ZOOTECNIA 2° Ano
Vitor Aparecido Martins Soares;
Tec. Agropecuária;
Engenharia Agronômica;
Aula 01.
ZOOTECNIA 2° Ano
Vitor Aparecido Martins Soares;
Tec. Agropecuária;
Engenharia Agronômica;
Aula 01.
A palavra ZOOTECNIA
• Origina-se do grego;
• “Zoon = animal” e “technê = arte, técnica”;
• Significa a arte de criar aninais.
ZOOTECNIA
• Conceitos Diversos:
• A zootecnia é a ciência que estuda a criação de animais com objetivos econômicos e
envolve a formação nas áreas de melhoramento, nutrição, fisiologia, morfologia e
anatomia de animais, e também de fatores relacionados à terra e a sua exploração
sustentável, bem estar e comportamento animal, aspectos econômicos, sociais e
ambientais, entre muitos outros.
• A zootecnia é a ciência aplicada que trata da adaptação dos animais domésticos ao
ambiente criatório e deste aos animais com fins econômicos.
• É também a arte de criar animais.
Breve histórico da ZOOTECNIA
• Criação animal é muito antiga 7000
a.c.
• Homem primitivo – Herbívoro;
• Nômades;
• Alimento - raízes e frutas – insetos e
lagartos;
• O homem – criador (armas).
Breve histórico da ZOOTECNIA
• O homem caçador – evolução dos instrumentos
possibilitou a caça de animais de maior porte;
Breve histórico da ZOOTECNIA
• O homem começou a domesticar os animais;
• A “arte de criar” evoluiu para uma nova ciência, a
Zootecnia.
Domesticação dos Animais
• Domesticação significa tornar caseiro.
• “DOMÉSTICO é o animal que é criado e
reproduzido pelo homem, permanece tais
características através de gerações por
hereditariedade, oferecendo utilidades e prestando
serviços em mansidão.”
Suinocultura
O que é suinocultura?
A suinocultura é o ramo da Zootecnia que
se dedica à criação racional de suínos.
A suinocultura é o segmento da
zootecnia destinado à criação de
suínos, com finalidade de produzir
carne e derivados.
Origem e história do suíno
• Pesquisas paleontológicas registram a presença de
suínos junto à vida humana desde 3.000 anos a.c.
no continente asiático.
• Historiadores defendem que o suíno domestico é
descende do javali selvagem.
Domesticação
• China
• 5.000 a 4.900 a.c.
• Ancestrais: Javali europeu , asiáticos e africanos.
Javali europeu (sus crofa)
• Animal de grande porte
• Constituição robusta
• Capacidade torácica avantajada
• Fisicamente mais resistentes
• Grande capacidade para produção de carne
Javali asiático e africano (sus
vitatus)
• Primeiro a ser domesticado
• Menor porte
• Grande propensão à gordura
• Mais precoces
• Romanos: muito apreciadores da carne
• África: criação de porcos é proibida onde os
preceitos do Alcorão são praticados
Introdução dos suínos nas
Américas
• Cristóvão Colombo: 1492 – Ilha de São
Domingos – América central;
• Muitos fugiram formando grupos independes;
• Nativos;
• Martin Afonso de Souza: 1532 – Ilha de São
Vicente – SP Brasil.
• A parti de 1532 os suínos sofreram modificações
morfológicas e fisiológicas;
• Devido ao melhoramento genético que permitiram
que o suíno moderno alcançasse excelentes
índices zootécnicos.
Classificação cientifica do suíno
domestico
• Reino: Animalia
• Filo: Chordata
• Classe: Mammalia
• Ordem: Artiodactyla
• Família: Suidae
• Gênero: Sus
Raças de suíno
• No contexto mundial, estão catalogadas mais
de 350 raças, sendo que um pequeno número
tem distribuição universal.
A classificação das raças de
suínos:
⮚ Perfil frontonasal
⮚ Orientação das orelhas:
a – Asiática / b – Ibérica / c - Céltica
Raças estrangeiras
As raças estrangeiras têm uma seleção de muitos
anos, feita nos países com produção mais
adiantada no mundo. Em consequência, os índices
de produtividade expressos na prolificidade,
precocidade e rendimento atingiram valores mais
elevados (MACHADO, 1967).
Duroc
Duroc
• Originada nos Estados Unidos: 1875
• Primeira raça a ser induzida no brasil:
• Já foi a raça estrangeira mais
importante, porem hoje ela
geralmente participa de cruzamento
com outras raças mais aperfeiçoadas
Duroc
• Rusticidade e fácil adaptação a todas as
regiões do Brasil;
• 6 meses: pesam 70 kg (podem chegar a
90 kg);
• 8 meses: 160 kg nos machos e 130 nas
fêmeas;
• Adultos: machos 270 kg e fêmeas 225 kg.
Duroc
• Pelagem vermelha uniforme;
• O couro é moderadamente grosso e macio;
• Cabeça de tamanho médio;
• Face pouco cavada;
• Focinho médio;
• Fronte larga entre as orelhas e os olhos;
Duroc
Características:
● Orelhas de tamanho médio,
inclinada para frente e
ligeiramente para fora, com
uma curva para frente e para
baixo, pescoço curto espesso,
profundo e ligeiramente
arqueado.
Duroc
Características de produção:
● Tipo intermediário: carne e toucinho;
● Prolificidade: média de 9 leitões por leitegada;
● Animal precoce, com bom rendimento de carcaça,
boa velocidade no ganho de peso e alta conversão
alimentar;
● Raramente criado em estados puro para a produção
industrial - cruzamentos.
Landrace
Landrace
Características:
● Conformação ideal para a produção
de carne magra;
● Excelente qualidades criatórias;
● Boa prolificidade;
● Boa habilidade materna;
● Usada para produção de híbridos.
Landrace
Características:
● Orelhas são compridas, finas, inclinadas para
frente, do tipo céltico;
● Corpo: perfeita conformação para a produção de
carne, bastante comprido, de igual largura e
espessura em todo comprimento;
● O dorso e lombo são compridos;
● Garupa alta e comprida de cauda com inserção
alta;
Landrace
Características:
● Pelagem branca, fina e sedosa, sem
redemoinhos ou pelos crespos;
● A pele é fina solta e sem rugas;
● Despigmentada;
● Criado puro exige maior proteção contra o sol;
● 6 -7 meses: 80 - 100 kg;
● Adultos: 250 - 300 kg;
● Alta aptidão produtiva - necessidade de
Landrace
Yorkshire/ Large White
Yorkshire/ Large White
Características:
● Originado no norte da Inglaterra;
● É uma das raças de maior rebanho no Brasil;
● Muito utilizada na produção de híbridos;
● Alta prolificidade: 11 leitões/leitegada;
● Fêmeas: boa habilidade materna e produção
de leite;
● Pelagem branca e cerdas finas (pele rosada).
Yorkshire/ Large White
Características:
• Cabeça média de perfil côncavo;
• As orelhas são de tamanho e largura média
inclinadas para frente corpo comprido;
• Raça para produção de carne;
• Tem bom temperamento e rusticidade.
• Bons resultados (cruzado x Landrace).
Yorkshire/ Large White
Hampshire
Hampshire
Características:
● Origem: Estados Unidos;
● Pelagem preta com faixas brancas nos
membros anteriores;
● Possuem orelhas asiáticas e perfil cefálico
concavilineo;
● Couro firme e macio, pescoço curto e leve;
● Ótima C.A (Conversão Alimentar);
● Alto (Alto ganho Médio Diário de peso)
GMDP;
● Perfil côncavo ou subcôncavo;
Hampshire
Características:
● Bom rendimento de carcaça;
● Ótima qualidade de carne;
● Boa prolificidade;
● Baixa habilidade materna;
● Machos utilizados em
cruzamentos industriais;
● Resistência aos fatores
estressantes.
Hampshire
Wessex
Características:
● Origem: Grã-Bretanha;
● Melhorado na Inglaterra;
● Pelagem preta com faixas
brancas nos membros anteriores;
● Origem à raça Hampshire.
Wessex
● Possuem orelhas largas, dirigidas para
frente e para baixo;
● Pescoço médio e musculoso, corpo
longo, largo e espesso;
● Rústica, aceita variações de temperatura;
● Boa prolificidade, produtividade;
● Mansidão e boa habilidades maternas.
Pietrain
Características:
● Origem: Bélgica;
● Pelagem branca com manchas pretas;
● Orelhas do tipo asiática com perfil cefálico
concavilíneo;
● Excelente massa muscular;
● Bastante utilizado para cruzamento, dando um
pernil de ótima qualidade e uma leve cobertura
de gordura.
Pietrain
Características:
● Maior área de olho do lombo;
● Alta precocidade;
● Boa conversão alimentar;
● Alta prolificidade: 10 leitões /
leitegada;
● Alto rendimento de carcaça;
● Boa habilidade materna.
Raças brasileiras
As raças brasileiras ou nacionais não possuem
registros em associação ou livro específico.
Geralmente apresentam baixa produtividade e
rusticidade. São associadas à produção de banha e
indicadas para criações que não tenham muito
controle zootécnico e que apresentem baixo
controle sanitário. Essas raças são criadas de forma
extensiva e sem objetivos comerciais.
Piau
Piau
Caracteristicas:
● Origem no Brasil (GO e MG);
● Primeira raça nativa registrada (1989);
● Pelagem é Oveira (branca-creme, com
manchas pretas);
● Orelha intermediarias entre ibérica e
asiática;
● Perfil cefálico retilíneo e concavilíeo.
Piau
● A palavra Piau: origem indígena,
significa “malhado”, “pintando”,
● Porte: grande, médios e
pequenos;
● É rústico e de boa produção de
carne e gordura.
Canastrão
Características:
● Apresenta pelagem preta ou
vermelha, pele grossa e
pregueada;
● Orelha tipo céltica e corpo
grande;
● É um animal rústico, sendo
encontrado principalmente no
sertão do Brasil.
Canastrão
Moura
Moura
Característica:
● Origem: Brasil (RS, SC e PR);
● Pelagem preta entremeada de pelos brancos
(Turdilho);
● Orelha intermediárias entre ibérica e célticas;
● Perfil cefálico retilíneo ou concavilíneo;
● Média prolificidade: 9 leitões/leitegada;
● Animais rústicos;
● Encontrados principalmente no sul do Brasil.
Reprodução de suínos
Reprodução de suínos
Anatomia da reprodução dos suínos:
A anatomia da reprodução dos suínos apresenta
diferenciação profunda entre o macho e a fêmea.
O reconhecimento dessas estruturas irá auxiliar na
detecção de cada fase reprodutiva que você vai
estudar.
Órgãos reprodutivos da porca
Aparelho genital feminino:
Ovários, cornos uterinos,
útero, cérvice e vulva.
Órgãos reprodutivos da porca
• A vulva é a parte externa do aparelho reprodutor feminino, formada por dois
lábios com uma fenda vertical.
• A cérvice é uma região estreita e musculosa.
• Os cornos uterinos unem-se no corpo do útero que é o local de
desenvolvimento do embrião.
• Os ovários da porca são localizados na região sublombar e possuem
aspecto lobuloso.
• Alguns autores citam que os órgãos genitais da porca são completados pelo
aparelho mamário, já que além da produção do óvulo, a porca é responsável
Órgãos reprodutivos do porco
Aparelho genital masculino:
Bolsa escrotal, testículos, tubos
seminíferos, ductos eferentes,
epidídimo, ducto deferente, canal
urogenital, glândulas anexas e
pênis.
Órgãos reprodutivos do porco
•
Principal órgão: testículos que alojados na bolsa
escrotal.
•
Dentro dos testículos tem tubos seminíferos que é
o local da formação dos espermatozoides.
•
Testículos: tem função endócrina (produção de
hormônios).
Fisiologia da reprodução
nos suínos
A fisiologia de maneira geral estuda o
funcionamento do organismo, no caso, o
funcionamento dos órgãos ligados a
reprodução dos suínos.
Hormônios da reprodução
Os hormônios sintetizados e secretados pelas
glândulas endócrinas são transportados para
a circulação sanguínea para estimular,
inibir ou interagir com a atividade funcional
ou órgãos-alvo específicos, produzindo grande
variação de respostas fisiológicas.
Hormônios da reprodução
Puberdade
Inicio do estimulo à reprodução;
Produção de espermatozoides viáveis e as fêmeas, óvulos férteis.
Fêmeas: Entre 4 e 7 meses de idade; Aparecimento do cio.
Macho: Entre 5 a 8 meses de idade; Produção dos primeiros
espermatozoides.
Alguns fatores podem retardar ou adiantar o aparecimento da puberdade.
A consanguinidade, restrições alimentares intensas, isolamento das
fêmeas em relação aos machos.
Contato diário entre fêmeas e machos e o uso de hormônios.
Ciclo estral
Ciclo estral ou cio;
Mudanças fisiológicas;
Induzidas pelos hormônios reprodutivos.
O cio começa depois da puberdade;
Fêmeas sexualmente maduras;
O cio na espécie suína é do tipo poliestro não estacional;
Não depende da época do ano para entrar em cio.
O ciclo estral nessa espécie apresenta quatro fases distintas, que
O ciclo estral 4 fases: proestro, estro,
metaestro e diestro.
Fase anestro: Ausência ou atraso do cio.
Sinais do cio
Características da fêmea em cio
Exposição das fêmeas ao
Passagem do cachaço macho
Métodos de reprodução dos suínos
Métodos de reprodução dos suínos
Exploração da reprodução da suinocultura;
Sistema de produção;
Presença do macho;
Formas:
• Por cobrição: o criador necessita de um macho no rebanho;
• Inseminação artificial: não obrigatoriamente se faz
necessária a presença de um reprodutor.
Métodos de reprodução dos suínos
Cobertura ou cobrição:
A cobertura ou cobrição é definida como a relação
sexual entre o macho e a fêmea por ocasião do cio da
fêmea.
Tipos de cobrição
Podemos descrever três tipos de cobrição, de
acordo com as condições de criação.
• À solta, livre ou a campo;
• Mista ou controlada;
• Dirigida ou à mão:
À solta, livre ou a campo
● Machos e fêmeas ficam juntos;
● Não existe controle de paternidade;
● Disputa pelas fêmeas;
● Não tem previsão do parto;
● Este sistema ainda é utilizado no Brasil
em criações extensivas, e não é
recomendado para criações tecnificadas.
Mista ou controlada
● Grupo de fêmeas e apenas um
barrão;
● Controle da paternidade;
● Competição entre machos;
● Utilização de um reprodutor;
● Desgaste do cachaço.
Dirigida ou à mão
● Completo de paternidade;
● Máximo aproveitamento do barrão;
● Máxima eficiência reprodutiva;
● Fêmea é levada à baia para ser coberta;
● Presença do tratador;
● Tamanho dos reprodutores com o das fêmeas;
● Tem a vantagem de evitar a consanguinidade e
permite um melhor controle zootécnico da
criação.
Inseminação artificial
● Objetivo principal: maximização do uso dos
ejaculados;
● Mantendo ou melhorando a eficiência reprodutiva.
● A IA consiste na deposição do sêmen no aparelho
reprodutor da fêmea e abrange três etapas:
coleta do sêmen, tecnologia do sêmen e
inseminação na fêmea.
Coleta do sêmen
• Manequim (fêmea).
• A limpeza do prepúcio é aconselhável
antes da monta para evitar a
contaminação do sêmen.
• O sêmen, após coletado artificialmente,
deve ser filtrado desprezando-se a parte
gelatinosa, depois diluído e resfriado em
geladeira em temperatura de 15 oC.
Tecnologia do sêmen
Avaliação e classificação do sêmen:
Caracteres físico-químicos como
volume, cor, aspecto e odor.
Caracteres microscópicos como
densidade, motilidade e morfologia
espermática são avaliados.
Inseminação na porca
Presença de cio;
Estimulada com a aproximação do macho;
Com pressão exercida sobre o dorso-
lombo e com estímulos manuais no
clitóris.
Observe a Figura que mostra o cachaço
ao fundo e a pressão no dorso na fêmea
exercida pela mão do manipulador
imitando a monta.
Além das etapas descritas, a escolha dos animais
tanto para coleta de sêmen como para serem
inseminados deve ser rigorosa, com histórico
detalhado e características desejáveis. As
instalações e equipe técnica também devem ser
adequadas, permitindo total controle da
biotecnologia.
Vantagens IA
- Diminuição do número de machos necessários à
reprodução (1 macho para cada 50 ou 100 fêmeas).
- Melhor aproveitamento da capacidade reprodutiva
dos machos geneticamente melhorados.
- Maior segurança sanitária.
- Reconhecimento de machos subférteis ou inférteis.
Desvantagens da IA
- - Estrutura laboratorial mínima na propriedade.
- Impossibilidade de preservar o sêmen por longos períodos
sem prejuízos da capacidade de fertilização.
- A falta de mão de obra qualificada.
- Poucas centrais de inseminação e dificuldades de aquisição
de sêmen.
Os métodos de reprodução de suínos, seja por cobrição
ou por inseminação artificial, são utilizados de acordo
com as condições do produtor ligadas ao tipo de
criação.
O uso de tecnologias, como a inseminação artificial,
gera maiores custos, porém, se bem planejado, o
produtor terá melhores resultados.
Sistemas de criação
Sistemas de criação
1. Sistema extensivo:
• os suínos são criados livres.
1. Sistema intensivo:
• os animais são criados em menor área;
• maiores cuidados na criação.
Sistema extensivo:
Criação dos suínos sem qualquer instalação;
Todo o ciclo produtivo realizado em campo
(cobertura, gestação, lactação e a criação dos leitões, do
nascimento até o abate);
Não utiliza auto nível tecnológico;
Apresenta baixos índices de produtividade;
Alimentação dos proprietários.
Sistema extensivo:
Sistemas intensivos
Utiliza menor área que no sistema extensivo;
Regime de total confinamento.
Os sistemas intensivos de criação de suínos podem ser
classificados em três tipos:
● Sistema intensivo de suínos criados ao ar livre (SISCAL);
● Sistema de criação misto ou semi-confinado;
● Sistema confinado.
Sistema intensivo de suínos criados ao ar
livre (SISCAL)
• Mantem os animais nas fases de reprodução,
maternidade e creche em piquetes;
• Cercados com fios, telas ou madeira;
• Apresenta redução de custo de produção -> por
apresentar baixo custo de implantação.
Sistema intensivo de suínos criados ao ar
livre (SISCAL)
• Não é recomendado utilizar
terrenos com declividade superior
a 20%.
• O terreno deve ter cobertura
vegetal;
• Rotatividade de piquetes;
• O tempo de ocupação dos
Sistema de criação misto ou semi-confinado:
• Utiliza piquetes para algumas
categorias e confinamento para outras;
• Alimentação abundante durante a fase
de crescimento (confinado);
• Na terminação passam a ter a
alimentação controlada, visando uma
determinada produção de carcaça
(piquete).
Sistema confinado
• Maior tecnologia no fornecimento de
alimento;
• Todos as categorias de animais são
criadas sobre piso e bob cobertura;
• As fases de criação podem ser
desenvolvidas em locais diferentes;
• Economia de mão de obra e aumento
dos investimentos iniciais.
Sistema confinado
• Utilizando raças altamente
especializadas para cada fase
de criação;
• Ganho rápido de peso;
• Porém a eficiência
reprodutora e a vida útil dos
animais diminuem.
Tipos de Produção
Tipos de Produção
Os tipos de produção podem ser
definidos pelas fases de criação
existentes na propriedade, podendo
existir todas as fases ou apenas
algumas. Na suinocultura existem
seis tipos de produção. Vamos
identificar cada um deles.
Tipos de Produção
• Produção de ciclo completo;
• Produção de leitões;
• Produção de leitões desmamados;
• Produção de leitões para terminação;
• Produção de terminados;
• Produção de reprodutores.
Produção de ciclo completo
• Criação abrange todas as fases
da produção;
• Produto final o suíno terminado
com 100 a 120 quilogramas;
• Esse é o tipo de produção mais
usual em todo o país e
independe do tamanho do
rebanho.
• Na produção de ciclo completo, o
suíno é gerado na granja e
criado até chegar ao peso de
terminação.
Produção de leitões
• Criação que envolve a fase de
reprodução;
• Matriz/cachaço;
• Nascidos com 1,0 a 1,5 quilogramas.
• Criações especializada (somente para a
produção de leitão).
• Leitões: São separados das mães e
vendidos logo após o nascimento.
Produção de leitões desmamados
• Depois da desmama (17 a 21
dias);
• Leitão pode ter entre 6 a 10kg;
• Comercializado geralmente de
acordo com os kg do lote.
• Leitão desmamado: É
vendido logo após o desmame.
Produção de leitões para terminação
Produto -> leitão com 18 a 25 kg;
Peso entre 50 a 70 dias de idade
(depois que sai da creche);
Leitão para terminação: É vendido
após a creche.
Produção de terminados
Envolve somente a fase de terminação;
Produto final -> suíno terminado;
Aquisição de leitão com 20 a 30 kg;
Só tem instalações de terminação;
Produção de terminados
Suíno terminado: É produzido a partir da aquisição e engorda
do suíno vindo da creche.
Na produção de terminados, o produtor compra o suíno com
peso médio de 25 kg e cria até chegar ao peso de terminação,
ou seja, em média 100 kg.
Produção de reprodutores
Futuros reprodutores machos e fêmeas;
Material genético disponível para a produção de leitões;
Grande valor comercial;
Produto valorizado pelos suinocultores;
Suíno reprodutor: Aquele servirá para reprodução de novos
leitões.
Manejo das fases de
criação
Manejo das fases de criação
O que é manejo?
Aplicação da técnica criatória;
Melhores resultados.
A seguir, vamos identificar o correto manejo nas fases:
Fase de reprodução;
Fase de gestação;
Fase de maternidade;
Fase de creche;
Fase de crescimento;
Fase de terminação.
Reprodução
Seleção do reprodutor:
Bons aprumos;
Testículos salientes;
Comportamento sexual ativo;
Pernil desenvolvido;
Boa largura de lombo;
Bom histórico.
Reprodução
Seleção da matriz:
Pesar no mínimo 90 kg aos 150 dias de
idade;
Nascer de uma leitegada numerosa;
Pelo menos 7 pares de tetas funcionais;
Irmãos sadios;
Vulva bem desenvolvida;
Bons aprumos;
Bom comprimento;
Observar as fêmeas que foram cobertas.
Gestação
• Ultrassom realizado 30 dias após a
cobertura;
• Dura em média de 114 dias
(3m3s3d);
• Locais tranquilos;
• Limpeza;
• Alimentação (1,5a2kg);
• O fornecimento de água deve ser à
vontade.
PARIÇÃO E LACTAÇÃO
Poderá durar de 4 a 6 horas;
Secreção de leite (6h antes do parto);
Fontes de calor (campânulas);
Escamoteadores (casinhas para abrigar leitões);
PARIÇÃO E LACTAÇÃO
Acompanhado pelo tratador;
Maternidade tipo gaiola (movimentos);
Baias–maternidade;
No dia do parto a porca deverá receber apenas água de boa
qualidade e fresca;
Fornecer 2 kg de ração e aumentando gradativamente.
PRÁTICAS DE MANEJO
Limpar e Enxugar os Leitões;
Corte e Desinfecção do Umbigo; Corte do umbigo (3a5 cm), materiais
desinfetados, iodo a 5%. Ser realizado imediatamente após o parto.
Primeira Mamada; Colostro/Imunidade.
Fornecer Calor Suplementar: Regular a tem.Corpora, escamoteador.
PRÁTICAS DE MANEJO
Corte dos Dentes;
O leitão nasce com 8 dentes;
Disputa pelas tetas;
Ferimentos/inatividade da teta;
8 a 10h após o nascimento;
Corte dos dentes (cuidado).
PRÁTICAS DE MANEJO
Identificação:
Produtores de material
genético;
Sistema Australiano;
Maternidade
Deficiência mineral de ferro;
Primeiros dias de vida;
Quadro de anemia;
Aplicação de vacina contra doenças;
A porca e os leitões permanecem na maternidade até o desmame que
ocorre em média aos 30 dias de idade dos leitões.
Maternidade
Transferência de Leitões: Transferência de Leitões:
Caso de morte da mãe; Identificação pelo cheiro;
Agalactia (milk); Mascarar essa característica;
Refugo dos filhos; Fechados por 30 minutos no
Pequena ou grande leitegada; escamoteador.
Aceitação pela mãe adotiva. Banho de odor (creolina);
Preferência de 24 a 36 horas.
Maternidade
Início do Arraçoamento
A partir do 7° dia ração pré-inicial;
Pequenas quantidades e remoção diária dos restos.
Castração:
Melhor performance;
Machos castrados;
Odor sexual;
Castração entre o 7° e 12° dia de vida;
Creche
Após a desmame;
Permanecem de 4 a 5 semanas;
Lotes uniforme;
20 leitões no máximo;
Ração inicial;
Vermifugados.
Crescimento e terminação
Permanecem nessa fase até o abate;
Baias em grupos (grupos da creche);
Ração de recria até 55-60 kg de peso vivo;
Após 55-60 kg fornecer ração de terminação;
Abate: 100 kg de peso vivo.
Instalações para suínos
Local destinado à suinocultura: alto, seco,
arejado e com boa declividade.
Posicionamento do galpão: sentido leste-oeste.
Distância entre as instalações:
Instalações para suínos
Árvores altas;
Microclima ameno;
Sombra sobre o telhado;
Tronco desgalhadas.
Galpões ou salas:
Galpão maternidade;
Dimensões (Gaiola): 2,2 m (C) x 1,1 m (A) x 0,6 m (L);
0,4 a 0,6 m leitões.
Inclinação.
Galpões ou salas
Galpão gestação:
Após a cobertura;
Baias coletivas ou gaiolas
individuais;
Baias 10 m² baia com 4 porcas.
Galpões ou salas
Galpão creche:
Gaiola de piso vazado;
Melhor higienização;
Suspensa a 0,6 m do piso;
0,45m² leitão em baias coletivas.
Galpões ou salas
Galpão crescimento e terminação:
Mesmos animais da creche;
Área por leitão igual a 1,1 m²;
Paredes divisórias 0,6m (A).
Galpões ou salas
Reservatório de água:
Água boa qualidade;
Fresca e à vontade;
Protegidos dos raios;
Água para a limpeza;
Reservatório para de falta d’água.
Galpões ou salas
Quarentenário:
Evitar a introdução de agentes
patogênicos na granja;
30 dias antes de introduzi-los no
rebanho;
Realização de exames laboratoriais;
500 metros;
Barreira física (vegetal);
Tratamento contra ecto e endoparasitas.
Tratamento dos dejetos:
Tratamento dos dejetos:
Um decantador é um equipamento utilizado para separar a parte
sólida da parte líquida dos dejetos de suínos, aumentando a eficiência
dos processos subsequentes e valorizando o material resultante para
uso como adubo orgânico.
Alimentação para suínos
Vídeo ilustrativo:
Planejamento e monitoramento da criação
Instalações para suínos
1. Quais os pontos devem ser levados em consideração na escolha dos suínos
reprodutores?
2. Porque devemos realizar o corte dos dentes dos leitões?
3. Em quais situações devemos realizar a transferência dos leitões?
4. A partir de quantos dias de vida pode ser realizado a castração nos suínos?
5. Qual é o local mais adequado para as instalações do suínos?
6. Quantos suínos por metro quadrado é indicado para a faze de
terminação ?
7. Como podemos fazer para que a matriz adotiva aceite os leitões
transferidos?
Instalações para suínos
Instalações para suínos
Instalações para suínos
Instalações para suínos