O&m - Aula 1
O&m - Aula 1
MANUTENÇÃO DE
SISTEMAS
F O T O V O LTA I C O S
24 H ORAS
CONTEÚDO:
• Técnicas e conceitos relativos à manutenção aplicados a sistemas fotovoltaicos;
• Rotinas e procedimentos de manutenção e limpeza de sistemas fotovoltaicos;
• Avaliação das condições físicas do local de instalação para manutenção e reparos, com o fim de assegurar
o atendimento das necessidades técnicas do sistema solar fotovoltaico;
• Conceitos sobre operação assistida. Indicadores de desempenho para monitoramento de sistemas
fotovoltaicos;
• Produtividade dos sistemas (kWh/kW), taxa de desempenho, fator de capacidade;
• Manutenção;
• Detecção e retificação de defeitos.
BIBLIOGRAFIA
• Aulas presenciais;
• Avaliação teórica e aulas práticas.
• Nos SFIs individuais de pequeno porte, alguns procedimentos para uma boa manutenção
preventiva podem ser realizados pelo próprio usuário do sistema – acompanhamento de dados de
geração, verificação de danos imprevistos, medição de temperatura em quadros)
https://www.youtube.com/watch?v=0XzeVaWCjRw
OBS. SEGURANÇA:
OBS: Pessoas que trabalham com condutores energizados ou próximos a eles devem:
2. O trabalho com baterias não deve ser feito nunca por apenas uma pessoa, e sim
conjuntamente por, pelo menos, dois trabalhadores.
3. Os módulos fotovoltaicos produzem energia elétrica sempre que alguma luz solar incide
sobre eles.
•As ferramentas devem, se possível, ser mais curtas do que a distância entre os
terminais da bateria, para reduzir a possibilidade de causar um curto-circuito, em
caso de queda.
ao manuseá-las deve-se usar protetores para o rosto ou óculos de segurança, luvas de borracha e
avental de borracha que previnem contra derramamento ou respingo de ácido.
É importante ainda manter no local, água e bicarbonato de sódio para remover e neutralizar o
ácido, nos casos de emergência, conforme indicado no Quadro.
•Baterias são pesadas, por isso seu manuseio apresenta risco ergonômico
significativo (esforço físico, possibilidade de lesões, desconforto, etc.).
TOTALMENTE AUTOMÁTICA .
Para os sistemas que requerem de manipulação por usuário:
1. Deve- se elaborar um manual de operação e realizar treinamento para o usuário final do sistema,
indicando o momento e o procedimento necessário para alguma intervenção e a periodicidade que se
deve fazer a supervisão de parâmetros que indicam o funcionamento adequado do sistema.
Ex: o acompanhamento do nível de carga do banco de baterias (podendo tomar como referência a
tensão do banco de baterias), a verificação da atuação dos componentes de condicionamento de potência
(controlador de carga e inversor), a verificação da potência elétrica produzida e demandada pelo sistema,
entre outros....
1. Recomenda-se fazer inspeções periódicas nos SFVs, já que desta forma pequenos problemas podem ser
identificados e corrigidos, de modo a não afetar a operação do sistema.
•Em caso de se constatar defeitos cobertos pelo termo de garantia, a garantia deve ser
requerida, e os módulos fotovoltaicos afetados devem ser substituídos pelo fabricante.
•Os módulos fotovoltaicos não são a principal causa de problemas nos SFVs.
ASPECTOS FÍSICOS
• Na inspeção visual devem ser verificadas:
– As condições físicas de cada módulo fotovoltaico, certificando-se de que a superfície frontal está
íntegra e limpa,
• Deve-se ainda observar a presença de algum sombreamento causado pelo crescimento de vegetação
próxima ao painel, algo que é comum no interior do Brasil.
ATENÇÃO_LIMPEZA
1. Caso haja necessidade de limpeza dos módulos antes de efetuar as medidas, deve-se utilizar uma flanela
limpa e água.
2. Cuidados devem ser tomados para evitar que o vidro seja arranhado por partículas abrasivas que
fiquem presas na flanela. Por este mesmo motivo, o uso de sabão e jóias (anéis e relógios) não é
recomendado.
3. Durante a limpeza, o trabalhador deve observar o seu posicionamento, evitando apoiar-se nos módulos.
4. Nos dias em que o tempo estiver claro e com poucas nuvens, os módulos deverão ser limpos
preferencialmente no início da manhã ou no final da tarde, de forma a evitar que possíveis choques
térmicos, resultantes de água fria sobre um módulo muito quente, danifiquem o vidro de cobertura do
módulo.
5. SE OS MÓDULOS ESTIVEREM INSTALADOS EM AMBIENTE MUITO EMPOEIRADO,
RECOMENDA-SE LIMPÁ-LOS MAIS FREQUENTEMENTE, POIS PERÍODOS MUITO LONGOS
SEM LIMPEZA PODEM PREJUDICAR SIGNIFICATIVAMENTE O DESEMPENHO DO SISTEMA.
(para que se obtenha a Voc do gerador e não a tensão regulada pelo controlador de carga, quando
se trata de um SFI)
pode-se medir a Voc com o uso de um voltímetro c.c., como mostrado na Figura a seguir.
• Deve ser verificado previamente se o instrumento é adequado ao nível de tensão a ser medido e
se a escala utilizada está correta.
ANTES DE ABRIR O
FUSIVEL:
- DESLIGAR O INVERSOR;
- MEDIR A CORRENTE
NOS CONDUTORES CC
(DEVE ESTAR ZERO).
ATENÇÃO
•Em sistemas com geradores fotovoltaicos formados por mais de uma fileira de módulos (série
fotovoltaica), para uma avaliação simplificada, pode-se apenas medir a V oc por fileira e comparar
com os valores obtidos para as demais fileiras, os quais devem ser similares.
•Tais sistemas geralmente incluem fusíveis de proteção (ou disjuntores) por fileira, instalados na
caixa de junção do gerador fotovoltaico, que devem ser desconectados (seccionados) para efetuar as
medidas individuais das fileiras.
•Para uma melhor avaliação, deve-se multiplicar a Voc especificada pelo fabricante (corrigida),
pelo número de módulos conectados em série, e compará-la com valor medido da tensão de circuito
aberto do gerador fotovoltaico.
FATOR TEMPERATURA:
Os módulos geralmente funcionam no Brasil em temperaturas bem superiores a 25 °C, de forma que, para
uma avaliação mais consistente, é necessário corrigir o valor da Voc informado pelo fabricante, utilizando o
respectivo coeficiente de temperatura, o qual também deve ser fornecido pelo fabricante.
PROCEDIMENTO!!!!
• A temperatura do módulo deve ser medida simultaneamente à medida da Voc, com auxílio de um
termômetro infravermelho.
• Em função da imprecisão inerente à metodologia, desvios na Voc de até ±15% entre fileiras, bem como em
relação ao valor esperado calculado, são considerados aceitáveis.
{ [
𝑉 ( 𝑇 ) =𝑉 𝑇𝑅𝑒𝑓 . 1+
𝑘
100
. ( 𝑇 −𝑇 𝑅𝑒𝑓 ) ]}
T=39oC ------- Voc = 45,3 V ------- k (voc) = - 0,31 --------Pmax =320 W --- k
(Pmax) = -0,41
............ )****
Módulo fotovoltaico – OBS APÓS MEDIDAS
Caso tenha sido observado que uma série fotovoltaica não apresentou a tensão
esperada, ou que uma série apresentou valor diferente das demais, deve-se medir
individualmente a Voc dos módulos dessa fileira para verificar onde pode se encontrar o
problema.
• Mantendo o gerador desconectado do sistema, o voltímetro c.c. deve ser colocado entre os terminais
positivo e negativo de cada módulo, não havendo necessidade de desconectar os módulos do conjunto, se as
séries estiverem isoladas, ou se forem dotadas de diodos de bloqueio.
A medida deve ser feita diretamente nos terminais do módulo, acessados no interior da caixa de conexão na sua
face traseira. Deve-se ter cuidado ao abrir essa caixa para não quebrá-la. Para evitar a penetração de umidade,
deve-se também ter o cuidado de fechar e vedar corretamente a caixa após a medição e mantê-la aberta o
ATENÇÃO
• Deve-se certificar que sejam corretamente reconectados ao fim dos trabalhos, de forma a evitar
mau contato.
• Alguns tipos de conectores podem requerer o uso de uma ferramenta especial para desconexão.
• A Voc medida para cada módulo deve ser comparada com as especificações do fabricante, com a
devida correção devida à temperatura. Em função da imprecisão inerente à metodologia, desvios
de até 15% em relação ao valor esperado calculado, são considerados aceitáveis.
• No caso de se constatar que a Voc está efetivamente inferior ao valor esperado, seguir os
procedimentos do Quadro 8.2 mais à frente para eliminar o problema!
No caso de se
constatar que a Voc
está efetivamente
inferior ao valor
esperado, seguir os
procedimentos do
Quadro State of
charge
Procedimentos para medir a corrente de curto-circuito (Isc)
•Nos SFIs, no momento de medir as Isc dos módulos ou do gerador fotovoltaico, recomenda-se tomar
muito cuidado para não curto-circuitar os terminais do banco de baterias.
Deve-se garantir que o(s) dispositivo(s) de interrupção ou chave(s) seccionadora(s) inserido(s) entre o
gerador fotovoltaico e o banco de baterias esteja(m) aberto(s).
•Deve-se ligar as conexões do gerador e curto-circuitar os terminais positivo e negativo do painel inteiro entre si.
•Pode-se utilizar um alicate amperímetro c.c. ou um amperímetro em série, contudo, o uso do alicate
OBSERVAÇÕES TÉCNICAS
• Se for necessário usar um cabo com bitola apropriada a evitar centelhamento no momento da conexão do curto-
circuito.
• Para painéis fotovoltaicos de maior porte o ideal é utilizar uma chave seccionadora dimensionada para os
níveis de Voc e Isc do gerador, instalada na posição desligada entre os terminais a curto-circuitar e que, quando
acionada , seja capaz de extinguir o arco elétrico do chaveamento.
Cuidados especiais devem ser sempre tomados ao abrir ou fechar circuitos de elevada corrente contínua, pois os
arcos elétricos c.c. são difíceis de extinguir e podem causar sérias queimaduras e/ou danos ao
equipamento.
Como o valor da Isc do gerador pode ser mais alto do que a capacidade do amperímetro, para evitar danos ao
instrumento, recomenda-se estimar o valor da corrente máxima antes de realizar as medições.
1. Isto pode ser feito multiplicando-se a Isc informada pelo fabricante para cada um dos módulos, pelo número
de fileiras de módulos conectadas em paralelo no sistema.
2. Devem-se iniciar as medições com o amperímetro ajustado para sua mais alta faixa de operação e,
ANÁLISE COMPARATIVA DAS CORRENTES POR FILEIRAS
Em sistemas com geradores fotovoltaicos formados por mais de uma fileira de módulos (série fotovoltaica),
para uma avaliação simplificada, pode-se apenas medir a Isc por fileira e comparar com os valores obtidos
para as demais fileiras, os quais devem ser similares.
•Tais sistemas geralmente incluem fusíveis de proteção (ou disjuntores) por fileira, instalados
na caixa de junção do gerador fotovoltaico, que devem ser desconectados (seccionados) para
efetuar as medidas individuais das fileiras.
•Deve-se comparar a Isc especificada pelo fabricante (corrigida) com o valor medido, principalmente
se as condições de irradiância forem variáveis em função da presença de nuvens.
O bs: IRRADIÂNCIA
Para uma avaliação mais consistente, é necessário corrigir o valor da Isc informada pelo
fabricante para a irradiância vigente no momento da medição.
A irradiância, por sua vez, deve ser medida com um solarímetro portátil simultaneamente à
medida da Isc.
OBS – IRRADIANCIA X I SC
1. Durante as medidas de Isc, deve-se considerar que a irradiância solar pode sofrer variações
significativas em períodos de segundos.
2. Enquanto as medições estiverem sendo realizadas, é importante observar a indicação do
medidor de irradiância, e somente fazer as medidas em condições de estabilidade.
3. Outro fator que deve ser considerado é a limpeza dos módulos, uma vez que módulos
sujos fornecem uma corrente elétrica menor.
4. A Isc medida deve ser comparada com o valor informado pelo fabricante, corrigido e
multiplicado pelo número de fileiras.
5. Em função da imprecisão inerente à metodologia, desvios de I sc de até ±15% entre fileiras,
bem como em relação ao valor esperado calculado, são considerados aceitáveis.
Módulo fotovoltaico – DIAGNÓSTICO DE DEFEITO
•Caso tenha sido observado que uma série fotovoltaica não apresentou a Isc esperada ou uma série
apresentou valor diferente das demais, deve-se medir individualmente a Isc de cada um dos módulos
dessa fileira para verificar onde pode se encontrar o problema.
•Caso o instrumento utilizado seja um alicate amperímetro, pode-se usar um trecho de cabo para conectar os
terminais positivo e negativo de cada módulo - cabo com bitola apropriada para a corrente esperada.
•Valem aqui as observações já apresentadas sobre o acesso ao módulo, que poderá ser na caixa de conexão ou
em terminais externos.
•Conforme citado anteriormente, no momento do teste, deve-se medir simultaneamente o nível de irradiância.
Se a corrente de Isc de algum módulo estiver significativamente abaixo do valor esperado recomenda-se
seguir os procedimentos do Quadro 8.2 para eliminar o problema.
CÁLCULO:
MÓDULO CANADIAN 325P (DATASHEET)
TEMPERATURA MEDIDA = 47 oC
• sendo assim capaz de fornecer, além das curvas I-V e P-V, todos os seus
parâmetros: Voc, Isc, VMP, IMP, PMP e FF (fator de forma), já convertidos
para as STC.
( FATOR DE FORMA – FF .....
• É A GRANDEZA QUE EXPRESSA QUANTO A SUA CURVA CARACTERÍSTICA SE APROXIMA DE UM
RETÂNGULO NO DIAGRAMA I-V.
• Quanto melhor a qualidade das células no módulo, mais próxima da forma retangular será sua curva I-
V.
• A definição do FF é apresentada na Fig. A área hachurada simples corresponde ao produto Voc x Isc, valor
sempre acima da potência que o módulo pode alcançar.
• A área duplamente hachurada representa o produto VMP x IMP, ou seja PMP, a potência máxima do módulo.
..... )
TRAÇADOR PORTÁTIL DE CURVA I-V
• Sendo detectado problema na característica I-V de uma das fileiras, deve-se então, levantar a curva dos
módulos desta fileira individualmente, no intuito de detectar o(s) módulo(s) defeituoso(s).
• A Figura 8.8 resume as 5 irregularidades na curva de uma fileira que devem ser observadas.
RESISTÊNCIA SÉRIE (RS)
As alterações na curva I-V de um painel causada pela Rs são análogas às que foram mostradas
abaixo e implicam numa inclinação mais acentuada da curva entre a VMP e a Voc
OUTRAS OBS!
RESISTÊNCIA PARALELO (RP)
• Redução na Isc
Causada por sujeira sobre os módulos ou por degradação destes.
Uma recomendação é traçar a curva I-V antes e depois de efetuar uma limpeza na fileira, para isolar o
efeito da sujeira
• Redução na Voc
Causada por temperatura elevada nos módulos (pode ser devido às condições de instalação).
Degradação dos módulos ou curtos em diodos de desvio também causam o mesmo efeito na curva.
OUTRAS OBS!
PERDAS POR MISMATCH (DESCASAMENTO)
Podem resultar de inúmeras causas: sombreamento parcial, sujeira localizada, curtos em diodos de
desvio, células/módulos degradados, entre outras causas.
O efeito é o aparecimento de “dentes” ou “degraus” na curva I-V, de forma semelhante ao caso de
sombreamento mostrado na Figura, que serve de bom exemplo para o mismatch.
• Mismatch de fabricação: É a diferença de potência entre módulos
fotovoltaicos de um mesmo modelo ou lote devido ao processo de
fabricação . Essa diferença pode causar perdas de até 5%
individualmente (considerando a potência que era para se ter disponível)
e até 7% quando o módulo é colocado em um arranjo fotovoltaico;
2. Se não for essa a causa, é possível que se trate de células defeituosas, como, por exemplo,
células em polarização inversa, ou falha no diodo de desvio ou na solda dos condutores.
4. Podem ser detectados também módulos instalados incorretamente quando estes apresentam
em toda a sua superfície temperaturas superiores a outros módulos no mesmo arranjo.
Vidro
estilhaçado
ou
Penetração
de umidade.
MECANISMOS DE ENVELHECIMENTO OU
DEGRADAÇÃO OBSERVADOS COMUMENTE:
PID: pode causar perdas significativas de
potência ao longo do tempo.
• O ângulo de visão deve ser baixo para uma boa emissividade infravermelha, mas ao mesmo
tempo não pode ser perpendicular ao módulo para evitar reflexões do vidro na imagem do
termovisor.
• Pode ser realizada também uma inspeção pela parte traseira do módulo, que evita os efeitos da
reflexão do vidro frontal.
Você sabe o que significa a emissividade para a termografia?
• A experiência mostra que as baterias geralmente são a principal causa dos problemas ocorridos
ABERTAS X SELADAS
SELADAS
• AS BATERIAS SEM MANUTENÇÃO EM MONOBLOCOS DE 12V, NORMALMENTE
USADAS EM SFIS INDIVIDUAIS, NÃO PRECISAM DE REPOSIÇÃO DE ÁGUA E, POR
ISSO, A MANUTENÇÃO A SER REALIZADA É MAIS SIMPLES.
ABERTAS
• Os tipos que necessitam de reposição de água (baterias abertas, OPzS.) exigem maiores
cuidados.
deve-se verificar o nível e a densidade do eletrólito periodicamente, a fim de
evitar danos à bateria, com consequente redução de sua vida útil - --------- GANHO NA VIDA
UTIL.
(.....
AS BATERIAS OPZS E OPZV APRESENTAM CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
SEMELHANTES:
• enquanto que as OPzV (do alemão Ortsfest Panzerplatte Verschlossen), são, por sua vez, baterias
estacionárias com placas tubulares, contendo eletrólito (H2SO4) imobilizado em um gel e válvulas de
segurança, podendo ser caracterizadas como baterias seladas reguladas por válvula (VRLA).
.....)
ORIENTAÇÕES -------- BATERIAS ABERTAS:
Deve-se verificar o nível e a densidade do eletrólito periodicamente a fim de evitar danos à bateria,
com consequente redução de sua vida útil.
• CONDIÇÕES CLIMÁTICAS: em lugares mais quentes pode haver maior perda de água (maior
evaporação);
• CONDIÇÕES DE USO: quando maior a profundidade de descarga, maior a perda de água do eletrólito;
Um intervalo típico de verificação e reposição de água é de seis meses. Em locais remotos e de difícil acesso,
pode ser mais viável a verificação anual, neste caso deve ser combinado com o fabricante um volume de vaso e de
eletrólito adequados para essa condição.
PROCEDIMENTOS GERAIS DE MANUTENÇÃO, QUE DEVEM SER REALIZADOS NAS
BATERIAS USADAS EM SFIS:
Enfoque: baterias chumbo-ácido.
PRÉVIAS:
Aperto de conectores;
DEPOIS DO ENCHIMENTO INICIAL COM A SOLUÇÃO ÁCIDA (H2SO4 Ácido sulfúrico) POR
OCASIÃO DA INSTALAÇÃO DO BANCO, AS BATERIAS NÃO DEVEM RECEBER MAIS ÁCIDO,
APENAS ÁGUA DESTILADA. TAMBÉM NÃO DEVEM SER USADOS OUTROS PRODUTOS, POR
VEZES VENDIDOS NO MERCADO.
1. Remover a graxa protetora das conexões com um solvente, tal como querosene ou gasolina (cuidado no
manuseio destas substâncias, pois deve-se evitar seu contato com a pele e olhos, além de serem altamente
inflamáveis)
2. Escovar as partes metálicas, utilizando uma solução neutralizante (composta por água e bicarbonato de
sódio), até que o conector possa ser facilmente removido
3. Limpar as superfícies de contato do terminal da bateria e do conector com a solução neutralizante. Para
obter uma superfície lisa, pode-se usar uma lixa fina
5. Aplicar graxa condutora no conector e nos cabos desencapados.
6. Deve-se certificar que a graxa utilizada não contém solvente ou algum componente que
ataque o material da carcaça da bateria (se necessário, consultar o fabricante da bateria)
8. Caso o torque do aperto seja especificado pelo fabricante, o que pode ser o caso em bancos
de maior porte então será necessário utilizar a ferramenta adequada (torquímetro) para
seguir esta determinação.
Graxa dielétrica é uma graxa não-condutora de silicone, concebida para vedar a umidade e, portanto, evitar a
corrosão em conectores elétricos. Sendo não-condutora, ela não melhora o fluxo de corrente elétrica. Esta
propriedade torna o material um lubrificante ideal e vedante para as porções de borracha de conectores
elétricos.
BANCO DE BATERIAS – ASPECTOS ELÉTRICOS
OBS:
• Especial cuidado deve ser tomado ao desconectar as baterias do sistema, para evitar
danos ao(s) controlador(es) de carga.
OBS:
CASO SEJA NECESSÁRIO COMPLETAR O NÍVEL
DO ELETRÓLITO, ENTÃO A DENSIDADE DO
ELETRÓLITO SÓ PODE SER MEDIDA DEPOIS DE
EFETUAR AO MENOS UM CICLO COMPLETO DE
DESCARGA E POSTERIOR CARGA, PARA QUE O
ELETRÓLITO FIQUE MAIS HOMOGÊNEO.
A FAIXA DE VARIAÇÃO DA DENSIDADE DO ELETRÓLITO É PEQUENA.
A FIGURA MOSTRA COMO ESSES VALORES PODEM VARIAR ENTRE OS FABRICANTES.
DEVE-SE, UTILIZAR COMO REFERÊNCIA OS VALORES DEFINIDOS PELO FABRICANTE DA BATERIA
ALGUMAS BATERIAS DE CHUMBO-ÁCIDO SEM MANUTENÇÃO POSSUEM EMBUTIDO EM SEU
INTERIOR UM DENSÍMETRO ESPECIAL COM COMPENSAÇÃO DE TEMPERATURA , QUE INDICA O
ESTADO DE CARGA DA BATERIA.
SE O INDICADOR ESTIVER NA COR VERMELHA, A BATERIA TERÁ DE SER SUBSTITUÍDA, POIS
OCORREU PERDA DE ELETRÓLITO, QUE NÃO PODE SER REPOSTO, UMA VEZ QUE SE TRATA DE
UMA BATERIA SELADA.
UM DOS DENSÍMETROS EM UM
BANCO COM INDICAÇÃO
DIFERENTE DOS DEMAIS
TAMBÉM É INDÍCIO DE ALGUM
PROBLEMA, E A BATERIA
CORRESPONDENTE DEVE SER
MELHOR AVALIADA.
Tensão de circuito aberto
• O TESTE PODE SER EFETUADO POR UM PERÍODO DE ALGUMAS HORAS, OU MESMO ATÉ A ATUAÇÃO
DA PROTEÇÃO DO CONTROLADOR DE CARGA, PARA AVALIAR A CAPACIDADE REMANESCENTE NO
BANCO.
• CONSIDERAMOS COMO INUTILIZADA UMA BATERIA COM MENOS DE 80% DE SUA CAPACIDADE
NOMINAL.
• É INTERESSANTE QUE O USUÁRIO ACOMPANHE, SE POSSÍVEL, ESTE TESTE, POIS ISSO O AJUDA A
ENTENDER AS LIMITAÇÕES DO SEU SISTEMA.
Analisador digital de baterias
•equipamento eletrônico portátil microprocessado capaz de medir características elétricas das baterias,
geralmente a resistência interna e a corrente de pico, de acordo com as normas internacionais aplicáveis,
incluindo IEC, SAE e DIN.
•Para as baterias chumbo-ácido sem manutenção, do tipo monobloco em 12V, pode-se utilizar os
analisadores disponíveis para baterias automotivas que são equipamentos mais simples e de baixo custo.
• A maioria dos equipamentos possuem painéis com LEDs, LCDs etc. que informam continuamente
suas condições operacionais.
• Em caso de se constatar uma falha, geralmente é necessária a substituição, pois tais equipamentos
não admitem manutenção em campo e devem ser removidos para uma oficina/laboratório.
OBSERVAÇÕES (quanto à inspeções Visuais)
• Deve-se verificar a existência de oxidação nos pontos de conexão e a presença de insetos nas
caixas de abrigo dos equipamentos.
• Em locais de instalação com um ambiente de clima agressivo, deve- se proteger os terminais de
conexão contra oxidação.(obs: sem afetar a condutibilidade, sem risco de abertura de arcos ou
incendios).
• Todos os controles, alarmes, medidores etc., empregados nos equipamentos devem estar
devidamente instalados e operando adequadamente.
CONTROLADORES DE CARGA
• Deve-se verificar os valores dos pontos de regulagem (set-points) de tensão do controlador de carga
com relação às especificações das baterias, temperatura de operação e exigências do sistema.
• Deve-se também observar a ocorrência de ruídos anormais no controlador de carga, caso este possua
dispositivos eletromecânicos, tais como relés.
• Deve-se garantir que o controlador de carga esteja instalado em ambiente fechado, limpo e
bem ventilado.
CONTROLADORES DE
CARGA
OBSERVAÇÕES GERAIS QUANTO À FUNÇÃO, FUNCIONAMENTO E REGULAGEM
• Os sons (zumbidos) emitidos por alguns inversores quando em funcionamento não indicam,
necessariamente, sinais de falha, mas deve-se observar se o inversor passar a emitir ruído anormal.
OBSERVAÇÕES VISUAIS
2. Se ocorrer o alarme, o problema deve ser sanado, procurando-se a falha no circuito c.a. alimentado ou
no próprio inversor.
3. Deve-se assegurar que o inversor esteja realmente alimentando as cargas c.a. de forma adequada.
4. Para tal, deve-se medir a tensão e frequência de saída, tanto em vazio (sem carga) quanto com a
carga máxima acionada. É também recomendado medir a THD (distorção harmônica total) da tensão
da saída nas duas condições.
5. Deve-se medir a corrente no lado c.c. do inversor também em ambos os estados, ou seja, quando o
mesmo está operando em vazio e com carga máxima.
6. Deve-se medir a queda de tensão sob carga entre o inversor e a bateria e a respectiva corrente, que
poderá ser usada para calcular o valor da resistência, responsável pelas perdas entre estes componentes.
CARGAS
1. Todas as cargas elétricas alimentadas pelo SFV, sejam elas c.c. ou c.a., devem ser verificadas,
para se assegurar de que estão operando corretamente.
2. No caso de cargas com partes móveis, como bombas e motores elétricos, deve-se verificar a
necessidade de limpeza e lubrificação dessas partes. No caso de refrigeradores, deve-se verificar o
estado da borracha de vedação das portas, responsável pelo isolamento térmico.
3. Para SFIs, recomenda-se que as cargas tenham a mesma quantidade, potência e tipo das que
foram especificadas originalmente.
4. Muitos problemas em SFVs podem ser provocados por acréscimos indevidos de cargas, cargas
ligadas durante mais horas por dia do que originalmente previsto, ou ainda ligadas
incorretamente.
1. Todas as conexões e condutos existentes no SFV devem estar firmes e sem danos.
5. Verificar, também, a existência de dispositivos de segurança, tais como fusíveis e disjuntores, que estejam
danificados.
6. Verificar a ocorrência de eventuais curtos-circuitos entre cabos condutores de diferentes
polaridades, como indicado na Figura 8.17, ou uma falta à terra (curto-circuito entre cabo
condutor e carcaça ou conduto metálico), como indicado na Figura 8.18.
10. Deve ser verificada que a queda de tensão entre os componentes (gerador-baterias) não seja superior
a 3 %.
13. Caso elas estejam expostas ao tempo, é muito importante verificar seu estado
após a ocorrência de eventos climáticos agressivos (por exemplo, após uma forte
tempestade pode ter entrado água dentro das caixas).
14. Se alguma caixa estiver avariada, ou em mau estado, ela deve ser substituída o
quanto antes.
EXERCÍCIO
• https://canalsolar.com.br/estudo-de-caso-queda-de-tensao-no-circuito-de-
cc-segundo-a-nbr-16690/
SISTEMA DE AQUISIÇÃO DE
DADOS
A aquisição de dados é o processo de medição de
fenômenos do mundo real COMO TENSÃO, CORRENTE,
TEMPERATURA, PRESSÃO, OU SOM, E A CONVERSÃO DOS
RESULTADOS OBTIDOS EM DADOS DIGITAIS que podem ser
manipulados por um computador.
O QUE É?
• Composição de listas/documentos/relatório que contém os itens que devem
passar por manutenção e inspeção, o tipo de intervenção que deve ser
realizada, a periodicidade e quem serão os responsáveis pela execução.
QUAL A VANTAGEM?
• Sem este documento a empresa não estará atendendo as exigências da
fiscalização e ainda se submetendo ao risco de prejuízos oriundos da falta de
manutenção e inspeção preventiva.
ELABORAÇÃO DE PLANO DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO
(RESPONS ABILIDADE)
• Quando não for: deve ser realizado um ORÇAMENTO RELATIVO AOS CUSTOS DE REPARAÇÃO DO
SISTEMA.
!!!!Após a manutenção corretiva, devem ser realizados procedimentos de inspeção antes da colocação do
sistema em operação!!!
EXEMPLO DE PLANILHA DE INSPEÇÃO
OBSERVAÇÕES
•Este dispositivo de seccionamento não pode ser o DSV (Dispositivo de Seccionamento visível/
Seccionadoras DSV), cujo acesso é restrito à distribuidora.
Falhas típicas em microgeradores
•Os SFCRs quando bem projetados e instalados funcionam por muitos anos e eventuais falhas
normalmente estão associadas a reparos simples.
1. No caso de avarias, as principais causas: efeitos de descargas atmosféricas, as falhas dos diodos e as
deficiências nos módulos e na cablagem c.c.
2. As principais causas: danos provocados pelo dimensionamento incorreto do inversor, pelo efeito de
descargas atmosféricas e por falha do circuito eletrônico.
Outras falhas estavam relacionadas com os fusíveis e com distúrbios no fornecimento de energia à
rede.
A Tabela mostra as principais falhas, e o respectivo percentual de ocorrência, em 200 sistemas fotovoltaicos
do Programa 1.000 telhados, após vários anos de funcionamento.
O Quadro extraído do manual: Energia fotovoltaica manual sobre tecnologias, projecto e instalação
(PROGRAMA ALTENER, 2004) lista alguns componentes de um sistema de microgeração e sugere
VERIFICAÇÕES TÍPICAS E A PERIODICIDADE.
DESCREVA AS POSSÍVEIS CAUSAS E AS AÇÕES CORRETIVAS A SEREM TOMADAS NOS CASOS
OBSERVADOS ABAIXO:
II- EM UMA DETERMINADA PLANTA DE GERAÇÃO FOTOVOLTAICA OFF GRID FOI RELATADO PELO
PROPRIETÁRIO QUE O SISTEMA DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA NÃO ESTAVA “DANDO CONTA”.
APÓS UMA INSPEÇÃO VISUAL FORAM DETERMINADAS DEFORMIDADES NAS BATERIAS E ACÚMULO
DE FLUIDO EM SUA BASE. CITE DUAS POSSÍVEIS CAUSAS E SOLUÇÕES INERENTES:
III- EM UMA DETERMINADA PLANTA DE GERAÇÃO FOTOVOLTAICA FOI RELATADO PELO SEU
PROPRIETÁRIO UMA INSATISFAÇÃO REFERENTE A GERAÇÃO INFERIOR À CALCULADA/PROMETIDA.
CONSIDERANDO O SISTEMA CONECTADO À REDE, ENUMERE 3 POSSÍVEIS CAUSAS E AS
ORIENTAÇÕES DE SOLUÇÕES DE CADA UMA DELAS:
•Os inversores para SFCRs são muito mais sofisticados do que os inversores para SFIs, possuindo, quase
todos, FUNÇÕES DE MONITORAÇÃO E AQUISIÇÃO DE DADOS, QUE DISPONIBILIZAM
INFORMAÇÕES OPERACIONAIS E TORNAM FÁCIL E RÁPIDA A DETEÇÃO DE PROBLEMAS NO
SISTEMA.
De qualquer forma, uma avaliação manual também pode ser efetuada.
A PROTEÇÃO DAS CENTRAIS FV DEVEM ATUAR QUANDO DETECTADAS CONDIÇÕES ANORMAIS NA TENSÃO OU
FREQUÊNCIA DE OPERAÇÃO DA REDE ELÉTRICA, DESCONECTANDO A CENTRAL FV, PARA GARANTIR A
SEGURANÇA DAS EQUIPES DE MANUTENÇÃO DA REDE E DAS PESSOAS EM GERAL, ALÉM DE EVITAR DANOS
AOS EQUIPAMENTOS CONECTADOS À REDE.
• A manutenção preventiva e corretiva de centrais FV é algo mais crítico e que merece fundamental
atenção.
• Cada país pode definir, dentro de sua própria legislação, qualquer tipo de manutenção compulsória ou
tarefa de controle para SFVs.
• Caso essa legislação exista, as atividades requeridas devem ser integradas ao programa de manutenção do
SFV.
• No Brasil, até o presente, não há regulamentação a esse respeito e os critérios para implementação de
programas de manutenção são definidos de acordo com o proprietário, com base nas necessidades de cada
Obs manutenção preventiva:
• Responsável pela manutenção: pode ser o investidor, o instalador, ou uma empresa de manutenção
especializada;
• Presença de equipe de manutenção: pode ser necessária presença contínua, intermitente ou apenas
quando incidentes ocorrerem;
•Caso as atividades de operação e manutenção (O&M) sejam feitas por equipe não especializada (por
exemplo, do corpo de funcionários da empresa proprietária da central FV), o treinamento do supervisor de
manutenção e dos demais encarregados é essencial, pois a reparação de possíveis falhas/colapsos deve ser
feita tão rápida e eficientemente quanto possível.
• Uma má gestão do estoque de peças de reposição pode significar dias completos de parada para uma central
FV.
• É essencial ter sempre uma lista atualizada de todas as peças de reposição para a central, e assegurar que há
quantidade suficiente de cada uma em estoque.
• Também é importante estar atento para o estoque de bens de consumo, como óleo, tinta, etc.
Sistema de vigilância
• Mesmo se a central FV contar com seguro, há perdas de produção, custo do trabalho para as reintegrações
etc. Isso significa que é importante procurar evitar, tanto quanto possível, esse tipo de incidente.
• Caso se verifique que esse tipo de serviço é um investimento necessário, pode-se optar por contratar
Sistema de monitoramento
•Um sistema de monitoramento bem implementado para a central pode significar grandes economias na
manutenção corretiva, já que possíveis defeitos podem ser detectados a tempo de evitar falhas mais sérias.
Seguro
•Também é importante contratar um seguro que cubra todos os efeitos decorrentes de eventos
meteorológicos, roubo, ou possíveis danos devido a vandalismo.