Inclusão Escolar:
Realidade, Desafios e
Possibilidades
Natália Ramos
O MUNDO É DIVERSO E PLURAL, NO
ENTANTO, NEM SEMPRE AS DIFERENÇAS
SÃO ACOLHIDAS. MUITAS VEZES, QUEM
É DIFERENTE É EXCLUÍDO, O QUE CAUSA
SITUAÇÕES DE SEGREGAÇÃO E
PRECONCEITO. QUE TAL MUDAR UM
POUCO ESTE CENÁRIO?
UMA HISTÓRIA DE LUTAS E
CONQUISTAS
Ao falar da educação inclusiva, é crucial resgatar o histórico de
lutas, conquistas e estudos que consolidaram essa estratégia
pedagógica como um modelo de avanço educacional. Ao longo
da década de 90, a Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e movimentos sociais
em defesa dos direitos das pessoas com deficiência se
mobilizaram em torno desse tema, resultando na publicação de
importantes documentos. Desde a Declaração de
Salamanca (1994) até a Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência, adotada pela Organização das Nações
Unidas (ONU) em 2006 e incorporada à Constituição federal, na
forma da Lei Brasileira de Inclusão (LBI), em 2015, um amplo
cobertor legal se formou para amparar o combate à segregação
e ao capacitismo.
GESTÃO DEMOCRÁTICA E ADEQUAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO SÃO
BONS EXEMPLOS DE PRÁTICAS INCLUSIVAS NA ESCOLA.
Podemos pensar ainda em alguns exemplos de práticas inclusivas pela perspectiva da
gestão escolar:
•Capacitação:os gestores podem estimular e oferecer capacitações para os professores.
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) já é realidade em muitas instituições de
ensino.
•Adequação de instalações: é fundamental para que os alunos tenham mais autonomia.
Isso porque, espaços inclusivos trazem ao estudante a possibilidade de livre circulação na
escola.
•Material didático: o material didático é um fator importante dentro dos exemplos de
práticas inclusivas, não apenas por trazer informações, mas também por promover
a participação dos alunos nas aulas.
•Proximidade com os alunos e as famílias: com o intuito de implementar a gestão
escolar democrática, manter uma boa relação com alunos e famílias faz parte dos exemplos
de práticas inclusivas.
QUAIS SÃO AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
INCLUSIVAS?
•Acesso à educação para todos: conforme consta no Artigo 208 (Constituição Federal de
1988), existe a garantia de “atendimento educacional especializado as pessoas com
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. Dessa maneira, o aluno possui
amparo legal para ter todo o suporte do qual necessita para frequentar a escola de ensino
regular.
•Todo aluno se desenvolve: embora alguns alunos possam ter comprometimento
intelectual, mesmo que os resultados a longo prazo sejam pequenos, todos os estudantes
desenvolvem habilidades na escola, quando são incentivados ou desafiados. Ao mesmo
tempo que isso acontece, os educadores avaliam os resultados mediante empenho e
dedicação.
•O convívio escolar: é um grande exemplo de práticas inclusivas, pois contribui para o
respeito, a empatia e a significação de conhecimento de forma mais autônoma. O ritmo de
aprendizado é respeitado e o foco é descentralizado apenas do conteúdo. Em outras palavras,
o educador atua como mediador, buscando sempre atividades que agreguem valores junto ao
grupo.
Conhecer a diferença entre inclusão e
acessibilidade também é fundamental.
A acessibilidade ocorre quando os locais e equipamentos
disponíveis nos espaços estão adaptados para a utilização
dos alunos com deficiência, o que inclui, por exemplo,
as salas de recursos multifuncionais. Possibilitando, assim,
a inclusão. Contudo, não basta apenas oferecer as
adaptações de acessibilidade para praticar a inclusão,
também é preciso guiar e apoiar os alunos de forma
acolhedora para que sintam-se parte do processo. Isto é,
fornecer suporte socioemocional e informações.
PRÁTICAS INCLUSIVAS DIRECIONADAS PARA A SALA DE
AULA, QUE SERVEM DE INSPIRAÇÃO PARA OS EDUCADORES:
•Flexibilidade de brincadeiras: seja flexível ao propor brincadeiras. Discuta com os seus
alunos a ideia de desprender o gênero dos jogos, ou seja, sem discernir o que é brincadeira
de meninos ou meninas.
•Desenvolva uma rotina: ao mesmo tempo que contribui para a organização da sala em
geral, a determinação de uma rotina também ajuda no fortalecimento das funções
executivas. Desse modo, todos os alunos conseguem ir aos poucos aumentando seu senso de
autonomia e organização.
•Faça um bom planejamento: sugerir atividades interdisciplinares e incentivar a
participação dos alunos nas aulas são ações que partem de um bom planejamento, que
alinha o corpo docente às expectativas dos alunos e famílias.
•Realize atividades acessíveis a todos: no momento de planejar, todos os detalhes
devem ser pensados, inclusive aqueles que envolvem espaços físicos. Dessa forma, pensar
nas etapas da aula tendo como objetivo a participação de todos é um bom exemplo de
práticas inclusivas.
CONHECER E DEBATER COM OS ALUNOS OS CONCEITOS DE CAPACITISMO E
ACESSIBILIDADE SÃO EXEMPLOS DE PRÁTICAS INCLUSIVAS NA ESCOLA.
Dentro dos espaços educacionais, o debate sobre
exemplos de práticas inclusivas é muito relevante. Mas
antes de encaminhar a prática, é importante introduzir
à comunidade escolar o conceito de capacitismo.
No capacitismo, questiona-se a capacidade do outro, ou
seja, é um tipo de preconceito. Eliminar o capacitismo
dentro de uma instituição de ensino é papel de todos.
Diversidade é chamar para
festa.
Inclusão é chamar para
dançar.
OBSERVE... O QUE VOCÊ TEM
FEITO?
5 dicas para fazer adaptação de atividades na Educação
Inclusiva
1 - Conheça
Um dos primeiros passos é conhecer para quem você está planejando;
2 – Simplifique
Nem sempre é preciso estabelecer dois ou mais planejamentos;
3 - Metas
Estabeleça metas de curto prazo. Favorecendo a busca por estratégias mais
direcionadas;
5 dicas para fazer adaptação de atividades na Educação Inclusiva
4 - Parcerias
Busque parcerias: Elaborar material diferenciado leva tempo,
busque na própria escola parcerias na construção de materiais
diversificados e que possam ser compartilhados otimizando
assim o tempo e enriquecendo as aulas;
5 - Engajamento do grupo
Envolva todo grupo de alunos: Sempre traga o tema do respeito
ao tempo do outro, das habilidades individuais e das diferenças
para sua prática.
MÃO NA MASSA!
O que adaptar? Como adaptar? Por que
adaptar?
Seria isso possível?
Quantos planejamentos é preciso ter?
AVALIAÇÃO
ADAPTADA
AVALIAÇÃO NÃO ADAPTADA
QUAL NOMENCLATURA CORRETA?
Portador de necessidades especiais (PNE)
Pessoa com deficiência (PcD)
Pessoa com necessidades especiais
Portador de deficiência
Neurodivergente
Neurodiversa
Atípico
Especial
COMO DEVO CHAMAR MEU
ALUNO/EDUCANDO?
ESPECIA
L
PELO
DOIDIN
HO NOM PELO
CID
ALUNO
DE
INCLUSÃ
O
O QUE SÃO AS CRISES AUTISTAS?
As crises são episódios de comportamento
desafiador e, muitas vezes, intensamente
emocional que podem ocorrer em crianças
autistas.
Possíveis Gatilhos de Crises Autistas na
Escola
1. Sobrecarga Sensorial: Salas de aula barulhentas,
iluminação excessiva, texturas desconfortáveis em roupas ou
móveis podem sobrecarregar os sentidos das pesssoas
autistas.
2. Transições: Mudanças na rotina, como o início ou o fim das
aulas, podem ser desafiadoras para pessoas com autismo, que
muitas vezes preferem previsibilidade.
3. Interações Sociais: pessoas autistas podem enfrentar
dificuldades em compreender e participar de interações
sociais com colegas, o que pode ser fonte de estresse.
4. Tarefas Acadêmicas: Certas tarefas podem ser desafiadoras
para pessoas autistas, causando frustração e ansiedade.
5. Compreensão Limitada: A falta de compreensão sobre o
que é esperado deles ou o que está acontecendo no ambiente
escolar pode ser confusa para pessoas autistas.
Como Professores e Profissionais Devem Agir nas Crises
Lidar com crises autistas requer uma abordagem estruturada e empática.
Aqui estão algumas diretrizes sobre como agir durante uma crise:
1. Mantenha a Calma:
2. Garanta a Segurança:
3. Respeite o Espaço Pessoal:
4. Comunique-se de Forma Clara e Simples:
5. Reduza Estímulos Sensoriais:
6. Ofereça Apoio Emocional:
7. Registre Dados:
Como as aves, as pessoas são diferentes em seus
voos, mas iguais no direito de voar.
Obrigada!
Abraços inclusivos!!
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