Escravidão
Submissão de um indivíduo a outro,
independente da sua vontade.
Resistência
Oposição, reação, recusa de submissão
à vontade de outrem...
Liberdade
Faculdade de escolher seu caminho
e de que maneira trilhá-lo.
A escravidão foi uma prática perversa, diversificada a maneira de aplicação
entre os povos que a adotaram:
Povos trazidos para o Brasil destacam-se os bantos e os sudaneses.
MESOPOTAMICOS, GREGOS, ROMANOS, ASTECAS, INCAS.
(...)
Presa nos elos de uma
só cadeia,
A multidão faminta
cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira,
outro enlouquece,
Outro, que martírios
embrutece,
Cantando, geme e ri!
(...)
NAVIO NEGREIRO –
CASTRO ALVES
AMAS DE LEITE
Era comum, nas
casas-grandes dos
engenhos, as negras
servirem de amas de
leite para os filhos
dos senhores.
OS ESCRAVOS DENTRO DA CASA
GRANDE
A expectativa de vida
de um escravo, durante
seu trabalho na lavoura
Aristocratas
da cana de açúcar, era
senhor de engenho
de, aproximadamente,
Homens Livres 10 anos.
senhor de terras sem
engenho, ferreiro,
carpinteiro, capataz, etc.
Escravos
“mão e pés do senhor”
A Sociedade do Açúcar
A abolição da escravatura e o fim
do Império
Abolição lenta e gradual
Cronologia referente a extinção da escravidão
1810 – Tratados de Comércio e Navegação/Aliança e Amizade: foi
introduzida uma cláusula segundo a qual somente nas colônias
portuguesas de : Angola, Moçambique e Guiné poderiam ser
capturados os escravos.
1815 – Proibição da captura de escravos nas regiões africanas ao
norte do Equador
1827 – Comprometimento do Brasil com a Inglaterra a encerra r
definitivamente a importação de escravos (a proibição começou a
vigorar em 1830)
Estas leis são denominadas na história de
“leis para inglês ver”
• Com o passar do tempo, as
autoridades de Londres finalmente
perceberam que todas as leis não
foram executadas , e irritados,
começaram a pressionar o Brasil
•1844 – Tarifa Alves Branco : acabou
com as taxas alfandegárias, que
beneficiavam a Inglaterra
•Em represália os ingleses decretam o
Bill Aberdeen
1845 – Bill Aberdeen
• O parlamento inglês aprovou que
a marinha inglesa poderia
aprisionar os navios negreiros em
qualquer lugar, inclusive em águas
territoriais de outras nações
• O Bill Aberdeen gerou um
crescimento no tráfico negreiro
1850 – Lei Eusébio de Queirós
• Proibição pela 2ª vez da entrada de escravos no país. (dessa vez as
autoridades se empenharam de verdade e, em pouco mais de quatro
anos, a importação de escravos estava definitivamente extinta)
Consequências da abolição do tráfico
Cessava a única fonte de abastecimento do sistema
produtivo brasileiro
Devido às péssimas condições de vida, a mortalidade dos
escravos era maior que a natalidade = Falta de mão-de-obra
Substituição da mão-de-obra escrava pelo imigrante
Capital aplicado no tráfico negreiro voltou-se para
atividades urbanas, tais como bancos, comércio, indústria
entre outros.
A IMIGRAÇÃO
• Iniciada no período joanino (1808-1820)
• As primeiras colônias de imigrantes localizavam-se: BA, ES,
RJ, SP, SC, RS
• 1847 – Início da imigração financiada pelos fazendeiros
(Senador Vergueiro – Ibicaba/SP)
• Este tipo de imigração malogrou devido aos imigrantes
adquirirem muitas dívidas com os fazendeiros.
1870 – Imigração subvencionada pelo governo
O governo assumiu a tarefa de trazer para o Brasil imigrantes
europeus, pagando-lhes a passagem
O imigrante assinava um contrato que previa um pagamento
dividido em duas partes: um salário fixo mensal + quantia
proporcional ao volume de café colhido
Além de causar um sério abalo na escravidão, o crescimento da
imigração e do trabalho assalariado em São Paulo forneceu
dois elementos que contribuíram para a futura transformação
do território paulista no maior centro industrial do país
(mercado consumidor interno e mão-de-obra especializada)
Para dificultar a aquisição de terras por imigrantes e ex-
escravos
1850 – Lei de Terras: determinava como poderiam ser
adquiridas as terras públicas (as terras sem dono, que
naquela época ainda constituíam a maior parte do
território nacional == TERRAS DEVOLUTAS), só poderiam
ser adquiridas por meio da compra.
• Movimento abolicionista: intelectuais, camadas médias
urbanas, setores do exército.
• Cafeicultores do Oeste Paulista defendiam abolição lenta e
gradual
• Prolongamento da escravidão por meio de leis inócuas:
• Lei do Ventre Livre ou Lei Visconde de Rio Branco (1871).
• Lei dos Sexagenários ou Saraiva - Cotegipe (1885).
• Radicalização do movimento abolicionista – caifazes
(organizado por Antonio Bento de Sousa e Castro, advogado, juiz e
maçom no bojo do movimento abolicionista paulista)
• Lei Áurea (1888):
• Fim da escravidão sem indenizações.
• Marginalização de negros.
• Crise política do império.
A CRISE GERAL DO IMPÉRIO
(a partir de 1870)
Questão Republicana:
◦ 1870: Manifesto Republicano (RJ) – dissidência radical do Partido Liberal.
◦ 1873: Fundação do PRP (Partido Republicano Paulista), vinculado a
importantes cafeicultores do Estado. Convenção de Itu.
◦ Descompasso entre poderio econômico dos cafeicultores do Oeste Paulista
e sua pequena participação política.
◦ Abolicionismo em contradição com o escravismo defendido por velhas
elites aristocráticas cariocas.
◦ Idéia do Federalismo – maior autonomia estadual.
◦ Apoio de classes médias urbanas, também pouco representadas pelo
governo imperial.
A CRISE GERAL DO IMPÉRIO
(a partir de 1870)
Questão militar:
◦ Exército desprestigiado pelo governo: baixos soldos, pouca aparelhagem e
investimentos.
◦ Exército fortalecido nacionalmente após a Guerra do Paraguai.
◦ Punições do governo a oficiais que manifestavam-se politicamente.
Sena Madureira, Cunha Matos.
◦ Penetração de idéias abolicionistas e republicanas positivistas nos quadros do
exército associam o Império ao atraso institucional e tecnológico do país.
A CRISE GERAL DO IMPÉRIO
(a partir de 1870)
• A questão religiosa:
• Igreja atrelada ao Estado (Constituição de 1824)
• Padroado e Beneplácito.
• 1864 – Bula Syllabus (Papa Pio IX): maçons expulsos
dos quadros da Igreja.
• D. Pedro II proíbe tal determinação no Brasil.
• A questão religiosa:
– Bispos de Olinda e Belém
descumprem imperador e são
presos.
– Posteriormente anistiados.
– Igreja deixa de prestar apoio
ao Imperador.
• Questão Abolicionista:
• Abolição da Escravidão (1888)
. retira do governo imperial sua
última base de sustentação:
aristocracia tradicional.
• Império é atacado por todos os
setores, sendo associado ao
atraso e decadência.
• A Proclamação da República (15/11/1889):
• 1888 – D. Pedro II tenta implementar
reformas políticas inspiradas no
republicanismo através do Visconde de Ouro
Preto:
• Autonomia provincial, liberdade de culto e ensino,
senado temporário, facilidades de crédito...
• Reformas negadas pelo parlamento que é
dissolvido pelo imperador.
• Republicanos espalham boatos de supostas
prisões de líderes militares.
• Marechal Deodoro da Fonseca lidera
rebelião que depõe D. Pedro II.
1- A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação
ou de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e (ou) negras e amarelas.
Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV,
do continente africano e de seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento
esse que abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à
escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e de seus povos. K. Munanga.
Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no Brasil. In: Diversidade na
educação: reflexões e experiências. Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37. Com relação ao
assunto tratado no texto acima, é correto afirmar que:
a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao descobrimento desse continente.
b) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse continente.
c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil.
d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão europeia do início da Idade Moderna.
e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre esse continente e a Europa.
2-A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito menos por
insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil, como o
foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma revolução, como
aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população livre. É no
Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças das
cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade. NABUCO, J. O abolicionismo
[1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha, 2000 (adaptado). No texto,
Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim da
escravidão no Brasil, no qual:
a)copiava o modelo haitiano de emancipação negra.
b) incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais..
c) optava pela via legalista de libertação.
d) priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores.
e) antecipava a libertação paternalista dos cativos.
3-enem2021-No anúncio publicado na
segunda metade do século XIX, qual a
estratégia de resistência escrava
apresentada?
a)Criação de relações de trabalho.
b)Fundação de territórios
quilombolas.
c)Suavização da aplicação de
normas.
d)Regularização das funções da
remuneradas.
e)Constituição de economia de
subsistência.
4-ENEM 2021 - De um lado, ancorados pela prática médica europeia, por outro,
pela terapêutica indígena, com seu amplo uso da flora nativa, os jesuítas foram
os reais iniciadores do exercício de uma medicina híbrida que se tomou marca
do Brasil colonial. Alguns religiosos vinham de Portugal já versados nas artes
de curar, mas a maioria aprendeu na prática diária as funções que deveriam ser
atribuidas a um físico, cirurgião, barbeiro ou boticário. GURGEL, C. Doenças e
curas: o Brasil nos primeiros séculos. São Paulo: Contexto 2010, (adaptado).
Conforme o texto, o que caracteriza a construção da prática medicinal descrita
é a e adoção de rituais místicos.
a) adoção de rituais místicos.
b) rejeição dos dogmas cristãos.
c) superação da tradição popular.
d) imposição da farmacologia nativa.
e) conjugação de saberes empíricos
5-Em 1865 a Constituição norte-americana acabou com a escravidão nos EUA, e o Estado
assumiu a responsabilidade pelos libertos, garantindo registro de identidade, oferecendo
terras para o cultivo e reunindo parentes que haviam se espalhado no período da
escravidão. No Brasil, em 1888, com o fim da escravidão, nada foi oferecido pela
Monarquia aos libertos além da liberdade — nem escolas, nem terras e muito menos
direitos civis, como o registro de identidade. PAMPLONA, M. A. Direitos suados e
lembrados. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 66, mar. 2011 (adaptado). O texto
compara o tratamento dado aos ex-escravos, libertados com o fim da escravidão, no Brasil
e nos EUA em fins do século XIX. Comparando as ações dos dois países, os direitos dos
libertos foram
A- ampliados pelas leis brasileiras.
B - respeitados nos dois países.
C - garantidos no Brasil.
D - maiores nos Estados Unidos.
6-Incorria em pena de morte quem batesse num escravo ou
mudasse de roupa perto da estátua do imperador de Roma, quem
entrasse nas latrinas ou no prostíbulo com uma moeda ou um anel
que tivesse a sua imagem. SUETÔNIO. A vida dos doze césares. Rio
de Janeiro: Ediouro, 2003 (adaptado).
A punição descrita mostra que, nesse período da Roma Antiga,
dava-se grande importância para a
A- figura dos governantes.
B - atividade dos artistas.
C - educação dos cidadãos.
D - higiene da população.