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Aula 05 - Ligantes Asfalticos

O documento aborda a pavimentação, destacando a predominância do revestimento asfáltico nas estradas brasileiras. São apresentados os materiais utilizados, como ligantes asfálticos e agregados, além de definições e técnicas de aplicação do asfalto. Também são discutidas as propriedades, ensaios de caracterização e considerações sobre a segurança no manuseio do asfalto.
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Aula 05 - Ligantes Asfalticos

O documento aborda a pavimentação, destacando a predominância do revestimento asfáltico nas estradas brasileiras. São apresentados os materiais utilizados, como ligantes asfálticos e agregados, além de definições e técnicas de aplicação do asfalto. Também são discutidas as propriedades, ensaios de caracterização e considerações sobre a segurança no manuseio do asfalto.
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Pavimentação

Materiais incorporados na
pavimentação:
Ligantes Asfálticos
Agregados

Msc Marília Cavalcanti


Santiago
INTRODUÇÃO

 No brasil cerca de 95% das


estradas pavimentadas são de
revestimento asfáltico, além de
ser também utilizado em grande
parte das ruas.
Definições
Betume: mistura de hidrocarbonetos
solúvel no bissulfeto de carbono;
Asfalto: mistura de hidrocarbonetos
derivados do petróleo de forma
natural ou por destilação, cujo
principal componente é o betume
Alcatrão: obtido da queima ou
destilação destrutiva do carvão,
madeira etc.
 Tecnicas comuns de aplicações do Asfalto:

 Por penetração - uma ou mais aplicações de material


asfáltico e de idêntico número de operações de
espalhamento e compressão de camadas de
agregados com granulometrias apropriadas.

 Por mistura. - o agregado é pré-envolvido com o


material asfáltico, antes da compressão.

◦ pré-misturado propriamente dito - usina


◦ pré-envolvimento - pré-misturado na pista.
 Justificativas:

 Proporciona age como um ligante - forte


união dos agregados, permitindo
flexibilidade controlável;
 é impermeabilizante,
 é durável e
 resistente à ação da maioria dos ácidos,
dos álcalis e dos sais. podendo ser
utilizado aquecido ou emulsionado, com
ou sem aditivos
ASFALTO
Natureza

 É um ligante betuminoso que provém da destilação


do petróleo e que tem a propriedade de ser um
adesivo termoviscoplástico, impermeável à água e
pouco reativo.
 Pode sofrer um processo de envelhecimento por
oxidação lenta pelo contato com o ar e a água.
 A termoviscoelasticidade - comportamento mecânico,
sendo suscetível à velocidade, ao tempo e à
intensidade de carregamento, e à temperatura de
serviço
Materiais Asfalticos

 Asfalto é um ligante betuminoso de cor preta,


presente dissolvido em muitos petróleos crus.

Em que locais o asfalto é utilizado?


Pergunta:
Cimento asfáltico de petroleo
CURIOSIDADE!!!
!!!
PITCH LAKE –
TRINIDAD E TOBAGO
(Mar do caribe –
América Central)
Processo de destilação fracionada.
O ASFALTO é uma a fase final e uma das mais pesadas
do petróleo.
Outros produtos: diesel, gasolina, querosene,
CAP

 É um material quase totalmente solúvel em benzeno,


tricloroetileno ou em bissulfeto de carbono, propriedade
que será utilizada como um dos requisitos de
especificação.

Composição química

 Os petróleos ou óleos crus – variam de líquidos negros


viscosos até líquidos castanhos bastante fluidos.
 Existem perto de 1.500 tipos de petróleo explorados no
mundo, porém somente uma pequena porção deles é
considerada apropriada para produzir asfalto (Shell,
2003).
 Os petróleos distinguem-se pela maior ou menor
presença de asfalto em sua composição.
Vantagens do CAP
Controle de temperatura do
CBUQ
 Os CAPs são constituídos de 90 a 95% de
hidrocarbonetos e de 5 a 10% de heteroátomos
(oxigênio, enxofre, nitrogênio e metais – vanádio,
níquel, ferro, magnésio e cálcio) unidos por ligações
covalentes.

 Baixo teor de enxofre nos CAP brasileiros e alto teor


nos árabes e venezuelanos.
Esquema de produção de asfalto em um
estágio
Esquema de produção de asfalto por dois estágios de
destilação
Considerações
 O ligante asfáltico apresenta pequeno grau de risco para
a saúde, devendo-se cumprir práticas adequadas de uso.

 Como é utilizado sempre em temperaturas altas durante


o transporte, estocagem e processamento, é necessário
o emprego de equipamentos especiais de proteção
individual para manuseio.

 As emissões de vapores visíveis e fumaças começam a


ser percebidas a temperaturas em torno de 150°C e são
compostas de hidrocarbonetos e pequena quantidade de
H2S (ácido sulfúrico)

 Essa quantidade de H2S pode acumular-se em


ambientes fechados, tais como o tanque de estocagem,
e pode ser letal caso não haja ventilação adequada
 O ligante asfáltico tem baixa possibilidade de se
incendiar e só em temperaturas muito altas, em torno
de 400ºC, apresentaria autocombustão.
 Porém, apesar de baixo risco, cuidados especiais
devem ser tomados nos tanques de estocagem e no
processamento.
 Também é necessário evitar que o CAP aquecido
tenha contato com água, pois haverá grande
aumento de volume resultando em espumação e até,
dependendo da quantidade de água, poderá haver
fervura do ligante
 Essa característica tem sido explorada em condições
padronizadas recentemente na fabricação do
chamado asfalto-espuma
Produção Brasileira
Ensaios de Caracterização
 Propriedades físicas do asfalto: ensaios correntes

 Todas as propriedades físicas do asfalto estão associadas à


sua temperatura.
 Em temperaturas muito baixas, a viscosidade fica muito
elevada; nessa situação o ligante se comporta quase como
um sólido.
 À medida que a temperatura aumenta, o movimento entre
as moléculas faz baixar a viscosidade o ligante se
comporta como um líquido. Essa transição é reversível.

 Critérios mais utilizados de classificação dos ligantes


suscetibilidade térmica, medindo-se sua consistência ou
viscosidade em diferentes temperaturas
 Para se especificar um determinado asfalto
como adequado para pavimentação,
considera-se:
 a “dureza”, medida através da penetração
de uma agulha padrão na amostra de
ligante,
 e a resistência ao fluxo, medida através de
ensaios de viscosidade.

 Os ensaios físicos dos CAPs : ensaios de


consistência, de durabilidade, de pureza e
de segurança.
 Ensaios

 Ensaio de penetração
 A consistência do CAP é tanto maior quanto menor for
a penetração da agulha. (ABNT NBR 6576/98 )
 Ensaios de viscosidade

 A viscosidade é uma medida da consistência do


cimento asfáltico, por resistência ao escoamento.

Equipamento Saybolt-Furol de ensaio de viscosidade e


esquema do interior do equipamento
 Obter, para cada ligante asfáltico, uma curva de viscosidade
com a temperatura que permita escolher a faixa de
temperatura adequada para as diversas utilizações..
 Curva viscosidade-temperatura - é necessário empregar
várias amostras, uma para cada temperatura de
determinação, o que torna o processo demorado.
 Ensaio de ponto de amolecimento

 O ponto de amolecimento é uma medida empírica que


correlaciona a temperatura na qual o asfalto amolece
quando aquecido sob certas condições particulares e
atinge uma determinada condição de escoamento.
 Ensaio de dutilidade

 A coesão dos asfaltos é avaliada indiretamente pela


medida empírica da dutilidade que é a capacidade do
material de se alongar na forma de um filamento
(ABNT NBR 6293/2001).

Esquema do ensaio de dutilidade em andamento e


equipamento completo
 Ensaio de solubilidade

 Uma amostra do asfalto é dissolvida por um solvente,


é filtrada através de um cadinho perfurado que é
montado no topo de um frasco ligado ao vácuo.
 A quantidade de material retido no filtro representa
as impurezas no cimento asfáltico.
 A porção insolúvel é constituída de impurezas
(mínimo de 99%
solúvel)
 Ensaios de durabilidade

 Envelhecimento à curto prazo: (endurecimento) quando


misturados com agregados minerais em usinas devido a
seu aquecimento.
 O envelhecimento de longo prazo: ocorre durante a vida
útil do pavimento que submetido a diversos fatores
ambientais.
 Os ensaios tentam simular o envelhecimento do ligante na
usinagem.
 O ensaio de efeito do calor e do ar (ECA) como é
conhecido no Brasil (ABNT NBR 14736/2001)
 Mecanismos envolvidos no envelhecimento dos ligantes
asfálticos, mais relevantes: a perda de componentes
voláteis (saturados e aromáticos) e a reação química do
asfalto com o oxigênio do ar.
 Dessa forma, o efeito do envelhecimento ou potencial do
envelhecimento é avaliado como uma relação entre as
características físicas de fácil medição antes e após o
processo de envelhecimento ou em diversas idades.
Rolling Thin Film Oven Test – estufa de filme fino rotativo (RTFOT)
ou película delgada rotacional
 Ensaio de ponto de fulgor

 Representa a menor temperatura na qual os vapores


emanados durante o aquecimento do material
asfáltico se inflamam por contato com uma chama
padronizada.
 Valores de pontos de fulgor de CAP são normalmente
superiores a 230ºC.
 Ensaio de espuma

 A presença de água no asfalto pode causar acidentes nos


tanques e no transporte.
 Não há um ensaio determinado, mas avaliação qualitativa.
 A especificação brasileira de CAP vigente até julho de 2005
tem uma observação de que o ligante não pode espumar
quando aquecido até 175ºC.

 Ensaio de massa específica e densidade relativa

 A massa específica do ligante asfáltico é obtida por meio de


picnômetro para a determinação do volume do ligante e é
definida como a relação
 Os ligantes têm em geral massa específica entre 1 e
1,02g/cm3.entre a massa e o volume.
 Ensaio de ponto de ruptura Fraass

 Em 1937 método de ensaio para qualificar o asfalto


sob condição de temperaturas negativas, que
consiste basicamente em buscar determinar a
temperatura que leva o ligante a uma rigidez .

 Muitos países que têm invernos muito rigorosos têm


valores máximos de “temperatura Fraass” nas
especificações de asfaltos, crítica que resulta em
trincamento.
 É a temperatura na qual o CAP, quando submetido à
flexão, tende mais pronunciadamente a romper do
que a fluir.
A temperatura Fraass pode ser estimada pelo ensaio
de penetração admitindo-se que haja uma
correspondência com a penetração de 1,25.
 Suscetibilidade térmica

 A suscetibilidade térmica indica a sensibilidade da


consistência dos ligantes asfálticos à variação de
temperatura.
 É desejável que o ligante asfáltico apresente
variações pequenas de propriedades mecânicas, nas
temperaturas de serviço dos revestimentos, para
evitar grandes alterações de comportamento frente
às variações de temperatura ambiente.
 Normalmente tem-se calculado para essa finalidade o
Índice de Suscetibilidade Térmica ou Índice de
Penetração.

 Pelo procedimento proposto em 1936 por Pfeiffer e


Van Doormaal esse índice é determinado a partir do
ponto de amolecimento (PA) do CAP e de sua
penetração a 25ºC, incluindo-se a hipótese que a
penetração do CAP no seu ponto de amolecimento é
de 800 (0,1mm).
 A seguinte relação empírica é utilizada para
determinar o Índice de Suscetibilidade Térmica ou
Índice de Penetração IP:


 Quanto menor o IP de um cimento asfáltico, em valor
absoluto, menor será a sua suscetibilidade térmica. A
atual norma brasileira que classifica os CAPs
estabelece uma faixa admissível para o IP entre (-1,5)
e (+0,7).

 A maioria dos cimentos asfálticos tem um IP entre (-


1,5) e (0). Valores maiores que (+1) indicam asfaltos
oxidados (pouco sensíveis a elevadas temperaturas e
quebradiços em temperaturas mais baixas); valores
menores que (-2) indicam asfaltos muito sensíveis à
temperatura.

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