSÃO NA CULTURA
• Quando se fala em perversão, se fala em uma grande confusão de
conceitos nos diversos campos do saber. Se pensarmos no sujeito, e na
avalanche de definições que a linguagem oferece a ele desde pequeno,
quase sempre carregadas de aspectos negativos, podemos imaginar a carga
imposta aos que se julgam “perversos”, de acordo com o que ouvem ao
longo de seu desenvolvimento.
NOÇÕES DIFERENTES DE PERVERSÃO
• “Substantivo empregado para designar atos e pensamentos de uma pessoa má”
• “define um quadro no qual o individuo encontra prazer enquanto outra pessoa sofre…”
• :”prende-se com o fato de alterar o bom gosto os costumes considerados saudáveis e
normais…”
• “refere-se à alteração da condição natural ou da ordem habitual das coisas…”
• Se buscarmos seu significado em um dicionário culto, como o Houaiss,
encontramos: “termo que designa desvios do comportamento e das
práticas sexuais normais ou assim consideradas”.
• Embora o termo “perversão” tenha sido banido dos diagnósticos
psiquiátricos, tendo sido sucedido pelo termo parafilias termo derivado do
grego, que junta: para (a margem de) e filia (amor), ou seja, a parafilia se
classifica como uma conduta de índole sexual em que a pessoa não goza
pela relação íntima em si, mas obtém antes o prazer de outra ação
relacionada. Vale ressaltar que jamais se provou a existência de uma
alteração orgânica ou psicológica que explique as parafilias, e que a
homossexualidade já foi classificada assim na psiquiatria.
HOMOSSEXUALIDADE NA
PSICANÁLISE
Para Freud, toda sexualidade é perversa, se analisada à luz do modelo home-
mulher-finalidade. À Psicanálise não interessa o objeto da pulsão, e sim seus
destinos e vicissitudes. O que está em questão, objetivamente, é o como o
sujeito lida com seu desejo, e não a que objeto ele é dirigido.
Diferença entre Neurose, Psicose e Perversão
• Neurose: o indivíduo está na realidade, mas administra aa realidade muito
mal;
• Psicótico: Foge a realidade e cria uma realidade paralela, só deles.
Exemplos: Esquizofrênicos e paranóicos;
• Perversão: Sob a óptica do Freud, o indivíduo não é neurótico e nem
psicótico. Ele tem desejos, põe em prática e não sente culpa. Essas são
noções freudianas do século XVIII
E o que isso tem a ver com narcisismo?