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História Econômica da Nova República

O período de 1985 a 1989 marca o início da Nova República no Brasil, com a eleição de Tancredo Neves e a posse de José Sarney, além da promulgação de uma nova Constituição. Durante esse tempo, diversos planos de estabilização da inflação foram implementados, como o Plano Bresser e o Plano Verão, mas com resultados frustrantes e desafios econômicos persistentes. A redemocratização trouxe esperanças, mas também dificuldades políticas e econômicas, culminando em um cenário de inflação elevada e insatisfação popular.
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História Econômica da Nova República

O período de 1985 a 1989 marca o início da Nova República no Brasil, com a eleição de Tancredo Neves e a posse de José Sarney, além da promulgação de uma nova Constituição. Durante esse tempo, diversos planos de estabilização da inflação foram implementados, como o Plano Bresser e o Plano Verão, mas com resultados frustrantes e desafios econômicos persistentes. A redemocratização trouxe esperanças, mas também dificuldades políticas e econômicas, culminando em um cenário de inflação elevada e insatisfação popular.
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ECONOMIA BRASILEIRA

A HISTÓRIA DA NOVA REPÚBLICA


1985-1989
Anotações do Cap. 5 (Economia Brasileira Contemporânea: 1945-2010)

Prof. Daniel Perozo-Suárez


Departamento de Economia – Universidade de
Brasília
CONTEXTO DA ÉPOCA
• Fim da fase ditatorial e início da “Nova República”
• Eleição de Tancredo Neves e pose de José Sarney (1985 – 1989)
• Nova Constituição Federal (1988)
• Tentativas de estabilização da inflação:
• Plano Cruzado (1986)
• Plano Bresser (1987)
• Plano Verão (1989)
CONTEXTO ECONÔMICO

• Expansão acumulada do produto no período: 24%, concentrados


nos dois primeiros anos.
• Planos de combate à inflação com resultados frustrantes
• Debate entre economistas brasileiros para explicar as causas da
inflação no país
• Deterioro das contas fiscais e externas
CONTEXTO POLÍTICO
• Dificuldades do processo da redemocratização
• Movimento pelas eleições diretas (“Diretas já”) – Falta de quorum
• Sentimento coletivo de esperança na população: a ideia que
dominava era que a redemocratização resolveria tudo: desde a
inflação até a retomada do crescimento e os problemas sociais
• Falecimento de Tancredo Neves
• Necessidade de conciliar as diferentes opiniões existentes acerca
dos rumos do país: coalizão heterogênea de forças políticas
O PLANO BRESSER

• Por Luis Carlos Bresser-Pereira, Professor da FGV-SP.


• Lançado em 1987. Buscava promover um choque deflacionário na
economia.
• A inflação foi reconhecida como inercial e de demanda, pelo que
contou com medidas híbridas, de tipo ortodoxo e heterodoxo.
• Lado ortodoxo: políticas fiscal e monetária restritivas
• Juros reais positivos para contrair o consumo.
O PLANO BRESSER

• Implicou em cortes de gastos e investimentos e eliminação de subsídios


(trigo)
• Aumento de tarifas pouco antes do congelamento: eletricidade,
combustíveis, aço, telefone, dentre outros
• Lado heterodoxo: congelamento de preços e salários, a ser realizado em
três fases:
• Congelamento total por três meses
• Flexibilização do congelamento
• Descongelamento
O PLANO BRESSER

• Os salários ficaram indexados a uma nova base, que seria a URP ou


Unidade de Referência de Pagos, prefixada a cada três meses, com
base na taxa de inflação média (geométrica) dos três meses prévios.
• Para acabar com o gatilho salarial, sem que se gerasse um crise
política, foi introduzido, através da URP, um esquema em que se
garantia a correção mensal mas ao mesmo tempo aumentava a
defasagem entre a inflação do mês e seu repasse para salários.
Consequentemente, se a inflação se acelerasse ou desacelerasse, a
variação seria suavizada pela média.
O PLANO BRESSER

• Para evitar o deterioro das contas externas semelhante à verificada


nos primeiros meses do Plano Cruzado, a taxa de câmbio não foi
congelada.
• Foi também necessária a criação de uma nova Tablita , com algumas
isenções, e regras para os contratos de aluguéis
• Não foi criada uma nova moeda
O PLANO BRESSER

• O Plano teve certo sucesso inicial: de 26,1% em junho de 1987 para


3,1% em julho e 6,4% em agosto.
• Porém, o congelamento não foi respeitado: houve remarcações
preventivas de preços.
• Os aumentos decretados na fase descongelamento foram transferidos a
outros produtos
• Acordos salariais firmados com categorias do funcionalismo acabaram
por minar também a redução do déficit público pretendida pelo governo
e contribuíram para a aceleração da inflação.
O PLANO BRESSER

• A inflação atingiu 14% em dezembro de 1987.


• O ministro Bresser-Pereira pediu demissão, sendo substituído por
Maílson da Nóbrega, funcionário do Banco do Brasil, em janeiro de
1988.
O PLANO BRESSER

• Contrário às medidas heterodoxas, propôs uma política ortodoxa


gradualista, com o intuito de estabilizar a inflação em 15% ao mês e
reduzir o déficit público gradualmente.
• As propostas ganharam a alcunha de “Políticas de Feijão com Arroz”,
por serem baseadas na teoria mais tradicional
O PLANO BRESSER

• Congelamento dos valores nominais dos empréstimos do setor


público e na contenção salarial do funcionarismo público
• Inflação próxima do pretendido pelo governo no primeiro semestre de
1988
• Porém houve aumento de preços públicos e um choque de oferta no
setor agrícola desfavorável fizeram
• A política monetária não foi contracionista
O PLANO BRESSER

• Em julho de 1988, a variação do IPC foi de 24%, realimentando as


discussões sobre o caráter inercial da economia brasileira.
• Fim da moratória (ou adiamento do prazo) do pagamento de juros da
dívida externa, decretada ao final de fevereiro de 1988.
• Promulgação da nova Constituição Federal
• Tortura definida como crime
• Proteção do Estado democrático
O PLANO BRESSER

• Direitos trabalhistas formalizados


• Jornada de trabalho
• 13ero salário
• Licença maternidade e paternidade
• Direito de greve
• Saúde, educação proteção à infância como direitos de todos
• A Constituição afetou a capacidade do Governo Central de controlar as
contas públicas
O PLANO BRESSER

• Motivos:
• Crescimento da vinculação de receitas do governo
• Redução da participação dos gastos federais no total de gasto público
• Incremento de despesas com a Previdência
• Insucesso do gradualismo das medidas tradicionais implementadas
• Radicalização das propostas de desindexação
O PLANO VERÃO

• Anunciado em 14 de janeiro de 1989


• Todos os mecanismos de indexação foram extintos
• Plano híbrido, com elementos ortodoxos (redução do gasto, reforma
administrativa para reduzi custos, limitações a emissões de títulos
pelo governo e restrição do crédito) e heterodoxos (congelamento de
preços e salários).
• Mudança da unidade monetária nacional, sendo criado o Cruzado
Novo de equivalência de um para mil cruzados.
O PLANO VERÃO

• Anunciado em 14 de janeiro de 1989


• Todos os mecanismos de indexação foram extintos
• Plano híbrido, com elementos ortodoxos (redução do gasto, reforma
administrativa para reduzi custos, limitações a emissões de títulos
pelo governo e restrição do crédito) e heterodoxos (congelamento de
preços e salários).
• Mudança da unidade monetária nacional, sendo criado o Cruzado
Novo de equivalência de um para mil cruzados.
O PLANO VERÃO

• Ajustes fiscais foram evitados pelo fato de serem ruins em um ano


eleitoral
• O congelamento foi anunciado por tempo indeterminado
• Novos aumentos de preços públicos e tarifas
• Extinção da referência dos índices, cada agente olhava o índice que
achava mais adequado
• Plano ineficaz, conseguiu controlar a inflação só no primeiro mês de
implementação
RESUMO DO PERÍODO 1985-1989
RESUMO DO PERÍODO 1985-1989
RESUMO DO PERÍODO 1985-1989
LEITURA RECOMENDADA
• Cap. 5 – Economia Brasileira Contemporânea. (Giambiagi e
outros).
• Inflação Brasileira e os ensinamentos da crise dos anos 30. (Dércio
Garcia Munhoz, Economia Contemporânea, No. 1, Jan. - Jun. de
1997).

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