REVISÃO COLEGIADA (AV2)
PSICOLOGIA DA
PERSONALIDADE
Professora: Adriana Romão
A ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
SEGUNDO CARL JUNG (1875 -1961)
Para Jung a personalidade total ou psique,
consiste em vários sistemas diferenciados,
mas interatuantes.
1. O ego
2. O Inconsciente pessoal e seus complexos
3. O inconsciente coletivo e seus arquétipos
O EGO
O ego é a mente consciente. O centro da
consciência. Ele é constituído por
percepções, memórias, pensamentos e
sentimentos conscientes. O ego é
responsável pelos nossos sentimentos e de
continuidade, e, do ponto de vista da
pessoa, considera-se que esteja no centro
da consciência. (pensamentos, sentimentos
e não traumas).
Self: É o centro da personalidade, na sua
maior parte, inconsciente.
O INCONSCIENTE PESSOAL E SEUS
COMPLEXOS
O inconsciente pessoal é uma região adjacente ao ego.
Ele consiste em experiências que outrora foram
conscientes, mas agora estão reprimidas, suprimidas,
esquecidas ou ignoradas, e em experiências que foram a
princípio fracas demais para deixar uma impressão
consciente na pessoa. Abarca traumas e frustrações.
Complexos: Um complexo é um grupo organizado ou uma
constelação de sentimentos, pensamentos, percepções e
memórias que existem no inconsciente pessoal. Ele tem
um núcleo que age como uma espécie de magneto que
atrai ou constela várias experiências(Jung, 1934).
O inconsciente pessoal é único e contempla conteúdos
que podem ser lembrados facilmente, dificilmente ou
nunca lembradas.
O INCONSCIENTE COLETIVO
É uma mescla de ideias e tendências inatas
transmitido de geração para geração. Seus
conteúdos psíquicos são sempre passados adiante
para novas gerações e são sempre os mesmos
para todas as gerações e todas as culturas,
conceitos universais.
Arquétipos: São elementos que imergem a partir das
tendências inatas que fazem parte do nosso
inconsciente coletivo e tem uma base biológica.
Qualquer pessoa possui potencialidade para
desenvolver seus arquétipos, dependendo apenas da
experiência de cada um para desenvolvê-lo. Também
é composto por experiências muito pessoais.
CARL ROGERS(1902-1987)
A psicologia humanista acredita que a pessoa, qualquer
pessoa, contém dentro de si o potencial para um
desenvolvimento sadio e criativo. O fracasso em realizar
esse potencial se deve às influências coercitivas e
distorcedoras do treinamento parental, da educação e de
outras pressões sociais. Mas os efeitos prejudiciais podem
ser superados se o indivíduo estiver disposto a aceitar a
responsabilidade a sua própria vida.
Para Rogers, a personalidade é um contínuo estado de
fluxo, em contínua mutação. Assim, uma personalidade
saudável é aquela que pode confiar em sua própria
experiência e aceitar o fato de que as outras pessoas são
diferentes. Existe uma tendência inata para a
autorrealização, porém os sujeitos estão sob influência do
ambiente social.
Abordagem Centrada na
Pessoa(ACP)
Para Rogers, Self é o autoconceito que a pessoa
tem de si mesma, que é baseada em experiências
passadas, estímulos presentes e expectativas
futuras. Self é o contínuo processo de
reconhecimento.
O desafio essencial para o ser humano é “ser
aquele self que verdadeiramente se é”.
“a natureza básica do ser humano, quando
funcionando livremente, é construtiva e confiável.
“impossível para mim negar a realidade e a
importância da escolha humana. Para mim não é
uma ilusão que o homem é em certo grau o
arquiteto de si mesmo”.
TENDÊNCIA DO SER HUMANO
Autorrealização: desenvolver nossas potencialidades de
maneira plena, é a nossa tendência fundamental como seres
humanos. Temos capacidades de nos adaptarmos, nos
desenvolvermos e assim nos tornamos quem somos. Evolução.
Congruência: é definida como o grau de exatidão entre a
experiência da comunicação e a tomada de consciência. Tentar
manter harmonia entre as percepções que fazem parte do que
acreditamos, da nossa maneira. Procuramos manter um
comportamento que seja condizente com o que acreditamos,
com nosso autoconceito. Buscamos a autorrealização, porém
procuramos preservar também a integridade do self, por isso
evitamos situações que são conflitantes. (timidez X ansiedade)
Necessidade de aceitação: com o crescimento, fazer parte
da coletividade, o desenvolvimento das relações interpessoais
pode ser mais importante que seus próprios sentimentos
Na Terapia Centrada no Cliente, a pessoa se
encontra em uma situação não ameaçadora
porque o terapeuta aceita tudo o que ele fala. Isso
encoraja o cliente a explorar seus sentimentos
inconscientes e trazê-los a consciência.
O paciente explora seus sentimentos não-
simbolizados que ameaçam sua segurança. Na
segurança do ambiente terapêutico, os
sentimentos até então ameaçadores podem agora
ser assimilados à auto-estrutura. Podendo exigir
uma drástica reorganização do autoconceito do
cliente, para que fique de acordo com a realidade
da experiência organísmica.
TERAPIA CENTRADA NO CLIENTE
CONGRUÊNCIA: o terapeuta deve ser autêntico,
expressar-se abertamente. Ele é mais útil quando é
transparente. Os sentimentos que são relevantes a
terapia devem ser expostos. Compaixão, interesse
pela história, a vontade de compreendê-las
ACEITAÇÃO INCONDICIONAL: Aceitar o cliente
exatamente como ele é, deixando-o a vontade para
relatar suas queixas, para expressar seus
sentimentos sem medo de ser julgado. Valorizar e
aceitar a pessoa do jeito que ela é, e não de acordo
com os nossos olhos, com o que eu acredito.
EMPATIA: Viver temporariamente a vida do outro, se
colocar no lugar dele.
Gordon Allport (1897- 1967)
Seus textos revelam que uma incansável
tentativa de fazer justiça à complexidade e
à singularidade do comportamento humano
individual. (Unicidade do Indivíduo).
Prioriza as características individuais.
Para ele a Personalidade não é apenas um
constructo do observador ou algo que só
existe quando há outra pessoa para reagir
a ela. Longe disso: a personalidade tem
uma existência real envolvendo
concomitantes neurais ou fisiológicos.
ALLPORT X OUTROS TREÓRICOS
Allport - Ciência Morfogênica (Traço individual-
Disposições pessoais):
Estudo profundo da unicidade do indivíduo, estudando
apenas uma única pessoa por vez, o traço individual.
Uma disposição pessoal ou traço morfogênico é
definido como uma estrutura neuropsíquica
generalizada (peculiar ao indivíduo) capaz de tornar
muitos estímulos funcionalmente equivalentes, e de
iniciar e orientar formas conscientes (equivalentes) de
comportamento adaptativo e estilístico.
Outros teóricos - Método Nomotéticos (Traço comum):
Coleta dados de grupos de pessoas.
Gordon Allport (1897- 1967)
Para ele a Personalidade é a organização dinâmica no indivíduo,
ou seja, que está sempre se desenvolvendo. Dois sistemas
psicofísicos (características psicológica e fisiológicas) que
determinam seus pensamentos e comportamentos
característicos, únicos.
O termo “organização dinâmica” enfatiza o fato de que a
personalidade está constantemente se desenvolvendo e
mudando, embora, ao mesmo tempo, exista uma organização ou
sistema que une e relaciona os vários componentes da
personalidade.
O termo “psicofísico” lembra o leitor de que a personalidade não
é exclusivamente mental e nem é exclusivamente neural. A
organização envolve a operação do corpo e da mente,
inextricavelmente fundidos em uma unicidade pessoal.
A palavra “determinam” deixa claro que a personalidade é
constituída por tendências determinantes que desempenham um
papel ativo no comportamento do indivíduo.
SEIS ATRIBUTOS QUE DETERMINAM UM
INDIVÍDUO PSICOLÓGICAMENTE SAUDÁVEL
Adultos psicologicamente saudáveis estão conscientes
de sua motivações, dos porquês que orientam seus
comportamentos. Allport também reconhece que
algumas motivações também são inconscientes, se
devem a impulsos e necessidades, o que não é o caso
das pessoas saudáveis psicologicamente. Seis atributos
determinam um indivíduo psicologicamente saudável:
1. Posição não egocêntrica
2. Relacionar-se significativamente com os outros
3. Segurança emocional
4. Percepção realista
5. Clareza mental e humor
6. Filosofia de vida unificada
Ele ainda define:
1. Disposições Cardinais ou cardeais: traço extremamente
preponderante. Característica muito marcante da pessoa,
sendo muito evidente, ou seja, não conseguindo escondê-
la. A maioria das pessoas não tem uma disposição
cardinal, mas aquelas que tem, são reconhecidas por
essa característica.
2. Disposições centrais: que formam um conjunto de cinco a
10 traços que mais se destacam na pessoa. São poucas
características que nos descrevem muito bem. Entram
em ação com frequência e são mais fáceis de inferir.
3. Disposições secundárias: que são numerosas e bem
menos importantes para a personalidade. Não tem um
papel central na personalidade, porém aparecem com
uma certa regularidade.
PROPRIUM
É o núcleo da personalidade. Fazem parte dele todos os
aspectos que formam a unicidade da pessoa, que lhe dão a
sensação de eu, a autoidentidade.
Ele propôs que todas as funções do self ou do ego que foram
descritas fossem chamadas de funções próprias da
personalidade, Tais funções incluindo senso corporal. Auto-
identidade, auto-estima, auto-extensão, senso de ser quem se
é, pensamento racional, auto-imagem, anseios próprios, estilo
cognitivo e função de conhecer) são todas porções
verdadeiras e vitais da personalidade. Juntas, podemos dizer
que constitui “o proprium”.
É nessa região da personalidade que encontramos a raiz da
consciência que marca as atitudes, as intenções e as
avaliações.
O proprium não é inato, mas se desenvolve ao longo do
tempo.
Obrigada!
Boa sorte a todos na prova! Não esqueçam:
todos vocês são capazes. ACREDITE!