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Direitos e Benefícios da Demarcação de Terras Indígenas e Quilombolas

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Julia Menczigar
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2024_AF_V1

1 a
SÉRIE

Geografia

Demarcação de terras indígenas e


quilombolas no Brasil

4o bimestre – Aula 4
Ensino Médio
Conteúdos Objetivos

2024_AF_V1
● Direitos dos povos indígenas e ● Identificar algumas das
quilombolas; particularidades das comunidades
indígenas e quilombolas;
● Benefícios da demarcação de terras
para a preservação do meio ● Analisar o direito de acesso aos seus
ambiente e das culturas locais. territórios.
Para
começar

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5 MINUTOS COM SUAS
PALAVRAS
O que lhe vem à mente quando
falamos em quilombos e em
terras indígenas?
Em grupos, escrevam em seus cadernos
o que sabem sobre quilombos e terras
indígenas, incluindo:
● Quem são;
● Suas possíveis origens;
● Desafios atuais.

Aliança indígena-quilombola. Comissão Pró-Índio de São Paulo e do Iepé –


Instituto de Pesquisa e Formação Indígena.

Reprodução - CARLOS PENTEADO/COMISSÂO PRÓ ÍNDIO DE SÂO PAULO, [s.d.].


Disponível em: https://cpisp.org.br/quilombolas-em-oriximina/indios-e-quilombolas/alianca-
indigena-quilombola/. Acesso em: 8 ago. 2024.
Foco no
conteúdo

2024_AF_V1
O que são as terras indígenas e os quilombos?
● Terras indígenas: terras tradicionalmente ocupadas por povos indígenas, onde eles têm o
direito originário à posse permanente e ao usufruto exclusivo dos recursos naturais presentes
nelas. São essenciais para a sobrevivência física e cultural dos povos indígenas, permitindo a
preservação de suas tradições, culturas e modos de vida.
Demarcação: processo administrativo que envolve a identificação, delimitação, demarcação física,
homologação e registro das terras.

● Terras quilombolas: são terras doadas ou originalmente públicas ocupadas por descendentes
de africanos escravizados que formaram comunidades quilombolas como resistência à opressão
da escravidão. Essas terras são reconhecidas por sua ocupação tradicional e histórica, sendo
cruciais para a preservação da cultura, história e identidade das comunidades quilombolas,
permitindo a continuidade de suas práticas culturais e modos de vida.
Titulação: processo que envolve a certificação pela Fundação Cultural Palmares, a demarcação e a
titulação definitiva das terras pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

CONTINUA
Foco no
conteúdo

2024_AF_V1
Contextualização histórica das
comunidades quilombolas
Período colonial: Quilombos surgiram como
comunidades de resistência formadas por
africanos escravizados que fugiam da opressão.
O mais famoso é o Quilombo dos Palmares.
Século XIX: mesmo após a abolição da
escravidão em 1888, os quilombolas
continuaram a lutar pelo reconhecimento e pela
posse de suas terras, mas, assim como os
indígenas, foram sistematicamente perseguidos
e tiveram suas terras roubadas ou suprimidas.
Constituição de 1988: reconhecimento oficial
dos direitos das comunidades quilombolas,
incluindo o direito à propriedade definitiva de Artesanato tradicional quilombola
suas terras tradicionais (Art. 68 do Ato das © Getty Images
Disposições Constitucionais Transitórias).

Fonte: SANTOS; BRANDÃO; ANDRADE, 2021. CONTINUA


Foco no
conteúdo

2024_AF_V1
Direitos dos povos indígenas e quilombolas
Os direitos dos povos indígenas e quilombolas no Brasil são
garantidos pela Constituição Federal de 1988. Entre esses direitos,
“ "O termo originário
designa um direito
destaca-se o direito à posse e ao uso exclusivo de suas terras
tradicionais, reconhecido como "direito originário". Esse direito é anterior ao próprio
essencial para a preservação das culturas e tradições dessas Estado brasileiro, uma
comunidades, além de assegurar sua sobrevivência física e posse congênita,
cultural. legítima por si mesma,
A Constituição Federal de 1988: ao contrário da posse
adquirida que precisa
● Artigo 231: reconhece os direitos dos povos indígenas sobre
preencher os requisitos
suas terras tradicionais, garantindo a posse permanente e o
civilistas para o
usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos
nelas existentes. reconhecimento”
Lázaro Moreira da Silva
● Artigo 68 do ADCT: estabelece que, aos remanescentes das
comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras, Apud PEREIRA, 2022.
é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir
os títulos respectivos.
Fonte: BRASIL, 1998. CONTINUA
Foco no
conteúdo FICA A

2024_AF_V1
DICA
Benefícios da demarcação de terras Os serviços ambientais (ou
ecossistêmico, SE) são os
Além de ser um direito constitucional brasileiro e
benefícios que o ser
assegurado por acordos e convenções internacionais, a
humano obtém dos
demarcação de terras indígenas e quilombolas garante:
ecossistemas. Estes
● Valorização das culturas locais e da identidade incluem serviços de
nacional; provisão, tais como
● Preservação do multiculturalismo brasileiro; alimentos e água;
● Distribuição de renda e garantia dos direitos dos povos regulação, tais como a
originários e afro-brasileiros; regulação de inundações,
● Fortalecimento da agricultura familiar e da soberania secas, degradação do
alimentar brasileira. solo; serviços de suporte,
tais como formação do
solo e ciclagem de
nutrientes.
Fonte: EMBRAPA, [s.d.].

CONTINUA
Na
prática

2024_AF_V1
Observem as imagens de
satélite entre 1988 e 2020

● O que você vê nas imagens?


● Quais diferenças são notadas entre
a imagem de 1988 e de 2020?
● O que mantém a preservação da
vegetação original?
● Quais tipos de pressões os
indígenas podem estar sofrendo?

As áreas ocupadas por povos indígenas representam um quarto da


Amazônia e só perderam 1,5% da vegetação primária, tornando-se “ilhas
verdes” barrando supressão da floresta.

5 MINUTOS VIREM E Reprodução - CLIMAINFO, 2023. Disponível em:


CONVERSEM https://climainfo.org.br/2023/09/21/desmatamento-destroi-ate-92-no-entorno-de-terras
-indigenas-na-amazonia/
. Acesso em: 8 ago. 2024.
Encerrame
nto 5 MINUTOS COM SUAS

2024_AF_V1
PALAVRAS

Considerando que os povos indígenas e quilombolas têm uma ligação cultural e histórica
profunda com suas terras, como você acha que a falta de acesso a esses territórios impacta
sua identidade, cultura e bem-estar? Como podemos, como sociedade, apoiar o direito deles
de viver nessas áreas de forma digna e respeitosa?
2024_AF_V1
1 a
SÉRIE

Geografia

Demarcação de Terras Indígenas e


Quilombolas no Brasil: Desafios e
Avanços
4o bimestre - Aula 5
Ensino Médio
Foco no
conteúdo

2024_AF_V1
Direitos dos Povos Indígenas e Quilombolas
A Constituição de 1988 reconhece direitos importantes para os povos indígenas e
quilombolas no Brasil.
Para os indígenas, o texto constitucional garante o respeito às suas diferenças culturais,
costumes e tradições, reconhecendo seus direitos sobre terras que ocupam
tradicionalmente, anteriores até mesmo à formação do Estado brasileiro. O Decreto 5051/04
e a Convenção 169 da OIT reforçam esses direitos, assegurando a posse exclusiva das
terras e o respeito às suas tradições.
Para os quilombolas, a Constituição, através do artigo 68, reconhece a propriedade definitiva
das terras ocupadas por comunidades quilombolas. O Estado é obrigado a emitir títulos de
propriedade para essas terras e a formular políticas de proteção, que incluem a delimitação e
a demarcação delas. Esse reconhecimento é uma forma de compensar a opressão histórica
sofrida por essas comunidades, valorizando sua cultura e modo de vida.
Foco no
conteúdo

2024_AF_V1
Indígenas protestam
em frente ao STF
pela Demarcação
das Terras.

Reprodução – APIB,
2021. Disponível em:
https://apiboficial.org/20
21/06/07/stf-comeca-a-j
ulgar-futuro-da-demarca
cao-de-terras-indigenas-
nesta-semana/
. Acesso em: 9 ago.
2024.
Foco no
conteúdo

2024_AF_V1
Como é feita a demarcação de Terras Indígenas?
1. Estudos de Identificação:
● Nomeação de antropólogo pela FUNAI para estudo antropológico;
● Grupo técnico realiza estudos etno-históricos, sociológicos, jurídicos, cartográficos e
ambientais, além de levantamento fundiário;
● Grupo coordenado por antropólogo e preferencialmente composto por técnicos da FUNAI;
● Relatório circunstanciado é apresentado à FUNAI com dados específicos.

2. Aprovação da FUNAI:
● Relatório aprovado pelo Presidente da FUNAI;
● Publicação do resumo do relatório no Diário Oficial da União (DOU) e no Diário Oficial da
unidade federada correspondente, além de afixação na sede da Prefeitura local.
3. Contestações:
● Interessados têm até 90 dias após a publicação no DOU para manifestar-se;
● FUNAI tem 60 dias para elaborar pareceres sobre as contestações e encaminhá-los ao
Ministro da Justiça.
Fonte: PIB, 2024.
CONTINUA
Foco no
conteúdo

2024_AF_V1
Como é feita a demarcação de Terras Indígenas?
4. Declaração dos Limites da TI, Ministro da Justiça tem 30 dias para:
● Expedir portaria declarando os limites da área e determinar a demarcação física;
● Prescrever diligências a serem cumpridas em mais 90 dias;
● Ou desaprovar a identificação com decisão fundamentada no parágrafo 1 o do artigo 231 da
Constituição.
5. Demarcação Física:
● FUNAI promove a demarcação física da área;
● Incra reassenta eventuais ocupantes não indígenas.

6. Homologação:
● Procedimento de demarcação submetido ao Presidente da República para homologação por
decreto.
7. Registro:
● Terra demarcada e homologada registrada no cartório de imóveis da comarca e na Secretaria de
Patrimônio da União (SPU) em até 30 dias após a homologação.
Fonte: PIB, 2024.
Foco no
conteúdo

2024_AF_V1
Quilombolas
manifestam pela
Titulação de suas
Terras.

Reprodução -
PORTELA, 2017.
Disponivel em:
https://marcozero.org/jul
gamento-no-stf-pode-co
mprometer-89-processo
s-de-titulacao-de-terras-
quilombolas-em-tramitac
ao-em-pernambuco/
. Acesso em: 9 ago.
2024.
Foco no
conteúdo

2024_AF_V1
Como é feita a titulação de Terras Quilombolas?
1. Autodefinição
Processo interno de fortalecimento da identidade como remanescente de quilombo, que envolve:
● Reunião para deliberação sobre a autodefinição;
● Aprovação pela maioria dos moradores ou membros da comunidade;
● Produção de documentos como atas de reuniões, relatos históricos, fotos, estudos e
informações sobre bens materiais da comunidade.
2. Certificação pela Fundação Cultural Palmares
Para obter a certificação de autodefinição:
● Requerimento direcionado ao Presidente da Fundação Cultural Palmares com dados do
requerente;
● Relatório antropológico sobre a área quilombola;
● Planta, memorial descritivo do território e levantamento fundiário e agroambiental do território;
● Detalhamento da situação fundiária e sobreposição de interesses estatais e pareceres técnicos e
jurídicos.
Fonte: NUREF, [s.d.].
CONTINUA
Relemb
re

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Benefícios da Demarcação de Terras
Vamos relembrá-los, incluindo outros
relacionados a essa aula:
Ambientais Geopolíticos
Preservação do meio ambiente e Protagonismo brasileiro em debates
manutenção dos serviços ambientais. multiculturais e em agendas internacionais.
Jurídicos
Socioculturais
Diminuição de conflitos no sistema judiciário.
Valorização das culturas locais e da força da
identidade nacional. Humanos
Preservação do multiculturalismo brasileiro. Proteção e respeito pela dignidade de povos
inteiros, manutenção dos direitos humanos e
Econômicos respeito à Declaração Universal dos Direitos
Distribuição de renda e garantia dos direitos dos Humanos.
povos originários e afro-brasileiros.
Fortalecimento da agricultura familiar e da
soberania alimentar brasileira.
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1 a
SÉRIE

Geografia

Dados sobre as populações


indígena e quilombola

4o bimestre - Aula 6
Ensino Médio
Foco no
conteúdo DE OLHO NO

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MODELO
Distribuição da população indígena no Brasil

A população indígena residente no Brasil é de 1.694.836


pessoas, correspondendo a 0,83% do total. A Região Norte
concentra 44,48% da população indígena, com 753.780
pessoas indígenas. A Região Nordeste concentra 31,22%
(529.128), seguida da Região Centro-Oeste, com 11,81%
(200.153), da Região Sudeste, com 7,28% (123.434) e da
Região Sul, com 5,21% (88.341 pessoas indígenas).
Norte e Nordeste concentram 75,70% da população indígena
Reprodução - IBGE, [s.d.]. Disponível em:
https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/mapas.html?localidade=&reco
(IBGE, 2024).
rte=N3.
Acesso em: 8 ago. 2024. CONTINUA
Foco no DE OLHO NO
conteúdo MODELO

2024_AF_V1
Distribuição da população quilombola no Brasil

A população quilombola residente no Brasil é de 1.330.186


pessoas, correspondendo a 0,66% da população. A região que
concentra a maior quantidade de quilombolas é a Região
Nordeste, com 906.337 quilombolas, correspondendo a
68,14% da população quilombola, seguida da Região Sudeste
com 182.427 pessoas e a Região Norte com 167.311 pessoas,
ambas contabilizando 26,29% da população quilombola.
Responsáveis por 5,57% da população quilombola, as Regiões
Reprodução - IBGE, [s.d.]. Disponível em: Centro-Oeste e Sul têm 44.997 e 29.114 pessoas,
https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/mapas.html?localidade
=&recorte=N3. respectivamente (IBGE, 2024).
Acesso em: 8 ago. 2024.
Foco no
conteúdo

2024_AF_V1
Importância dos dados do Censo 2022
1. Compreensão Demográfica:
● População total: Identificação precisa do número de indígenas e quilombolas;
● Distribuição geográfica: Mapeamento da distribuição dessas populações nas diferentes
regiões do Brasil.
2. Análise Socioeconômica:
● Condições de vida: Avaliação das condições socioeconômicas (renda, educação,
saúde);
● Desigualdades: Identificação de disparidades e vulnerabilidades específicas.

3. Planejamento e Políticas Públicas:


● Formulação de políticas: Dados essenciais para a criação e implementação de políticas
públicas inclusivas;
● Distribuição de recursos: Alocação adequada de recursos governamentais para áreas
mais necessitadas.

CONTINUA
Foco no
conteúdo

2024_AF_V1
Importância dos dados do Censo 2022
4. Territorialidade:
● Demarcação de terras: Informações fundamentais para o processo de demarcação de
terras indígenas e quilombolas;
● Proteção do território: Subsídios para a proteção e gestão sustentável dos territórios
tradicionais.
5. Autoidentificação:
● Identidade cultural: Reforço da identidade e autoidentificação de indígenas e
quilombolas;
● Reconhecimento oficial: Dados que promovem o reconhecimento oficial dessas
populações pelo Estado.
DESTAQU
E
Importante destacar que o Censo 2022 possui mudanças metodológicas dos demais
e, por isso, teve um expressivo aumento das populações indígenas e quilombolas.
Foco no
conteúdo

2024_AF_V1
Importância do Censo para o desenvolvimento de políticas públicas
1. Planejamento Estratégico:
● Dados precisos: Fornece dados atualizados e precisos para a formulação de políticas
públicas eficazes;
● Identificação de necessidades: Ajuda a identificar as necessidades específicas das
populações indígenas e quilombolas.
2. Alocação de Recursos:
● Distribuição justa: Permite uma alocação mais justa e eficiente dos recursos financeiros
e humanos;
● Prioridades de investimento: Define prioridades de investimento em áreas como saúde,
educação, habitação e infraestrutura.
3. Monitoramento e Avaliação:
● Avaliação de impacto: Facilita o monitoramento e a avaliação contínua das políticas
públicas, garantindo que elas alcancem os resultados desejados;
● Ajustes necessários: Identifica áreas que necessitam de ajustes e melhorias nas
políticas existentes. CONTINUA
Foco no
conteúdo

2024_AF_V1
Importância do Censo para o desenvolvimento de políticas públicas
4. Inclusão Social e Redução das Desigualdades:
● Políticas inclusivas: Contribui para a criação de políticas públicas que promovam a
inclusão social e a equidade;
● Redução das desigualdades: Foca na redução das desigualdades étnico-raciais e na
promoção dos direitos das populações indígenas e quilombolas.
5. Proteção e Valorização Cultural:
● Reconhecimento cultural: Ajuda a proteger e valorizar as culturas e tradições indígenas
e quilombolas;
● Fortalecimento da identidade: Fortalece a identidade cultural dessas populações e
promove seu reconhecimento oficial.
6. Participação Social:
● Engajamento comunitário: Estimula a participação ativa das comunidades indígenas e
quilombolas no processo de elaboração de políticas públicas;
● Consultas e diálogos: Base para consultas e diálogos contínuos entre o governo e as
comunidades. CONTINUA
Na
prática 5 MINUTOS

2024_AF_V1
Evolução histórica dos dados
do Censo

O gráfico mostra uma grande evolução


do número de indígenas no Brasil
desde o Censo de 1991, o primeiro
registro específico de indígenas. O
Censo de 2022 foi histórico por incluir,
pela primeira vez, a categoria
quilombola.
Discuta, em pares, como a coleta e a
evolução dos dados demográficos de
grupos específicos podem impactar as
políticas públicas.
O Brasil indígena.

VIREM E Reprodução - ALEXANDRE AFFONSO/PESQUISA FAPESP, 2023. Disponível em:


https://revistapesquisa.fapesp.br/censo-traz-dados-ineditos-de-populacoes
CONVERSEM -quilombolas-e-indigenas/. Acesso em: 8 ago. 2024.
Foco no
conteúdo

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Autoidentificação, Heteroidentificação e o Censo 2022
Autoidentificação: Processo pelo qual um indivíduo ou um grupo se reconhece como
pertencente a uma determinada identidade étnica ou racial.
Heteroidentificação: Processo pelo qual terceiros (governo, sociedade) identificam um
indivíduo ou um grupo como pertencente a uma determinada identidade étnica ou racial.
Desafios da Autoidentificação:
● Complexidade de identidades: Indivíduos podem ter múltiplas identidades culturais e
étnicas, como negra e indígena;
● Reconhecimento social: A aceitação social e o reconhecimento legal da autoidentificação
podem ser difíceis de alcançar, dependendo do contexto local e das interseccionalidades
sofridas.
Desafios da Heteroidentificação:
● Preconceitos e estereótipos: A identificação por terceiros pode ser baseada em
estereótipos e preconceitos, ou carecer de dados e informações confiáveis. Assim, a
possibilidade de erros na classificação oficial é grande, afetando a precisão dos dados e
das políticas públicas.
• Fonte: DIAS; TAVARES JUNIOR, 2018. CONTINUA
Foco no
conteúdo

2024_AF_V1
Autoidentificação e Heteroidentificação
Importância da Autoidentificação:
● Empoderamento: Fortalece a autonomia e o reconhecimento da identidade cultural e
étnica;
● Políticas inclusivas: Garante que as políticas públicas sejam baseadas na autopercepção
das comunidades, promovendo maior inclusão e justiça.
Importância da Heteroidentificação:
● Dados estatísticos: Essencial para a coleta de dados estatísticos oficiais que orientam
políticas públicas;
● Reconhecimento oficial: Pode contribuir para o reconhecimento oficial e legal de
comunidades e seus direitos.
Equilíbrio Necessário:
● Reconhecimento mútuo: A melhor abordagem combina autoidentificação e
heteroidentificação, promovendo um diálogo entre comunidades e órgãos oficiais;
● Participação comunitária: Envolver as comunidades indígenas e quilombolas no processo
de identificação e classificação.
Fonte: DIAS; TAVARES JUNIOR, 2018. CONTINUA
Encerrame
nto

2024_AF_V1
5 MINUTOS COM SUAS
PALAVRAS

Como o levantamento de dados e as informações presentes no Censo Demográfico podem


influenciar a criação de políticas públicas e garantir os direitos das populações indígenas e
quilombolas? Por que é importante que esses dados sejam precisos e completos?
SÉRIE

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