INSTRUMENTAÇÃO APLICADA
À MEDICINA NUCLEAR
Proteção Radiológica Específica
Prof. Silvana Reis
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA RADIOPROTEÇÃO
CONTAMINAÇÃO E IRRADIAÇÃO
FONTES SELADAS E NÃO SELADAS
REQUISITOS BÁSICOS PARA MANIPULAÇÃO DE
FONTES SELADAS E NÃO SELADAS – NN 3.05
Art. 12 O Indivíduo Ocupacionalmente Exposto, além das responsabilidades
citadas em outras resoluções da CNEN, deve:
I - informar ao Supervisor de Proteção Radiológica e a seus superiores qualquer
evento que, no seu entender, possa influir nos níveis de exposição, risco de
ocorrência de acidente ou comprometimento da proteção radiológica;
II - receber treinamento inicial em boas práticas de proteção radiológica em
medicina nuclear, laboratório e radiofarmácia abrangendo os tópicos mínimos
descritos no Anexo I;
III - participar dos treinamentos periódicos oferecidos pelo Serviço de Medicina
Nuclear;
IV - sempre que designado, utilizar adequadamente:
a) os instrumentos de medição da radiação fornecidos pelo Serviço de Medicina
Nuclear;
b) os monitores individuais de corpo inteiro e de extremidade fornecidos pelo
Serviço de Medicina Nuclear;
c) os equipamentos de diagnóstico; e
d) os equipamentos de proteção individual (EPI)
V - verificar a existência de contaminação radioativa nos
instrumentos de medição da radiação, bem como nos equipamentos
de diagnóstico, sempre que designado para o uso de tais
equipamentos, e notificar ao Supervisor de Proteção Radiológica
caso haja ocorrência de contaminação;
VI - comprovar o recebimento da notificação de doses resultantes
de sua monitoração individual mensal do corpo inteiro e o de
extremidades, quando aplicável;
VII - apresentar mensalmente ao Supervisor de Proteção
Radiológica e ao titular do Serviço de Medicina Nuclear os seus
históricos mensais de dose relativos a cada instalação radiativa na
qual atua;
VIII - executar, quando designado, as atividades do programa de
controle da qualidade em medicina nuclear;
IX - submeter-se aos exames periódicos colocados à disposição
pelo titular do Serviço de Medicina Nuclear; e
X - realizar, sempre que designado, as monitorações de acordo com
Art. 13 O Indivíduo Ocupacionalmente Exposto que manipula ou
administra radiofármaco deve:
I - armazenar corretamente os radionuclídeos e radiofármacos, de
acordo com as orientações do Serviço de Medicina Nuclear;
II - preparar e fracionar o radiofármaco em conformidade com os
protocolos estabelecidos pelo Serviço de Medicina Nuclear; e
III - registrar a atividade prescrita e a administrada ao Paciente
Injetado;
IV - antes de administrar o radiofármaco ao Paciente Injetado,
verificar:
a) a realização e registro do controle de qualidade dos
radiofármacos;
b) se a atividade e o radiofármaco estão em conformidade com o
prescrito pelo médico nuclear; e
c) a identificação inequívoca do Paciente Injetado.
Art. 14 O Serviço de Medicina Nuclear deve possuir as seguintes
dependências:
§1º O laboratório de manipulação e armazenamento de fontes
radioativas em uso deve possuir:
I - bancadas com superfícies impermeáveis, lisas, livres de
rachaduras, feitas de materiais que não promovam o
desprendimento de partículas e que permitam a fácil
descontaminação;
II - cuba com, no mínimo, 40 cm de profundidade;
III - torneira sem controle manual, de modo a evitar respingos ao
redor da cuba; e
IV - sistema de exaustão de ar, projetado de maneira a manter, no
local de manipulação do radiofármaco, os níveis de doses para
Indivíduos Ocupacionalmente Expostos dentro dos níveis
operacionais estabelecidos pelo Serviço de Medicina Nuclear
Art. 16 No caso da necessidade de preparo de alimentos para fins
de diagnóstico com radiofármacos, o Serviço de Medicina
Nuclear deve possuir local fisicamente delimitado e localizado
dentro das suas instalações.
§1° Deve constar no Plano de Proteção Radiológica:
I - a relação dos procedimentos médicos que necessitam de
preparo de alimentos;
II - o local destinado ao preparo; e
III - o detalhamento do preparado alimentício.
§2° O local destinado à preparação ou consumo de alimentos para
outros fins que não o diagnóstico com radiofármacos, deve ficar
em área livre e constar no Plano de Proteção Radiológica.
Art. 18 A circulação de fontes e rejeitos radioativos no interior das
instalações do Serviço de Medicina Nuclear deve estar prevista no
Plano de Proteção Radiológica e ocorrer dentro de blindagens
adequadas.
Parágrafo único. Não é permitida a existência de áreas livres cujo
acesso seja feito exclusivamente por áreas controladas ou
supervisionadas.
Art. 20 O Serviço de Medicina Nuclear deve possuir, no mínimo, os
seguintes materiais e instrumentos de medição da radiação:
I - equipamentos de proteção individual (EPI) e equipamentos de
proteção coletiva (EPC):
a) luvas descartáveis;
b) jalecos de manga longa;
c) transportadores blindados de frasco e seringa;
d) pinças com dimensões adequadas ao tipo de manipulação;
e) blindagem para manipulação, transporte e armazenamento de
fonte radioativas e rejeitos;
Art. 34 A manipulação dos radiofármacos deve ser feita em
bancada lisa, sem ranhuras, de fácil descontaminação, recoberta
com plástico e papel absorvente e provida de blindagem adequada
e suficiente.
Art. 35 O Indivíduo Ocupacionalmente Exposto que manipula ou
administra radiofármacos deve:
I - usar luvas descartáveis e jaleco de manga longa;
II - utilizar monitor individual de corpo inteiro, posicionado no
tórax; e
III - utilizar monitor individual de extremidade. Parágrafo único.
Os monitores individuais devem:
I - estar armazenados em área livre, devidamente descrita no Plano
de Proteção Radiológica;
II - ser de uso exclusivo do Serviço de Medicina Nuclear e do
Indivíduo Ocupacionalmente Exposto;
III - ser de uso específico para a prática de medicina nuclear; e
Art. 43 Deve ser realizada e registrada, diariamente e sempre que
houver suspeita de contaminação, a monitoração:
I - do corpo e vestimentas passíveis de contaminação; e
II - de superfícies passíveis de contaminação, levando-se em conta
o valor de referência obtido em área livre.
REJEITOS RADIOATIVOS