MATERIAIS ELÉTRICOS/ MAGNÉTICOS
CONDUTORES: permitem que a corrente elétrica
circule livremente. Ex.: cobre, alumínio ouro, prata.
ISOLANTES OU DIELÉTRICOS: não permite que a
corrente elétrica flua pelo material. Ex.: vidro, cerâmica,
polímeros.
SEMICONDUTORES: tem condução de corrente
elétrica intermediária entre condutor e isolante. Ex.:
silício, germânio, arsenieto de gálio.
MATERIAIS MAGNÉTICOS: interagem com campos
magnéticos. Ex.: ferro, níquel, cobalto e gadolínio.
LIGAÇÕES QUÍMICAS
IÔNICA
METÁLICA
MATERIAIS ELÉTRICOS – CAMPO ELÉTRICO
MATERIAIS ELÉTRICOS
CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS ELÉTRICOS
SEGUNDO A RESISTIVIDADE
RESISTIVIDADE
MATERIAIS ELÉTRICOS
MATERIAIS ELÉTRICOS E LIGAÇÃO
QUÍMICA
Condutores = metálica = mar de elétrons: cobre, alumínio,
ouro, prata
Semicondutores = covalente (compartilhamento de
elétrons): silício, germânio, arsenieto de gálio;
Isolantes = covalente e iônica: cerâmica, vidro
Outros: Polímeros condutores; grafite, nanotubos de carbono
CONDUTORES
ISOLANTES OU DIELÉTRICOS
MATERIAIS CONDUTORES
PROPRIEDADES
Condutividade elétrica
Resistividade elétrica
Condutividade térmica
Maleabilidade
Ductilidade
Permeabilidade magnética
MATERIAIS SEMICONDUTORES
Século XIX primeiros dispositivos de materiais
semicondutores
1947 transistor
encontrados nos chips de microprocessadores, em diodos
e dispositivos fotossensíveis. Tudo que é
computadorizado ou que utiliza ondas de rádio depende
de semicondutores.
SILÍCIO (SI)
Elemento ametálico
família 4 A
Faz 4 ligações covalentes
Não há elétrons livres =
isolante.
Germânio (Ge) mesmas
características.
TEORIA DA BANDA DE ENERGIA
DISPOSITIVOS SEMICONDUTORES
exige-se um grau de pureza extremamente elevado (da
ordem de 99,999999999%)
equivale a um grama de impurezas, no máximo, em cada
10.000 toneladas de material semicondutor
SC intrínseco apenas Si ou Ge
aparecimento de portadores de carga (elétrons e lacunas
livres):
da geração térmica de portadores:
incidência de feixe de luz = dispositivos fotossensíveis
e;
a dopagem.
MATERIAL TIPO N (IMPUREZAS
DOADORAS)
• processo químico
adequado= substituição,
num cristal de silício puro,
átomos de silício por
átomos arsênio.
• átomos pentavalentes (As,
P, Sb)
• elétrons livres são gerados
• conduz corrente elétrica
MATERIAL TIPO P
• processo químico
adequado=
substituição, num
cristal de silício
puro, átomos de
silício por átomos
boro,B.
• átomos trivalentes
(Al, B, Ga e In)
• Lacunas são geradas
• conduz corrente
elétrica.
MATERIAIS ISOLANTES OU
DIELÉTRICOS
Materiais que apresentam uma considerável
resistência a passagem de corrente elétrica.
(iônicos e covalentes)
Tem alta resistividade.
Elevado poder refrigerante.
Não tóxico.
Não corrosivo.
Podem ser sólidos, líquidos ou gasosos.
Os isolantes mais comuns são: vidro, louça, porcelana,
borracha, ebonite, madeira seca, baquelite, algodão,
seda, lã, parafina, enxofre, resinas, água pura, ar seco,
etc
MATERIAIS ISOLANTES /
DIELÉTRICOS
O papel dos dielétricos na eletrotécnica é muito importante
e tem dois aspectos:
realizaro isolamento entre os condutores, entre estes e a
massa ou a terra, ou ainda, entre eles e qualquer outra
massa metálica existente na sua vizinhança;
modificar, em proporções importantes, o valor do campo
elétrico existente em determinado local.
APLICAÇÕES
polímeros
Fita isolante líquida
Vidro ar
cerâmica
Para raio
cerâmica
Luva isolante de
borracha natural
APLICAÇÃO
O ar, como isolante, é amplamente usado entre todos os
condutores sem isolamento sólido ou líquido, como, por
exemplo, nas redes elétricas de transmissão e
eventualmente de distribuição, onde os condutores são
fixados a certa altura através de cruzetas, ou de braços,
os quais, fixos a postes ou torres, são equipados com
isoladores (de porcelana, vidro ou resina com borracha ).
APLICAÇÃO
Os isolantes líquidos atuam geralmente em duas áreas, ou seja
a refrigeração e a isolação. Seu efeito refrigerante é o de
retirar o calor gerado internamente ao elemento condutor,
transferindo-o aos radiadores de calor, mantendo, assim, dentro
de níveis admissíveis o aquecimento do equipamento.
Os óleos minerais isolantes são processados através de uma
rigorosa purificação. Seu uso está concentrado nos
transformadores, cabos, capacitores e chaves a óleo.
O askarel:não é inflamável. Atualmente substituído pelos
silicones, pois é tóxico devido a presença de HCl. Mais caro
que óleo mineral (10 x)
SF6 HEXAFLUORETO DE ENXOFRE
é um gás que é usado em equipamento de energia elétrica.
É transparente, inodoro, não inflamável e quimicamente
estável.
Pode efetivamente extinguir arcos elétricos nos aparelhos de
alta e média tensão.
É 6 vezes mais pesado que o ar.
usado em subestações, como um isolador e meio refrescante
em transformadores e como um isolador e extintor de arco
eléctrico em interruptores para aplicações de alta e média
tensão. Estes são sistemas fechados que estão extremamente
seguros e livres de improváveis fugas.
MATERIAIS CERÂMICOS
grupo de materiais de elevado ponto de fusão, que em
geral, são manufaturados a frio na forma plástica e que
sofrem processos de queima até temperaturas de
2000ºC. Apenas após a queima, o material adquire as
características que permitem seu uso técnico.
As matérias primas mais importantes são o quartzo, o
feldspato, o caulim e a argila, havendo ainda uma série
de aditivos em menor porcentagem mas de influência
sensível no produto resultante.
MATERIAIS CERÂMICOS
a) aspecto térmico - o componente que influi termicamente é o
quartzo; portanto, quanto maior sua porcentagem, maior é a
temperatura suportada por essa porcelana;
b) aspecto dielétrico - é o feldspato o componente que define o
comportamento isolante, ou seja,os valores de rigidez dielétrica, o
fator de perdas, etc;
c) aspecto mecânico - a exemplo da grande maioria dos demais
materiais isolantes, os esforços melhor suportados pelos mesmos, são
os de compressão, apresentando perante essas solicitações, valores
dez vezes superiores aos de tração. Esses valores são conseqüência
da porcentagem de argila e caulim presentes na massa cerâmica.
MATERIAIS CERÂMICOS
1. Porcelana de isoladores Destinada à fabricação de
isoladores de baixa, média e alta-tensão, para redes elétricas,
dispositivos de comando, transformadores, etc. Deve apresentar
comportamentos elétrico e mecânico adequado.
2. Cerâmica de capacitores. Distingue-se pela elevada
constante dielétrica, aplicando-se em capacitores de baixa e
alta-tensão. Não são solicitados por esforços mecânicos
elevados.
3. Cerâmica porosa. Próprios para receber fios resistivos
destinados à fabricação de resistores de fornos elétricos e de
câmaras de extinção
O QUE É CAPACITOR
Pode ser entendido como um
par de condutores (placas)
separados por um material
isolante (dielétrico). Quando
uma diferença de potencial
(tensão) é aplicada a esse par
de condutores, um campo
elétrico é gerado no
dielétrico. Esse campo é
capaz de armazenar
energia, de onde vem o
nome "condensador" para
esse componente.
O QUE É CAPACITOR
Os capacitores são formados
por diversas placas,
dispostas de maneira a
aumentar a superfície das
mesmas e obter uma maior
capacitância.
CARACTERÍSTICAS DE DIELÉTRICO
Constante dielétrica (K ou ε ): propriedade do
material isolante utilizado em capacitores que influi na
capacitância total do dispositivo. Também chamada de
permissividade ε
K ou ε = Q / Q0
É adimensional
Q = carga do capacitor com o dielétrico
Q0 = carga do capacitor quando o dielétrico é o vácuo.
Mantendo as mesmas dimensões: área e distância entre
as placas
CAPACITÂNCIA
Capacitância ou capacidade é a grandeza elétrica de
um capacitor, que é determinada pela quantidade de
energia elétrica que pode ser armazenada em si por uma
determinada tensão e pela quantidade de corrente
alternada que atravessa o capacitor numa determinada
frequência.
CARACTERÍSTICA DO DIELÉTRICO
A capacitância depende da constante dielétrica
(permissividade) do meio entre as placas e das
propriedades geométricas.
C = ε0 x A / d ( se entre as placas existir vácuo)
C = ε x A / d (um dielétrico de permissividade absoluta
ε)
Unidade de C: F (faraday)
onde:
ε0 = permissividade do vácuo (ε0 = 8,85 x 10-12 F/m);
A = área coberta pelo capacitor;
d = distância entre as placas.
εr = permissividade relativa (εr = ε / ε0)
CARACTERÍSTICA DO DIELÉTRICO
Q=CxU
onde:
Q = carga em coulomb (C);
C = capacitância em faraday (F ou C/V);
U = tensão aplicada em volt (V).
U=Exd
onde:
E = intensidade do campo elétrico (V/m);
d = distância (m)
RIGIDEZ DIELÉTRICA
Quando submetido a um campo elétrico muito alto o
dielétrico se rompe e se torna condutor.
Maior valor do campo elétrico aplicado ao
dielétrico sem que ele se torne condutor.
As faíscas e os relâmpagos são exemplos típicos desse
fenômeno que chamamos de ruptura dielétrica.
Para o ar, ele ocorre para campos elétricos da ordem de
3 x 10⁶ V/m.
RIGIDEZ DIELÉTRICA
Material Rigidez Dielétrica (V/m)
Ar 3 x 106
Baquelite 24 x 106
Borracha de Neopreno 12 x 106
Nylon 14 x 106
Papel 16 x 106
Poliestireno 24 x 106
Vidro Pyrex 14 x 106
Quartzo 8 x 106
Óleo de Silicone 15 x 106
Titanato de Estrôncio 8 x 106
Teflon 60 x 106
MATERIAIS MAGNÉTICOS
Propriedade magnética dos átomos vêm de:
Elementos químicos com número de elétrons de spin
positivo igual número de elétrons de spin negativo =>
insensibilidade magnética
Elementos químicos com número de elétrons de spin
positivo diferente número de elétrons de spin negativo
=> ferromagnéticos
Ex.: ferro, níquel, cobalto e gadolínio. Ligas como Mn-Bi
(manganês-bismuto) e cerâmicas como NiFe2O3,
BaFe12O19 também são ditas magnéticas.
PROPRIEDADES MAGNÉTICAS
Permeabilidade magnética: é a medida do campo
magnético no interior de um material –é a resposta do
material a ação de um campo magnetizante externo:
B = campo magnético interno = indução
magnética ou densidade de fluxo magnético
µ = permeabilidade absoluta
H = campo magnetizante externo
PROPRIEDADES MAGNÉTICAS
SUSCEPTIBILIDADE MAGNÉTICA (designada por
χm) mede a capacidade que tem um material em
magnetizar-se sob a ação de um campo magnético - ao
qual este é submetido.
M = magnetização induzida, mensurada em ampere por
metro(A/m);
H = estimulação magnética, também em ampere por
metro (A/m); e
PARAMAGNÉTICOS
quando na presença de um campo magnético os mesmos
se alinham, fazendo surgir dessa forma um ímã que tem
a capacidade de provocar um leve aumento na
intensidade do valor do campo magnético em um
ponto qualquer. Esses materiais são fracamente
atraídos pelos ímãs.
Sua permeabilidade relativa é maior que 1
Exemplos: alumínio, platina, manganês, magnésio,
estanho e alguns sais de ferro, de cobalto e de níquel.
DIAMAGNÉTICOS
Observado em substâncias como: os cristais iônicos; os
gases nobres; cobre e bismuto.
Apresenta forma muito fraca de magnetismo.
É causado pela aplicação de um campo magnético que
altera a movimentação dos elétrons criando um campo
magnético contrário ao campo magnético aplicado.
Havendo então repulsão entre eles.
São encontrados em todos os materiais. Como é muito
fraco, só é percebido quando não há outro magnetismo
próximo.
Sua permeabilidade relativa é menor que 1 (u<1);
PROPRIEDADES MAGNÉTICAS
Susceptibilidade magnética de alguns materiais
Diamagnéticos χm Paramagnéticos χm
Bismuto -1,6 × 10-4 Oxigênio +1,9x10-6
Ouro -3,4×10-5 Sódio +8,5x10-6
Mercúrio -2,8x10-5 Titânio +1,8x10-6
Prata -2,4x10-5 Alumínio +2,1x10-5
Cobre -9,7x10-6 Tungstênio +7,8x10-5
Água -9,0×10-6 Platina +2,4x10-4
Dióxido de carbono -1,2x10-8 Oxigênio (líquido) +3,9x10-3
Hidrogênio -2,2x10-9 Gadolínio +4,8x10-1
PROPRIEDADES MAGNÉTICAS
Permalloy (Py) é uma liga de 80% de Níquel e 20% de
Ferro, que possui alta permeabilidade magnética.
CURVA DE HISTERESE
CURVA DE HISTERESE - TRANSFORMADOR
a) Remanência
b) Força coerciva
a) para o ar. Portanto, não há perda por histerese num transformador com
núcleo de ar
b) para um núcleo de ferro com material de boa qualidade. A curva
geralmente é aberta, de modo que existe uma pequena quantidade de perda
por histerese. Isto não pode ser evitado, mesmo os melhores materiais para o
núcleo têm uma pequena quantidade de perda por histerese.
c) forma quadrada; é um tipo de curva de histerese que você irá obter se usar
um ímã permanente no núcleo do transformador.