Pavimentação
Materiais incorporados na
pavimentação:
Ligantes Asfálticos
Agregados
Msc Marília Cavalcanti
Santiago
INTRODUÇÃO
No brasil cerca de 95% das
estradas pavimentadas são de
revestimento asfáltico, além de
ser também utilizado em grande
parte das ruas.
Definições
Betume: mistura de hidrocarbonetos
solúvel no bissulfeto de carbono;
Asfalto: mistura de hidrocarbonetos
derivados do petróleo de forma
natural ou por destilação, cujo
principal componente é o betume
Alcatrão: obtido da queima ou
destilação destrutiva do carvão,
madeira etc.
Tecnicas comuns de aplicações do Asfalto:
Por penetração - uma ou mais aplicações de material
asfáltico e de idêntico número de operações de
espalhamento e compressão de camadas de
agregados com granulometrias apropriadas.
Por mistura. - o agregado é pré-envolvido com o
material asfáltico, antes da compressão.
◦ pré-misturado propriamente dito - usina
◦ pré-envolvimento - pré-misturado na pista.
Justificativas:
Proporciona age como um ligante - forte
união dos agregados, permitindo
flexibilidade controlável;
é impermeabilizante,
é durável e
resistente à ação da maioria dos ácidos,
dos álcalis e dos sais. podendo ser
utilizado aquecido ou emulsionado, com
ou sem aditivos
ASFALTO
Natureza
É um ligante betuminoso que provém da destilação
do petróleo e que tem a propriedade de ser um
adesivo termoviscoplástico, impermeável à água e
pouco reativo.
Pode sofrer um processo de envelhecimento por
oxidação lenta pelo contato com o ar e a água.
A termoviscoelasticidade - comportamento mecânico,
sendo suscetível à velocidade, ao tempo e à
intensidade de carregamento, e à temperatura de
serviço
Materiais Asfalticos
Asfalto é um ligante betuminoso de cor preta,
presente dissolvido em muitos petróleos crus.
Em que locais o asfalto é utilizado?
Pergunta:
Cimento asfáltico de petroleo
CURIOSIDADE!!!
!!!
PITCH LAKE –
TRINIDAD E TOBAGO
(Mar do caribe –
América Central)
Processo de destilação fracionada.
O ASFALTO é uma a fase final e uma das mais pesadas
do petróleo.
Outros produtos: diesel, gasolina, querosene,
CAP
É um material quase totalmente solúvel em benzeno,
tricloroetileno ou em bissulfeto de carbono, propriedade
que será utilizada como um dos requisitos de
especificação.
Composição química
Os petróleos ou óleos crus – variam de líquidos negros
viscosos até líquidos castanhos bastante fluidos.
Existem perto de 1.500 tipos de petróleo explorados no
mundo, porém somente uma pequena porção deles é
considerada apropriada para produzir asfalto (Shell,
2003).
Os petróleos distinguem-se pela maior ou menor
presença de asfalto em sua composição.
Vantagens do CAP
Controle de temperatura do
CBUQ
Os CAPs são constituídos de 90 a 95% de
hidrocarbonetos e de 5 a 10% de heteroátomos
(oxigênio, enxofre, nitrogênio e metais – vanádio,
níquel, ferro, magnésio e cálcio) unidos por ligações
covalentes.
Baixo teor de enxofre nos CAP brasileiros e alto teor
nos árabes e venezuelanos.
Esquema de produção de asfalto em um
estágio
Esquema de produção de asfalto por dois estágios de
destilação
Considerações
O ligante asfáltico apresenta pequeno grau de risco para
a saúde, devendo-se cumprir práticas adequadas de uso.
Como é utilizado sempre em temperaturas altas durante
o transporte, estocagem e processamento, é necessário
o emprego de equipamentos especiais de proteção
individual para manuseio.
As emissões de vapores visíveis e fumaças começam a
ser percebidas a temperaturas em torno de 150°C e são
compostas de hidrocarbonetos e pequena quantidade de
H2S (ácido sulfúrico)
Essa quantidade de H2S pode acumular-se em
ambientes fechados, tais como o tanque de estocagem,
e pode ser letal caso não haja ventilação adequada
O ligante asfáltico tem baixa possibilidade de se
incendiar e só em temperaturas muito altas, em torno
de 400ºC, apresentaria autocombustão.
Porém, apesar de baixo risco, cuidados especiais
devem ser tomados nos tanques de estocagem e no
processamento.
Também é necessário evitar que o CAP aquecido
tenha contato com água, pois haverá grande
aumento de volume resultando em espumação e até,
dependendo da quantidade de água, poderá haver
fervura do ligante
Essa característica tem sido explorada em condições
padronizadas recentemente na fabricação do
chamado asfalto-espuma
Produção Brasileira
Ensaios de Caracterização
Propriedades físicas do asfalto: ensaios correntes
Todas as propriedades físicas do asfalto estão associadas à
sua temperatura.
Em temperaturas muito baixas, a viscosidade fica muito
elevada; nessa situação o ligante se comporta quase como
um sólido.
À medida que a temperatura aumenta, o movimento entre
as moléculas faz baixar a viscosidade o ligante se
comporta como um líquido. Essa transição é reversível.
Critérios mais utilizados de classificação dos ligantes
suscetibilidade térmica, medindo-se sua consistência ou
viscosidade em diferentes temperaturas
Para se especificar um determinado asfalto
como adequado para pavimentação,
considera-se:
a “dureza”, medida através da penetração
de uma agulha padrão na amostra de
ligante,
e a resistência ao fluxo, medida através de
ensaios de viscosidade.
Os ensaios físicos dos CAPs : ensaios de
consistência, de durabilidade, de pureza e
de segurança.
Ensaios
Ensaio de penetração
A consistência do CAP é tanto maior quanto menor for
a penetração da agulha. (ABNT NBR 6576/98 )
Ensaios de viscosidade
A viscosidade é uma medida da consistência do
cimento asfáltico, por resistência ao escoamento.
Equipamento Saybolt-Furol de ensaio de viscosidade e
esquema do interior do equipamento
Obter, para cada ligante asfáltico, uma curva de viscosidade
com a temperatura que permita escolher a faixa de
temperatura adequada para as diversas utilizações..
Curva viscosidade-temperatura - é necessário empregar
várias amostras, uma para cada temperatura de
determinação, o que torna o processo demorado.
Ensaio de ponto de amolecimento
O ponto de amolecimento é uma medida empírica que
correlaciona a temperatura na qual o asfalto amolece
quando aquecido sob certas condições particulares e
atinge uma determinada condição de escoamento.
Ensaio de dutilidade
A coesão dos asfaltos é avaliada indiretamente pela
medida empírica da dutilidade que é a capacidade do
material de se alongar na forma de um filamento
(ABNT NBR 6293/2001).
Esquema do ensaio de dutilidade em andamento e
equipamento completo
Ensaio de solubilidade
Uma amostra do asfalto é dissolvida por um solvente,
é filtrada através de um cadinho perfurado que é
montado no topo de um frasco ligado ao vácuo.
A quantidade de material retido no filtro representa
as impurezas no cimento asfáltico.
A porção insolúvel é constituída de impurezas
(mínimo de 99%
solúvel)
Ensaios de durabilidade
Envelhecimento à curto prazo: (endurecimento) quando
misturados com agregados minerais em usinas devido a
seu aquecimento.
O envelhecimento de longo prazo: ocorre durante a vida
útil do pavimento que submetido a diversos fatores
ambientais.
Os ensaios tentam simular o envelhecimento do ligante na
usinagem.
O ensaio de efeito do calor e do ar (ECA) como é
conhecido no Brasil (ABNT NBR 14736/2001)
Mecanismos envolvidos no envelhecimento dos ligantes
asfálticos, mais relevantes: a perda de componentes
voláteis (saturados e aromáticos) e a reação química do
asfalto com o oxigênio do ar.
Dessa forma, o efeito do envelhecimento ou potencial do
envelhecimento é avaliado como uma relação entre as
características físicas de fácil medição antes e após o
processo de envelhecimento ou em diversas idades.
Rolling Thin Film Oven Test – estufa de filme fino rotativo (RTFOT)
ou película delgada rotacional
Ensaio de ponto de fulgor
Representa a menor temperatura na qual os vapores
emanados durante o aquecimento do material
asfáltico se inflamam por contato com uma chama
padronizada.
Valores de pontos de fulgor de CAP são normalmente
superiores a 230ºC.
Ensaio de espuma
A presença de água no asfalto pode causar acidentes nos
tanques e no transporte.
Não há um ensaio determinado, mas avaliação qualitativa.
A especificação brasileira de CAP vigente até julho de 2005
tem uma observação de que o ligante não pode espumar
quando aquecido até 175ºC.
Ensaio de massa específica e densidade relativa
A massa específica do ligante asfáltico é obtida por meio de
picnômetro para a determinação do volume do ligante e é
definida como a relação
Os ligantes têm em geral massa específica entre 1 e
1,02g/cm3.entre a massa e o volume.
Ensaio de ponto de ruptura Fraass
Em 1937 método de ensaio para qualificar o asfalto
sob condição de temperaturas negativas, que
consiste basicamente em buscar determinar a
temperatura que leva o ligante a uma rigidez .
Muitos países que têm invernos muito rigorosos têm
valores máximos de “temperatura Fraass” nas
especificações de asfaltos, crítica que resulta em
trincamento.
É a temperatura na qual o CAP, quando submetido à
flexão, tende mais pronunciadamente a romper do
que a fluir.
A temperatura Fraass pode ser estimada pelo ensaio
de penetração admitindo-se que haja uma
correspondência com a penetração de 1,25.
Suscetibilidade térmica
A suscetibilidade térmica indica a sensibilidade da
consistência dos ligantes asfálticos à variação de
temperatura.
É desejável que o ligante asfáltico apresente
variações pequenas de propriedades mecânicas, nas
temperaturas de serviço dos revestimentos, para
evitar grandes alterações de comportamento frente
às variações de temperatura ambiente.
Normalmente tem-se calculado para essa finalidade o
Índice de Suscetibilidade Térmica ou Índice de
Penetração.
Pelo procedimento proposto em 1936 por Pfeiffer e
Van Doormaal esse índice é determinado a partir do
ponto de amolecimento (PA) do CAP e de sua
penetração a 25ºC, incluindo-se a hipótese que a
penetração do CAP no seu ponto de amolecimento é
de 800 (0,1mm).
A seguinte relação empírica é utilizada para
determinar o Índice de Suscetibilidade Térmica ou
Índice de Penetração IP:
Quanto menor o IP de um cimento asfáltico, em valor
absoluto, menor será a sua suscetibilidade térmica. A
atual norma brasileira que classifica os CAPs
estabelece uma faixa admissível para o IP entre (-1,5)
e (+0,7).
A maioria dos cimentos asfálticos tem um IP entre (-
1,5) e (0). Valores maiores que (+1) indicam asfaltos
oxidados (pouco sensíveis a elevadas temperaturas e
quebradiços em temperaturas mais baixas); valores
menores que (-2) indicam asfaltos muito sensíveis à
temperatura.